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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

INSTITUTO DE TECNOLOGIA
FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO

DISCIPLINA: INSTALAÇÕES PREDIAIS E URBANAS II


Prof.a: CARMINDA CÉLIA M. M. CARVALHO

CAPÍTULO 4- ILUMINAÇÃO

4.1 Conceitos Fundamentais da Luminotécnica

1. Luz: aspecto da energia radiante que um observador humano constata pela sensação visual através
de estímulo da retina ocular.

2. Intensidade Luminosa (Candela - cd): é a potência da radiação luminosa em uma dada direção.

3. Luminância (cd/m2): é a intensidade luminosa de uma superfície dividida pela área da superfície
iluminada. Também pode ser definida como a sensação de claridade produzida pelo reflexo dos
raios luminosos (invisíveis) sobre uma superfície e transmitida aos olhos.

4. Fluxo Luminoso (Lúmem - lm): é a potência de radiação total emitida por uma fonte de luz percebida
pelo olho humano.

5. Iluminamento ou Iluminância (Lux - E): é a relação entre o fluxo luminoso que incide sobre uma
determinada superfície e a superfície sobre a qual ele incide.

Lúm em
Lux 
m etroquadrado

6. Eficiência Luminosa (lm/W): é a relação entre o fluxo luminoso emitido pela lâmpada e a potência
absorvida.

Outros conceitos importantes:

 Aparência de cor: descreve a aparência da luz emitida por uma fonte luminosa. Pode ser descrita
pela Temperatura de Cor Correlata (Tcp), dividida em três grupos:

 Tcp abaixo de 3300 K: tonalidade de luz quente, similar à da lâmpada incandescente


(amarelada).

 Tcp entre 3300 e 5300 K: tonalidade intermediária, entre quente e fria (branca).

 Tcp acima de 5300 K: tonalidade fria (branco-azulada).


 Reprodução de cor: definida em função do efeito produzido por uma fonte de luz de
referência. São utilizadas cores-padrão bem definidas, observadas inicialmente à luz da fonte
de referência e depois à luz da lâmpada a ser testada. Determina-se, então, em função do
desvio na cor provocado pela lâmpada testada, o Índice de Reprodução de Cores (IRC ou Ra) da
lâmpada (o valor máximo é 100), podendo-se ainda classificar as lâmpadas em três grupos:

 IRC até 70: reprodução moderada das cores.

 IRC entre 70 e 85: reprodução boa das cores.

 IRC acima de 85: reprodução excelente das cores.

Na figura 4.1 é apresentado o efeito produzido em um mesmo objeto iluminado por fontes
com IRC diferentes.

Figura 4.1: Reprodução de cores a partir de lâmpadas com IRC diferentes

Fonte: Catálogo PHILIPS

4.2 Lâmpadas - Classificação

As lâmpadas podem ser:

 Incandescentes: para iluminação geral; decorativas; refletoras; para utilização específica;


com bulbo de quartzo ou halógenas.

 De descarga: fluorescente; vapor metálico; vapor de sódio e vapor de mercúrio, entre


outras.

 De estado sólido: lâmpadas a LED.

As lâmpadas de vapor de mercúrio possuem baixa eficiência e foram substituídas por lâmpadas
de vapor de sódio (iluminação pública), por lâmpadas de vapor metálico (iluminação pública, galpões
industriais, praças e outros locais) e, mais recentemente, por lâmpadas a LED (iluminação pública,
galpões, praças e outros locais), por isso não serão abordadas nesse capítulo.
4.2.1 Lâmpadas Incandescentes

Possuem um bulbo de vidro em cujo interior existe um filamento de tungstênio que é aquecido
pela passagem da corrente elétrica até a incandescência (figura 4.2). Para evitar a oxidação do
filamento é realizado vácuo no interior do bulbo ou substitui-se o oxigênio por um gás inerte
(nitrogênio ou argônio).

Figura 4.2: Lâmpada incandescente comum

Bulbo
Gás inerte
Filamento
Arame de
suporte
Botão de
suporte
Defletor de
calor
Condutores

Tubo de rarefação

Base

Fonte: Niskier, Júlio e Macintyre, Archibald. “Instalações Elétricas”, 5ª edição, 2008

As lâmpadas incandescentes para uso geral, com potência entre 25 e 100 W e base E-27,
possuem baixa eficiência luminosa (inferior a 18 lm/W) e vida útil reduzida (até 2000 h). Por esse
motivo, estão sendo gradativamente banidas do mercado. No Brasil, desde 1º de julho de 2013, as
lâmpadas incandescentes nacionais ou importadas com potência superior a 100 W que não atendem
aos novos requisitos de eficiência estabelecidos pela Portaria Interministerial nº 1007, de 31 de
dezembro de 2010, não podem mais ser comercializadas no varejo ou atacado. Os novos níveis de
eficiência variam entre 17 e 24 lm/W, de acordo com a potência e a tensão de alimentação (127 ou
220 V).
Desde 1º de julho de 2014, as lâmpadas com potência entre 61 e 100 W que não atingiram
níveis mínimos de eficiência luminosa entre 14 e 22 lm/W saíram do mercado; a partir de 1º de julho
de 2015, o mesmo ocorreu com as lâmpadas com potência entre 41 e 60W que não atingiram níveis
entre 13 e 20 lm/W (atualmente, a eficiência dessas lâmpadas varia entre 10 e 14 lm/W). Finalmente,
as lâmpadas com potência entre 25 e 40W que também não atingiram os níveis mínimos de eficiência
estabelecidos pela Portaria (entre 10 e 19 lm/W) foram banidas do mercado a partir de 1º de julho de
2016.
Deve-se ressaltar que a citada Portaria excluiu as lâmpadas incandescentes para uso especial,
como aquelas utilizadas em eletrodomésticos (geladeiras, fornos, fogões, etc.), estufas, equipamentos
hospitalares, automóveis e semáforos, bem como as lâmpadas refletoras, as halógenas e as de bulbo
colorido. Algumas dessas serão abordadas sucintamente a seguir.
 LÂMPADAS INCANDESCENTES DECORATIVAS

Possuem bulbos com formatos especiais ou coloridos e têm a finalidade de produzir efeitos de
luz atrativos e decorativos (figura 4.3).

Figura 4.3: Lâmpadas decorativas

Fonte: Catálogo PHILIPS

 LÂMPADAS INCANDESCENTES PARA ILUMINAÇÃO ESPECÍFICA

Nessa classificação estão as lâmpadas empregadas em faróis de veículos, as miniaturas, as


lâmpadas de luz negra e as germicidas, entre outras.

 Lâmpadas infravermelhas: empregadas no aquecimento de estufas, em fisioterapia e na criação


de animais, entre outras utilidades. Emitem radiação na faixa de ondas caloríficas, não podendo
ser utilizadas na iluminação geral. Entre as suas principais características estão o alto coeficiente
de reflexão e as dimensões reduzidas.

 LÂMPADAS COM BULBO DE QUARTZO OU HALÓGENAS

São tipos aperfeiçoados de lâmpadas incandescentes, constituídas por um bulbo tubular de


quartzo onde são colocados um filamento de tungstênio e partículas de iodo ou bromo (halogênios).
Quando o filamento de tungstênio é aceso, a alta temperatura provoca a combinação do halogênio
com os átomos que se desprendem do filamento, gerando um terceiro elemento (o iodeto de
tungstênio). Esse último é responsável por provocar um ciclo regenerativo e fazer com que as
partículas de tungstênio retornem novamente ao filamento (por efeito de convecção), evitando o
enegrecimento do bulbo (figura 4.4).
Figura 4.4: Ciclo regenerativo das lâmpadas halógenas

Fonte: Catálogo GE

As lâmpadas halógenas são mais eficientes e possuem uma durabilidade um pouco maior do
que as lâmpadas incandescentes comuns, além de ótima reprodução de cores. Suas dimensões são
reduzidas e a tensão de funcionamento é de 127, 220 ou 12V, sendo necessária a utilização de
transformador nesse último caso. Existe uma diversidade de modelos disponíveis, com potência que
pode variar de 20 até 1000 W, dependendo do modelo. A figura 4.5 mostra uma lâmpada halógena
dicroica.

Figura 4.5: Lâmpada dicroica

Fonte: Catálogo PHILIPS

Utilizadas com fins decorativos, as lâmpadas dicroicas possuem um refletor com espelho
multifacetado e base bipino, sendo providas de bloqueador de raios ultravioleta. Possuem um facho
de luz bem dirigido e podem ser dimerizadas. Atualmente, a maior aplicação das lâmpadas halógenas
é na iluminação de destaque de objetos em ambientes comerciais, hotéis, residências, galerias,
museus e outros.

4.2.2 Lâmpadas de Descarga

Nesse tipo de lâmpada a energia é emitida sob forma de radiação, provocada pelo choque de
gases ou vapores metálicos com os elétrons que circulam pelo interior da lâmpada. A radiação emitida
depende da pressão interna da lâmpada, da natureza do gás ou da presença de partículas metálicas
ou halógenas no interior do tubo.
 LÂMPADAS FLUORESCENTES

São constituídas por um bulbo tubular de vidro em cujas paredes internas é fixado um material
fluorescente. Nas extremidades do bulbo encontram-se eletrodos de tungstênio (catodos) e no seu
interior existe vapor de mercúrio ou argônio a baixa pressão. A descarga elétrica provocada no interior
da lâmpada produz uma radiação ultravioleta que, em presença do material fluorescente existente nas
paredes do bulbo (cristais de fósforo), transforma-se em luz visível.
As lâmpadas de descarga – com exceção das lâmpadas de mercúrio de alta pressão –
necessitam de uma tensão superior à da rede para iniciar a descarga, por isso são utilizados
equipamentos auxiliares para ajudar na partida dessas lâmpadas (reator e/ou ignitor). Para as
lâmpadas fluorescentes existem atualmente três tipos de reatores: eletromagnético para partida
convencional, eletromagnético para partida rápida e eletrônico.
As lâmpadas fluorescentes com reator eletromagnético para partida convencional utilizam,
além do reator, um acessório denominado de starter ou disparador, que se destina a provocar uma
sobretensão entre as extremidades do reator. Esse último é formado por uma bobina com núcleo de
ferro que tem o objetivo de provocar um aumento de tensão durante a partida e limitar a corrente
durante o funcionamento da lâmpada.
Os reatores eletromagnéticos para partida rápida não necessitam de starter e os reatores
eletrônicos são mais leves, compactos e operam em alta freqüência, melhorando a eficiência do
conjunto lâmpada-reator (figura 4.6).

Figura 4.6: Esquema de ligação com reator eletrônico simples (uma lâmpada)
e duplo (duas lâmpadas)

Podem ainda ser citadas as lâmpadas fluorescentes compactas, com tamanho reduzido, design
moderno e efeito decorativo. Alguns tipos podem ser adaptados diretamente à base comum (de rosca)
das lâmpadas incandescentes (compactas integradas) e outros possuem base com dois ou quatro pinos
(compactas não integradas). São fabricadas em potências que podem variar desde 6 W até 55 W, sendo
indicadas para ambientes que precisam estar iluminados por um longo período em lojas, consultórios,
shoppings centers, halls de entrada, garagens, escadas, corredores e em ambientes residenciais em
geral, bem como em escritórios, escolas, bancos, supermercados, hotéis, e outros, para iluminação
geral. Entre as suas grandes vantagens estão a eficiência luminosa, que pode variar entre 40 e 80 lm/W
e a vida útil prolongada (até 10000 h, de acordo com os fabricantes).
 LÂMPADAS DE VAPORES METÁLICOS

São lâmpadas de duplo contato, com um tubo de descarga de quartzo e um bulbo externo,
também de quartzo, preenchido com mercúrio a alta pressão e uma mistura de vapores. Devem ser
utilizadas apenas em luminárias fechadas, com vidro protetor e que absorva radiação, pois emitem
uma quantidade considerável de radiação ultravioleta.
Possuem tamanhos reduzidos e são equivalentes às lâmpadas halógenas do tipo “palito”,
porém com vida útil maior, economia de até 70% de energia, redução do calor gerado no ambiente e
maior fluxo luminoso. São indicadas para realçar a iluminação de ambientes internos e externos em
geral. Utilizam reator e ignitor para auxiliar na partida.

 LÂMPADAS DE MULTI-VAPORES METÁLICOS

Possuem um tubo de descarga de quartzo no interior de um bulbo que pode ser ovóide ou
tubular. O bulbo tubular é revestido com material fluorescente. São também produzidas com duplo
contato.
Possuem alta eficiência luminosa, boa qualidade de iluminação e vida longa, podendo ser
utilizadas na iluminação de hangares, postos de gasolina, parques de exposição, outdoors, na indústria
em geral, em estádios, horticulturas e para iluminar estátuas, monumentos e fachadas. Também
utilizam reator e ignitor para auxiliar na partida.
Podem ser citadas ainda as lâmpadas Multi-Vapores Metálicos de potências menores (entre
20 e 300 W) da Série Mastercolor fabricadas pela PHIPLIS, que são indicadas na iluminação decorativa
ou de destaque interna ou externa (vitrines, monumentos e fachadas). Necessitam de reator e ignitor
ou de um reator eletrônico para auxiliar na partida, são mais eficientes e têm vida útil maior que as
lâmpadas halógenas.

 LÂMPADAS DE VAPOR DE SÓDIO

São constituídas por um vidro ovóide ou tubular, onde é feito vácuo. O tubo de descarga
contido internamente é constituído por um composto de sódio e mercúrio, além de outros gases
(figura 4.7).

Figura 4.7: Lâmpada a vapor de sódio

1- Eletrodos com Nióbio.


2 - Tubo de descarga feito de óxido de alumínio sintetizado.
3 - Conjunto de montagem do tubo de descarga. Ele tem um
formato especial para evitar sombras no sistema ótico da
luminária.
4 - Conexão elétrica flexível.
5 - Anel no qual o material de condução é armazenado
durante o seu funcionamento.
6 - Tubo de esgotamento do bulbo externo.
7 - Conexões elétricas.
8 - Tubo de vidro duro externo.
9 – Base.

Fonte: site da PHILIPS Lighting


As lâmpadas de vapor de sódio a alta pressão são as que apresentam a melhor eficiência
luminosa e a vida útil mais longa entre todos os tipos de lâmpadas de descarga. Utilizam reator e ignitor
para auxiliar na partida e levam alguns minutos para atingir 80% do fluxo luminoso total (figura 4.8).
São utilizadas na iluminação de ruas, aeroportos, estacionamentos e áreas externas em geral.

Figura 4.8: Esquema de ligação de uma lâmpada de vapor de sódio

Sódio

Reator Ignitor de
alta tensão

Fonte: Niskier, Júlio e Macintyre, Archibald. “Instalações Elétricas”, 5ª edição, 2008

4.2.3 Lâmpadas de LED

A utilização do LED (Light Emission Diode ou Diodo Emissor de Luz) iniciou na década de 60,
com o uso de componentes eletrônicos, os quais produzem o fluxo luminoso devido ao movimento de
elétrons dentro de um material semicondutor. Esse sistema é chamado de iluminação de estado sólido
e utiliza os Diodos Emissores de Luz ou LEDs (figura 4.9).

Figura 4.9: Diodo Emissor de Luz (LED)

Fonte: Silva, Mauri Luiz da. “LED: a Luz dos Novos Projetos”, Ciência Moderna, 2012
Os semicondutores são elementos químicos que não são nem condutores e nem isolantes,
mas quando combinados adequadamente formam um diodo semicondutor. O LED, portanto, é um
tipo especial de diodo que produz luz (Diodo Emissor de Luz).
A produção do fluxo luminoso a partir de um material semicondutor é obtida a partir da adição
de átomos de outro material ou impurezas (dopagem), que podem gerar excesso de elétrons no
material, que ficará com carga negativa (Semicondutor tipo N), ou que podem resultar em excesso de
átomos com carga positiva, gerando o que se chama de “lacunas” no material (Semicondutor tipo P).
O LED, então, é formado basicamente de uma junção PN.
Quando uma tensão é aplicada ao LED (conectando-se o lado N do diodo ao polo negativo da
fonte e o lado P do diodo ao polo positivo da fonte) ocorre a combinação dos elétrons com as lacunas,
resultando na liberação de energia em forma de luz.
A cor da luz depende apenas da energia que é liberada, o que é determinado pela escolha do
material semicondutor e das impurezas adicionadas (materiais diferentes possuem níveis diferentes
de energia). A operação estável do LED é assegurada pelo “driver”, que é um componente que
converte a corrente alternada da rede de alimentação em corrente contínua, evitando mudanças no
comprimento de onda e garantindo o seu funcionamento adequado.
Para dissipar a energia térmica gerada pelo LED, que é direcionada para a parte de trás do
equipamento, utilizam-se os dissipadores de calor, que podem ser peças de alumínio, grafite ou de
qualquer outro material condutor de calor. Nos modelos de LED de menor potência a dissipação de
calor pode ser feita na própria placa do circuito impresso do equipamento (figura 4.10).

Figura 4.10: Exemplos de dissipadores de placa

Fonte: Silva, Mauri Luiz da. “LED: a Luz dos Novos Projetos”, Ciência Moderna, 2012

Para maiores potências, no entanto, é necessário acoplar um dissipador adicional, podendo


ser integrado ao LED, formado por aletas calculadas através de fórmulas específicas para determinar
o tamanho e a configuração desse componente, que é fundamental para garantir a qualidade e a vida
útil do LED. O modelo de lâmpada LED mostrado na figura 4.11 apresenta aletas bem definidas para a
absorção e dissipação do calor.

Figura 4.11: Lâmpada LED equivalente a uma PAR halógena

Aletas para
dissipação do calor

Fonte: Silva, Mauri Luiz da. “LED: a Luz dos Novos Projetos”, Ciência Moderna, 2012
O LED representa um novo tipo de tecnologia para a produção do fluxo luminoso, com
potencial para revolucionar o conceito de iluminação. A sua utilização iniciou-se em placares e sinais
luminosos, mas os avanços tecnológicos já permitem o seu uso em projetos importantes de iluminação
e embelezamento urbano, resultando em grande economia de energia devido ao baixo consumo e
baixa manutenção. Uma aplicação importante do LED é na iluminação externa, em praças e
estacionamentos, em substituição às lâmpadas de vapores metálicos, o que representa grande
economia de energia elétrica. Atualmente já se encontra no mercado o uso do LED na iluminação
pública, substituindo as lâmpadas de vapor de sódio e de vapores metálicos, sendo considerada a
iluminação do futuro. Também podem ser encontradas lâmpadas com tecnologia LED para aplicações
em monumentos, pontes e fachadas.
A utilização do LED em ambientes comerciais também vem sendo amplamente difundida,
sendo a sua eficiência comparável principalmente com a das lâmpadas fluorescentes tubulares que
utilizam reatores de alto fator de potência. Uma aplicação importante das lâmpadas a LED em hotéis,
restaurantes, bares e cafés é no retrofitting de lâmpadas incandescentes nesses locais.
Em relação aos ambientes residenciais, o LED ainda apresenta alto custo de instalação, o que
acaba encarecendo o projeto e se tornando uma desvantagem em relação à utilização das lâmpadas
fluorescentes compactas.
No entanto, a iluminação a LED possui inúmeras vantagens que vêm popularizando a sua
utilização, pois trazem benefícios aos usuários, além de benefícios ao meio ambiente pela diminuição
do desperdício de energia. Entre as vantagens da iluminação a LED, podem ser citadas:

 A maior vida útil e a baixa manutenção.


 O baixo consumo de energia e a elevada eficiência luminosa.
 O fato de não emitir luz ultravioleta e luz infravermelha, que são características dos outros tipos
de sistemas de iluminação e podem provocar queimaduras e aquecer o ambiente.

4.3 Classificação das Luminárias

As luminárias para iluminação de interiores podem ser classificadas em função da distribuição


espacial do fluxo luminoso emitido, que passa acima ou abaixo de um plano horizontal que atravessa
o centro de um plano de referência. Essa distribuição, denominada de Curva Fotométrica ou Curva de
Distribuição Luminosa (CDL), representa a intensidade luminosa em todos os ângulos em que ela é
direcionada em um plano, conforme é especificado nas figuras 4.12 e 4.13.

Figura 4.12: Determinação das curvas fotométricas horizontais e verticais

Fonte: Moreira, Vinícius de Araújo. “Iluminação Elétrica”, 3ª reimpressão, 2008


Figura 4.13: Classificação das luminárias para iluminação geral de interiores

Fonte: Moreira, Vinícius de Araújo. “Iluminação Elétrica”, 3ª reimpressão, 2008

 Iluminação Direta: quando o fluxo luminoso é dirigido diretamente ao plano de trabalho.


 Iluminação Semidireta: quando parte do fluxo luminoso chega ao plano de trabalho diretamente
dirigido e outra parte o atinge por reflexão, existindo predominância do efeito direto.
 Iluminação Semi - Indireta: quando parte do fluxo luminoso chega ao plano de trabalho por efeito
indireto e a outra parte é diretamente dirigida ao mesmo. Nesse caso, o efeito indireto predomina.
 Iluminação Indireta: quando o fluxo luminoso é dirigido diretamente na direção oposta ao plano
de trabalho, atingindo-o somente por reflexão. Normalmente utilizado para provocar efeito
decorativo.
 Iluminação Mista: o fluxo luminoso atinge o plano de trabalho proporcionalmente, de forma direta
e indireta, não havendo predominância de nenhum dos dois tipos de iluminação.

4.4 Ofuscamento

Ofuscamento é o desconforto sentido quando uma fonte luminosa, natural ou artificial,


prejudica o desempenho visual de um observador. Quando a fonte luminosa “clara demais” se situa
diretamente no campo de visão do observador ocorre o ofuscamento direto, e quando o observador
vê o reflexo da fonte de luz sobre uma superfície brilhante ocorre o ofuscamento refletido, também
chamado de reflexões veladoras.
O ofuscamento direto poder ocorrer como ofuscamento inabilitador ou como ofuscamento
desconfortável ou perturbador. O ofuscamento inabilitador é mais comum na iluminação exterior,
sendo provocado por fontes brilhantes intensas, dificultando a visão dos objetos. O ofuscamento
desconfortável geralmente ocorre no interior de locais de trabalho, a partir de luminárias brilhantes
ou janelas, provocando a fadiga rápida dos órgãos de visão.
Geralmente são empregados limites para controlar o ofuscamento desconfortável, que é um
problema maior que o ofuscamento inabilitador na iluminação de interiores. Para atribuir um valor ao
ofuscamento desconfortável de uma instalação, a NBR ISO/CIE 8995-1:2013 recomenda que se utilize
a equação para cálculo do Índice de Ofuscamento Unificado (UGR) da Comissão Internacional de
Iluminação - CIE (International Commission on Illumination), conforme estabelecido na publicação CIE
117-1995, mostrada a seguir:
0,25 𝐿2 . 𝑤
𝑈𝐺𝑅 = 8. 𝑙𝑜𝑔 ( ).∑ 2
𝐿𝑏 𝑝

onde:
Lb: luminância de fundo (cd/m2)
L: luminância da parte luminosa de cada luminária na direção do olho do observador (cd/m2)
w: ângulo sólido da parte luminosa de cada luminária junto ao olho do observador (esferorradiano)
p: índice de posição Guth de cada luminária, individualmente relacionado ao seu deslocamento a
partir da linha de visão

O UGR pode ser escalonado conforme mostrado a seguir, onde o número 13 representa o
ofuscamento desconfortável menos perceptível:
Escala do UGR: 13 – 16 – 19 – 22 – 25 – 28

De acordo com a publicação 117 da CIE, o método UGR não deve ser utilizado para as grandes
fontes de luz (luminárias individuais com superfícies luminosas maiores que 1,5m 2 ou tetos
uniformemente iluminados) ou para pequenas fontes de luz (encontrados em salas com altura inferior
a 3m ou em salões altos, com altura de montagem da luminária superior a 6m).
Por outro lado, o ofuscamento refletido pode ser prejudicial quando resulta em reflexos de
superfícies excessivamente brilhantes sobre o plano de trabalho. Alguns modelos de luminárias
possuem elementos de controle de luz ou sistemas ópticos constituídos de refletores parabólicos em
alumínio polido (brilhante ou acetinado), que têm como finalidade dirigir a luz para as áreas desejadas,
distribuindo-a melhor e permitindo a redução do ofuscamento provocado por reflexões no ambiente
e na tela dos computadores.
Para o ofuscamento refletido os limites de luminância são especificados para luminárias que
podem refletir ao longo da linha normal de visão de uma tela inclinada em até 15°. A NBR ISO/CIE
8995-1:2013 recomenda que a luminância não exceda 200cd/m2 em telas de monitores utilizados em
estações de trabalho, com fundo escuro. Para os monitores com um bom acabamento antirreflexo ou
antiofuscamento a luminância não deve exceder 1000cd/m2. Esses valores anteriormente
especificados devem ser considerados para ângulos iguais ou maiores que 65°, a partir de uma vertical
descendente, conforme mostra a figura 4.14.

Figura 4.14: Zona crítica de radiação (ɣ≥65º) para luminância de


luminária que pode provocar ofuscamento por reflexão em uma tela

Fonte: NBR ISO/CIE 8995-1:2013


4.5 Projeto de Iluminação

O projeto de iluminação de um estabelecimento envolve algumas decisões preliminares


relativas ao local (sala, escritório, loja, indústria . . .) e ao tipo de atividade que será desenvolvida
(trabalho bruto, atividades minuciosas que exijam iluminamento intenso, etc.), sendo necessário
determinar:

1. O tipo de lâmpada para os ambientes.


2. O tipo de iluminação: direta, indireta, etc.
3. As dimensões do local e as cores do teto, parede e piso.
4. As alturas das mesas, bancadas de trabalho ou máquinas a serem operadas, conforme o caso.
5. A possibilidade de fácil manutenção das luminárias.

A primeira etapa na elaboração de um projeto luminotécnico é a determinação do nível de


iluminamento ou da iluminância (designação adotada pela NBR ISO/CIE 8995-1:2013), que pode ser
obtido considerando-se:

 A iluminância mantida (𝐸 ̅̅̅̅


𝑚 , lux): valor abaixo do qual não convém que a iluminância média da
superfície especificada seja reduzida.
 O índice de reprodução de cores mínimo para cada atividade ou tarefa (Ra).
 O valor limite para o Índice de Ofuscamento Unificado (UGRL) associado.

4.5.1 Seleção da Iluminância

A tabela 4.1 apresenta alguns requisitos de iluminação, por tipo de atividade, recomendados
pela NBR ISO/CIE 8995-1:2013. Se um ambiente particular, tarefa ou atividade não estiverem listados
nessa tabela, podem ser adotados os valores recomendados para atividades similares.
Tabela 4.1: Requisitos para projetos de iluminação de interiores

Atividade Iluminância UGRL Ra


(lux)
Sala de espera 200 22 80
Áreas de circulação e corredores 100 28 40
Escadas, escadas rolantes e esteira rolantes 150 25 40
Vestiários, banheiros e toaletes 200 25 80
Depósitos, estoques, câmara fria 100 a 200 25 60
Padaria: preparação e fornada 300 22 80
Padaria: acabamento e decoração 500 22 80
Indústria de alimentos: locais de trabalho em cervejaria, 200 25 80
maltagem, lavagem, enchimento de barris, limpeza,
peneiração, descascamento, alimentos em conserva, fábrica
de chocolate, fábrica de açúcar, secagem e fermentação de
tabaco cru e câmara de fermentação
Triagem e lavagem de produtos, moagem, mistura, 300 25 80
embalagem, corte e triagem de frutas e vegetais
Fabricação de alimentos finos, cozinha 500 22 80
Refeitório, cantina 200 22 80
Cabeleireiro 500 19 90
Lavanderia: entrada de mercadorias, lavagem e limpeza e 300 25 80
seco, passagem de roupas
Gráficas: corte, gravação em relevo, gravura em bloco, 500 19 80
trabalhos em pedras e placas, impressão
Escritórios: desenho técnico 750 16 80
Escritórios: escrever, ler, teclar e processar dados 500 19 80
Escritórios: salas de reunião e conferência (luz controlável) 500 19 80
Restaurantes e hotéis: recepção, caixa, portaria, bufê 300 22 80
Restaurantes e hotéis: restaurante, sala de jantar, sala de 200 22 80
eventos, restaurante self service
Teatros e salas de concerto 200 22 80
Museus (em geral) 300 19 80
Bibliotecas: áreas de leitura e bibliotecárias 500 19 80
Brinquedoteca e berçário 300 19 80
Salas de aula, salas de aulas particulares 300 19 80
Salas de aulas noturnas e educação de adultos 500 19 80
Salas de ensino de computador, salas de arte e artesanato, 500 19 80
salas de aplicação e laboratórios
Salas de esportes, ginásios e piscinas 300 22 80
Enfermarias: iluminação de leitura, exames simples 300 19 80
Salas de exames em geral, dermatologia, pré-operatório e de 500 19 90
recuperação
Salas de diálise e gesso 500 19 80
UTI: iluminação geral 500 19 90
Salas de autópsia e necrotérios 500 19 90
Aeroportos: saguões de embarque e desembarque, áreas de 200 22 80
entrega de bagagem
Igrejas, mosteiros, sinagogas, templos, etc.: geral 100 25 80
Igrejas, mosteiros, sinagogas, templos, etc.: altar 300 22 80
Varejo: área de vendas 300 a 500 22 80
Fonte: NBR ISO/CIE 8995-1:2013
4.5.2 Método dos Lúmens para Cálculos de Iluminação

Esse método determina o fluxo luminoso total () necessário para se obter um iluminamento
médio uniforme no ambiente, de acordo com a seguinte equação:

ExS
 (lúmens)
uxd
onde:
E: iluminamento desejado, em lux
S: área do compartimento, em m2
u: fator de utilização
d: fator de depreciação

Pelo Método da PHILIPS, determina-se:

 O fator do local (K), dado por: CxL


K
(C  L)h

onde:
C: comprimento
L: largura
h: altura da luminária ao plano de trabalho (que corresponde ao somatório da altura do plano de
trabalho, da espessura do forro e da altura do pendente da luminária, quando houver, subtraídos da
altura total do ambiente). Quando a altura do plano de trabalho não for definida, pode-se adotar um
plano horizontal a 0,75m do piso

 O fator de utilização (u), determinado em função:

- Do tipo de lâmpada a ser utilizado, sua potência e do modelo da luminária.


- Do fator do local.
- Do índice de reflexão, codificado em função das cores do teto, da parede e do piso.

As tabelas 4.2 a 4.4 apresentam alguns índices ou fatores de reflexão de superfícies. Esses
fatores são considerados durante a determinação do fator de utilização.

Tabela 4.2: Fatores de reflexão para superfícies de um modo geral


Superfícies brancas 70%
Superfícies claras 50%
Superfícies medianamente claras 30%
Superfícies escuras 10%
Absorção total 0%

Fonte: Creder, Hélio. “Instalações Elétricas”, 15ª edição, 2008


Tabela 4.3: Fatores de reflexão considerando as cores dos revestimentos
Branco 75 a 85 %
Marfim 63 a 80 %
Creme 56 a 72 %
Amarelo claro 65 a 75 %
Marrom 17 a 41 %
Verde claro 50 a 65 %
Verde escuro 10 a 22 %
Azul claro 50 a 60 %
Rosa 50 a 58 %
Vermelho 10 a 20 %
Cinzento 40 a 50 %

Fonte: Niskier, Júlio e Macintyre, Archibald. “Instalações Elétricas”, 5ª edição, 2008

Tabela 4.4: Fatores de reflexão considerando as cores dos revestimentos das paredes e do teto
Teto branco 75%
Teto claro 50%
Paredes brancas 50%
Paredes claras 30%
Paredes medianamente claras 10%

Fonte: Niskier, Júlio e Macintyre, Archibald. “Instalações Elétricas”, 5ª edição, 2008

 O fator de depreciação (d): que leva em consideração a diminuição do fluxo luminoso de um


aparelho provocado pela utilização das lâmpadas, pela poeira e sujeira que se depositam sobre os
aparelhos e pelo escurecimento progressivo das paredes e teto (pode-se adotar d = 0,8 para boa
manutenção e d = 0,6 para manutenção crítica).

Em seguida, determina-se o número de luminárias necessário:

N

onde:
N : número de luminárias para o ambiente
: fluxo de cada luminária (produto do fluxo de uma lâmpada pelo número de lâmpadas da luminária)

Em função do número de luminárias obtido, procura-se distribui-las da forma mais uniforme


possível no ambiente.
4.5.3 Avaliação do Consumo Energético

A avaliação do consumo de um determinado sistema de iluminação pode ser feita a partir do


cálculo de três parâmetros:

_ Potência total instalada: somatório de todos os aparelhos instalados na iluminação.

NxW
Pt 
1000
onde:
Pt: potência total, em kW
N: número de luminárias adotado
W: consumo por conjunto lâmpada + reator, fornecido nos dados do reator, em Watts

_ Densidade de potência: potência total instalada para cada metro quadrado.

Pt x 1000
D
S
onde:
D: densidade de potência, em W/m²
S: área do local, em m²

_ Densidade de potência relativa: potência total instalada para cada 100 lux de iluminância.

D x 100
Dr 
E'
onde:
Dr: densidade relativa de potência, em W/m² por 100 lux
E’: iluminamento final alcançado com o número de luminárias adotado, em lux

“Um sistema luminotécnico só é mais eficiente do que outro se, ao apresentar o mesmo nível
de iluminância do outro, consumir menos Watts por metro quadrado” (Fonte: Manual Luminotécnico
Prático - OSRAM).

4.6 Iluminação de Destaque

É utilizada para enfatizar objetos (quadros, tapeçarias, esculturas, joias, produtos expostos em
prateleiras e outros). A iluminação de destaque é caracterizada pelo grau de abertura do facho
luminoso (ângulo de abertura) e pela intensidade luminosa da lâmpada. O diâmetro do facho luminoso
é calculado em função da distância entre a lâmpada e o objeto a ser iluminado. Esses parâmetros são
indicados na figura 4.15:
Figura 4.15: Iluminação dirigida

𝝦
𝝦/2

Fonte: Manual Luminotécnico Prático - OSRAM


onde:
𝝦: grau de abertura do facho luminoso, em graus
D: diâmetro do facho luminoso, em m
d: distância entre a fonte luminosa e o objeto, em m

O diâmetro do facho luminoso pode ser calculado fazendo-se:

𝜃
𝐷 = 2𝑑𝑡𝑔 ( )
2

E o grau de abertura pode ser calculado por:

𝐷
𝜃 = 2𝐴𝑟𝑐𝑡𝑔 ( )
2𝑑

Se a distância entre a fonte de luz e o objeto a ser iluminado for, no mínimo, cinco vezes maior
do que as dimensões físicas da fonte de luz pode-se calcular a iluminância pelo Método da Iluminância
Pontual (ponto-a-ponto). Para incidência de luz perpendicular (figura 4.15), utiliza-se a seguinte
equação:

𝐼
𝐸=
𝑑2

onde:
E : iluminância, em lux
𝐼: intensidade luminosa verticalmente sobre o ponto considerado, em cd

Se a incidência de luz não for perpendicular ao plano de trabalho (figura 4.16), a equação
considerada é:

I  cos 3 
E (lux)
h2
onde:
 : ângulo de incidência do fluxo luminoso, em graus
I  : intensidade luminosa na direção da incidência, em cd
h : altura de instalação da luminária, em m
Figura 4.16: Cálculo da iluminância em uma direção
não perpendicular ao plano do objeto

Fonte: Manual Luminotécnico Prático - OSRAM

As lâmpadas escolhidas devem possui ângulo de abertura, de preferência, até 36°. Ângulos
maiores que 50° resultam em focos exagerados ou marcas de luz no teto. A fim de evitar reflexos no
teto, quando for o caso, a iluminação de destaque deve ser posicionada a certa distância da parede.
Essa última pode ser calculada de acordo com a seguinte equação:

X = 0,6 x H – 0,9

onde:
X: distância da luminária até a parede, em m
H: pé direito do local
ANEXO – PLANILHA DE PROJETO LUMINOTÉCNICO

Empresa:
Obra:
Projetista:
Recinto: Data:

01 Comprimento a m
02 Largura b m
03 Área S = a.b m2
04 Pé-direito H m
Descrição 05 Pé-direito útil h = H – hplano trab. m
– hforro ou pendente
do 06 Fator do local ou índice do a.b
k
recinto (a  b).h
Ambiente
07 Fator de depreciação Fd
08 Coeficiente de reflexão Teto
09 Coeficiente de reflexão Paredes
10 Coeficiente de reflexão Piso
11 Iluminância planejada E lux
Características da 12 Tonalidade ou temperatura de K K
Iluminação cor
13 Índice de reprodução de cores IRC
14 Tipo de lâmpada
15 Fluxo luminoso de cada lâmpada  lm
16 Lâmpadas por luminária n
Lâmpadas 17 Tipo de luminária
18 Fator de utilização Fu
e 19 Fluxo luminoso total E .S lm

Fu .Fd
Luminárias
20 Número de luminárias  unid.
N
n.
Cálculo 21 Quantidade de luminárias no Nadotado unid.
de recinto
Controle 22 Iluminância alcançada Efinal lux
23 Potência total instalada N .W * kW
Cálculo Pt 
1000
24 Densidade de potência Pt .1000 W/m2
do D
S
25 Densidade de potência relativa D.100 W/m2
Consumo Dr 
E por 100
lux

*
W = potência do conjunto lâmpada + acessório

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