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Noções de Cálculo

Luminotécnico
Método lúmen
Luminotécnica
Marine Mattos
Noções de Cálculo Luminotécnico
Para a realização de um bom projeto
luminotécnico, se faz necessário conhecer
fatores que independe de fórmulas e
cálculos, fatores que estão voltados para a
sensibilidade do projetista, arquiteto ou
decorador, procurando sempre atender as
expectativas dos usuários, que efetivamente
estarão morando ou trabalhando nos
ambientes iluminados.

No entanto, para servir de base,


demonstraremos o Método Lúmen, um dos
métodos mais utilizados para se calcular a
quantidade necessária para um determinado
ambiente.
Legislações que interferem no conforto lumínico
As fontes de luz natural – luz do sol e do céu – estão além do
domínio do projetista, não podendo ser controladas pelo
homem, entretanto, seus efeitos podem ser administrados no
ambiente construído por meio do projeto arquitetônico e do
planejamento urbano, a partir dos quais é possível
determinar as características do edifício e do seu entorno
construído, como a orientação, dimensão, forma, localização,
entre outros, visando, assim, garantir a disponibilidade
adequada de iluminação natural no ambiente interno.

Nesse sentido, ressalta-se que tanto o projeto arquitetônico


como o planejamento urbano estão vinculados às legislações
edilícias e urbanísticas, enquanto dispositivos legais para
ordenamento do espaço edificado e urbano. Dentre esses
dispositivos, destacam-se o Plano Diretor Municipal (PDM) –
ou o Plano Diretor Urbano (PDU), a Lei de Uso e Ocupação do
Solo e o Código de Obras.
Legislações que interferem no conforto lumínico
Na revisão da regulamentação da lei de Belo Horizonte, a qual
foi sancionada em 1996, a Secretaria Municipal de Atividades
Urbanas (SMAU) propôs a introdução de dispositivos legais
visando garantir condições de insolação e iluminação.

Para tanto, Assis e outros (1995) desenvolveram um modelo


matemático, considerando as características da abóboda
celeste, para determinação dos recuos e volumetria das
construções da cidade.

O método relaciona a distância mínima entre as edificações


(R), a altura da edificação obstruidora (H) e um ângulo de
altura solar (α) posicionado no peitoril da janela do primeiro
pavimento, e é expresso pela equação Tg α = H/R (Figura 2). O
ângulo α “é obtido de um ábaco, cujos dados de entrada são a
eficiência luminosa da abóboda celeste local e a relação entre
a área de janela e a área do piso (J/A) dos ambientes da
edificação” (ASSIS et al., 1995, p. 513-514).
Software para cálculo lumínico

Existem hoje em dia uma variada gama de softwares


específicos para o trabalho do Light Designer.

• Dialux;
• RELUX;
• AGI32.
Wall Washer significa lavar a parede de luz.
Quer dizer que estamos utilizando uma luz pontual, mas que se espalha pelo ambiente.
Podemos até dizer que se torna uma mistura de luz indireta e luz direta.
Trata-se de um aparelho indutor que adequa a tensão da rede elétrica à potência mais
indicada para o melhor funcionamento dos equipamentos elétricos.
Noções de Cálculo Luminotécnico

1º Passo – Conhecer as dimensões e as


características do recinto, bem como:

Dimensões do Recinto ( comprimento, largura, Pé


Direito )
Altura de Montagem da luminária ( altura plano
de trabalho/suspensão da luminária )
Cor de teto, paredes e piso
Tipo de atividade exercida no ambiente
Determinar a iluminância necessária para a
atividade ver ( NBR5413)
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Já de posse das informações necessárias citadas acima, podemos partir para o 2º passo

2º Passo – Se faz necessário conhecer o Índice do Recinto ( K ), que é a relação das


dimensões do recinto, dada pela expressão :

Onde:
K = Índice do Recinto
C = Comprimento
L = largura
h = Altura de Montagem
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3º Passo – O fluxo luminoso emitido por uma lâmpada na luminária sofre influência do tipo
de luminária e das características do ambiente. O fluxo luminoso que incidirá sobre o plano
de trabalho é avaliado pelo Fator de Utilização. Ele nos permite saber qual a eficiência do
conjunto luminária, lâmpada e recinto.
Para escolher o fator ideal adequado para o recinto é preciso conhecer as refletâncias do
teto, parede, piso e o Índice do Recinto mencionado no 2º passo.

Calculado o K (Índice do Recinto), veja qual a refletância do ambiente na tabela de Eficiência


do recinto, fornecido pelo fabricante da luminária, na ordem que aparecem de teto, parede
e piso (Ex. 751).

Na interseção da coluna de Refletância do recinto e linha de Índice do Recinto, encontra-se o


Fator de Utilização. Veja tabela exemplificada do coeficiente de reflexão da NBR5413.
Refletância: Quanto mais escuro um ambiente, menos reflexão ele terá. EX. (lâmpada 7,5,1 de refletância).
TETO, PAREDE, PISO.
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Refletância: Quanto mais escuro um ambiente, menos reflexão ele terá. EX. (lâmpada 7,5,1 de
refletância).
Menos eficiente o ambiente e necessidade mais lâmpadas. K (Índice do Recinto)

Na interseção da coluna de Refletância do recinto e linha de Índice do Recinto, encontra-se o Fator de Utilização.
Obs: Esse processo pode ser evitado caso o fabricante da luminária já forneça em seu catálogo o Fator de Utilização da luminária.
Noções de Cálculo Luminotécnico

4º Passo – O Fator de Perdas Luminosas ( FPL ) consiste em saber quanto o fluxo luminoso é
depreciado em função do acúmulo de poeira na luminária em função do ambiente e da
perda de fluxo luminoso em função da vida útil das lâmpadas.
Considerar como Fator de Perdas Luminosas os seguintes valores:
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5º Passo – Identificar a iluminância ( E ) recomendada para o tipo de atividade exercida. Veja


abaixo alguns exemplos de iluminância recomendados pela norma NBR5413 :
Calculo para fluxo luminoso da Lâmpada

• Onde S (área do local – C x L)

• Em - iluminância necessária para


a atividade ver ( NBR5413 )

• U – Fator de Utilização

• D ou FPL (fator de perda ou


depreciação)
*D ou FPL
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6º Passo – Cálculo da quantidade de luminárias necessárias :


Noções de Cálculo Luminotécnico

Vejamos na prática um exemplo para cálculo de luminárias de um recinto.


1º Passo

Comprimento = 10,00 m
Largura = 7,50 m
Pé Direito = 3,50
teto Branco-70%, parede Branca-70% e piso escuro-10% (7,7,1)
Altura de suspensão da luminária = 0
Altura de montagem da luminária = 2,70 m
Altura do Plano de trabalho = 0,80 m
Tipo de atividade exercida no ambiente = escritório
Determinar a iluminância necessária para a atividade ver ( NBR5413 ) = 500 lux
Utilizando Luminária de embutir com 2 fluorescentes de 32W/840 com fluxo luminoso de 2700
lumens cada.
Noções de Cálculo Luminotécnico
Noções de Cálculo Luminotécnico

Obs: O número de luminárias encontrada no resulto pode ser flexível, em função do LAY-OUT do ambiente e da
distribuição das luminárias no mesmo. Portanto para adequar a distribuição das luminárias em nosso projeto de
exemplo aumentamos o número de luminárias de 14 para 15.
Noções de Cálculo Luminotécnico

Neste exemplo sugere a disposição destas três linhas de luminárias paralelas ao plano de trabalho, evitando o ofuscamento sobre a tela do
computador.

Observação : Recomenda-se que o espaçamento entre as luminárias seja o dobro da distância entre estas e as paredes laterais.
EXERCÍCIO 1 PONTO EXTRA
Desejamos iluminar uma marcenaria que destina-se a lixamento fino e
acabamento de móveis, operação esta realizada em mesas de 1,0 m.
Desejamos usar lâmpadas fluorescentes em luminárias industriais, com 4
lâmpadas de 32 watts — 127 volts cada. Dessa forma, calcule o número e a
disposição dessas luminárias.
Ambiente de sujidade: médio
Comprimento: 12,00 m Largura: 42,00m;
• Pé direito: 4,80m Altura das carteiras: 1,00m; Altura de suspensão da
luminária: 0,80 m;
• Teto branco, parede clara, piso escuro;
• Lâmpadas (Catálogo da Philips): industrial, com 4 lâmpadas de 32 watts
(TMS 500 c/RA 500 – K).

• Conhecido o número total de luminárias necessárias, basta faça a


distribuição uniformemente no ambiente, de acordo com a regra estudada.
EXERCÍCIO 1 PONTO EXTRA
Definir Índice do Recinto (K);

Definir Fator de Utilização (Fu ou U);

Definir Fator de Perdas Luminosas (Fp ou FPL);

Cálculo da quantidade de luminárias necessárias;

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