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Conceitos e Projetos
A história da OSRAM está intimamente ligada à história da humanidade, A OSRAM tem o prazer de colocar à disposição o Curso de
suas relações e descobertas quanto à iluminação, pois sempre teve Iluminação: Conceitos e Projetos. Seu objetivo é ser um guia
como meta o novo... o futuro. Isso só foi e é possível porque a OSRAM útil, principalmente para aqueles que se iniciam na área da
tem paixão por iluminação inteligente e busca ver o mundo em uma nova iluminação artificial.
luz. Por isso, fornece esse bem, de forma responsável, para a população
de mais de 159 países em todos os continentes. De maneira clara e bem estruturada, este curso apresenta
os principais conceitos luminotécnicos para que o leitor
Em 1910, a empresa criou as lâmpadas incandescentes com filamentos possa se posicionar de maneira mais segura diante de todas
de tungstênio, mas, desde então, os investimentos em pesquisa as etapas que compõem o projeto e sua execução.
resultaram em novas tecnologias como luzes que transportam dados
e vozes a qualquer lugar no planeta, curam bebês, eliminam cicatrizes, No início, nos referiremos também à luz natural, porque certos
purificam o ar e a água, além dos LEDs (diodo emissor de luz). conceitos não são privilégio exclusivo da artificial. Além disso,
lembramos a necessidade premente de trabalhar cada vez
No Brasil, a OSRAM está presente desde 1922 e sempre contribuiu mais o projeto luminotécnico como um todo – luz natural e
para o desenvolvimento socioeconômico do país. Em 1955, iniciou artificial, levando o melhor conforto, funcionalidade e
a fabricação nacional de lâmpadas no município de Osasco, na área economia às edificações.
metropolitana de São Paulo.
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04 | Conceitos básicos
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04 | Conceitos básicos
Fu = ŋL . ŋR
Símbolo: Fd
Unidade: %
Determinados catálogos indicam tabelas de Todo o sistema de iluminação tem,
Fatores de Utilização para suas luminárias. após sua instalação, uma depreciação
Apesar destes serem semelhantes às no nível de iluminância ao longo do
tabelas de Eficiência do Recinto, os valores tempo. Esta é decorrente da
nelas encontrados não precisam ser depreciação do fluxo luminoso da
multiplicados pela Eficiência da Luminária, lâmpada e do acúmulo de poeira
uma vez que cada tabela é específica para sobre lâmpadas e luminárias. Para
uma luminária e já considera a sua perda na compensar parte desta depreciação,
emissão do Fluxo Luminoso. estabelece-se um fator de depreciação
Esta tabela nada mais é do que o valor da que é utilizado no cálculo do números
Eficiência do Recinto já multiplicado pela de luminárias. Este fator evita que o
Eficiência da Luminária, encontrado pela nível de iluminância atinja valores afins) e de 40% para ambientes com
interseção do Índice do Recinto (K) e das abaixo do mínimo recomendado. Para manutenção crítica (galpões industriais,
Refletâncias(1) do teto, paredes e piso, nesta efeitos práticos pode-se utilizar a garagens etc.), dando origem a Fatores de
ordem (Fig. 27). tabela (Anexo 4). Depreciação, respectivamente, Fd = 0,8 e É também a relação entre intensidade
Nesta publicação, iremos considerar uma Fd = 0,6. luminosa e o quadrado da distância (I/
4.5.4 Fator de Depreciação (ou Fator depreciação de 20% para ambientes com h²) (fig.28). Na prática, é a quantidade
de Manutenção) boa manutenção / limpeza (escritórios e 4.6 Nível de Iluminância de luz dentro de um ambiente, e pode
Símbolo: E ser medida com o auxílio de um
Unidade: Lux (lm/m2) luxímetro. Como o fluxo luminoso não é
A luz que uma lâmpada irradia, distribuído uniformemente, a iluminância
relacionada à superfície à qual incide, não será a mesma em todos os pontos
define uma nova grandeza da área em questão. Considera-se, por
luminotécnica denominada de isso, a iluminância média (Em). Existem
Iluminamento, nível de iluminação ou normas especificando o valor mínimo
Iluminância (fig. 28). de iluminância média, para ambientes
Expressa em lux (lx), indica o fluxo diferenciados pela atividade exercida,
luminoso de uma fonte de luz que incide relacionados ao conforto visual. Alguns
sobre uma superfície situada à uma certa dos exemplos mais importantes estão
distância dessa fonte. relacionados no anexo 2 desta
A equação que expressa esta grandeza é: publicação (ABNT - NBR 5413).
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04 | Conceitos básicos
A = área projetada, em m²
α = ângulo considerado, em graus
na qual:
! = Refletância ou Coeficiente de
Reflexão
E = Iluminância sobre essa superfície
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04 | Conceitos básicos
930.
definem o aspecto da luz branca. lâmpadas. Para estipular um parâmetro, foi
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04 | Conceitos básicos
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06 | Modelos de avaliação em iluminação
f) Cálculo da iluminação geral (Método c) Cálculo da quantidade de luminárias Para se saber o número de luminárias, Recomenda-se que a distância “a” ou
das Eficiências); basta dividir o número de lâmpadas pela “b” entre as luminárias seja o dobro
g) Cálculo de controle; Para o cálculo da quantidade de quantidade delas por luminária. da distância entre estas e as paredes
h) Distribuição da luminária; luminárias, usa-se o seguinte método, laterais (fig. 48).
i) Definição dos pontos de iluminação; necessário para se chegar à Iluminância Distribuição das Luminárias
j) Cálculo de iluminação dirigida; Média (Em) exigida por norma, sendo: Se a quantidade de luminárias 6.2 Cálculo de Iluminação Dirigida
k) Avaliação do consumo energético; A = área do local resultantes do cálculo não for (Método Ponto a Ponto)
l) Avaliação de custos; n = quantidade de lâmpadas compatível com sua distribuição Se a distância “d” entre a fonte de luz e o
m) Cálculo de rentabilidade. φ = Fluxo luminoso das lâmpadas em lúmens desejada, recomenda-se sempre o objeto a ser iluminado for no mínimo 5
Fd = fator de depreciação (Fd = 0,8 acréscimo de luminárias e não a vezes maior do que as dimensões físicas
Os itens de B a E já foram tratados para boa manutenção; Fd = 0,6 para eliminação, para que não haja prejuízo da fonte de luz, pode-se calcular a
nesta publicação. Vejamos agora os manutenção crítica) do nível de Iluminância desejado. Iluminância pelo Método de Iluminância
itens de F a M em função, obviamente, BF = fator de fluxo luminoso do reator Pontual, aplicando-se a fórmula:
das definições do item A. Passemos a (considerar apenas quando utilizado Cálculo de Controle
tratar um pouco sobre a metodologia com lâmpadas de descarga) Definida a quantidade de luminárias
de avaliação quantitativa do projeto Fu = Fator de Utilização (que já desejada, pode-se calcular exatamente a
luminotécnico. considera o rendimento da luminária - Iluminância Média alcançada.
η l - e do recinto - η r). na qual:
6.1 Método de Cálculo de Iluminação Definição dos Pontos de Iluminação I = Intensidade Luminosa lançada verticalmente
Geral - Método das Eficiências A quantidade de lâmpadas (n) é dada Os pontos de iluminação devem ser sobre o ponto considerado (fig. 49).
(também conhecido como Método pela fórmula: preferencialmente, distribuídos de maneira
dos Fluxos ou de Cavidades Zonais) uniforme no recinto, levando-se em conta Esse método demonstra que a Iluminância
Em . A o layout do mobiliário, o direcionamento (E) é inversamente proporcional ao quadrado
n=
Sequência de cálculo: φ Fu BF . Fd da luz para a mesa de trabalho e o próprio da distância. Por exemplo, dobrando-se a
a) Escolha da lâmpada adequada tamanho da luminária. distância entre a fonte de luz e o objeto,
b) Escolha da luminária adequada
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06 | Modelos de avaliação em iluminação
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06 | Modelos de avaliação em iluminação
6.4 Softwares e mais complexos. Para isso, hoje em luminárias com compatibilidade entre Os principais modelos na área de
Como avaliar e medir as questões relativas dia temos os softwares de iluminação. distintos fornecedores. Softwares luminotécnica são:
à iluminação natural e artificial? Alguns cuidados devem ser tomados fechados, ou seja, que só usam
Todos os métodos de simulação e quando da utilização de programas luminárias de um único produtor podem http://radsite.lbl.gov/radiance
cálculo na área de iluminação natural computacionais na área de iluminação: ser em muitos casos extremamente
e artificial baseiam-se em dois modelos limitados para satisfazer nossas
clássicos de predição: método ponto 1º necessidades práticas de cálculo. http://www.lighting-technologies.com
a ponto e método dos fluxos, conforme natural, verificar para quais tipos de
apresentado anteriormente. céu que o programa possibilita os O número 7, de abril/maio de 2004,
O método dos fluxos se aplica mais aos cálculos, lembrando que o céu da revista Lume Arquitetura, pg.82,
sistemas gerais. O método ponto a brasileiro é predominantemente apresenta uma relação interessante
ponto satisfaz melhor as necessidades “parcialmente encoberto”; dos principais s o f t w a re s de Obs: os 4 primeiros são pagos. Os 3
de dimensionamento dos sistemas 2º iluminação, principalmente para a últimos gratuitos.
localizados e locais. Apesar de artificial um dos principais aspectos a artificial, inclusive com endereços
práticos, estes métodos podem ser serem verificados é a possibilidade dos sites para download.
muito trabalhosos quando se necessita deles apresentarem uma atualização
avaliar projetos de iluminação maiores dos bancos de dados referentes às
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07 | Exemplos de aplicação
13 Iluminância planejada Em lx 500
Iluminação
Carac. da
14 Tonalidade ou temp. da cor K 4000
Teto (%) 70 50 30 0 15 Índice de reprodução de cor IRC 89
®
Parede (%) 50 30 10 50 30 10 30 10 0 16 Tipo de lâmpada LUMILUX T5 HE
Piso (%) 10 10 10 0 17 Potência da lâmpada Plamp Watt 35
kr Fator de utilização 18 Fluxo luminoso de cada lâmpada φ lm 3650
0,60 34 29 26 33 29 26 29 26 25 19 Lâmpadas por luminária z Unid. 2
20 -
Lâmpadas e luminárias
0,80 40 36 33 39 35 32 35 32 31 Tipo de luminária
1,00 45 41 38 44 41 38 40 38 36 21 Fabricante / Modelo -
1,25 50 46 43 49 45 43 45 42 41 22 Eficiência da luminária ηL -
1,50 53 50 47 52 49 46 48 46 45 23 Eficiência do recinto ηr -
2,00 58 55 52 56 54 52 53 51 50 24 Fator de utilização Fu = L . ηr
η 0,58
2,50 60 58 56 59 57 55 56 55 53 25 Quantidade de lâmpadas Em . A Unid. 22
n=
3,00 62 60 58 61 59 58 58 57 55 φ . Fu . BF . Fd
4,00 64 63 61 63 62 60 61 59 58 26 Quantidade final de lâmpadas n Unid. 22
5,00 66 64 63 64 63 62 62 61 59 27 Quantidade de luminárias N = n/L Unid. 11
Figura 58 - Exemplo de tabela de Fator de Utilização de Luminária 28 Quantidade final de luminárias N Unid. 12
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07 | Exemplos de aplicação n . φ . Fu . Bf . Fd
29 Iluminância alcançada
Cálculo de
Ix
Controle
Em =
A
30 Tipo de reator
31 Modelo
32 Qtde. lâmpada/reator Lr
33 Potência de cada reator W
34 Fator de fluxo luminoso BF
35 Nº total de reatores nreator Unid
36 Potência total instalada
Pt =
(P lamp . n) . 1,10 KW
1000
P/ reatores eletrônicos (P lamp . n) . 1,10 KW
Pt =
Consumo da
1000
Instalação
P/ reatores eletromagnéticos (P lamp . n) . 1,20 KW
Pt =
1000
37 Densidade de potência D = Pt . 1000/A W/m2
38 Densidade de potência relativa Dr = D.100 / E W/m2
q) Cálculo da Quantidade de lateralmente às mesas de trabalho, p/100 lx
Luminárias evitando o ofuscamento sobre a tela
Uma vez já definidas todas as bases de computador. Para tanto, a
conceituais para o cálculo, seguiremos quantidade de luminárias (N = 11) frequência, a potência entregue à luminotécnico até aqui concluído e
a sequência da planilha. deverá ser elevada para N = 12, para lâmpada é menor. podem ser desenvolvidos utilizando-se o
que possa ser subdividida por dois. A guia orientativo “Cálculo de Rentabilidade”
r) Adequação dos Resultados ao dimensão de 10m comporta a linha (35 . 24) . 1,10 que segue anexo.
Pt = = 0,92 KW
Projeto contínua formada por 6 luminárias, 1000 *W = Potência do conjunto lâmpada +
A quantidade de lâmpadas deve ser cada uma de aproximadamente 1,67m, acessório (Consultar Catálogo OSRAM
arredondada para o valor múltiplo mais não havendo perigo de não adaptação para obter valores orientativos).
próximo da quantidade de lâmpadas ao projeto (fig. 59).
por luminária (neste caso, não haveria 924
D= = 12,32 W/m 2
necessidade), de tal forma que a t) Cálculo de Controle 75
quantidade de luminárias (N) sempre Uma vez de acordo com o resultado
seja um número inteiro. fornecido, podemos nos certificar do
valor exato da Iluminância Média
12,32
s) Definição dos Pontos de Iluminação obtida, através dos itens 26 e 27. Dr = = 2,27 W/m 2 p/100 lx
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Escolhe-se a disposição das luminárias
levando-se em conta o layout do u) Avaliação do Consumo Energético
mobiliário, o direcionamento correto da Os itens 34, 35 e 36 da planilha podem
luz para a mesa de trabalho e o próprio ser calculados da seguinte maneira: v) Cálculo de Custos e Rentabilidade
tamanho das luminárias. Neste Obs.: 70 W = Considerando a Na rotina de cálculo, os itens Cálculo de
exemplo, sugere-se a disposição utilização do reator QTi 2x35W, uma Custos e Cálculo de Rentabilidade são
destas em três linhas contínuas vez que, devido à operação em alta completamentares ao cálculo
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07 | Exemplos de aplicação
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08 | ANEXOS
Anexo 2 - Níveis de Iluminância Recomendáveis para Interiores Anexo 3 - Coeficiente de Reflexão de Alguns Materiais e Cores
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Variável unid. Sistema A Sistema B
08 | ANEXOS
01 Comprimento
02 Largura
03 Área
04 Pé-direito
05 Altura do plano de trabalho
06 Altura do pendente da luminária
07 Pé-direito útil
08 Índice do recinto (direta)
09 Fator de depreciação
10 Coeficiente de reflexão do teto
11 0(dirdeeta(ec2o4 depreciação
12 Coeficiente d0(dc2o4to
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Anexo 4 - Planilha para cálculo de iluminação geral: Método dos Fluxos
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ser comparadas.
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Obs: A planilha apresenta duas colunas - Sistemas A e B - para que duas soluções possam