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DE ILUMINAÇÃO
SUMÁRIO
• Introdução
• Recomendações da NBR5413
• Método do Lumens
• Método das Cavidades Zonais
• Método Ponto a Ponto
INTRODUÇÃO
• O projeto de iluminação requer um estudo apurado para propor
a solução mais adequada tendo em conta as atividades que serão
desenvolvidas, arquitetura do ambiente, restrições quanto a risco
de explosão, dentre outros;
• Para a realização do cálculo luminotécnico dever ser realizado o
levantamento das condições e dados do ambiente listados
abaixo:
• a) dimensões do ambiente (comprimento, largura e pé-direito);
• b) altura do plano de trabalho (75cm para mesas de escritórios, por
exemplo);
• c) altura de suspensão das luminárias (se fixadas ao teto, esse valor
é nulo);
• d) altura de montagem (subtraindo-se a altura do plano de trabalho
e a altura de suspensão da luminária do pé-direito);
• e) acabamentos internos (refletâncias das superfícies): teto, paredes
e piso.
INTRODUÇÃO
• Prever a integração com a luz natural;
• O projeto dos sistemas de iluminação interna deverá apresentar
o esquema de ligação das luminárias;
• Esta ligação deverá ser flexível em termos de acionamento do
sistema de acordo com a disponibilidade de luz natural.
• Em salas com duas ou mais fileiras de luminárias paralelas
deverão ser instalados no mínimo interruptores de duas teclas;
• Caso a iluminação natural não seja suficiente para atender os
níveis mínimos de iluminação requeridos para a tarefa, deverá
ser complementada com iluminação artificial.
INTRODUÇÃO
• Memorial de Cálculo
• Deverá apresentar o método de cálculo utilizado
• Nome da edificação referente ao projeto e para cada
ambiente deverá ser informado:
• a) Identificação do ambiente;
• b) Área, em m2;
• c) Tipo de iluminação empregada
• d) Iluminância de projeto, em lux;
• e) Número de luminárias adotado;
• f) Potência instalada por unidade de área, em W/m2;
• g) Iluminância estimada para o final do período de
manutenção
INTRODUÇÃO
• Cálculo Luminotécnico
• A determinação do número de luminárias e respectiva
distribuição no ambiente, de forma a produzir um nível de
iluminamento adequado, pode ser feito por um dos
seguintes métodos:
• Método dos lúmens;
• Método das cavidades zonais; e
• Método do ponto por ponto.
• 1ª- Na ausência do cálculo luminotécnico, pode-se adotar para
previsão da carga de iluminação de um ambiente o critério da
CARGA MÍNIMA prescrito pela NBR 5410;
• 2ª- O valor determinado por esse critério é uma aproximação e
deve, entretanto, servir apenas como referência.
NBR5413: Iluminação de
interiores
• A NBR5413 faz três determinações relativas ao iluminamento
de interiores:
O Fator a ser adotado será o resultado da soma algébrica dos três pesos,
escolhidos pela análise das característica da tarefa e do observador.
1º CÁLCULO PELO
MÉDOTO DOS LUMENS
OU FLUXO LUMINOSO
MÉTODO DOS LUMENS
• Deve-se, inicialmente, fazer as seguintes escolhas e
determinações:
• 1º Seleção da iluminânica desejada;
• 2º Escolher as luminárias e lâmpadas adequadas;
• 3º Determinar o fator do local (K);
• 4º Definir a eficiência do ambiente (R);
• 5º Checar a eficiência da luminária (L);
• 6º Determinar o fator de utilização (Fu);
• 7º Determinar o fator de depreciação
• 8º Obter o número de luminárias (n) e realizar a sua
distribuição
MÉTODO DOS LUMENS
• Etapa 1 – Seleção da Iluminância:
• Analisa-se a característica da tarefa e escolhe-se os
seus pesos;
• Se o resultado for:
• -3, -2 – Utiliza-se a iluminância mais baixa;
• -1, 0, +1 - Utiliza-se a iluminância média; e
• +2 ou +3 - Utiliza-se a iluminância mais alta;
MÉTODO DOS LUMENS
• 2º Escolher as luminárias e lâmpadas adequadas
• Depende de vários fatores como:
• Ambiente de instalação (residencial, industrial, comercial,
iluminação pública);
• Critério de economia;
• Fatores decorativos;
• Facilidade de manutenção
• Dentre outros...
𝑎∗𝑏
𝐾=
ℎ ∗ (𝑎 + 𝑏)
Nº de Fator de
Luminárias Depreciação
Necessário da Luminária
𝑎∗𝑏
𝐾=
ℎ ∗ (𝑎 + 𝑏)
fu . f d
500 x 10 x 20
= = = 18 luminárias
9500 x 0,67 x 0,91
EXERCÍCIO
Distribuição das luminárias:
3,33
3,33
1,67
2 – CÁLCULO PELO
MÉTODO DAS CAVIDADES
ZONAIS
MÉTODO DAS CAVIDADES
ZONAIS
• Baseado na teoria de transferência de fluxo;
• Sua aplicação só se justifica quanto a instalação exige um alto
padrão técnico (maior precisão nos cálculos);
• Segundo a teoria uma superfície A emite ou reflete um fluxo de
modo difuso, parte deste fluxo é recebida por uma outra
superfície;
• Um recinto é composto por paredes, teto e chão que atuam
como superfícies refletoras;
• São consideradas as seguintes cavidades:
1. Cavidade do teto - Representa o espaço existente entre o plano
das luminárias e o teto.
2. Cavidade do recinto ou do ambiente - É o espaço entre o plano
das luminárias e o plano de trabalho.
3. Cavidades do piso - Representa o espaço existente entre o plano
de trabalho e o piso.
MÉTODO DAS CAVIDADES
ZONAIS
• Zonais
MÉTODO DAS CAVIDADES
ZONAIS
• Pelo método dos lumens vimos que o fluxo luminoso inicial é
dado por:
𝐸∗𝑆
𝜙=
𝑢∗𝑑
• Fator de depreciação (d)
• Mede a degradação do fluxo luminoso no ambiente iluminado;
• Determinado por tabelas em função do aparelho ambiente;
• Determinado a partir do conhecimento das refletâncias efetivas
das cavidades do teto e das paredes;
• Necessidade da escolha da luminária (fabricante, tipo e
categoria);
• Este fator é composto por vários fatores.
• Fator de utilização (u)
• Conhecimento das refletâncias relativas
MÉTODO DAS CAVIDADES
ZONAIS
• No método das cavidades zonais o fator de depreciação
tem novas dependências
• Fator de depreciação formulação:
𝐹𝑑𝑡 = 𝐹𝑑 ∗ 𝐹𝑠 ∗ 𝐹𝑞 ∗ 𝐹𝑓
• Em que :
Fdt é o fator de depreciação total;
Fd é o fator de depreciação do serviço da luminária;
Fq é o fator de redução do fluxo por queima de lâmpada;
Fs é o fator de depreciação devido a sujeira; e
Ff é o fator de depreciação do fluxo luminoso da lâmpada.
MÉTODO DAS CAVIDADES
ZONAIS
• Fator de depreciação típico
MÉTODO DAS CAVIDADES
ZONAIS
• Fator de utilização
• Dadas as cavidades do Teto (CT); do Recinto (CR); e do Chão
(CC);
• A razão da cavidade do recinto será dado por:
5ℎ𝑅 (𝐶 + 𝐿)
𝑅𝐶𝑅 =
𝐶∗𝐿
• Em que: RCR é a razão de cavidade do recinto; hR é a altura da
cavidade em metros; C é o comprimento do recinto e L é a sua
largura;
• No caso da cavidade do Teto:
5ℎ 𝑇 (𝐶 + 𝐿)
𝑅𝐶𝑇 =
𝐶∗𝐿
• Procede-se assim também para as outras zonais (RCC e RCP).
• Em caso de superfícies do teto não planas utilizar a fórmula
𝜌𝑡 ∗ 𝑆𝑝𝑡
𝜌𝑐𝑡 =
𝑆𝑟𝑡 − 𝜌𝑡 ∗ 𝑆𝑟𝑡 + 𝜌𝑡 ∗ 𝑆𝑝𝑡
MÉTODO DAS CAVIDADES
ZONAIS
• Determinação do fator de utilização (fu)
• Determinado a partir das tabelas em função das refletâncias relativas;
• Coeficiente de correção do fu
• Quando as refletâncias da chão apresentarem um valor muito dispare
dos valores da tabela, utiliza-se o fator de correção, dado por:
𝐹𝑢
𝐹𝑢𝑐 =
𝐹𝑐
MÉTODO DAS CAVIDADES
ZONAIS
MÉTODO DAS CAVIDADES
ZONAIS
MÉTODO DAS CAVIDADES
ZONAIS
MÉTODO DAS CAVIDADES
ZONAIS
• Fator de correção – quando refletância do piso ≠ 20%
MÉTODO DAS CAVIDADES
ZONAIS
• Fator de depreciação (Fd)
• Fd serviço da luminária
• Conhecimento prévio do intervalo de manutenção da luminária
MÉTODO DAS CAVIDADES
ZONAIS
• Fd devido a sujeira
• Relacionado ao acúmulo de sujeira no ambiente
MÉTODO DAS CAVIDADES
ZONAIS
• Fql devido a queima de lâmpada
• Conhecer o tempo de vida útil e tempo de
manutenção
𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑚𝑎𝑛𝑢𝑡𝑒𝑛çã𝑜
𝐹𝑞𝑙 = 1 −
𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑣𝑖𝑑𝑎 𝑚é𝑑𝑖𝑜
• Ter pelo menos 30% a mais para troca em
manutenção;
• Prever uma parada de manutenção por ano - indústria
MÉTODO DAS CAVIDADES
ZONAIS
• Ff devido a redução do fluxo luminoso
• Ao passar dos anos as lâmpadas reduzem seu fluxo luminoso
PRÁTICA DO
MÉTODO DAS
CAVIDADES ZONAIS
PRÁTICA
• Seja uma indústria ENGC45 ltda cujo o galpão central de produção
tenha as dimensões 7,5x12,0 x17,0 m (AxLxC). Determinar o
número de luminárias pelo método das cavidades zonais. A
indústria opera 24 horas com iluminação ativa.
• Dados do galpão
• Teto branco, paredes claras e piso escuro;
• Pela tabela – iluminancia mínima 500 lx;
PRÁTICA
• 1 – Escolha das luminárias e lâmpadas
• Fabricante: DEEENG
• Tipo de luminária: refletor T38
• Categoria de manutenção IV;
• Lâmpada de mercúrio 400 W;
• 2 – Cálculo do fator de relação
5 ∗ (𝐴 + 𝐵) 5 ∗ (17 + 12)
𝑘= = = 0,71
𝐴∗𝐵 17 ∗ 12
• 3 – Cálculo das relações das zonais
• Recinto = K*Hr = 0,71*6 = 4,26;
• Teto = K*Ht = 0,71*0,7 = 0,49;
• Chão = K*Ht = 0,71*0,8 = 0,56;
PRÁTICA
• 4 – Cálculo da refletância efetiva da cavidade do chão
• Piso escuro = 10%; parede clara = 50% - RC = 0,56 11%
• ,
𝐼(𝜃)
𝐸𝑝 = 2 ∗ cos 3 𝜃 horizontal
ℎ
𝐼(𝜃)
𝐸𝑝 = 2 ∗ sin3 𝜃 (vertical)
𝑑
• Onde:
• I(θ) – é obtido por meio de curvas
em função do ângulo θ;
MÉTODO PONTO A PONTO
PRÁTICA – MÉTODO
PONTO A PONTO
PRÁTICA
• Deseja-se calcular o iluminamento de um ponto P, na horizontal,
de um galpão iluminado por 4 pontos de luz conforme figura
abaixo.
PRÁTICA
• Pela figura, d1=0m; d2=3m, d3=2m e d4=sqrt(3²+2²)=3,6m;
• As fontes estão a 6m de altura;
• Luminárias de vapor de mercúrio 400w e 20.500 lumens;
• Calculando θ e os cossenos:
𝜃1 = 0°; cos 3 𝜃1 = 1 ;
𝜃2 = 28°; cos 3 𝜃2 = 0,68 ;
𝜃3 = 18°; cos 3 𝜃3 = 0,84 ;
𝜃4 = 32°; cos 3 𝜃4 = 0,60 ;
• Assim as Intensidades luminosas serão:
𝐼(𝜃1 ) = 208 ∗ 20,5 = 4264 𝑐𝑑;
𝐼(𝜃2 ) = 200 ∗ 20,5 = 4100 𝑐𝑑;
𝐼(𝜃3 ) = 205 ∗ 20,5 = 4202 𝑐𝑑;
𝐼(𝜃4 ) = 193 ∗ 20,5 = 3956 𝑐𝑑;
PRÁTICA
• Como as luminárias estão a 6m de altura logo:
𝐼 𝜃 ∗ cos 3 𝜃
𝐸 𝑝 = ;
36
• Assim a contribuição de cada luminária será:
4264 ∗ 1
𝐸1 = = 118,4 𝑙𝑥;
36
𝐸2 = 77,4 𝑙𝑥;
𝐸3 = 98,0 𝑙𝑥;
𝐸4 = 65,9 𝑙𝑥;