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Eficiência energética em edificações

Tema 05a – EQ sombreamento e iluminação artificial

Prof. Arthur Santos Silva, Dr. Eng.


Faculdade de Engenharias, Arquitetura e Urbanismo e Geografia
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
arthur.silva@ufms.br
Plano de aula

Dispositivos de Fundamentos em Sistema de


sombreamento iluminação iluminação artificial

Método dos lúmens Ofuscamento Luminárias


Dispositivos de
sombreamento
Dispositivos de sombreamento
• Relembrando...
Transferidor de ângulos
• O transferidor converte as dimensões de um sombreamento
de abertura ou da edificação para ângulos da geometria
solar.
• É útil para analisar a sombra causada pelo entorno, e
também, a penetração solar no ambiente.
• Além disso, são os ângulos utilizados no dimensionamento
das proteções solares de uma edificação.
Transferidor de ângulos
• Ângulo α
Transferidor de ângulos
• Ângulo β
Transferidor de ângulos
• Ângulo γ
Dispositivos de sombreamento
• Tipos
Há basicamente dois tipos de
proteções solares: horizontais e
verticais.
Dispositivos de sombreamento
• Proteções solares horizontais
• Proteções solares horizontais: se referem ao ângulo α. Ou seja, obstruem a incidência dos raios
solares em ângulos maiores do que α.
• O α é delimitado por dois outros ângulos, à esquerda ou à direita, os ângulos γ.
Ex. 1
Dispositivos de sombreamento
• Ex. 1

Exemplo no Quadro.
Atenção para os ângulos do
Programa Sol-Ar (interno ou
externo)
Dispositivos de sombreamento
• Proteções solares verticais:
• Proteções solares horizontais: se referem ao ângulo β. Ou seja, obstruem a incidência dos raios
solares em ângulos menores do que β.
• O β é delimitado por dois outros ângulos, à esquerda ou à direita, os ângulos γ.
Ex. 2
Dispositivos de sombreamento
• Ex. 2

Exemplo no Quadro.
Atenção para os ângulos do
Programa Sol-Ar (interno ou
externo)
Ex. 3
Dispositivos de sombreamento
• Ex. 3

Exemplo no Quadro.
Atenção para os ângulos do
Programa Sol-Ar (interno ou
externo)
Dispositivos de sombreamento
• Projeto dos dispositivos
O projeto das proteções solares deve considerar vários aspectos:
• As temperaturas externas, referentes ao clima local.
• As temperaturas internas da edificação, que dependem tanto da insolação
quanto das cargas internas (ocupação, equipamentos, iluminação e outras).
• Da irradiação solar incidente nas aberturas, que pode provocar desconforto
térmico localizado ou desconforto visual.
• Das condições de iluminância da atividade, que pode provocar desconforto
visual ou problemas de iluminação.
• Etc...

• O programa SOL-Ar procurou incorporar algumas dessas variáveis na carta


solar para cada localidade, ao pedir dados de irradiação solar e temperaturas da
cidade, para o arquivo climático.
Dispositivos de sombreamento

Campo Grande, considerando as


temperaturas horárias
(1° de Janeiro a 21 de Junho):
Dispositivos de sombreamento

Campo Grande, considerando as


temperaturas horárias
(21 de Junho a 31 de Dezembro):
Dispositivos de sombreamento

Campo Grande, considerando a


radiação global horizontal
(1° de Janeiro a 21 de Junho):
Dispositivos de sombreamento
Campo Grande, considerando a
radiação global horizontal
(21 de Junho a 31 de Dezembro):
Fundamentos em
iluminação
Fundamentos em iluminação
• Fotometria
Fotometria é o ramo da ciência que trata da Fluxo luminoso
medição da luz.
A fotometria lida com o balanço de energia
nos processos de emissão, propagação e Eficiência luminosa
absorção de radiação. A quantidade de
radiação pode ser avaliada em unidades de
energia ou no seu efeito sobre o receptor: o Intensidade luminosa
olho humano, a película fotográfica, a pele
humana, etc. Dependendo do receptor, o
resultado será avaliado nas unidades físicas Iluminância
habituais ou em unidades especiais, como
unidades de luz (ou fotométricas), unidades
fotográficas ou unidades eritêmicas. Luminância
Fundamentos em iluminação
• Fluxo luminoso
O fluxo luminoso é uma parcela do fluxo radiante. Valores típicos de fluxo luminoso:
O fluxo radiante é a energia eletromagnética emitida ou • Lâmpada de tungstênio e halogênio de 30W =
600 lm.
recebida por um corpo (possuindo frações visíveis e
• Lâmpada fluorescente tubular de 58W =
invisíveis). 5.200 lm.
O componente visível do fluxo radiante é o FLUXO • Lâmpada de vapor de sódio a alta pressão de
LUMINOSO. 400W = 48.000 lm.
Ou seja, um corpo (e.g. lâmpada) emite mais energia
eletromagnética do que somente a sua componente visível.

ESSENTIAL LEDtube 1200mm 18W 840 T8C W G


Fluxo luminoso = 1850 lm.
Potência nominal = 18W.
Fundamentos em iluminação
• Eficiência luminosa
É a capacidade de converter potência em luz. Ou
𝐹𝑙𝑢𝑥𝑜 𝑙𝑢𝑚𝑖𝑛𝑜𝑠𝑜 𝑙𝑚
seja, uma certa quantidade de energia (elétrica, 𝜂=
𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑒 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎 𝑊
calor, etc.) é necessária para que a lâmpada
transforme em energia luminosa visível. Mas nem
toda a energia é corretamente convertida no
processo.

Empalux.
Fundamentos em iluminação
• Intensidade luminosa
É o fluxo de luz em determinada direção. É Valores típicos de intensidade luminosa:
calculada pelo número de lumens dividido pelo • Luminária de LED de 7W com iluminação
tamanho angular do feixe luminoso. descendente e feixe de 25° = 1.100 cd.
• Spot de tungstênio e halogênio de 20W e feixe
Sua unidade é lumens por estereorradiano
de 10° = 7.000 cd.
[lm/estr], ou chamado de candela [cd].

Empalux.
Fundamentos em iluminação
• Iluminância
É a quantidade de luz incidente em uma superfície Valores típicos de iluminância:
e sua unidade é o número de lumens por unidade • Sobre uma mesa de trabalho = 300-500 lux.
de área da superfície. No SI sua unidade é • Sobre o solo, em dia de céu encoberto =
10.000 lux (10klux).
[lm/m²], também chamada de [lux].
• Do sol e do céu luminoso em um dia de verão
= 100.000 lux (100klux)

Luxímetro
Empalux.
Fundamentos em iluminação
• Luminância
É a quantidade de energia de uma superfície que Valores típicos de luminância:
flui em uma direção específica. A unidade de • Folha de papel fosco sobre uma mesa de
medição é candelas por m² [cd/m²]. escritório, com uma iluminância de 500 lux =
130 cd/m².
Este valor está relacionado ao brilho de uma
• Olhar para o alto em um céu encoberto =
superfície.
3.000 cd/m².
• Papel branco sob a forte luz do sol, com
iluminância de 100 klux = 25.000 cd/m².
Sistema de iluminação
artificial
Sistema de iluminação artificial

A iluminação natural é uma excelente estratégia de


eficiência energética. No entanto, a iluminação artificial
permitiu a diversificação das tipologias arquitetônicas, da
área e dimensões dos ambientes e o turno de trabalho
noturno.
No entanto, não é simples elaborar um projeto
luminotécnico eficiente, pois depende de:
• Escolha do tipo de lâmpada e de suas características
ópticas e energéticas;
• Escolha de luminárias e reatores* adequados;
• Dimensionamento da potência necessária para
determinada atividade do ambiente; Em relação ao tipo de lâmpadas, há basicamente três
• Existência de sistemas de controle. tipos:
- Por efeito de radiação térmica (incandescentes).
- Por descarga (fluorescentes e vapores metálicos).
- Por diodos emissores de luz (LEDs)
Sistema de iluminação artificial
• Fontes de luz
Fenômenos físicos que
tornam possível a geração de
luz.
Fluxo radiante

Descarga de gases Incandescência Luminescência

Fotoluminescência Quimiolumines- Biolumines-cência Eletrolumines- Catadolumines- Radiolumines-


cência cência cência cência

DILAURA, D. L.; HOUSER, K. W.; MISTRICK, R. G.; STEFY, G. R. The Lighting Handbook - Reference and Application. Iluminating Engineering Society, 10th Edition, 2011.
Sistema de iluminação artificial
• Tipos de lâmpadas
• Todos os fenômenos físicos anteriores podem ser utilizados para De filamento
a produção artificial de luz.
• Algumas tecnologias vão se tornando viáveis e competitivas, e • Fenômeno da incandescência
há o surgimento de lâmpadas comerciais.
• Nas lâmpadas fluorescentes, ambos os fenômenos de descarga Fluorescentes
de gases (produzindo radiação UV) e a luminescência (por meio
• Fenômeno da luminescência ->
do fósforo) estão interligados. Fluorescência

Descarga de gases

• Fenômeno de descarga de gases

Estado sólido

• Fenômeno da eletroluminescência
Sistema de iluminação artificial
• Lâmpadas de filamento
Informações típicas:
• Vida útil: curta, em torno de
1000h (tungstênio) a 2000h
(halógenas).
• Eficiência luminosa: baixa, em
torno de 12 lm/W (tungstênio) a
20 lm/W (halógenas).
• Reprodução de cor: Boa, próxima
de 100.
• TCC: em torno de 2700 a 3000 K
(em função da tensão).
• Há vários tipos de lâmpadas de filamento. Podem ser de pequena ou alta • Não exigem controladores
potência, com feixes concentrados ou não, contendo vácuo ou gás halógeno eletrônicos.
dentro do bulbo.
• Nesse último caso, as lâmpadas adquirem uma outra classificação:
Lâmpadas halógenas, em que um gás nobre (flúor, bromo, iodo, etc.) são
adicionados dentro do bulbo de vidro, e ajuda na manutenção da vida útil do
filamento de tungstênio. O tungstênio que evapora ao longo do tempo é
reinserido no filamento por reações.
Sistema de iluminação artificial
• Lâmpadas de descargas de gases
• São lâmpadas tubulares que contém algum tipo de Tipos comuns:
gás (normalmente o mercúrio, sódio, argônio) e nas
extremidades do tubo há eletrodos. Com a aplicação
de uma tensão elétrica entre os eletrodos, ocorre uma Fluorescentes Fluorescentes
descarga elétrica que ioniza o gás e reduz sua tubulares compactas
resistência.
• Essa aplicação de tensão é instável e necessita ser
controlada por circuitos elétricos. Deve haver uma
“ignição” inicial de alta tensão e, em seguida, uma Vapor de sódio Vapor de mercúrio
estabilização da tensão para a operação.
• O espectro emitido não é contínuo e dependerá das
características da lâmpada, materiais e da pressão.

Vapor metálico
Sistema de iluminação artificial
• Lâmpadas de descargas de gases
Lâmpadas fluorescentes tubulares

Lâmpadas fluorescentes compactas


Sistema de iluminação artificial
• Lâmpadas de descargas de gases
Lâmpadas de vapor metálico

Lâmpadas de vapor de sódio de alta pressão


Sistema de iluminação artificial
• Iluminação em “estado sólido”
A iluminação em estado sólido ou solid-state lighting é
m termo que engloba uma família de fontes de luz:
• LED: light-emitting diodes ou diodos emissores de
lyz
• OLED: LED “orgânico”
• PLED: LED “polímero”.

Fenômeno da eletroluminescência.

• Um diodo é um componente eletrônico que conduz


eletricidade em uma direção. É um metal
semicondutor (com condutividade elétrica entre um
isolante e um condutor). O fluxo de eletricidade no
diodo pode emitir radiação visível pela recombinação
dos elétrons e dos vazios. O diodo é instalado em uma base pesada que ameniza o calor
• O material do diodo determina a sua emissão produzido por ele. Uma lente o protege e redireciona a luz que
ele emite. Os LEDs pequenos são encapsulados em epóxi.
espectral.
TREZENGA, P.; LOE, D. Projeto de Iluminação. Ed. Bookman, 2ª Edição. Porto Alegre, 2005.
Sistema de iluminação artificial
• Iluminação em “estado sólido” - LED
A emissão de luz branca pelo LED pode
ocorrer de duas maneiras.
1. A acomodação de LEDs em um único
invólucro onde terão os raios de luz
mesclados.
2. A aplicação de um revestimento de
fósforo no LED com produção de
raios UV.

Os LEDs estão cada vez mais sendo


utilizados em substituição às demais
fontes de luz. Possuem uma variedade de
aplicações: iluminação geral, painéis,
telas, projetores, etc.

TREZENGA, P.; LOE, D. Projeto de Iluminação. Ed. Bookman, 2ª Edição. Porto


Eficiência
Durabilidade
Tipo de lâmpada luminosa IRC TCC [K] Dimerização Características de operação Aplicações típicas
[h]
[lm/W]
Tungstênio 12 1.000 100 2.700 Fácil Acendimento instantâneo. Próximas à Residenciais e decorativas. Estão sendo
distribuição da fonte pontual retiradas do mercado*
Tungstênio e 20 2.000 100 3.000 Fácil Acendimento instantâneo. Não devem Iluminação de destaque e exposição
halogênio permanecer ligadas por muito tempo em
tensão reduzida
Fluorescente tubular 20-96 10.000 50-95 2.700-6.500 Somente com Acendimento e reacendimento Iluminação geral em comércio, lojas e
acessórios instantâneos, aquecimento rápido indústrias, e paredes (indireta)
especiais
Fluorescente 20-70 5000-15000 80-90 2.700-6.500 Alguns modelos Acendimento e reacendimento Iluminação geral, luminárias portáveis
compacta permitem instantâneos, aquecimento rápido e sobre a área de trabalho
Cátodos frios Feitos sobre 15000-20000 Projeto de arquitetura especiais.
encomenta Aplicações decorativa e publicitária
Mercúrio à alta 33-57 8.000-10.000 40-50 3.200 Não Levam minutos para atingir o fluxo Interior: grandes locais industriais.
pressão luminoso máximo. Reacendimento só Exterior: ruas
quando a lâmpada esfriar
Halogeneto metálico 60-90 2.000-10.000 60-90 3.000 Alguns modelos Levam minutos para atingir o fluxo Aplicações em lojas, exposição,
permitem luminoso máximo. Reacendimento só exterior.
quando a lâmpada esfriar
Sódio a alta pressão 40-140 2.000-10.000 19-25 1.900-2.500 Não Levam minutos para atingir o fluxo Indústria e comércio, em especial
luminoso máximo. Reacendimento só externa
quando a lâmpada esfriar
Sódio a baixa pressão 70-180 15.000- monocromática monocromát Não Levam minutos para atingir o fluxo Iluminação de ruas
20.000 ica luminoso máximo. Reacendimento só
quando a lâmpada esfriar
LED branco 30-100 25.000- 80-95 2.500- Fácil Acendimento rápido. Sensíveis a Substituição de lâmpadas usuais (de
70.000 10.000 temperatura filamento e fluorescentes), aplicações
externas e outras finalidades

TREZENGA, P.; LOE, D. Projeto de Iluminação. Ed. Bookman, 2ª Edição. Porto Alegre, 2005.
Luminárias
Luminárias
• Introdução

Uma luminária deve fazer o seguinte: As luminárias podem ser classificadas de acordo com a
• Fornecer suporte e proteção às lâmpadas emissão e distribuição do fluxo luminoso; pelo tipo de
• Disponibilizar uma ligação elétrica e o circuito de proteção contra contatos diretos ou indiretos; e pelo
controle necessário tipo de proteção contra a umidade e sujeira (com
• Dissipar o calor indesejável diferenciações quanto ao uso interno ou externo).
• Modificar a distribuição de luz da lâmpada para
atingir a distribuição de intensidade necessária com o
mínimo de perda de luz
• Fornecer acesso para limpeza e substituição
Luminárias
• Classificação
• No caso de uma lâmpada contida numa
luminária, parte da luz emitida pela lâmpada
será absorvida pela luminária enquanto o
restante será emitido ao espaço. A fração de
emissão de luz (ou rendimento), portanto, é
uma característica da luminária.
• Este valor depende dos materiais
empregados na construção da luminária, da
refletância das suas superfícies, de sua forma,
dos dispositivos usados para proteger as
lâmpadas, do seu estado de conservação
(programa de manutenção) e, em alguns
casos, até da temperatura ambiente.
• Basicamente, esta fração ainda pode ser
dividida numa parcela que vai para cima
(para o hemisfério superior) e noutra que vai
para baixo (hemisfério inferior).

https://www.pelsan.com.tr/en-US/luminous-intensity/52251
Luminárias
• Normas
Norma brasileira que traz muitos requisitos sobre a
classificação das luminárias, proteção contra choque
elétrico; proteção contra poeira, objetos sólidos e
umidade; condições de uso. Preconiza os ensaios
para determinação de várias propriedades,
especificação de materiais, fixação, aterramento, e
etc.
Luminárias
• Curva fotométrica
• As luminárias servem para controlar, conforme a
necessidade, a distribuição de luz das lâmpadas. O controle
da fonte de luz proporcionado pela luminária é representado
em forma de diagramas, mostrando a intensidade luminosa
em todas as direções através de medições em laboratório.
• Estes diagramas são obtidos traçando-se retas radiais, a
partir de uma fonte luminosa, com a mesma distância
angular entre elas. Utiliza-se de vetores para representar a
intensidade luminosa em cada uma das direções traçadas.
Através da união da extremidade de cada vetor, é construída
a curva de distribuição de intensidade luminosa da
luminária, também conhecida como curva fotométrica (ou
polar).
• A curva fotométrica de uma luminária puntual será um
círculo, pois ela emitirá um fluxo luminoso com igual
intensidade em todas as direções do ambiente. Porém, como
as fontes de luz não são puntuais, as curvas fotométricas não
serão circulares, pois elas emitem diferentes intensidades
luminosas conforme a direção considerada.
PEREIRA, F. O. R.; SOUZA, M. B. Apostila de conforto ambiental –
Ofuscamento
Ofuscamento
• Conceitos
Ofuscamento (glare)
Relacionado com a luminância.
Ofuscamento é a sensação visual produzida por áreas
brilhantes dentro do campo de visão, que
pode ser experimentado tanto como um ofuscamento
desconfortável quanto como um ofuscamento
inabilitador.
O ofuscamento pode também ser causado por reflexões em
superfícies especulares e é normalmente conhecido como
reflexões veladoras ou ofuscamento refletido.
(cf. NBR ISO/CIE 8995-1)
Ofuscamento
• Conceitos:
Uniformidade:
Relacionado com a iluminância.
A uniformidade da iluminância é a razão entre o valor
mínimo e o valor médio. A iluminância deve se
alterar gradualmente. A área da tarefa deve ser
iluminada o mais uniformemente possível.
A uniformidade da iluminância na tarefa não pode ser
menor que 0,7. A uniformidade da iluminância no
entorno imediato não pode ser inferior a 0,5.
(cf. NBR ISO/CIE 8995-1)

𝐸𝑚í𝑛𝑖𝑚𝑜
𝑈1 =
𝐸𝑚
Ofuscamento
• Definição:
• O ofuscamento ocorre quando o olho humano não consegue se adaptar (cristalino, córnea,
produção/branqueamento de cones e bastonetes, etc.) devido a uma variação muito grande do estímulo visual ou
uma mudança muito brusca.
• Essa variação de iluminação pode causar uma perturbação, desconforto ou inabilitação (o ofuscamento).

Deslumbramento Brilho desconfortável Brilho incapacitante Refletância de


encobrimento

• Causada pela visão direta • Visão direta ou reflexão • Visão direta de fontes de • Reflexos fortes na tarefa
ou refletida do sol, ou especular de fontes de brilho ou reflexos fortes visual. Causa redução no
alguma outra fonte de luz brilho. Causa desconforto ao redor, mas não da contraste aparente dentro
muito intensa, em que os que pode aumentar com o tarefa visual. Causa da tarefa visual.
olhos não têm capacidade tempo de exposição. redução no contraste
de adaptação. Causa Calculado com UGR. aparente dentro da tarefa
incapacidade temporária visual.
de visão.
Ofuscamento

Exemplo de deslumbramento.
Exemplo de brilho incapacitante.

Exemplo de brilho desconfortável.


Ofuscamento
• Brilho desconfortável
O brilho desconfortável (que causa ofuscamento
desconfortável) depende de quatro fatores:
- A luminância da fonte do brilho
- A luminância do plano de fundo do brilho
- O tamanho da fonte do brilho
- A posição da fonte em relação à direção de observador

Relação entre o tamanho da fonte de luz (pelo


ângulo sólido) e o efeito de ofuscamento potencial.
Ofuscamento
• Brilho desconfortável
• A utilização do método UGR está limitada às
O ofuscamento direto causado pelas luminárias de um luminárias diretas e luminárias diretas/indiretas
sistema de iluminação interno pode ser classificado com um componente indireto de até 65 %. No caso
segundo o método do índice de ofuscamento unificado das luminárias com um componente indireto > 65
da CIE (UGR). %, o método UGR produz indevidamente valores
favoráveis. De um modo geral, no entanto, o
0,25 𝐿2𝑠 𝜔 ofuscamento pode ser, neste caso, excluído
𝑈𝐺𝑅 = 8 × log ×෍ 2 amplamente dessas luminárias devido ao
𝐿𝑏 𝑝
ofuscamento potencial da componente direta ser
muito baixo.
𝐿𝑏 é a luminância de fundo expressa em candelas por metro quadrado, • De acordo com a publicação 117 da CIE, não
calculada como Eind/π, na qual Eind é a iluminância indireta vertical convém que o método UGR seja mais utilizado
no olho do observador; para as grandes fontes de luz (ângulo sólido > 1 sr)
𝐿𝑠 é a luminância média em candelas por metro quadrado das partes ou para as pequenas fontes de luz (ângulo sólido <
luminosas da luminária na direção do observador; 0,0003 sr).
𝜔 é o ângulo sólido em sr das partes luminosas da luminária visível a • As grandes fontes de luz podem ser luminárias
partir da posição doobservador; individuais com superfícies luminosas > 1,5 m2,
𝑝 é o índice de posição Guth para cada luminária individual. tetos luminosos com pelo menos 15 % dos painéis
luminosos ou tetos uniformemente iluminados.
Ofuscamento
• Brilho desconfortável
• Quanto maior for o valor do UGR, maior
será o desconforto visual. Se o índice for
inferior a 10, o brilho será imperceptível. Se
for superior a 28, será intolerável. Um grau
na escala é a menor diferença detectada,
sendo que 3 graus representa o menor
intervalo perceptível.

A equação do UGR mostra que:


• O desconforto aumenta proporcionalmente à
luminância ou ao tamanho da fonte.
• O desconforto diminui quando o brilho do
fundo aumenta ou se a fonte é afastada da
linha de visão.
• O sinal de somatório implica em somar as
diferentes fontes de luz no ambiente
Ofuscamento
• Tabelas de UGR
• O índice de ofuscamento direto causado por um sistema de iluminação pode ser
determinado utilizando o método tabular UGR.
• O sistema considerado é comparado com uma tabela-padrão que lista os índices
UGR para 19 salas-padrão e diferentes combinações de refletância para a
luminária selecionada. Os cálculos para as 19 salas-padrão são com base no
pressuposto de que os observadores - posicionados no ponto médio do cada
parede - observam as luminárias ao longo e através de suas linhas de visão ao
longo dos eixos da sala.
• As luminárias são montadas em uma grade regular sobre o plano da luminária, os
pontos médios das luminárias definidos a uma distância de 0,25 vez a distância H
entre o plano da luminária e a altura do olho do observador e os pontos médios
das luminárias mais próximas das paredes, definidos como a metade mais
distante da parede tanto como os pontos médios da luminária uns com os outros.
• Ao selecionar equipamentos de iluminação adequados, recomenda-se tomar
cuidado a fim de garantir que sejam comparadas apenas as tabelas com a mesma
relação espaçamento/altura e mesmo fluxo luminoso da lâmpada.
Ofuscamento
• Tabelas de UGR O esquema permite observar:
- A altura dos olhos do observador (1,2m).
- A distância da luminária ao teto (p).
- A altura entre a luminária e o observador (H).
- A altura do ambiente (h).
- A distância entre luminárias (S).
Ofuscamento

Observador na direção Observador na direção paralela ao


perpendicular ao eixo longitudinal eixo longitudinal das luminárias
das luminárias

Eixo da luminária é
paralelo ao eixo de
maior dimensão do
ambiente

Eixo da luminária é
paralelo ao eixo de
menor dimensão do
ambiente
As tabelas são dadas pelos
fabricantes de luminárias.
Exemplo:

Considerando que o ambiente seja uma


sala de aula, com UGR limite de 19,
conforme a NBR 8995-1

Considerando:
• h=3,00m, e a altura do observador é 1,2m,
e a luminária está sobreposta ao teto
(p=0m), H->1,8m
• a sala possui 14,0m x 7,0m de dimensões.
• As refletâncias das superfícies são de 0,7
para o teto, 0,5 para as paredes e 0,2 para
o piso.
Exemplo:

No sentido perpendicular ao eixo das luminárias


(através/ perpendicular/ crosswise da linha de visão).
𝑋 =𝑥×𝐻
14 = 𝑥 × 1,8 → 𝑥 = 7,777 ≅ 8
𝑌 =𝑦×𝐻
7 = 𝑦 × 1,8 → 3,888 ≅ 4
𝑋 = 8𝐻 𝑒 𝑌 = 4𝐻 UGR=16,1
Exemplo:

No sentido paralelo ao eixo das luminárias (ao longo/


paralelo/ endwise da linha de visão).
𝑋 =𝑥×𝐻
7 = 𝑥 × 1,8 → 𝑥 = 3,888 ≅ 4
𝑌 =𝑦×𝐻
14 = 𝑦 × 1,8 → 7,777 ≅ 8
𝑋 = 4𝐻 𝑒 𝑌 = 8𝐻 UGR=16,9
Método dos lúmens
Método dos lúmens

O método dos lumens é um cálculo luminotécnico


baseado na iluminância necessária para o
desenvolvimento de uma atividade específica em
um ambiente com geometria e propriedades
superficiais conhecidas. Deve-se conhecer as
características das lâmpadas e luminárias utilizadas,
bem como informações sobre a manutenção e
limpeza do sistema de iluminação.

O método dos lúmens está melhor


descrito na lista de equações
encaminhada aos alunos
Método dos lúmens

𝜑
𝐸= É a iluminância, em função do fluxo luminoso da luminária 𝜑 e da área do ambiente 𝐴.
𝐴

𝜑
𝐼= É a intensidade luminosa em função do fluxo luminoso da luminária, do ângulo
𝜔 × cos 𝜃
sólido 𝜔 e da direção 𝜃.

𝐴
𝜔= 2 É o ângulo sólido em função da área do ambiente 𝐴 e da distância até as luminárias 𝑑.
𝑑

𝐼 × 𝐴 × cos 𝜃
𝜑= É o fluxo luminoso em função da intensidade luminosa, da área, da
𝑑2 direção e da distância da luminária até o plano de trabalho

𝐼 × cos 𝜃 É a iluminância no ambiente em função da intensidade luminosa, da direção e da


𝐸=
𝑑2 distância.
Ou seja, é proporcional à intensidade e inversamente proporcional à distância.
Método dos lúmens
• Equação geral
𝐴×𝐸
𝑁=
𝐹𝑢 × 𝐹𝑚 × 𝜑𝑙𝑢𝑚𝑖𝑛 Equação geral do método dos lúmens.

Onde:
𝑁 É a quantidade de luminárias no ambiente; Observação:
𝐴 É a área do plano de trabalho [m²]; • O método dos lúmens é válido para um projeto
𝐸 É a iluminância de projeto [lux]; simplificado, em um ambiente retangular e com
𝐹𝑢 É o fator de utilização da luminária ano ambiente; apenas um tipo de luminária instalado.
𝐹𝑚 É o fator de manutenção do sistema de iluminação; • Para projetos mais detalhados deve-se utilizar
𝜑𝑙𝑢𝑚𝑖𝑛 É o fluxo luminoso da luminária [lm]. métodos “ponto a ponto” em malhas no plano de
trabalho ou métodos de simulação da iluminação
natural + artificial por “raios traçados”.
Método dos lúmens
• Iluminância de projeto

luminância mantida (Em): Valor abaixo do


qual não convém que a iluminância média
da superfície especificada seja reduzida.

NBR ISO CIE 8995-1 (ABNT, 2013)


Método dos lúmens
• Fluxo luminoso das luminárias

2 lâmpadas fluorescentes
tubulares de 28W e 2600lm
𝜑𝑙𝑢𝑚𝑖𝑛 = 2 × 2600 = 5200 𝑙𝑚

A potência depende dos reatores...


𝑃𝑖𝑙𝑢𝑚 = 2 × 28 + 𝑝𝑒𝑟𝑑𝑎𝑠 [𝑊]
Método dos lúmens
• Fator de utilização das luminárias

𝐶×𝐿
𝐾=
(𝐶 + 𝐿) × ℎ
Método dos lúmens
• Fator de utilização das luminárias

• Calcula-se o índice de ambiente K;


• Determina-se as refletâncias de teto, pisos e
paredes;
• Encontre o fator de utilização 𝐹𝑢 com a tabela
do fabricante da luminária. Deve-se fazer
interpolação linear quando necessário.

𝐶×𝐿
𝐾=
(𝐶 + 𝐿) × ℎ

Nem todo fabricante disponibiliza estes


fatores de utilização. E não são elaborados
para uma grande variedade de refletâncias e
índices de ambiente.
Método dos lúmens
• Fator de manutenção do sistema de iluminação
• Com o aumento do tempo do serviço, o fluxo
luminoso entregue por um sistema de iluminação
diminui com o envelhecimento das lâmpadas e das
luminárias e o acúmulo de pó. A queda antecipada do
fluxo luminoso depende da escolha das lâmpadas,
luminárias e dispositivos de operação, como também
das condições de operação e do ambiente no qual elas
estão expostas.
• A fim de garantir que um nível específico de
iluminação – expresso pela iluminância mantida –
seja alcançado por um período de tempo razoável, um
fator de manutenção adequado precisa ser aplicado
pelo projetista de iluminação, a fim de que seja levada
em consideração esta diminuição no sistema de fluxo
luminoso.

NBR ISO CIE 8995-1 (ABNT, 2013)


Método dos lúmens
• Fator de manutenção do sistema de iluminação

NBR ISO CIE 8995-1 (ABNT, 2013)


Método dos lúmens
• Fator de manutenção do sistema de iluminação

NBR ISO CIE 8995-1 (ABNT, 2013)


Método dos lúmens
• Fator de manutenção do sistema de iluminação

NBR ISO CIE 8995-1 (ABNT, 2013)


Método dos lúmens
• Potência das luminárias
Método dos lúmens
• Potência das luminárias

Escolhendo-se, por exemplo, o reator


𝑃𝑙𝑢𝑚𝑖𝑛 = 2 × 28 + 60,2 = 116,2 [𝑊]
“Qti DALi 2x28/54 DIM” tem-se:
Processo de cálculo
Processo de cálculo
• Roteiro

Um roteiro prático e simples que poderá ser seguido na


elaboração de um projeto luminotécnico utilizando o
método da iluminância média (método os lumens):

• Escolha do nível de iluminamento (E);


• Determinação do índice do ambiente (K);
• Escolha das lâmpadas e luminárias;
• Determinação do coeficiente de utilização (Fu);
• Determinação do fator de manutenção (Fm);
• Determinação do fluxo total das luminárias (φ);
• Cálculo do número de luminárias (N);
• Distribuição das luminárias (A, B). Distribuição de luminárias
Processo de cálculo
• Exemplo
Eficácia Luminosa (Sistema) 102 lm/W
Fluxo Luminoso (Sistema) 4.904 lm
Considere um ambiente de 𝐶 = 15,0𝑚 e 𝐿 = 10,0𝑚, e Potência (Sistema) 49 W
Temperatura de Cor: 4000 K
um pé direito 𝐻 = 3,0𝑚 e uma altura do plano de Tensão do Driver: 220 V
trabalho de 0,8𝑚 . Um projetista deseja calcular a IP: 20
quantidade de luminárias para o ambiente, utilizando a Cor: Branco
luminária abaixo. Consideremos um fator de
manutenção de 0,67.
Processo de cálculo
• Exemplo
• Escolha do nível de iluminamento (E)
Assume-se 300 lux, conforme alguma atividade típica.

• Determinação do índice do ambiente (K)

𝐶×𝐿 15,0 × 10,0


𝐾= = → 𝐾 = 2,727
𝐶+𝐿 ×ℎ 15,0 + 10,0 × 3,0 − 0,8

• Escolha das lâmpadas e luminárias


𝜑𝑙𝑢𝑚𝑖𝑛 = 4904 𝑙𝑚
0,95 − 0,92
𝐹𝑢 2,727 = 0,92 + × 2,727 − 2,50
• Determinação do coeficiente de utilização (Fu): 3,0 − 2,50
Considerando refletância do teto de 70%, das = 0,92 + 0,06 × 0,227
paredes de 50% e do piso de 10%. 𝐹𝑢 2,727 = 0,9336
Processo de cálculo
• Exemplo
• Determinação do fator de manutenção (Fm) • Distribuição das luminárias (A, B)
Assume-se igual a 0,67, condições normais.

• Determinação do fluxo total das luminárias (φ)

𝜑𝑑𝑒𝑠𝑒𝑗𝑎𝑑𝑜 = 𝐸 × 𝐴 = 300 × 15 × 10 = 45.000 𝑙𝑚

• Cálculo do número de luminárias (N)

𝐸×𝐴
=
𝐹𝑢 × 𝐹𝑚 × 𝜑𝑙𝑢𝑚𝑖𝑛
300 × (15,0 × 10,0)
𝑁= = 14,669 ≅ 15 𝑙𝑢𝑚𝑖𝑛á𝑟𝑖𝑎𝑠
0,9336 × 0,67 × (4904)
Método dos lúmens
• Sites de fabricantes
Para saber mais*
Dispositivos de sombreamento

Ver apêndice 3 do livro “Eficiência


Energética na Arquitetura”.

< http://labeee.ufsc.br/publicacoes/livros >


Dispositivos de sombreamento
Dispositivos de sombreamento
Dispositivos de sombreamento
Dispositivos de sombreamento
Dispositivos de sombreamento
TBS262228 C6 - LOR 0,71
Modelos de cálculo
• Introdução
• Pode-se utilizar vários métodos para a estimativa da
quantidade de luz necessária (proveniente da
iluminação natural ou artificial) para determinado
ambiente.
• No caso distribuição de luz em um ambiente, os
métodos são denominados de “cálculo
luminotécnico”.
• Há pelo menos três métodos possíveis para o cálculo
luminotécnico:
• Métodos de fluxo total
• Fórmulas analíticas
• Métodos numéricos
Modelos de cálculo
• Métodos de fluxo total
Coeficiente de luz diurna (CLD) ou Daylight Factor
• É o método mais simples de cálculo, pois se refere à (DF):
determinação da quantidade total de luz em
determinado plano. É similar ao cálculo do CIN (contribuição da
iluminação natural), mas no caso de um céu encoberto
padrão CIE ou o céu uniforme. Nesse caso, em
Método dos lúmens: qualquer ponto do ambiente haverá a mesma
contribuição do céu. Assim, há várias formulações para
O método consiste em se calcular a quantidade de luz o cálculo do CLD.
proveniente de uma quantidade de luminárias, corrigir Considera uma distribuição uniforme de luminâncias
os valores, e dividir pela área do ambiente. em função do ângulo de altura e informações das
aberturas.
𝐹𝑢 × 𝐹𝑚 × N × 𝜑𝑙𝑢𝑚𝑖𝑛
𝐸𝑝 = 𝜃 × 𝐴𝑤 × 𝜏𝑤
𝐴 𝐶𝐿𝐷:
𝐴𝑟 × 1 − 𝜌𝑟2
Modelos de cálculo
• Fórmulas analíticas
• São formulações complexas derivadas de relações
trigonométricas em uma grandeza tridimensional.
• Há algumas formulações para fontes puntiformes e
fontes superficiais.
• O processo de cálculo acaba sendo muito complexo
quando temos várias fontes de luz ou quando
consideramos fontes diferentes das puntiformes.
Modelos de cálculo
• Métodos numéricos
Radiosidade (radiative transfer): Raios traçados (ray tracing):
• Neste método, as superfícies que emitem ou • Neste método, é feita uma simulação dos raios de
refletem a luz são divididas em pequenos luz, que podem ser considerados emitidos pela
elementos. Os coeficientes são calculados por cada fonte ou saindo do observador em determinada
área. cena
• As fórmulas são similares às utilizadas para fontes • Os trajetos são calculados conforme os raios são
puntiformes ou as de área, mas com procedimentos emitidos, refletidos e absorvidos por todas as
matemáticos computacionais de integração e superfícies do ambiente.
somatório. • O processo de geração dos raios é feito por métodos
• A luz refletida e as iluminâncias finais são de amostragem aleatória de Monte Carlo.
encontradas por meio da resolução simultânea das
equações.
Modelos de cálculo
• Métodos numéricos
Modelos de cálculo
• Métodos numéricos
Modelos de cálculo
• Métodos numéricos

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