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Disciplina

INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

LUMINOTÉCNICA

Profª.: Manoella Maria Saraiva Cavalcante


Objetivos do Módulo

1.Breve histórico
2.Classificação de Lâmpadas
3.Conceitos fundamentais da luminotécnica
4.Métodos de projeto
5.Exercícios de aplicação
Histórico da Iluminação

• 1854 – Heinrich Goebel constrói a primeira


lâmpada incandescente, empregando um
filamento de carvão dentro de um bulbo de
vidro, acionada por pilhas primitivas. Seu
trabalho não teve continuidade.
• 1878 – Sir Joseph Wilson Swan apresenta uma
nova lâmpada incandescente por ele
construída. Era semelhante à lâmpada de
Goebel e teve o mesmo destino.
• 1879 – Thomas Edison realiza uma série de
experiências com lâmpadas incandescentes,
optando também pelo filamento de carvão.
Obteve o registro do invento e foi a primeira
lâmpada a ser fabricada em escala industrial.
A lâmpada de Edison
Histórico da Iluminação

• 1898- Auer von Welsbach consegue substituir o filamento de carvão pelo


filamento metálico(Ósmio), aperfeiçoando com essa inovação a lâmpada.
Esse modelo já se assemelha à lâmpada de hoje.
• 1907 – Substituição do filamento de ósmio por outro de tungstênio
• 1913 – Outro grande melhoramento técnico foi a fabricação do filamento
em forma de espiral obtendo-se com isso notável evolução do rendimento
luminoso.
• A partir de então, outras melhorias foram introduzidas, como a
introdução do nitrogênio depois argônio e por fim o criptônio para
aumentar a vida da lâmpada.
• Jean Picard e Jean Bernoulli demonstraram que a agitação do mercúrio
era capaz de produzir luminosidade.
• 1901 – Lâmpada vapor de mercúrio se torna comercial(Arons)

• Ver vídeo :A Guerra Elétrica - A Disputa entre Edison, Westinghouse e


Tesla
•Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=vewg4uviZAw
Lâmpadas Incandescentes

1.Lâmpadas incandescentes uso geral – bulbo


branco difuso ou leitoso
•Acima de 75W – banidas em junho de 2014.
•De 25W a 75W banidas em junho de 2015.
•2. Lâmpadas incandescentes específicas – usadas
em locais sujeitas à vibrações, umidade,
temperatura específicas. Ex.: Lâmpadas usadas em
máquinas rotativas, em fornos, em geladeiras, em
navios ou aparelhos que utilizam extra-baixa
tensão- 6V ou 12V.
•3. Lâmpadas incandescentes decorativas-
Iluminação que destaca determinado produto ou
ambiente. Ex.: lâmpadas utilizadas em lustres de
cristal, abajures, candelabros, etc
Lâmpadas Incandescentes

4. Lâmpadas incandescentes refletoras/defletoras ou


espelhadas– Alto rendimento, facho concentrado e
dirigido. Aplicadas em vitrines, exposições, lojas, feiras,
residencias,museus, hotéis, palcos de teatros, etc.
Lâmpadas Incandescentes

5. Lâmpadas Halógenas – Fazem parte da família das lâmpadas


incandescentes, e podem ser encontradas em dois formatos:
1. “palito” ou “lapiseira” e,
2. Com refletor dicróico,
• Utilizam gás da família dos halogênios: cloro, bromo, flúor,
iodo.
• Semelhante a incandescente comum, mas os gases halógenos
tem a propriedade de recuperar o filamento.
Lâmpadas Incandescentes

6. Lâmpadas Infravermelha–Tem como característica


fundamental emitir uma radiação que se encontra na
faixa de ondas curtas da radiação infravermelha, cujo
comprimento de onda varia de 780 a 1400nm.
• Alto coeficiente de reflexão, graças ao espelhamento
interno,
• Alto rendimento, devido qualidade do vidro e espelho,
• Aplicações em indústrias gráficas e automobilísticas na
secagem de tintas,
• Usadas também em aplicações para aquecer o ambiente.
Lâmpadas de Descarga

• Diversos tipos:
• Fluorescente,
• Luz mista
• Vapor de mercúrio
• Lâmpada de néon,
• Vapor metálico
• Multivapor metálico
• Vapor de sódio
Por que estudar a ILUMINAÇÃO nos ambientes?

Iluminação inadequada
• Fadiga Visual
 Boa Iluminação

• Aumenta a produtividade
• Desconforto • Gera um ambiente agradável
• Dor de Cabeça • Salva vidas
• Ofuscamento Responsabilidade:
• Redução da Eficiência Visual - Projetistas
• Acidentes - Administradores
- Autoridades
Luz e visão

• A luz que vemos está entre 380 e 770nm e é apenas um pequeno


conjunto do espectro total.
Curva internacional de luminosidade
espectral relativa

1. Visão Fotópica(diurna)- maior acuidade visual em torno de 555nm ou


amarelo-esverdeado.
2. Visão Noturna (escotópica) – maior acuidade visual em torno de 480nm ou
azul esverdeado.
Cores e Sensações

• A cor exerce influência decisiva nos olhos dos seres humanos,


afeta a atividade muscular, mental e nervosa. A combinação das
cores afeta o psicológico e pode tornar um ponto importante no
interesse do público:

• Branco – Frieza, higiene, neutralidade,


• Verde – Calma, repouso, natureza,
• Azul – Frieza
• Cores Frias – Frescor, Frieza
• Amarelo – Atividade, nervosismo, impacto
• Vermelho –Calor, estimulante, excitação
• Cores quentes – Alegria, ambientes acolhedores e estimulantes.
• Preto – Inquietude, tensão.
Índice de reprodução de cores (IRC)

• Pretende mensurar a percepção de cor avaliada pelo


cérebro na comparação com uma série de padrões, no
total de 8, sob diferentes sistemas de iluminação.
• O IRC é obtido comparando-se os padrões iluminados
pela lâmpada adotada com uma fonte de referência,
denominada radiador integral.
• A lâmpada que apresenta o melhor desempenho é a
lâmpada incandescente com IRC aproximado de 100.
• A percepção varia de pessoa para pessoa.
• IRC >80 – boa reprodução de cores.
• 60<IRC<80 – Reprodução de cores razoável

Padrão para
avaliação de IRC
IRC
FLUXO LUMINOSO

• É a potência de radiação total emitida por uma


fonte de luz, ou é a potência de energia luminosa
de uma fonte percebida pelo olho humano.
• O lúmen pode ser definido como o fluxo luminoso
emitido segundo um ângulo sólido de um
esterradiano, por uma fonte puntiforme de
intensidade invariável em todas as direções e igual
a 1 candela.
• As lâmpadas conforme seu tipo e potência
apresentam fluxos luminosos diversos:
• - lâmpada incandescente de 100 W: 1000 lm;
• - lâmpada fluorescente de 40 W: 1700 a 3250 lm;
• - lâmpada vapor de mercúrio 250W: 12.700 lm;
• - lâmpada multi-vapor metálico de 250W: 17.000
lm
INTENSIDADE LUMINOSA: ( I )

• É definida como a concentração de luz em uma direção


específica, radiada por segundo.
• Para melhor se entender a intensidade luminosa, é
importante o conceito da curva de distribuição luminosa.
• CURVA DE DISTRIBUIÇÃO LUMINOSA: trata-se de um
diagrama polar no qual se considera a lâmpada ou
luminária reduzida a um ponto no centro do diagrama e
se representa a intensidade luminosa nas várias direções
por vetores.
ILUMINÂNCIA OU ILUMINAMENTO (E):

• Densidade de fluxo luminoso sobre a superfície que a luz


incide, ou seja, é a relação entre o fluxo luminoso
incidente e a área em que ele incide. Também conhecido
como aclaramento, nível de iluminamento ou nível de
iluminação. A unidade de medida é o lux.
• EXEMPLOS DE ILUMINÂNCIA
• Dia ensolarado de verão em local aberto » 100.000 lux
• Dia encoberto de verão » 20.000 lux
• Dia escuro de inverno » 3.000 lux
• Boa iluminação de rua » 20 a 40 lux
• Noite de lua cheia » 0,25 lux
• Luz de estrelas » 0,01 lux.
• O lux pode ser considerado a unidade mais importante
para um projeto de iluminação artificial, pois é a partir
do nível de iluminamento que o projeto é definido.
LUMINÂNCIA

• É um dos conceitos mais abstratos que a luminotécnica apresenta.


• Representa o que enxergamos de iluminação em um determinado objeto.
Através dela podemos perceber nuances entre claros e escuro.Por exemplo o
contraste das letras numa página branca.
• Define-se luminância como a razão entre a intensidade luminosa incidente e
a superfície aparentemente vista pelo olho em determinada direção.
EFICIÊNCIA LUMINOSA ou RENDIMENTO

• É a relação entre o fluxo luminoso(em lúmens) emitido


por uma lâmpada e a potência elétrica desta
lâmpada(em watts).
• - lâmpada incandescente de 100W: 10 lm/W
• - lâmpada fluorescente de 40 W: 42,5 lm/W a 81,5
lm/W.
• - lâmpada vapor de mercúrio de 250W: 50 lm/W
Reatores

• Partida,
•Limitação de corrente de partida,
•F.P.
•Convencionais e Eletrônicos (fluorescentes),
• Starters
Iluminação Interna
Índices de iluminamento de interiores
A Norma Brasileira NBR 5413/92 apresenta uma tabela com valores dos índices de
iluminamento requeridos para cada grupo A, B e C de tarefas visuais mais comuns.
Na referida Norma, o índice de iluminamento tem a designação de iluminância e é
expresso, também, em lux. Conforme a tabela abaixo:

Seleção da iluminância:
Método Philips
• Fator de utilização (Fu)
O fator Fu, sempre menor que 1, denomina-se coeficiente de utilização ou
fator de utilização e é a razão entre o fluxo utilizado e o fluxo luminoso emitido pelas
lâmpadas.
• Fator de depreciação (Fd)
O fator de depreciação pode ser determinado em função da tabela abaixo
para o método Philips.

Fator de reflexão
Método Philips
• Índice do local (K)
O índice do local é calculado de acordo com a fórmula seguinte:

Onde,
L – largura do local, C – comprimento do local, A – altura de montagem

• Cálculo do fluxo luminoso

• Número de luminárias
Método Lumicenter
• Fator de depreciação (Fd)
Fd = 0,85
• Índice do ambiente (RCR)

H – altura do ambiente; L – largura do ambiente; C – comprimento do


ambiente;
• Refletância do ambiente:
Método Lumicenter
• Cálculo do fluxo luminoso (Ø)
O fluxo luminoso total a ser determinado para o ambiente é dado pela
seguinte equação:

Número de luminárias
Para obter o número n de luminárias, basta dividir o fluxo total necessário (Ø),
pelo fluxo de cada luminária (j ) (igual ao produto do fluxo de uma lâmpada pelo
número de lâmpadas em cada luminária ou aparelho).
Então:

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