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UFMT – FAET – ENE – Disciplina: Eletrotécnica I

LUMINOTÉCNICA

LÂMPADAS E LUMINÁRIAS

Lâmpadas – fornecem a energia luminosa;


Luminárias – sustentáculos para as lâmpadas, melhoram o rendimento luminoso das lâmpadas,
fornecem-lhe proteção, ligação aos circuitos elétricos, melhoram o aspecto visual e estético das
instalações. As lâmpadas dividem-se basicamente em dois tipos: incandescentes e de descargas.

1 – LÂMPADAS INCANDESCENTES

Neste tipo de lâmpada, a produção de luz resulta do aquecimento de um fio (tungstênio, com
ponto de fusão de aproximadamente 3400 oC), até a incandescência. A sua constituição está
mostrada na figura 1.
Os principais componentes da lâmpada
incandescente mostrada na figura 1 são:
- Marcação: indica fabricante, tensão,
potência;
- Suportes: com a finalidade de manter o
filamento na sua devida posição (de fios de
molibdênio);
- Haste central: tem por finalidade suportar
o filamento; consta de: cana, suportes, eletrodos,
filamentos, tubo de exaustão, etc.,
- Disco defletor: funciona como defletor de
calor (p/ lâmpadas com mais de 300 W);
Fig. 1 – Principais parte de uma lâmpada incandescente.
- Solda: liga especial de chumbo e estanho que recobre a extremidade dos eletrodos externos.
No interior do bulbo de vidro é feito o vácuo (lâmpadas tipo B), ou usa-se colocar um gás inerte,
em geral o nitrogênio, argônio ou criptônio (lâmpadas do tipo C). A base da lâmpada faz a sua
conexão com o circuito elétrico, sendo constituídas de alumínio ou latão, cujos três tipos principais
são: tipo rosca (E); tipo baioneta (B) e tipo pino (T). Os números escritos adiante das letras referem-
se ao diâmetro da base em mm, por exemplo, E-27, E-40, etc.
O bulbo pode ser transparente, translúcido ou opalino. O bulbo opalino é usado para reduzir a
luminância ou o ofuscamento. A cor emitida pela lâmpada é branco-avermelhada, sobressaindo às

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cores amarela e vermelha, sendo que as cores verde e azul são amortecidas. As lâmpadas feitas com
bulbo temperado podem ser usadas ao tempo, sem a necessidade de luminária protetora.
As lâmpadas incandescentes são produzidas numa variedade de potências (15 a 500 W ou mais),
tensões (12, 115, 120, 127, 130 e 220 V) e tipos como: refletora, infravermelha, para uso em
geladeira, uso geral, etc., e formatos: convencional (pérola), vela, balão e outros formatos.
As lâmpadas incandescentes são utilizadas na iluminação geral de residências, lojas e locais de
trabalho que não exijam índices de iluminâncias elevados. Assim, nas lojas são indicadas para
destacar mercadorias (ou iluminação geral); iluminação suplementar em máquinas de produção; em
locais com problemas de vibração ou em estufas de secagem (lâmpadas infravermelhas).
Há outros tipos de lâmpadas incandescentes, quais sejam:
- lâmpadas refletoras (de facho dirigido) (fig.2a): possuem o bulbo de formatos especiais
revestidas internamente com alumínio em parte de sua superfície, de modo a concentrar e orientar o
facho de luz. As lâmpadas de bulbo prateado (fig.2b e c) orientam o facho luminoso no sentido de
sua base e devem ser usadas com um refletor adequado (iluminação indireta);

(a) (b) (c)


Figura 2 – Lâmpadas refletoras: (a) luz dirigida; (b) luz indireta.

- Lâmpadas infravermelhas: emitem luz na faixa de ondas caloríficas (780 a 1400 nm), sendo
usadas na secagem de tintas, vernizes, no aquecimento de certas estufas e, também, em fisioterapia
e criação de animais em climas frios (emitem pequena quantidade de luz, ou seja, onda menor do
que 750 nm);
- Lâmpadas para fins específicos: empregadas em faróis de veículos, em flash fotográfico,
geladeiras, repelentes de insetos, além das coloridas para fins ornamentais.

1.1 - LÂMPADAS DE QUARTZO-HALÓGENAS

Trata-se de um tipo aperfeiçoado das lâmpadas incandescentes, sendo constituídas por um bulbo
tubular de quartzo, dentro do qual existem um filamento de tungstênio e partículas de iodo, flúor,

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cloro e bromo (daí o nome halógenas), que, através de uma reação cíclica, reconduzem o tungstênio
volatizado de volta ao filamento, evitando o enegrecimento do bulbo (fig.3). Suas principais
vantagens (em relação a incandescente comum) são: maior potência, vida mais longa, melhor
rendimento luminoso, menores dimensões e reproduzem mais fielmente as cores. Duas principais
desvantagens são: desprendem intenso calor e são pressurizadas. As lâmpadas halógenas são
aplicadas na iluminação de praças de esporte, pátios de armazenamento de mercadorias e
iluminação externa em geral, teatros, estúdios de TV, museus, monumentos, etc., fabricadas nas
potências de 200, 300, 500, 1000W (1500 e 2000W).

1.2 - LÂMPADAS DE QUARTZO-HALÓGENAS


(DICRÓICAS)

As lâmpadas dicróicas são de pequenas dimensões, de


maior rendimento luminoso que as incandescentes comuns,
Fig. 3 – Lâmpada halógena: base de possuem filamento de 12V precisamente focalizado no refletor
contato embutido em isolador de dicróico multifacetado. Exigem um transformador de 127/220-
porcelana.
12V, porém atualmente já são disponíveis para as tensões de
127 ou 220 V. São indicadas para os mesmos locais das lâmpadas incandescentes projetoras, com
excelente reprodução de cores (temperatura de cor de 2950-3050 K), ressaltando o colorido dos
objetos. O refletor dicróico multifacetado possui uma película que reflete a luz e transmite para a
parte de traz da lâmpada de mais de 50% da radiação infravermelha (facho de luz mais frio). A
figura 4 mostra as características do refletor dicróico.

(a) (b)
Figura 4 – (a) características do refletor dicróico; (b) curva de reflexão do espelho dicróico.

As lâmpadas dicróicas da GE são fabricadas com diferentes características, quais sejam:


- A lâmpada dicróica (MR-16 high performance) é fabricada nas potências de 20, 35, 42, 50 e
75W, todas com temperatura de cor de 3050 K, vida média nominal de 4000 horas (somente três

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modelos com vida média de 3000 horas) e abertura média do facho de 7, 9, 12, 13, 14, 20, 25, 27,
32, 40 e 55 graus (não disponíveis em todas as potências).;
- A lâmpada dicróica (MR-16 cover glass) é fabricada nas potências de 20, 35, 50 e 75W,
todas com temperatura de cor de 3050 K , vida média nominal de 4000 horas e abertura do facho de
12, 13, 14, 20, 25, 27, 40 e 55 graus ( não disponíveis em todas as potências);
- A lâmpada dicróica (MR-11) é fabricada nas potências de 20 e 35W, com vida média
nominal de 3000 horas, temperatura de cor de 3050 K e abertura de facho de 11, 19, 20 e 30 graus
(não disponíveis em todas as potências).

1.3 – LÂMPADA INFRAVERMELHA

São lâmpadas que tem como característica principal a emissão de uma radiação na faixa de
ondas curtas, cujo comprimento de onda varia de 780 a 1400 nm. Entretanto, a lâmpada emite uma
pequena parte da radiação abaixo do 750 nm, produzindo assim, um pequeno fluxo luminoso.

1.4 – APLICAÇÕES DAS LÂMPADAS INCANDESCENTES

Tipo Aplicações
Lâmpadas incandescentes comuns - Lâmpadas para uso geral, decorativa, etc.
Lâmpadas halógenas dicróicas - Lojas, residências, hotéis e restaurantes;
- Exposições, galerias de artes e museus.
Lâmpadas halógenas tipo palito (HA plus line) - Residências, museus, lojas (vitrines), fábricas,
estacionamentos, estúdios, ginásios, estádios, construções.
Lâmpadas halógenas PAR - Escritórios, residências, museus, lojas, hotéis e
restaurantes.
Lâmpada infravermelha - Indústria gráfica na secagem de tintas, indústrias
automobilísticas (na secagem de tintas a base de laca,
esmalte e verniz), na criação de animais (aquecer o
ambiente).

1.5 – VIDA MÉDIA NOMINAL

A vida média nominal das lâmpadas incandescentes comumente encontradas no comércio varia
numa faixa de 1000 – 5000 horas, cujos principais exemplos são:
- Lâmpadas com bulbo transparente ou leitoso (comuns): 1000 horas;
- Lâmpada com bulbo leitoso (ex. Duramax da GE): 2000 horas;
- Lâmpada especial (ex. Photoflood da GE): 3 – 6 horas;
- Lâmpadas refletoras (ex. refletora R63 e R75 da GE): 2000 horas;
- Lâmpada infravermelha: 5000 horas;
- Lâmpadas dicróicas: 3000 – 4000 horas;

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- Lâmpada halógena (ex. Quartzline da GE, HA da Philips, Haloline da OSRAM): 2000 horas.
O catálogo de lâmpadas da linha GE fornece uma indicação dos principais tipos, formatos,
potências, fluxo luminoso, vida média nominal, etc. de lâmpadas incandescentes.

1.6 – TEMPERATURA DE COR: símbolo: T; unidade: K (Kelvin)

Visualmente, torna-se bastante difícil à avaliação comparativa entre a sensação de tonalidade de


cor de diversas lâmpadas. Para estipular um parâmetro, foi definido o critério temperatura de cor
(Kelvin) para classificar a luz. Assim como um corpo metálico que, em seu aquecimento, passa
desde o vermelho até o branco, quanto mais claro o branco (semelhante à luz diurna ao meio-dia),
maior é a temperatura de cor (aproximadamente 6500 K para a luz do dia). A luz amarelada, como
de uma lâmpada incandescente, está em torno de 2700 K. É importante destacar que a cor da luz em
nada interfere na eficiência energética da lâmpada, não sendo válida a impressão de que quanto
mais clara, mais potente é a lâmpada.
Quando se diz que um sistema de iluminação apresente luz “quente” não significa que a luz
apresenta uma maior temperatura de cor, mas sim que a luz apresenta a tonalidade mais amarelada.
Um exemplo deste tipo de iluminação é a aquela utilizada em salas de estar, quartos ou locais onde
se deseja tornar um ambiente mais aconchegante. Da mesma forma, quanto mais alta for a
temperatura de cor, mais “fria” será a luz. Um exemplo deste tipo de iluminação é aquela utilizada
em escritórios, cozinhas ou locais em que se deseja estimular ou realizar alguma atividade. Esta
característica é muito importante de ser observada na escolha de uma lâmpada, pois dependendo do
tipo de ambiente, há uma temperatura de cor mais adequada para cada aplicação. Segue algumas
lâmpadas e suas temperaturas de cor características:
- Lâmpada incandescente infravermelho: < 2000 K;
- Lâmpadas incandescentes e lâmpadas fluorescentes compactas (Dulux – OSRAM W/827):
2700 K;
- Lâmpadas halógenas dicróicas: 2950-3040 K;
- Lâmpadas fluorescentes e fluorescentes compactas (branco frio) – 4100 K;
- Lâmpadas de multivapores metálicos (HQI-E e HQI-T da OSRAM, HPI e HPI-T da Philips):
4200 – 5600 K;
- Lâmpadas fluorescentes luz do dia: 6100 K.

A figura 5 associa as principais lâmpadas (fabricante OSRAM) com a temperatura de cor (K).

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Fig. 5 – Tipos de lâmpadas e temperatura de cor (K).

LI refletora
Lâmpada incandescente (LI) clássica

LI tipo vela lisa LI tipo bolinha

LI – bulbo leitoso LI anti-inseto

LI infravermelha LI halógena (halopin Osram)

LI halógena (haloline Osram)


LI halopar (Osram)
Figura 6 – Tipos de lâmpadas incandescentes.

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2 – LÂMPADAS DE DESCARGA

Existem vários tipos de lâmpadas de descarga, quais sejam:


- Lâmpada fluorescente; - Lâmpada vapor metálico;
- Lâmpada mista; - Lâmpada de vapor de mercúrio;
- Lâmpada de Néon; - Lâmpada multivapor metálico;
- Lâmpada de vapor de sódio; - Lâmpada de indução.

Possuem duas classificações mais gerais:


- Lâmpadas de descarga de baixa pressão;
- Lâmpadas de descarga de alta pressão.

a) Lâmpadas de descarga de baixa pressão:


- Lâmpada fluorescente (linear, circular, compactas, compactas integradas, coloridas,
slimline, luz negra, refletoras, de cátodo quente, para aquários, de cátodo frio, de indução e
lâmpada fluorescente de néon);
- Lâmpada de vapor de sódio de baixa pressão.

b) Lâmpadas de descarga de alta pressão:


- Lâmpadas de luz mista;
- Lâmpadas de vapor de mercúrio;
- Lâmpadas de multivapor metálico;
- Lâmpadas de vapor metálico (MHN-TD);
- Lâmpadas de vapor de sódio de alta pressão;

As lâmpadas de descarga necessitam em sua grande maioria de acessórios para o seu


funcionamento. Os principais acessórios são: reatores eletromagnéticos ou eletrônicos, reatores para
lâmpadas fluorescentes (LF) compactas, transformadores para luminosos de néon, reator para
lâmpadas de descarga de alta pressão, ignitores e startes.

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2 – LÂMPADAS DE DESCARGAS

Entre as lâmpadas de descargas destacam-se: a lâmpada fluorescente, lâmpada mista,


lâmpada vapor de mercúrio, lâmpada vapor de sódio de alta pressão e vapor metálico.
2.1) Lâmpadas fluorescentes
São constituídas por um bulbo cilíndrico de vidro, revestido internamente por um material
fluorescente (cristais de fósforo), tendo em suas extremidades eletrodos metálicos de tungstênio,
enrolados helicoidalmente e recobertos por determinados óxidos que aumentam o seu poder
emissor, através dos quais circulam a
corrente elétrica. No interior é
colocado vapor de mercúrio ou
argônio a baixa pressão. A descarga
elétrica produzida no gás produz
radiação ultravioleta, que em presença
do material fluorescente das paredes
produz luz visível (fig.7).
Figura 7 – Lâmpada fluorescente.

Para o funcionamento da lâmpada fluorescente é indispensável o uso de equipamentos


auxiliares: o starter (disparador) e o reator. O disparador é utilizado na partida da lâmpada (iniciar
a descarga através do gás), o qual emprega o princípio do bimetal, consistindo de dois metais
diferentes e com coeficientes de dilatação diferentes.

(a)
(b)
Figura 8 – Starter (disparador); (a) esquema e símbolo; (b) dispositivo real.

Funcionamento da lâmpada fluorescente (LF): a lâmpada e seus elementos auxiliares são


ligados conforme mostrado na fig. 9. Neste figura tem-se:
a) 1o Instante:
- Através LF não circula corrente (de um eletrodo ao outro por meio do gás no interior da
lâmpada) e a tensão aplicada ao circuito aparece sobre o disparador (trata-se de uma
espécie de minilâmpada néon);
- A tensão aplicada ao disparador faz ocorrer uma descarga de efeito corona
(incandescência) aquecendo o elemento bimetálico;
b) 2o Instante:
- O aquecimento do elemento bimetálico fecha o circuito;
- Uma tensão menor permanece sobre o disparador;
- Uma corrente elétrica circula então através dos eletrodos da lâmpada aquecendo-os;
b) 3o Instante:
- Os elementos bimetálicos do disparador resfriam-se, abrindo seus contatos;
- A abertura abrupta dos contatos faz aparecer uma sobretensão nos terminais (eletrodos)
da lâmpada iniciando-se a descarga pelo interior do bulbo;
- Sob a tensão nos terminais da lâmpada, os elétrons, em seu deslocamento de um
filamento ao oposto, chocam-se com os átomos do vapor de mercúrio contido na
lâmpada. Os choques determinam a liberação de energia de comprimento de onda das
radiações ultravioleta, que em contato com a camada de fósforo, transforma-se em luz
visível.
- A tensão que permanece nos terminais da lâmpada (< Valimentação) é insuficiente para
gerar uma nova descarga através do disparador, ficando praticamente desligado do
circuito.

Figura 9 – Ligação da LF e dispositivos auxiliares.

A figura 10 mostra a situação final da lâmpada em operação.


O reator colocado em série com a lâmpada tem as seguintes funções: - provocar a
sobretensão em função da interrupção abrupta da corrente elétrica e iniciar a descarga através do
gás; - reduzir a intensidade da corrente elétrica durante o regime permanente da lâmpada. Em
contrapartida absorve uma potência ativa (8,5 – 12W: perdas no enrolamento e núcleo de ferro) e,
também, uma potência reativa, sendo que o fator de potência permanece em torno de 0,5 para as
condições mostradas na figura 9. Em instalações que possuam uma grande quantidade de lâmpadas
fluorescentes faz-se necessário à correção do fator de potência através do uso de capacitores em
paralelo. Na etapa de dimensionamento dos circuitos terminais de iluminação, a perda do reator
deve ser incluída.

Figura 10 – Lâmpada fluorescente em


funcionamento: setas indicam o caminho
da corrente elétrica.

Entre os diversos fabricantes existentes, pode-se encontrar lâmpadas fluorescentes nas


seguintes potências: 11, 13, 14, 15, 16, 18, 20, 28, 30, 32, 36, 40, 54, 58 e 110W (tipo tubular) e, de
22, 32 e 55 (tipo circular).
A vida nominal é de 7500 horas para as fluorescentes convencionais, de 12000 horas para as
lâmpadas fluorescentes universais (tipo Duramax da GE) e, de 16000 horas para as lâmpadas
especiais e de alta eficiência (tipo Lumilux T5 da Osram).
Existem três tipos de reatores:
a) Os reatores comuns ou convencionais (simples ou duplos), que necessitam de
disparador, sendo construídos com núcleo de ferro;
b) Os reatores de partida rápida (simples ou duplos), que não necessitam de disparador,
também são construídos com núcleo de ferro;
c) E, atualmente, os reatores eletrônicos, de pequenas perdas e constituídos de componentes
eletrônicos (transistores, diodos, etc).
A tabela abaixo permite realizar a comparação entre os diferentes tipos de reatores, para
lâmpadas de 40 W.

Tabela 1 – Reator convencional, partida rápida e eletrônico (Intral)


Potência da Tensão Corrente Consumo + FP THDi (%)
Tipo
lâmpada (W) (V) (A) Perdas (W) (cosφ)
36/40 127 0,85 36/40 + 12 0,48 Convencional ?
40 127 0,91 40 + 12 0,40 Partida rápida ?
2x40 127 0,75 80 + 14,5 0,95 Partida rápida ?
1x40 127-220 0,340-0,22 43,0 >0,99i Eletrônico < 10
2x40 127-220 0,605-0,35 76,0 >0,99i Eletrônico < 10
2x40 220 0,37 82,0 0,97c Eletrônico < 25
2x40 220 0,34 71,0 0,97c Eletrônico < 20
Em função da composição das substâncias fluorescentes que recobrem a superfície interna
do bulbo, obtém-se uma grande variedade de cores. A tabela 2 resume algumas destas informações.

Tabela 2 – Denominação da cor de luz e correspondente temperatura de cor.


Cor da luz Temperatura Observações
de cor
Branca universal 4000 oK Boa reprodução cromática
Branco frio 4100 oK Alto rendimento luminoso
Branco pálido 3050 oK Alto rendimento luminoso
o
Branco frio de luxo 3900 K Satisfaz as maiores exigências em reprodução de cores
Branco pálido de luxo 3000 oK Satisfaz as maiores exigências em reprodução de cores
Interna 2600 oK Luz similar a das lâmpadas incandescentes
Natural 3700 oK Contêm alta percentagem da cor roxa, dando aspecto natural a carnes,
hortaliças, flores, etc.
Luz do dia 6100 oK Alto rendimento luminoso e se parece com a luz natural diurna
o
Luz do dia de luxo 5000 K Luz como a luz natural do sol. Excelente reprodução de cores, sendo
apropriadas para as artes gráficas e análises de cores.

LÂMPADAS FLUORESCENTES PL

Trata-se de uma lâmpada fluorescente, que possui o disparador incorporado à base da


lâmpada, porém necessita de um reator em série. A tabela 3 fornece os valores das potências
fabricadas e o fluxo luminoso correspondente.

Tabela 3 – Lâmpadas PLs: potência versus fluxo luminoso.


Potência (W) Fluxo Luminoso (lm) Potência (W) Fluxo luminoso (lm)
5 250 32 2400
7 400 36 2800*/2900
9 600 42 3200
11 900 55 4800
18 1000*/1800 57 4300
24 1700*/1800 70 5200
26 1800 80 6000

Possuem durabilidade de 8000 a 13000 horas, sendo fabricadas em diversas temperaturas de


cor. A figura 11 mostra o formato de algumas delas.

2 pinos –
2 pinos – simples 4 pinos – simples 4 pinos – dupla
dupla; 9, 18 e
5, 7, 9 e 11W 9 e 11W 18 e 26W
26W
4 pinos – simples
18, 24, 36, 55 e 80W 4 pinos – tripla 2 pinos – tripla
4 pinos – dupla; 18, 24 e 36W 32, 42, 57 e 70W 18 e 26W
Figura 11 – Lâmpadas fluorescentes PL (simples, dupla e tripla); dados Osram.

A tabela 4 apresenta algumas equivalências de potências entre as lâmpadas PLs e as lâmpadas


incandescentes.
Tabela 4 – Equivalência (fluxo
luminoso) entre lâmpadas PLs e
incandescentes.
Potências
Incandescente (W)
PL (W)
↓ 127 V 220 V
9 25 40
11 40 60
13 60 75
20 75 100
25 100 125

Estão disponíveis também as lâmpadas microcompactas eletrônicas, as quais podem substituir


diretamente qualquer lâmpada fluorescente, pois são fabricadas com base E-27. O reator eletrônico já vem
incorporado no corpo da lâmpada (entre o bulbo e a base). A figura 12 ilustra alguns modelos, enquanto que
a tabela 5 fornece a potência e o fluxo luminoso.

15, 20 e 23W 5, 8 e14W


15 e 20W 13W
2700/4000 oK 2700/4000 oK 2700/4000 oK
Figura 12 – Lâmpadas fluorescente minicompactas (base E-27) (fabr. Osram).

Tabela 5 – Lâmpadas PLs minicompactas: potência versus fluxo luminoso.


Potência (W) Fluxo Luminoso (lm) Potência (W) Fluxo luminoso (lm)
5 220 14 750
8 400 15 900
11 570/600 20 1200
13 760/800 23 1400
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APLICAÇÕES DAS LÂMPADAS FLUORESCENTES:

LF lineares - Bibliotecas, indústrias, hospitais, lojas, escolas, oficinas,


supermercados, bancos, garagens, escritórios, residências, etc.
LF compactas (integradas) - Sala de estar, segurança externa, hotéis, escritórios, lojas,
shoppings, etc.
LF compactas (não integradas) - luminárias embutidas, luminárias de mesa, arandelas, iluminação
de segurança, abajures, etc.
LF coloridas - Feiras, exposições, show-room, vitrines, áreas de lazer e
diversões, discotecas, boates, danceterias, restaurantes, etc.
LF luz negra - Laboratórios, fundições, armadilhas luminosas de insetos,
outdoors, mineralogia, indústria têxtil, indústria de laticínios,
cozinha industrial, filatelia, uso militar e perícia técnica.
LF de indução - Locais elevados (altos) e onde existe a dificuldade de acesso
para a substituição das lâmpadas.

2.1.b – LÂMPADA VAPOR DE SÓDIO DE BAIXA PRESSÃO

São lâmpadas de possuem um tubo de descarga contendo sódio a baixa pressão (alguns N/m2)
que se evapora a 98oC e uma mistura de gases inertes (neônio e argônio). Estes gases são usados
para assegurar uma tensão de arranque (descarga) suficientemente baixa. A máxima eficiência
luminosa consegue-se para a potência a qual a temperatura do ponto frio é de 260 oC, cuja pressão
do vapor saturado de sódio é de cerca de 0,4 N/m2. A figura 13 mostra a construção de uma
lâmpada de vapor de sódio de baixa pressão (LVSBP).

Figura 13 – Lâmpada de vapor de sódio de baixa pressão: tubo de descarga em U.

O tubo de descarga é dobrado em U e colocado numa ampola de vidro evacuada. A parede


interna do tubo de descarga é protegida contra o ataque do sódio por meio de uma camada de vidro
ao boro. A parede interna da ampola é recoberta por uma fina cama de óxido de índio (IN2O3), a
qual transmite a quase totalidade da radiação visível produzida no comprimento de onda de 589 nm
e reflete a radiação infravermelha produzida no tubo de descarga.

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A figura 14 mostra o circuito básico para se efetuar o início da descarga na lâmpada.

Figura 14 – Circuito básico para partida da lâmpada.

A lâmpada de vapor de sódio de baixa pressão caracteriza-se por uma radiação monocromática
(99% da radiação é emitida entre 589 e 589,6 nm), alta eficiência (180 – 200 lm/W) e durabilidade
(18000 Hs). A utilização é recomendada em locais onde a reprodução de cores não é importante,
tais como: pátios de manobra, portos e estradas.

2.2 – LÂMPADAS DE DESCARGA DE ALTA PRESSÃO

a) Lâmpada de Luz mista


Trata-se de um tipo de lâmpada de combina a eficiência luminosa das lâmpadas de descarga
com as propriedades de cor das fontes de luz com filamento de tungstênio, e adicionalmente,
dispensam o uso de equipamentos
auxiliares, tais como, reatores e
ignitores. Possui um tubo de arco de
quartzo e paredes espessas para suportar
as fortes pressões e temperaturas. O tubo
é cheio de vapor de mercúrio e pequena
quantidade de argônio sob pressão de
100 a 110 atmosferas. O tubo de vapor
de mercúrio é colocado em série com
um filamento incandescente de
tungstênio que, além de produzir fluxo
luminoso, funciona como elemento de
estabilização da lâmpada (limita a
corrente de funcionamento do tubo de
arco; substitui o reator). O fluxo

Fig. 15 – Lâmpada mista luminoso produzido é composto de


radiações azuladas provindas do tubo de arco, de radiações amareladas do filamento incandescente

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e de radiações vermelhas da eventual camada de pó fluorescente interna do bulbo. O bulbo é feito


de vidro duro (boro – silicato ou nonax), no formato ovóide, no qual é injetada uma mistura gasosa
de argônio e nitrogênio, que mantém a temperatura constante.
Sua eficiência luminosa é de 25 a 35 lm/W, metade das de vapor de mercúrio, e uma
durabilidade em torno de 6000 Horas. São exemplos as lâmpadas HWL da Osram:
Tipo (elipsoidal) Base V W Lumens Temperatura (K) Duração (Hs)
HWL 160 E27 220 160 3100 3600 10000
HWL 250 E27 220 250 5600 3800 10000
HWL 250 E40 220 250 5600 3800 10000
HWL 500 E40 220 500 14000 4100 10000
Eficiência de 19,3 a 28 lm/W
As principais aplicações são: em vias públicas, jardins, praças, estacionamentos e comércio em
geral.

b) Lâmpada de Vapor de mercúrio

Possui características semelhantes à lâmpada de luz mista: consta de um tubo de descarga feito
de quartzo, para suportar elevadas temperaturas, tendo em cada extremidade um eletrodo principal
de tungstênio recoberto de material emissor de elétrons. Necessitam de um reator que vai atuar
como limitador da corrente na lâmpada.
O tubo de descarga
contém gás inerte
(argônio), que
facilita a formação
da descarga inicial,
e gotas de mercúrio,
que serão
vaporizadas durante
o período de
aquecimento da
lâmpada. O
acendimento da
Fig. 16 – Lâmpada vapor de mercúrio
lâmpada inicia-se
com um arco elétrico entre o eletrodo auxiliar e o principal, provocando o aquecimento dos óxidos
emissores, a ionização do gás e a formação de vapor de mercúrio; posteriormente a descarga de
forma entre os eletrodos principais. Para a operação eficiente da lâmpada, a mesma requer a
manutenção de uma alta temperatura no tubo de descarga, o qual é, por essa razão, colocado em

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outro bulbo de vidro, o que reduz as perdas de calor para o exterior. Entre os dois bulbos, coloca-se
nitrogênio a pressão de meia atmosfera. Se a lâmpada é apagada, o novo acendimento demora de 3
a 10 minutos, dependendo das condições externas e da potência da lâmpada.
Para correção da cor azulada do bulbo interno, praticamente todas as lâmpadas de vapor de
mercúrio possuem uma camada de fósforo depositada no bulbo externo. Tal camada transforma as
radiações ultravioletas em luz vermelha, que melhorará a composição espectral final do fluxo
luminoso. Tais lâmpadas são denominadas de lâmpadas de vapor de mercúrio de cor corrigida.
As lâmpadas de vapor de mercúrio necessitam de um reator para a sua estabilização e também
para proporcionar a tensão elétrica necessária a sua partida.
Exemplos de lâmpadas de vapor de mercúrio da Osram:

Tipo (elipsoidal) Base W Lumens Temperatura (K) Duração (Hs)


HQL 80 E27 80 3800 4100 24000
HQL 125 E27 125 6300 4000 24000
HQL 250 E40 250 13000 3900 24000
HQL 400 E40 400 22000 3800 24000
Eficiência de 47,5 a 55 lm/W
Os modelos HPL-N são aproximadamente equivalentes as anteriores, porém fabricados pela
Philips. Os modelos HSI-TD 70, 100, 150 e 250, tubular duplo contato, são fabricados pela
Sylvania.
Os reatores modelos RVMxxxA26 (com correção do fator de potência) e RVMxxxB26 (sem
correção do fator de potência), fabricados pela Philips, são utilizados pelas lâmpadas de vapor de
mercúrio (xxx refere-se a potência da lâmpada). Os principais esquemas para ligação das LVM
estão mostrados no fig. 17.

Figura 17 – Esquema para ligação de reatores e lâmpadas de vapor de mercúrio.

As principais aplicações da lâmpada vapor de mercúrio são: em iluminação de vias públicas,


praças e jardins, fábricas, parques e estacionamentos.

c) Lâmpada de vapor de sódio de alta pressão

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O tubo de descarga é feito de


óxido de alumínio sinterizado,
material cerâmico com ponto de
fusão de 2050 oC, translúcido
(transmitância de 90%),
quimicamente à prova de vapor
de sódio em elevadas
temperaturas. O interior do tubo
contém eletrodos de nióbio e o
Fig. 18 – Lâmpada de vapor de sódio de AP meio interno, constante de
xenônio, mercúrio e sódio metálico. O tubo de descarga está localizado dentro do bulbo externo, de
vidro duro. O vácuo existente entre os dois bulbos visa diminuir a perda de calor para o exterior,
aumentando a pressão do tubo de arco e a eficiência luminosa da lâmpada. Nas lâmpadas ovóides
existe uma camada na parte interna do bulbo externo para a correção da cor.
A vida média dessas lâmpadas é da ordem de 24000 Hs, sendo sua eficiência bastante elevada
(aprox. 130 lm/W) para as lâmpadas de maior potência, muito superior a qualquer outro tipo de
fonte de luz policromática para uso generalizado.
As lâmpadas vapor de sódio necessitam de um reator para limitar a intensidade da corrente no
tubo de arco e que forneça a tensão de ignição (juntamente com um ignitor) da ordem de 2 a 5 kV.

Fig. 19 – Modelos de lâmpadas de vapor de sódio de AP (fabr. Osram)

Tempe-
ratura Bulbo
Tipo Potência Lumens IRC Vida útil Base
(K) Fig.19

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Fig. 20 – Modelos de lâmpadas de vapor de sódio de AP (fabr. Osram)

Tempe-
ratura Vida Bulbo
Tipo Potência Lumens IRC Base
(K) útil Fig.20

A Philips fabrica os modelos SON, SON-H (intercambiável; usa os mesmos reatores das
lâmpadas VM de potência equivalente) e SON-T. Os modelos SON e SON-T usam reator e ignitor.
A GE Brasil fabrica as lâmpadas de VSAP com os modelos: Lucalox difusa (c/ pintura, ovóide),
lucalox clara (s/ pintura, ovóide) e Lucalox clara (s/ pintura, tubular). O modelo E-Z lux difusa
(ovóide) é intercambiável (p/ reator de VM) e equivalente a SON-H ovóide (c/ camada difusa) e a
Vialox NAV-E (elipsoidal leitosa).
Os principais esquemas de ligação de reatores e ignitores para as lâmpadas de vapor de sódio
estão mostrados na figura 21 (esquemas 11, 13 e 14), além do esquema 1 da fig. 17 para lâmpadas
intercambiáveis.

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Fig. 21 – Esquemas para ligação do reator e ignitor para LVSAP.

As principias aplicações para as lâmpadas de vapor de sódio de AP são: iluminação pública,


aeroportos, áreas industriais, pátios de carga e de manobra, praças, galpões, parques,
estacionamento, áreas esportivas e iluminação de destaque.

d) Lâmpada de iodeto metálico (multivapor ou vapores metálicos)

São lâmpadas semelhantes as lâmpadas de vapor de mercúrio, nas quais se introduzem, além do
argônio e mercúrio, outros elementos, de forma que o arco elétrico se realize numa atmosfera mista
de vários gases e vapores (fig. 22). Portanto, dentro do tubo de descarga, de quartzo, existe uma
combinação de aditivos de haleto metálico – como iodeto de índio, tálio e sódio – na descarga de
mercúrio. Possuem maiores eficiências (aprox. 95 lm/W) e melhor composição espectral que as
lâmpadas tradicionais de vapor de mercúrio. A luz produzida pela lâmpada é extremamente branca
(4000 – 6000 K), com IRC de até 90%. Seu tempo de aquecimento é de 5 a 10 minutos e uma nova
partida a quente pode demorar até 30 minutos em lâmpadas de maiores potências.
Existem basicamente três diferentes tecnologias de fabricação:
- Tecnologia das três cores: utilização de vapores de índio, sódio e tálio, responsáveis pela cor
azul, vermelho e verde do espectro irradiado. Trata-se de lâmpadas de menor vida e eficiência
luminosa, mas com maior constância do fluxo luminoso;
- Tecnologia do sódio e escândio: com a presença de lítio e tálio. Possuem maior eficiência
luminosa, boa estabilidade de cor e vida mais elevada;
- Tecnologia das terras raras: com a utilização do tálio, disprósio e hólmio. São modelos que
possuem boa eficiência luminosa e estabilidade de cor, além de um elevado índice de reprodução de
cores.
Os modelos de baixa potência (até 150W) são indicados para iluminação interna de shopping
centers, vitrinas, hotéis e jardins. As de maior potência são indicadas para iluminar avenidas,
fachadas, monumentos, ginásios, estádios, grandes aéreas abertas, estacionamentos e aeroportos. De
um modo geral tem-se as seguintes aplicações:

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- lâmpada de multivapor metálico (ovóide): iluminação interna comercial e industrial,


iluminação pública, crescimento de plantas, iluminação em hangares, parques de exposições, postos
de gasolina, etc.;

Fig. 22 – Modelos de lâmpadas de multivapor metálico

- lâmpada de multivapor metálico (tubular): iluminação esportiva, grandes estádios, iluminação


de monumentos, em horticultura, em outdoor, em hangares, parques de exposições, industrias,
televisionamento em cores ou filmagens de cinema.
Para o seu funcionamento requerem um reator e um ignitor, que influenciam bastante no seu
desempenho. Os esquemas 1 e 2 da fig. 17, e os esquemas 11, 13 e 14 da fig. 21 são utilizados para
ligação do reator e ignitor a lâmpada de vapor metálico, além de outras possibilidades de ligação. A
figura 22 mostra os modelos fabricados pela Osram do Brasil.

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Figura 22 – Modelos de lâmpada de vapor metálico e multivapor metálico (Osram).

A Philips fabrica os modelos HPI/BU (ovóide), HPI/T e HPI/T2000U (400 e 1000W). Também,
fabrica os modelos MHN-TD (vapor metálico) e MHW-TD (multivapor metálico) (sofito=formato
tubular e pequeno). Estes últimos possuem um tubo de descarga em quartzo e um bulbo externo
também de quartzo (c/ vida média de 6000 Hs). O tubo de descarga é preenchido com mercúrio de
alta pressão e uma mistura de vapores (argônio e neônio) com a adição de sódio e tálio para
correção de cor e estabilização do arco. Essas lâmpadas são equivalentes as lâmpadas halógenas
palito (HA-300W e 500W) com as seguintes vantagens: - as lâmpadas MHN-TD apresentam um
ganho de fluxo luminoso de 7,8% e 18,4% e a MHW-TD, de 13,7% e 28,3%; - possuem vida útil
três vezes maior com economia de 70% de energia; - redução do calor gerado no ambiente.
NOTA: Essas lâmpadas devem ser utilizadas apenas em luminárias fechadas, pois emitem uma
quantidade considerável de radiação ultravioleta (UV).

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