TEMA: SISTEMA DE REUSO DE ÁGUA CINZAS.

Andreia Hellen Andrades Pontes Amorim2

Emanuele Costa Gonçalves2
Maria Jessimara Fiuza Lima2
Layla Vitória Silva Barbosa3
Yuri Abas Frazão4

1. DESCRIÇÃO DO CASO:
A água é um recurso vital, dependemos dela para quase tudo, desde usos básicos
até os mais complexos. É importante preserva-la pois, seu uso exacerbado pode acarretar em
escasseeis, prejudicando a fauna e a flora dessas regiões. Com isso, os países estão cada vez
mais preocupados, e campanhas de conscientização da população são cada vez mais comuns.
Mesmo assim os índices de consumo são alarmantes.
Para reduzir o gasto, pode ser feita a reutilização de águas cinzas em situações que
não necessitam de águas potável, como por exemplo na descarga de vasos sanitários, lavagens
de pisos, calçadas, garagens, carros, regas de jardins, entre outros. Com a implantação de um
sistema de reaproveitamento para descargas, pode ser economizado até 50% do consumo total
de uma residência.
Tendo em vista o objetivo de reutilização e preservação do meio ambiente, um
escritório de Arquitetura foi contratado para desenvolver um projeto de reuso de águas cinzas
que seja eficiente com o intuito de reduzir o consumo de água potável de uma residência
unifamiliar.

2. IDENTIFICAÇÃO E ANÁLISE DO CASO

A residência estudada apresenta um consumo mensal de aproximadamente de
24000 L, levando em consideração que no Brasil uma pessoa gasta em média 200 L de água
por dia, e que se supõe que a residência pertence a uma família de 4 pessoas, o consumo diário
total é de 800 L. Assim o consumo mensal é 4 pessoas x 30 dias x 200L= 24000L ou 24m3.
Nesse contexto, sem o uso de um sistema de reuso das augas servidas, ou água
cinza, o consumo mensal estimado dessa residência unifamiliar, seria 24000 L. Desse modo, a
implantação de um sistema hidráulico que faz o direcionamento da água servida dos tanques,

1
Sinopse do Case apresentado à disciplina Instalações Prediais, Centro Universitário UNDB.
2
Alunas do 7° período do Curso de Arquitetura e Urbanismo, da UNDB.
3
Aluna do 6° período do Curso de Arquitetura e Urbanismo, da UNDB.
4
Professor, orientador.
dos chuveiros, das maquinas de lavar, entre outras, para serem utilizadas em atividades que não
necessitam de água potável, como a lavagem de pisos e descargas em bacias sanitárias. Assim,
pode-se estimar uma economia de 40% no consumo de água da residência.
Imagem 01: Planta baixa da residência

Fonte: Yuri Frazão

2.1 Descrição das decisões possíveis:

2.1.1 Reciclagem da água
Imagem 02: Sistema de reuso da água cinza

Fonte: site “EOS”. Disponível em: https://www.eosconsultores.com.br/agua-cinza-reutilizacao/

 Este sistema realiza o direcionamento da água cinza, realizado seu o devido
tratamento, para um reservatório, que será bombeada par uma caixa específica, de onde serão
distribuídas para as atividades que não precisão necessariamente o uso da água potável.

2.1.2 Reuso da água cinza mais a captação da água da chuva

Imagem 03:Sistema de reuso da água cinza + captação da água da chuva

Fonte: site “Ecoeficientes’. Disponível em: http://www.ecoeficientes.com.br/prefeitura-incentiva-reuso-de-agua/

Este sistema além de contar o a reutilização e reciclagem das águas servidas,

também conta com a captação e utilização da água da chuva nas atividades que não necessitam
da água potável.

2.2 Argumentos capazes de fundamentar cada decisão:

O sistema de captação das águas servidas, ou águas cinza, para os dois modelos de
sistemas são bem similares, tendo sua diferença em relação ao uso da água da chuva. A captação
é da seguinte maneira, água utilizada no banho, nas pias, na lavagem das roupas, entre outras,
é direcionada para o que seria uma estação de tratamento, que podem ser químicos, biológica,
físico-quimo, como mostra tabela 1, em seguida é direcionada a uma reservatória inferior, para
depois ser bombeado para o reservativo superior de onde será distribuído para as atividades
conforme a tabela 2. Vale ressaltar que para poder ser reutilizada a água dever respeitar alguns
critérios de qualidade (tabela 3)
 A segundo modelo possui um diferencial, pois além da captação da água cinza,
também faz realiza a captação da água da chuva, feito principalmente através das calhas nos
telhados, para depois seguirem pelo mesmo percurso da água cinza.
Tabela 01: Descrição dos tipos de tratamento parta reuso de água e esgoto recuperado.

Fonte: adaptado do manual de conservação e reuso de água em edificações.

Tabela 02: Classificação e destinação das águas.

Fonte: Manual de Conservação de Água do SindusCon-SP

 Tabela 03:Parementros de qualidade da água para usos restritivos não potáveis

Fonte: Instalações Hidráulicas e o Projeto de Arquitetura

2.3 Descrição dos critérios e valores:

Segundo o Professo de engenharia Roberto de Carvalho Junior “A especificação de
componentes como reservatórios, sistemas de tratamento e redes de distribuição exclusivas
exige projetos criteriosos [para os sistemas de reuso da água cinza]”. Desse modo alguns
critérios devem ser respeitados quanto se tratado o reuso das águas servidas, como por exemplo
os critérios de qualidade, mostrados na tabela 3.
Vale ressalta, que além desses critérios, também podem-se encontrar algumas
normas, como por exemplo a Norma ABNT NBR 13969/97, que aborda o tratamento de
resíduos aquosos sob diversos aspectos, sendo um deles o reuso. Como também ABNT NBR
16783 de 2019
“A norma NBR 16783 cita como principais fontes alternativas de água não potável:
água de chuva, água pluvial, água de rebaixamento de lençol, água cinza (clara ou
escura), água negra e esgoto sanitário. [...] A NBR 16783 também exige que seja feita
uma coleta para análise da qualidade da água junto ao ponto de consumo mais distante
do reservatório.” ZANELLA, WOLNEY, 2020
 REFERÊNCIAS

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 13969: Projeto, Construção e

operação de unidades complementares e disposição dos efluentes de tanque séptico:
procedimentos. Rio de Janeiro: 1997

ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas (2019b) NBR 16783. Uso de fontes
alternativas de água não potável em edificações.

ANA; FIESP; SINDUSCON-SP; et al. Conservação e reuso da água em edificações. 152 p.

2005. Disponível em: <http://www.fiesp.com.br/indices-pesquisas-e-publicacoes/conservacao-
e-reuso-de-aguas-em-edificacoes-2005/>. Acesso em 15 de out. de 2021

CARVALHO JÚNIOR, Roberto de. Instalações Hidráulicas e o Projeto de Arquitetura. 10.

ed. São Paulo: Blucher Júnior, Roberto de Carvalho. Instalações Hidráulicas e O Projeto de
Arquitetura. Blucher. Edição do Kindle., 2016.

Sem autor. Águas cinzas e o desenvolvimento sustentável. Vivagreen, 2015. Disponível

em:<https://vivagreen.com.br/agua/reuso-de-aguas-cinzas/ >. Acesso em 18 de out. de 2021

Sem autor.Saiba mais sobre água cinza e suas formas de reutilização. EOS, 2019.
Disponível em:< https://www.eosconsultores.com.br/agua-cinza-reutilizacao/>. Acesso em 15
de out. de 2021

ZANELLA, Luciano, ALVES, Wolney C. Reuso de água agora tem norma brasileira.
Associação Paulista de Municípios, 2020. Disponível em:< https://www.apaulista.org.br/reuso-
de-agua-agora-tem-norma-brasileira/>. Acesso em 17 de out. de 2021

ZOROWICH, Ana Clara. Prefeitura de São Paulo vai incentivar o reúso de água nos
edifícios. Ecoeficientes, 2014. Disponível em:<http://www.ecoeficientes.com.br/prefeitura-
incentiva-reuso-de-agua/>. Acesso em 17 de out. de 2021