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PARTE 2

PROJETOS ELÉTRICOS INDUSTRIAIS


Luminotécnico e Carga

INSTRUTOR: TIAGO HENRIQUE MELO SILVA


E-MAIL: TIAGO.MELO@FIEMG.COM.BR
EMENTA
• 1ª PARTE ILUMINOTÉCA

• ILUMINAÇÃO DE INTERIORES.
• SENSIBILIDADE VISUAL.
• FLUXO LUMINOSO (Φ).
• INTENSIDADE LUMINOSA (I).
• ILUMINÂNCIA (E).
• LUMINÂNCIA (L).
• FATOR OU ÍNDICE DE REFLEXÃO.
• TEMPERATURA DE COR CORRELATA (TCC).
• ÍNDICE DE REPRODUÇÃO DE CORES (IRC).
• CURVA DE DISTRIBUIÇÃO LUMINOSA (CDL).
• EFICIÊNCIA ENERGÉTICA (ΗΩ).
• FATORES DE DESEMPENHO.
• PROJETO DE ILUMINAÇÃO...
• 2ª PARTE PROJETO DE DIMENSIONAMENTO DE
CARGAS
• CONDUTORES ELÉTRICOS.
• FIOS E CABOS CONDUTORES.
• CRITÉRIOS PARA DIMENSIONAMENTO DA SEÇÃO MÍNIMA DO CONDUTOR FASE.
• CRITÉRIO DA CAPACIDADE DE CONDUÇÃO.
• CRITÉRIO DA QUEDA DE TENSÃO.
• CÁLCULO DO CONDUTOR NEUTRO SEGUNDO A NORMA NBR 5410.
• SISTEMA MONOFÁSICO A DOIS CONDUTORES (F – N).
• SISTEMA MONOFÁSICO A TRÊS CONDUTORES.
• SISTEMA TRIFÁSICO A TRÊS CONDUTORES (3F).
• SISTEMA TRIFÁSICO A QUATRO CONDUTORES (3F - N).
• SISTEMA DE ATERRAMENTO.
• DIMENSIONAMENTO DE DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO ( DISJUNTORES E FUSÍVEIS).
• DIMENSIONAMENTO DE ELETRODUTOS, ELETROCALHAS, PERFILADOS E LEITOS
• PROJETOS DE DISTRIBUIÇÃO DAS CARGAS INDUSTRIAIS....
ILUMINOTECA
• LUZ
• Luz é a radiação eletromagnética capaz de produzir sensação visual.
• Essa faixa de radiação eletromagnética tem com comprimento de onda entre 380 a
780nm (nanômetros), ou seja, da cor ultravioleta à vermelha, passando pelo azul,
verde, amarelo e roxo. As cores azul, vermelho e verde, quando somadas em
quantias iguais, definem o aspecto da luz branca.
• SENSIBILIDADE VISUAL
• A curva de sensibilidade indica como varia a sensibilidade do olho humano aos diferentes
comprimentos de onda.

• ASSIM OBSERVA-SE QUE NÃO ENXERGAMOS AS ONDAS INFRAVERMELHO E NEM ULTRAVIOLETA.


• Infravermelho =780nm.
• Ultravioleta =380nm.

• Infravermelho é o calor que a faixa de luz que os olhos humanos não enxerga.
Assim sabemos que as ondas infra e ultravioletas causa câncer para a pele humana.

• A luz branca é a referência de todas as cores muita sensibilidade tanto a noite


quanto de dia.
• A cor preta é a ausência de todas as cores não há como fazer misturas de cores
para obter a cor preta.
• Visão escotópica (noturna): baixos níveis de luminância (0,001 cd/m2) Visão
fotópica (diurna): altos níveis de luminância (> 3 cd/m2)
• Sensibilidade visual depende do comprimento de onda e da luminosidade. Sendo
assim:
• Quanto menor o comprimento de onda (violeta e azul), maior será a intensidade
de sensação luminosa com muita luz.
• Quanto maior comprimento de onda (laranja e vermelho), menor
será a intensidade de sensação luminosa com pouca luz.

Pouca luz Muita luz


• FLUXO LUMINOSO (Φ)
• É a quantidade total de luz emitida por uma fonte. É medido em lumens (lm).
• INTENSIDADE LUMINOSA (I)
• Expressa em candelas (cd), é a intensidade do fluxo luminoso projetado em
uma determinada direção. Cd = sentido e direção.
• ILUMINÂNCIA (E)
• É o fluxo luminoso que incide sobre uma superfície, situada a uma certa distância
da fonte, por unidade de área. No SI a unidade de medida para iluminância é
lumen/m² ou lux (lx). NBR 5413

• Luz que incide sobre o posto de trabalho.


• LUMINÂNCIA (L)
• Medida em candelas por metro quadrado (cd/m²), é a intensidade
luminosa produzida ou refletida por uma superfície aparente. A
luminância pode ser considerada como a medida física do brilho de
uma superfície iluminada ou de uma fonte de luz, sendo através dela
que os seres humanos enxergam.
• FATOR OU ÍNDICE DE REFLEXÃO
• Relação entre o fluxo luminoso refletido e o incidente. Varia em
função das cores e acabamentos das superfícies e suas
características de refletância. Por ser um índice não possui unidade
de medida.
• TEMPERATURA DE COR CORRELATA (TCC)
• As fontes de luz podem emitir luz de aparência de cor entre “quente” e “fria”.
• Cores “quentes” possuem uma aparência avermelhada ou amarelada (lâmpada sódio)
• Cores “frias” são azuladas. (lâmpada mercúrio)
• No entanto, as aparências “quente” e ”fria” têm sentido inverso ao da TCC, pois quanto
mais alta a TCC, mais fria é a sua aparência e quanto mais baixa a TCC, mais quente é a
sua aparência.
• A temperatura de cor correlata é expressa em kelvin (K).
• ÍNDICE DE REPRODUÇÃO DE CORES (IRC)

• O IRC mede quanto a luz artificial se aproxima da natural. Quanto maior o IRC,
melhor, sendo este um fator preponderante para comparação de fontes de luz
com a mesma TCC, ou para a escolha da lâmpada.
• CURVA DE DISTRIBUIÇÃO LUMINOSA (CDL)
• É a representação da Intensidade Luminosa em todos os ângulos em
que ela é direcionada num plano.
• EFICIÊNCIA ENERGÉTICA (ΗΩ)
• É calculada pela divisão entre o Fluxo Luminoso emitido (lm) e a
Potência consumida pela lâmpada (W). É dada em lúmen por watt
(lm/W).
FATORES DE DESEMPENHO
• Eficiência da luminária (ηL)
• É a relação entre o fluxo luminoso emitido por
uma luminária, medido sob condições práticas
especificadas, e a soma dos fluxos luminosos
individuais das lâmpadas operando fora das
luminárias em condições também específicas.
• Como as lâmpadas são geralmente instaladas em
luminárias, o fluxo luminoso final é menor que o
irradiado pela lâmpada.
• Eficiência do recinto (ηR)
• São valores apresentados em tabelas, onde estão
relacionados valores de Coeficiente de Reflexão do
teto, parede e piso, com a Curva de Distribuição
Luminosa da Luminária utilizada e o índice do recinto.
• Dependendo das características físicas do recinto, o
Fluxo Luminoso irradiado por uma luminária poderá
se propagar com maior ou menor facilidade, devido
às características de reflexão e absorção dos materiais
e da trajetória até o plano de trabalho.
• Fator de utilização (Fu)
• Avalia o Fluxo Luminoso Final que incidirá sobre o plano de trabalho. Indica,
portanto, a Eficiência Luminosa do conjunto lâmpada, luminária e recinto.
• Alguns catálogos fornecem tabelas de Fator de Utilização para suas
luminárias. Cada tabela é específica para uma luminária e já considera a
perda na emissão do Fluxo Luminoso.
• É a quantidade de lux consumida em relação a fornecida pela lâmpada.
• Fator de depreciação (Fd) (envelhecimento)
• Ao longo da vida útil da lâmpada ocorre uma diminuição do fluxo luminoso emitido, devido
à depreciação normal do fluxo da lâmpada e devido ao acúmulo de poeira sobre a lâmpada
e o refletor.

• O Fator de Depreciação deve ser considerado no cálculo para que não haja uma diminuição
do nível de Iluminância Média ao longo da vida útil da lâmpada.

• Para compensar parte desta depreciação, estabelece-se um fator de depreciação que é


utilizado no cálculo do número de luminárias. Este fator evita que o nível de iluminância
atinja valores abaixo do mínimo recomendado .
• Fórmula: Fd = RSDD x LDD
• LDD = fator de depreciação da lâmpada.
• RSDD = depreciação do recinto com sujeira.
• Depreciação do recinto com a sujeira (RSDD)

• Esse fator leva em conta a poeira e sujeira que se acumula em todas as


superfícies do recinto. No próximo slide a tabela do RSDD em que lista vários
fatores de depreciação com a sujeira (RSDD) para luminária do tipo direta, semi-
direta, indireta, semi-indireta. Normalmente, com a limpeza e pintura feitas
periodicamente irão diminuir o impacto causado pelo RSDD.
RSDD depreciação do recinto com sujeira.
• Depreciação da luminária com a poeira (LDD)
• Este fator leva em conta a contaminação pela poeira, óleo, fumaça e outras sujeiras nas
superfícies, nas lentes e lâmpadas da luminária os quais causam redução em seu nível de
luz produzido.
• Embora alguns fabricantes forneçam esses fatores para seus produtos, tabelas:
• A tabela B.1 determina a categoria da luminária e tem como base a localização e abertura
pelos quais a poeira poderia entrar.
• A tabela B.2 avalia o grau de sujeira (limpo, muito limpo, etc).
• Por fim, a tabela B.3 determina o Fator de Depreciação da Luminária com a poeira, levando
em conta o tempo decorrido entre as manutenções de limpeza.
LDD fator de depreciação da lâmpada.

• OS TIPOS DE CATEGORIAS SÃO FEITAS PELAS LUMINÁRIAS ESCOLHIDAS E CONSULTADO A TABELA


DA PAGINA 30 ( TABELA A.1)
ICR OU HCR Índice da cavidade do recinto
• Depende da altura do posto de trabalho, largura,
comprimento e pé direito ou seja toda a parte
estrutura do cômodo a ser instalado a luminária.
• Assim segue a formula abiaxo:

cavidade da índice 5h(L+D) / (LD)

• h=hCT para o índice da cavidade do teto (ICT);


• h=hCR para o índice da cavidade do recinto (ICR)
• h=hCP para o índice da cavidade do piso (ICP)
• L= comprimento do recinto (m);
• No caso de recinto com forma irregular a fórmula do índice de cavidade deve ser mudada
para:

• índice do recinto = 2,5 x altura da cavidade x perímetro da cavidade

área da base da cavidade

• EXEMPLO
Exemplo
• Se comprimento for de 5.5 m e largura de 10.5m encontre o indice de cavidade
do recito abaixo:

• índice da cavidade do recinto (ICR) = 5x2,5 ( 10.5 + 5.5) / (10.5x5.5) =3.5


• Tabela de coeficiente de reflexão de alguns
materiais e cores ligados às paredes, teto e piso
do ambiente:
Exemplo de uma descrição técnica de
uma luminária qualquer:
Vamos praticar um pouco....
• Exercícios
1) Calcular o índice de depreciação de recinto (RSDD) de um ambiente com as seguintes
características:
Ambiente sujo luminária direta 30% depreciação
Hcr 4 período de manutenção 24 meses

2) Calcular o Hcr e o RSDD do seguinte ambiente:


Largura=15m Altura da luminária ao piso=8m
Comprimento= 25 m Ambiente sujo Depreciação = 25%
Pé direito =10 m Intervalo entre manutenção 15 meses
Altura do posto de trabalho= 75 cm luminária direta

3) Considerando o exercício anterior e utilizando a luminária da página 50, determine o LDD e o


Fd.
4) Calcular o Fu (fator de utilização) do recinto do exercício 2 com as seguintes
características:
Parede amarelo claro
teto branco
Luminária da página 50.
Respostas
1) RSDD= 0,92

2) ICR OU HCR = 3,87 LOGO CONSIDERAMOS 4


Interpolação média do RSDD = 0.93

3) LDD =76% ou 0.76


Fd = 71% ou 0.71

4) Fu = 70% ou 0.70 ou média 0.72%


• PROJETO DE ILUMINAÇÃO
• Um projeto de iluminação pode ser resumido em:
• Escolha da lâmpada e da luminária mais adequada;
• Cálculo da quantidade de iluminação;
• Disposição das luminárias no recinto;
• Cálculo de viabilidade econômica.
• FUNÇÃO DO AMBIENTE E NÍVEL DE ILUMINAMENTO NECESSÁRIO PARA AS
TAREFAS

• Quanto maior a exigência visual da tarefa a ser realizada, maior deve ser o nível de
iluminância média (NBR 5413).

• A forma e as dimensões físicas do ambiente;


• A disposição do mobiliário e da estrutura;
• Os materiais e cores empregados nos acabamentos e mobiliário;
• O índice de reprodução de cores;
• Tipo de publico a freqüentar o ambiente. (idade das pessoas)
• As características e o posicionamento de lâmpadas e luminárias;

• A limpeza e manutenção do ambiente .


• A AUSÊNCIA DE OFUSCAMENTO

• O ofuscamento gera uma redução na capacidade de visualização dos objetos e


desconforto visual. Pode ser de dois tipos:

• Ofuscamento Direto: ocorre pela visualização direta da fonte de luz (lâmpada ou


luminária). Pode ser neutralizado pela utilização de aletas ou difusores nas
luminárias.

• Ofuscamento Indireto: ocorre quando a reflexão da luz sobre o plano de trabalho


atinge o campo visual. Pode ser causado pelo excesso de luz no ambiente ou pelo
mau posicionamento das luminárias.
• Conforme a norma NBR 5413 ela conduz uma quantidade mínina de lux para
cada tipo de ambiente tipo de publico que irá frenqüêntar.
Tabela -1
• Tabela 2 – Fatores determinantes da iluminância adequada .

• As tabelas 1 e 2 são utilizadas para se determinar a iluminância de ambientes, para isto


basta que seja analisado pela tabela 2 os pesos referentes as características, somam-se os
números analisados (considere o sinal dos números), caso se encontre resultado -2 ou -3
utilizar a iluminância inferior; sendo resultado +2 ou +3 utilizar a iluminância superior; e
utilizar a iluminância média nos demais casos.
• O luxímetro é um aparelho
criado e patenteado por
Walter D'Arcy Ryan no ano de
1909, que mede a
intensidade da luz que chega
a seu sensor. Com isso, pode-
se determinar uma grandeza
denominada iluminância de
um determinado local.
• Conforme o tipo de ambiente e ter em mãos todos
os dados de dimensões do recinto quantidade de
lux a ser emitido conforme a norma NBR5413 em
um dado local. Temos a seguinte formula:
• Depois de obter a quantidade de lumens máximo obtido a um determinado local devemos
consultar a tabela de lumens. Pois é nela que nos fornece os dados de quantos lumens uma
lâmpada específica nos emite de lumens. Segue abaixo a tabela.
• Após consultar a tabela e certificar a quantidade de
lumens emitido pela lâmpada escolhida e a quantidade
de lumens exigida em um determinado local devemos
calcular a quantidade de luminária conforme segue a
formula abaixo :

Lumens emitido pela


lâmpada
Lumens total
Número de lâmpadas
• Exemplo
• Imaginamos que calculamos o fator de utilização e depreciação e respectivamente
obtemos os valores de Fu=0,50 e Fd= 0,51 o o mesmo é direcionado para instalação de
uma sala de aula onde pela norma exigi uma quantidade de lux de 300 lux (consultar a
norma NBR5413) sabendo que a sala apresenta dimensões de 6x7 metros. Qual a
quantidade de lâmpadas deve ser instalada neste ambiente se utiliza a lâmpada
florescente tubular de 40W?
• Resolução:
lumens total = área x lux 42 x 300 lumens total= 49.411,76
Fd x Fu 0,50 x 0,51 lumens

Quantidade de lâmpadas = lumens total 49.411,76 =


lumens da lâmp. 3.400
total de 14,53 lâmpadas sendo assim utilizaremos 15 lâmpadas
Vamos praticar um pouco....
• Exercícios
1) Calcular a iluminância necessária considerando que área necessita de 500lux e são
utilizados lâmpadas de vapor mercúrio 250W.
Sendo dimensões = Comprimento 25 metros Largura 15 metros. Fu= 0,62 Fd= 0,71

2) Calcular o numero de lâmpadas necessária para iluminar o ambiente abaixo com índice de
200lux. Desenhar o lay out da distribuição das luminárias.

Comprimento 20 metros Altura da luminária ao piso 4 metros


Largura 10 metros Ambiente médio
Pé direito 6 metros Intervalo entre manutenção 12 meses
Altura posto de trabalho 0,75 metros Luminária da pag. 45 CAN 07.5232
Lâmpada Fluorescente tubular 40W Teto cinza claro Parede cinza escuro
3) Dimensionar a iluminação do seguinte ambiente, desenhar os lay out no caderno , distribuição das
luminárias.

Comprimento 12 metros Altura da luminária ao piso 3,3 metros


Largura 7 metros Ambiente limpo
Pé direito 3,5 metros Intervalo entre manutenção 15 meses
Altura posto de trabalho 0,75 metros Luminária da pag. 47 CCN 10.5232
Lâmpada Fluorescente tubular 40W Teto branco Parede branco
ILUMINÂNCIA 300 LUX

4) Dimensionar a iluminação do seguinte ambiente, desenhar os lay out no caderno , distribuição das luminárias.
Comprimento 50 metros Luminária rebaixada 2 metros
Largura 25 metros Ambiente muito sujo ( siderurgia)
Pé direito 13 metros Intervalo entre manutenção 12 meses
Altura posto de trabalho 0,75 metros Luminária da pag. 52 CES 04.P1250
Lâmpada Vapor mercúrio 250W Teto cinza médio Parede cinza médio
ILUMINÂNCIA 250 LUX
5) Dimensionar a iluminação do seguinte ambiente, desenhar os lay out no caderno,
distribuição das luminárias.

Comprimento 120 metros Luminária rebaixada 2 metros


Largura 64 metros Ambiente sujo
Pé direito 16 metros Intervalo entre manutenção 18 meses
Altura posto de trabalho 1,5 metros Luminária da pag. 52 CES 04.P1250
Lâmpada Vapor sódio - 250W Teto cinza claro Parede cinza escuro
ILUMINÂNCIA 350 LUX
Respostas
1) Lumens total = 425942 lumens
Nº de lâmpadas = 35 ou 36

2) Lumens total = 85818,49 lumens


Nº de lâmpadas = 25 ou 26

3) Lumens total = 50000 lumens


Nº de lâmpadas = 14 ou 15

4) Lumens total = 814863,10 lumens


Nº de lâmpadas = 67.

5) Lumens total = 556752278 lumens


Nº de lâmpadas = 192
Bom Projeto Iluminotécnico para todos

• Assim quanto mais raro e é o profissional,


mais requisitado no mercado de trabalho ele será e
mais bem remunerado! Assim cabe cada um de vocês
refletirem e absorver tudo aquilo que lhe acrescentará
valores.
• Tenham bom senso e dignidade na profissão.

TIAGO HENRIQUE
2ª PARTE
DIMENSIONAMENTO E
DISTRIBUIÇÃO DE CARGAS
BREVE REVISÃO
• TRIÂNGULO DAS POTÊNCIAS E CORREÇÃO DO
FATOR DE POTÊNCIA:
CONCEITOS
• POTÊNCIA REAL OU ATIVA: Nunca pode variar pois é fixa e é a
potência que o equipamento tem de executar o trabalho efetivo.
Dada em P=KW

• POTÊNCIA REATIVA: É a potência indutiva ou capacitiva é


exatamente aquela que dissipa um trabalho por magnetização e
etc. Dada em Q=Kvar.

• POTÊNCIA APARENTE: É a potência total do circuito que é dada


matematicamente pela formula, S²= P²+ Q², e é dada em S=Kva.
• Assim sabemos que
com o surgimento das
três potências temos a
seguinte representação
e o surgimento do FP.
(fator de potência).
• O que é o fator de potência...
• O fator de potência nada mais é que o percentual
da potência ativa com a potência total ou aparente,
sendo assim o fator de potência nos fornece o
percentual de desperdício de energia gerada em
um sistema.

Logo o mesmo é dado pela formula:


Formulas relacionadas ao triângulo das potências:
senØ = Q / S S²= P² +Q²
tgØ = Q / P FP= P / S

Circuito trifásico
P= 1,73 x V x I x cosØ
Q= 1,73 x V x I x senØ
S= 1,73 x V x I

Circuito monofásico
P= V x I x cosØ
Q= V x I x senØ
S= V x I
VAMOS PRATICAR UM POUCO.....
EXERCÍCIOS
1) CALCULAR A CORRENTE DE UMA CARGA DE 30KW/220V TRIFÁSICO COM FP=0,8.
2) CALCULAR A CORRENTE DE UM MOTOR TRIFÁSICO DE 5CV COM RENDIMENTO DE 0,7, FATOR DE POTÊNCIA 0,8
TENSÃO DE 380V.
3) CALCULAR A CORRENTE DE UM FORNO TRIFÁSICO DE 300KVA/440V.
4) CALCULAR A CORRENTE DE UMA MÁQUINA MONOFÁSICA DE 20W/220V cosØ=0,9.
5) CALCULAR A POTÊNCIA TOTAL DE UMA ILUMINAÇÃO COMPOSTA POR 24 LUMINÁRIAS COM LÂMPADAS DE VAPOR
MERCÚRIO DE 400W CUJO REATOR POSSUI FATOR DE POTÊNCIA 0,8 E RENDIMENTO DE 0,9.
6) CALCULAR A POTÊNCIA REATIVA DE UMA CARGA DE 30KW cosØ=0,8.
7) CALCULAR A POTÊNCIA REATIVA DE UMA CARGA DE 25KVA E FP.=0,7
8) CALCULAR A POTÊNCIA REATIVA DE UMA CARGA DE 40KVA, SENDO QUE A POTÊNCIA ATIVA É DE 30KW.
9) CALCULAR A POTÊNCIA ATIVA DE UMA CARGA DE 70KVA, SENDO QUE ESTA CARGA CONSOME UMA POTÊNCIA
REATIVA INDUTIVA DE 10Kvar.
10) CALCULAR O FATOR DE POTÊNCIA DE UMA CARGA DE 15KVA, SENDO QUE A POTÊNCIA REATIVA É DE 4,5Kvar.
11) UMA EMPRESA CUJA POTÊNCIA TOTAL É DE 500KVA, TEM UM FATOR DE POTÊNCIA DE 0,85 INDUTIVO.
A) DIMENSIONAR A POTÊNCIA DO BANCO DE CAPACITORES PARA CORRIGIR O FP. PARA 0,92.
B) CALCULAR A POTÊNCIA ECONOMIZADA COM A CORREÇÃO.
C) CALCULAR A ENERGIA ECONOMIZADA EM 1 ANO CONSIDERANDO QUE ESTA EMPRESA FUNCIONARIA POR UM
PERÍODO DE 10 h.

12) UMA MÁQUINA ALIMENTA DA EM 220V TRIFÁSICO , CONSOME UMA POTÊNCIA REATIVA DE 24KVar E POSSUI UM
FATOR DE POTÊNCIA DE 0,6 INDUTIVO.
A) DIMENSIONAR A POTÊNCIA DO BANCO DE CAPACITORES PARA CORRIGIR O FP. PARA 0,92.
B) CALCULAR O VALOR DA CORRENTE ELÉTRICA QUE SERÁ REDUZIDA APÓS A CORREÇÃO DO FATOR DE POTÊNCIA.

13) DIMENSIONAR A POTÊNCIA REATIVA DE UM BANCO DE CAPACITORES DE UMA MÁQUINA DE 28KVA E FATOR DE
POTÊNCIA DE 0,6 CORRGIR PARA 0,92.
A) CALCULAR O VALOR DA CORRENTE ELÉTRICA LIBERADA DO SISTEMA APÓS A CORREÇÃO DO FATOR DE POTÊNCIA, PARA
UMA TENSÃO TRIFÁSICA DE 220V.
RESPOSTAS
1) I=98,41 A 10) FP=0,95 13) Q1=7,16KVar
2) I=9,98A 11) Q1=263,39KVar Qcap=15,24KVar
3) I=393,65A Qcap= 82,36KVar Scorr =18,26KVA
4) I=100mA Scorr =38,05KVA I libr= 25,56A
5) S=13,33KVA Eecon= 138,88MVAh
6) Q=22,5KVar 12) Q1=7,63KVar
7) Q=17,85KVar Qcap= 16,37KVar
8) Q=26,46KVar Scorr = 19,57KVA
9) P=69,28KW I libr= 27,36A
ELEMENTOS DE UM PROJETO INDUSTRIAL

• CONDIÇÕES DE SUPRIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA

• (c.1) Sistema de suprimento radial simples: É aquele em que o fluxo de potência tem um sentido único
da fonte para a carga. Entretanto, apresenta baixa confiabilidade devido à falta de recursos para
manobra, quando da perda do alimentador. Em compensação seu custo é mais reduzido em relação a
outros sistemas.

• (c.2) Sistema de suprimento com recurso: É aquele que o sentido do fluxo de potência pode variar de
acordo com as condições de carga do sistema. Estes sistemas apresentam maior confiabilidade, pois a
perda eventual de um dos alimentadores não deve afetar a continuidade do fornecimento exceto
durante o período do fornecimento da manobra das chaves. Estes sistemas apresentam custo mais
elevado devido ao emprego de equipamento mais caro e, sobretudo pelo dimensionamento dos
alimentadores que devem ter capacidade individual suficiente para suprir a carga quando da saída de
um deles.
EXEMPLOS
• C.1
• C.2
• PLANOS DE EXPANSÃO:
• É importante na fase de projeto conhecer os planos expansionistas dos dirigentes da empresa e, se
possível, obter detalhes do aumento efetivo da carga a ser adicionada, bem como o local de sua
instalação.
Assim devemos considerar os seguintes aspectos:

• 1- Flexibilidade – É a capacidade de admitir mudanças na localização das máquinas sem


comprometer seriamente as instalações existentes; ( evitar instalações subterrâneas no galpão).

• 2- Acessibilidade – Exprime a facilidade de acesso a todas as máquinas e equipamento de


manobras existentes;

• 3- Confiabilidade – Representa o desempenho do sistema quanto as interrupções temporárias e


permanentes, bem como assegurar a proteção e a integridade física daqueles que operam.
• Localização da subestação de transformação:
• É comum o projetista receber as plantas já com as indicações do local da subestação.

• Nestes casos, a escolha é feita em função do arranjo arquitetônico da construção e


muitas vezes da exigência da área. Pode ser também uma decisão visando a segurança
da indústria, principalmente quando o seu produto é de alto risco.

• Observa-se, portanto, que nem sempre o local escolhido para a subestação é o local mais
adequado, às vezes, muita afastada do centro de carga, acarretando alimentadores
longos. ( ocasionando seções transversais dos condutores muito robusta).
• Sistemas de distribuição internas:
1 Sistema radial simples; é o mais comum por ser mais barato.
2 Sistema radial com recurso – Este sistema pode ser projetado de acordo com a
ilustração abaixo.
• A distribuição secundária em baixa tensão numa instalação industrial pode ser dividida em:
• Circuitos terminais de motores
O circuito terminal de motores consiste em dois ou três condutores conduzindo corrente
numa dada tensão. Assim deve obedecer algumas regra básicas, tais como:
Conter dispositivos de seccionamento na sua origem para fins de manutenção. O
seccionamento deve desligar tanto o motor como seu dispositivo de comando. Podem ser
utilizados:
• 1. seccionadores;
• 2. interruptores;
• 3. disjuntores;
• 4. contactores;
• 5. fusíveis com terminais apropriados para retirada sob tensão;
• 6. tomada de corrente.
• Conter um dispositivo de proteção contra curto-circuito na sua origem;
• Conter um dispositivo de comando capaz de impedir uma partida automática do motor devido a queda
ou falta de tensão,
• Etc..

• Circuito de distribuição

• Compreende-se por circuito de distribuição, também chamados de alimentadores, os condutores que


derivam do Quadro Geral de Força (QGF) e alimentam um os mais centros de comando (CCM ou QDL).
Os circuitos de distribuição devem ser protegidos no ponto de origem através de disjuntores ou fusíveis
de capacidade adequada à carga e às correntes de curto-circuito.
CONDUTORES ELÉTRICOS

• O dimensionamento de um condutor deve ser precedido de uma análise detalhada de sua instalação e da carga a ser
suprida.
• Um condutor mal dimensionado implica na operação inadequada da carga, representa um elevado risco de incêndio
para o patrimônio, principalmente quando associado um deficiente projeto de proteção.
• Para dimensionar o condutor levamos em consideração:
• Tensão nominal;
• Freqüência nominal;
• Potência ou corrente da carga a ser suprida
• Fator de potência da carga;
• Tipo de sistema:
• monofásico, bifásico ou trifásico;
• Método de instalação dos condutores;
• Tipo de carga: iluminação, motores, capacitores, etc.;
• Distância da carga ao ponto de suprimento;
• Corrente de curto-circuito.
FIOS E CABOS CONDUTORES

• A maioria absoluta das instalações elétricas industriais emprega o cobre como elemento condutor dos
fios e cabos elétricos.
• O uso do condutor de alumínio nesse tipo de instalação é muito reduzido, apesar de o preço de
mercado ser significativamente inferior aos correspondentes condutores de cobre.
• A própria norma brasileira NBR 5410 restringe a aplicação dos condutores de alumínio quando
somente permite o seu uso para seções iguais ou superiores a #10 mm².
• De maneira geral os cabos são isolados com diferentes tipos de compostos isolantes, sendo os mais
empregados :

• PVC (cloreto de polivinila),


• EPR (borracha de etileno-propileno).
• XLPE (polietileno reticulado).
• Por outro lado, são denominados de unipolares os condutores que possuem uma camada isolante,
protegida por uma capa, normalmente constituída de material PVC.

• Quando um cabo é constituído por condutores isolados e o conjunto é protegido por uma capa externa,
é denominado de multipolar.
• Condutores mais populares são :
• cabos Pirastic (condutor isolado em PVC)
• Sintenax (condutor unipolar com isolação em PVC), ambos de fabricação Pirelli.

• A isolação dos condutores isolados é designada pelo valor da tensão nominal entre fases que suportam,
padronizadas pela NBR 6148 em 750 V.

• Já a isolação dos condutores unipolares é designada pelos valores nominais das tensões que suportam
respectivamente entre fase e terra e entre fases, padronizadas pela NBR 6251:

• 0,6/1 kV para fios e cabos de baixa tensão .


• 3,6/6 kV – 6/10 – 8,7/15 e 12/20 kV para cabos de média tensão.
CRITÉRIOS PARA DIMENSIONAMENTO DA SEÇÃO MÍNIMA DO CONDUTOR FASE

• A seção mínima dos condutores elétricos deve satisfazer, simultaneamente, aos três critérios seguintes:

• 1- SEÇÃO MÍNIMA; (NBR 5410)


• 2- CAPACIDADE DE CONDUÇÃO DE CORRENTE;
• 3- LIMITE DE QUEDA DE TENSÃO;

• PROTEÇÃO

• 1- SOBRECARGA;
• 2- CAPACIDADE DE CONDUÇÃO DA CORRENTE DE CURTO-CIRCUITO POR TEMPO LIMITADO;
• 3- CONTATOS INDIRETOS;
• Durante a elaboração de um projeto, os condutores são inicialmente dimensionados pelos
três primeiros critérios.

• Assim, quando o dimensionamento das proteções é baseado, entre outros parâmetros,


nas intensidades das correntes de falta.

• é necessário confrontarmos valores destas e os respectivos tempos de duração com os


valores máximos admitidos pelo isolamento dos condutores utilizados, cujos gráficos estão
mostrados no próximo slides respectivamente para isolações de PVC 70ºC e XLPE 90ºC.
Corrente máxima de curto circuito para fios e cabos isolados com PVC 70 ºC
Corrente máxima de curto circuito para fios e cabos isolados com XLPE 90ºC
CRITÉRIO DA CAPACIDADE DE CONDUÇÃO

• Todo condutor ao ser submetido a uma corrente elétrica, em função do efeito Joule,
existe um certo aquecimento deste condutor.

• Este critério visa estabelecer a máxima capacidade de corrente de cada condutor, de


forma que o aquecimento gerado, não venha comprometer a vida útil dos isolamentos
e do próprio condutor.

• Segue abaixo o roteiro para dimensionar os condutores, através do critério de máxima


capacidade de corrente, utilizado a norma NBR 5410.
• Calcular a corrente do circuito que se quer dimensionar.
• Através da tabela 33 da norma, deve estabelecer o “Método de referencia” da instalação.
Este método deve estar de acordo com o tipo de instalação. (PAG .72 A 77).
• Estabelecer o tipo de isolamento do condutor elétrico (PVC, EPR ou XLPE).
• Caso a temperatura ambiente seja diferente de 30 °C para as linhas não-subterrâneas ou
de 20 °C para temperatura do solo, estabelecer através da tabela 40, o fator de correção
de temperatura da corrente elétrica. (PAG. 83).
• Nas tabelas 42 a 45, devem ser estabelecidos os fatores de correção da corrente elétrica
conforme o agrupamento. (PAG. 84 E 85).
• Multiplicar todos os fatores de correção (temperatura e agrupamento).
• Dividir a corrente do circuito pelo resultado da multiplicação dos fatores de correção
acima.
• Confrontar o valor resultante através das tabelas 36 a 39, conforme o caso e estabelecer
a bitola do condutor correspondente. (PAG. 78 A 80).
NOTA
RELEMBRAR CONDUTOS ELÉTRICOS
LEITO PARA CABOS
Barramento KB$EB25 marca Telemecanique
EXERCÍCIOS
• DIMENSIONAR UM CONDUTOR PELO CRITÉRIO DA MÁXIMA CAPACIDADE DE CORRENTE.
1) DIMENSIONAR O CONDUTOR FASE DO SEGUINTE CIRCUITO.
CORRENTE NOMINAL 50 A TRIFÁSICO
CABO MULTIPOLAR EM PVC INSTALADO EM BANDEIJA NÃO PERFURADA COM OUTROS TRES CIRCUITOS
TEMPERATURA AMBIENTE 40 ºC.

2) DIMENSIONAR O CONDUTOR FASE DO SEGUINTE CIRCUITO.


CARGA DE 15KW / 380V / TRIFÁSICO / FP 0,8
CABO UNIPOLAR EM PVC INSTALADO EM ELETRODUTO APARENTE COM MAIS 1 CIRCUITOS
TEMPERATURA AMBIENTE 45 ºC.

3) DIMENSIONAR O CONDUTOR FASE DO SEGUINTE CIRCUITO.


MOTOR DE 10CV / TRIFÁSICO / IV PÓLOS / ( VER PÁG 96) INSTALAÇÃO EM BANDEIJA PERFURADA COM MAIS 5 CIRCUITOS EM
SOMENTE UMA CAMADA, TENSÃO DE 220V, TEMPERATURA AMBIENTE 35 º C, CABO MULTIPOLAR EM PVC.

4) DIMENSIONAR O CONDUTOR FASE DO SEGUINTE CIRCUITO.


MOTOR DE 60CV / TRIFÁSICO / VI PÓLOS / ( VER PÁG 96) INSTALAÇÃO EM LEITO COM MAIS 5 CIRCUITOS EM SOMENTE UMA CAMADA,
DISTANCIA ENTRE SI 2D, TENSÃO DE 440V, TEMPERATURA AMBIENTE 30 º C, CABO MULTIPOLAR EM PVC.
RESPOSTAS
1) Icor = 76,63 A cabo de #16mm²

2) Inom = 28,49 A Icor = 45,08 A cabo de #10mm²

3) Inom = 25,83 A Icor = 37,64 A cabo de #6mm²

4) Inom = 77,88 A Icor = 77,88 A cabo de #16mm²


CRITÉRIO DA QUEDA DE TENSÃO
• A queda de tensão provocada ela passagem de corrente nos condutores dos circuitos de uma instalação
deve estar dentro de limites pré-fixados, a fim de não prejudicar o funcionamento dos equipamentos de
utilização ligados aos circuitos terminais.
• A queda de tensão (total) é considerada entre a origem da instalação e o último ponto de utilização de
qualquer circuito terminal.
• Segundo a norma NRB 5410, item 6.2.7, os limites fixados para a queda de tensão são:
• a) 7%, calculados a partir dos terminais secundários do transformador MT/BT, no caso de transformador de
propriedade da(s) unidade(s) consumidora(s);
• b) 7%, calculados a partir dos terminais secundários do transformador MT/BT da empresa distribuidora de
eletricidade, quando o ponto de entrega for aí localizado;
• c) 5%, calculados a partir do ponto de entrega, nos demais casos de ponto de entrega com fornecimento em
tensão secundária de distribuição;
• d) 7%, calculados a partir dos terminais de saída do gerador, no caso de grupo gerador próprio.
• PASSOS PARA O CÁLCULO:
• Conhecer as características dos equipamentos a alimentar, bem como as da linha elétrica (tipo de
condutor, maneira de instalar, corrente de projeto, fator de potência e distância de sua origem ás
cargas);
• Determinar a seção dos condutores para permitir a circulação de projeto I, com um fator de potência
cos Ф, de modo que, na extremiade do circuito, a queda de tensão não ultrapasse um valor pré-fixado;
• Ou, determinada a seção por outro critério (geralmente pelo critério da capacidade de condução de
corrente), desejamos verificar se a queda está dentro do limite pré-fixado.
• A tabela do próximo slide dá as quedas de tensão ΔU em V/A.km para os condutores isolados
considerando circuitos monofásicos e trifásicos, as maneiras de instalar mais comuns e fatores de
potência 0,8 e 0,95; no caso de condutores são indicados separadamente os valores para condutos
magnéticos (nos quais, por efeito magnético, é maior a queda de tensão) e para condutos não
magnéticos. A queda de tensão pode ser obtida pela expressão:

• ΔV = ΔU x I x L sendo:
• ΔV – queda de tensão em volts (V).
• ΔU – queda de tensão em V/A.km.
• I – Corrente de projeto em amperes (A).
• L – comprimento do circuito em km.
• CÁLCULO DO CONDUTOR NEUTRO SEGUNDO A NORMA NBR 5410.

• Num circuito trifásico com neutro e cujos condutores de fase tenham uma seção superior
a:
• 25 mm², a seção do condutor neutro pode ser inferior à dos condutores de fase, sem ser
inferior aos valores indicados na tabela abaixo, em função da seção dos condutores de
fase, quando as três condições seguintes forem simultaneamente atendidas:
• a) o circuito for presumivelmente equilibrado, em serviço normal;
• b) a corrente das fases não contiver uma taxa de terceira harmônica e múltiplos superior
a 15%;
• c) o condutor neutro for protegido contra sobrecorrentes.

• NOTA Os valores da tabela 48 ( próximo slides) são aplicáveis quando os condutores de


fase e o condutor neutro forem do mesmo metal. (Página 88 apostila).
• Dimensionamento de eletroduto:

• a taxa de ocupação do eletroduto, dada pelo quociente entre a soma das áreas das seções
transversais dos condutores previstos, calculadas com base no diâmetro externo, e a área útil
da seção transversal do eletroduto, não deve ser superior a:
• 53% no caso de um condutor;
• 31% no caso de dois condutores;
• 40% no caso de três ou mais condutores;
Exercícios
1) Dimensionar o condutor pelo critério da queda de tensão.

220V FP 0,80 instalação de eletroduto magnético, 7% de queda.

2) Dimensionar o condutor fase pelo Critério da queda de tensão:


- Distância fonte à carga - 82 metros.
- Potência 70 kva / Fp=0.95 / 440V / trifásico.
- 7% de queda conforme a norma.
- Instalação aérea.

RESPOSTA 1= # 16 mm² 2= # 10 mm²


Exercícios utilizando os três métodos:
1) Dados abaixo resolva: ( Resposta # 70mm² ).

- Temperatura ambiente 40ºC.


- Instalação em bandeja perfurada outros 5 circuitos em uma camada
- Cabo PVC multipolar.

2) Momento elétrico ( queda de tensão) resolva: ( Resposta # 6 mm² ).


- Fonte 220V.
- 2% de queda.
- Monofásico .
- FP 0,90.
-Cada reator 0,51 A
(Lâmp .fluor. 2x40W)
- Eletroduto metálico.
3) Dimensionar os condutores neutro e fase de um circuito de iluminação conforme o esquema abaixo:
- Lâmpada 220W/127V incandescente.
- Instalação em eletroduto metálico
aparente com outros 3 circuitos.
- Temperatura ambiente 40ºC.
- Cabos unipolares em PVC, 2% de queda
Resposta fase e neutro #10 mm²

4) Em um quadro de distribuição de força para iluminação trifásica de 4 condutores condutores com bitolas de
#50mm² qual deve ser a bitola do condutor neutro?

5) Dimensionar o condutor de proteção que passa em uma eletrocalha de onde passa os seguintes circuitos:

- 2 circuitos trifásicos de #4mm².


- 3 circuitos trifásicos de #6mm².
- 1 circuitos monofásico de #10mm².
- 1 circuitos trifásicos de #16mm².
6) Dimensionar o condutor de proteção de um circuito cujo condutor fase é de #120 mm².
7) Dimensionar o eletroduto onde serão lançados os seguintes circuitos .( tabela da página 103). (Resposta
eletroduto de 1.1/4” ).

- 6 condutores de #10mm².
- 3 condutores de #6mm².
- 6 condutores de #4mm².
- 1 condutores de #10mm² ( Terra).

8) Dimensionar o eletroduto onde serão lançados os seguintes circuitos .( tabela da página 103). (Resposta
eletroduto de 3/4” ).

- 3 condutores de #2,5mm².
- 6 condutores de #4mm².
- 3 condutores de #1,5mm².
- 1 condutores de #4mm² ( Terra).
Norma

• Por norma adotasse 7% do trafo até a carga assim adotamos 5% ate o quadro de distribuição devido a
circulação de corrente ser bem maior e o restante adotamos do quadro até a carga.

• Para motores usualmente adotamos a tal distribuição não ultrapassando os 7% exigido por norma sem
afetar a operação normal do equipamento.
• DIMENSIONAMENTO BÁSICO DE DISJUNTORES

• Saber qual tipo de carga esta sendo ligada ao circuito para a escolha do tipo e classe do
disjuntor.
• Saber que o disjuntor tem por função proteger os condutores do circuito elétrico e não a
carga.
• Os disjuntores padrão DIM tem proteção termomagnética.

• FORMULA BÁSICA

ICABO > IDIS > ICCAl


• ICCAL = Corrente calculada.
• IDIS = Corrente disjuntor.
• ICABO = Corrente Cabo .
• CÁLCULOS DE DEMANDA DE MOTORES.

• Dm – demanda dos motores, em kVA


• Pm – potência nominal, em cv
• Fu – fator de utilização
• Fp – fator de potência
• Fs – fator de simultaneidade
• η - rendimento
• N – quantidade de motores de mesma potência

• Formula de rendimento:
Dados de motores para dimensionamento em projetos Página 94 e 95.
DEMANDA
ILUMINAÇÃO E TOMADAS EM GERAL
• Primeiros 20 kW: 100% Acima de 20 kW: 70%

• Obs.: A utilização do procedimento acima é válida quando não conhecemos a


seqüência de funcionamento do sistema. Neste projeto, entretanto, conhecemos a
seqüência de funcionamento dos equipamentos e da iluminação da indústria.
• ELOS FUSÍVEIS PARA PROTEÇÃO DE
TRANSFORMADORES
SISTEMA DE ATERRAMENTO
• De acordo com a NBR 5410, as instalações de baixa tensão deve obedecer, no que concerne
aos aterramentos funcionais e de proteção, a três esquemas de aterramento básicos, sendo
designados por uma simbologia que utiliza duas letras fundamentais:

• 1ª letra: indica a situação da alimentação em relação à terra


• T – um ponto diretamente aterrado
• I – nenhum ponto aterrado ou aterrado através de impedância

• 2ª letra: indica as características de aterramento das massas


• T – massas diretamente aterradas independente do eventual aterramento da alimentação;
• N – massas ligadas diretamente ao ponto de alimentação aterrado, geralmente o neutro.
ESQUEMA TT
• Existe um ponto da alimentação diretamente aterrado, estando as massas da instalação ligadas a um
eletrodo de aterramento independente do eletrodo de aterramento da alimentação.
• Trata-se de um esquema concebido de forma que o percurso da corrente proveniente de uma falta fase-
massa inclua a terra e que a elevada impedância desse percurso limite o valor daquela corrente. Porém
pode trazer perigo para as pessoas que toquem numa massa acidentalmente energizada.
ESQUEMA TN
• Existe um ponto de alimentação diretamente aterrado, sendo as massas da instalação
ligadas a esse ponto através de condutores de proteção. O esquema é concebido de modo
que o percurso de uma corrente de falha fase-massa seja constituído exclusivamente por
elementos condutores e, portanto, possua baixíssima impedância.

• a) esquema TN-S, no qual o condutor neutro e o condutor de proteção são distintos

• b) esquema TN-C-S, em parte do qual as funções de neutro e de proteção são combinadas


em um único condutor;

• c) esquema TN-C, no qual as funções de neutro e de proteção são combinadas em um único


condutor, na totalidade do esquema.
ESQUEMA TN-S
ESQUEMA TN-C-S
ESQUEMA IT

• Não existe nenhum ponto da alimentação diretamente aterrado;


• É totalmente isolada da terra ou aterrada através de uma impedância de valor elevado.
• As massas são ligadas à terra por meio de eletrodos de aterramento próprios.
• A corrente resultante de uma falta fase-massa não possuirá intensidade suficiente para
trazer perigo para as pessoas que toquem na massa energizada, devido às capacitâncias
da linha em relação à terra e a eventual impedância existente entre a alimentação e a
terra.
SPDA Sistema de proteção conta Descargas Elétricas

• Popularmente chamado de para-raios


• É uma exigência do Corpo de Bombeiro, regulamentada pela NBR
5419/05.
• Tem como objetivo:
• Evitar e ou minimizar o impacto dos efeitos das descargas atmosféricas
• Como incêndios, explosões, danos equipamentos e até mesmo vidas de
pessoas e animais.
Fontes:
❖ Apostila SENAI: SÉRIE AUTOMAÇÃO E MECÂNICA INDUSTRIAL –
Acionamentos de Dispositivos Atuadores Volume 1
❖ Apostila SENAI: SÉRIE INSTALAÇÃO INDUSTRIAL
❖ CATÁLOGO WEG

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