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e Propriedade Industrial
Indaial – 2021
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2021
Elaboração:
Prof. Alfredo Pieritz Netto
Profa. Vera Lúcia Hoffmann Pieritz
N476p
ISBN 978-65-5663-743-3
ISBN Digital 978-65-5663-744-0
CDD 342.24129
Impresso por:
Apresentação
Seja bem-vindo a esta nova disciplina em seu curso de Gestão das
Relações Eletrônicas, na qual estaremos desenvolvendo um conteúdo
dinâmico e atualizado e de uso na sua prática profissional trazendo-lhe
uma teoria e conceitos importantes para a sua formação, principalmente
nos quesitos legais e operacionais, trazendo os pontos mais importantes
da propriedade intelectual, principalmente, enfocando nos quesitos das
relações eletrônicas de uma forma prática para a sua utilização dentro das
empresas. A presente disciplina tem como objetivo trabalhar a Propriedade
Intelectual e Propriedade Industrial, as suas nuances e as questões legais,
além de trazer cases práticos e ferramentas que você poderá aplicar em seu
dia a dia de trabalho.
Este livro didático foi desenvolvido para você dentro das mais
modernas tecnologias de ensino e aprendizado através do estudo EAD
(Ensino a Distância), que é uma realidade e tem de se manter no futuro.
Assim, futuro profissional de Gestão das Relações Eletrônicas (GRE), não
só o estude, mas aplique na prática (quando possível), faça os exercícios e
troque experiências com seus colegas, pois nesta área o conhecimento e as
técnicas estão evoluindo constantemente.
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há
novidades em nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que preparamos para seu estudo.
REFERÊNCIAS....................................................................................................................................... 62
REFERÊNCIAS..................................................................................................................................... 136
REFERÊNCIAS..................................................................................................................................... 199
UNIDADE 1 —
DA PROPRIEDADE INTELECTUAL
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade,
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
1
CHAMADA
2
TÓPICO 1 —
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
3
UNIDADE 1 — DA PROPRIEDADE INTELECTUAL
4
TÓPICO 1 — INTRODUÇÃO à PROPRIEDADE INTELECTUAL
Pelo que expusemos acima, você precisa entender por que é tão importan-
te que todo profissional que trabalhe em relações eletrônicas tenha um conheci-
mento mais aprofundado sobre registro da sua criação e propriedade intelectual.
Vamos começar a estudar este tema tão instigante para nós que trabalha-
mos na área digital.
5
UNIDADE 1 — DA PROPRIEDADE INTELECTUAL
Podemos notar, assim, que tudo que analisamos a respeito dos conceitos
de propriedade intelectual está relacionado à criatividade do ser humano em
criar algo e, do outro lado, está a proteção da autoria.
6
TÓPICO 1 — INTRODUÇÃO à PROPRIEDADE INTELECTUAL
NOTA
NOTA
7
UNIDADE 1 — DA PROPRIEDADE INTELECTUAL
FONTE: <https://querobolsa.com.br/revista/qual-e-a-diferenca-entre-os-cursos-engenharia-de-
computacao-e-ciencia-da-computacao>. Acesso em: 27 jan. 2020.
8
TÓPICO 1 — INTRODUÇÃO à PROPRIEDADE INTELECTUAL
autor
au·tor
sm
1 Aquele que é causa primária e principal de algo; agente.
2 Aquele que é o criador de ou que projeta alguma coisa; criador,
descobridor, inventor.
3 Indivíduo que é o responsável pela fundação ou instituição de
algo; fundador, instituidor.
4 Escritor de obra literária, científica ou artística.
5 Pessoa que compõe obra artística ou musical; artista, pintor,
escultor etc.; compositor, músico.
6 Aquele de quem alguma coisa nasce ou procede; pai.
7 JUR A parte que promove o ato contencioso em uma ação penal.
8 JUR Indivíduo que comete um delito. (MICHAELIS, c2021, s. p.)
9
UNIDADE 1 — DA PROPRIEDADE INTELECTUAL
NOTA
10
TÓPICO 1 — INTRODUÇÃO à PROPRIEDADE INTELECTUAL
FONTE: <https://mymob.com.br/blog/itens-para-avaliar-antes-de-comprar-um-smartphone.
html>. Acesso em: 1 fev. 2021.
11
UNIDADE 1 — DA PROPRIEDADE INTELECTUAL
NOTA
Prezado acadêmico, destaca-se que “ideias” não podem ser protegidas sob
forma alguma, mas a concepção de uma ideia que seja devidamente materializada, esta
pode ser protegida desde que seja analisada a sua natureza.
12
TÓPICO 1 — INTRODUÇÃO à PROPRIEDADE INTELECTUAL
NOTA
13
UNIDADE 1 — DA PROPRIEDADE INTELECTUAL
Marcas registradas: uma marca registrada permite que seu proprietário confirme
a origem de seus produtos para o público. Exemplos de marcas registradas incluem nomes
inconfundíveis de produtos, tais como Coca Cola®, ou uma logo marca, tal como, o
símbolo da tríade da Mercedes Benz® (OMPI, 2021, p. 11).
Mais conceitos irão ser aprendidos durante a leitura deste livro didático
e indicações de leitura. Vamos agora para o fechamento deste tópico, onde
apresentaremos uma leitura complementar, o resumo e questões de revisão.
[...]
14
TÓPICO 1 — INTRODUÇÃO à PROPRIEDADE INTELECTUAL
Assim, quem inventa, por exemplo, uma nova máquina pode solicitar
do Estado uma patente, que representa a exclusividade do emprego da nova
tecnologia – se satisfizer os requisitos e se ativer aos limites que a lei impõe. Só
o titular da patente tem o direito de reproduzir a máquina; e o mesmo ocorre
como uso da marca do produto, do nome da empresa, etc.
15
UNIDADE 1 — DA PROPRIEDADE INTELECTUAL
A tutela dos direitos autorais, de outro lado, não tão ligada, no texto
constitucional, às claras e específicas raízes nacionais, volta-se aos conceitos
de tutela dos direitos da pessoa humana, de cunho, assim, natural e universal,
ainda que, como toda propriedade, sujeita à obrigação de um uso socialmente
adequado.
[...]
16
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
• Todo produto, seja ele físico, virtual, digital, um conhecimento, uma autoria
etc. é uma propriedade intelectual e foi fruto da criação de uma pessoa, ou de
um grupo de pessoas, e devem ser preservadas a sua autoria e seus direitos, e
por isto, é tão importante o registro da propriedade intelectual.
I- Registro.
II- Patentes.
III- Desenhos industriais.
18
( ) A proteção dos desenhos industriais permite que seu proprietário
controle a exploração das formas ornamentais relacionadas aos produtos,
tais como, o estilo de um novo carro esporte, o gabinete plástico diferente
de certo tipo de computador ou a forma de uma garrafa de refrigerante.
( ) É o título de propriedade intelectual de obras protegidas pelos direitos
autorais, programas de computador, marcas, indicações geográficas,
desenhos industriais e topografias de circuitos integrados.
( ) É um documento legal que concede a seu detentor o direito exclusivo de
controlar o uso de uma invenção, conforme apresentado nas reivindicações
de patentes, dentro de uma área e período de tempo restritos, impedindo
que outras pessoas, dentre outras coisas, comercializem, utilizem ou
vendam a invenção sem autorização.
a) ( ) III – I – II.
b) ( ) II – I – III.
c) ( ) II – III – I.
d) ( ) III – II – I.
19
20
TÓPICO 2 —
UNIDADE 1
A PROPRIEDADE INTELECTUAL
1 INTRODUÇÃO
21
UNIDADE 1 — DA PROPRIEDADE INTELECTUAL
DICAS
Prezado acadêmico, aqui estão duas dicas legais para você ampliar o seu
conhecimento na área de propriedade intelectual:
DUPLICANDO O CONHECIMENTO
A quantidade de informações disponíveis hoje na internet, somado
ao ritmo acelerado com que o conhecimento é produzido, vem sendo
objeto de estudo nas últimas décadas. Muito antes da velocidade
exponencial particular da era 4.0, especialistas como o futurista
Buckminster Fuller já se dedicavam a entender de que forma o
conhecimento se expande ao longo dos anos.
Na década de 80, o inventor estadunidense desenvolveu a chamada
curva de duplicação do conhecimento. Em resumo, ele estimou que
o conhecimento humano dobrava a cada século até 1900. Ao final da
Segunda Guerra Mundial, em 1945, o conhecimento estava dobrando
a cada 25 anos. Já em 1982, no mesmo ano em que publicou o livro
22
TÓPICO 2 — A PROPRIEDADE INTELECTUAL
23
UNIDADE 1 — DA PROPRIEDADE INTELECTUAL
Entre músicas da banda de rock Queen, que foram inovadoras e até hoje
são atuais, temos como exemplo a Bohemian Rhapsody, com seus 5 minutos
e 54 segundos de duração, que possui uma conotação lírica, rock, entre outras
características que foram inovadoras para as músicas na época de seu lançamento,
no ano de 1975.
DICAS
QUEEN
Se você gostou desta dica, queremos recomendar que escute esta música e tire um tempo
para assistir ao filme Bohemian Rhapsody, que trata da jornada do Queen e você pode
escutar toda a discografia deste grupo em: https://www.vagalume.com.br/queen/.
24
TÓPICO 2 — A PROPRIEDADE INTELECTUAL
NOTA
“Caneta Azul”
Como você pôde ver, são características bem amplas, que podem ser
encontradas em qualquer obra da inventividade humana e que precisam ser
protegidas em seus direitos autorais, e que, por consequência, podem gerar
movimentações vultuosas de recursos ao autor da obra, por isso, a importância
na atualidade deste tema.
25
UNIDADE 1 — DA PROPRIEDADE INTELECTUAL
NOTA
PLÁGIO E PIRATARIA
26
TÓPICO 2 — A PROPRIEDADE INTELECTUAL
FONTE: <http://cboffice.com.br/blog/2018/09/conheca-os-segredos-de-10-logotipos-de-
marcas-famosas/>. Acesso em: 1 mar. 2021.
FONTE: Os autores
27
UNIDADE 1 — DA PROPRIEDADE INTELECTUAL
TUROS
ESTUDOS FU
A evolução dos softwares é uma constante, por isso o seu registro também,
veja o Windows, o Office da Microsoft, o Google etc. Só para reforçar, como já
vimos anteriormente, tanto a propriedade em relação às questões industriais e
softwares que falamos e caracterizamos aqui são propriedades intelectuais que
foram classificadas nestas categorias.
28
TÓPICO 2 — A PROPRIEDADE INTELECTUAL
Ferramenta digital/
Usuários Observação
softwares/app
• 4 de abril de 1975,
Albuquerque, Novo México,
Instalado em 900 milhões EUA.
Windows 10
de máquinas (2019). • Valor de marcado da
Microsoft, US$ 1,349 trilhão
na Nasdaq (2020).
• 4 de fevereiro de 2004
Mais de 2,740 bilhões de
(fundação).
contas ativas – sendo 130
Facebook • Em 4 de outubro de 2012, o
milhões delas brasileiras.
Facebook atingiu a marca de
(2021).
1 bilhão de usuários ativos.
• Fundado em fevereiro de
2005.
• Google comprou o site em
2.291 bilhões de usuários
Youtube novembro de 2006 por US$
(2021).
1,65 bilhão.
• É considerado o segundo
maior buscador da internet.
29
UNIDADE 1 — DA PROPRIEDADE INTELECTUAL
A TOTVS é uma
empresa multinacional
de desenvolvimento de
TOTVS softwares de gestão. Com R$ 8,84 bilhões (ago./2018).
sede no Brasil, é a maior
empresa do país e a 6ª maior
do mundo no segmento.
FONTE: Os autores
FONTE: <https://www.teadistribuidora.com.br/a-importancia-da-informatica-na-organizacao-e-
no-trabalho/>. Acesso em: 10 mar. 2021.
Fonte: Os autores
31
UNIDADE 1 — DA PROPRIEDADE INTELECTUAL
[...]
PARTE I
ARTIGO 1
ARTIGO 2
32
TÓPICO 2 — A PROPRIEDADE INTELECTUAL
ARTIGO 3
Tratamento Nacional
ARTIGO 4
33
UNIDADE 1 — DA PROPRIEDADE INTELECTUAL
ARTIGO 5
ARTIGO 6
Exaustão
ARTIGO 7
Objetivos
ARTIGO 8
Princípios
34
TÓPICO 2 — A PROPRIEDADE INTELECTUAL
2. Desde que compatíveis com o disposto neste Acordo, poderão ser necessárias
medidas apropriadas para evitar o abuso dos direitos de propriedade
intelectual por seus titulares ou para evitar o recurso a práticas que limitem de
maneira injustificável o comércio ou que afetem adversamente a transferência
internacional de tecnologia. [...]
35
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• A evolução dos softwares é uma constante, por isso o seu registro também
36
AUTOATIVIDADE
I- Marcas.
II- Softwares.
III- Indicação geográfica.
37
Preencha os campos:
a) ( ) III – I – II.
b) ( ) II – I – III.
c) ( ) II – III – I.
d) ( ) III – II – I.
38
TÓPICO 3 —
UNIDADE 1
A PROPRIEDADE INDUSTRIAL
1 INTRODUÇÃO
NOTA
PRIMEIRO SMARTPHONE
FONTE: <https://canaltech.com.br/smartphone/ha-12-anos-steve-jobs-mudava-o-
mundo-ao-apresentar-o-primeiro-iphone-130471/>. Acesso em: 12 mar. 2020.
39
UNIDADE 1 — DA PROPRIEDADE INTELECTUAL
FONTE: Os autores
40
TÓPICO 3 — A PROPRIEDADE INDUSTRIAL
• Marcas.
• Patente.
• Desenho Industrial.
• Indicação Geográfica.
• Topografias de Circuitos.
• Segredo Industrial.
NOTA
Por isto, vamos aos conceitos dos dois elementos de registro de proprie-
dade industrial que não foram definidos, que são Topografias de Circuitos e o
Segredo Industrial.
NOTA
CIRCUITO INTEGRADO
• É um produto, em forma final ou intermediária, com elementos dos quais pelo menos
um seja ativo e com algumas ou todas as interconexões integralmente formadas sobre
uma peça de material ou em seu interior, e cuja finalidade seja desempenhar uma
função eletrônica.
• A proteção é garantida pelo registro no INPI, que só se aplica à topografia que seja
“original”, no sentido de que resulte do esforço intelectual do seu criador ou criadores,
e que não seja comum ou vulgar para técnicos, especialistas ou fabricantes de circuitos
integrados no momento de sua criação.
42
TÓPICO 3 — A PROPRIEDADE INDUSTRIAL
PROTEÇÃO DA TOPOGRAFIA
A realização de qualquer dos atos previstos por terceiros não autorizados, entre a data
do início da exploração ou do depósito do pedido de registro e a data de concessão do
registro, autorizará o titular a obter, após a dita concessão, a indenização que vier a ser
fixada judicialmente.
• praticados por terceiros não autorizados com finalidade de análise, avaliação, ensino e
pesquisa;
• que consistam na criação ou exploração de uma topografia que resulte da análise,
avaliação e pesquisa de topografia protegida, desde que a topografia resultante não seja
substancialmente idêntica à protegida;
• que consistam na importação, venda ou distribuição por outros meios, para fins
comerciais ou privados, de circuitos integrados ou de produtos que os incorporem,
colocados em circulação pelo titular do registro de topografia de circuito integrado
respectivo ou com seu consentimento.
FONTE: <https://sinova.ufsc.br/propriedade-intelectual/topografia-de-circuito-
integrado/>. Acesso em: 15 fev. 2021.
43
UNIDADE 1 — DA PROPRIEDADE INTELECTUAL
Barbosa (2003) descreve que a LPI tem como foco a concorrência desleal,
evitando práticas desonestas como as condutas de propagação de informações
falsas, alterações no design de um produto maquiando-o de forma a confundir o
consumidor em relação ao produto original; assim como em situações em que se
comprove o roubo de informação do concorrente.
NOTA
DICAS
http://nit.uemg.br/?page_id=514
https://jus.com.br/artigos/85941/o-segredo-industrial-como-protecao-a-concorrencia-
desleal
https://www.emerj.tjrj.jus.br/revistaemerj_online/edicoes/revista12/revista12_75.pdf
https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/248/edicao-1/segredo-de-empresa.
44
TÓPICO 3 — A PROPRIEDADE INDUSTRIAL
DICAS
Prezado acadêmico, queremos deixar como dica para você que quer conhecer
mais sobre o INPI e os serviços realizados por ele. Acesse o site que está apresentado a
seguir, que é muito legal e tem muita informação interessante.
https://www.gov.br/inpi/pt-br.
SITE DO INPI
45
UNIDADE 1 — DA PROPRIEDADE INTELECTUAL
• Depósito.
• Exame formal.
• Publicação.
• Exame técnico.
• Deferimento.
• Emissão da carta-patente.
46
TÓPICO 3 — A PROPRIEDADE INDUSTRIAL
DICAS
https://www.gov.br/inpi/pt-br/servicos/patentes/guia-basico/manual-para-o-depositante-
de-patentes.pdf
1 CONCEITOS BÁSICOS
1.1 O QUE É UMA PATENTE
1.1.1 O QUE PODE SER PATENTEADO NO BRASIL
1.2 CARACTERÍSTICAS FUNDAMENTAIS DAS PATENTES
1.3 TERRITÓRIO DE VALIDADE DE UMA PATENTE
1.4 EXPECTATIVA DE DIREITO
1.5 VIGÊNCIA DAS PATENTES
2 DISPOSIÇÕES GERAIS SOBRE PATENTES
3 ELABORAÇÃO DE UM PEDIDO DE PATENTE OU CERTIFICADO DE ADIÇÃO
4 PROCEDIMENTOS PARA DEPÓSITO DO PEDIDO DE PATENTE OU CERTIFICADO
DE ADIÇÃO
5 OBRIGAÇÕES DO TITULAR DA PATENTE
6 EXAMES PRIORITÁRIOS
7 OPINIÃO PRELIMINAR DE PATENTES
47
UNIDADE 1 — DA PROPRIEDADE INTELECTUAL
DICAS
Prezado acadêmico, olha que material legal para você entender os tipos de
marcas:
Formas de apresentação
Marca nominativa
Marca nominativa, ou verbal, é o sinal constituído por uma ou mais palavras no sentido
amplo do alfabeto romano, compreendendo, também, os neologismos e as combinações
de letras e/ou algarismos romanos e/ou arábicos, desde que esses elementos não se
apresentem sob forma fantasiosa ou figurativa.
Marca figurativa
48
TÓPICO 3 — A PROPRIEDADE INDUSTRIAL
Nas duas últimas hipóteses elencadas, a proteção legal recai sobre a representação gráfica
das letras e do ideograma em si, e não sobre a palavra ou expressão que eles representam,
ressalvada a hipótese de o requerente indicar, no requerimento, a palavra ou o termo que
o ideograma representa, desde que compreensível por uma parcela significativa do público
consumidor, caso em que se interpretará como marca mista.
Marca mista
Marca tridimensional
Marca tridimensional é o sinal constituído pela forma plástica distintiva em si, capaz
de individualizar os produtos ou serviços a que se aplica. Para ser registrável, a forma
tridimensional distintiva de produto ou serviço deverá estar dissociada de efeito técnico.
49
UNIDADE 1 — DA PROPRIEDADE INTELECTUAL
• Depósito.
• Publicação.
• Deferimento.
• Concessão e emissão do certificado.
DICAS
Prezado acadêmico, para você que deseja conhecer mais sobre o registro de
marcas, sugerimos a leitura do manual de marcas on-line do INPI, no seguinte site: http://
manualdemarcas.inpi.gov.br/
Manual de marcas
1. Disposições gerais
2. O que é marca
3. Como formular pedido de registro ou petição de marca
4. Exame formal
5. Exame substantivo
6. Concessão, manutenção e extinção do registro
7. Recursos e processos administrativos de nulidade
8. Transferência de direitos
9. Anotações e alterações diversas
10. Outros serviços
11. Protocolo de Madri
Referências
• DEPÓSITO
• EXAME FORMAL
50
TÓPICO 3 — A PROPRIEDADE INDUSTRIAL
• EXAME TÉCNICO
• CONCESSÃO
• QUINQUENIO
• RENOVAÇÃO
DICAS
Prezado acadêmico, para você que deseja conhecer mais sobre o registro
de DESENHO INDUSTRIAL sugerimos a leitura do manual de marcas on-line do INPI, no
seguinte site: http://manualdedi.inpi.gov.br/projects/manual-de-desenho-industrial/wiki.
DICAS
Prezado acadêmico, para você que deseja conhecer mais sobre o registro
de INDICAÇÕES GEOGRÁFICAS, sugerimos a leitura do manual de marcas on-line do
INPI, no seguinte site: http://manualdemarcas.inpi.gov.br/projects/manual-de-indicacoes-
geograficas/wiki#:
52
TÓPICO 3 — A PROPRIEDADE INDUSTRIAL
DICAS
Prezado acadêmico, para você que deseja conhecer mais sobre o registro de
SOFTWARE, sugerimos a leitura do manual de marcas on-line do INPI, no seguinte site:
https://bit.ly/3hvZjh7.
53
UNIDADE 1 — DA PROPRIEDADE INTELECTUAL
FIGURA 19 – INPI
FONTE: <http://manualdemarcas.inpi.gov.br/projects/manual-de-indicacoes-geograficas/wiki#>.
Acesso em: 20 mar. 2021
DICAS
BAGNATO, V. S. et al. Guia Prático I: Introdução à Propriedade Intelectual. São Paulo: USP,
2014. Disponível em: <https://bit.ly/3AzKuBo>. Acesso em: 8 mar. 2021.
54
TÓPICO 3 — A PROPRIEDADE INDUSTRIAL
Além disso, tem-se que proteger seu software abre portas para mais
investimentos, maior confiança do cliente, bem como a proteção de seus dados,
sendo assegurada pelo INPI.
55
UNIDADE 1 — DA PROPRIEDADE INTELECTUAL
Vamos abordar agora os principais pontos de cada uma das Leis citadas.
Além disso, a lei dispõe sobre quais serão as penalidades que alguém
sofrerá caso viole os direitos autorais.
56
TÓPICO 3 — A PROPRIEDADE INDUSTRIAL
57
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
58
• A proteção aos direitos de propriedade intelectual do software independe de
registro.
CHAMADA
59
AUTOATIVIDADE
I- Aplicação industrial.
II- Atividade inventiva.
III- Novidade.
Preencha os campos:
60
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) III – II – I.
b) ( ) II – I – III.
c) ( ) II – III – I.
d) ( ) III – I – II.
61
REFERÊNCIAS
ABPI. O que é propriedade intelectual? c2021. Disponível em: https://abpi.org.br/
blog/o-que-e-propriedade-intelectual/. Acesso em: 25 jan. 2021.
BRASIL. Lei n.º 9.279, de 14 de maio de 1996. Regula direitos e obrigações relativos
à propriedade industrial. Brasília, DF, 1996. Disponível em: http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/leis/l9279.htm. Acesso em: 9 mar. 2021.
62
JUNGMANN, D. de M.; BONETTI, E. A. Inovação e propriedade intelectual:
guia para o docente. Brasília: SENAI, 2010. Disponível em: https://www.gov.br/
inpi/pt-br/composicao/arquivos/guia_docente_iel-senai-e-inpi.pdf. Acesso em:
1 fev. 2021.
63
64
UNIDADE 2 —
A LEGISLAÇÃO RELACIONADA À
PROPRIEDADE INTELECTUAL
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos e objetiva introduzir
uma visão legal sobre o tema. No decorrer da unidade, você encontrará
autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
65
CHAMADA
66
TÓPICO 1 —
UNIDADE 2
1 INTRODUÇÃO
FONTE: A autora
67
UNIDADE 2 — A LEGISLAÇÃO RELACIONADA À PROPRIEDADE INTELECTUAL
Para quem não está acostumado com as questões legais, pode ser
maçante a leitura e interpretação de leis, mas é necessário para se aperfeiçoar
como profissional e futuro gestor de relações eletrônicas. Você precisará, ainda,
constantemente se atualizar nesta área, pois as leis em nosso país mudam
continuamente e, por isto, você também deve se atualizar.
2 LEGISLAÇÃO APLICADA
Na unidade anterior, abordamos a Propriedade Intelectual, Industrial e
de Software (Programas de Computador), trouxemos muito material e referências
do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), órgão que é responsável
pelos encaminhamentos dos registros de patente, marcas etc.
68
TÓPICO 1 — A LEI GERAL DA PROPRIEDADE INTELECTUAL E INDUSTRIAL
E
IMPORTANT
Você pode ver que a instituição do INPI foi realizada por uma lei e que
possui por finalidade principal:
69
UNIDADE 2 — A LEGISLAÇÃO RELACIONADA À PROPRIEDADE INTELECTUAL
DICAS
70
TÓPICO 1 — A LEI GERAL DA PROPRIEDADE INTELECTUAL E INDUSTRIAL
DICAS
Título I
Disposições Preliminares
Art. 1º Esta Lei regula os direitos autorais, entendendo-se sob esta denominação
os direitos de autor e os que lhes são conexos.
Art. 2º Os estrangeiros domiciliados no exterior gozarão da proteção assegurada
nos acordos, convenções e tratados em vigor no Brasil.
Parágrafo único. Aplica-se o disposto nesta Lei aos nacionais ou pessoas
domiciliadas em país que assegure aos brasileiros ou pessoas domiciliadas no
Brasil a reciprocidade na proteção aos direitos autorais ou equivalentes.
71
UNIDADE 2 — A LEGISLAÇÃO RELACIONADA À PROPRIEDADE INTELECTUAL
72
TÓPICO 1 — A LEI GERAL DA PROPRIEDADE INTELECTUAL E INDUSTRIAL
Como você pode observar, o título I da Lei nº 9.610/1998 deixa claro todos
os parâmetros de sua aplicação em seu artigo 5º. Como já salientamos, é muito
importante para você, como profissional de relações eletrônicas, conhecer um
pouco das leis relacionadas ao tema.
TUROS
ESTUDOS FU
73
UNIDADE 2 — A LEGISLAÇÃO RELACIONADA À PROPRIEDADE INTELECTUAL
E
IMPORTANT
Algumas estimativas dizem que, dos softwares existentes, 1/3 é pirateado. Isso revela a
grande dificuldade em parar a pirataria de software, mesmo com as iniciativas por parte
das empresas em agir judicialmente ou maximizar seus investimentos na proteção de
seus softwares. Muitas dessas tentativas têm falhado ao longo do tempo, mas os esforços
continuam na tentativa de inibir a ação dos crackers.
Países com um índice menor de pirataria são os mais desenvolvidos, que possuem uma
economia mais estável e um mercado equilibrado com preços mais acessíveis compatíveis
com a realidade do país. Em contrapartida, os países onde a pirataria desponta percebemos
que a renda da população é menor e o preço cobrado pelos softwares não é compatível
com a realidade.
74
TÓPICO 1 — A LEI GERAL DA PROPRIEDADE INTELECTUAL E INDUSTRIAL
FONTE: GAIDARGI, J. Entenda sobre pirataria de software. 2018. Disponível em: https://
bit.ly/3qUgETT. Acesso em: 15 mar. 2021.
Temos visto, atualmente, uma grande migração das autorias para o nível
digital, na qual temos os livros oferecidos em forma digital por grandes players
como a Amazon, Saraiva, Submarino etc., além de criações no Youtube, Facebook,
entre outros, e sempre temos que tomar cuidado com as autorias nestes meios.
3 AUTORIA E LEGISLAÇÃO
TRIPS, OMPI, Lei da Propriedade Intelectual (Lei nº 9.610/1998), Lei da
Propriedade Industrial (Lei nº 9.279/1996), Lei dos Programas de Computado-
res ou de Software (Lei nº 9.609/1998), entre outras leis e resoluções tem como
foco buscar garantir a autoria das criações, e atualmente os direitos intrínsecos
a cada criação.
Apesar do fato ser a cópia, a autoria, a situação por trás desta análise
está a questão financeira e os direitos autorais, pois temos, em diversas situações,
enormes montantes de dinheiro envolvido no mundo todo.
75
UNIDADE 2 — A LEGISLAÇÃO RELACIONADA À PROPRIEDADE INTELECTUAL
NOTA
DICAS
Nós encerramos aqui este tópico, fique agora com a leitura complementar,
o resumo do tópico e os exercícios de revisão, e, no próximo tópico, aprofundare-
mos mais a análise sobre a lei da propriedade intelectual.
76
TÓPICO 1 — A LEI GERAL DA PROPRIEDADE INTELECTUAL E INDUSTRIAL
77
UNIDADE 2 — A LEGISLAÇÃO RELACIONADA À PROPRIEDADE INTELECTUAL
Ainda, conforme o artigo 18 da lei não são consideradas patenteáveis o que for
contrário à moral, aos bons costumes e à segurança, à ordem e à saúde públicas;
as substâncias, matérias, misturas, elementos ou produtos de qualquer espécie,
bem como a modificação de suas propriedades físico-químicas e os respectivos
processos de obtenção ou modificação, quando resultantes de transformação do
núcleo atômico; e o todo ou parte dos seres vivos, exceto os micro-organismos
transgênicos que atendam aos três requisitos de patenteabilidade - novidade,
atividade inventiva e aplicação industrial e que não sejam mera descoberta.
78
TÓPICO 1 — A LEI GERAL DA PROPRIEDADE INTELECTUAL E INDUSTRIAL
Com toda essa revolução mundial na área de tecnologia cabe ressaltar, por
oportuno, esse conjunto de várias redes de computadores que se comunicam
por protocolos dando origem a internet, ferramenta essencial à comunicação
e aproximação, mas no que diz respeito ao seu mau uso (cibercrimes), nos
encontramos, por assim dizer, em uma lacuna jurídica. Os "crimes de internet"
propiciados pela evolução tecnológica não encontram no Brasil uma legislação
específica dificultando sobremodo a sua repressão efetiva. A tendência à
filtragem de informações nocivas ou autocontrole exercido do ponto de vista
extrajudicial, ainda é o meio mais utilizado para controle da área. Contudo,
espera-se que o Projeto de Lei nº 89/2003, que desde o último dia 10.7.08 foi
enviado novamente para a Câmara dos Deputados e aguarda apreciação, seja
em breve votado e aprovado, mas por guardar pontos ainda muito polêmicos
que tipificam e criminalizam uma extensa pauta de condutas talvez saia do
papel somente no ano que vem.
79
UNIDADE 2 — A LEGISLAÇÃO RELACIONADA À PROPRIEDADE INTELECTUAL
Por hora, parece que na questão das condutas ilícitas praticadas sob o manto
da internet devemos nos guiar pela orientação da jurisprudência dos tribunais
brasileiros, entretanto não é porque não temos a "lei específica ou proteção ju-
risdicional específica" que não se aplicam sanções; existem as legislações já co-
mentadas e o próprio Código Penal para enfrentar direta e indiretamente essas
infrações até que a nova lei entre em vigência com toda a força que se espera.
80
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
81
AUTOATIVIDADE
I- Propriedade Industrial.
II- Direito Autoral.
III- Lei do Software.
Preencha os campos:
a) ( ) II – I – III.
b) ( ) III – II – I.
c) ( ) II – III – I.
d) ( ) III – I – II.
82
TÓPICO 2 —
UNIDADE 2
1 INTRODUÇÃO
Capítulo I - Da Edição
Capítulo II - Da Comunicação ao Público
Capítulo III - Da Utilização da Obra de Arte Plástica
Capítulo IV - Da Utilização da Obra Fotográfica
Capítulo V - Da Utilização de Fonograma
Capítulo VI - Da Utilização da Obra Audiovisual
Capítulo VII - Da Utilização de Bases de Dados
Capítulo VIII - Da Utilização da Obra Coletiva
83
UNIDADE 2 — A LEGISLAÇÃO RELACIONADA À PROPRIEDADE INTELECTUAL
Vamos, agora, adentrar aos detalhes legais desta lei, analisando os seus
artigos mais detalhadamente.
84
TÓPICO 2 — A LEI DO DIREITO AUTORAL
Como você pôde ler neste Artigo 7º, este abarca todos os tipos de obras
intelectuais afirmando que todas são “protegidas as criações do espírito”,
não importando o meio de transmissão que se referencie, sejam elas as atuais
existentes no mercado ou novas que ainda possam a vir ser inventadas no futuro.
Art. 8º Não são objeto de proteção como direitos autorais de que trata
esta Lei:
I - as ideias, procedimentos normativos, sistemas, métodos, projetos ou
conceitos matemáticos como tais;
II - os esquemas, planos ou regras para realizar atos mentais, jogos ou
negócios;
III - os formulários em branco para serem preenchidos por qualquer
tipo de informação, científica ou não, e suas instruções;
IV - os textos de tratados ou convenções, leis, decretos, regulamentos,
decisões judiciais e demais atos oficiais;
85
UNIDADE 2 — A LEGISLAÇÃO RELACIONADA À PROPRIEDADE INTELECTUAL
NOTA
86
TÓPICO 2 — A LEI DO DIREITO AUTORAL
Art. 11. Autor é a pessoa física criadora de obra literária, artística ou científica.
Parágrafo único. A proteção concedida ao autor poderá aplicar-se às pessoas
jurídicas nos casos previstos nesta Lei.
Art. 12. Para se identificar como autor, poderá o criador da obra literária,
artística ou científica usar de seu nome civil, completo ou abreviado até por
suas iniciais, de pseudônimo ou qualquer outro sinal convencional.
Art. 13. Considera-se autor da obra intelectual, não havendo prova em
contrário, aquele que, por uma das modalidades de identificação referidas no
artigo anterior, tiver, em conformidade com o uso, indicada ou anunciada essa
qualidade na sua utilização.
Art. 14. É titular de direitos de autor quem adapta, traduz, arranja ou orquestra
obra caída no domínio público, não podendo opor-se a outra adaptação,
arranjo, orquestração ou tradução, salvo se for cópia da sua.
Art. 15. A coautoria da obra é atribuída àqueles em cujo nome, pseudônimo ou
sinal convencional for utilizada.
§ 1º Não se considera coautor quem simplesmente auxiliou o autor na produção
da obra literária, artística ou científica, revendo-a, atualizando-a, bem como
fiscalizando ou dirigindo sua edição ou apresentação por qualquer meio.
§ 2º Ao coautor, cuja contribuição possa ser utilizada separadamente, são
asseguradas todas as faculdades inerentes à sua criação como obra individual,
vedada, porém, a utilização que possa acarretar prejuízo à exploração da obra
comum.
Art. 16. São coautores da obra audiovisual o autor do assunto ou argumento
literário, musical ou literomusical e o diretor.
Parágrafo único. Consideram-se coautores de desenhos animados os que criam
os desenhos utilizados na obra audiovisual.
Art. 17. É assegurada a proteção às participações individuais em obras coletivas.
§ 1º Qualquer dos participantes, no exercício de seus direitos morais, poderá
proibir que se indique ou anuncie seu nome na obra coletiva, sem prejuízo do
direito de haver a remuneração contratada.
§ 2º Cabe ao organizador a titularidade dos direitos patrimoniais sobre o
conjunto da obra coletiva.
§ 3º O contrato com o organizador especificará a contribuição do participante, o
prazo para entrega ou realização, a remuneração e demais condições para sua
execução (BRASIL, 1998).
Como você pôde ler neste capítulo II, temos apresentado todos os
meandros legais sobre a consideração sobre o autor, que pode ser a pessoa física
criadora de obra literária, artística ou científica ou, ainda, poderá aplicar-se às
pessoas jurídicas nos casos previstos na lei. Temos que o autor poderá se identificar
utilizando-se de seu nome civil, completo ou abreviado, por suas iniciais, ou,
ainda, utilizando-se de pseudônimo ou qualquer outro sinal convencional.
87
UNIDADE 2 — A LEGISLAÇÃO RELACIONADA À PROPRIEDADE INTELECTUAL
Como você pôde ver, o art. 17, da Lei nº 5.988/73 apresenta as instituições
para o registro da obra intelectual.
Os demais artigos do Capítulo III da lei que trata sobre o Registro das
Obras Intelectuais são:
Art. 20. Para os serviços de registro previstos nesta Lei será cobrada
retribuição, cujo valor e processo de recolhimento serão estabelecidos
por ato do titular do órgão da administração pública federal a que
estiver vinculado o registro das obras intelectuais.
Art. 21. Os serviços de registro de que trata esta Lei serão organizados
conforme preceitua o § 2º do art. 17 da Lei nº 5.988, de 14 de dezembro
de 1973 (BRASIL, 1998).
E assim, vimos todos os artigos do título II da lei que trata sobre o Registro
das Obras Intelectuais. Vamos, agora, conhecer os detalhes do Título III que trata
“Dos Direitos do Autor”
88
TÓPICO 2 — A LEI DO DIREITO AUTORAL
Já o Capítulo II, que trata “Dos Direitos Morais do Autor”, sendo este um
dos pontos centrais desta lei e temos então o artigo 24, que descreve estes direitos
morais.
89
UNIDADE 2 — A LEGISLAÇÃO RELACIONADA À PROPRIEDADE INTELECTUAL
DICAS
Veja só o que diz o último artigo, “os direitos morais do autor são
inalienáveis e irrenunciáveis”, logo o autor de uma obra intelectual, será sempre
considerado o autor, ressalvados as questões legais.
Este artigo traz a importância de que o autor pode utilizar seus direitos
sobre a obra da forma que ele achar melhor, não havendo nenhuma restrição,
desde que claro não infrinja a lei do país.
90
TÓPICO 2 — A LEI DO DIREITO AUTORAL
91
UNIDADE 2 — A LEGISLAÇÃO RELACIONADA À PROPRIEDADE INTELECTUAL
92
TÓPICO 2 — A LEI DO DIREITO AUTORAL
Art. 41. Os direitos patrimoniais do autor perduram por setenta anos contados
de 1° de janeiro do ano subsequente ao de seu falecimento, obedecida a ordem
sucessória da lei civil.
Parágrafo único. Aplica-se às obras póstumas o prazo de proteção a que alude
o caput deste artigo.
Art. 42. Quando a obra literária, artística ou científica realizada em co-autoria
for indivisível, o prazo previsto no artigo anterior será contado da morte do
último dos coautores sobreviventes.
Parágrafo único. Acrescer-se-ão aos dos sobreviventes os direitos do coautor
que falecer sem sucessores.
Art. 43. Será de setenta anos o prazo de proteção aos direitos patrimoniais
sobre as obras anônimas ou pseudônimas, contado de 1° de janeiro do ano
imediatamente posterior ao da primeira publicação.
Parágrafo único. Aplicar-se-á o disposto no art. 41 e seu parágrafo único,
sempre que o autor se der a conhecer antes do termo do prazo previsto no
caput deste artigo.
Art. 44. O prazo de proteção aos direitos patrimoniais sobre obras audiovisuais
e fotográficas será de setenta anos, a contar de 1° de janeiro do ano subsequente
ao de sua divulgação.
Art. 45. Além das obras em relação às quais decorreu o prazo de proteção aos
direitos patrimoniais, pertencem ao domínio público:
I - as de autores falecidos que não tenham deixado sucessores;
II - as de autor desconhecido, ressalvada a proteção legal aos conhecimentos
étnicos e tradicionais (BRASIL, 1998).
Como você pôde ver, este capítulo deixa claras as diversas nuances das
validades temporais do direito autoral de uma obra deixando claro que os direitos
patrimoniais do autor perduram por setenta anos contados de 1° de janeiro do
ano subsequente ao de seu falecimento, entre outros detalhes importantes.
E
IMPORTANT
Prezado acadêmico, pode ser que você não esteja habituado a questões
legais, a terminologia, mas, dependendo do segmento de trabalho, é muito importante ao
gestor de relações eletrônicas conhecer todas estas nuances legais relacionadas ao direito
intelectual, e, por isto, você deverá constantemente acompanhar a evolução legal sobre
este tema.
Mesmo quando você estiver lendo este livro pode ser que alguma lei ou artigo mudou, e
você poderá discutir isto com o seu tutor em sala de aula, para trazer as últimas atualizações
sobre o tema.
93
UNIDADE 2 — A LEGISLAÇÃO RELACIONADA À PROPRIEDADE INTELECTUAL
Capítulo IV
94
TÓPICO 2 — A LEI DO DIREITO AUTORAL
Art. 47. São livres as paráfrases e paródias que não forem verdadeiras
reproduções da obra originária nem lhe implicarem descrédito.
Art. 48. As obras situadas permanentemente em logradouros públicos podem
ser representadas livremente, por meio de pinturas, desenhos, fotografias e
procedimentos audiovisuais (BRASIL, 1998).
Como você pôde ver, as limitações estão bem claras, mas gostaríamos de
ressaltar o inciso III e IV do artigo 46, onde temos claramente expresso:
Você pôde ver que a própria lei permite a utilização de trechos e citações
de materiais autorais, desde que citada a fonte, e isso não incorre em crime, ou
seja, plágio, e por isto é que temos tanto cuidado nos meios educacionais para a
questão de plágio e cópias de materiais, pois pode-se incorrer em crime federal.
E
IMPORTANT
95
UNIDADE 2 — A LEGISLAÇÃO RELACIONADA À PROPRIEDADE INTELECTUAL
PLÁGIO É CRIME
Capítulo V
96
TÓPICO 2 — A LEI DO DIREITO AUTORAL
Como você pôde ler acima, são esmiuçadas diversas situações referentes à
seção de direitos autorais neste capítulo, e é importante o seu entendimento pelo
gestor de relações eletrônicas para que não se incorra em erros em seus trabalhos.
DICAS
Contrato de Cessão de Direitos: tempo, prazo e institutos afins. Disponível em: https://www.
oabsp.org.br/comissoes2010/gestoes-anteriores/direito-propriedade-imaterial/artigos/
contrato-de-cessao-de-direitos-tempo-prazo-e-institutos-afins.
97
UNIDADE 2 — A LEGISLAÇÃO RELACIONADA À PROPRIEDADE INTELECTUAL
Título IV
Da Edição
Art. 54. Pelo mesmo contrato pode o autor obrigar-se à feitura de obra literária,
artística ou científica em cuja publicação e divulgação se empenha o editor.
Art. 56. Entende-se que o contrato versa apenas sobre uma edição, se não
houver cláusula expressa em contrário.
Parágrafo único. No silêncio do contrato, considera-se que cada edição se
constitui de três mil exemplares.
Art. 57. O preço da retribuição será arbitrado, com base nos usos e costumes,
sempre que no contrato não a tiver estipulado expressamente o autor.
98
TÓPICO 2 — A LEI DO DIREITO AUTORAL
Art. 60. Ao editor compete fixar o preço da venda, sem, todavia, poder elevá-lo
a ponto de embaraçar a circulação da obra.
Art. 61. O editor será obrigado a prestar contas mensais ao autor sempre
que a retribuição deste estiver condicionada à venda da obra, salvo se prazo
diferente houver sido convencionado.
Art. 62. A obra deverá ser editada em dois anos da celebração do contrato,
salvo prazo diverso estipulado em convenção.
Parágrafo único. Não havendo edição da obra no prazo legal ou contratual,
poderá ser rescindido o contrato, respondendo o editor por danos causados.
Art. 63. Enquanto não se esgotarem as edições a que tiver direito o editor, não
poderá o autor dispor de sua obra, cabendo ao editor o ônus da prova.
§ 1º Na vigência do contrato de edição, assiste ao editor o direito de exigir que
se retire de circulação edição da mesma obra feita por outrem.
§ 2º Considera-se esgotada a edição quando restarem em estoque, em poder
do editor, exemplares em número inferior a dez por cento do total da edição.
Art. 65. Esgotada a edição, e o editor, com direito a outra, não a publicar,
poderá o autor notificá-lo a que o faça em certo prazo, sob pena de perder
aquele direito, além de responder por danos.
Art. 66. O autor tem o direito de fazer, nas edições sucessivas de suas obras, as
emendas e alterações que bem lhe aprouver.
Parágrafo único. O editor poderá opor-se às alterações que lhe prejudiquem os
interesses, ofendam sua reputação ou aumentem sua responsabilidade.
Capítulo II
Da Comunicação ao Público
Art. 68. Sem prévia e expressa autorização do autor ou titular, não poderão ser
utilizadas obras teatrais, composições musicais ou literomusicais e fonogramas,
em representações e execuções públicas.
99
UNIDADE 2 — A LEGISLAÇÃO RELACIONADA À PROPRIEDADE INTELECTUAL
100
TÓPICO 2 — A LEI DO DIREITO AUTORAL
Art. 71. O autor da obra não pode alterar-lhe a substância, sem acordo com o
empresário que a faz representar.
Art. 72. O empresário, sem licença do autor, não pode entregar a obra a pessoa
estranha à representação ou à execução.
101
UNIDADE 2 — A LEGISLAÇÃO RELACIONADA À PROPRIEDADE INTELECTUAL
Art. 78. A autorização para reproduzir obra de arte plástica, por qualquer
processo, deve se fazer por escrito e se presume onerosa.
Capítulo IV
Capítulo V
Da Utilização de Fonograma
Capítulo VI
102
TÓPICO 2 — A LEI DO DIREITO AUTORAL
V - o ano de publicação;
VI - o seu nome ou marca que o identifique.
VII - o nome dos dubladores. (Incluído pela Lei nº 12.091, de 2009)
Art. 84. Caso a remuneração dos coautores da obra audiovisual dependa dos
rendimentos de sua utilização econômica, o produtor lhes prestará contas
semestralmente, se outro prazo não houver sido pactuado.
Capítulo VII
Art. 87. O titular do direito patrimonial sobre uma base de dados terá o direito
exclusivo, a respeito da forma de expressão da estrutura da referida base, de
autorizar ou proibir:
I - sua reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo;
II - sua tradução, adaptação, reordenação ou qualquer outra modificação;
III - a distribuição do original ou cópias da base de dados ou a sua comunicação
ao público;
IV - a reprodução, distribuição ou comunicação ao público dos resultados das
operações mencionadas no inciso II deste artigo.
103
UNIDADE 2 — A LEGISLAÇÃO RELACIONADA À PROPRIEDADE INTELECTUAL
Capítulo VIII
Todo e qualquer curso e profissão possui uma parte legal, com leis que
delimitam ou que podem influenciar seus trabalhos, e esta parte legal é muito
importante ao profissional de relações eletrônicas. Por isto, achamos importante
trazê-lo aqui diretamente no texto, reforçando que as leis podem atualizar, mas os
princípios são os mesmos, e a fonte está a sua disposição para a sua atualização,
sendo relevante acompanhar as atualizações das leis, mesmo após a sua graduação
e durante o exercício profissional.
104
TÓPICO 2 — A LEI DO DIREITO AUTORAL
Título VII
Capítulo I
Disposição Preliminar
Art. 101. As sanções civis de que trata este Capítulo aplicam-se sem prejuízo
das penas cabíveis.
Capítulo II
Art. 103. Quem editar obra literária, artística ou científica, sem autorização do
titular, perderá para este os exemplares que se apreenderem e pagar-lhe-á o
preço dos que tiver vendido.
Parágrafo único. Não se conhecendo o número de exemplares que constituem a
edição fraudulenta, pagará o transgressor o valor de três mil exemplares, além
dos apreendidos.
Art. 104. Quem vender, expuser a venda, ocultar, adquirir, distribuir, tiver
em depósito ou utilizar obra ou fonograma reproduzidos com fraude, com a
finalidade de vender, obter ganho, vantagem, proveito, lucro direto ou indireto,
para si ou para outrem, será solidariamente responsável com o contrafator, nos
termos dos artigos precedentes, respondendo como contrafatores o importador
e o distribuidor em caso de reprodução no exterior.
105
UNIDADE 2 — A LEGISLAÇÃO RELACIONADA À PROPRIEDADE INTELECTUAL
Art. 109. A execução pública feita em desacordo com os arts. 68, 97, 98 e 99
desta Lei sujeitará os responsáveis a multa de vinte vezes o valor que deveria
ser originariamente pago.
Art. 109-A. A falta de prestação ou a prestação de informações falsas no
cumprimento do disposto no § 6º do art. 68 e no § 9º do art. 98 sujeitará os
responsáveis, por determinação da autoridade competente e nos termos do
regulamento desta Lei, a multa de 10 (dez) a 30% (trinta por cento) do valor que
deveria ser originariamente pago, sem prejuízo das perdas e danos. (Incluído
pela Lei nº 12.853, de 2013)
Parágrafo único. Aplicam-se as regras da legislação civil quanto ao
inadimplemento das obrigações no caso de descumprimento, pelos usuários,
dos seus deveres legais e contratuais junto às associações referidas neste Título.
(Incluído pela Lei nº 12.853, de 2013)
106
TÓPICO 2 — A LEI DO DIREITO AUTORAL
Capítulo III
Da Prescrição da Ação
Tudo que for profanado à autoria, seja por pirataria, plágio, uso sem con-
sentimento pode vir a ser um crime, por isso, é tão importante que o profissional
de relações eletrônicas tenha conhecimento das legislações relacionadas à autoria.
E
IMPORTANT
107
UNIDADE 2 — A LEGISLAÇÃO RELACIONADA À PROPRIEDADE INTELECTUAL
DICAS
Prezado acadêmico, a lei tem mais um título, o Título VIII que trata das
“Disposições Finais e Transitórias” e possui somente quatro artigos, que sugerimos ler no
site: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9610.htm.
E
IMPORTANT
[...]
• textos, livros, folhetos e outros materiais que sejam literários, científicos ou artísticos;
• sermões, conferências e outros bens similares;
• obras dramáticas e dramático-musicais, tendo letras ou não;
• coreografias cuja execução cênica se fixe por escrito ou outras formas;
• obras fotográficas – produzidas por qualquer processo equivalente à fotografia;
• obras audiovisuais – com som ou não;
• ilustrações, cartas geográficas e outras similares;
• softwares – programas de computador;
• adaptações, traduções e demais transformações da obra;
• desenhos, gravuras, esculturas, pinturas, artes cinéticas etc.
A própria Lei nº 9.610/98 traz uma lista dos bens que não podem ser objeto de
proteção de direitos autorais, como:
108
TÓPICO 2 — A LEI DO DIREITO AUTORAL
Quanto aos materiais didáticos, a legislação brasileira não é clara como as normas
de outros países. O fair use nos Estados Unidos, por exemplo, é uma doutrina que limita os
direitos do autor em casos especiais, sendo que permite o uso de materiais protegidos para
usos didáticos e sem fins lucrativos. A Lei de Direitos Autorais afirma que obras podem ser
reproduzidas sem violar os direitos autorais em situações como:
Fonte: CHC ADVOCACIA. Lei de direitos autorais: 5 coisas que TODO empresário deve
saber. 2019. Disponível em: https://chcadvocacia.adv.br/blog/lei-de-direitos-autorais/.
Acesso em: 2 abr. 2021.
109
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• Uma obra intelectual pode ser registrada pelo o autor, conforme sua natureza,
na Biblioteca Nacional, na Escola de Música, na Escola de Belas Artes da
Universidade Federal do Rio de Janeiro, no Instituto Nacional do Cinema, ou
no Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia.
• No âmbito jurídico, pode-se entender plágio como algo apresentado por uma
pessoa como se fosse de sua própria autoria, o que pode ser um trabalho, uma
obra intelectual entre tantas formas possíveis, mas que realmente é produzido
por outrem.
• No Título VII da LDA que trata “Das Sanções às Violações dos Direitos Auto-
rais”, trata sobre as sanções que poderão sofrer as pessoas que descumprirem
a LDA.
• Tudo que for profanado a autoria, seja por pirataria, plágio ou uso sem
consentimento pode vir a ser um crime.
110
AUTOATIVIDADE
(Concurso: Questão 192287 Direito Civil, Direito Autoral, Advogado, Petrobrás, CESGRAN-
RIO, 2008. Disponível em: https://www.gabarite.com.br/questoes-de-concursos/assunto/
direito-autoral). Acesso em: 21 jun. 2021.
111
( ) O autor de obra fotográfica tem direito a reproduzi-la e colocá-la à venda,
observadas as restrições à exposição, reprodução e venda de retratos, e
sem prejuízo dos direitos de autor sobre a obra fotografada, se de artes
plásticas protegidas.
( ) A fotografia, quando utilizada por terceiros, indicará de forma legível o
nome do seu autor.
( ) É vedada a reprodução de obra fotográfica que não esteja em absoluta
consonância com o original, salvo prévia autorização do autor.
( ) A reprodução e adaptação de fotografia é livre e não está contida na Lei
de Direitos Autorais (Lei nº 12.853, de 14 de agosto de 2013).
a) ( ) V – V – V – V.
b) ( ) V – F – V – V.
c) ( ) V – V – V – F.
d) ( ) V – V – F – V.
e) ( ) F – F – F – V.
(Concurso: Colégio Pedro II 2013/ Cargo: Técnico em Arquivo/ Banca: Instituto AOCP (Ins-
tituto AOCP) /Nível: Médio – QUESTÃO 1138717 – LEI N. 9.610/1998 – DIREITO AUTORAL.
Disponível em: https://questoes.grancursosonline.com.br/questoes-de-concursos/bibliote-
conomia-13-3-lei-n-9-610-1998-direito-autoral/1138717).
112
TÓPICO 3 —
UNIDADE 2
1 INTRODUÇÃO
Esta lei é bastante extensa, e, por isso, estudaremos alguns pontos centrais
e detalharemos mais o título III, que trata sobre marcas. Apesar de já termos
estudado o assunto marcas, agora as veremos sob a ótica da lei.
E
IMPORTANT
113
UNIDADE 2 — A LEGISLAÇÃO RELACIONADA À PROPRIEDADE INTELECTUAL
PROPRIEDADE INDUSTRIAL
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
114
TÓPICO 3 — A LEGISLAÇÃO DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL
Assim, em seu artigo 1 da LPI, esta lei regula direitos e obrigações rela-
tivos à propriedade industrial, ou seja, ela define todos os quesitos legais sobre
o tema. Existem, ainda, outras normativas e leis que devem ser conhecidas e
estudadas para quem quiser se aprofundar mais sobre o tema.
Em seu Art. 2º, temos que a LPI trabalha a questão de proteção dos direitos
relativos à propriedade industrial, no qual são garantidas:
115
UNIDADE 2 — A LEGISLAÇÃO RELACIONADA À PROPRIEDADE INTELECTUAL
CAPÍTULO I - DA TITULARIDADE
CAPÍTULO II - DA PATENTEABILIDADE
116
TÓPICO 3 — A LEGISLAÇÃO DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL
Art. 12. Não será considerada como estado da técnica a divulgação de invenção
ou modelo de utilidade, quando ocorrida durante os 12 (doze) meses que
precederem a data de depósito ou a da prioridade do pedido de patente, se
promovida:
I - pelo inventor;
II - pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial - INPI, através de
publicação oficial do pedido de patente depositado sem o consentimento do
inventor, baseado em informações deste obtidas ou em decorrência de atos por
ele realizados; ou
III - por terceiros, com base em informações obtidas direta ou indiretamente
do inventor ou em decorrência de atos por este realizados.
Parágrafo único. O INPI poderá exigir do inventor declaração relativa à
divulgação, acompanhada ou não de provas, nas condições estabelecidas
em regulamento.
117
UNIDADE 2 — A LEGISLAÇÃO RELACIONADA À PROPRIEDADE INTELECTUAL
Art. 14. O modelo de utilidade é dotado de ato inventivo sempre que, para um
técnico no assunto, não decorra de maneira comum ou vulgar do estado da
técnica.
Seção II - Da Prioridade
Art. 16. Ao pedido de patente depositado em país que mantenha acordo com
o Brasil, ou em organização internacional, que produza efeito de depósito
nacional, será assegurado direito de prioridade, nos prazos estabelecidos no
acordo, não sendo o depósito invalidado nem prejudicado por fatos ocorridos
nesses prazos.
§ 1º A reivindicação de prioridade será feita no ato de depósito, podendo ser
suplementada dentro de 60 (sessenta) dias por outras prioridades anteriores à
data do depósito no Brasil.
§ 2º A reivindicação de prioridade será comprovada por documento hábil da
origem, contendo número, data, título, relatório descritivo e, se for o caso,
reivindicações e desenhos, acompanhado de tradução simples da certidão
de depósito ou documento equivalente, contendo dados identificadores do
pedido, cujo teor será de inteira responsabilidade do depositante.
§ 3º Se não efetuada por ocasião do depósito, a comprovação deverá ocorrer em
até 180 (cento e oitenta) dias contados do depósito.
§ 4º Para os pedidos internacionais depositados em virtude de tratado em vigor
no Brasil, a tradução prevista no § 2º deverá ser apresentada no prazo de 60
(sessenta) dias contados da data da entrada no processamento nacional.
§ 5º No caso de o pedido depositado no Brasil estar fielmente contido no
documento da origem, será suficiente uma declaração do depositante a este
respeito para substituir a tradução simples.
§ 6º Tratando-se de prioridade obtida por cessão, o documento correspondente
deverá ser apresentado dentro de 180 (cento e oitenta) dias contados do
depósito, ou, se for o caso, em até 60 (sessenta) dias da data da entrada no
processamento nacional, dispensada a legalização consular no país de origem.
§ 7º A falta de comprovação nos prazos estabelecidos neste artigo acarretará a
perda da prioridade.
§ 8º Em caso de pedido depositado com reivindicação de prioridade, o
requerimento para antecipação de publicação deverá ser instruído com a
comprovação da prioridade.
118
TÓPICO 3 — A LEGISLAÇÃO DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL
Art. 19. O pedido de patente, nas condições estabelecidas pelo INPI, conterá:
I - requerimento;
II - relatório descritivo;
III - reivindicações;
119
UNIDADE 2 — A LEGISLAÇÃO RELACIONADA À PROPRIEDADE INTELECTUAL
E
IMPORTANT
Prezado acadêmico, leia a integra da LPI, pois aqui iremos ainda apresentar um
detalhamento sobre o Titulo III, que trata dos registros de marca. Assim, é importante que
você faça essa leitura.
NOTA: A LPI em sua íntegra também fará parte da avaliação acadêmica, pois será considerado
como disciplina passada. Você poderá acessar a LPI em sua integra no seguinte site: http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9279.htm.
120
TÓPICO 3 — A LEGISLAÇÃO DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL
CAPÍTULO I - DA REGISTRABILIDADE
Art. 122. São suscetíveis de registro como marca os sinais distintivos visualmente
perceptíveis, não compreendidos nas proibições legais.
Como se pôde ver, nesta seção, temos a definição das marcas suscetíveis a
registro no INPI no artigo 122, e, no artigo 123, temos questões relativas à marca.
No entanto, nem tudo pode ser registrado como uma marca, e a seção II do
Título III sobre marcas apresenta as limitações aos elementos que não podem ser
registrados como marca. Vamos à lei para conhecer estes elementos de restrição
ao registro de marca.
121
UNIDADE 2 — A LEGISLAÇÃO RELACIONADA À PROPRIEDADE INTELECTUAL
122
TÓPICO 3 — A LEGISLAÇÃO DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL
Assim, nós temos diversos quesitos que não podem ser registrados
conforme apresentado na LPI, e você precisa atentar sobre estes pontos também
na questão digital.
Seção III
Marca de Alto Renome
Seção IV
Art. 126. A marca notoriamente conhecida em seu ramo de atividade nos termos
do art. 6º bis (I), da Convenção da União de Paris para Proteção da Propriedade
Industrial, goza de proteção especial, independentemente de estar previamente
depositada ou registrada no Brasil.
§ 1º A proteção de que trata este artigo aplica-se também às marcas de serviço.
§ 2º O INPI poderá indeferir de ofício pedido de registro de marca que reproduza
ou imite, no todo ou em parte, marca notoriamente conhecida (BRASIL, 1996).
E
IMPORTANT
123
UNIDADE 2 — A LEGISLAÇÃO RELACIONADA À PROPRIEDADE INTELECTUAL
CÓPIAS DE MARCAS
CAPÍTULO II
PRIORIDADE
124
TÓPICO 3 — A LEGISLAÇÃO DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL
CAPÍTULO III
DOS REQUERENTES DE REGISTRO
CAPÍTULO IV
DOS DIREITOS SOBRE A MARCA
Seção I
Aquisição
125
UNIDADE 2 — A LEGISLAÇÃO RELACIONADA À PROPRIEDADE INTELECTUAL
Seção II
Art. 131. A proteção de que trata esta Lei abrange o uso da marca em papéis,
impressos, propaganda e documentos relativos à atividade do titular.
DICAS
126
TÓPICO 3 — A LEGISLAÇÃO DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL
127
UNIDADE 2 — A LEGISLAÇÃO RELACIONADA À PROPRIEDADE INTELECTUAL
LEITURA COMPLEMENTAR
Seção I - Da Vigência
Art. 133. O registro da marca vigorará pelo prazo de 10 (dez) anos, contados
da data da concessão do registro, prorrogável por períodos iguais e sucessivos.
§ 1º O pedido de prorrogação deverá ser formulado durante o último
ano de vigência do registro, instruído com o comprovante do pagamento da
respectiva retribuição.
§ 2º Se o pedido de prorrogação não tiver sido efetuado até o termo final da
vigência do registro, o titular poderá fazê-lo nos 6 (seis) meses subsequentes,
mediante o pagamento de retribuição adicional.
§ 3º A prorrogação não será concedida se não atendido o disposto no art.
128.
Seção II - Da Cessão
Art. 134. O pedido de registro e o registro poderão ser cedidos, desde que
o cessionário atenda aos requisitos legais para requerer tal registro.
Art. 135. A cessão deverá compreender todos os registros ou pedidos,
em nome do cedente, de marcas iguais ou semelhantes, relativas a produto ou
serviço idêntico, semelhante ou afim, sob pena de cancelamento dos registros
ou arquivamento dos pedidos não cedidos.
128
TÓPICO 3 — A LEGISLAÇÃO DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL
129
UNIDADE 2 — A LEGISLAÇÃO RELACIONADA À PROPRIEDADE INTELECTUAL
130
TÓPICO 3 — A LEGISLAÇÃO DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL
CAPÍTULO IX - DO EXAME
131
UNIDADE 2 — A LEGISLAÇÃO RELACIONADA À PROPRIEDADE INTELECTUAL
Art. 173. A ação de nulidade poderá ser proposta pelo INPI ou por qualquer
pessoa com legítimo interesse.
Parágrafo único. O juiz poderá, nos autos da ação de nulidade, determinar
liminarmente a suspensão dos efeitos do registro e do uso da marca, atendidos
os requisitos processuais próprios.
Art. 174. Prescreve em 5 (cinco) anos a ação para declarar a nulidade do
registro, contados da data da sua concessão.
Art. 175. A ação de nulidade do registro será ajuizada no foro da justiça
federal e o INPI, quando não for autor, intervirá no feito.
§ 1º O prazo para resposta do réu titular do registro será de 60 (sessenta)
dias.
§ 2º Transitada em julgado a decisão da ação de nulidade, o INPI publicará
anotação, para ciência de terceiros (BRASIL, 1996).
132
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
• A LPI é uma lei bastante extensa, com 244 artigos, que tenta definir e trazer luz
jurídica em um tema bastante controverso que é a propriedade industrial, com
suas patentes, invenções, design industrial, marcas, indicações geográficas etc.
CHAMADA
133
AUTOATIVIDADE
(Concurso: Direito da Propriedade Industrial, Requisitos para registro e patente. Ano: 2016
Banca: FAU Órgão: IPP Prova: FAU - 2016 - IPP Advogado.
FONTE: https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/disciplinas/direito-direito-
-empresarial-comercial/requisitos-para-registro-e-patente/questoes. Acesso em: 7 abr. 2021.)
134
a) ( ) I - requerimento; II - relatório descritivo; III - reivindicações; IV -
desenhos, se for o caso; V - resumo; e VI - comprovante do pagamento
da retribuição relativa ao depósito.
b) ( ) I – desenvolvimento do projeto; II - relatório descritivo; III -
reivindicações; IV - desenhos, se for o caso; V - resumo; e VI -
comprovante de residência.
c) ( ) Desenvolvimento do projeto; II - relatório sucinto e prescritivo;
III - reivindicações; IV - desenhos, se for o caso; V - resumo; e VI -
comprovante do pagamento da retribuição relativa ao depósito.
d) ( ) I - requerimento; II - relatório sucinto e prescritivo; III - clausulas
expurgatórias; IV - desenhos, se for o caso; V - folha de características;
e VI - comprovante de residência.
135
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei nº 5.988, de 14 de dezembro de 1973. Regula os direitos autorais e dá
outras providências. Brasília, DF, 1973. Disponível em: http://www.planalto.gov.
br/ccivil_03/leis/l5988.htm. Acesso em: 29 mar. 2021.
136
UNIDADE 3 —
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade,
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
137
CHAMADA
138
TÓPICO 1 —
UNIDADE 3
1 INTRODUÇÃO
FONTE: O autor
139
UNIDADE 3 — TÓPICOS ESPECIAIS E DETALHES TÉCNICOS E LEGAIS
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
BRASIL (1998)
140
TÓPICO 1 — DIREITO À PROPRIEDADE EM SOFTWARES
NOTA
Prezado acadêmico, até agora foi apresentada uma visão global, e ela pode
ser utilizada em qualquer campo do conhecimento humano, por isso indicamos para
pesquisa os termos relacionados aos conceitos mais modernos de relações eletrônicas,
como IA, IOT, SynBio (biologia sintética) etc. no segmento industrial e, por isto, é indicada a
pesquisa no site que apresenta estes conceitos e outros relacionados às questões relações,
eletrônicas principalmente focados ao segmento industrial: http://www.industria40.gov.br/.
DICAS
Crimes Cibernéticos
Autor: Prof. Alfredo Pieritz Netto; Prof.ª Vera Lúcia Hoffmann Pieritz
Editora: UNIASSELVI, Ano: 2020
Neste livro, você vai encontrar estes e outros conceitos importantes na área de relações
eletrônicas e você vai encontrar esse livro na biblioteca da Uniasselvi.
141
UNIDADE 3 — TÓPICOS ESPECIAIS E DETALHES TÉCNICOS E LEGAIS
CRIMES CIBERNÉTICOS
CAPÍTULO II
142
TÓPICO 1 — DIREITO À PROPRIEDADE EM SOFTWARES
BRASIL (1998)
143
UNIDADE 3 — TÓPICOS ESPECIAIS E DETALHES TÉCNICOS E LEGAIS
BRASIL (1998)
144
TÓPICO 1 — DIREITO À PROPRIEDADE EM SOFTWARES
Agora, conheceremos o capítulo III, que trata das garantias aos usuários
de programa de computador.
CAPÍTULO III
DAS GARANTIAS AOS USUÁRIOS DE PROGRAMA DE COMPUTADOR
BRASIL (1998)
Importante frisar, ainda, o parágrafo único desta lei, que afirma que a
obrigação dos proprietários do programa persistirá mesmo que seja retirada
de circulação comercial do programa de computador durante todo o prazo de
validade do contrato firmado, salvo justa indenização de eventuais prejuízos
causados a terceiros, o que realmente ocorre com a disponibilização de versões
mais atualizadas do programa de computador.
Este capítulo III trata das questões mais específicas e fica explícita a
sua especificidade em relação a programas de computadores, situação que, na
atualidade das relações eletrônicas, deveria se vislumbrar uma situação mais
ampla, como muitos outros espaços apresentados na Lei do Software.
CAPÍTULO IV
DOS CONTRATOS DE LICENÇA DE USO, DE COMERCIALIZAÇÃO
E DE TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA
145
UNIDADE 3 — TÓPICOS ESPECIAIS E DETALHES TÉCNICOS E LEGAIS
BRASIL (1998)
146
TÓPICO 1 — DIREITO À PROPRIEDADE EM SOFTWARES
CAPÍTULO V
DAS INFRAÇÕES E DAS PENALIDADES
BRASIL (1998)
147
UNIDADE 3 — TÓPICOS ESPECIAIS E DETALHES TÉCNICOS E LEGAIS
DICAS
Temos, ainda, no artigo 13, as demais penas para as infrações cometidas a LS.
BRASIL (1998)
148
TÓPICO 1 — DIREITO À PROPRIEDADE EM SOFTWARES
FONTE: <https://www.jmais.com.br/policia-civil-faz-operacao-para-combater-pirataria-em-
mafra-e-rio-negro/>. Acesso em: 28 abr. 2021.
149
UNIDADE 3 — TÓPICOS ESPECIAIS E DETALHES TÉCNICOS E LEGAIS
BRASIL (1998)
Assim, terminamos a análise das três principais leis em voga no país so-
bre as questões de autoria, ressalvando que temos diversas outras leis que devem
ser respeitadas e que complementam o tema para os responsáveis de gestão de
relacionamentos eletrônicos. No próximo subtópico, estudaremos mais alguns
pontos importantes relacionados a estas leis complementares.
DICAS
Acadêmico, para mais informações, sugerimos que leia o texto “Lei de Software:
o que sua startup precisa saber sobre ela”, disponível no link: https://contabnet.com.br/blog/
lei-de-software/. Acesso em: 28 abr. 2021.
150
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
151
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Registro de patente.
b) ( ) Copiar em meio eletrônico.
c) ( ) Solicitar registro em cartório.
d) ( ) Imprimir o código fonte e registrar em cartório.
e) ( ) Salvar em mídia física que não possa sofrer alteração.
152
a) ( ) O regime de proteção à propriedade intelectual de programa de
computador é o conferido às obras literárias pela legislação de direitos
autorais e conexos vigentes no País.
b) ( ) Não se aplicam ao programa de computador as disposições relativas
aos direitos morais, ressalvado, a qualquer tempo, o direito do autor
de reivindicar a paternidade do programa de computador e o direito
do autor de opor-se a alterações não autorizadas, quando estas
impliquem deformação, mutilação ou outra modificação do programa
de computador, que prejudiquem a sua honra ou a sua reputação.
c) ( ) Fica assegurada a tutela dos direitos relativos a programa de
computador pelo prazo de cinquenta anos, contados a partir de 1º
de janeiro do ano subsequente ao da sua publicação ou, na ausência
desta, da sua criação.
d) ( ) A proteção aos direitos referentes à propriedade intelectual de
programa de computador depende de registro.
e) ( ) Os direitos atribuídos pela Lei nº 9.609/98 ficam assegurados aos
estrangeiros domiciliados no exterior, desde que o país de origem
do programa conceda, aos brasileiros e estrangeiros domiciliados no
Brasil, direitos equivalentes.
153
154
TÓPICO 2 —
UNIDADE 3
1 INTRODUÇÃO
155
UNIDADE 3 — TÓPICOS ESPECIAIS E DETALHES TÉCNICOS E LEGAIS
156
TÓPICO 2 — DIREITO À PROPRIEDADE E INTERNET
NOTA
Entenda o que é e como funciona a Deep Web, parte da internet que não pode ser achada
no Google.
Deep Web (Internet Profunda, em tradução livre) é uma área da Internet que fica
"escondida" e tem pouca regulamentação. O termo ficou mais conhecido no Brasil depois
do massacre de Suzano, em que dois jovens invadiram uma escola, mataram oito pessoas
e depois se suicidaram. A polícia vê indícios de que os assassinos tenham recebido apoio
do Dogolachan, fórum criado em 2013 e que não requer login para participar.
A Deep Web não pode ser acessada por meio de pesquisas em buscadores, como
o Google ou Bing e também não é acessada digitando um endereço em um navegador
comum (Chrome, Firefox, Edge etc). Justamente pela dificuldade de acesso, é usada para o
compartilhamento de conteúdo ilegal, como venda de drogas, pedofilia e violência.
Mas não é só isso. A Deep Web é algo muito maior e não necessariamente ruim. Essa área
da internet também inclui partes privadas de diferentes portais, como o conteúdo da sua
caixa de entrada de e-mail ou de um perfil privado do Facebook. Entenda o que é a internet
profunda e por que ela é, muitas vezes, usada para o mal.
A Deep Web é formada por milhares de páginas, blogs, vídeos, fóruns e bancos
de dados feitos para ficar ocultos do grande público. Esta é a definição mais simples e
abrangente da Deep Web: a ideia de um conteúdo na internet que é configurado como
privado. Outro ponto importante para definir a internet profunda é o anonimato, já que, em
alguns casos, não é possível saber o IP de um usuário.
A Deep Web não é necessariamente ruim. Esse espaço ajuda a proteger o sigilo
de milhões de pessoas a partir desse “acordo” de segurança. No entanto, a privacidade
garantida aos criadores de conteúdo e quem o acessa atrai criminosos e encoraja a ação
de fóruns e de comunidades, o que resulta na veiculação de conteúdos de ódio ou que
incentivam a prática de crimes. Em geral, espaços como esse na Deep Web são associados
à Dark Web (Internet Obscura, em tradução livre).
Deep Web e Dark Web são conceitos diferentes, apesar de ser comum encontrá-
los naturalmente associados e, por vezes, tratados como sinônimos. Enquanto a Deep Web
é apenas uma área da internet inalcançável a partir de buscadores, a Dark Web consiste
em páginas, fóruns e comunidades que ocultam seu conteúdo – ou seja, esses sites não
157
UNIDADE 3 — TÓPICOS ESPECIAIS E DETALHES TÉCNICOS E LEGAIS
podem ser acessados por meios convencionais. Em geral, isso é feito por meio do uso
de protocolos de Internet diferentes do HTTP convencional: muitas páginas optam por
endereços tipo “onion” e são acessíveis apenas pelo navegador Tor, por exemplo. Ao se
conectar à internet usando Tor, atividade do usuário é enviada através dessa rede com a
intenção de torná-la anônima.
O famoso caso da Silk Road, por exemplo, consistiu na derrubada de uma loja
virtual de drogas por uma operação do FBI em 2013. Outros sites do tipo são os chamados
"chans": fóruns on-line em que pessoas publicam mensagens anonimamente. Entre os
portais mais famosos estão as comunidades 8chan e Endchan, que reúnem usuários do
mundo todo, e o Dogolachan, fórum brasileiro associado ao massacre na Escola Raul Brasil,
em Suzano.
Vale lembrar que os cuidados ao acessar a Deep Web devem ser ainda maiores
do que ao usar a Internet comum. A rede é muito usada para espalhar vírus, que podem
estar escondidos em links aparentemente inocentes, e para o roubo de dados. Por não
ser censurada, ela contém conteúdos que podem ser "pesados demais" para crianças,
adolescente e até adultos que não estão acostumados a lidar com esse tipo de material.
Assim por mais que a legislação dos países busque proteger as proprie-
dades intelectuais, sempre temos o lado “obscuro”, principalmente na internet,
o que complica um pouco mais as questões relacionadas ao cumprimento da lei.
158
TÓPICO 2 — DIREITO À PROPRIEDADE E INTERNET
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
159
UNIDADE 3 — TÓPICOS ESPECIAIS E DETALHES TÉCNICOS E LEGAIS
160
TÓPICO 2 — DIREITO À PROPRIEDADE E INTERNET
BRASIL (2014)
Como você pode ver, o Marco Civil da Internet (MCI) trata, principal-
mente, das questões relacionadas ao usuário, à segurança de dados e ao provedor
de internet e suas relações, mas é importante conhecer estas questões para não
infringir as leis locais.
161
UNIDADE 3 — TÓPICOS ESPECIAIS E DETALHES TÉCNICOS E LEGAIS
BRASIL (2014)
DICAS
162
TÓPICO 2 — DIREITO À PROPRIEDADE E INTERNET
3 AUTORIAS NA INTERNET
Atualmente, temos uma percepção de que a internet é uma “terra sem
lei”, porém, com as leis que já estudamos, vemos que esta concepção já não é tão
verdadeira assim, pois as leis existem e assim precisamos que a sociedade honesta
e ordeira desenvolva seus trabalhos seguindo os preceitos legais, pois há uma
série de legislações nacionais e internacionais feitas para proteger os usuários nas
redes sociais e outras plataformas, assim como os seus autores.
NOTA
Os produtos pirateados são considerados todos aqueles que possuem a reprodução, venda
ou distribuição sem a devida autorização e o pagamento dos direitos autorais. Qualquer
espécie de falsificação se enquadra em crime, seja de forma direta ou indireta.
Normalmente, os produtos pirateados são adquiridos pela facilidade e pelo baixo preço,
mas, segundo a FIRJAN (Federação de Indústrias do Rio de Janeiro) mais de R$ 40 bilhões
de impostos deixam de ser arrecadados por ano e, em média, 2 milhões de empregos
formais foram perdidos. Só no setor têxtil, a pirataria contribui para um prejuízo anual de R$
1,56 bilhão. Para se ter uma ideia de quão grande é este mercado informal, no setor musical,
por exemplo, existem cinco CDs piratas para cada original posto à venda.
163
UNIDADE 3 — TÓPICOS ESPECIAIS E DETALHES TÉCNICOS E LEGAIS
164
TÓPICO 2 — DIREITO À PROPRIEDADE E INTERNET
165
UNIDADE 3 — TÓPICOS ESPECIAIS E DETALHES TÉCNICOS E LEGAIS
E
IMPORTANT
DIREITO AUTORAL: O QUE VOCÊ PODE E O QUE NÃO PODE COPIAR NA INTERNET
Nem tudo o que está disponível na internet pode ser usado livremente. Mas
nem tudo é proibido. Para entender o que é permitido e o que não é, primeiro é preciso
conhecer algumas premissas do direito autoral. A definição informal registrada na
Wikipédia é esta:
“Direito autoral é um conjunto de prerrogativas conferidas por lei à pessoa física
ou jurídica criadora de uma determinada obra intelectual, para que ela possa usufruir de
quaisquer benefícios morais e patrimoniais resultantes da exploração de suas criações”.
O direito autoral se aplica a uma enorme variedade de criações. Abrange conteúdos,
imagens e vídeos criados por quem produz conteúdo para marcas, por exemplo. Mas se
aplica também a criações artísticas. A Associação Brasileira de Música e Artes (Abramus)
inclui na lista criações como textos, livros, pinturas, músicas e outras.
No Brasil, a Lei 9.610, de 19 de fevereiro de 1998, normatiza os direitos autorais. O
problema é que, na era da internet, a utilização indevida – como a cópia de imagens sem
permissão do autor – é frequente. Isso trouxe para a rotina dos produtores de conteúdo
uma preocupação que antes, na era off-line, era mais esporádica. E trouxe a reboque a
preocupação de se criar conteúdo sem cometer deslizes legais.
Há diferentes tipos de licença mais comuns no mercado brasileiro, como as
listadas abaixo pela revista Superinteressante e pelo site Mestre do AdWords.
Copyright: definido pela expressão “todos os direitos reservados”, indica que todos
os direitos relativos àquela obra, como reprodução, alteração, distribuição e comercialização,
pertencem ao seu criador ou editor e só podem ser utilizados com sua autorização.
Rights-managed: é uma licença mais rígida que o Copyright. Além de demandar
autorização do autor, impõe diretrizes específicas de uso. Por exemplo, uma determinada
imagem só pode ser usada no contexto de causas em prol do meio-ambiente.
Royalty Free: diferente do que o nome pode sugerir, o Royalty Free é uma licença
paga. Você compra, portanto, a imagem, mas pode usá-la livremente, e quantas vezes
desejar. É a isso que se refere o termo “free” (livre, em português) do nome.
Copyleft: é o oposto do Copyright. A obra permite que qualquer pessoa use, copie
e altere livremente a obra. O nome foi criado pela Fundação Software Livre e faz uma
brincadeira com o Copyright – pois, em inglês, “right” significa direita e “left, esquerda”.
Domínio público: 70 anos após a morte do criador, uma obra passa a ser de
domínio público. Ou seja, qualquer pessoa pode reproduzi-la ou mesmo comercializá-la
sem pagar nada a ninguém. O governo mantém no ar o site Domínio Público, que lista
essas obras.
Alguns direitos reservados: a expressão é autoexplicativa. Na verdade, quem define
quais utilizações podem ser feitas é o próprio autor. Essencialmente, existem quatro tipos
de permissão:
Atribuição: qualquer um pode usar, desde que cite o autor. Muitas vezes, no
ambiente online, o autor requer que um link seja criado direcionando para a página ou
peça original. As imagens gratuitas em bancos de imagens normalmente estão sob esse
tipo de licença.
Recombo: a obra ou peça pode ser não apenas utilizada, mas também modificada.
Por exemplo, você pode editar cores de uma imagem e inserir efeitos e outras imagens
dentro dela.
Não-comercial: a obra ou peça pode ser usada livremente, mas não para fins
comerciais. Por exemplo, pode ilustrar um post, mas não um banner publicitário.
166
TÓPICO 2 — DIREITO À PROPRIEDADE E INTERNET
Compartilhar pela mesma licença: a obra pode ser reutilizada desde que respeitado
o seu objetivo inicial. Por exemplo, se uma foto está liberada para uso não comercial, você
pode veiculá-la em seu site pessoal, mas não em um livro que será vendido.
O tipo de licença “Alguns direitos reservados” responde também pelo nome de
Creative Commons, um projeto de licenciamento global lançado em dezembro de 2002.
Na definição do site Overmundo, o Creative Commons permite que criadores intelectuais
possam gerenciar diretamente os seus direitos, autorizando alguns usos sobre sua criação
e vedando outros.
Há seis grandes formas de usar: “Atribuição”, “Compartilha Igual”, “Não-Comercial”
e “Sem Derivações”, além da combinação entre duas delas. A Wikipédia apresenta uma
tabela que especifica quando usar cada uma. Essa condição varia conforme as permissões
concedidas pelo autor. Podem prever uso não comercial, uso com modificação etc., mas
todas elas convergem num ponto: a atribuição do autor é sempre obrigatória.
MEDEIROS, G. Direito autoral: o que você pode e o que não pode copiar na internet.
Disponível em: https://blog.dino.com.br/direito-autoral-o-que-voce-pode-e-o-que-nao-
pode-copiar-na-internet/. Acesso em: 3 maio 2021.
167
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• A Deep Web não pode ser acessada por meio de pesquisas em buscadores,
como o Google ou Bing e, também, não é acessada digitando um endereço em
um navegador comum (Chrome, Firefox, Edge etc.). pela dificuldade de acesso
a Deep Web, ela tem sido usada para o compartilhamento de conteúdo ilegal,
como venda de drogas, pedofilia e violência etc.
• O plágio, cópias etc. são pontos importantes que precisamos tomar cuidado
quando somos responsáveis pela gestão dos relacionamentos eletrônicos de
uma empresa ou negócio eletrônico.
168
• Nem tudo o que está disponível na internet pode ser usado livremente. Mas
nem tudo é proibido.
• 70 anos após a morte do criador, uma obra passa a ser de domínio público. Ou
seja, qualquer pessoa pode reproduzi-la ou mesmo comercializá-la sem pagar
nada a ninguém. O governo mantém no ar o site Domínio Público, que lista
essas obras.
CHAMADA
169
AUTOATIVIDADE
170
c) ( ) Autoria e originalidade dos textos; Direitos sazonais dos materiais;
Direitos autorais das músicas e vídeos; Licença de uso de programas
de computador; Licença de uso dos APPs e softwares utilizados;
permissão de cópia sem citar fonte.
d) ( ) Preferencialmente uso de textos copiados de terceiros; Não uso de
Direitos autorais dos materiais; Não há necessidade de Direitos autorais
das músicas e vídeos; Licença de uso de programas de computador;
uso livre dos APPs e softwares utilizados; Plágio.
171
172
TÓPICO 3 —
UNIDADE 3
1 INTRODUÇÃO
FONTE: O autor
173
UNIDADE 3 — TÓPICOS ESPECIAIS E DETALHES TÉCNICOS E LEGAIS
Mesmo que o seu negócio seja local, na internet, ele possui alcance global,
e precisamos ficar atentos a questões legais. Alguns dos principais problemas são
a propriedade intelectual e autoral, o plágio e a proteção dos dados dos usuários.
plágio
Significado de Plágio
substantivo masculino
Ação ou efeito de plagiar, de expor ou de mostrar uma obra intelectual
de outra pessoa como se fosse de sua própria autoria.
[Jurídico] Apresentação que alguém faz de algo, como se fosse de
própria autoria, quando na verdade foi criado ou pertence a outrem;
cópia, imitação: plágio de um livro, trecho de música, de uma pintura
etc.
Etimologia (origem da palavra plágio). Do grego plágios.a.on.
Sinônimos de Plágio
Plágio é sinônimo de: plagiato, contrafacção, imitação, cópia.
174
TÓPICO 3 — LEGISLAÇÃO APLICADA: CASOS ESPECIAIS E CONCLUSÃO
DICAS
Outra dica para se aprofundar no assunto, está no material da Uniasselvi sobre Metodolo-
gia Científica, no qual você encontrará mais informações sobre este tema.
175
UNIDADE 3 — TÓPICOS ESPECIAIS E DETALHES TÉCNICOS E LEGAIS
176
TÓPICO 3 — LEGISLAÇÃO APLICADA: CASOS ESPECIAIS E CONCLUSÃO
BRASIL (2003)
Deve ficar claro que praticar plágio é um crime federal, por isso, todo o
cuidado é pouco neste quesito.
DICAS
O referido site traz as regras de referência conforme a Norma Brasileira (NBR) 6023,
da ABNT.
ABNT
177
UNIDADE 3 — TÓPICOS ESPECIAIS E DETALHES TÉCNICOS E LEGAIS
BRASIL (2018)
Como você pôde ver neste primeiro artigo, fica garantida a proteção dos
dados pessoais, inclusive nos meios digitais, e, assim, o gestor ou responsável
pelas relações eletrônicas deve ter uma atenção especial neste quesito. A segurança
dos dados pessoais é fundamental para o sucesso de um negócio na internet, pois
ninguém quer ter seus dados pessoais vazados.
178
TÓPICO 3 — LEGISLAÇÃO APLICADA: CASOS ESPECIAIS E CONCLUSÃO
I - o respeito à privacidade;
II - a autodeterminação informativa;
III - a liberdade de expressão, de informação, de comunicação e de
opinião;
IV - a inviolabilidade da intimidade, da honra e da imagem;
V - o desenvolvimento econômico e tecnológico e a inovação;
VI - a livre iniciativa, a livre concorrência e a defesa do consumidor; e
VII - os direitos humanos, o livre desenvolvimento da personalidade, a
dignidade e o exercício da cidadania pelas pessoas naturais.
BRASIL (2018)
179
UNIDADE 3 — TÓPICOS ESPECIAIS E DETALHES TÉCNICOS E LEGAIS
a) jornalístico e artísticos; ou
a) segurança pública;
b) defesa nacional;
c) segurança do Estado; ou
[...]
[...]
180
TÓPICO 3 — LEGISLAÇÃO APLICADA: CASOS ESPECIAIS E CONCLUSÃO
[...]
BRASIL (2018)
DICAS
181
UNIDADE 3 — TÓPICOS ESPECIAIS E DETALHES TÉCNICOS E LEGAIS
Seção II
Das Boas Práticas e da Governança
182
TÓPICO 3 — LEGISLAÇÃO APLICADA: CASOS ESPECIAIS E CONCLUSÃO
BRASIL (2018)
Como você pode ver, apesar de o foco ser a proteção dos dados dos
usuários e consumidores, esta seção da LGPD pode muito bem ser relacionada a
todas as atividades relacionadas à gestão eletrônica e a todos os meios conexos.
DICAS
183
UNIDADE 3 — TÓPICOS ESPECIAIS E DETALHES TÉCNICOS E LEGAIS
para ampliar o seu conhecimento deste assunto tão importante para as instituições
relacionadas a negócios eletrônicos. Entenderemos, então, o significado de compliance,
conforme Perez e Brizoti (2016, p. 8 apud Pieritz, 2020, p. 13):
COMPLIANCE
Seguem três sites que trazem mais informações sobre o tema e que são importantes para
o seu conhecimento e domínio:
• https://deps.com.br/governanca-corporativa-e-compliance-voce-entende-as-
diferencas/.
• https://blog.neoway.com.br/governanca-corporativa-e-compliance/.
• https://clickcompliance.com/governanca-corporativa-compliance-sao-iguais/.
GOVERNANÇA CORPORATIVA X COMPLIANCE
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TÓPICO 3 — LEGISLAÇÃO APLICADA: CASOS ESPECIAIS E CONCLUSÃO
FIGURA 11 – COOKIES
FONTE: O autor
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UNIDADE 3 — TÓPICOS ESPECIAIS E DETALHES TÉCNICOS E LEGAIS
DICAS
1 O que é o CC?
O que é Creative Commons (CC)?
O Creative Commons (CC) é uma organização mundial sem fins lucrativos que visa
promover o compartilhamento do conhecimento e da criatividade como forma de
transformação social.
Embora o Creative Commons seja mais conhecido por suas licenças, nosso trabalho
ultrapassa o fornecimento de licenças de direito autoral.
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TÓPICO 3 — LEGISLAÇÃO APLICADA: CASOS ESPECIAIS E CONCLUSÃO
Como você pôde ler acima, é um trabalho bem interessante na área de propriedade
intelectual com foco na internet. Recomendamos acessar ao site da CC para maiores
informações e esclarecimentos sobre o tema: https://br.creativecommons.net/. Acesso em:
25 jun. 2021.
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UNIDADE 3 — TÓPICOS ESPECIAIS E DETALHES TÉCNICOS E LEGAIS
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TÓPICO 3 — LEGISLAÇÃO APLICADA: CASOS ESPECIAIS E CONCLUSÃO
DICAS
Propriedade Intelectual
Direito Autoral
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UNIDADE 3 — TÓPICOS ESPECIAIS E DETALHES TÉCNICOS E LEGAIS
Programa de Computador
Desenho Industrial
Cultivares
Informação Confidencial
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TÓPICO 3 — LEGISLAÇÃO APLICADA: CASOS ESPECIAIS E CONCLUSÃO
Estamos terminando mais esta jornada que é muito importante para a sua
vida profissional. Esperamos que possa utilizar as informações dispostas neste
livro didático de forma prática e consistente.
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UNIDADE 3 — TÓPICOS ESPECIAIS E DETALHES TÉCNICOS E LEGAIS
LEITURA COMPLEMENTAR
O ato ilícito, fato jurídico humano, que afronta o Direito, é a fonte gera-
dora da responsabilidade civil, relacionando-se intimamente com o descumpri-
mento de um dever jurídico preexistente.
1) sobre o caráter social ou antissocial do ato, que é aceito ou não pela sociedade;
2) sobre a conduta do agente, sua vontade, na sua dimensão ético-jurídica.
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TÓPICO 3 — LEGISLAÇÃO APLICADA: CASOS ESPECIAIS E CONCLUSÃO
Art. 101. As sanções civis de que trata este Capítulo aplicam-se sem
prejuízo das penas cabíveis.
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UNIDADE 3 — TÓPICOS ESPECIAIS E DETALHES TÉCNICOS E LEGAIS
Sempre que houver lesão a direito de autor, o titular pode optar por vários
tipos de tutelas civis, sem prejuízo das demais:
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TÓPICO 3 — LEGISLAÇÃO APLICADA: CASOS ESPECIAIS E CONCLUSÃO
Parágrafo único. A proteção desta Lei aos direitos previstos neste artigo
deixa intactas e não afeta as garantias asseguradas aos autores das obras literárias,
artísticas ou científicas.
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RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
• Podemos definir plágio como cópia de ideias, frases e até materiais completos
sem citar a fonte ou a origem do material.
• Para evitar problemas legais de plágio no negócio digital, devem ser seguidas
as normas de referências da ABNT.
• O Creative Commons (CC) é uma organização mundial sem fins lucrativos que
visa promover o compartilhamento do conhecimento e da criatividade como
forma de transformação social.
CHAMADA
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AUTOATIVIDADE
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a) ( ) Falsificação.
b) ( ) Plágio.
c) ( ) Dupla publicação.
d) ( ) Registro incorreto de dados.
e) ( ) Fabricação de dados.
FONTE: <https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questoes/3fd46720-17>.
Acesso em: 7 maio 2021.
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REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei no 10.695, de 1º de julho de 2003. Brasília, DF, 2003. Disponível
em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.695.htm#. Acesso em: 29
mar. 2021.
BRASIL. Lei nº 13.709, de 14 de agosto de 2018. Brasília, DF, 2018. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/lei/l13709.htm. Acesso
em: 29 mar. 2021.
BRASIL. Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998. Brasília, DF, 1998. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9610.htm. Acesso em: 15 mar. 2021.
BRASIL. Lei nº 12.965, de 23 de abril de 2014. Brasília, DF, 2014. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l12965.htm. Acesso
em: 1 maio 2021.
MEDEIROS, G. Direito autoral: o que você pode e o que não pode copiar na
internet. Disponível em: https://blog.dino.com.br/direito-autoral-o-que-voce-
pode-e-o-que-nao-pode-copiar-na-internet/. Acesso em: 3 maio 2021.
199
VIEGAS, C. M. de A. R. Propriedade intelectual: direitos morais e patrimoniais
do autor. 2019. Disponível em: https://claudiamaraviegas.jusbrasil.com.br/
artigos/760054169/ propriedade-intelectual-direitos-morais-e-patrimoniais-do-
autor. Acesso em: 30 mar. 2021.
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