Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1 - Introdução...............................................................................................................................2
1.2 - Objectivos............................................................................................................................3
1.2.1 - Objectivos gerais...............................................................................................................3
1.2.2 - Os objectivos específicos..................................................................................................3
2 - APROVEITAMENTO DE ÁGUAS PLUVIAS.....................................................................4
2.1 - Esgotamento de águas pluviais de pequenas áreas...............................................................6
2.1.1 - Estimativa da precipitação pluvial....................................................................................6
2.2 - Calhas ou canaletas..............................................................................................................6
2.2.1 - Dimensionamento das calhas............................................................................................7
2.2.2 - Calhas ou canaletas de secção semicircular.......................................................................7
2.3 - Condutores de águas pluviais...............................................................................................8
2.3.1 - Condutores Verticais.........................................................................................................8
2.3.2 - Condutores horizontais.....................................................................................................9
3 - Conceito do aproveitamento de águas pluviais.....................................................................10
3.1 - Recolha..............................................................................................................................11
3.1.1 - Área de captação.............................................................................................................11
3.2 – Condução, tratamento e armazenamento...........................................................................11
3.2.1 - Condução........................................................................................................................11
3.2.2 - Tratamento e coeficiente de eficiência de filtragem........................................................12
3.2.3 - Armazenamento..............................................................................................................12
3.3 - Condução para pontos de consumo....................................................................................14
3.3.1 - Usos da água recolhida e consumos................................................................................14
3.3.2 - Consumos.......................................................................................................................15
3.3.3 - Rega................................................................................................................................15
3.3.4 - Utilização de águas pluviais para uso doméstico.............................................................16
3.4 - Manutenção do sistema......................................................................................................18
4 - Vantagens e desvantagens de Aproveitamento de Águas Pluviais........................................19
4.1-Importância do aproveitamento de água pluviais.................................................................20
5 - Conclusão.............................................................................................................................22
6 - Referências bibliográficas.....................................................................................................23
1 - Introdução
O presente trabalho tem como um de seus objectivos o desenvolvimento de um Sistema
de Aproveitamento de Águas Pluviais.
Uma vez que vivemos em um planeta com recursos finitos evidencia-se então a
necessidade de um pensar e projectar de forma técnica, responsável e objectiva, de
modo descentralizar a gestão de nossos recursos, não restringindo essas decisões apenas
à esfera pública.
Os capítulos iniciais deste trabalho buscam situar o(a) leitor(a) quanto à relevância do
assunto e suas motivações através de um recorte geopolítico e da sustentabilidade, para
ter uma visão mais técnica sobre o assunto. Enquanto no capítulo quinto é abordada essa
metodologia aplicada a edificação específica de estudo, expondo suas características e
os critérios adoptados no dimensionamento de cada componente do sistema. Por fim, os
dois capítulos finais tratam das vantagens e desvantagens de aproveitamento de águas
pluviais e importância do aproveitamento de água pluviais.
2
1.2 - Objectivos
3
2 - APROVEITAMENTO DE ÁGUAS PLUVIAS
A água potável é um bem essencial à vida. No entanto, cada vez mais este recurso se vai
tornando mais escasso e a tendência, num futuro mais próximo do que a generalidade
das pessoas antecipa, é no sentido de que grande parte da população não terá acesso
fácil a ele. Cerca de 71% da superfície terrestre é constituída por água, mas, no entanto,
apenas 2,5% está disponível para o nosso uso. Segundo a ONG Tearfund, o consumo
mundial de água cresceu duas vezes mais rapidamente do que a população mundial, no
último século. Este aumento da população e da diversidade de actividades praticadas
pelo Homem com o uso do recurso água, conduzem à redução rápida das reservas de
recursos hídricos, tornando cada vez mais a conservação deste recurso num desafio vital
para a humanidade. Também o aumento da poluição é um factor que reduz a quantidade
de água disponível para consumo. É possível observar, nos dias de hoje, alguns
impactos que afectam a população mundial devido à falta de água, tais como:
Com a escalada destes impactos na nossa sociedade, a água passará de bem inesgotável
a bem escasso, ganhando uma importância na economia global, afectando grande parte
da população mundial. Face a este cenário, torna-se evidente a urgência em repensar o
uso da água, nomeadamente no ciclo predial, implementando novos paradigmas,
propondo-se como base para essa actuação, uma adaptação do conhecido princípio dos
3R (Reduzir, Reutilizar, Reciclar), enunciado para os resíduos no 5ªPrograma de Acção
em Matéria de Ambiente da União Europeia. Contudo, em relação à água, será mais
apropriado definir um princípio de 4R, dado que, para além da redução dos consumos,
da reutilização da água e da sua reciclagem, é importante considerar também, numa
perspectiva de sustentabilidade, o recurso a origens alternativas. Dentro das
preocupações de sustentabilidade, convém recordar que a qualidade deve ser ajustada às
necessidades de utilização, pois um tratamento “excessivo” da água de abastecimento
implica consumos desnecessários de recursos (energia, reagentes, etc.). No caso
particular dos edifícios, dado que existem diferentes usos da água aos quais podem
4
corresponder diferentes requisitos de qualidade, torna-se evidentes que existem
oportunidades para utilizar, de forma adequada, diferentes origens.
5
2.1 - Esgotamento de águas pluviais de pequenas áreas
Nos telhados empregam-se calhas que, conforme o detalhe arquitectónico, podem ser de
cobre, cimento-amianto, PVC rígido, chapas galvanizadas, fiberglass e concreto. Em
6
áreas e pátios, recorre-se, as vezes, a canalatas abertas ou recobertas com grelhas,
tampas de concreto armado ou ferro fundido.
√ √
( )
3 2 3 2
R ∙√ I R ∙√ I
V= e Q=K ∙ S
n n
Onde:
altura disponivel
I = declividade em m/m=
comprimento da calha
K = 60.000
S = área molhada m2
R=
( )
π r2
2
=
r
2 πr 2
2
7
Pela equação de continuidade Q= S ∙V onde se obtém a vazão Q.
Dividindo Q(m 3 ∙ s−1) pela precipitação expressa em 1/s/m2, acha-se a área de cobertura
ou terreno drenada pela calha
Exemplo
Qual a área que poderá ser esgotada por uma calha semicircular de 15 cm de diâmetro, sendo a
declividade da calha e 1%, o coeficiente de rugosidade igual a 0,013 e a precipitação de 0,042 1/s/m2?
r = 0,150 m ÷ 2 = 0,075 m
I = 1% = 0,01
n = 0,013
π
Raio hidráulico R= =0,0375 m
2
∛ R2 ∙ √ I ∛ 0,0375 × √ 0,01
V= = =0,0862 m∙ s−1
n 0,013
( )
2 2
πr 3,14 ×0,075 ×0,0862 3 −1
Q=S ∙ V = ∙V = =0,000761 m ∙ S
2 2
0,000761
A= =18 m2
0,000042
Costuma-se designar por condutores os tubos que conduzem as águas pluviais dos
telhados, terraços e áreas abertas as caixas de areia, a partir de onde as águas são
conduzidas ao local de lançamento por colectores. Esses colectores, quando de diâmetro
pequeno, são chamados de condutores de águas pluviais. O local de lançamento pode
ser um colector público, uma galeria de águas pluviais, uma caixa de ralo da via pública,
um canal ou rio.
8
2.3.1 - Condutores Verticais
O condutor vertical pode ser ligado, na sua extremidade superior, directamente a uma
calha (caso de telhados), ou receber um raio quando se trata de terraços ou calhas largas,
onde se receba a obstrução do condutor por folhas, papéis, trapos e detritos diversos.
O condutor normalmente não é nem deve ser calculado como um encanamento à secção
plena, e o formato dos ralos e suas grelhas determinam um perda de carga de entrada
que so experimentalmente pode ser determinada. Por essa razão se justifica o emprego
de tabelas consagradas pelo uso e os bons resultados obtidos em função dos diâmetros
de condutores verticais, já levando em conta as consequências da obstrução de grelhas
dos ralos.
Podemos calcular a área máxima drenada pelo condutor considerando a secao plena e
usando a fórmula de manig
9
3 - Conceito do aproveitamento de águas pluviais
O sistema de águas pluviais pode ser dividido em etapas para uma melhor compreensão:
Recolha;
Condução e Tratamento;
Armazenamento;
Condução para pontos de utilização.
10
3.1 - Recolha
As superfícies dos edifícios onde normalmente é feita a recolha das águas pluviais são
os telhados e terraços porque representam a maior área impermeável do terreno ocupado
e a maneira mais fácil e próxima de recolher a água, promovendo a menor
contaminação possível. A qualidade da água recolhida nestas superfícies depende dos
materiais usados na sua construção e dos resíduos que, ao longo do tempo, se vão
depositando. Normalmente, após longos períodos de tempo entre precipitações, os
telhados tendem a ficar mais sujos e, por isso, recomenda-se o não aproveitamento das
primeiras águas. A quantidade de água que se obtém dificilmente é igual à que precipita.
Este facto deve-se a perdas aquando do processo de recolha, tais como a evaporação,
arrastamento pelo vento, ou mesmo pequenas fugas no percurso. Para contabilizar estas
perdas é necessário introduzir o conceito de coeficiente de escoamento.
A quantidade de água captada depende da área de captação, logo, quanto maior esta for,
maior será o volume de água disponível. A superfície de recolha é a grande responsável
pela qualidade final da água, logo, e de acordo com as exigências de qualidade, a
recolha poderá em alguns casos ser alargada da cobertura para pavimentos transitáveis
ou vias de comunicação.
A área referente à captação de uma qualquer exploração define-se pela projecção
horizontal dos seus planos. Assim, a área de recolha de água de um edifício é dada,
normalmente, pela área de implantação deste.
3.2.1 - Condução
11
estes dispositivos recolhem todo o tipo de detritos que acabam por contribuir para o
crescimento bacteriano e para a contaminação da água no reservatório.
Quando decorrem grandes períodos de tempo seco aconselha-se a não aproveitar a água
da primeira chuvada “first flush”, pois geralmente contém uma carga muito elevada de
pó acumulado e detritos que vão de folhas a dejectos de pássaro. Recomenda-se por isso
o desvio das primeiras águas. Outros órgãos instalados para tratar a água são os filtros.
Estes acessórios são visíveis e localizam-se geralmente antes do reservatório. O
objectivo dos filtros é remover a maior quantidade possível de sedimentos e detritos de
pequenas dimensões da água antes do seu armazenamento, evitando as condições
favoráveis ao desenvolvimento de microrganismos ou algas.
Uma eficiência de filtragem de 0,9 para filtros com manutenção e limpeza regulares a
menos que as características do sistema recomendem a adopção de outro valor, sendo
este valor definido como sendo a relação entre a quantidade de água filtrada que chega à
cisterna e a quantidade de água da chuva que chega ao filtro.
3.2.3 - Armazenamento
12
precipitações devem ser representativas quanto a sazonalidade na região de
implementação do sistema (ABNT NBR 15527, 2019).
13
3.3 - Condução para pontos de consumo
A menos que o reservatório esteja colocado a uma altura que permita a distribuição da
água até ao local de consumo por gravidade, deverá ser colocado um grupo de pressão.
Este inclui motor, bomba e quadro eléctrico.
Quanto ao seu uso, existem demandas que não necessitam de água com alto padrão de
potabilidade, como por exemplo o consumo na irrigação para fins paisagísticos, uso de
descargas de bacias sanitárias e mictórios, abastecimento de reservatório de combate a
incêndio, usos industriais, lavagem de logradouros, pátios, garagens, áreas externas e
veículos, sistemas de resfriamento de água, uso ornamental, entre outros usos menos
nobres (quando comparado ao consumo humano), fins estes cuja pratica comum tende a
utilizar o abastecimento padrão de águas potáveis.
14
Descarga de bacia de retrete
Lavagem de roupas
Lavagem de pavimentos, automóveis
Rega de zonas verdes
Usos industriais (torres de arrefecimento, redes de incêndio, AVAC)
3.3.2 - Consumos
3.3.3 - Rega
Uma utilização eficiente da água implica que não haja desperdícios, quer por razões
ambientais quer por motivos económicos, uma vez que a água desperdiçada implica
gastos desnecessários.
Nos prados, por exemplo, as plantas organizam-se, distribuem-se de acordo com as suas
necessidades de água, pelo que de acordo com esta lógica, os sistemas de rega deveriam
ser organizados segundo as necessidades das plantas, ou seja, as plantas com diferentes
necessidades são regadas de forma separada. Podemos tomar como exemplo a relva que
deve ser regada separadamente dos arbustos e flores.
15
A água pode ser distribuída segundo duas formas: o sistema automático ou manual com
mangueiras. No primeiro caso devemos tomar atenção ao facto de que as características
do equipamento devem estar adaptadas às áreas e às diferentes plantas.
Numa fase inicial, em que a vegetação se está a adaptar ao local, a rega deve efectuada
com mais frequência. Contudo, perante uma situação de falta de água, as regas devem
ser realizadas quinzenalmente, de forma local e em caldeira, na primavera e verão,
tendo em linha de consideração o regime climático.
A quantidade de água para rega das árvores depende da dimensão destas, no entanto,
deve ser em média de 25 l/árvore em cada 15 dias de estação seca. Por outro lado,
perante as situações de árvores regadas em caldeira, as mesmas podem ser revestidas
com casca de pinheiro para uma conservação mais eficaz da humidade no solo.
a) Área de colecta: local onde a chuva precipita a fim de ser captada. É importante
no dimensionamento do volume de reservação, pois quanto mais for à área de
captação maior será o volume de água de chuva capturado e armazenado. A área
de captação deve suprir a demanda de consumo de água.
16
b) Calhas e condutores: Condutos que levam a água captada até o reservatório. As
calhas são dispostas na horizontal e os condutos na vertical. Os
dimensionamentos desses componentes devem seguir a NBR 10844.
c) Dispositivo de descarte das “primeiras águas”: componente utilizado para
descartar a água que lava a área de captação, local onde se acumula poeira,
fuligem e outros contaminantes atmosféricos que podem alterar a qualidade da
água. Para este descarte pode-se dispor de desvio manual da água ou
dispositivos instalados em bóias de tanques intermediários.
d) Separador de materiais grosseiros: dispositivo utilizado para a separação de
galhos, folhas e outros materiais que podem ser depositados na área de captação.
Existem no mercado filtros produzidos para esta função, podendo também ser
fabricados.
e) Armazenamento: sistema composto por dois reservatórios. Um inferior,
enterrado com o objectivo armazenar a água colectada e compensar a variação
da precipitação de chuva, e um reservatório superior para distribuição por
gravidade até os pontos de utilização.
f) Sistema de recalque: composto por bomba, tubulações e conexões.
Responsável pelo transporte de água do reservatório inferior para o reservatório
superior.
g) Sistema de distribuição: responsável pelo abastecimento de água de chuva nos
pontos de utilização (ex.: bacias sanitárias). Composto por barrilete, colunas,
ramais e sub ramais de distribuição.
17
Esquema do sistema de aproveitamento de água de chuva.
18
COMPONENTE FREQUÊNCIA DE MANUTENÇÃO
Dispositivo de descarte de detritos Inspecção mensal
Limpeza trimestral
Dispositivo de descarte de escoamento Inspecção mensal
inicial, se existir Limpeza trimestral
Calhas Inspecção semestral
Limpeza quando necessário
Área de captação, condutores verticais Inspecção semestral
e horizontais Limpeza quando necessário
Dispositivos de desinfecção Inspecção mensal
Bombas Inspecção mensal
Reservatório Inspecção anual, limpeza quando
necessário
A limpeza e desinfecção dos reservatórios devem ser realizadas, no mínimo, uma vez
por ano. O descarte do volume não aproveitado de água da chuva, pode ser direccionado
à rede de galerias de águas pluviais, na via pública ou ainda infiltrar-se total ou
parcialmente no solo, desde que não apresente risco de contaminação do lençol freático.
Assim, a captação de água da chuva é já uma prática muito difundida em alguns países
onde têm sido desenvolvidos novos sistemas, possibilitando a captação de água de boa
qualidade, de forma simples e económica. A utilização de água de chuva apresenta
várias vantagens:
Por outro lado, também é importante salientar que, para além de ser uma medida que
contribui para a conservação de água, a captação de água de chuva é também uma
medida que contribui para a conservação de energia, uma vez que é necessária pouca
19
energia para o funcionamento de um sistema de aproveitamento de água da chuva. No
entanto, a captação de água de chuva também traz algumas desvantagens. Poderíamos
apontar como tal o custo da instalação de um Sistema de Aproveitamento de Águas
Pluviais, bem como a diminuição do volume de água que é captada em momentos de
seca. É ainda pertinente enunciar a importância da manutenção deste sistema, de forma
a evitar problemas sanitários. Apesar destas desvantagens, quando analisados os
benefícios inerentes à implementação destes sistemas, percebemos que é capaz de fazer
face aos problemas ligados à escassez de água de forma sustentável.
A água da chuva é uma das mais puras fontes de água. A precipitação, na sua origem,
contém muito poucas impurezas. Porém, ao atingir a superfície terrestre, há inúmeras
oportunidades para que minerais, bactérias, substâncias orgânicas e outras formas de
contaminação atinjam a água. A poeira e a fuligem se acumulam em telhados,
contaminando as águas. Matéria orgânica proveniente de resíduos vegetais e animais
também trazem poluentes para as águas da chuva. Além disso, o uso altamente
difundido de pesticidas, fertilizantes, insecticidas e produtos químicos de origem médica
ou industrial também têm reduzido a qualidade da água. Mas, de uma forma geral, a
água da chuva pode fornecer água limpa e confiável, desde que os sistemas de colecta
sejam construídos e mantidos de forma adequada e a água seja tratada apropriadamente,
conforme o uso previsto. A intensidade de filtração e desinfecção varia conforme ela
seja destinada a usos potáveis ou não potáveis. Para usos menos exigentes, uma simples
filtração e desinfecção (cloração, ou tratamento por ultravioleta, por exemplo) podem
20
trazer os indicadores de qualidade para níveis adequados. No caso de uso para irrigação,
o tratamento necessário é mínimo, normalmente requerendo apenas filtragem.
Sistemas de utilização da água da chuva podem ser adoptados para fins domésticos,
comerciais e industriais. No caso de usos domésticos, os mais comuns são descarga de
vasos sanitários, lavagem de carros, lavagem de assoalhos, irrigação de jardins e
sistemas de combate a incêndio. Nas indústrias e prédios comerciais, a água da chuva
pode ser usada para climatização, resfriamento de maquinarias, lavagem industrial de
roupas, lavagem de veículos como carros, ônibus e caminhões, limpeza industrial.
21
5 - Conclusão
22
6 - Referências bibliográficas
23