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COORDENAÇÃO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

COMPONENTE: PROJETOS INDUSTRIAIS


DOCENTE: TAILSON DE ALMEIDA CARDOSO

ILUMINAÇÃO INDUSTRIAL
Pontos fundamentais para um bom projeto de iluminação

▪ Conforto visual, permitindo ao trabalhador uma


sensação de bem-estar;
▪ Nível de iluminamento suficiente para cada atividade
específica;
▪ Distribuição espacial da luz sobre o ambiente;
2.1 INTRODUÇÃO
▪ Escolha da cor da luz e seu respectivo rendimento;
▪ Escolha apropriada dos aparelhos de iluminação;
▪ Tipo de execução das paredes e pisos.

A norma de iluminação ABNT 8995-1 foi publicada em


2013, com o objetivo de substituir a NBR 5413 e a NBR
5382
Luz: É uma fonte de radiação que emite ondas
eletromagnéticas em diferentes comprimentos.
Apenas algumas ondas de comprimento definido
são visíveis ao olho humano.

2.2 CONCEITOS
BÁSICOS
Iluminância:
• Quantidade de luz que ilumina determinada
superfície;
• Nível de iluminamento ou intensidade de iluminação;
• Relação entre fluxo luminoso em lumens e a sua
área.

2.2 CONCEITOS
BÁSICOS
Luminância: relação entre a intensidade do fluxo luminoso
emitido por uma superfície em determinada direção e a área
dessa superfície projetada perpendicularmente sobre um plano
posicionado ortogonalmente à direção do fluxo luminoso. Sua
unidade é expressa em candela por metro quadrado (cd/m2).

2.2 CONCEITOS
BÁSICOS
▪ Iluminância x Luminância

2.2 CONCEITOS
BÁSICOS
Fluxo luminoso: É a potência de radiação emitida por uma
fonte luminosa em todas as direções do espaço. Sua unidade é o
lúmen, que representa a quantidade de luz irradiada, através de
uma abertura de 1 m2 feita na superfície de uma esfera de 1m de
raio, por uma fonte luminosa de intensidade igual a 1 candela,
em todas as direções, colocada no seu interior e posicionada no
centro.

2.2 CONCEITOS
BÁSICOS
Eficiência luminosa: Relação entre o fluxo luminoso que a
fonte irradia e a potência absorvida.
• Tipo de vidro da luminária pode influenciar.

2.2 CONCEITOS
BÁSICOS
Eficiência luminosa

2.2 CONCEITOS
BÁSICOS
Lâmpadas incandescente:
• Filamento de tungstênio;
• Em desuso;
• Vida útil entre 600 e 1000 horas;
• Pode ser do tipo halógena.
2.3 LÂMPADAS
Lâmpadas de luz mista:
• Combinam a eficiência das lâmpadas de
descarga com a boa reprodução de cores
das lâmpadas incandescentes;

• Possui um filamento de tungstênio em


série com tubo de vapor de mercúrio.
2.3 LÂMPADAS
Lâmpadas de descarga

• Vida útil entre 7.500 para lâmpadas fluorescentes até 98.000


horas para lâmpadas a vapor metálico;
• Custo inicial elevado e de manutenção reduzido.

2.3 LÂMPADAS
Lâmpadas fluorescentes

• Tubo internamente revestido por fósforo;


• Eletrodos de tungstênio em cada extremidade;
• Vida útil entre 7.500 e 12.000 horas;
• Elevada eficiência luminosa (40-80 lúmens/Watt).
2.3 LÂMPADAS
Lâmpada a vapor de mercúrio

• Não emite luz vermelha;


• Precisa esperar de 5 a 10 min para religar;
• Vida útil de aproximadamente 15.00 horas;
• Eficiência luminosa de aproximadamente 55 lúmens/Watt.
2.3 LÂMPADAS
Lâmpada a vapor de sódio

• Emite luz monocromática (amarela);


• Muito usada para iluminação de pátios e vias;
• Vida útil de aproximadamente 18.000 horas;
• Eficiência luminosa de 130 a 200 lúmens/Watt.
2.3 LÂMPADAS
Lâmpada a vapor metálico

• Lâmpada a vapor de mercúrio à qual são adicionados


iodeto de índio, tálio e sódio.
• Melhoria da lâmpada de vapor de mercúrio;
• Indicada para áreas de pátios de estacionamento, quadras
2.3 LÂMPADAS esportivas, campos de futebol e galpões destinados a
produtos de exposição;
• Vida útil de aproximadamente 24.000 horas;
• Eficiência luminosa de aproximadamente 100 lúmens/watt.
Lâmpada de LED

• Baixo consumo de energia;


• Vida útil de aproximadamente 50.000 horas;
• Baixa tensão;

2.3 LÂMPADAS
Reatores
• São elementos dos circuitos das lâmpadas de descarga
responsáveis pela estabilização da corrente em nível
adequado;

• Quando a tensão da rede não é suficiente para dar partida


na lâmpada usa-se reatores
2.4 REATORES
Luminárias
• São aparelhos destinados à fixação das lâmpadas e
apresentam as seguintes características básicas:

• São agradáveis ao observador;


• Modificam o fluxo luminoso da fonte de luz;
• Possibilitam fácil instalação e posterior manutenção.
2.5 LUMINÁRIAS
• A escolha da luminária deve estar de acordo com a atividade
desenvolvida no recinto;
Luminárias
• Devem ser aplicadas de acordo com o tipo de atividade
desenvolvida no local:

• Luminárias comerciais;
• Luminárias industriais;
• Luminárias para logradouros públicos;
• Luminárias para jardins.
2.5 LUMINÁRIAS

• Fluorescente: pé-direito máximo de 6m


• Vapor de mercúrio: pé-direito superior a 6m
Luminárias

2.5 LUMINÁRIAS
Iluminação de interiores
Algumas considerações básicas:

• Estabelecer uma altura adequada para o nível da luminárias;


• Em prédios com pé-direito igual ou inferior a 6m é conveniente
utilizar lâmpadas tubulares, fluorescentes ou Leds;

2.6 ILUMINAÇÃO
DE INTERIORES
Iluminação de interiores
Algumas considerações básicas:
• Quando empregar projetores, utilizar lâmpadas de Led, vapor de
mercúrio, vapor de sódio e vapor metálico;
• Em ambientes que é exigido boa reprodução de cores, não utilizar
lâmpadas a vapor de sódio;
• Relação entre maior e menor iluminância não deve ser inferior a
70%;
2.6 ILUMINAÇÃO • Tornar a iluminação o mais uniforme possível;
DE INTERIORES
Iluminação de interiores
• Cálculo de iluminância em um ambiente: Para que os
ambientes sejam iluminados adequadamente é necessário
que o projetista adote os valores de iluminância
estabelecidos na NBR/ISO/CIE 8995;

• Tabela disponível a partir da página 20 desta norma.


2.6 ILUMINAÇÃO
DE INTERIORES
Iluminação de interiores

2.6 ILUMINAÇÃO
DE INTERIORES
Métodos de cálculo de sistemas de iluminação
• Podem ser utilizados três métodos de cálculo para a
determinação do iluminamento dos diversos ambientes de
trabalho:

• Método dos lumens;


• Método das cavidades zonais;
2.6 ILUMINAÇÃO • Método do ponto por ponto.
DE INTERIORES
Método dos Lúmens
• É baseado na determinação do fluxo luminoso necessário
para se obter um iluminamento médio desejado no plano de
trabalho;
• Consiste na determinação do fluxo luminoso a partir da
expressão:

2.6 ILUMINAÇÃO
DE INTERIORES
Método dos Lúmens
• Cálculo do número de luminárias

2.6 ILUMINAÇÃO
DE INTERIORES
Método dos Lúmens
• Distribuição das luminárias:

• A distância máxima entre os centros das luminárias deve


ser de 1 a 1,5 vez a altura útil;

• O espaçamento da luminária até a parede deve


2.6 ILUMINAÇÃO corresponder a metade desse valor;
DE INTERIORES
Método dos Lúmens
Fatores de manutenção de iluminação (Fmsi)
• A medida que um sistema de iluminação envelhece, seus componentes
passam a influenciar o nível de iluminamento do ambiente e prejudicar
o desempenho das tarefas desenvolvidas.

Fator de manutenção do fluxo luminoso (Fmfl)


• considera a depreciação do fluxo luminoso da lâmpada;

Fator de sobrevivência da lâmpada (Fsla)


2.6 ILUMINAÇÃO • considera o efeito de falha por envelhecimento da lâmpada;
DE INTERIORES
Fator de manutenção da luminária (Fmlu)
• considera os efeitos de redução do fluxo luminoso devido ao acúmulo
de sujeira nas luminárias;

Fator de manutenção da superfície de sala (Fmss)


• considera a redução da refletância devido à deposição de sujeira nas
superfícies da sala.

▪ Podem ser obtidos dos catálogos dos fabricantes ou em publicações sobre


iluminação
Método dos Lúmens

2.6 ILUMINAÇÃO
DE INTERIORES
Método dos Lúmens

2.6 ILUMINAÇÃO
DE INTERIORES
Método dos Lúmens
• Fator de utilização da luminária (Fmlu)

• Relação entre o fluxo luminoso que chega ao plano de trabalho e o


fluxo luminoso total emitido pelas lâmpadas;
• Depende das dimensões do ambiente, do tipo de luminária e da
pintura das paredes, teto e piso;
• NBR ISSO/CIE 8995:
2.6 ILUMINAÇÃO
DE INTERIORES
Método dos Lúmens
• Fator de utilização da luminária (Fmlu)

• Fatores de utilização para algumas luminárias típicas, de fabricação


Philips:

2.6 ILUMINAÇÃO
DE INTERIORES
Método dos Lúmens
• Índice do recinto

2.6 ILUMINAÇÃO
DE INTERIORES
Método dos Lúmens
• Fator de utilização da luminária (Fmlu)

2.6 ILUMINAÇÃO
DE INTERIORES
Método dos Lúmens
• Exemplo de aplicação: projeto de iluminação de um galpão

• Considerar o galpão industrial central da Figura 2.33 com


medida de 16 × 32 m, altura útil do plano da luminária de 5,6
m e altura total de 7,0 m. O galpão é destinado à fundição de
peças metálicas. Sabe-se que o teto é branco, as paredes
2.6 ILUMINAÇÃO claras e o piso escuro. Determinar o número necessário de
DE INTERIORES luminárias para o ambiente considerado, com a utilização de
lâmpadas a vapor de mercúrio de 400 W. A altura do plano
de tarefas é de 1,6 m.
Método dos Lúmens
• Exemplo de aplicação: projeto de iluminação de um galpão

2.6 ILUMINAÇÃO • Consultar na norma a iluminância mínima necessária


DE INTERIORES
Método dos Lúmens
• Calcular índice do recinto

2.6 ILUMINAÇÃO
DE INTERIORES
Método dos Lúmens
• Calcular índice do recinto

2.6 ILUMINAÇÃO
DE INTERIORES
Método dos Lúmens
• Identificar os valores de refletâncias conforme as
características do ambiente

2.6 ILUMINAÇÃO
DE INTERIORES
Método dos Lúmens
• O fator de utilização Fut considerando a utilização da
luminária HDK 475-400W, da Philips é:

2.6 ILUMINAÇÃO
DE INTERIORES
Método dos Lúmens
• O fator de utilização Fut considerando a utilização da
luminária HDK 475-400W, da Philips é:

2.6 ILUMINAÇÃO
DE INTERIORES
Método dos Lúmens

• Cálculo do fator de iluminação

2.6 ILUMINAÇÃO
DE INTERIORES
Método dos Lúmens

• Cálculo do fator de iluminação

2.6 ILUMINAÇÃO
DE INTERIORES
Método dos Lúmens
• Cálculo do fluxo luminoso total

2.6 ILUMINAÇÃO
DE INTERIORES
Método dos Lúmens
• Cálculo do fluxo luminoso total

2.6 ILUMINAÇÃO
DE INTERIORES
Método dos Lúmens
• Cálculo do número de luminárias

2.6 ILUMINAÇÃO
DE INTERIORES
Método dos Lúmens
• Cálculo do número de luminárias

2.6 ILUMINAÇÃO
DE INTERIORES
Método dos Lúmens
• Distribuição das luminárias

2.6 ILUMINAÇÃO
DE INTERIORES
▪ Referências Bibliográficas:

• CREDER, H. Instalações Elétricas. 15.ed. Rio de Janeiro: LTC, 2016.

• MAMEDE FILHO, J. Instalações Elétricas Industriais. 9.ed. Rio de


Janeiro: LTC, 2017.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS

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