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As mais antigas fontes de luz feitas pelo homem foram o fogo, as tochas e as velas. Os
egípcios antigos faziam buracos nas pedras e as enchiam com gordura, usando fibras de
plantas como pavios. Essas foram as primeiras velas, que datam de cerca de 3.000 anos
A.C.. Na Idade Media as velas eram feitas de sebo, um tipo de gordura animal;
posteriormente foram feitas de cera de abelhas ou parafina. As velas modernas podem
ainda serem consideradas um tipo de lâmpada à base de gordura, mas seu uso atualmente
é quase inteiramente decorativo.
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Figura 6-1. Desenvolvimento das fontes de luz ao longo do tempo.
Esse século tem presenciado um grande aumento no numero de fontes de luz disponíveis
no Mercado, começando com melhorias na lâmpada de Edison, a seguir com a introdução
das lâmpadas à vapor de mercúrio em 1930, seguido por perto pelas lâmpadas
fluorescentes apresentadas na Feira Internacional de 1939. As lâmpadas de tungstênio-
halôgenas foram introduzidas nos anos 50 e as de vapor metálico e de sódio de alta
pressão (HPS) nos anos 60. A introdução de lâmpadas sem eletrodos nos anos 90 mostra
que a indústria é dinâmica e a introdução de novas fontes de luz é esperada que continue
na mesma proporção no próximo século. A Figura 6-2 lista a luminância aproximada de
varias fontes de luz.
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Figura 6.2. Luminância aproximada de várias fontes de luz
Com tal variedade de fontes de luz no mercado, é provável que diferentes escolhas sejam
possíveis para uma dada aplicação de iluminação. Embora seja possível propiciar
características gerais, uma lista definitiva com valores absolutos para todos os tipos e
fabricantes seria extensa demais para se apresentar aqui. A Figura 6-3 propicia uma
comparação de características de desempenho significativas das lâmpadas mais comuns.
Uma explicação dos parâmetros será dada mais adiante.
A Figura 6-4 mostra formatos das lâmpadas disponíveis mais comuns. Cada formato
também inclui a designação americana correspondente (ANSI- Instituto de Padronização
Nacional Americano) usada por muitos fabricantes de lâmpadas nos seus catálogos. A
designação é geralmente seguida de um numero, que expressa o diâmetro da lâmpada em
múltiplos de 1/18 polegadas, de tal forma que T-12 refere-se à uma lâmpada fluorescente
tubular cujo diâmetro é 12/8 ou 1.5 polegadas (38mm), e PAR 30 é uma lâmpada
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refletora parabólica cujo diâmetro é 30/8 ou 3.75 polegadas (95mm). Fabricantes usam
uma variedade de bases, que vamos discutir adiante ao tratar das lâmpadas
individualmente.
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Figura 6-4. Formatos de bulbos típicos (sem escala) e suas designações ANSI. Nem todas
as ANSI designações ANSI, aqui descritas com uma palavra ou frase chave, estão
ilustradas.
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Apenas uma pequena porcentagem da radiação total de uma fonte incandescente está na
região visível do espectro.À medida que a temperatura de um filamento de tungstênio é
aumentada, a radiação na região visível aumenta. (Figura 6-6), e assim e eficiência
luminosa aumenta. A eficiência luminosa de um fio de tungstênio não bobinado no seu
ponto de derretimento é de 53 lm/W. A fim de se obter uma vida útil longa, é necessário
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operar um filamento à temperatura bem abaixo do ponto de fusão, resultando numa perda
de eficiência.
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Figura 6-7. Variação do filamento de tungstênio de resistência quente com a temperatura.
Figura 6-8. Efeito da resistência quente para frio para a corrente de surto num filamento
incandescente (condições de laboratório).
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partir do lúmen publicado e dos dados da wattagem. A partir desse valor é possível
estimar a temperatura média da cor do filamento.
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Figura 6-10 As etapas da fabricação de uma lâmpada típica de filamento incandescente.
Figura 6-11. Tipo primário de construção de bulbo: a) cápsulas halogenas de vidro com
selo de prensa; b) selo de prensa com terminais de fio de entrada; c) selo de fundo; d) selo
na flange; e) selo de prensa da fita de molibdênio.
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O selo de flange geralmente é usado com lâmpadas de 20 mm (0.79in.) e bulbos de
diâmetros maiores. Essa construção possui uma haste de vidro com uma flange no fundo
que é vedada até a parte superior do bulbo. Quando usado com bases em forma de
baioneta, o plano do filamento e dos fios de entrada está num plano de ângulo reto com o
plano dos pinos da base, mas a tolerância de 15° geralmente é permitida. As vantagens
dessa construção são: (1) os fios de entrada pesados podem ser usados para lâmpadas
com correntes até 12 A, (2) o filamento pode ser corretamente posicionado e (3) a
construção da haste robusta resiste a deslocamentos e estragos devido à choques e
vibrações.
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mais comuns são: S (reto), significando que o fio não é espiralado; C (espiralado),
significando que o fio foi espiralado numa bobina helicoidal; e CC(duplamente
espiralado), significando que a própria bobina foi espiralada numa bobina helicoidal.
Espiralar o filamento aumenta sua eficiência luminosa; formar uma bobina duplamente
espiralada aumenta ainda mais a sua eficiência. Mais suportes de filamentos são
necessários em lâmpadas projetadas para aplicações mais exigentes e onde ocorre
vibrações do que para lâmpadas de aplicação em serviços gerais.
Bulbos
Tipos de vidros. A maioria dos bulbos é feita de vidro chumbo ou de vidro soda (mole),
mas alguns são feitos de vidro borosilicato (duro) resistente ao calor. Esses últimos
agüentam temperaturas mais altas e são usados para lâmpadas altamente carregadas. Elas
geralmente agüentam exposições à umidade ou partes das luminárias que tocam o bulbo.
Três formas de vidro especiais são também usadas como envelopes das lâmpadas: vidro
de sílica fundida (quartzo), de sílica de alta qualidade e de silicato de alumínio. Esses
materiais podem agüentar temperaturas até mais altas.
Acabamentos dos bulbos e cores. Uma cobertura fosca é aplicada na parte interna de
muitos tipos e tamanhos de bulbos. Ela produz uma difusão moderada da luz com pouca
redução da eficiência. A alta luminância do filamento de lâmpadas claras é reduzida e
estrias e sombras são na maioria eliminadas. Lâmpadas brancas que tem uma cobertura
interna de pó de sílica branca propiciam uma difusão melhor com pouca absorção da luz.
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Lâmpadas “luz do dia“ têm bulbos de vidro azulado que absorve parte do comprimento
de ondas produzido pelo filamento. A luz transmitida é de uma temperatura de cor
correlata maior. Essa cor, obtida através da redução de 35% da eficiência da luz através
da absorção, e varia entre 3500 e 4000 K. Esse é basicamente o meio do caminho entre a
luz do filamento de tungstênio e “luz do dia”.
Bases. A Figura 6-13 mostra as bases de lâmpadas mais comuns. A maioria das
lâmpadas de uso geral emprega uma das bases de rosquear. Quando é importante um alto
grau de precisão no posicionamento das fontes de luz em relação aos elementos óticos,
como no caso dos sistemas de projeção, bases bipino e prefocada asseguram um
posicionamento adequado do filamento. A wattagem da lâmpada é também um fator
determinante do tipo de base.
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Figura 6-13. Bases comuns de lâmpadas (sem escala). Estão mostradas as designações
ANSI, quando disponíveis.
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A maioria das bases são presas ao bulbo por cimento e são curadas pelo calor quando a
lâmpada é fabricada. Como o cimento se torna mais fraco com o passar do tempo,
principalmente se exposto à calor excessivo, as lâmpadas destinadas a usos para altas
temperaturas usam um base de cimento que tolera altas temperaturas ou bases que são
mecanicamente atadas sem uso de cimento.
Enchimento com gás. Por volta de 1911, varias tentativas foram realizadas a fim de
reduzir a evaporação do filamento usando-se bulbos preenchidos com gás. Nitrogênio foi
um dos primeiros gases. Embora o preenchimento com gás reduzisse o escurecimento das
paredes do bulbo, ele aumentava a perda de calor, levando a uma ainda maior perda de
luz.Um filamento incandescente operando com gás inerte é rodeado de um revestimento
fino de gás aquecido, ao qual parte da energia é perdida; a proporção de perda diminui à
medida que o diâmetro do filamento é aumentado. Quando o filamento é bobinado numa
hélice firme, o revestimento fino rodeia toda a bobina e então a perda de calor não é mais
determinada pelo diâmetro do fio, mas sim pelo diâmetro da bobina, reduzindo assim a
perda de energia. Um filamento duplamente espiralado tem ate um comprimento menor
para uma dada energia, reduzindo mais ainda a área disponível para esfriamento de
convecção. O uso dos filamentos duplamente espiralado e dos bulbos enchidos com gás
tem levado a grande desenvolvimento na eficiência das lâmpadas incandescentes. No
entanto, lâmpadas de 120V de uso geral abaixo de 25W são geralmente do tipo vácuo
pois o enchimento de gás não melhora a eficiência luminosa nessa gama de wattagem.
Gases inertes são agora preferidos porque eles não reagem com as partes internas das
lâmpadas e porque eles conduzem menos calor do que o nitrogênio. Levou algum tempo
até dispor de uma quantidade suficiente de argônio puro a um custo razoável. A maioria
das lâmpadas é agora enchida com argônio e uma pequena quantidade de nitrogênio;
certa quantidade de nitrogênio é necessária para suprimir o centelhamento entre os fios de
entrada.
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Um gás ainda mais caro é o xenônio e é usado em situações especificas. O xenônio tem
mais baixa condutividade de calor e tamanho molecular maior do que a do criptônio e por
tanto permite maior eficiência. Mas como custa mais caro do que o criptônio é usado
apenas em aplicações especificas.
O hidrogênio possui alta condutividade de calor e é por tanto usado para lâmpadas de
sinalização aonde um acendimento rápido é necessário.
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Figura 6-14. Ciclo de tungstênio na a) incandescente padrão, b) na de tungstênio-
halogena.
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como o tungstênio não se re-deposita exatamente de onde ele veio, a lâmpada de
tungstênio-halogena tem uma vida finita. As lâmpadas com luz “dismerizada” de
tungstênio halogenas deveriam periodicamente operar com energia total, induzindo o
ciclo tungstênio-halogeno para limpar o tungstênio depositado nas paredes do bulbo, e
assim manter a eficiência da lâmpada por mais tempo.
Parâmetros de desempenho
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Lâmpadas incandescentes que operam abaixo de 25 Hz vão produzir uma luz tremula
perceptível e podem criar efeito estroboscópico. Essa luz tremula pode ser menor numa
fonte incandescente se tiver um filamento maior e operar numa wattagem e freqüência de
rede maior. As fontes de luz incandescentes modernas que operam a 60 Hz não produzem
essa luz tremula, nem o efeito estroboscópico, para o olho humano. O índice do
tremeluzir de diversas lâmpadas incandescentes de 25 Hz e 60Hz é mostrado na Figura 6-
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Figura 6-17. Temperaturas de lâmpadas de filamento incandescente operando em ar
parado num ambiente de 25°C :(a) lâmpada)100W CC8, A-19; (b) lâmpada 500W CC-8,
PS-35. Todas as temperaturas são expressas em graus Celsius.
Bulbos de lâmpadas de filamento incandescente de uso geral são feitas de vidro chumbo
ou vidro soda mole, com uma temperatura máxima segura de 370°C. Algumas lâmpadas
de aplicações especificas, como as lâmpadas para projetores externos, possuem bulbos
com vidro duro que possuem temperaturas seguras de até 470°C. Lâmpadas com bulbos
de vidro ainda mais duros podem operar até 520°C.
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A temperatura de base máxima segura para lâmpadas de uso geral é 170°C., medida na
junção da base com o bulbo. Em todos os casos a temperatura excessiva pode causar
falhas no cimento da base, assim como no amolecimento da solda usada para conectar os
fios de entrada à base. Cimento de silicone e solda de alto ponto de fusão permitem que
temperaturas das bases alcancem 260°C. Bases bipino carregam suficiente calor aos
soquetes através dos pinos das bases, e as partes dos soquetes em contato com os pinos
devem ser capazes de agüentar temperaturas até 290°C. Lâmpadas de tungstênio-
halogenas e tubulares infravermelhas de quartzo fundido geralmente têm uma
temperatura máxima no selo de 350°C para evitar oxidação.
Alguns dos fatores que afetam a temperatura da base são os tipos de filamentos, o
comprimento do centro da luz, proteção do calor, forma e tamanho do bulbo e o
enchimento de gás. A temperatura da base não está necessariamente relacionada à
wattagem; isto é, lâmpadas de baixa wattagem não necessariamente têm temperaturas de
base mais baixas. Luminárias de base média deveriam ser capazes de aceitar temperaturas
de base da ordem de 135-150°C. Esses limites são consistentes com os padrões para
temperaturas de base para lâmpadas tipo A conforme a Associação Canadense de
Padronização (CSA), com o Instituto Nacional Americano de Padronização (ANSI), e a
Comissão Eletrotécnica Internacional (IEC). As medidas devem ser feitas de acordo com
ANSI C78.25, ” Medidas do método de elevação da temperatura de base das lâmpadas”.
Para operação com base para cima, e onde apenas um pequeno espaço é propiciado pela
luminária para a lâmpada, a temperatura da base é o maior fator que afeta a temperatura
da luminária, sendo que a wattagem da lâmpada não é muito levada em consideração. Ã
medida que a luminária propicia um maior volume para a lâmpada, a temperatura da base
tem menos efeito e a wattagem assume maior importância.
Altas temperaturas reduzem a vida de isolamento elétrico para a lâmpada e para as partes
da luminária. A Figura 6-18 mostra como a posição do filamento afeta a temperatura do
bulbo. Essa variação da temperatura em relação à posição é suficientemente grande para
afetar a vida do isolamento do fio e dos outros componentes da luminária.
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Figura 6-18. Os perfis das temperaturas variam com a rotação do filamento da lâmpada;
três tipos são mostrados.
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Para aproximações, os seguintes expoentes podem ser usados nas equações acima: d=13,
g=1.9, k=3.4, n=1.6 e m=0.42. Para maior precisão, os expoentes devem ser
determinados [por cada fabricante de lâmpadas a partir de uma comparação de voltagem
normal e testes de corrente superior ou inferior de diversos tipos de grupos de lâmpadas.
Os expoentes diferem para diferentes tipos de lâmpadas, wattagens de lâmpadas, e faixas
de porcentagem da variação de corrente. Os valores dados acima são dificilmente
aplicáveis em lâmpadas à vácuo de aproximadamente 10 lm/W e para lâmpadas à gás de
aproximadamente 16 lm/W numa faixa de corrente de 90 a 100% da corrente padrão.
Para mais dados sobre o que ocorre fora dessa faixa ver Figura 6-19.
Figura 6-19. Efeito da variação da tensão e da corrente nas características de operação de:
a) lâmpadas de filamentos incandescentes em iluminação em geral (múltiplos circuitos);
b) lâmpadas de tungstênio-halogenas em circuitos em serie em iluminação de ruas.
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As curvas da Figura 6-19a mostram o efeito da variação da voltagem em lâmpadas de
(múltiplos) circuitos de iluminação em geral. O efeito da variação de voltagem nas
características das lâmpadas de tungstênio- halogenas não pode ser previsto com precisão
para uma faixa de voltagem externa a 90 a 100% da voltagem padrão.
O entalhe do filamento é associado com pelo menos três fatores: (que ocorrem
principalmente em lâmpadas de filamentos com fios finos): (1) operação do filamento em
baixa temperatura, como nas lâmpadas de vida longa com 10.000 a 1000.000-h; (2)
tamanhos de fios de filamentos pequenos, tipicamente com menos de 0.025mm de
diâmetro; (3) operação de corrente direta.
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Numa lâmpada que opera com a base para cima, uma considerável redução da
depreciação dos lumens da lâmpada (LLD) pode ser obtida através do uso do filamento
duplamente espiralado situado em cima ou paralelamente ao eixo do bulbo.
Para reduzir o escurecimento dos traços de oxigênio ou vapor de água no gás, uma
substância química ativa, chamada “getter”, é usada dentro do bulbo para combinar com
e absorver as impurezas remanescentes no bulbo.
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Figura 6.21. Faixa de variação das curvas de mortalidade típica (média para um grupo
estatisticamente grande de lâmpadas de filamento incandescente).
Nos anos 1950, foram usados reostatos para regular a corrente nas lâmpadas
incandescentes. Eles eram grandes e ineficientes. Hoje em dia a maioria dos reguladores
é eletrônica, usando tiristores e transistores que tem baixa dissipação de potência. Os
reguladores modernos são eficientes e reduzem a energia à medida que a fonte é
regulada. Tiristores operam como interruptores de alta velocidade que rapidamente ligam
e desligam a voltagem à lâmpada. Essa mudança de ligar e desligar pode causar uma
interferência eletromagnética com outros equipamentos elétricos como também um
zumbido no filamento da lâmpada. Bobinas magnéticas conhecidas como “choques” são
utilizadas usualmente como filtros para reduzir estes efeitos. Com muitas caixas
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reguladoras de luz de parede, o zumbido não pode ser completamente eliminado porque
há necessidade de um maior espaço para acomodar um “choque”maior. Por essas razões,
bobinas anti- ruído, remotamente montadas, são recomendadas.
Uso geral. Essas são lâmpadas grandes feitas para iluminação geral em circuitos de 127
ou 220V. Essas lâmpadas variam de 10 a 1500W e satisfazem a maioria de aplicações de
iluminação incandescente. Todos os tamanhos são fabricados tanto em bulbos claros
como fosco. Abaixo de 200W, encontra-se também lâmpadas com acabamento interior
branco.
Alta voltagem. Essa classe de voltagem se refere àquelas lâmpadas que operam
diretamente em circuitos de 220 a 300V e representa uma porção muito pequena do
mercado na America do Norte. Os suportes das lâmpadas devem ser aprovados por CSA
ou Laboratórios Responsáveis (UL) para um nível apropriado de voltagem de acordo
com a voltagem das lâmpadas que estão sendo usadas, isto é, lâmpadas 250V para
lâmpadas com até 250V, 600V para lâmpadas acima de 250V. No Brasil produtos
recebem etiquetagem através de laboratórios acreditados pelo Inmetro e Procel.
Lâmpadas de vida longa. Lâmpadas de vida longa tem como objetivo aplicações nas
quais a falha da lâmpada causa bastante inconveniência ou risco, ou nas quais o custo da
substituição é alto ou o custo de energia é muito baixo. Para tais aplicações, aonde uma
vida longa é importante e a redução da emissão de luz é aceitável, lâmpadas com 2500h
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ou mais são disponíveis. Uma vida mais longa é obtida ao operar o filamento à uma
temperatura mais baixa do que a normal. Isso, no entanto, diminui a eficiência luminosa.
Na maioria das aplicações de uso geral o custo de energia usada durante a vida da
lâmpada é muitas vezes o custo de vida da lâmpada, e por tanto a eficiência é importante.
Naquelas aplicações que a substituição de lâmpadas queimadas é uma operação fácil,
como em usos residenciais, lâmpadas de vida longa geralmente não são recomendadas.
Para tais usos, lâmpadas incandescentes com 700 ou 1000h de vida propiciam um custo
menor de luz do que as lâmpadas de vida longa.
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Como as lâmpadas de tungstênio halogenas são de alta pressão, elas podem ser projetadas
para maior eficiência e vida do que as lâmpadas incandescentes normais com a mesma
wattagem. Por exemplo, a lâmpada de ciclo não regenerativo de 500- W é calculada para
10.600 lm para 1000h, enquanto que a lâmpada de tungstênio halogena 500-WT-3 é
calculada para 10.950 lm para 2000h.
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Figura 6-22. O angulo do facho é o angulo no qual a lâmpada produz 50% da sua
intensidade máxima.
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Ao usar lâmpadas miniaturas em ambientes rústicos, bases em forma de baioneta e cunha
deveriam ser escolhidas em vez de bases de rosca. As lâmpadas com bases em formato de
baioneta e cunha encaixam-se firmemente nos soquetes, enquanto que as lâmpadas com
base de rosca trabalham mais folgado.
Outros estilos da lâmpada incandescente linear, usando a base S14, existem. As versões
incluem 35, 60 e 150 W.
Três níveis de luz. Essas lâmpadas empregam dois filamentos que operam
separadamente e em conjunto, proporcionando três níveis de luz. O fio de entrada
comum é conectado à concha da base, a outra extremidade do filamento é conectada ao
anel de contato e a extremidade do outro filamento ao contato central. Assim, cada
filamento, ou ambos juntos, podem ser usados com a seleção feita no soquete. As
lâmpadas de três níveis são encontradas em diversas combinações de wattagem.
Conservação de energia. A maioria das lâmpadas de uso geral e de longa vida pode
ser agora encontrada em wattagens reduzidas, que possuem uma emissão de lúmen
menor. O uso das lâmpadas refletoras para melhorar a iluminação direcional também se
tornou popular para aplicações de conservação de energia. Um controle ótico melhor com
limites mais precisos coloca a mesma iluminância numa determinada área com menos
watts. Estão disponíveis atualmente uma grande variedade de lâmpadas refletoras,
incluindo as BR30 e BR40. A mais significativa melhora energética ocorreu na família
das halogenas PAR e produtos IR PAR, que usam significativamente menos energia e
proporcionam iluminância igual ou superior à das incandescentes do tipo PAR e BR. Nos
sinais de trânsito, encontra-se no mercado lâmpadas com um anel de espelho que captura
luz perdida e a re-direciona através de lentes.
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Spotlight e floodlight. Lâmpadas usadas em projetores fechados e abertos, em outras
luminárias específicas para palcos de teatros, estúdios de cinema, e estúdios de televisão,
tem filamentos concentrados precisamente posicionados em relação à base. Quando o
filamento é colocado num ponto focal de um sistema de lentes ou refletor, um facho
controlado bem preciso é obtido. Essas lâmpadas são usadas com sistemas de refletores
externos. Devido a sua construção, essas lâmpadas devem ser operadas nas posições para
as quis foram projetadas para se evitar falhas prematuras.
Lâmpadas para aparelhos domésticos. Tipos de alta temperatura que podem agüentar
temperaturas até 315°C são disponíveis para fornos. Outras são projetadas para
geladeiras, e aspiradores de pó.
Aplicações em locais com vibrações. A maioria das lâmpadas possuem espirais feitas de
tungstênio com alta maleabilidade de resistência. Lâmpadas para locais com vibração,
projetadas para serem usadas onde vibrações podem causar falhas prematuras, são
fabricadas com um filamento de tungstênio mais maleável. A maleabilidade do fio
permite à espiral se estender ao ocorrer a vibração, e assim prevenir curto circuitos entre
espirais.
Para agüentar vibração e choque, lâmpadas de painel de radio miniaturas de baixa tensão
(6.3-V ou menos) incorporam bases cuja freqüência ressoante tem sido sincronizada com
a do filamento da espiral.
Às vezes apenas o método de tentativa e erro vai determinar a melhor lâmpada para
resistir à vibração ou choque. Soquetes ou equipamento resistentes à vibração que usam
uma mola ou de outro material flexível para eliminar a vibração tem sido utilizados
quando lâmpadas de uso geral são empregadas em condições de severa vibração.
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incandescentes. Esse tipo de lâmpada tem que ser compatível com os requisitos do
projeto dos sinais de transito padrão.
Figura 6 -23. Lâmpadas de filamento de fita típicas: (a) 6-volt, 18-ampere, T-10, 2-mm.,
iluminador de microscópio de 3000-K; (b) 6-volt, 9-ampère, T-8 ½, 1-mm., 3000-K fonte
óptica; e (c) 3.5-volt, 30-ampère, T-24 com janela de quartzo, 3-mm., filamento
amoldado em forma de U, pirômetro de 2300-K e fonte de espectroscópio.
As lâmpadas IR com filamentos de tungstênio são encontradas com potências de até 5000
W. Geralmente falando, as lâmpadas de filamento de tungstênio para uso industrial,
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comercial e residencial operam numa temperatura de cor de 2500K. Nessa baixa
temperatura de operação elas chegam a ter uma vida de mais de 5000h. Freqüentemente
as lâmpadas que usam filamento de tungstênio propiciam muitos anos de uso porque a
vida é geralmente determinada pela quebra mecânica ou ruptura do filamento devido à
vibração ou manuseio, e não tanto pela taxa de evaporação do tungstênio, como ocorre
nas lâmpadas usadas para iluminar. As lâmpadas que possuem bulbos de vidro resistente
ao calor ou envelopes de quartzo fundido tubular são recomendadas naqueles casos que
os líquidos podem vir a entrar em contato com o bulbo.
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geralmente obtida de baterias ou geradores. Essas lâmpadas miniatura podem ser
operadas em circuitos de 120 V quando transformadores redutores, circuitos em serie,
retificadores ou resistores são usados para reduzir a tensão. As lâmpadas miniatura são
principalmente usadas quando as condições requerem uma fonte pequena de luz ou pouca
energia. Para ter certeza que a lâmpada é a menor possível, os tamanhos das bases são
relacionados ao bulbo e às aplicações. Elas possuem muitos usos, principalmente nos
carros, aviões, decoração e como lâmpadas luminescentes em circuitos eletrônicos. Tanto
produtos de vida longa como de aplicações em condições críticas são substitutos das
lâmpadas miniaturas padrão no setor automotivo. As lâmpadas miniatura halogenas são
geralmente usadas para substituir lâmpadas miniatura incandescentes. Essas lâmpadas
halogenas distribuem uma luz mais branca e mais brilhante do que as lâmpadas
incandescentes que elas substituem.
Serie DC. Tensões aplicadas ao sistema de trânsito e algumas tensões nos edifícios e
pátios de estação de trem variam de 525 a 625 V. Lâmpadas para tais aplicações são
operadas com 5 a 20 lâmpadas em série. O projeto de tensão para lâmpadas individuais
de uma serie de cinco são nominalmente 115,120 e 125V. As lâmpadas de serie DC são
medidas em wattagens incomuns (36, 56, 94 ou 101 W).
Lâmpadas de 30-V preenchidas com gás são usadas para iluminação de carros. A tensão
do trilho dividida por 30 determina o numero de lâmpadas conectadas em serie. Essas
lâmpadas são equipadas com disjuntores de curto- circuitos que curto-circuitam as
lâmpadas ao queimarem e assim previnem formar um arco voltaico e deixam as outras
lâmpadas do circuito funcionando adequadamente. Essas lâmpadas de 30-V são
nominadas em amperes, em lugar de watts.
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que está de acordo com as normas exigidas pelas autoridades federais americanas (FAA)
e canadense.
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Figura 6-25 Tira bimetal mostrando uma luz intermitente típica
Usos típicos. Lâmpadas sinalizadoras propiciam uma sinalização visual das condições do
circuito. Elas são bastante utilizadas em sistemas de sinalização de fogo e polícia,
quadros de distribuição em usinas de energia, máquinas de produção, fornos, e outros
equipamentos que requerem luzes de advertência ou luzes piloto.
As lâmpadas sinalizadoras podem ter fiação com elementos movidos a calor ou a motor
e podem ser usados para indicar que a corrente está fluindo em certo aparelho ou que está
funcionando propriamente. Elas são geralmente usadas em outras instrumentações e com
fotocélulas e reles. Lanternas, rádios, relógios, bicicletas e brinquedos são as que mais as
usam. Outras aplicações incluem o uso das lâmpadas miniatura para festas ou outras
ocasiões festivas, e para iluminação de jardins e pátios coloridos. Para iluminação de
jardins existe equipamento miniatura de baixa tensão.
Lanternas, lanternas de mão e bicicletas. Essas lâmpadas são geralmente operadas por
baterias de células secas e possuem um circuito aberto com uma tensão de 1.5 V por
célula para baterias novas, caindo para 0.9 V para células no fim da vida da bateria. Essa
queda na tensão resulta numa redução na emissão da luz de uma maneira semelhante à
descrita na Figura 6-19 a.
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Lâmpadas tipo “facho selado” de tungstênio e de tungstênio- halógenas com epoxi.
Essas lâmpadas contem filamentos, lentes e refletores num pacote ótico preciso
disponível em vários tamanhos e tensões variando de 6 a 28 V. As lentes dessas lâmpadas
são feitas de vidro duro de silicato de boro. O refletor é alumínio vaporizado no vidro e
nas versões incandescentes é hermeticamente selado à cobertura das lentes. As vantagens
consistem em obter-se um contorno preciso do refletor para um controle preciso do facho,
um posicionamento preciso do filamento nos suportes, alta eficiência e excelente
manutenção de lúmen. Alumínio vaporizado no vidro é um excelente refletor, não
deteriora e o escurecimento normal do bulbo tem pouco efeito na emissão ao longo da
vida da lâmpada. Esse tipo de lâmpada é particularmente adequada naquelas aplicações
aonde se exige uma grande concentração de luz em baixa tensão, como nos faróis dos
carros. As lâmpadas tipo “facho selado” de tungstênio-halogenas seladas com epóxi
contem um pequeno bulbo de vidro de silicato de alumínio envolvendo o filamento. O
bulbo também contém uma atmosfera com gás raro de alta pressão com pequenas adições
de compostos de halogeno necessários para a operação do ciclo tungstênio-halogeno.
Lâmpadas de faróis de carro halogenas substituíveis. Mudanças nos estilos dos carros
têm levado à criação de cápsulas halogenas substituíveis. Essas lâmpadas estão de acordo
com as normas da Sociedade dos Engenheiros Automotivos (SAE) permitindo aos
projetistas o uso adicional de formatos diferentes para as lâmpadas dos faróis. Bases
especiais para os automóveis possuem a vantagem de que só a fonte de luz, e não todo o
conjunto pode ser substituído quando necessário.
As lâmpadas do tipo “facho selado” são feitas em versões retangulares e redondas para
permitir flexibilidade no projeto automotivo. Elas também são encontradas tanto com
filamento único como com duplo.
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Lâmpadas de tungstênio halogenas têm quase substituído as lâmpadas incandescentes
convencionais para a maioria das aplicações foto-ópticas.. Seus tamanhos reduzidos
permitem controles óticos mais eficientes.
A família das “fotoflood” inclui as lâmpadas refletoras e projetores (PAR) com várias
aberturas de facho. Algumas possuem fontes de tungstênio-halogeno; outras têm filtros
da luz do dia integrais de 5000K.
LÂMPADAS FLUORESCENTES
A lâmpada fluorescente é uma fonte de descarga de gás em baixa pressão, na qual a luz é
produzida predominantemente pelos pós fluorescentes ativados pela energia UV gerada
40
por uma descarga com mercúrio. A lâmpada, geralmente em formato de um bulbo longo
tubular com um elétrodo montado em cada extremidade, contem vapor de mercúrio de
baixa pressão com um pouco de gás inerte para acender. As paredes internas do bulbo são
revestidas com pós fluorescentes comumente chamados de fósforos. Quando a tensão
apropriada é aplicada, uma descarga é produzida pela corrente que flui entre os elétrodos
através do vapor de mercúrio. Essa descarga gera uma radiação visível, mas na maior
parte uma radiação UV que é invisível, sendo que as principais linhas são de
aproximadamente 254, 313, 365, 405, 436, 546, e 578 nm. A radiação UV estimula por
sua vez os fósforos para a emissão de luz. Os fósforos são geralmente selecionados e
misturados para responder mais eficientemente a radiação 254 nm, o comprimento de
onda primário gerado numa descarga de mercúrio de baixa pressão. Ver Figura 6-26.
Figura 6-26. Vista parcial de algumas lâmpadas fluorescentes: (a) Uma lâmpada
fluorescente típica de partida rápida e a produção de luz; (b) construção do eletrodo da
lâmpada; (c) detalhe do eletrodo; (d) uma lâmpada fluorescente compacta com rosca e
reator embutido; (e) lâmpada fluorescente compacta com 2 pinos com starter
incorporado.
Como na maioria das lâmpadas de descarga à gás, as lâmpadas fluorescentes devem ser
operadas em série com um dispositivo que limita a corrente. Este auxiliar, comumente
chamado de reator, limita a corrente para o valor que cada lâmpada foi projetada. Ele
41
também fornece as tensões necessárias para acendimento e também pode fornecer o
controle de regulação da luz. (dimming).
CONSTRUÇÃO DA LÂMPADA
Bulbos. As lâmpadas fluorescentes lineares são geralmente feitas com bulbos tubulares
retos variando em diâmetro de 6mm (na T-2) a 54mm (na T-17) e em comprimento de
100 a 2440mm. O bulbo é historicamente designado por uma letra que indica forma,
seguido por um numero que indica o diâmetro em oitavos de uma polegada. Assim, T-8
indica um bulbo tubular 8/8 polegadas, ou uma polegada (26mm) de diâmetro. O
comprimento nominal da lâmpada inclui a espessura dos suportes da lâmpada padrão e é
a dimensão das faces externas dos suportes da lâmpada.
As designações mais comuns para essas lâmpadas é mostrado na Figura 6-27. A lâmpada
T-8 de 32 W é usada como exemplo, mas as designações das outras lâmpadas segue o
mesmo principio.
42
Figura 6-27. Nomenclatura das lâmpadas fluorescentes
Eletrodos para uma operação luminescente (catodo frio) podem consistir de cilindros de
metal com extremidade fechada, geralmente com acabamento interior de um material
emissivo. Lâmpadas de catodo frio operam com poucas centenas de miliamperes, com
um alto valor de queda de catodo (a tensão necessária para criar uma corrente de íons e
elétrons) em excesso de 50 V.
43
Enchimento de gás. O funcionamento da lâmpada fluorescente depende do
desenvolvimento de uma descarga entre os dois elétrodos selados nas extremidades do
bulbo da lâmpada. Essa descarga é desenvolvida pela ionização do gás do mercúrio
contido no bulbo. O gás do mercúrio é tipicamente mantido em uma pressão de
aproximadamente 1.07 Pa (0.00016 lb/in.2), que é a pressão do vapor do mercúrio
líquido à 40°C, a temperatura ideal da parede do bulbo de operações para as quais a
maioria das lâmpadas são projetadas. Além do mercúrio, um gás raro ou a combinação de
gases a baixa pressão, de 100 a 400 Pascais ((0.015 to 0.058 lb/in.2), são adicionados à
lâmpada para facilitar a ignição da descarga. As lâmpadas padrão empregam o gás de
argônio; outras, uma combinação de néonio e argônio, ou de néonio, xenonio e argônio.
Fósforos. A cor da luz produzida por uma lâmpada fluorescente depende da mistura de
fósforos usados para revestir a parede do tubo. Há muitas lâmpadas fluorescentes brancas
e coloridas disponíveis, cada uma tendo sua própria distribuição de energia espectral
característica (Figura 6-28). Esses tipos têm uma combinação de espectro continuo e
linear.
44
45
Figura 6-28 a e b. Tabelas da distribuição de energia espectral aproximada para
vários tipos de lâmpadas fluorescentes.
Figura 6-28c. Tabelas da distribuição de energia espectral aproximada para vários tipos
de lâmpadas HID.
Lâmpadas fluorescentes populares usam três bandas estreitas bastante eficientes, fósforos
ativados de terras- raras com picos de emissão em regiões do espectro visível de
comprimentos de onda curto, médio e longo. Essas lâmpadas com três fósforos podem ser
obtidas com altos índices de reprodução de cor, manutenção melhorada de lúmens e boa
eficiência, temperaturas de cor correlatas variando entre 2500 e 6000K função dos
halofosfatos.
Já que os fósforos de terra- rara são caros, as lâmpadas de três fósforos longas T-5, T-8,
T-10 e T-12 empregam um sistema duplo de revestimento que consiste de um halofosfato
barato aplicado com terras-raras. O fósforo ativado por terras-raras é semelhante à
descarga de mercúrio e, por tanto, a distribuição de energia espectral da lâmpada é mais
influenciada por esses fósforos. Os tipos comerciais mais comuns têm temperaturas de
cor correlatas de 3000, 3500 e 4100K.
Bases. Para um desempenho satisfatório, uma lâmpada fluorescente deve ser conectada a
um circuito elétrico com reator de tensão e corrente próprias do seu tipo. Diversos
projetos de bases de lâmpadas fluorescentes são usados. As bases suportam fisicamente
as lâmpadas na maioria dos casos e propiciam meios de conexão elétrica. (Figura 6-26).
Lâmpadas com tubos retos projetadas para uma operação com partida instantânea
geralmente possuem apenas uma conexão em cada extremidade. Portanto apenas uma
base com um pino é necessário.
46
Lâmpadas pré-aquecidas e com partida rápida possuem quatro conexões elétricas, duas
em cada extremidade do tubo e, portanto, requerem bases com dois contatos. A lâmpada
circular exige apenas um conector com quatro pinos. Muitas bases de lâmpadas
fluorescentes compactas possuem projetos únicos para assegurar seu uso com o reator
correto.
47
Figura 6-29. Bases típicas para lâmpadas fluorescentes compactas e lineares.
Designações da ANSI são mostradas.
48
Se operadas em reatores padrão, ou com reatores magnéticos de eficientes
energeticamente, as lâmpadas fluorescentes conservadoras de energia radiam
aproximadamente 87% de luz gerada por uma lâmpada padrão (40W T-12) à 25°C. Esse
sistema lâmpada-reator é menos eficiente do que o sistema reator-lâmpada de gás de
argônio, pois gera menos lumens por watt. Isso se deve às maiores perdas do reator. Além
disso, essas lâmpadas não podem ser reguladas (dimmed) tão facilmente quanto as
lâmpadas T-12 padrão, e elas são mais sensíveis à temperatura, especialmente com
respeito à partida, e não devem ser ignitadas ou operadas à baixas temperaturas.
49
físico e a emissão de luz desejada. A porção do tubo da lâmpada é à vezes cercada de
uma jaqueta translúcida externa esférica ou cilíndrica feita de vidro ou plástico. Algumas
lâmpadas contem starters, enquanto outras contem os dois, o starter e o reator, que pode
ser em forma de um simples reator magnético ou um reator eletrônico.
As series de catodo frio variam de 1 a 3 W, tendo uma emissão de luz de 15 a 130 lm,
respectivamente. Comprimentos destas lâmpadas padrão variam de 10 a 50 mm. Essas
fontes de luz de baixa potência têm uma baixa temperatura da parede do bulbo, o que é
importante quando displays com iluminação de fundo possuem um espaço limitado e os
componentes devem ser mantidos frios. As lâmpadas têm uma vida de 20.000 h.
As combinações de três fósforos tanto nos produtos de catodo frio como nos produtos de
catodo quente propiciam uma melhor eficiência em wattagens mais altas e boa
reprodução de cor. (CRI de quase 80).
50
Lâmpadas fluorescentes refletoras são projetadas para aquelas aplicações que requerem
padrões de distribuição da emissão de luz direcional. Elas possuem uma camada refletora
de pó branco entre o fósforo e o bulbo que cobre uma grande porção da parede que
envolve o bulbo. A maior porção da luz é emitida através da área coberta com apenas o
fósforo fluorescente. Um diagrama polar e uma distribuição de intensidade relativa para
uma lâmpada refletora com abertura a 235°C são mostrados na Figura 6-30. Lâmpadas
refletoras com outras aberturas angulares são disponíveis no mercado. Como
conseqüência da camada refletora, a absorção da luz criada é maior do que das lâmpadas
padrão, produzindo uma emissão de luz total reduzida.
Figura 6-30. Diagramas polares e curvas de distribuição de intensidade relativa para uma
lâmpada refletora com abertura a 235 graus.
Lâmpadas de neon são lâmpadas de catodo frio que não possuem um revestimento de
fósforo. A cor das lâmpadas de neon não fluorescentes é determinada primariamente pelo
enchimento de gás. O neon emite o vermelho, enquanto o argônio misturado ao vapor de
mercúrio emite o azul. Combinado com o vidro colorido, esses e outros gases criam cores
adicionais.
51
Lâmpadas sem eletrodos. As lâmpadas sem eletrodos começaram a aparecer no
mercado de iluminação em geral devido aos avanços na industria eletrônica e mudanças
nos padrões de interferência eletromagnética (EMI) nos últimos 30 anos.
1. Um sinal de radio freqüência na rede de suprimento de energia envia uma corrente para
uma bobina de indução (um fio enrolado em volta de um núcleo de plástico ou metal).
52
Figura 6-32. Operação da lâmpada de descarga de microonda
3-Na cavidade, um vidro oco ou bola de quartzo gira em alta velocidade para estabilizar
o enchimento da bola ( necessário para uma distribuição uniforme de luz).
As eficiências das lâmpadas sem eletrodo são parecidas àquelas das lâmpadas CFL e HID
de similar emissão de luz. As lâmpadas sem eletrodos usam fósforos terra-rara, atribuindo
lhes propriedades de cor similares à das lâmpadas fluorescentes de alto desempenho.
Dentro das lâmpadas de indução disponíveis, uma opera a 13,56 MHz e preenche os
requisitos da FCC sem blindagem. É aprovada para o uso comercial e residencial. Outras
operam a 2,65 MHz, que preenchem as exigências das normas da Comunidade Européia
para uso comercial, mas não para uso residencial, a menos que a luminária ofereça a
blindagem adequada. A Figura 6-33 propicia algumas características de desempenho de
lâmpadas típicas sem eletrodos comparadas com outras lâmpadas.
53
Figura 6-33. Características do desempenho das lâmpadas típicas sem eletrodos
A lâmpada microonda opera a 2,45 GHz por razões econômicas e regulatórias. Essa
freqüência é aprovada para equipamentos eletrônicos; por exemplo, fornos de microondas
operam a 2,45 GHz. Devido à popularidade dos fornos de microondas, as partes
magnetron são produzidas em grandes quantidades e são relativamente baratas.
PARÂMETROS DE DESEMPENHO
54
Figura 6-34. Distribuição de energia numa lâmpada fluorescente branca fria.
Como é mostrado na Figura 6-36, o comprimento de uma lâmpada também influi na sua
eficiência; quanto maior o comprimento, maior a eficiência. Isso se baseia em duas
55
perdas energéticas separadas dentro da lâmpada: a energia absorvida pelos eletrodos, que
não geram nenhuma luz apreciável, e as perdas de energia diretamente associadas com a
geração de luz. As perdas dos eletrodos são constantes, enquanto que a perda associada
com a geração de luz depende do comprimento da lâmpada. À medida que o
comprimento da lâmpada cresce, a perda dos eletrodos diminui em relação às perdas
totais.
Figura 6-36. Eficiência de uma lâmpada fluorescente com halo fosfato típica como
função do comprimento da lâmpada.
A tensão da lâmpada, tal como sua eficiência, é uma função do seu comprimento, como é
mostrado na Figura 6-37. A tensão do eletrodo cai para os catodos quentes e frios das
lâmpadas T-8, que são indicadas pela intersecção das curvas com os comprimentos dos
correspondentes arcos zero.
56
Figura 6-37. Tensão de operação de lâmpadas fluorescentes típicas de catodo quente e
frio de 26 mm (T-8) em função do comprimento do arco.
57
Figura 6-38. O efeito de ciclos de operação na vida média dos tipos mais populares de
lâmpadas fluorescentes de partida rápida. Todas as lâmpadas fluorescentes seguem
funções similares dependendo da lâmpada especifica e do reator usados.
Alguns reatores eletrônicos foram projetados para partidas instantâneas de lâmpadas T-8
e T-12. Há uma redução típica de 25% na vida da lâmpada considerando-se 3h/partida.
Muitas outras condições afetam a vida de uma lâmpada. As características dos reatores e
os projetos dos starters são fatores importantes para circuitos pré-aquecidos. Reatores que
não propiciam exigências específicas de partida e nem operam lâmpadas a níveis
adequados de tensão podem afetar bastante a vida de uma lâmpada. Para circuitos pré-
aquecidos, os starters devem ser projetados para preencherem certos requisitos.
A corrente que aquece o eletrodo nas lâmpadas de partida rápida é crucial e é afetada não
somente pelos reatores, mas também pelo mau contato entre a lâmpada e o suporte da
lâmpada ou pela fiação imprópria do circuito. A posição incorreta de uma lâmpada no seu
suporte pode impedir o aquecimento do eletrodo. As lâmpadas que operam nessa
modalidade geralmente falham entre 50 a 500h. Outro fator que interfere na vida de uma
lâmpada é a tensão da rede. Se a tensão da rede for demasiadamente elevada, pode causar
partidas instantâneas das lâmpadas em circuitos pré-aquecidos e de partida rápida. Se for
baixa, pode resultar em partida lenta de lâmpadas de partida rápida ou partida
instantânea, ou o reciclo dos starters em circuitos pré-aquecidos. Todas essas
circunstâncias afetam adversamente a vida da lâmpada. Uma curva típica da mortalidade
para um grande grupo de lâmpadas fluorescentes é dada na Figura 6-39. Essa curva tem
sido validada, para interruptores de acendimento rápido.
58
Figura 6-39. Curva de mortalidade típica para um grupo estatisticamente grande de
lâmpadas fluorescentes ( em 3horas de operação por partida).
Podem-se encontrar reatores para lâmpadas de partida rápida com ignição em baixas
temperaturas. Lâmpadas que operam em altas temperaturas com esses reatores vão dar
partida antes que os eletrodos se aqueçam adequadamente e assim diminuindo a vida da
lâmpada. Existem relês que retardam o tempo, para assegurar o aquecimento adequado do
eletrodo antes da aplicação da voltagem de ignição à lâmpada.
59
Depreciação do Lumen. A emissão de luz de lâmpadas fluorescentes diminui com o
tempo de uso por causa da degradação fotoquímica do revestimento de fósforo e tubo de
vidro, e acumulo de depósitos de absorção da luz dentro das lâmpadas. A razão da
degradação do fósforo aumenta com a energia do arco e diminui com aumento da
densidade de revestimento. As curvas de depreciação do lúmen da lâmpada (LLD) para
diferentes lâmpadas fluorescentes são mostradas na Figura 6-40. Usam-se às vezes
revestimentos protetores para reduzir a degradação do fósforo. O uso de três fósforos é
mais estável e permite níveis de carga mais altos, como, por exemplo, nas lâmpadas T-5,
T-8, compactas e subminiaturas.
60
Figura 6-41.Características de temperatura da lâmpada fluorescente típica. A forma exata
das curvas vai depender do tipo da lâmpada e reator; no entanto, todas as lâmpadas
fluorescentes têm as mesmas formas gerais de curvas, já que isso depende da pressão do
vapor de mercúrio.
Uma lâmpada fluorescente contém uma maior quantidade de mercúrio liquido do que
aquele que é vaporizado de cada vez. O excesso de mercúrio líquido condensa no ponto
ou pontos mais frios na lâmpada. A pressão do mercúrio dentro da lâmpada depende da
temperatura do ponto ou pontos mais frios. A construção da lâmpada, o projeto, a
wattagem, bem como o desenho da luminária, a temperatura ambiente e as condições de
vento ou corrente de ar, afetam o ponto frio.
61
A temperatura interna de uma luminária pode ter um efeito adverso na vida de alguns
tipos de lâmpadas fluorescentes. Temperaturas ambientais altas não apenas diminuem a
emissão de lúmen de uma lâmpada, como também podem mudar as características
elétricas da lâmpada, trazer essas características para fora da variação do projeto do
reator, e conseqüentemente permitem que a corrente flua. A operação a longo prazo em
correntes mais altas encurta a vida da lâmpada.
Enquanto a temperatura do ponto frio muda, tanto a emissão da luz como a energia ativa
mudam. Tanto a energia ativa como a emissão da luz têm as melhores temperaturas . A
eficiência da lâmpada, definida como a emissão da luz dividida pela energia ativa, é
geralmente maximizada a aproximadamente 40°C (Figura 6-41). Como as temperaturas
dentro das luminárias estão geralmente acima das temperaturas ideais para as lâmpadas, e
como a perda de luz além da temperatura ideal é quase linear, uma regra simples pode ser
usada para estimar a perda de luz como função de altas temperaturas ambientais. Haverá
uma perda de 1% na emissão de luz para cada aumento de 1,1°C na temperatura
ambiental acima de 38°C.
62
para ajudar diminuir a temperatura mínima da parede do bulbo é mais eficiente quando a
lâmpada funciona com a base para cima.
A maioria das lâmpadas T-8 e T12, que são basicamente para uso em ambientes internos,
foram projetadas para que sua emissão de luz e eficiência luminosa alcancem os valores
mais altos numa temperatura da parede do bulbo mínima de 38°C. Nas luminárias bem
projetadas, essa temperatura é alcançada quando as lâmpadas operam na potência
nominal e abaixo da temperatura usual do ambiente interno.
Curvas para uma lâmpada fluorescente de alta emissão de 800 mA são mostradas na
Figura 6-44 (esquerda). Como essas curvas indicam, a emissão de luz cai para valores
muito baixos em temperaturas abaixo de zero. As lâmpadas projetadas para operação em
ambientes internos apresentam um desempenho de temperatura muito baixa, a menos que
elas estejam protegidas por envelopes apropriados. A Figura 6-44(direita) mostra a
relação entre temperatura ambiente e emissão de luz para um projetor para uso externo
que usa lâmpadas de emissão de luz de 800 mA. Enquanto que variações consideráveis
ocorrem com a mudança da temperatura, uma iluminação satisfatória é obtida para a
maioria das temperaturas de inverno.
63
Figura 6-44. Emissão da luz versus a temperatura ambiente. (esquerda): Lâmpada
fluorescente F96T12/HO. A emissão da luz cai para valores baixos nas temperaturas
abaixo de zero. A perda na luz em altas temperaturas ambientais é bem menor. (Direita):
Duas lâmpadas de F72T12/HO montadas num projetor típico. O desempenho das
lâmpadas projetadas para ambientes internos é bastante melhorado quando operado com
um envelope adequado.
64
Figura 6-45.O diagrama da cromaticidade do CIE contem dados para quarto tipos
diferentes de lâmpadas fluorescentes de halo fosfato. Ele mostra que a cor que cada
lâmpada produz muda para azul/verde com o aumento da temperatura. O ponto mais
baixo em cada curva está em -20°C. Seguindo cada curva para cima e para esquerda à
medida que dobra, o ponto mais longe está à 120°C. Pontos intermediários estão distantes
de 20°C .As coordenadas da cromaticidade de qualquer ponto são obtidas da linha
central de x e y.
Mudança da cor pode se tornar uma preocupação, quando existem diferenças substanciais
nas temperaturas internas entre luminárias adjacentes. Isso pode ocorrer da proximidade
de certas luminárias dos difusores de ar ou janelas abertas; diferenças nas condições das
cavidades do teto ou do material do teto com a superfície e equipamento encaixado;
diferenças na hermeticidade dos envelopes com os equipamentos incluídos; diferenças
nas cargas das lâmpadas ou do numero de lâmpadas em luminárias idênticas; e no uso de
certas luminárias como difusoras de ar no sistema de ar condicionado.
Como mostrado na Figura 6-46, a eficiência aumenta rapidamente com operação de alta
freqüência até 20kHz; sendo que na variação de 20 até 100kHz a eficiência é constante.
O melhor desempenho da lâmpada fluorescente em altas freqüências têm sido atribuída à
dois fatores. Primeiro, uma redução nas perdas nas extremidades devido à eliminação da
oscilação no ânodo na metade do ciclo de operação. Segundo, um aumento na eficiência
da coluna positiva da lâmpada (porção principal do arco) é obtido por operar em
wattagem mais baixa. Para conservar energia, as lâmpadas fluorescentes são geralmente
operadas em wattagens mais baixas do que as wattagens especificadas, com reatores
eletrônicos de alta freqüência, mantendo a emissão de lúmen especificada para a
lâmpada.
65
Figura 6-46. O ganho de eficiência de uma lâmpada numa emissão constante de lúmen
contra a freqüência de operação de uma lâmpada T-12 de partida rápida de 40 Watts.
Para evitar o ruído audível, a maioria dos reatores eletrônicos opera a lâmpada acima de
20 a 30 kHz. Outra consideração a ser levada em conta com lâmpadas fluorescentes que
operam em alta freqüência é o ruído que é radiado e conduzido pela radio freqüência. O
reator eletrônico deve possuir um filtro no circuito para deter a radio freqüência
conduzida, seguindo as normas governamentais. Além disso, a forma da onda da corrente
da lâmpada deve ser escolhida para limitar a intensidade da radio freqüência.
66
receptor de infravermelho do equipamento, a interferência pode ocorrer. Para reduzir ou
eliminar essa interferência, deve-se mudar a lâmpada para uma nova posição ou usar
outras combinações de lâmpada e reator, aonde a combinação de freqüência não ocorre.
Os projetos atuais dos reatores eletrônicos levam em consideração essa possibilidade de
interferência ao usar freqüências de operação que minimizam essa interação. Além disso,
receptores de infravermelho contêm agora códigos que são menos sensíveis a radiação
infravermelha dispersa.
Geral. Tal como a maioria das lâmpadas de descarga, as lâmpadas fluorescentes tem uma
característica volt-ampere negativa, e portanto requerem o uso de equipamento auxiliar
para limitar a corrente. Esse equipamento, chamado reator, pode também prover a tensão
adequada à ignição da descarga. Essa tensão pode estar entre 1,5 a 4 vezes a tensão
normal de operação da lâmpada. As taxas da vida e da emissão de luz de lâmpadas
fluorescentes se baseiam no seu uso com reatores proporcionando características
operacionais adequadas, que têm sido estabelecidas pelas normas da ANSI para
características dimensionais e elétricas de lâmpadas fluorescentes (Series C780). Reatores
que não fornecem valores elétricos adequados podem reduzir a vida da lâmpada ou a
emissão de luz, ou ambos. Esse equipamento auxiliar requer energia elétrica e por tanto
reduz a eficiência do sistema abaixo daquele que é baseado nos requisitos de energia da
lâmpada.
À medida que a temperatura ambiente é reduzida, torna-se mais difícil dar partida em
lâmpadas fluorescentes. Tensões mais altas são necessárias para dar partida mais segura à
67
lâmpada em temperatura baixa. Para operações eficientes de lâmpada e reator, existem
geralmente reatores específicos para cada tipo de variação de temperatura: acima de 10°C
para aplicações em ambientes internos, acima de 18°C para aplicações em temperaturas
externas e acima de -29°C para aplicações em temperaturas externas.
Foram desenvolvidos três diferentes meios de dar partida com reatores magnéticos. A
partida com pré-aquecimento requer um interruptor de partida manual ou automático.
Partida instantânea requer uma alta tensão de reator de circuito aberto. Partida rápida, a
partida mais comum, esquenta continuamente os eletrodos, removendo altas tensões e
interruptores de partida. Vários circuitos magnéticos são mostrados na Figura-6-48. Em
geral, para operações em reatores magnéticos, há diferenças entre os projetos das
lâmpadas para os diversos métodos de partida; por tanto, é importante combinar a
lâmpada ao circuito de partida. A descrição da lâmpada geralmente identifica o circuito
próprio, isto é, de partida pré-aquecida, rápida ou instantânea.
Para reatores eletrônicos, novas técnicas para partidas das lâmpadas fluorescentes têm
sido desenvolvidas. Os reatores eletrônicos foram introduzidos para que ocorram
partidas instantâneas na maioria das lâmpadas fluorescentes de partida rápida. Alem
disso, existem métodos híbridos de partida eletrônica, que combinam características de
partidas rápidas e pré-aquecidas. Os reatores eletrônicos estão também disponíveis com
68
uma seqüência de partida suave, que é indicada a minimizar o estrago aos eletrodos
durante a partida e por tanto aumentar a vida da lâmpada.
Os reatores estão disponíveis para operar algumas lâmpadas pré-aquecidas sem o uso de
starters. Esses reatores usam o principio da partida rápida e popularmente são chamados
de reatores de acionamento de partida.
69
Starter de interruptor térmico. Um diagrama de um starter de um interruptor térmico é
apresentado na Figura 6-49 a. Inicialmente o contato do carbono-prata do starter térmico
é fechado, colocando os eletrodos em série com a combinação em paralelo bimetal como
resistor de carbono. Ao fechar o circuito de alimentação do reator, a tensão de saída do
reator é aplicada ao circuito série-paralelo. A corrente aquece a tira bimetálica no starter,
fazendo com que se abra o contato carbono-prata. O tempo da abertura é suficiente para
aumentar a temperatura dos eletrodos para aproximadamente seu valor de operação
normal. Ao abrir o circuito, a tensão de abertura do reator em série com um surto de
tensão indutivo é aplicado à lâmpada. Se a lâmpada acende, sua tensão normal de
operação mantém uma corrente baixa através do resistor de carbono, desenvolvendo e
transferindo calor suficiente ao bimetal para manter seu contato aberto.
Starter com interruptor de brilho. O circuito para esse starter é apresentado na Figura
6-49 b. O bulbo é preenchido com um gás inerte escolhido conforme as características
desejadas da sua tensão. Para a partida, o interruptor de rede está fechado. Não há
praticamente queda de tensão no reator, e a tensão no starter é suficiente para produzir
uma descarga luminescente entre os contatos. O calor da luminescência torce a tira
bimetálica, os contatos se fecham e o pré-aquecimento do eletrodo começa. Isso causa
um curto- circuito na descarga luminescente, de modo que o bimetal esfria, e em pouco
tempo os contatos se abrem. A tensão de circuito aberto em série com um surto de tensão
indutivo é aplicado à lâmpada. Se a lâmpada falha para acender, a tensão do circuito
aberto do reator novamente desenvolve uma luminescência no bulbo, e a seqüência se
repete até que a lâmpada se acende. Durante uma operação normal, não há suficiente
tensão na lâmpada para produzir outra partida de luminescência, por tanto os contatos
permanecem abertos e o starter não requer energia.
70
Falha da lâmpada em circuito pré-aquecido. Starters que não fornecem meios para
desativação quando uma lâmpada falha, vão continuar a tentar dar partida na lâmpada. A
lâmpada pode piscar repetidamente e o reator ou o starter vão no final falhar. Portanto é
importante remover rapidamente uma lâmpada pré-aquecida que está falhando.
As lâmpadas de partida rápida são revestidas com material à prova de água para inibir os
efeitos adversos da umidade na partida da lâmpada. Todas as lâmpadas 800 mA e a
maioria das lâmpadas 1500mA operam no princípio de partida rápida. Lâmpadas
circulares e de quarenta watts projetadas para usos em partidas rápidas também podem
ser usadas em circuitos pré-aquecidos.
71
aquecidas e partidas rápidas são pouco significativas. O projeto de reatores com pré-
aquecimento usam componentes internos de tempo que postergam a tensão total de
circuito aberto quando se aplica energia aos eletrodos para o pré-aquecimento.Após a
partida, a energia aos eletrodos é reduzida para quase zero. A maioria dos sistemas de
partida rápida não depende de uma diferença de potencial para auxilio de partida como
ocorre com o reator magnético. O método de partida é similar ao da técnica de pré-
aquecimento, com exceção de que a tensão no eletrodo geralmente permanece depois que
a lâmpada se acende. Geralmente há uma redução na expectativa da vida da lâmpada
quando for operada dessa maneira.
REATORES
72
O conjunto núcleo-bobina á feito de um núcleo laminado ferro magnético enrolado com
uma bobina de cobre ou alumínio. O conjunto é impregnado com um isolamento não
condutor elétrico para auxiliar na dissipação do calor e, com cabos ligados, é colocado
dentro de uma caixa. A caixa é preenchida com um material termofixo, contendo em seu
enchimento eventualmente sílica. Esse composto enche completamente a caixa,
encapsulando o núcleo com a bobina e o capacitor. A base é então anexada.
73
Os reatores eletrônicos podem também serem projetados para operarem com sistemas dc
e baixa tensão em aplicações em ônibus, aeronaves, trailers, e sistemas emergenciais
operados à bateria.
Além disso, tem sido relatado que algumas T-5 e lâmpadas fluorescentes menores
apresentam problemas no final da vida em aplicações de campo. Quando uma lâmpada
fluorescente falha, tipicamente um dos eletrodos se torna um circuito aberto. Isso pode
criar uma condição de operação de corrente de lâmpada assimétrica, que pode produzir
calor alto local, e que por sua vez pode rachar o bulbo da lâmpada ou super aquecer e
deformar a base da lâmpada. Especificações da ANSI para reatores magnéticos têm sido
revistos para abordar a operação fim- de- vida dessas lâmpadas.
Reatores com wattagem reduzida. Existem reatores que operam lâmpadas padrão com
50% a 80% de sua wattagem. Lâmpadas conservadoras de energia não devem ser usadas
em combinação com esses reatores, pois o arco tende a oscilar.
74
Fator de fluxo luminoso do reator e fator de eficácia do reator. O fator de fluxo
luminoso do reator é definido pela ANSI (ANSI C82.2-1984) como a relação entre a
emissão da luz da lâmpada operada no reator com respeito à mesma lâmpada operada
num reator de referencia, geralmente expressa em porcentagem. Os reatores de referência
são discutidos em detalhe para cada tipo de lâmpada fluorescente na norma ANSI de
lâmpadas específicas. O fator de eficácia do reator é definido como o fator de fluxo
luminoso do reator em percentual, dividido pela potência total de entrada em watts. Nos
Estados Unidos, a legislação Federal estabelece limites para o fator de eficácia do reator
para lâmpadas fluorescentes com 1,22m e 2,44m, que estão sumarizados na seguinte
tabela:
75
Além dos reguladores federais, alguns estados podem impor restrições adicionais. Estão
excluídos os reatores que reduzem a luz (dimmers), reatores fabricados para temperaturas
ambientais de -17,8°C ou mais baixas e reatores com fator de potencia menor de 90% que
são projetados para uso residencial (em prédios de até três andares). Além disso, algumas
companhias de energia têm especificado BEF mínimo e o fator de fluxo luminoso nos
seus programas de economia de energia. Elas geralmente se referem às mesmas lâmpadas
das normas federais norte- americanas.
Por causa disso, ANSI C82 estabelece limites no conteúdo harmônico na corrente da rede
para reatores eletrônicos usados em aplicações comerciais e residenciais. Nos Estados
Unidos, diversas companhias de energia incluíram as harmônicas como um tópico nos
seus programas de conservação dirigida àqueles clientes que procuram equipamento com
eficácia de energia, Os primeiros reatores eletrônicos apresentavam alta distorção total
harmônica (THD) que levou ao desenvolvimento dessas normas. Figuras 6-51 e 6-52
listam as características elétricas e de THD de lâmpadas fluorescentes.
Suportes das lâmpadas fluorescentes. Os suportes das lâmpadas foram projetados para
cada estilo de base de lâmpada. Existem várias versões de cada tipo para permitir vários
espaçamentos e métodos de montagens nas luminárias (Figura 6-53). Um espaçamento
adequado deve ser mantido entre os suportes das lâmpadas nas luminárias para assegurar
um contato elétrico satisfatório. Os catálogos dos fabricantes devem ser consultados para
informações sobre espaçamento e dimensão para cada tipo de suporte de lâmpada.
76
Figura 6-53. Projetos de suportes de lâmpadas típicos.
Quando as lâmpadas fluorescentes são usadas em circuitos que fornecem uma tensão de
circuito aberto com mais de 300 V, ou em circuitos que permitem que a lâmpada se
ionize e conduza a corrente com apenas uma extremidade inserida no suporte da lâmpada,
normas elétricas geralmente requerem algum meio automático para abrir o circuito para
quando a lâmpada fosse removida. Isto geralmente é realizado pela porta lâmpada de tal
forma que quando a lâmpada é removida, o circuito primário do reator é aberto. O
contato das bases suspensas das lâmpadas fluorescentes em 800 e 1500 mA elimina a
necessidade dessa característica de desconexão nos suportes das lâmpadas para essas
lâmpadas.
As bases para muitas lâmpadas fluorescentes compactas são construídas com sistemas
exclusivos de pino-e-chave para prevenir a instalação da lâmpada errada. Suportes de
lâmpadas universais que permitem o uso de lâmpadas de qualquer wattagem devem ser
evitados.
77
temperatura da cor correlata varia substancialmente menos na escala de variação da
dimerização do que nas lâmpadas incandescentes.
Figura 6-54. Circuito dimerizador típico para lâmpadas de catodo frio conectadas em
serie.
78
A maioria dos sistemas de dimerização de lâmpadas fluorescentes disponíveis incorpora
reatores eletrônicos, que usam interruptores de alta freqüência (tipicamente de 20 a
50kHz). Eles são projetados para serem usados com lâmpadas fluorescentes compactas de
partida rápida com quatro pinos, e são encontrados em diversos diâmetros e
comprimentos. Os reatores dimerizaveis eletrônicos são geralmente mais eficientes e
menores do que seus predecessores autotransformadores. Além disso, o tremeluzir das
lâmpadas pode ser substancialmente reduzido com os reatores dimerizaveis eletrônicos.
79
Lâmpadas fluorescentes de luz intermitente. Lâmpadas fluorescentes com catodo
quente e partida pré-aquecida ou com partida rápida e catodo frio podem ser conectadas
de forma a apresentar luz intermitente e mesmo assim manter bom desempenho. As
lâmpadas de catodo frio podem apresentar essa luz intermitente através de controle ou do
transformador primário como através da tensão secundaria. Lâmpadas com catodo quente
podem apresentar luz intermitente através de um reator especial que liga e desliga a
corrente, mas mantém o catodo quente. Um equipamento externo de intermitência é
necessário nos dois sistemas. Essa unidade deve ser medida para a tensão e corrente
envolvida, e recomenda-se que haja contatos separados para cada reator com o objetivo
de prevenir correntes circulando entre os reatores. Esse tipo de lâmpada é geralmente
utilizado em propaganda.
Todas as lâmpadas de descarga de alta intensidade produzem luz por meio de uma
descarga de um arco elétrico no tubo do arco localizado dentro do bulbo. O tubo do arco
contém eletrodos de tungstênio que levam a descarga do arco a cada extremidade do tubo
do arco. O tubo do arco também contém um gás de partida que é relativamente fácil de
ionizar em baixa pressão em temperatura ambiente normal. Esse gás de partida é
usualmente o argônio ou xenônio ou uma mistura de argônio, neon ou xenônio,
dependendo do tipo de lâmpada HID. O tubo do arco também contém metais ou
compostos de metais que, quando evaporados na descarga do arco, produzem linhas de
energia radiante características. Cada tipo de lâmpada HID produz luz relacionada ao tipo
de metal que é contido no arco. Lâmpadas de vapor de mercúrio produzem luz ao
estimular os átomos de mercúrio; lâmpadas de sódio de alta pressão produzem luz ao
estimular os átomos de sódio; e as lâmpadas de halide de metal produzem luz ao
estimular diversos átomos e moléculas diferentes, primariamente sódio, escândio, túlio,
hólmio e disprósio.
O tubo do arco fica dentro de um bulbo de vidro externo duro ou mole para proteger o
tubo do arco e as conexões elétricas internas do meio ambiente. A parte externa do bulbo
absorve a maioria dos raios ultravioletas radiados pelo tubo do arco enquanto permite a
passagem da luz. O vidro externo do bulbo pode ser revestido com um material difuso
para reduzir o brilho da lâmpada. Nas lâmpadas de vapor de mercúrio e nas de halide de
metal, esse revestimento difusor pode ser um fósforo corretor de cor que usa energia
80
ultravioleta radiada pelo tubo do arco para melhorar a reprodução total de cor da
lâmpada.
Dentro do bulbo externo existem fios adequados para altas temperaturas para conduzirem
a eletricidade ao tubo do arco e componentes estruturais para dar suporte ao tubo do
arco. Podem existir outros componentes, incluindo resistores ou diodos usados para
auxiliar a partida da descarga do arco, e getters para purificarem a atmosfera no bulbo
externo. A atmosfera na parte externa do tubo pode ser um gás em baixa pressão
(geralmente nitrogênio), ou, em muitos casos, o vácuo.
Lâmpadas HID têm bases de rôsca (media ou mogul) feitas de latão, níquel, ou alguma
liga especial para minimizar a corrosão. Algumas lâmpadas HID possuem bases de pinos
especiais ou pares de contatos únicos em cada extremidade da lâmpada para propiciar
conexões elétricas (Figura 6-56).
Figura 6-56. Bases de lâmpadas HID comuns. São mostradas as designações da ANSI.
Se o bulbo externo se quebrar e o tubo do arco continuar operando, a lâmpada emite uma
quantidade significativa de energia ultravioleta. Pessoas expostas à essa situação por 15
minutos podem sofrer graves efeitos na pele (vermelhidão) ou danos à vista. Lâmpadas
que se apagam sozinhas geralmente contem um filamento de tungstênio em lugar de uma
porção do filamento de níquel, que vai oxidar rapidamente, separando, apagando o arco
elétrico e desligando a lâmpada. A lâmpada precisa então ser trocada.
81
pressão de vapor na temperatura ambiente, e ainda mais baixa quando está frio, uma
pequena quantidade do gás de argônio ionizado é introduzido para facilitar a partida. O
arco original é atingido pela ionização desse argônio. Quando o arco se inicia, seu calor
começa a vaporizar o mercúrio, e esse processo continua até que todo o mercúrio é
vaporizado. A quantidade de mercúrio na lâmpada essencialmente determina a pressão
final de operação, que é 200 a 400 kPa (29 a 58 lb/in2 ) na maioria das lâmpadas.
82
Figura 6-57. Construção de lâmpada de vapor de mercúrio.
A pressão pela qual a lâmpada de mercúrio opera é responsável em parte por sua
distribuição de energia espectral. Em geral, pressões de operações altas tendem a alterar
uma proporção maior da radiação emitida para os comprimentos de onda mais longos. À
uma pressão extremamente alta há a tendência de espalhar a linha do espectro em bandas
mais largas. Dentro da região visível o espectro de mercúrio consiste de cinco linhas
principais (404,7, 435,8,546,1,577 e 579 nm), que resultam em luz azul esverdeada com
eficiências de 30 a 60 lm/W, excluindo as perdas dos reatores. Como a fonte de luz
parece ser ela mesma branca- azulada, há uma deficiência da radiação do comprimento de
onda longo, especialmente em lâmpadas de pressão baixa e média, e a maioria dos
objetos parece ter uma cor distorcida. Azul, verde, e amarelo são realçados; laranja e
vermelho parecem marrom. Lâmpadas de mercúrio claras geralmente possuem um valor
de CRI de aproximadamente 15, e não são adequadas para aplicações nas quais pessoas
estarão presentes. Elas são, porém, adequadas para paisagens.
Uma parte significativa da energia radiada pelo arco de mercúrio está na região
ultravioleta. Através do uso de revestimento de fósforo na superfície interna do envelope
externo, parte dessa energia ultravioleta é convertida em radiação visível. As lâmpadas
mais comuns desse tipo são revestidas com fósforo vanadato (4000K, designação DX)
que emite radiação de comprimento de onda longo (vermelho-laranja); isso aumenta a
eficiência e o índice de reprodução da cor. Esse fósforo também é misturado com outros
para produzir cores mais quentes ou mornas. A Figura 6-28 mostra distribuições de
energia espectral de uma lâmpada clara e de uma usando esses fósforos.
83
Lâmpadas à vapor metálico. As lâmpadas à vapor metálico são similares à construção
das lâmpadas de mercúrio, sendo que a maior diferença consiste no fato de que o tubo do
arco da lâmpada à vapor metálico contém vários vapores metálicos além do mercúrio e
do argônio. Quando a lâmpada atinge a temperatura de operação máxima, os vapores
metálicos no tubo do arco estão parcialmente vaporizados. Quando os vapores metálicos
se aproximam do centro de alta temperatura da descarga, eles são dissociados em
halógeno e nos metais, com os metais radiando seus espectros. À medida que os átomos
de halógeno e de metal se movem perto da parede do arco que é mais fria através de
difusão e convecção, eles se recombinam, e o ciclo se repete.
O uso de haletos metálicos dentro do tubo do arco apresenta duas vantagens. A primeira,
os vapores metálicos são mais voláteis nas temperaturas de operação do tubo do arco do
que metais puros. Isto permite a introdução de metais com propriedades de emissão
desejáveis dentro do arco em temperaturas normais do tubo do arco. A segunda, esses
metais que reagem quimicamente com o tubo do arco podem ser usados em forma de um
haleto metálico, que não reage diretamente com sílica fundida.
A eficiência das lâmpadas à vapor metálico é bem maior do que a das lâmpadas de
mercúrio. As lâmpadas à vapor metálico encontradas no mercado têm eficiência de 75 à
125 lumens/watts (excluindo as perdas do reator). Quase todos os tipos das lâmpadas à
vapor metálico de luz branca têm propriedades de reprodução de cor tão boas ou até
superiores à das lâmpadas de mercúrio revestidas com fósforo.
Cores selecionadas também podem ser produzidas usando elementos individuais no tubo
do arco: sódio para o laranja, tálio para o verde, índio para o azul e ferro para ultravioleta.
A eficiência luminosa e a vida da lâmpada tendem a ser maiores para lâmpadas de sódio-
escândio, mas o tálio pode ser usado para aumentar a eficiência das lâmpadas RE. Esses
intercâmbios deveriam ser considerados ao selecionar um tipo de lâmpada para uma
84
determinada aplicação. As lâmpadas à vapor metálico também podem ser encontradas
com revestimentos de fósforo na parte externa dos envelopes. Esses fósforos reduzem o
CCT das lâmpadas em aproximadamente 300 K. O principal uso do revestimento de
fósforo é criar uma fonte de luz mais difusa.
Outra característica das lâmpadas à vapor metálicas é que os tubos do arco são
freqüentemente personalizados conforme as necessidades da aplicação. A maioria dessas
lâmpadas é classificada quanto à sua vida e produção de lumens na posição de operação
vertical. Por exemplo, uma lâmpada de operação universal possui seu melhor
desempenho na posição vertical. Quando uma lâmpada universal é operada
horizontalmente, o arco se inclina para cima devido às correntes de convecção. Ao
mesmo tempo, o vapor metálico move-se para o centro do tubo do arco. O arco abaulado
move para mais longe dos vapores metálicos do que quando a lâmpada está na vertical,
causando seu esfriamento. Isso reduz a pressão de vapor das substâncias químicas dos
vapores metálicos e diminui a concentração de metais no arco com uma conseqüente
perda de luz. Além disso, o arco abaulado move-se mais perto da parte superior da
parede do tubo do arco, causando um aumento na sua temperatura. Um aumento na carga
85
da parede no material do tubo do arco resulta em uma diminuição na vida da lâmpada de
aproximadamente 25%.
Uma vez que os tubos do arco horizontais de alta emissão de luz são concebidos para
acomodarem o abaulamento para cima de um arco operado horizontalmente, os tubos do
arco devem ser operados horizontalmente para prevenirem o super aquecimento das
paredes dos tubos do arco, o que diminuiria drasticamente a vida da lâmpada e
aumentaria a probabilidade de uma violenta falha. Uma base e um soquete especiais são
sempre usados com as lâmpadas horizontais de alta emissão para assegurar a orientação
do tubo (Figura 6-60). A posição de operação da lâmpada é menos importante no caso
das lâmpadas de mercúrio e das lâmpadas de sódio em alta pressão.
86
Figura 6-60. Configuração da base e do soquete para algumas lâmpadas horizontais de
vapor metálico com alta emissão de luz.
Alguns tubos de arco foram concebidos com formas ovóides (Figura 6-61a). Na
realidade, esses tubos de arco são formados em um molde usando gás de alta pressão.
Esses são comumente denominados de tubos de arco de corpo moldado. As pessoas
referem-se ao estilo mais antigo de tubos de arco como tubos de arco de corpo prensado
(Figura 6-61 b). O processo de moldagem garante uma forma altamente reprodutível e
precisa para cada tubo de arco. O contorno e a forma do tubo de arco oferecem ótimos
benefícios ao seu desempenho. Os contornos das paredes do tubo do arco são bem
delineados para melhor acompanhar a forma do arco, e assim permitir uma maior
uniformidade do perfil térmico para o tubo do arco. Esta forma também permite que as
substâncias químicas do vapor metálico esquentem mais rapidamente do que aquelas do
tubo do arco de corpo prensado convencional. Em média, os tubos de arco de corpo
moldado aquecem três vezes mais rápido do que os tubos de arco de corpo prensado com
a mesma wattagem. Os tubos de arco de corpo moldado têm áreas de vedação prensada
bem menores. Essas áreas servem para resfriar as câmeras nas extremidades do tubo do
arco e conseqüentemente reduzem a eficiência da lâmpada ao diminuir a temperatura do
composto de vapor metálico. Esse esfriamento indesejável é um problema maior em
lâmpadas de baixa wattagem nas quais a área de vedação da prensagem compreende a
maior parte da massa térmica total do tubo do arco do que para as lâmpadas de wattagem
superior.
87
Figura 6.61. Tubos de arco comuns: (a) ovóides (b) de corpo prensado.
A pequena área selada prensada influi na partida da lâmpada. Os projetos mais antigos de
selo prensado usam um eletrodo de partida secundário que auxilia na iniciação da
descarga dos gases do tubo do arco. Nos tubos de arco de corpo moldado não há espaço
para um eletrodo secundário. Conseqüentemente o arco é iniciado por um surto de alta
voltagem (tipicamente 3000 V no mínimo) aplicado diretamente aos eletrodos principais.
Os equipamentos chamados de ignição são usados para propiciar esses surtos de partida.
A partida por ignição possui características de desempenho adicionais. Em geral, as
lâmpadas dão partidas mais rápidas quando um ignitor é usado. Há maior precisão na
partida, e a pressão de preenchimento dentro do tubo do arco pode ser aumentada em
relação aos sistemas de eletrodos com partida padrão. Esse aumento na pressão ajuda a
retardar a evaporação do tungstênio do eletrodo, que causa depreciação do lúmens devido
ao escurecimento da parede do tubo do arco.
As lâmpadas clássicas à vapor de metais com corpo prensado que usam um eletrodo de
partida devem também conter um sistema que prove o curto circuitar do eletrodo de
partida ao eletrodo principal, ou a abertura do circuito do eletrodo de partida depois que a
lâmpada acendeu. Isto é exigido para prevenir eletrólise na sílica fundida entre os
eletrodos de partida e de operação, especialmente quando um vapor tal como o iodeto de
sódio é usado na lâmpada. Falha em curto circuitar ou abrir o circuito do eletrodo de
partida vai resultar em vida muito reduzida das lâmpadas. Esses circuitos de partida
geralmente usam um interruptor de dois metais. A posição e o tipo de interruptor podem
88
restringir a posição de operação da lâmpada, pois os dois metais devem atingir uma certa
temperatura para poderem funcionar.
A maiorias das lâmpadas à vapor metálicas halide usam getters( substâncias usadas para
absorverem gases) para superar as impurezas que, se presentes na jaqueta externa de
uma lâmpada à vapor metálica em concentrações suficientes, podem comprometer seu
desempenho. Os problemas predominantes surgem da contaminação de hidrogênio e
carbono.
Algumas lâmpadas com uma extremidade única usam uma capa transparente em torno do
tubo do arco chamado envelope. Um envelope de parede fina é útil como um escudo
térmico porque ajuda a se obter uma temperatura de tubo do arco mais uniforme; ele
também retarda a perda de sódio. Um envelope mais pesado é usado em lâmpadas para
luminárias abertas. Esses envelopes impedem que a jaqueta externa da lâmpada se quebre
caso o tubo do arco sofrer uma falha violenta. Quando colocar uma nova lâmpada numa
luminária aberta é importante usar apenas aquelas lâmpadas indicadas para luminárias
abertas. Para evitar o mau uso, os fabricantes desenvolveram soquetes e combinações de
bases exclusivas tanto para lâmpadas com base mogul como para base média.
89
Lâmpadas de sódio em alta pressão. Nas lâmpadas de sódio em alta pressão, a luz é
produzida pela corrente elétrica que passa pelo vapor de sódio. Essas lâmpadas são
construídas com dois envelopes, sendo que o tubo do arco interno é de alumina poli
cristalina, que é resistente ao ataque de sódio em altas temperaturas e tem um alto ponto
de derretimento. Embora translúcido, esse material fornece uma boa transmissão de luz
(mais do que 90%). A construção de uma lâmpada típica de sódio de alta pressão é
mostrada na Figura 6-62.
A alumina poli cristalina não pode ser fundida ao metal pelo derretimento da alumina
sem causar rachadura no material. Portanto, é usado um selo intermediário. Podem ser
usados solda, vidro ou metal. Fechamentos de cerâmica também podem ser usados para
formar o selo intermediário. O tubo do arco contém tanto xenônio como gás de partida
como uma pequena quantidade de amalgama de mercúrio-sódio, que é parcialmente
vaporizada quando a lâmpada atinge temperatura de funcionamento. O mercúrio atua
como um gás auxiliar para elevar a pressão do gás e a tensão de funcionamento da
lâmpada.
A maioria das lâmpadas de sódio de alta pressão pode operar em qualquer posição. A
posição de operação não possui efeito significativo na emissão da luz. As lâmpadas
também podem ser encontradas com revestimentos difusos no interior do bulbo externo
para aumentar o tamanho da fonte luminosa e reduzir a luminância da fonte.
90
As lâmpadas de sódio de alta pressão radiam energia através de todo espectro visível.
Isso é ao contrário das lâmpadas de sódio de baixa pressão, que radiam principalmente as
linhas pares D de sódio a 589nm. As lâmpadas de sódio de alta pressão padrão, com
pressões de sódio em 5 a 10 kPa (40 a 75Torr), exibem cores de temperaturas tipicamente
de 1900 a 2200K e têm um CRI de 22. À pressões mais elevadas, acima de
aproximadamente 27 kPa (200Torr), a radiação de sódio da linha D é auto-absorvida pelo
gás e é radiada como um espectro contínuo dos dois lados da linha D. Isto resulta na
região escura a 589 nm, como é mostrado no espectro típico na Figura-6-28. Aumentando
a pressão de sódio, aumenta o CRI até 65 pelo menos, à uma temperatura de cor correlata
superior; no entanto, a vida e a eficiência são reduzidos. Foram desenvolvidas lâmpadas
de sódio de alta pressão brancas com cores de temperatura correlata de 2700K à 2800K e
CRI entre 70 e 80. Uma operação com freqüência mais alta é um método de propiciar luz
branca numa pressão de sódio reduzida. As lâmpadas de sódio de alta pressão têm
eficiências de 45 a 150lm/W, dependendo da potência da lâmpada e das propriedades de
reprodução de cor desejadas.
Como o tubo do arco das lâmpadas de sódio de alta pressão possui um diâmetro menor,
não há um eletrodo de partida, tal como nas lâmpadas de mercúrio. Em vez disso, um
surto de alta tensão e alta freqüência é fornecido pelo ignitor para dar partida nessas
lâmpadas. Algumas lâmpadas de sódio de alta pressão especiais usam uma mistura
específica de gases de partida (uma combinação de argônio e neon que exigem uma
tensão de partida mais baixa do que um só gás) e um auxiliar de partida dentro do bulbo
externo. Essas lâmpadas podem dar partida e operar em muitos reatores de lâmpadas de
mercúrio.
Lâmpadas de sódio de alta pressão também podem ser encontradas com dois tubos de
arco idênticos contidos dentro do bulbo externo. Esses tubos do arco são conectados em
paralelo dentro da lâmpada, mas apenas um tubo de arco é iniciado com o surto de
ignição. Caso ocorre uma interrupção momentânea de energia, essa lâmpada com dois
tubos de arco recomeça imediatamente assim que a energia é restaurada. Em cerca de um
minuto a lâmpada retorna à sua emissão total de luz.
DESIGNAÇÕES DE LÂMPADAS
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Um exemplo de uma designação de uma lâmpada HID é:
Se o arco é extinto, a lâmpada não vai reacender até que ela esteja suficientemente fria
para baixar a pressão do vapor até um ponto tal que o arco se reacenda com a tensão
disponível. O tempo entre a partida inicial e a emissão total de luz numa temperatura
ambiente normal , sem unidades auxiliares, e também o tempo de re-acendimento ( o
tempo de resfriamento exigido antes da lâmpada reacender), varia entre 3 a 7 minutos,
dependendo do tipo de lâmpada.
Lâmpadas à vapor metálicas halide. O método para dar partida em lâmpadas à vapor
metálicas acima de 150W consiste em usar um eletrodo auxiliar de partida similar ao
usado nas lâmpadas de mercúrio. A presença dos vapores metálicos causa uma tensão de
92
partida maior do que a necessária para as lâmpadas de mercúrio. Portanto, lâmpadas de
vapor metálico de alta potência geralmente não são operadas em reatores para mercúrio.
Às vezes as pessoas operam as lâmpadas à vapor metálico de 400W em reatores padrões
de mercúrio. Essa não é uma boa prática pois lâmpadas mais velhas exigem tensões de
partida mais altas, isso se elas dão partida.
Os mais novos formatos de tubos de arco não possuem espaço para acomodar o eletrodo
de partida, como nas lâmpadas de tubo de arco de corpo prensado (Figura 6-61 b), e
portanto um método diferente é empregado. Essas lâmpadas usam um ignitor, um
equipamento que gera corrente de baixa tensão, como parte do circuito do reator externo.
A ignição fornece tensão suficiente através do eletrodo principal para iniciar um arco. A
maioria das lâmpadas abaixo de 150W usa um ignitor para dar partida.
Uma lâmpada à vapor metálica não atinge emissão total de luz imediatamente, mas em
vez disso deve se aquecer durante um período de vários minutos( o tempo para alcançar
emissão total de luz é maior para lâmpadas de maiores wattagens). Durante essa fase, a
cor da descarga muda à medida que os vapores metálicos se aquecem, evaporam e se
incorporam no arco. Após um aquecimento completo, a cor da lâmpada e as
características elétricas se estabilizam. Uma vez que o tubo do arco de uma lâmpada de
vapor metálico é menor do que aquele de uma lâmpada de mercúrio com wattagem
equivalente, ele opera à uma temperatura mais elevada. Assim, o tempo de resfriamento é
mais longo e o tempo para reacender é mais longo ainda. O tempo de re-acendimento
quente num tubo de arco de corpo prensado convencional pode ser de 15 min. ou mais.
As lâmpadas que usam ignitor de partida reacendem mais rapidamente do que aquelas
que possuem os desenhos de tubos de arco de corpo prensado convencionais com
eletrodos auxiliares de partida, devido às tensões de surtos mais altas.
Lâmpadas de sódio de alta pressão. Como a lâmpada de sódio não contém um eletrodo
de partida, usa-se um surto de alta tensão de alta freqüência para ionizar o gás de partida.
Uma vez iniciada a descarga, a lâmpada esquenta para atingir sua emissão de luz máxima
em aproximadamente 10 minutos, tempo esse durante o qual a cor muda.
93
Figura 6-63. Os tempos de partida e de re-inicio em diferentes lâmpadas HID.
A vida média de uma lâmpada é definida como o tempo após o qual 50% de um grande
grupo de lâmpadas ainda estão operando. O procedimento prescreve ciclos de operação
para lâmpadas HID de 11 horas ligadas e uma hora desligadas. Para certos tipos de
lâmpadas e aplicações, outro critério que não seja falha em acender pode ser considerado,
tal como o ciclo rápido, mudança de cor drástica, e a redução significativa na emissão de
lumens. A vida de uma lâmpada é geralmente baseada no ciclo de operação prescrito. No
entanto, a vida das lâmpadas HID e a manutenção dos lúmens são afetadas por mudanças
no ciclo de operação. Como regra prática, se o período de operação é reduzido em 50%, a
vida diminui aproximadamente 25%. Os fabricantes das lâmpadas devem ser consultados
para mais informações sobre ciclos de operação mais curtos e vida de lâmpadas
reduzidas.
O fluxo das lâmpadas HID é geralmente declarado para lumens iniciais após 100h de
operação. A Figura 6-64 ilustra a perda de luz para três tipos de lâmpadas de 400 W após
algum tempo.
94
Figura 6-64. Curvas típicas de manutenção para lâmpadas de descarga de alta
intensidade.
Lâmpadas de mercúrio. As lâmpadas de mercúrio de uso geral têm uma vida mediana
longa. Elas geralmente empregam um eletrodo com uma mistura de óxidos de metal
embutida nos anéis das bobinas de tungstênio do qual o eletrodo é montado. Durante a
vida da lâmpada, esse material das emissões é evaporado muito vagarosamente, ou
lançado, do eletrodo e é depositado na superfície interna do tubo do arco. Esse processo
primeiro resulta num depósito branco na superfície interna do tubo do arco, no final no
escurecimento do tubo do arco e finalmente na exaustão do material de emissão dos
eletrodos e no final da vida da lâmpada quando a tensão de partida excede a tensão de
circuito aberto.
95
A vida de uma lâmpada de sódio de alta pressão é limitada por um ligeiro aumento na
tensão de operação que ocorre durante a vida de uma lâmpada. Esse aumento é causado
principalmente pelo escurecimento da extremidade do tubo do arco pelo expirar do
eletrodo. O escurecimento absorve radiação, que esquenta as extremidades do tubo do
arco e vaporiza amalgama de sódio adicional. Isso aumenta a pressão do tubo do arco e
conseqüentemente a tensão do arco. Outras razões para a tensão do tubo do arco
aumentar são a difusão do sódio através dos selos da extremidade do tubo do arco e a
remoção do sódio do feixe do arco através da combinação com impurezas no tubo do
arco. Quando o reator não pode mais fornecer tensão suficiente para reacender o arco
durante cada metade de ciclo elétrico, a lâmpada se apaga. Quando ela se resfria, a
lâmpada vai acender novamente e esquentar até que a tensão do arco aumentar para que o
reator não possa agüentar o arco. Esse processo cíclico ocorre até que a lâmpada seja
substituída.
A emissão de luz de um tubo de arco típico HID com dois envelopes é pouco afetada pela
temperatura ambiente. Essas lâmpadas trabalham geralmente satisfatoriamente para
temperaturas baixas de até -29°C ou menos. Por outro lado, lâmpadas com um só
envelope, destinadas primeiramente para serem usadas como fontes de ultravioleta, são
bastante afetadas por temperaturas baixas, particularmente se o ar em volta delas se
movimentar. Elas não são adequadas para uso abaixo de 0°C sem uma proteção especial,
não fornecendo emissão de luz total. A temperatura ambiental afeta a tensão de partida de
todas as lâmpadas de descarga e em alguns casos tensões de partida mais altas de uso
para interiores são recomendadas para estradas e iluminações de floodlights em climas
frios. Reatores para serviços de iluminação de estradas e outras aplicações de baixas
temperaturas foram projetados para fornecer a tensão necessária para dar partida e operar
cada lâmpada especial para temperaturas baixas como -29°C. ASNI desenvolveu
recomendações para tensões de partida.
A emissão de luz de todas as lâmpadas HID varia em certo grau com as mudanças
cíclicas da tensão da rede. Esse tremeluzir depende do tipo de lâmpada e circuito do
96
reator. O tremeluzir pode ser uma consideração importante para as lâmpadas HID. Em
muitas aplicações de iluminação o efeito estroboscópico das fontes HID não é um
problema. Ele pode, no entanto, irritar os espectadores em jogos tais como tênis de mesa
ou tênis. Também pode ser considerado irritante por operadores de maquinas. Para
diminuir esse efeito, sistemas com índice de tremelucência a 0,1 ou menos são sugeridos,
ou as luminárias podem ter a fiação ligada alternadamente em diferentes fases de um
sistema trifásico.
Figura 6-65. Índice de tremelucência das lâmpadas HID operadas em diferentes tipos de
reatores
97
Além do já mencionado acima, algumas vezes pode-se ver algum tremeluzir
depreendendo da extremidade da lâmpada quando visualizado perifericamente pela
retina. Esse tremeluzir é resultado do arco sendo aceso em eletrodos alternados durante
meios ciclos positivos e negativos, e possui uma freqüência que é igual à freqüência da
rede. Ele também é eliminado na operação de alta freqüência.
EQUIPAMENTO AUXILIAR
98
Figura 6-67. Características das combinações mais comuns de lâmpadas HID e reatores.
Uma distinção deve ser feita entre os reatores com circuito de retardo e os reatores com
circuito de avanço. O elemento de controle da corrente da lâmpada de um reator de
circuito de retardo consiste numa reatância indutiva em série com a lâmpada. O elemento
de controle da corrente em reatores com circuito de avanço consiste das duas reatâncias,
indutivas e capacitivas, em série com a lâmpada; no entanto, a reatância pura de tal
circuito é capacitiva nos reatores de mercúrio e de vapor metálico, e indutiva nos reatores
de sódio de alta pressão.
Reator de retardo. O reator do circuito de retardo mais simples é o reator que consiste
de uma só bobina em torno de um núcleo de ferro colocado em série com a lâmpada. A
única função do reator é limitar a corrente enviada à lâmpada. Esse tipo de reator só pode
ser usado quando a tensão da rede estiver dentro variação da tensão de partida
especificada para aquela lâmpada. O fator de potência desse circuito é de
aproximadamente 50% de retardo; refere-se à isso como fator de potência baixo ou
natural. A corrente da rede sob condições de partida é de aproximadamente 50% maior
do que na corrente de operação normal; portanto, recomenda-se que a fiação fornecida
tenha dimensão adequada para aproximadamente o dobro da corrente normal de
operação.
99
Existem versões com fator de potência alto onde um capacitor é instalado no circuito para
aumentar a mais de 90% o fator potência o sistema. Esse é o sistema geralmente
preferido, pois ele também reduz a entrada da corrente em condições de partida e de
operação em quase 50% abaixo do sistema de fator de potência baixo, permitindo uso
total do circuito.
O capacitor usado com o reator CWA desempenha uma função de reator importante,
como em todos os circuitos de avanço. O capacitor usado no reator de alto fator de
potência do tipo retarda e reatores de autotransformadores com alto fator de potência é
simplesmente um componente de correção de fator de potência e não tem função de
reator.
100
o circuito da lâmpada é completamente isolado do enrolamento primário. Ele possui as
mesmas vantagens do reator CWA, tal como alto fator de potência, baixa tensão de
extinção e baixas correntes de partidas da rede.
101
reatores como os fabricantes das lâmpadas devem estar conectados para informações
específicas.
Para as lâmpadas à vapor metálicas abaixo de 175W, o controle mais comum é o reator
de retardo ou o autotransformador de alta reatância. São utilizados capacitores de
correção de potência. Ao usar reatores de retardo para regular a wattagem da lâmpada,
ocorrem as menores variações de tensão da rede. Uma variação de 5% na tensão da rede
pode resultar numa mudança de 12% na wattagem da lâmpada. Operações por longo
tempo das lâmpadas sob condições de alta tensão da rede encurtam a vida da lâmpada.
Para partida, usa-se um ignitor que fornece um surto de alta tensão-baixa corrente entre 3
e 5 kV. Atualmente usam-se três tipos de ignitores. O mais comum é de impulso ou
ignitor paralelo, que utiliza um enrolamento do reator como transformador para o pulso
de ignição. Outro tipo é o superimposto ou ignitor em série, que contem um
transformador de pulso que é independente do enrolamento da bobina. Finalmente, há o
ignitor com dois fios, que fornece um pulso de tensão mais baixo diretamente através dos
fios de entrada da lâmpada.
102
Figura 6-68. Limites da tensão e da wattagem para lâmpadas de sódio de alta
pressão de 400 W.
O regulador magnético é um reator caro, que possui as maiores perdas de energia, mas
geralmente ele fornece boa regulagem de wattagem em todas as condições de tensão da
rede e da lâmpada. Um capacitor com correção do fator de potência é geralmente
incluído. Deve-se notar que esse circuito difere dos circuitos dos reatores de mercúrio de
wattagem constante.
103
da lâmpada aumenta, para manter a wattagem da lâmpada operando dentro dos limites do
trapezóide. Esse tipo de reator fornece regulagem de wattagem para mudanças tanto na
tensão da rede como na wattagem da lâmpada. Para uma mudança menor que 10% na
tensão da rede ele mantêm a wattagem da lâmpada dentro do trapezóide. Seu custo e
perdas de energia são médios.
Ignitores. Os ignitores são usados no circuito do reator para a maioria das lâmpadas de
sódio de alta pressão, algumas lâmpadas à vapor metálicas e algumas lâmpadas de arco
especiais. Os ignitores dão partida em lâmpadas frias através do fornecimento de uma
tensão suficientemente alta para ionizar o gás para produzir uma descarga de
luminescência. Para completar o processo da partida, os pulsos de partida devem então
fornecer bastante energia para sustentar um arco através da transição da luminescência ao
arco. A variação das tensões dos pulsos para darem partida a lâmpadas frias é de 1 a 5
kV, geralmente fornecido por um circuito ressonante eletrônico que utiliza múltiplos
pulsos à lâmpada quando o circuito é energizado. O circuito se apaga depois que a
lâmpada se acende ao sentir a redução da tensão do circuito aberto, ou, com alguns
ignitores, após certo período fixo de tempo.
Embora as lâmpadas HID sejam otimizadas para funcionar com energia total, alguma
conservação de energia pode ser obtida através da dimerização da luz. Em aplicações de
gerenciamento de energia, conservação de 50% ou mais podem ser obtidas aonde a luz do
dia é utilizada junto com um foto sensor e um sistema de controle de dimerização da luz.
A luz do dia tende a compensar as alterações de cor das lâmpadas HID dimerizadas.
Controles adicionais para iluminação de lâmpadas HID podem ser empregados para
manutenção de lumens, através de programas administrados por um computador ou por
um relógio da redução da demanda e da hora–do-dia. Um controle manual simples para
um sistema de dimerização da luz HID pode propiciar flexibilidade nas aplicações com
propósitos múltiplos e a melhora da eficiência pelo ajuste da saída de luz para uma tarefa
especifica.
Algumas fontes de luz são mais adequadas do que outras para a dimerização da luz.
Portanto, ao considerar uma fonte especifica para dimerização da luz, sugere-se contatar
os fabricantes da lâmpada e do sistema de dimerização da luz para mais informações ou
104
para obter as características de desempenho num estado de dimerização. Em alguns
casos, a garantia do fabricante da lâmpada é limitada quando há dimerização da luz. Num
sistema de dimerização da luz adequadamente projetado, no entanto, a vida da lâmpada
não é afetada pela dimerização da luz.
O aquecimento lento e o retardo do reinicio a quente, que são características das fontes
HID, também se aplicam ao processo de dimerização da luz. As lâmpadas HID
respondem à mudanças no dimmer muito mais vagarosamente do que as fontes
fluorescentes ou incandescentes; retardos entre a emissão mínima e máxima de luz
variam de 3 a 10 minutos. Existe uma dimerização instantânea, no entanto, para uma
variedade limitada de lâmpadas.
As lâmpadas HID devem ser iniciadas à toda potência e a dimerização da luz postergada
até que as lâmpadas estejam totalmente aquecidas. Sistemas de dimerização
adequadamente projetados asseguram que isso ocorra.
Curvas típicas de saída de lumens versus energia de entrada são mostradas na Figura 6-
69. Essas curvas descrevem tendências gerais; o fabricante do sistema de dimerização
deveria ser consultado para maiores detalhes.
Figura 6-69. Saída de lumens vs. Entrada de energia para lâmpadas de descarga de alta
intensidade: (a) vapor de mercúrio, (b) vapor metálico, (c) sódio em alta pressão. As
linhas pontilhadas representam as áreas de operação onde mudanças de cor significativas
ocorrem.
105
Lâmpadas de mercúrio transparentes mudam muito pouco em cor de 100 a 25% da
emissão de luz, a cor azul-esverdeada que é característica das fontes de mercúrio
transparente está presente em todos os meios de dimerização (Figura 6-70). Lâmpadas de
mercúrio de cor melhorada geralmente apresentam um bom desempenho de
aproximadamente 30% da sua emissão de luz.
Figura 6-70. Relação entre temperaturas da cor e mudanças de IRG com dimerização.
Lâmpadas transparentes à vapor metálico podem experimentar uma mudança na
temperatura da cor de acima de 1000K e uma queda de 35% no IRG quando ocorrer a
dimerização de até 50% da emissão da luz. Lâmpadas revestidas com fósforo são menos
vulneráveis à essa mudança de cor.
106
transparentes começa a mudar a aproximadamente 60% da emissão da luz, aonde a cor
azul-esverdeada (característica do vapor de mercúrio) começa a aparecer. O efeito é
menor com lâmpadas revestidas com fósforo.
A aparência da cor de lâmpadas típicas de sódio de alta pressão não muda sensivelmente
até aproximadamente 50% da emissão da luz. Abaixo de 50%, um amarelo forte,
característico do sódio de baixa pressão, começa a prevalecer. No caso das lâmpadas de
alta pressão de alta reprodução de cor, os fabricantes das lâmpadas devem ser consultados
quanto ao desempenho da dimerização.
As lâmpadas de arco curto são lâmpadas de descarga à gás em alta pressão caracterizadas
por um arco de eletrodo estabilizado que é curto comparado com o tamanho do envelope.
Dependendo da wattagem e da aplicação pretendida, o comprimento dos seus arcos pode
ser de 0,3 a 12 mm. Esses arcos possuem a mais elevada luminância e brilho do que
qualquer fonte de luz operando continuamente, e são as mais próximas a ser uma fonte
verdadeira.
Algumas lâmpadas de arco curto típicas são mostradas nas Figuras 6-71 e 6-72. Essas
lâmpadas possuem bulbos de silício fundido (quartzo) opticamente transparente, de forma
esférica ou elipsoidal com dois pontos diametralmente opostos de selagem. Quatro tipos
de selagem são usados nesses tipos de lâmpadas. A selagem graduada e a selagem com
fita de molibdênio são selagens condutoras de corrente, enquanto a selagem em forma de
caneca Kovar- e -molibdênio e a selagem (mecânica) por um elastômero são separadas
da corrente condutora por uma caneca ou flange. Para aplicações que requerem uma
operação livre de ozônio, os envelopes da lâmpada são fabricados de quartzo, que não
transmite os comprimentos de onda abaixo de 210nm.
107
Figura 6-71. Lâmpadas típicas de arco curto: (a) lâmpadas de argônio-mercúrio
de baixa potência (100 W à esquerda, 200 W à direita), e (b) lâmpadas de
xenônio de potência média (à partir da esquerda 1,6, 2,2, 4,2, 3,0 kW).
Figura 6-72. Lâmpadas típicas de arco compacto de xenônio de alta potência com
eletrodos resfriados por liquido: (a) lâmpadas de 30kW para simuladores solares (
posição de operação principal vertical) e (b) lâmpadas de 20kW para faróis de busca
militares ( posição de operação principal horizontal).
108
A maioria das lâmpadas é projetada para operação dc. A melhor estabilidade e uma vida
mais longa das lâmpadas dc têm limitado o uso das lâmpadas de arco curto para
aplicações especiais.
Assim como acontece com a maioria das lâmpadas de descarga, as lâmpadas de arco
curto requerem dispositivos auxiliares para dar partida ao arco e limitar a corrente. Para
as lâmpadas de arco, podem ser usados tanto os reatores resistivos como os indutivos. As
lâmpadas de corrente continua são melhor operadas a partir de sistemas de energia
especificamente concebidos para fornecer, com boa eficiência, os pulsos de alta tensão
(até 50kV) necessários para romper o espaço vazio entre os eletrodos, ionizar o gás, e
aquecer a ponta do catodo às temperaturas de emissão termiônica de calor. Além disso,
eles fornecem suficiente tensão dc de circuito aberto para assegurar a transição da
descarga de alta tensão e baixa corrente iniciada pelo ignitor, para o arco de baixa tensão
e alta corrente. Com um sistema projetado adequadamente, uma lâmpada de arco curto
dará partida dentro de uma fração de um segundo. Muitas fontes de energia são reguladas
para que a operação da lâmpada seja independente das flutuações de tensão da rede.
Quatro tipos básicos de sensores de regulagem de potência estão atualmente em uso:
reguladores de corrente, de tensão de energia e ópticos. O tipo do sistema de suprimento
de energia utilizado depende das especificações das aplicações.
Para facilitar a partida da lâmpada, lâmpadas de mercúrio de arco curto contêm argônio
ou outro tipo de gás raro à uma pressão de 1 a 4 kPa, como nas lâmpadas de
mercúrio.Depois que o arco inicial é atingido, a lâmpada aquece-se gradualmente e a
tensão aumenta e estabiliza à medida que o mercúrio é completamente vaporizado. As
lâmpadas de mercúrio requerem vários minutos para alcançar a pressão de operação plena
e a emissão total da luz. Esse tempo de aquecimento é reduzido de cerca de 50% se o
xenônio, com pressão atmosférica maior, for adicionado ao mercúrio. Lâmpadas com
esse tipo preenchimento são conhecidas como lâmpadas de arco curto de mercúrio-
xenônio ou como lâmpadas de arco compacto de mercúrio- xenônio. A distribuição
espectral da energia na região visível é essencialmente a mesma para ambos os tipos,
consistindo principalmente de cinco linhas de mercúrio e alguns comprimentos de onda
contínuos devido à alta pressão de operação. (Figura 6-73). A eficiência luminosa destas
lâmpadas de aproximadamente 50 lm/W à 1000 W e de aproximadamente 55 lm/W à
5000 W. Lâmpadas de mercúrio e de mercúrio-xenônio estão disponíveis a partir de 30 à
7000 W e são geralmente operadas na posição vertical.
109
Figura 6-73. Distribuição de energia espectral de uma lâmpada de mercúrio-
xenônio de 2.5 kW de 240 à 2500nm.
LÂMPADAS DE XENÔNIO
Lâmpadas de arco curto de xenônio são preenchidas com diversas atmosferas do gás de
xenônio. Elas alcançam 80% da emissão final imediatamente. O CCT do arco é de
aproximadamente 5000K. O espectro é continuo do ultravioleta até o infravermelho
(Figura 6-74). As lâmpadas de xenônio apresentam linhas de emissão fortes perto do
infravermelho entre 800 e 1000 nm e algumas linhas fracas na região visível de
comprimento de ondas curtas.
110
Figura 6-74. Distribuição de energia spectral de uma lâmpada de xenônio de 2.2
kW de 200 à 2500nm.
Lâmpadas de xenônio com refletor de cerâmica (CRX) combinam a tecnologia básica das
lâmpadas de arco curto e um refletor interno que concentra a energia do arco através de
uma janela de safira no suporte metal- cerâmica. A janela transmite energia em regiões
tanto de infravermelho como ultravioleta do espectro. Esses dispositivos têm as
vantagens de um aumento de emissão da luz, segurança e facilidade de manuseio e
instalação. Eles também eliminam o uso de alguns equipamentos periféricos tais como
componentes ópticos de focalização necessários em muitas aplicações aonde as
111
lâmpadas de arco curto são utilizadas. As lâmpadas CRX são encontradas com potências
de 175 a 1000 W. Suas distribuições espectrais de energia podem ser variadas para
aplicações específicas, alterando o material refletor ou seu revestimento.
Essas lâmpadas estão disponíveis em construções com uma extremidade e com duas
extremidades com uma variação típica de 70 a 1800 W. Em casos especiais, wattagens
mais altas (até 18.000 W) podem ser alcançadas. Essas lâmpadas são projetadas para
operarem em corrente alternada e requerem fontes de energia únicas ou reatores com
dispositivos de partida em alta tensão. A maioria das lâmpadas pode ser reiniciada
instantaneamente quando quente.
112
Algumas lâmpadas estão disponíveis com os tubos de arco montados nos refletores
elipsoidais integrais que podem concentrar a luz através de pequenos orifícios ou feixes
de fibra óptica. Outras lâmpadas estão disponíveis em configurações PAR para aplicações
que requerem fachos concentrados.
O tempo decorrido até a saída total de luz é de 7 a 15 min (Fig.6-75). Quando iniciada
pela primeira vez, a emissão da luz tem a cor característica da descarga de neon, que é
vermelha, e gradualmente se torna amarela à medida que o sódio é vaporizado. O re-
inicio quente é bom, e a maioria das lâmpadas de sódio em baixa pressão reiniciam
imediatamente após a interrupção do fornecimento de energia.
113
Figura6-75. O desempenho da lâmpada de sódio de baixa pressão durante a partida.
Construção. Existem dois tipos de lâmpadas de sódio de baixa pressão: a linear e aquela
em forma de U. A lâmpada linear tem um tubo do arco com extremidade dupla, similar à
lâmpada fluorescente, com eletrodos pré-aquecidos fundidos em cada extremidade. Seu
tubo do arco, feito de um vidro especial resistente ao sódio, é fundido num envelope à
vácuo externo com uma base média de dois pinos em cada extremidade.
114
As lâmpadas em formato de U possuem o tubo do arco duplo em volta de si mesmo, com
suas partes muito próximas (Figura 6-76). Estão disponíveis duas versões desse tipo de
lâmpada, baseadas em abordagens diferentes para manter a distribuição do sódio
uniforme no tubo do arco, ao longo da vida. Excesso de sódio metálico condensa-se na
parte mais fria da lâmpada, geralmente na curva do tubo do arco. Se não controlados,
concentrações muito baixas de sódio produzirão um arco de neon-argônio no tubo. Isso é
conhecido como “operação exposta”.
Equipamento auxiliar. O arco de sódio de baixa pressão possui em comum com todas as
lâmpadas de descarga uma característica de volt-ampere negativa. Um equipamento
limitador de corrente, geralmente um reator transformador, deve ser fornecido para
prevenir excesso de corrente da lâmpada e da rede.
Lâmpadas de luminescência
Essas são lâmpadas de longa vida, baixa tensão, projetadas para serem usadas como
indicadoras ou lâmpadas piloto, luzes noturnas, indicadoras de lugares e elementos de
circuitos. Elas variam de 0,06 a 3W e possuem uma eficiência de aproximadamente 0,3
lm/W. Um grupo típico de lâmpadas de luminescência é mostrado na Figura 6-77. Elas
emitem luz tendo o caráter espectral o gás com qual elas estão preenchidas. O gás mais
115
comum é o neon, que tem uma cor laranja característica. A luminescência é confinada ao
eletrodo negativo. Essas lâmpadas possuem uma tensão de partida crítica, abaixo da qual
elas são, de fato, um circuito aberto.
Lâmpadas preenchidas com uma mistura de argônio e não com neon irradiam
principalmente na região próxima ao ultravioleta em torno de 360 nm e portanto são
usadas principalmente para estimular a fluorescência dos minerais e outros materiais,
como também para algumas aplicações fotográficas.
Essas lâmpadas utilizam uma corrente de arco direta que constitui uma fonte de luz
concentrada de alta luminância, de até 45 milhões cd/m2 .Elas são feitas com eletrodos
fixos permanentes fundidos num bulbo de vidro preenchido com argônio. A fonte de luz
é um pequeno spot, de 0,13 a 2,8 mm de diâmetro (depende da potência da lâmpada), que
se forma na extremidade de um tubo de tântalo preenchido com oxido de zircônio que
serve como catodo. A distribuição espectral de potência é semelhante àquela de um
corpo preto com temperatura de cor correlata de 3200 K. Essas lâmpadas produzem uma
distribuição de candelas caracterizada pela regra do co-seno. Essas lâmpadas requerem
116
circuitos especiais que geram um pulso de alta tensão para dar a partida e uma corrente de
operação com reator e bem filtrada. O fabricante recomenda fontes de alimentação
adequadas. A Figura 6-78 ilustra vários exemplos de lâmpadas de emissão lateral e de
extremidade.
Essas são lâmpadas de arco de xenônio de corrente alternada com dois eletrodos ativos
(uma lâmpada de xenônio polarizada possui corrente fluindo em apenas uma direção e
apenas um eletrodo ativo).Um reator com interruptor em serie com a lâmpada em baixa
pressão força 50 a 100 picos de amperes (120 pulsos por segundo) através da lâmpada. O
reator também fornece uma corrente continua de 2 a 3 A para manter a lâmpada operando
entre os pulsos. O espectro produzido é característico de xenônio, tipicamente de 6000K.
As lâmpadas PXA estão disponíveis em formatos lineares e helicoidais.
As lâmpadas PXA são usadas na industria de artes gráficas para aplicações que requerem
partidas instantâneas, emissão de luz estável, de alta intensidade e de temperatura de cor
com a qualidade da luz do dia.
Flashtubes
Essas fontes de luz foram projetadas para produzir flashes de alta intensidade de muito
curta duração. Elas são usadas principalmente para fotografia; a visualização e tempo das
maquinas rotativas e de movimento alternado; sistema de iluminação de aproximação de
117
aeroportos, incluindo auxilio na navegação, sinalização de obstrução, de alerta e de
emergência; bombeamento de laser e aplicações na área de entretenimento.
118
Figura 6-80. Flashtubes típicos.
Energia e vida útil. Para uma operação com um único flash, o limite da quantidade de
energia que pode ser consumida depende da vida útil de tubo desejada medida em flashes
úteis. Essa vida útil é afetada pela taxa de escurecimento da parede do envelope pela
destruição do tubo ou de suas partes. Os flashtubes projetados para cargas muito altas
possuem envelopes feitos de sílica fundida, que podem agüentar altos choques térmicos.
A potência do pico encontrada durante uma descarga produz um choque térmico que
poderia quebrar o envelope; assim sendo, para maximizar a energia por flash o choque
térmico deve ser limitado. Isso pode ser feito reduzindo a corrente de pico, que também
aumenta a duração do flash. Para limitar a corrente de pico e o choque térmico, bem
como controlar a duração do pulso, adiciona-se uma indutância em serie dentro do ciclo
da descarga.
119
Limites da entrada de energia. A entrada de energia média é o produto da energia por
flash e a taxa do flash. A energia máxima que qualquer flashtube pode dissipar é
determinada pela área do envelope, o tipo de material do envelope, e pelo processo de
refrigeração, tal como convecção de ar livre, convecção de ar sob pressão, ou uso de um
liquido de refrigeração. Para envelopes de sílica fundida a energia de entrada máxima
pode ser aproximada do seguinte modo: convecção de ar livre, 5 W/cm2; convecção de ar
sobre pressão, 40 W/cm2; líquido de refrigeração, 200 W/cm2.
aonde
C = capacitância em uF
120
Figura 6-81. Elementos básicos de um típico fornecedor de energia de flashtube.
O circuito de disparo usado para produzir o pulso ionizante de alta tensão consiste de um
sistema de descarga capacitor de baixa potência conduzindo um transformador de pulso.
O transformador de pulso estabelece um campo elétrico que inicia o processo de
ionização e causa a condução do gás. Esse pulso é geralmente aplicado ao fio disparador
externo (eletrodo externo), mas em algumas aplicações é aplicado entre os eletrodos de
descarga principais por um transformador de pulso com muito baixa impedância
secundária, em serie com o circuito de descarga do flashtube.
where
Onde
121
Com densidades de corrente encontradas usuais, ρ tem um valor aproximado de 0.02 Ω-
cm.
Os flashtubes com seus circuitos associados podem ser projetados para serem operados
com energias de flash desde frações de segundos- watt até 20.000 segundos-watt, com
durações de aproximadamente desde um micro segundo até muitos milisegundos, e com
taxas de repetição de um único flash até 1000 flashes por segundo. Taxas de repetição
mais altas podem ser obtidas com projetos de circuitos e flashtubes especiais.
As lâmpadas de envelope de quartzo de arco linear estão disponíveis tanto para operações
de ondas continuas como para operações de pulso. As lâmpadas operadas na modalidade
pulso foram discutidas acima em flashtubes. As lâmpadas de xenônio de arco longo de ar
sobre pressão refrigerado são feitas com comprimentos de arco de até 1.2m, diâmetros
internos de até 12 mm e wattagem de até 6 kW. Essas lâmpadas são usadas para
exigências especiais de iluminação e simulação solar e possuem uma eficiência de
aproximadamente 30 lm/W.
Lâmpadas de criptônio e de xenônio de arco longo refrigeradas à água são feitas com
comprimentos de arco de até 0,3m, diâmetros internos de até 10 mm e potência de até
12kW. Suas principais aplicações são para bombeamento à laser; as lâmpadas de arco de
criptônio são especialmente adequadas para bombeamento de lasers de cristais de
neodímio dopados com aluminato de ítrio.
Lâmpadas de mercúrio capilares são feitas com comprimentos de arco de até 150mm,
diâmetros internos a partir de 2mm e potências de até 6kW. Elas são usadas para foto
exposição com ultravioleta nos semicondutores e em outras indústrias. São também
usadas em processamentos térmicos rápidos dos “wafers” de silício.
LÂMPADAS ELETROLUMINESCENTES
Uma lâmpada eletroluminescente é uma fonte fina (tipicamente com menos de 1,2mm)
de espessura na qual a luz é produzida por um fósforo estimulado por um campo elétrico
com pulsos. Essas lâmpadas são usadas na iluminação decorativa, painéis de
instrumentos, interruptores, iluminação de emergência e para iluminação de fundo de
expositores de cristal líquido (LCDs).
122
Uma lâmpada eletroluminescente consiste de um capacitor em forma de placa com um
fósforo incorporado no seu dielétrico e com uma ou ambas as placas de eletrodos
translúcidas ou transparentes. Luz verde, azul, âmbar, amarela ou branca é produzida pela
escolha do fósforo. O fósforo verde possui a maior luminância. As lâmpadas podem ser
encontradas em plástico flexível ou cerâmica rígida e são facilmente fabricadas em
formatos sólidos simples ou de muitos segmentos complexos e em comprimentos de até
1500 pés. As lâmpadas possuem perfis finos, são leves e geram pouco calor. Algumas
lâmpadas podem operar em condições externas de -40°C até 121°C.
As lâmpadas eletroluminescentes possuem uma longa vida útil requerem baixa potência.
Elas geralmente não falham de repente e por causa disso a vida útil é calculada como o
numero de horas de funcionamento após a qual a luminância cai abaixo do nível
especificado. Algumas lâmpadas eletroluminescentes que usam fósforo de vida útil longa
têm operado continuamente por mais de dez anos, se sob tensão de 115 V, 400 Hz. O
123
número de horas após as quais a luminância cai para 50% do funcionamento inicial foi
usado para comparar o desempenho da lâmpada, mas isso pode variar muito dependendo
da tensão e da freqüência, e do tipo de fósforo usado (Figura 6-83). O valor do tempo
para a metade da luminância para lâmpadas de tipo flexível operadas a 115 V, 400 Hz,
pode variar de 1000 à 30.000 horas, dependendo do tipo de fósforo. A corrente e a
energia iniciais típicas a esses parâmetros são 1.2 mA e 40 mW/in2.
Figura 6-83. Emissão da luz versus horas de operação para lâmpadas eletroluminescentes
de plástico e cerâmica verde.
124
Fosfeto de gálio indio de aluminio (AlInGaP) e nitreto de gálio índio (InGaN) são as
tecnologias dos dois diodos emissores de luz (LED) mais comuns, substituindo os antigos
LEDs de fosfetos de gálio de arsenide (GaAsP), o fosfeto de gálio (GaP) e arsenide de
gálio alumínio. Segue uma visão geral dessas tecnologias na perspectiva da engenharia de
iluminação.
INTENSIDADE E COR
125
Meia largura de banda espectral típicas são geralmente especificadas nos dados das
lâmpadas LED como Δλ1/2. Para todos os LEDs AlInGaP, a largura típica de meia banda
é de aproximadamente 17nm, e para os LEDs In GaN é de aproximadamente 35nm.
A intensidade luminosa, a cor e a tensão de alimentação dos LEDs AlInGaP são afetadas
pela temperatura da junção p-n do LED. À medida que a temperatura da junção p-n do
LED aumenta, a intensidade luminosa diminui, o comprimento de onda dominante se
move para comprimentos de onda mais longos e a tensão de alimentação cai. A variação
na intensidade luminosa dos LEDs InGaN operados em temperaturas ambientais normais
é pequena (aproximadamente 10%) de -20°C a 80°C. As pequenas variações não são
facilmente visíveis e não devem ser levadas em consideração na maioria das aplicações.
O comprimento de onda dominante nos LEDs InGaN varia com a corrente conduzida do
LED; à medida que a corrente conduzida do LED aumenta, o comprimento de onda
dominante se move em direção à comprimentos de ondas mais curtos.
DIMERIZAÇÃO
Os LEds podem ser dimerizados até 10% do valor máximo reduzindo a corrente
conduzida e ainda apresentarão intensidade luminosa uniforme numa matriz de LEDs. A
modulação da largura de pulso (PWM) é o método preferido para dimerizar os LEDs. Os
LEDs podem ser dimerizados de até 0,05% do valor máximo usando PWM. Com o
PWM, o pico da corrente de pulso e a taxa do pulso permanecem constantes enquanto a
duração do pulso sobre o tempo é reduzida.
Segurança
A temperatura de junção máxima medida (TJMAX) é o parâmetro mais critico numa folha
de informação de dados sobre um dispositivo de LED. Temperaturas que excedem esse
valor geralmente resultam em falhas catastróficas num dispositivo LED encapsulado de
plástico. TJMAX é de fato uma limitação relacionada mais com o encapsulamento do que
com o chip do LED.
A vida útil para os dispositivos LED baseia-se no tempo médio entre falhas (MTBF).
MTBF é determinado operando uma quantidade de dispositivos de LED numa corrente
numa temperatura ambiente de 55°C e gravando quando metade dos dispositivos falha.
126
Figura 6-85. Projeção da degradação de emissão de luz à longo prazo para
tecnologia de LED ALInGaP à 55°C.
Figura 6-86. Projeção da degradação da emissão de luz à longo prazo para tecnologia
LED InGaP à 25°C
Lâmpadas LED T-1 ¾ AlInGaP de plastico âmbar, laranja e vermelho (Figura 6-87a)
com padrões de radiação circular têm sido os invólucros preferidos para aplicações de
alta luminância tais como sinais de trânsito, sinais de mensagens variados, sinais de
propaganda comercial, e sinais de SAÍDA. Lâmpadas LED T-1 ¾ InGaP com plástico
azul-esverdeado são usadas nas luzes verdes dos faróis de transito. As lâmpadas LED T-
1 ¾ ovais InGaN plastico azul e verde e as AlInGaP plastico âmbar e vermelho com
padrões de radiação elípticas são usados em paineis de propaganda LED comercial de
gráfico coloridos e em outdoors em grande escala com exibições de vídeo coloridos.
LEDs de alta intensidade AlInGaP âmbar e vermelho foram projetadas inicialmente para
iluminação externa dos carros, tais como lanternas traseiras e os de sinalização de virar à
esquerda ou à direita (Figura 6-87b). Novas configurações de invólucros de plástico
(Figura6-87c) incorporando dispositivos LED de ambas tecnologias, AlInGaP e InGaP,
tem sido projetadas para iluminar grandes áreas.
127
Figura 6-87. Dispositivos LED de alto desempenho de invólucro de plástico.
Figura 6-88. Dispositivos LED com superfície montada (SMT) de invólucro de plástico
Esforços têm sido feitos para se desenvolver dispositivos LED que produzam a luz
branca. Um dos métodos é combinar chips de LED vermelho, verde e azul no mesmo
invólucro para produzir a luz branca. No entanto, pessoas com deficiências visuais de cor
podem não ver a luz emitida como branca.
128
Figura 6-89. Distribuição espectral de um dispositivo LED
fotoluminescente/fósforo branco-azulado.
Por serem fontes de luz altamente direcionais, os LEDs são freqüentemente especificados
em termos de suas intensidades de pico, em milicandelas (mcd). Dependendo do ângulo
de cone visto, as intensidades do pico para LEDs AlInGaP de alta emissão variam de 100
a 650 mcd para as lâmpadas vermelhas e de 120 a 1100 mcd para as de cor âmbar. LEDs
InGaP azuis com ângulos de cone de visão estreitos podem ter intensidades de pico
maiores que 500 mcd.
Tensões de operação típicas para LEDs podem variar de 1,5 a 4V. Com uma corrente
típica de 20mA, a energia de entrada de um único LED pode variar de aproximadamente
0,03 a 0,08 W. Um só sinal de transito vermelho pode conter de 20 a 200 componentes de
LED individuais e ter uma energia de entrada de 10 a 15W.
A eficiência luminosa do LED é definida como o fluxo luminoso emitido (em lm)
dividido pela energia radiante emitida (em W). Isso é comumente chamado de eficiência
interna. Usando essa definição, LEDs azuis podem ter uma eficiência interna na ordem de
75 lm/W; os LEDs vermelhos, aproximadamente 155 lm/W; e os de cor âmbar, 500
lm/W. Considerando as perdas devidas à re-absorção interna, a eficiência luminosa é de
ordem de 20 a 25 lm/W para LEDs âmbar e verde. Essa definição de eficiência é
chamada de eficiência externa e é análoga à definição de eficiência tipicamente usada
para outros tipos de fontes de luz.
LASERS
A palavra “laser”é um acrônimo para “amplificação de luz pela estimulação de emissão
de radiação” ("light amplification by stimulated emission of radiation"). Inventado em
1960, um laser é um dispositivo que concentra ondas de luz num feixe intenso de baixa
divergência. Mesmo que a fonte de luz seja um conversor ineficiente da energia elétrica
em energia luminosa, um só laser se torna inacreditavelmente eficiente quando aplicado
em situações de iluminações de escala muito grande(Figura 6-90).
129
Figura 6-90. Equipamento de laser (à esquerda, componentes ópticos; no centro, a cabeça
do laser; à direita, uma unidade montada para controle remoto).
O tubo do laser preenchido com gás de argônio ou criptônio emite a luz visível a ser
manipulada em esculturas e pinturas de luz espetaculares. Os lasers a argônio emitem luz
na variação do azul-verde. Para que as projeções aéreas sejam visíveis, toda a energia da
luz proveniente de uma enorme moldura de lasers de 20 W deve ser usada. Para imagens
projetadas, no entanto, o feixe de argônio pode ser dividido nos seus comprimentos de
onda de azul e verde para criar feixes coloridos que possam ser manipulados
130
separadamente. Os lasers à criptônio emitem luz vermelha, que propiciam importante
contraste de cor e expansão espectral para as projeções sobre fachadas.
Instalações e performances com laser são regulamentadas pelo governo federal, estadual
e leis locais foram definidas para proteger a saúde e a segurança pública. A energia
concentrada no facho de baixa divergência (dentro de uma determinada distância do
facho original) pode causar dano à retina se for projetado diretamente no olho.
Conseqüentemente, varias leis exigem uma distância mínima de separação (ex. 3-metros
na vertical, 2,5metros na lateral) entre os fachos de projeções e os seres humanos.
131
lanternas e iluminação suplementar de luz do dia em produções de filmes. Na maioria
dessas aplicações, as fontes de luz de arco curto de xenônio e de vapor metálico têm
substituído o arco de carbono.
As lâmpadas de arco de carbono são usadas nas luminárias que protegem a parte externa
da radiação extraviada. Essas luminárias incorporam componentes ópticos tais como
lentes, refletores e filtros para eliminar as partes indesejadas do espectro.
LUZES À GAS
Luzes à gás usam combustíveis gasosos para fins decorativos e de luz. Elas usam chamas
de gás aberto ou mantas incandescentes.
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