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INSTITUTO DE TECNOLOGIA
FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO
CAPÍTULO 4- ILUMINAÇÃO
1. Luz: aspecto da energia radiante que um observador humano constata pela sensação visual através
de estímulo da retina ocular.
2. Intensidade Luminosa (Candela - cd): é a potência da radiação luminosa em uma dada direção.
3. Luminância (cd/m2): é a intensidade luminosa de uma superfície dividida pela área da superfície
iluminada. Também pode ser definida como a sensação de claridade produzida pelo reflexo dos
raios luminosos (invisíveis) sobre uma superfície e transmitida aos olhos.
4. Fluxo Luminoso (Lúmem - lm): é a potência de radiação total emitida por uma fonte de luz percebida
pelo olho humano.
5. Iluminamento ou Iluminância (Lux - E): é a relação entre o fluxo luminoso que incide sobre uma
determinada superfície e a superfície sobre a qual ele incide.
Lúm em
Lux
m etroquadrado
6. Eficiência Luminosa (lm/W): é a relação entre o fluxo luminoso emitido pela lâmpada e a potência
absorvida.
Aparência de cor: descreve a aparência da luz emitida por uma fonte luminosa. Pode ser descrita
pela Temperatura de Cor Correlata (Tcp), dividida em três grupos:
Tcp entre 3300 e 5300 K: tonalidade intermediária, entre quente e fria (branca).
Na figura 4.1 é apresentado o efeito produzido em um mesmo objeto iluminado por fontes
com IRC diferentes.
As lâmpadas de vapor de mercúrio possuem baixa eficiência e foram substituídas por lâmpadas
de vapor de sódio (iluminação pública), por lâmpadas de vapor metálico (iluminação pública, galpões
industriais, praças e outros locais) e, mais recentemente, por lâmpadas a LED (iluminação pública,
galpões, praças e outros locais), por isso não serão abordadas nesse capítulo.
4.2.1 Lâmpadas Incandescentes
Possuem um bulbo de vidro em cujo interior existe um filamento de tungstênio que é aquecido
pela passagem da corrente elétrica até a incandescência (figura 4.2). Para evitar a oxidação do
filamento é realizado vácuo no interior do bulbo ou substitui-se o oxigênio por um gás inerte
(nitrogênio ou argônio).
Bulbo
Gás inerte
Filamento
Arame de
suporte
Botão de
suporte
Defletor de
calor
Condutores
Tubo de rarefação
Base
As lâmpadas incandescentes para uso geral, com potência entre 25 e 100 W e base E-27,
possuem baixa eficiência luminosa (inferior a 18 lm/W) e vida útil reduzida (até 2000 h). Por esse
motivo, estão sendo gradativamente banidas do mercado. No Brasil, desde 1º de julho de 2013, as
lâmpadas incandescentes nacionais ou importadas com potência superior a 100 W que não atendem
aos novos requisitos de eficiência estabelecidos pela Portaria Interministerial nº 1007, de 31 de
dezembro de 2010, não podem mais ser comercializadas no varejo ou atacado. Os novos níveis de
eficiência variam entre 17 e 24 lm/W, de acordo com a potência e a tensão de alimentação (127 ou
220 V).
Desde 1º de julho de 2014, as lâmpadas com potência entre 61 e 100 W que não atingiram
níveis mínimos de eficiência luminosa entre 14 e 22 lm/W saíram do mercado; a partir de 1º de julho
de 2015, o mesmo ocorreu com as lâmpadas com potência entre 41 e 60W que não atingiram níveis
entre 13 e 20 lm/W (atualmente, a eficiência dessas lâmpadas varia entre 10 e 14 lm/W). Finalmente,
as lâmpadas com potência entre 25 e 40W que também não atingiram os níveis mínimos de eficiência
estabelecidos pela Portaria (entre 10 e 19 lm/W) foram banidas do mercado a partir de 1º de julho de
2016.
Deve-se ressaltar que a citada Portaria excluiu as lâmpadas incandescentes para uso especial,
como aquelas utilizadas em eletrodomésticos (geladeiras, fornos, fogões, etc.), estufas, equipamentos
hospitalares, automóveis e semáforos, bem como as lâmpadas refletoras, as halógenas e as de bulbo
colorido. Algumas dessas serão abordadas sucintamente a seguir.
LÂMPADAS INCANDESCENTES DECORATIVAS
Possuem bulbos com formatos especiais ou coloridos e têm a finalidade de produzir efeitos de
luz atrativos e decorativos (figura 4.3).
Fonte: Catálogo GE
As lâmpadas halógenas são mais eficientes e possuem uma durabilidade um pouco maior do
que as lâmpadas incandescentes comuns, além de ótima reprodução de cores. Suas dimensões são
reduzidas e a tensão de funcionamento é de 127, 220 ou 12V, sendo necessária a utilização de
transformador nesse último caso. Existe uma diversidade de modelos disponíveis, com potência que
pode variar de 20 até 1000 W, dependendo do modelo. A figura 4.5 mostra uma lâmpada halógena
dicroica.
Utilizadas com fins decorativos, as lâmpadas dicroicas possuem um refletor com espelho
multifacetado e base bipino, sendo providas de bloqueador de raios ultravioleta. Possuem um facho
de luz bem dirigido e podem ser dimerizadas. Atualmente, a maior aplicação das lâmpadas halógenas
é na iluminação de destaque de objetos em ambientes comerciais, hotéis, residências, galerias,
museus e outros.
Nesse tipo de lâmpada a energia é emitida sob forma de radiação, provocada pelo choque de
gases ou vapores metálicos com os elétrons que circulam pelo interior da lâmpada. A radiação emitida
depende da pressão interna da lâmpada, da natureza do gás ou da presença de partículas metálicas
ou halógenas no interior do tubo.
LÂMPADAS FLUORESCENTES
São constituídas por um bulbo tubular de vidro em cujas paredes internas é fixado um material
fluorescente. Nas extremidades do bulbo encontram-se eletrodos de tungstênio (catodos) e no seu
interior existe vapor de mercúrio ou argônio a baixa pressão. A descarga elétrica provocada no interior
da lâmpada produz uma radiação ultravioleta que, em presença do material fluorescente existente nas
paredes do bulbo (cristais de fósforo), transforma-se em luz visível.
As lâmpadas de descarga – com exceção das lâmpadas de mercúrio de alta pressão –
necessitam de uma tensão superior à da rede para iniciar a descarga, por isso são utilizados
equipamentos auxiliares para ajudar na partida dessas lâmpadas (reator e/ou ignitor). Para as
lâmpadas fluorescentes existem atualmente três tipos de reatores: eletromagnético para partida
convencional, eletromagnético para partida rápida e eletrônico.
As lâmpadas fluorescentes com reator eletromagnético para partida convencional utilizam,
além do reator, um acessório denominado de starter ou disparador, que se destina a provocar uma
sobretensão entre as extremidades do reator. Esse último é formado por uma bobina com núcleo de
ferro que tem o objetivo de provocar um aumento de tensão durante a partida e limitar a corrente
durante o funcionamento da lâmpada.
Os reatores eletromagnéticos para partida rápida não necessitam de starter e os reatores
eletrônicos são mais leves, compactos e operam em alta freqüência, melhorando a eficiência do
conjunto lâmpada-reator (figura 4.6).
Figura 4.6: Esquema de ligação com reator eletrônico simples (uma lâmpada)
e duplo (duas lâmpadas)
Podem ainda ser citadas as lâmpadas fluorescentes compactas, com tamanho reduzido, design
moderno e efeito decorativo. Alguns tipos podem ser adaptados diretamente à base comum (de rosca)
das lâmpadas incandescentes (compactas integradas) e outros possuem base com dois ou quatro pinos
(compactas não integradas). São fabricadas em potências que podem variar desde 6 W até 55 W, sendo
indicadas para ambientes que precisam estar iluminados por um longo período em lojas, consultórios,
shoppings centers, halls de entrada, garagens, escadas, corredores e em ambientes residenciais em
geral, bem como em escritórios, escolas, bancos, supermercados, hotéis, e outros, para iluminação
geral. Entre as suas grandes vantagens estão a eficiência luminosa, que pode variar entre 40 e 80 lm/W
e a vida útil prolongada (até 10000 h, de acordo com os fabricantes).
LÂMPADAS DE VAPORES METÁLICOS
São lâmpadas de duplo contato, com um tubo de descarga de quartzo e um bulbo externo,
também de quartzo, preenchido com mercúrio a alta pressão e uma mistura de vapores. Devem ser
utilizadas apenas em luminárias fechadas, com vidro protetor e que absorva radiação, pois emitem
uma quantidade considerável de radiação ultravioleta.
Possuem tamanhos reduzidos e são equivalentes às lâmpadas halógenas do tipo “palito”,
porém com vida útil maior, economia de até 70% de energia, redução do calor gerado no ambiente e
maior fluxo luminoso. São indicadas para realçar a iluminação de ambientes internos e externos em
geral. Utilizam reator e ignitor para auxiliar na partida.
Possuem um tubo de descarga de quartzo no interior de um bulbo que pode ser ovóide ou
tubular. O bulbo tubular é revestido com material fluorescente. São também produzidas com duplo
contato.
Possuem alta eficiência luminosa, boa qualidade de iluminação e vida longa, podendo ser
utilizadas na iluminação de hangares, postos de gasolina, parques de exposição, outdoors, na indústria
em geral, em estádios, horticulturas e para iluminar estátuas, monumentos e fachadas. Também
utilizam reator e ignitor para auxiliar na partida.
Podem ser citadas ainda as lâmpadas Multi-Vapores Metálicos de potências menores (entre
20 e 300 W) da Série Mastercolor fabricadas pela PHIPLIS, que são indicadas na iluminação decorativa
ou de destaque interna ou externa (vitrines, monumentos e fachadas). Necessitam de reator e ignitor
ou de um reator eletrônico para auxiliar na partida, são mais eficientes e têm vida útil maior que as
lâmpadas halógenas.
São constituídas por um vidro ovóide ou tubular, onde é feito vácuo. O tubo de descarga
contido internamente é constituído por um composto de sódio e mercúrio, além de outros gases
(figura 4.7).
Sódio
Reator Ignitor de
alta tensão
A utilização do LED (Light Emission Diode ou Diodo Emissor de Luz) iniciou na década de 60,
com o uso de componentes eletrônicos, os quais produzem o fluxo luminoso devido ao movimento de
elétrons dentro de um material semicondutor. Esse sistema é chamado de iluminação de estado sólido
e utiliza os Diodos Emissores de Luz ou LEDs (figura 4.9).
Fonte: Silva, Mauri Luiz da. “LED: a Luz dos Novos Projetos”, Ciência Moderna, 2012
Os semicondutores são elementos químicos que não são nem condutores e nem isolantes,
mas quando combinados adequadamente formam um diodo semicondutor. O LED, portanto, é um
tipo especial de diodo que produz luz (Diodo Emissor de Luz).
A produção do fluxo luminoso a partir de um material semicondutor é obtida a partir da adição
de átomos de outro material ou impurezas (dopagem), que podem gerar excesso de elétrons no
material, que ficará com carga negativa (Semicondutor tipo N), ou que podem resultar em excesso de
átomos com carga positiva, gerando o que se chama de “lacunas” no material (Semicondutor tipo P).
O LED, então, é formado basicamente de uma junção PN.
Quando uma tensão é aplicada ao LED (conectando-se o lado N do diodo ao polo negativo da
fonte e o lado P do diodo ao polo positivo da fonte) ocorre a combinação dos elétrons com as lacunas,
resultando na liberação de energia em forma de luz.
A cor da luz depende apenas da energia que é liberada, o que é determinado pela escolha do
material semicondutor e das impurezas adicionadas (materiais diferentes possuem níveis diferentes
de energia). A operação estável do LED é assegurada pelo “driver”, que é um componente que
converte a corrente alternada da rede de alimentação em corrente contínua, evitando mudanças no
comprimento de onda e garantindo o seu funcionamento adequado.
Para dissipar a energia térmica gerada pelo LED, que é direcionada para a parte de trás do
equipamento, utilizam-se os dissipadores de calor, que podem ser peças de alumínio, grafite ou de
qualquer outro material condutor de calor. Nos modelos de LED de menor potência a dissipação de
calor pode ser feita na própria placa do circuito impresso do equipamento (figura 4.10).
Fonte: Silva, Mauri Luiz da. “LED: a Luz dos Novos Projetos”, Ciência Moderna, 2012
Aletas para
dissipação do calor
Fonte: Silva, Mauri Luiz da. “LED: a Luz dos Novos Projetos”, Ciência Moderna, 2012
O LED representa um novo tipo de tecnologia para a produção do fluxo luminoso, com
potencial para revolucionar o conceito de iluminação. A sua utilização iniciou-se em placares e sinais
luminosos, mas os avanços tecnológicos já permitem o seu uso em projetos importantes de iluminação
e embelezamento urbano, resultando em grande economia de energia devido ao baixo consumo e
baixa manutenção. Uma aplicação importante do LED é na iluminação externa, em praças e
estacionamentos, em substituição às lâmpadas de vapores metálicos, o que representa grande
economia de energia elétrica. Atualmente já se encontra no mercado o uso do LED na iluminação
pública, substituindo as lâmpadas de vapor de sódio e de vapores metálicos, sendo considerada a
iluminação do futuro. Também podem ser encontradas lâmpadas com tecnologia LED para aplicações
em monumentos, pontes e fachadas.
A utilização do LED em ambientes comerciais também vem sendo amplamente difundida,
sendo a sua eficiência comparável principalmente com a das lâmpadas fluorescentes tubulares que
utilizam reatores de alto fator de potência. Uma aplicação importante das lâmpadas a LED em hotéis,
restaurantes, bares e cafés é no retrofitting de lâmpadas incandescentes nesses locais.
Em relação aos ambientes residenciais, o LED ainda apresenta alto custo de instalação, o que
acaba encarecendo o projeto e se tornando uma desvantagem em relação à utilização das lâmpadas
fluorescentes compactas.
No entanto, a iluminação a LED possui inúmeras vantagens que vêm popularizando a sua
utilização, pois trazem benefícios aos usuários, além de benefícios ao meio ambiente pela diminuição
do desperdício de energia. Entre as vantagens da iluminação a LED, podem ser citadas:
4.4 Ofuscamento
onde:
Lb: luminância de fundo (cd/m2)
L: luminância da parte luminosa de cada luminária na direção do olho do observador (cd/m2)
w: ângulo sólido da parte luminosa de cada luminária junto ao olho do observador (esferorradiano)
p: índice de posição Guth de cada luminária, individualmente relacionado ao seu deslocamento a
partir da linha de visão
O UGR pode ser escalonado conforme mostrado a seguir, onde o número 13 representa o
ofuscamento desconfortável menos perceptível:
Escala do UGR: 13 – 16 – 19 – 22 – 25 – 28
De acordo com a publicação 117 da CIE, o método UGR não deve ser utilizado para as grandes
fontes de luz (luminárias individuais com superfícies luminosas maiores que 1,5m 2 ou tetos
uniformemente iluminados) ou para pequenas fontes de luz (encontrados em salas com altura inferior
a 3m ou em salões altos, com altura de montagem da luminária superior a 6m).
Por outro lado, o ofuscamento refletido pode ser prejudicial quando resulta em reflexos de
superfícies excessivamente brilhantes sobre o plano de trabalho. Alguns modelos de luminárias
possuem elementos de controle de luz ou sistemas ópticos constituídos de refletores parabólicos em
alumínio polido (brilhante ou acetinado), que têm como finalidade dirigir a luz para as áreas desejadas,
distribuindo-a melhor e permitindo a redução do ofuscamento provocado por reflexões no ambiente
e na tela dos computadores.
Para o ofuscamento refletido os limites de luminância são especificados para luminárias que
podem refletir ao longo da linha normal de visão de uma tela inclinada em até 15°. A NBR ISO/CIE
8995-1:2013 recomenda que a luminância não exceda 200cd/m2 em telas de monitores utilizados em
estações de trabalho, com fundo escuro. Para os monitores com um bom acabamento antirreflexo ou
antiofuscamento a luminância não deve exceder 1000cd/m2. Esses valores anteriormente
especificados devem ser considerados para ângulos iguais ou maiores que 65°, a partir de uma vertical
descendente, conforme mostra a figura 4.14.
A tabela 4.1 apresenta alguns requisitos de iluminação, por tipo de atividade, recomendados
pela NBR ISO/CIE 8995-1:2013. Se um ambiente particular, tarefa ou atividade não estiverem listados
nessa tabela, podem ser adotados os valores recomendados para atividades similares.
Tabela 4.1: Requisitos para projetos de iluminação de interiores
Esse método determina o fluxo luminoso total () necessário para se obter um iluminamento
médio uniforme no ambiente, de acordo com a seguinte equação:
ExS
(lúmens)
uxd
onde:
E: iluminamento desejado, em lux
S: área do compartimento, em m2
u: fator de utilização
d: fator de depreciação
onde:
C: comprimento
L: largura
h: altura da luminária ao plano de trabalho (que corresponde ao somatório da altura do plano de
trabalho, da espessura do forro e da altura do pendente da luminária, quando houver, subtraídos da
altura total do ambiente). Quando a altura do plano de trabalho não for definida, pode-se adotar um
plano horizontal a 0,75m do piso
As tabelas 4.2 a 4.4 apresentam alguns índices ou fatores de reflexão de superfícies. Esses
fatores são considerados durante a determinação do fator de utilização.
Tabela 4.4: Fatores de reflexão considerando as cores dos revestimentos das paredes e do teto
Teto branco 75%
Teto claro 50%
Paredes brancas 50%
Paredes claras 30%
Paredes medianamente claras 10%
N
onde:
N : número de luminárias para o ambiente
: fluxo de cada luminária (produto do fluxo de uma lâmpada pelo número de lâmpadas da luminária)
NxW
Pt
1000
onde:
Pt: potência total, em kW
N: número de luminárias adotado
W: consumo por conjunto lâmpada + reator, fornecido nos dados do reator, em Watts
Pt x 1000
D
S
onde:
D: densidade de potência, em W/m²
S: área do local, em m²
_ Densidade de potência relativa: potência total instalada para cada 100 lux de iluminância.
D x 100
Dr
E'
onde:
Dr: densidade relativa de potência, em W/m² por 100 lux
E’: iluminamento final alcançado com o número de luminárias adotado, em lux
“Um sistema luminotécnico só é mais eficiente do que outro se, ao apresentar o mesmo nível
de iluminância do outro, consumir menos Watts por metro quadrado” (Fonte: Manual Luminotécnico
Prático - OSRAM).
É utilizada para enfatizar objetos (quadros, tapeçarias, esculturas, joias, produtos expostos em
prateleiras e outros). A iluminação de destaque é caracterizada pelo grau de abertura do facho
luminoso (ângulo de abertura) e pela intensidade luminosa da lâmpada. O diâmetro do facho luminoso
é calculado em função da distância entre a lâmpada e o objeto a ser iluminado. Esses parâmetros são
indicados na figura 4.15:
Figura 4.15: Iluminação dirigida
𝝦
𝝦/2
𝜃
𝐷 = 2𝑑𝑡𝑔 ( )
2
𝐷
𝜃 = 2𝐴𝑟𝑐𝑡𝑔 ( )
2𝑑
Se a distância entre a fonte de luz e o objeto a ser iluminado for, no mínimo, cinco vezes maior
do que as dimensões físicas da fonte de luz pode-se calcular a iluminância pelo Método da Iluminância
Pontual (ponto-a-ponto). Para incidência de luz perpendicular (figura 4.15), utiliza-se a seguinte
equação:
𝐼
𝐸=
𝑑2
onde:
E : iluminância, em lux
𝐼: intensidade luminosa verticalmente sobre o ponto considerado, em cd
Se a incidência de luz não for perpendicular ao plano de trabalho (figura 4.16), a equação
considerada é:
I cos 3
E (lux)
h2
onde:
: ângulo de incidência do fluxo luminoso, em graus
I : intensidade luminosa na direção da incidência, em cd
h : altura de instalação da luminária, em m
Figura 4.16: Cálculo da iluminância em uma direção
não perpendicular ao plano do objeto
As lâmpadas escolhidas devem possui ângulo de abertura, de preferência, até 36°. Ângulos
maiores que 50° resultam em focos exagerados ou marcas de luz no teto. A fim de evitar reflexos no
teto, quando for o caso, a iluminação de destaque deve ser posicionada a certa distância da parede.
Essa última pode ser calculada de acordo com a seguinte equação:
X = 0,6 x H – 0,9
onde:
X: distância da luminária até a parede, em m
H: pé direito do local
ANEXO – PLANILHA DE PROJETO LUMINOTÉCNICO
Empresa:
Obra:
Projetista:
Recinto: Data:
01 Comprimento a m
02 Largura b m
03 Área S = a.b m2
04 Pé-direito H m
Descrição 05 Pé-direito útil h = H – hplano trab. m
– hforro ou pendente
do 06 Fator do local ou índice do a.b
k
recinto (a b).h
Ambiente
07 Fator de depreciação Fd
08 Coeficiente de reflexão Teto
09 Coeficiente de reflexão Paredes
10 Coeficiente de reflexão Piso
11 Iluminância planejada E lux
Características da 12 Tonalidade ou temperatura de K K
Iluminação cor
13 Índice de reprodução de cores IRC
14 Tipo de lâmpada
15 Fluxo luminoso de cada lâmpada lm
16 Lâmpadas por luminária n
Lâmpadas 17 Tipo de luminária
18 Fator de utilização Fu
e 19 Fluxo luminoso total E .S lm
Fu .Fd
Luminárias
20 Número de luminárias unid.
N
n.
Cálculo 21 Quantidade de luminárias no Nadotado unid.
de recinto
Controle 22 Iluminância alcançada Efinal lux
23 Potência total instalada N .W * kW
Cálculo Pt
1000
24 Densidade de potência Pt .1000 W/m2
do D
S
25 Densidade de potência relativa D.100 W/m2
Consumo Dr
E por 100
lux
*
W = potência do conjunto lâmpada + acessório