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LUMINÁRIAS

Luminárias são dispositivos que produzem, controlam e distribuem a luz.


Elas são constituídas de lâmpadas, dispositivos ópticos, soquetes e partes mecânicas
necessárias para sustentar e afixar a luminária.

DESCRIÇÃO GERAL

Fontes de luz

As luminárias mais comuns são fabricadas para os seguintes tipos de lâmpadas:

 incandescentes
 fluorescentes
 fluorescentes compactas
 de indução
 de alta pressão
 sódio de baixa pressão

O tamanho, material, propriedades térmicas, performance fotométrica e tensão da


luminária dependem do tipo de lâmpada a ser utilizada.

COMPONENTES PARA CONTROLE DA LUZ

Algumas lâmpadas já vêm com um controle de luz integrado, tais como uma camada
refletiva e/ou prismas refratários no bulbo (normalmente presentes em lâmpadas
incandescentes e halógenas de tungstênio).

Os quatro tipos mais comuns de componentes para controle de luz são: refletores,
refratores, difusores e grelhas (louver) ou protetores.

Refletor

Dispositivo feito geralmente de metal revestido ou plástico que tenha alta refletância. A
forma é dada de maneira que redirecione a luz emitida pela lâmpada por reflexão. O
acabamento dos refletores é classificado em especular, semi-especular, aberto ou difuso.

Refletores de metal são polidos e quimicamente revestidos. Os refletores feitos de plástico


normalmente têm acabamento em alumínio anodizado.

Fig. 1 – Exemplos de refletores Fonte: IES Handbook, 2000

(a) facetado linear, (b) e (c) redondo especular e de alumínio ranhurado, (d) refletor
facetado, (e) refletor com rebatimento

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Às vezes o refletor não precisa ter um direcionamento preciso, basta ter uma alta
refletância. Um exemplo disto são os refletores de metal pintados de branco, ligeiramente
especulares, utilizados em luminárias para lâmpadas fluorescentes.

Refletores difusos têm pouco efeito na distribuição de luz e são incomuns.

Alguns tipos de lâmpadas requerem refletores especiais, tais como refletores semi-
especulares, materiais que não refratem a luz ou com uma camada que reduz a separação
de cores por reflexão (iridiscência).

Em alguns casos os refletores têm propriedades que variam de acordo com o comprimento
de onda. Para isso, camadas de materiais alternativos, com diferentes índices de refração,
são aplicadas ao vidro. Os efeitos dessa interferência produzem uma reflexão que muda de
acordo com o comprimento de onda.

Refrator

Muda a direção da luz no momento em que ela passa pelos limites de materiais com
diferentes densidades ópticas, por exemplo, do ar para o vidro ou do ar para acrílico.

O material utilizado é normalmente o vidro ou acrílico, moldados de forma que a luz é


redirecionada ao passar pelo material. Essa refração é dada por meio de prismas, que são
extrudados (levantados) da superfície do material ou estão gravados nele.

Fig. 2 – Exemplos de refratores Fonte: IES Handbook, 2000

(a) lente prismática acoplada a superfície, (b) aletas (spread lens), (c) refrator em vidro,
(d) refrator tipo Fresnel, (e) envoltório (wraparound) com lente prismática, (f) lente
prismática, (g) refrator prismático, (h) lente refratora com aletas (spread lens refractor).

Pequenos prismas agindo em conjunto podem destruir as imagens parcialmente, escurecer


lâmpadas e reduzir a luminância. Em alguns casos, a folha que contém os prismas utilizada
na fabricação dos refratores é confeccionada de forma que proporcione um controle
adicional da luz.

Outra aplicação dos refratores se aproveita da reflexão interna total. Nesse caso, o
material refratário é moldado de forma que a luz passe por sua primeira superfície e a
maior parte seja refletida da segunda superfície, de volta para o material, e dali para fora
da primeira superfície.

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Algumas luminárias industriais feitas de vidro e acrílico usam esse tipo de controle de luz.
Essa é também a base para a operação de condutores ópticos e luminárias de fibra-óptica.

Uma lente transparente pode ser utilizada para barrar a radiação ultravioleta (UV).

Difusor

Elemento que controla a luz, redirecionando a luz incidente em várias direções. O difusor
pode ser de vários materiais, como peças em plástico branco, vidros serigrafados ou
jateados.

Fig. 3 – Exemplos de difusores Fonte: IES Handbook, 2000

(a) e (b) difusores brancos envoltórios (c) difusor gelatinoso cilíndrico (d) difusor injetado
em vidro.

Máscaras, protetores, grelhas, e defletores.

As máscaras e os protetores são feitos de materiais opacos ou translúcidos para reduzir ou


eliminar a visão direta da lâmpada na luminária.

Fig. 4 – Exemplos de defletores, grelhas e protetores Fonte: IES Handbook, 2000

(a), (b) e (c) grelhas, (d) defletor em forma de cruz, (e) protetor para luminárias
industriais, (f) protetores e refletores.

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Se o arranjo é em uma grade retangular, produzindo pequenas divisões, são chamadas
grelhas. Se arranjo é linear são chamados defletores.

Luminárias de fibra-óptica

Um sistema de iluminação por fibra-óptica é um sistema distribuído, permitindo uma fonte


de iluminação remota para iluminar áreas e objetos. O sistema é composto por uma fonte
de luz, por fibras ópticas e por equipamentos para iluminação (luminárias).

É um sistema adequado para áreas perigosas, molhadas e ambientes com temperaturas


controladas. Também é utilizado quando se deseja tamanhos, tipos ou luminárias com
características diferentes das luminárias comuns. Quase todo o IR (infravermelho) e a
maior parte da radiação UV (ultravioleta) está ausente nos ambientes iluminados por esse
tipo de sistema.

Iluminador

O iluminador é um equipamento que abriga a fonte de luz e posiciona as fibras ópticas nas
respectivas “portas” de saída de acordo com a posição fonte. Pode incluir outros
componentes, tais como um ventilador para refrigeração, diversos elementos ópticos,
filtros coloridos e outros filtros.

As lâmpadas mais comuns utilizadas como fonte de luz são as halógenas e as de vapores
metálicos.

Os acessórios podem ser filtros IR, UV, dicróico, filtros coloridos RGB e ainda pode haver
temporizadores ou efeito estroboscópico.

Fibra óptica

É o núcleo por onde a luz é transmitida. O envoltório (cladding) confina a luz ao núcleo e a
capa (sheathing) é o revestimento exterior que protege a fibra. Para iluminação lateral, a
fibra é desenvolvida de forma que a luz seja emitida uniformemente pelas laterais. A perda
de luz pela fibra se dá quase que exclusivamente por absorção e por dispersão.

Para que haja uma reflexão interna total é necessário que o ângulo de incidência seja
elevado em relação à interface com o envoltório. Isto requer que a luz penetre na
extremidade da fibra dentro de determinado ângulo de aceitação. O ângulo de aceitação é
função dos índices de refração do núcleo e de seu envoltório. Em geral, o ângulo de
aceitação também define o ângulo no qual a luz sai da fibra óptica.

Lentes de saída

São lentes colocadas na saída da fibra óptica e são escolhidas baseadas na necessidade de
aplicação.

COMPONENTES MECÂNICOS

São o envoltório, a estrutura geral da luminária e o mecanismo de montagem para afixar a


luminária.

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Fig. 5 – Exemplos de componentes mecânicos das luminárias Fonte: IES Handbook, 2000

(a) e (b) componentes para lâmpadas fluorescentes, (c) downlight para lâmpada
fluorescente compacta, (d) montagens e instalações elétricas para uma luminária tipo
pendente.

Se a luminária utilizar um refrator ou uma lente transparente, a estrutura ou as tampas de


fechamento articuladas têm normalmente um dispositivo para prender essas lentes. O
acesso para a limpeza e troca da lâmpada é feito através destas “tampas”.

Para aplicações em áreas úmidas ou molhadas é necessário prever um selo adequado para
que a água não penetre na luminária. Em ambientes perigosos ou de segurança
aumentada a luminária deve ser selada de forma que mantenha afastados vapores
inflamáveis ou explosivos do contato com as altas temperaturas da lâmpada ou de arcos
elétricos.

Muitas luminárias embutidas são ventiladas para que haja dissipação do calor, que
normalmente diminui a performance da lâmpada. Em alguns edifícios, as luminárias são
utilizadas como parte integrante dos sistemas de aquecimento, ventilação e ar
condicionado.

COMPONENTES ELÉTRICOS

Os soquetes fornecem o suporte mecânico para a lâmpada e alimentam as conexões


elétricas necessárias. Para alguns tipos de lâmpada, um outro suporte mecânico além do
soquete é necessário.

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Fig. 6 – Exemplos de caixa de junção, reator e soquete Fonte: IES Handbook, 2000

(a) metálicas, (b) luminárias para lâmpadas fluorescentes compactas, (c) lâmpada
fluorescente compacta, reator eletromagnético e conectores (d) fotocélula, transformador e
reator para controle de luminárias externas.

Fonte: IES Handbook, 2000

Fig. 7 – carcaça, montagem, refletor, fiação, soquete e lâmpada incandescente.

Fonte: IES Handbook, 2000

Fig. 8 – carcaça, montagem, refletor, fiação, soquete e lâmpada fluorescente compacta

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Fonte: IES Handbook, 2000

Fig. 9 – carcaça, montagem, refletor, lâmpadas fluorescentes e reatores

Fonte: IES Handbook, 2000

Fig. 10 – carcaça de alumínio extrudado, montagem, refletor, lâmpadas fluorescentes e


reatores

Fonte: IES Handbook, 2000

Fig. 11 – carcaça, montagem, refletor, lâmpada HID, soquete, reator eletromagnético e


capacitor

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Exemplos de emissores laterais

Exemplos de emissores finais

Fonte: IES Handbook, 2000

Fig. 12 – Luminárias de fibra óptica

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TIPOS DE LUMINÁRIAS E CLASSIFICAÇÃO

Métodos de Classificação

As luminárias são classificadas de acordo com a fonte de luz, a montagem, a construção, a


aplicação e/ou características fotométricas.

Classificação pela Aplicação

Podem ser classificadas como luminárias residenciais, comerciais e industriais.

Classificação pelas Características Fotométricas

São classificadas pela intensidade luminosa ou pelo fluxo de distribuição da luminária.

O sistema de classificação da CIE (Commission Internationale de L’ Éclairage –


Comissão Internacional para Iluminação) leva em conta a proporção de luz direta
direcionada para cima ou para baixo:

 Luz direta – as luminárias direcionam de 90 a 100% da luz para baixo.


 Luz semi-direta - as luminárias direcionam a luz predominantemente para baixo,
cerca de 60 a 90% da luz.
 Luz difusa geral – quando a quantidade de luz direcionada para baixo e para cima
são equivalentes (de 40 a 60% da luz para cada direção). Luz direta-indireta é uma
categoria especial, fora da CIE, na qual as luminárias emitem pouca luz em ângulos
próximos da horizontal.
 Luz semi-indireta - as luminárias direcionam de 60 a 90% da luz para cima.
 Luz indireta - as luminárias direcionam de 90 a 100% da luz para cima.

Classificação de ambientes internos por interrupção:

Interrupção física – ângulo medido do nadir no qual a lâmpada está totalmente oclusa.
Interrupção óptica – ângulo medido do nadir no qual a reflexão da lâmpada no refletor
está totalmente oclusa.
Ângulo protegido - ângulo medido da horizontal no qual a lâmpada é visível.

Sistema de classificação americano (NEMA)


Sistema baseado na distribuição do fluxo dentro do feixe de luz produzido pela luminária.
Usado normalmente para luminárias para centros desportivos e projetores.

O sistema de classificação IESNA (Illuminating Engineering Society of North America) para


luminárias externas é baseado na forma da área que é iluminada pela luminária. É
utilizado em vias e grandes áreas públicas.

PRINCIPAIS TIPOS DE LUMINÁRIAS

Comerciais e Residenciais

Luminárias portáteis. São luminárias completas, com tudo incluso, projetadas para
serem colocadas perto da tarefa a ser iluminada. Elas têm um plugue que pode ser ligado
diretamente à rede elétrica e normalmente já vem com o interruptor ou dimer.

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Fig. 13 – Luminárias portáteis Fonte: IES Handbook, 2000

Luminárias para móveis. Instaladas bem próximas à área de trabalho para produzir luz
localizada.

Fig. 14 – Luminárias instaladas em mobiliário Fonte: IES Handbook, 2000

Luminárias de embutir para luz direta. Luz geral ou ambiente. Projetada para produzir
iluminação em um piso ou plano de trabalho.

Fig. 15 – Luminárias tipo downlight (luz direta) Fonte: IES Handbook, 2000

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Luminárias de sobrepor. Luz geral ou ambiente, com a vantagem de que a luz pode ser
emitida para cima, para produzir uma iluminação mais intensa no forro.

Fig. 16 – Luminárias de sobrepor Fonte: IES Handbook, 2000

Luminárias tipo wall washer. Produzem a distribuição da iluminância/ luminância na


parede, não necessariamente de forma uniforme. Podem ser luminárias de embutir ou de
sobrepor.

Fig. 17 – Luminárias tipo wall washer Fonte: IES Handbook, 2000

(a) luminária com defletores, (b) luminária com pestana, (c) embutida, (d) contínua com
defletores, (e) com lente dirigível (spread = propagadora).

Luminárias decorativas de destaque. São elas próprias ornamentais ou são projetadas


para produzir texturas de luz decorativa.

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Fig. 18 – Luminárias decorativas Fonte: IES Handbook, 2000

(a), (b) e (c) decorativas embutidas direcionáveis, (d) e (e) vista frontal e lateral de uma
arandela.

Sancas e outras arandelas decorativas são muitas vezes instaladas em alturas baixas, o
que oferece risco potencial de ofuscamento. Nestes casos, o uso de protetores translúcidos
pode minimizar o dano.

Trilho. Acessório de montagem que fornece alimentação elétrica. Normalmente afixado no


forro ou próximo dele, também pode ser embutido. Pode ser instalado na vertical ou na
horizontal. O trilho pode ser alimentado por um fio conectado na ponta do trilho ou em
qualquer outro ponto no seu comprimento. Ele pode ainda ser mais flexível se for utilizado
um conjunto de cabo e plugue para fornecer a energia.

Fig. 19 – Luminárias para trilho Fonte: IES Handbook, 2000

(a) trilho fechado ou multicircuito, (b) e (c) luminárias para trilho com controle óptico, (d)
e (e) luminárias de trilho para instalar e direcionar lâmpadas.

Pontuais indiretas. Pendentes ou luminárias de piso.

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Fig. 20 – Luminárias indiretas Fonte: IES Handbook, 2000

(a) pendente, (b) e (c) luminárias lineares indiretas, (d) linear para uma lâmpada
fluorescente (e) linear para duas lâmpadas fluorescentes (f) luminária de piso.

Lineares indiretas. Luz geral ou ambiente, iluminando o teto.

Fig. 21 – Exemplos de luminárias lineares indiretas Fonte: IES Handbook, 2000

(a) em forma de concha biaxial, (b) e (c) luminárias lineares indiretas, (d) refletor
assimétrico.

Lineares diretas- indiretas. Luz geral ou ambiente, mas que também proporcionam uma
luz direta para baixo.

Luminária tipo sanca. Projetada para encaixar em sancas e elementos arquitetônicos ou


que com a sua própria forma, ao ser instalada na parede, forme uma sanca.

Luminária Cenográfica. Projetada para ter um controle óptico apurado e fornecer a


máxima flexibilidade.

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Fig. 22 – Exemplos de luminárias para teatros Fonte: IES Handbook, 2000
(a) tipo Fresnel, (b) elipsoidal, (c) quadrado.

Industriais

Fluorescentes lineares. Projetadas para lâmpadas fluorescentes de alto fluxo luminoso.

Fig. 23 – Exemplos de luminárias industriais fluorescentes lineares Fonte: IES Handbook, 2000

Lineares estreitas. Projetadas para lâmpadas fluorescentes, têm a caixa com uma
largura mínima necessária para abrigar os soquetes e reatores.

Fig. 24 – Exemplos de luminárias industriais estreitas Fonte: IES Handbook, 2000

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Grandes alturas. A distribuição da intensidade luminosa varia de um feixe de luz mais
estreito para um mais aberto.

Fig. 25 – Exemplos de luminárias industriais para grandes alturas Fonte: IES Handbook, 2000
(a) refletor aberto metálico, (b) refletor aberto em acrílico, (c) e (d) refletores fechados.

Baixas Alturas. Normalmente tem uma distribuição bem aberta da intensidade luminosa.

Fig. 26 – Exemplos de luminárias industriais para P.D. baixos Fonte: IES Handbook, 2000

Emergência e saída

São projetadas para fornecer luz suficiente que permita o escape em situações de
emergência. Sob condições normais as baterias são carregadas continuamente pela rede
elétrica.

Luminárias de saída ajudam os ocupantes de um edifício a identificar as direções de saída.


São úteis sob condições normais, mas são projetadas para fornecer ajuda crítica em
situações de emergência. Essas luminárias operam normalmente com baterias.

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Fig. 27 – Exemplos de luminárias de saída e emergência Fonte: IES Handbook, 2000

Externas

Projetores (Floodlight). Utilizados para iluminar fachadas e outras aplicações especiais.


Tem ângulos de abertura que vão desde pequenos ângulos até grandes aberturas para que
se possa atingir o efeito desejado.

A orientação da lâmpada e o arranjo do refletor normalmente determinam as


características do feixe de luz.

Essas luminárias de foco freqüentemente têm uma distribuição de instensidade luminosa


de padrão quadrado ou retangular.

Fig. 28 – Exemplos de luminárias de foco Fonte: IES Handbook, 2000

Esportivas. Algumas luminárias para esportes têm a distribuição da intensidade luminosa


muito estreita e são normalmente instaladas ao lado e/ou bem acima do campo.

Outras têm distribuições médias e uma interrupção de luz precisa e são instaladas por
sobre o campo/quadra. Refletores são utilizados para produzir a intensidade luminosa
requerida. Refratores não são utilizados.

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São usualmente fornecidas com um direcionador especial e uma engrenagem de
travamento. Possuem grelhas internas ou externas.

Existem países que as classificam conforme o ângulo.

Fig. 29 – Exemplos de luminárias para esportes Fonte: IES Handbook, 2000

Ruas e vias. As luminárias são afixadas em braços de postes ou montadas em cima dos
próprios postes. Refletores e refratores são utilizados para produzir diversos tipos de
distribuição de intensidade luminosa requeridas por este tipo de aplicação.

A distribuição de intensidade luminosa pode às vezes ter o seu valor máximo com ângulos
de 75º acima do nadir.

Luminárias com refratores ovóides ou do tipo “dropped-dish” são normalmente utilizadas


em vias públicas.

São geralmente instaladas afastadas das vias de rolagem para evitar danos tanto nas
luminárias quanto ao tráfego da estrada.

Fig. 30 – Exemplos de luminária para vias Fonte: IES Handbook, 2000

Caminhos/passeios. São normalmente feitos com postes baixos (bollards), onde os


componentes ópticos estão instalados no topo. Pequenas luminárias com direcionamento
de luz preciso também são utilizadas nestes pequenos postes para fornecer a luz dos
caminhos.

As luminárias também podem ser embutidas nas estruturas de escadas e rampas.

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Fig. 31 – Exemplos de luminária para caminhos Fonte: IES Handbook, 2000

Estacionamentos e garagens. Montada por meio de suportes em postes altos ou em


braços curtos nas paredes, pode ter uma configuração com uma única luminária, ou ter
uma configuração dupla ou quádrupla. Tem distribuição simétrica e assimétrica.

Luminárias instaladas na parede são geralmente utilizadas em pequenos estacionamentos


imediatamente adjacentes a um edifício ou na estrutura do próprio estacionamento. Essas
luminárias têm necessariamente uma distribuição de luz assimétrica.

Luminárias de sobrepor também são utilizadas, instaladas no teto e em paredes.

Fig. 32 – Exemplos de luminária para estacionamentos e garagens Fonte: IES Handbook, 2000

Segurança. Luminárias externas ajudam à visibilidade e proporcionam uma maior


segurança à área. Deve fornecer iluminação suficiente para as câmeras de vigilância e para
os guardas.

É instalada em locais inacessíveis e possui a parte mecânica reforçada e lentes especiais à


prova de vandalismo.

Fontes de infravermelho (IR) podem ser utilizadas e são invisíveis para potenciais
invasores.

Fig. 33 – Exemplos de luminária de segurança Fonte: IES Handbook, 2000

(a) e (b) instaladas na parede.

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Paisagismo. Luminárias projetadas para iluminar ao ar livre edifícios, árvores, fontes
d`água e caminhos.

Fig. 34 – Exemplos de luminárias para paisagismo Fonte: IES Handbook, 2000

PERFORMANCE DA LUMINÁRIA
A performance da luminária depende da combinação dos aspectos fotométricos, elétricos e
mecânicos.

A performance fotométrica descreve a eficiência e a eficácia na qual a luz gerada pela


lâmpada é distribuída na área pretendida. Este desempenho é determinado pelas
propriedades fotométricas da lâmpada, do projeto e da qualidade dos componentes de
controle da luz da luminária e, algumas vezes, também pelos equipamentos auxiliares da
lâmpada.

O desempenho elétrico de uma luminária descreve a eficácia com que a luminária gera a
luz e o comportamento elétrico de todo o equipamento auxiliar, tal como reatores. A
eficácia da luminária é determinada pela eficácia da lâmpada e pelo reator, se for
necessário, e pela interação deste com a lâmpada.

O desempenho mecânico de uma luminária descreve seu comportamento sob stress. Isto
pode incluir extremos de temperatura, presença de água ou pó, choque mecânico e fogo.

Componentes do Desempenho Fotométrico

Trata-se da distribuição da intensidade luminosa da luminária. Medidas elétricas e térmicas


são feitas e relatadas freqüentemente. Estas incluem a potência de entrada, a tensão de
entrada e a temperatura do ar ambiente. Incluem lúmens, eficiência luminosa e
coeficientes de utilização.

Fonte: IES Handbook, 2000

Fig. 35 – Dados de um relatório fotométrico de uma luminária para ambientes internos.

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Fig. 36 – Relatório fotométrico de uma luminária para área externa Fonte: IES Handbook, 2000
(a) e (b) projetores, (c) diagrama zonal de um projetor, (d) coeficiente de utilização para
uma luminária de rua.

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Componentes dos Relatórios Fotométricos

Distribuição de intensidade luminosa. É especificada por um sistema de coordenadas


adequado à luminária e sua aplicação habitual. É dada por ângulos em um sistema de
coordenadas esférico.

Para luminárias internas, o eixo de origem é diretamente para baixo (nadir) (fig. 37). Este
é tipo C da fotometria. O ângulo de elevação (vertical) θ compreende o intervalo
0°≤θ≤180°. O ângulo azimute ψ (horizontal) compreende o intervalo 0° ≤ ψ ≤ 360°.
Normalmente incrementos a cada 5º em θ são relatados.

Para algumas luminárias externas, geralmente projetores, a origem é o eixo central


primário (fig. 38). Este é tipo B da fotometria. Neste caso, o intervalo dos dois ângulos é
-90° a 90°.

Fig. 37 – Sistema de coordenadas para luminária interna. Tipo C. Fonte: IES Handbook, 2000

Fig. 38 – Sistema de coordenadas para luminária externa. Tipo B. Fonte: IES Handbook, 2000

As luminárias internas que exibem distribuições simétricas no eixo têm a intensidade


luminosa relatada por ψ = 0°.

Se a luminária exibe simetria nos quatro lados do ângulo azimuthal, ψ, é habitual relatar
valores de intensidade luminosa para 0°≤ ψ ≤ 90°.

Se a luminária exibir simetria bilateral no ψ, os dados são relatados para 0°≤ ψ ≤180°.

Em todos os casos o incremento em ψ é normalmente de 22,5º.

Os valores da intensidade luminosa relatados para uma luminária são quase sempre da
fotometria relativa.

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Para grandes luminárias localizadas próximas às superfícies iluminadas, o cálculo de
iluminância com estes valores de intensidade luminosa deve ser feito cuidadosamento. Por
exemplo, com luminárias embutidas nos armários e em luminárias de mesa.
Uma maneira conveniente para converter esta informação em gráfico é produzir um gráfico
polar dos valores de intensidade luminosa. O ângulo (horizontal) azimutal é mantido fixo e
o ângulo vertical se movimenta de 0º a 90º.

Para luminárias internas, a distribuição de intensidade luminosa é relatada geralmente de


duas maneiras: como uma disposição de valores e como um gráfico polar. Para luminárias
externas, a distribuição de intensidade luminosa é relatada normalmente em um gráfico
cartesiano.

Luminância média em vários sentidos de visão

I (θ, ψ) é a intensidade luminosa da luminária inteira na direção (θ, ψ) e A´ é a área


luminosa da luminária visível deste sentido. Essa luminância só é significativa se a
luminária for homogênea.

Fluxo luminoso Zonal


Cones com ângulos sólidos dentro de detrminada faixa podem ser estabelecidos com o
máximo no ápice do centro fotométrico da luminária. Cada cone define uma zona cônica e
os lúmens dentro de cada um é a zona de lúmens da luminária. Em termos do tipo B, os
lúmens zonais do relatório são pequenos e geralmente de tamanho angular diferente na
horizontal e na vertical.

Eficiência. É o valor resultante da divisão entre o número total de lúmens emitido pela
luminária pelo total de lúmens emitido pelas lâmpadas da mesma luminária.

Coeficiente de utilização. Descreve a eficácia com que a luminária reproduz os lúmens


da lâmpada no plano de trabalho horizontal de uma sala retangular. Normalmente os
valores dos coeficientes de utilização estão entre 0 e 1.

Algumas luminárias internas não foram projetadas ou não tem a intensão de produzir uma
luz geral; nestes casos, o coeficiente de utilização não é fornecido.

Critério de espaçamento. É um indicador de baixa precisão de quanto as luminárias


devem ser espaçadas umas em relação às outras para poder proporcionar uma
uniformidade de iluminação no ambiente que seja aceitável.

Avaliação do ofuscamento. Probabilidade de conforto visual (VCP – Visual Comfort


Probability). Os valores de VCP são fornecidos somente para luminárias com luz direta
significativa e com luminâncias não maiores do que aquelas produzidas por uma lâmpada
fluorescente. Estas limitações vêm da aplicabilidade limitada da VCP.

Performance Térmica das Luminárias

Em geral, a performance térmica das luminárias não pode ser isolada em relação à sua
utilização. Elas estão intimamente ligadas ao ambiente.

Existem três questões térmicas essenciais: o efeito da luminária na temperatura de


operação da lâmpada, o efeito do calor da lâmpada nos materiais que compõem a
luminária e os efeitos de manipulação do ar.

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Temperatura de operação da lâmpada

A performance de diversos tipos de lâmpadas depende da temperatura do seu bulbo. Isso


é particularmente verdadeiro para lâmpadas fluorescentes, onde a eficácia luminosa varia
de acordo com o ponto mais frio na parede do bulbo.

As lâmpadas convertem somente uma parte da energia elétrica em luz: 10% para
lâmpadas incandescentes, 19% para lâmpadas fluorescentes, 28% para lâmpadas de vapor
de sódio de baixa pressão.

Fig. 39 – Consumo de energia - lâmpadas fluorescentes Fonte: IES Handbook, 2000

Fig. 40 – Consumo de energia - lâmpadas incandescentes Fonte: IES Handbook, 2000

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Fonte: IES Handbook, 2000

Fig. 41 – Consumo de energia - lâmpadas de descarga de alta intensidade

Efeitos nos materiais das luminárias

Como as lâmpadas emitem energia em infravermelho, é interessante examinar as


propriedades dos materiais que compõem as luminárias. O calor que é retido na luminária
faz com que a temperatura da lâmpada seja maior do que ela seria em outra utilização.

Manipulação do ar

Luminárias que manipulam o ar são construídas para adicionar ou remover o calor do


espaço pela movimentação do ar.

Testes e Conformidade

As luminárias devem ser instaladas de acordo com as normas de segurança regionais de


cada país.

No Brasil as instalações elétricas de baixa tensão devem estar em conformidade com a


NBR 5410.

ESPECIFICANDO E UTILIZANDO AS LUMINÁRIAS

Eletricidade

Luminárias fazem parte de um sistema de iluminação, que por sua vez compõe um sistema
de fiação elétrica, que são projetadas para transportar cargas elétricas. Os projetistas
devem saber os fundamentos dos sistemas elétricos para se assegurar de que podem
otimizar e flexibilizar o custo das instalações.

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Freqüentemente é requisitado ao projetista que indique a carga total da instalação antes
mesmo de ter finalizado o processo de projeto.

Nos últimos anos, em resposta às necessidades de uma utilização mais eficaz da energia,
os controles – interruptores com dimers, controles fotossensíveis e sensores de ocupação/
movimento - transformaram-se em parte integrante do projeto de iluminação.

Todo cuidado é requerido no uso de inversores de onda quadrados (square wave) para
iluminação de emergência com reatores fluorescentes de alto fator de potência. O
capacitor corretor do fator de potência usado no reator se comporta como um curto-
circuito à saída dos inversores de onda quadrados (square wave) e pode criar problemas
no disjuntor do circuito.

Os reatores eletrônicos têm uma distorção harmônica inerente que pode danificar os
condutores neutros do sistema elétrico. Em alguns casos, pode ser necessário aumentar o
tamanho do condutor neutro.

Fonte: IES Handbook, 2000

Fig. 42a – Propriedades dos materiais usados nas luminárias (T = porcentagem de


transmissão e R = porcentagem refletida no comprimento de onda selecionado).

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Fonte: IES Handbook, 2000

Fig. 42b – (continuação da Fig. 42a) Propriedades dos materiais usados nas luminárias (T=
porcentagem de transmissão e R= porcentagem refletida no comprimento de onda
selecionado)

Térmica

As considerações térmicas principais relacionadas ao desempenho de um sistema de


iluminação são a emissão de luz e a eficiência na temperatura da lâmpada - além da carga
de refrigeração, devido à energia dissipada por ela.

O ganho de calor do sistema de iluminação pode contribuir tanto com a carga de


refrigeração, quanto satisfazer às exigências de aquecimento, dependendo das condições
do edifício. Nos edifícios onde não há condicionamento de ar, o calor dos sistemas de
iluminação pode superaquecer espaços ocupados.

A iluminação pode contabilizar o uso de 25 a 50% da energia do edifício. O gasto com


energia elétrica para refrigerar o edifício, devido ao maior aquecimento imposto pela
iluminação, pode somar de 10 a 20% a mais no consumo de energia.

Frações de distribuição de energia da luz

 Luz visível para baixo


 Luz visível para cima
 Radiação infravermelha para baixo
 Radiação infravermelha para cima
 Convecção ascendente
 Convecção do ar de retorno
 Condução

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Mecânica

Geralmente a aplicação e o ambiente determinam os aspectos mecânicos mais importantes


das luminárias. Elas devem ser apropriadas ao teto e ao tipo de forro, com tamanhos, peso
e mecanismos de montagem adequados.

Luminárias externas devem suportar chuvas, ventos, neve e ter a rigidez e o selamento
adequados.

Luminárias suspensas (pendentes) devem ter a força adequada para dividir o peso vertical
entre suas sustentações, assim como resistir à distorção e a torção laterais.

Acústica

A geração de som indesejável é às vezes um problema com lâmpadas fluorescentes ou


outras lâmpadas de descarga que necessitam de dispositivos eletromagnéticos ou
eletrônicos. Em alguns casos, a luminária pode vir até a vibrar. Luminárias de grandes
tamanhos, com grandes superfícies lisas ou partes faltantes podem amplificar o som.

Em locais onde as luminárias são utilizadas como suprimento de ar ou arejam dispositivos


de retorno, as superfícies do controlador de ar devem ser projetadas levando-se em
consideração o ruído do ar.

Manutenção

A manutenção requer a limpeza da luminária e a troca de lâmpadas regularmente.


Aberturas e molduras devem ser pivotantes para permitir fácil acesso para troca de
lâmpadas e limpeza dos refletores.

A presença de sujeira e insetos devem ser consideradas quando se especifica determinado


tipo de luminária.

Luminárias de Fibra óptica

Temperatura de operação
O intervalo das temperaturas de operação varia de acordo com a composição do material
das fibras ópticas. O especificador deve considerar o intervalo dessas temperaturas de
acordo com o ambiente em que o sistema instalado será operado.

Flexibilidade
A maioria dos fabricantes especificam o raio de curvatura de seus produtos. Se uma fibra
for dobrada demasiadamente, micro-fissuras podem se formar nas curvaturas e dispersar
parte da luz na capa que envolve a fibra (cladding).

A regra geral é que o raio mínimo de curvatura não deve ser nada menos que oito a dez
vezes o diâmetro individual das fibras.

Atenuação e perda de luz na fibra


A transmissão de luz dentro de uma fibra é função do comprimento. Parte da luz é perdida
dentro do núcleo, e esta perda é expressa nos termos da atenuação em dB/m ou em
porcentagem da perda pelo comprimento da unidade. A atenuação varia de acordo com o
comprimento de onda da luz transmitida.

Com uma dobra mínima, os valores de atenuação variam de 7 a 13% por metro para o
vidro ou para o plástico de fibra óptica. O comprimento da fibra é limitado a cerca de 15m

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na maioria das aplicações práticas, seja a saída da luz nas extremidades ou nas laterais da
fibra.

O funcionamento de fibras de até 45m é possível se a fibra iluminada lateralmente


também for iluminada em ambas as extremidades, se luminâncias elevadas não forem
necessárias e se a atenuação da fibra for muito baixa.

Vida útil da fibra


Teoricamente as fibras ópticas de vidro duram indefinidamente e geralmente não são
afetadas por ambientes adversos. As fibras plásticas podem amarelar ao longo do tempo e
tornarem-se frágeis após determinado número de anos, particularmente se sujeitas à
radiação UV. A fibra de PMMA pode durar de 10 a 15 anos.

PROJETO DE LUMINÁRIAS

Considerações Gerais

Devem ser considerados: códigos e padrões para sua construção e instalação, para
características físicas e ambientais, para considerações elétricas e mecânicas, propriedades
térmicas, segurança e fatores econômicos.

Considerações sobre o projeto do refletor


Quanto maior a fonte, maior será o refletor requerido para promover um controle
equivalente.

Efeitos secundários do refletor podem ocorrer devido ao projeto. Por exemplo, se a energia
refletida for concentrada na lâmpada, pode prejudicadar o funcionamento dessa; se o feixe
de luz for concentrado na parte frontal das lentes, o vidro pode apresentar problemas
devido às altas temperaturas.

Posicionamento e recolocação da lâmpada.


É muito importante, pois muitas lâmpadas são projetadas somente para uma determinada
posição de funcionamento: em pé, deitada, etc. Uma consideração básica é que a inserção
e a remoção da lâmpada devem ser de fácil acesso.

Efeitos da energia radiante.


Alguns materiais feitos de plástico e borracha, por exemplo, podem ser alterados pela
radiação UV. Alguns materiais do refletor são excelentes para a luz visível, mas absorvem
radiação infravermelha, criando assim problemas térmicos. Desta forma, a lâmpada pode
representar um perigo para as pessoas, ao explodir, por exemplo.

Eficiência da Luminária
Se dá em função da configuração física e do selamenento correto dos materiais utilizados.

Aparência
O projetista deve coordenar a parte técnica, a segurança e as considerações econômicas
com a aparência final da luminária. Os esforços do projeto são concentrados geralmente
em refletores, refratores e em proteger os elementos mecânicos da luminária. Pode ser
desejável sacrificar o melhor desempenho a fim alcançar proporções e formas agradáveis.

Brilho/ Ofuscamento (glare)


O ofuscamento é desconfortável e prejudicial. O grau de controle da luminância a ser
projetado em uma luminária depende do uso pretendido e do ambiente luminoso em que
ela será utilizada.

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Distribuição térmica
A integração das luminárias na manipulação do ar e os aspectos arquitetônicos de um
edifício influenciam na construção básica das luminárias. Alguns materiais usados nas
luminárias podem ser bons refletores da luz e bons absorventes da radiação infravermelha.

Ventilação e circulação.
A circulação do ar na luminária pode resultar na acumulação de poeira e de sujeira,
prejudicando a saída de luz.

Vibração
Quando há presença de vibração, devem ser utilizados soquetes resistentes à vibração e
caixas que absorvam essa vibração. No caso de lâmpadas fluorescentes, devem ser
utilizados suportes com molas.

Interferência da radiação
A radiação eletromagnética das lâmpadas de descarga a gás, especialmente do tipo
fluorescente, e dos componentes auxiliares podem ser suficientes para causar interferência
em rádios próximos, receptores de televisão, equipamentos médicos, radares e o outros
equipamentos eletrônicos sensíveis. Esta interferência é transmitida pela radiação direta
através da luminária e pela condução através do reator.

Para eliminar a radiação eletromagnética direta, a luminária deve ser envolvida


inteiramente em metal, à exceção da abertura de luz, e a alimentação elétrica deve ser
trazida através de canalização aterrada ou de cabo protegido. Os filtros de linha
apropriados podem isolar a interferência.

Vida útil e manutenção


A vida útil depende da habilidade da luminária em suportar as circunstâncias ambientais
da área em que está instalada. Em circunstâncias onde a ação eletrolítica pode ocorrer, o
uso de ligas com elevado índice de cobre no alumínio devem ser evitadas. Deve haver uma
boa ventilação, uma boa gaxeta de vedação e filtração do ar para minimizar o efeito da
sujeira.

Condições ambientais

Temperatura ambiente. O efeito de altas e baixas temperaturas nas luminárias e em


seus componentes deve ser considerado. Em ambientes industriais existem temperaturas
que chegam a 65ºC. Áreas de refrigeração trabalham com temperaturas de até -29ºC.

Radiação. A cor das pinturas pode mudar ou desbotar e pode ocorrer degradação dos
plásticos.

Movimento dos ventos. Luminárias externas devem ser projetadas para suportar a força
dos ventos.

Considerações Elétricas

Circuito das lâmpadas. Deve haver um circuito específico para os reatores.

Qualidade dos reatores. Podem reduzir a vida útil da lâmpada. Alguns dos fatores que
podem reduzir a vida útil dos reatores são a tensão de entrada e características de
disspação do calor na luminária.

A temperatura excessiva de operação do reator causa a deterioração do isolamento do


reator, resultado em uma vida útil menor e a ativando possivelmente o dispositivo de

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proteção do reator. Como regra geral, a cada incremento de 10°C acima dos 90°C resulta
em uma redução de 50% na vida útil do equipamento.

Reatores com proteção térmica. Para reatores de lâmpada fluorescente, o laboratório


de especificação pode requerer que o protetor abra assim que a temperatura máxima da
caixa exceder 90°C. Esses reatores para lâmpadas fluorescentes são chamados reatores de
Classe P.

Operação em alta freqüência

A maioria de lâmpadas fluorescentes podem ser operadas em freqüências mais altas, tendo
como resultado sua eficácia luminosa aumentada.

Como regra geral, os reatores de alta freqüência são menores, emitem mais luz e são mais
eficientes.

Operação em baixas temperaturas. As lâmpadas fluorescentes e HID requerem tensões


mais altas de circuito-aberto para acender em baixas temperaturas.

Soquetes e suportes da lâmpada. As taxas de tensão, da corrente e da potência não


devem ser excedidas em nenhum soquete ou suporte da lâmpada:

- devem ser seguidas determinações para aplicações específicas;


- os materiais usados para contatos e parafusos, tais como alumínio, cobre, bronze, níquel,
aço inoxidável, prata ou metais chapados e suas ligas, limitam a temperatura de operação,
a potência e a corrente durante o uso;
- observar alta voltagem e a carga necessária para iniciação da lâmpada;
- observar tensão de pico e vibrações, que podem formar arcos e deteriorar o contato;
- cuidado com aplicações em ambientes úmidos, molhados ou em áreas perigosas.

Rede. As taxas de tensão e da corrente não devem ser excedidas.

Starters (Iniciadores) e Ignitores. São responsáveis pela carga de voltagem para


iniciar as lâmpadas e também por desconectá-las do circuito em caso de queima.

Considerações Mecânicas

Tolerâncias. É necessário estabelecer tolerâncias dimensionais apropriadas para as peças


componentes e o conjunto final, para permitir que haja dilatações térmicas diferentes
entre as diversas peças.

Resistência. Todas as luminárias devem ter rigidez suficiente nas carcaças para suportar
a manipulação e a instalação em condições normais.

Sustentação dos componentes. Os suportes da lâmpada e os soquetes devem ser


afixados de forma que impeçam o movimento e mantenham o bom contato da lâmpada. É
interessante que os soquetes sejam bem afixados e, em determinados casos, que também
haja sustentação na extremidade. Os reatores devem ser prendidos firmemente à carcaça
para que tenham um bom contato térmico. Os vidros de fechamento, as lentes e os
refratores devem ser firmemente afixados para suportar os efeitos do vento, da chuva e de
choques.

Montagem. Em alguns ambientes específicos, como áreas públicas, hospitais e cadeias,


deve-se assegurar que as tampas das luminárias sejam chumbadas.

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Considerações Térmicas

As propriedades de dissipação do calor na própria luminária afetam o seu desempenho. De


acordo com a variação térmica, os vidros podem se romper e componentes plásticos
podem ser deformados. Os componentes devem ser escolhidos de maneira a evitar
rachaduras, quebras, deformações ou quaisquer outras deteriorações.

Considerações de Segurança

Segurança elétrica. Deve-se considerar:


 capacidade atual de carga dos condutores;
 isolamento dos condutores;
 aterramento;
 temperatura dos condutores;
 conexões nas caixas de junção;
 cor dos fios elétricos;
 força mecânica e flexibilidade;
 interruptores de segurança;
 fusíveis e protetores térmicos;
 talas, afastamentos e soquetes.

Segurança térmica.

Radiação Ultravioleta.

Métodos para projeto óptico

Com a óptica, se pretende controlar a quantidade e a distribuição da luz emitida para o


desempenho fotométrico desejado.

Visão geral do projeto do refletor. Processo:

1. Escolha a lâmpada apropriada para a aplicação. Considere a montagem da luminária e


faça-a sob medida.

2. Avalie a saída nominal da luminária e determine a distribuição de intensidade luminosa


ou a distribuição da iluminância no plano pretendido.

3. Determine outros fatores que afetam a distribuição, tais como a interrupção, a proteção
e o comportamento da imagem da lâmpada no refletor.

4. Optativamente, determine a saída nominal de lúmens da luminária de modo que seja


consistente com os lúmens disponíveis da lâmpada, a refletância do material que está
sendo usado e o número de interreflecções a que luz é submetida antes que saia da
luminária.

5. Gere uma forma de refletor usando qualquer um dos dois procedimentos básicos:
diagrama de fluxo ou superfície visível da luminária da posição de visão (flashed área).
Para o diagrama de fluxo, a forma do refletor é determinada por uma solução matemática
fechada do problema ou interativamente por sucessivas aproximações. O procedimento de
superfície visível da luminária da posição de visão (flashed área) resulta geralmente em
um refletor facetado.

6. Construa o protótipo e teste para o desempenho fotométrico.

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Refletores parabólicos. A parábola é a abilidade de redirecionar um raio de luz que é
originado em seu ponto focal ao longo de um sentido paralelo ao eixo central da parábola.

Refletores elipsoidais. Pegam a luz de um determinado foco e a refletem através de


outro foco. Os refletores elipsoidais são meios eficientes para produzir feixes de
divergência controlada e para coletar a luz controlada por lentes ou por um sistema de
lentes.

Refletores esféricos. Qualquer luz que sai da fonte situada no foco retorna e passa
através do mesmo ponto. Aumenta a quantidade de luz coletada por uma lente.

Execução do projeto do refletor

Projeto do refletor por diagrama de fluxo. O procedimento começa determinando a


diferença entre o fluxo fornecido diretamente pela fonte e o fluxo requerido para dar a
distribuição da intensidade luminosa nominal. O refletor é gerado determinando-se a forma
necessária para refletir a luz da fonte e compor esta diferença.

Seguem abaixo as etapas:

1. O ponto da fonte é situado na origem. Ângulos descrevem as intensidades ou o fluxo.

2. Determina-se o tamanho do ângulo de abertura na parte traseira do refletor.

3. Determina-se a distribuição de intensidade luminosa disponível, I S (α) da fonte.

4. Determina-se a distribuição de intensidade luminosa nominal I´ (β) da luminária,


incluindo o ângulo de interrupção, Θ.

5. Calcula-se a distribuição do fluxo (da fonte) disponível da fonte, φs (α), usando as


intensidades luminosas da fonte e o ângulo sólido.

6. Calcula-se a distribuição nominal do fluxo.

7. Calcula-se o fluxo fornecido pela fonte após o redirecionamento feito pelo refletor.

Fonte: IES Handbook, 2000

Fig. 43 – (a) tangente local do refletor para o par de ângulos (α,β), (b) determinação das
coordenadas do refletor.

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Fonte: IES Handbook, 2000

Fig. 44 – quatro formas básicas de refletor para fontes pontuais .

Visão geral do projeto de refrator

O projeto do refrator da luminária é usado normalmente para produzir lentes prismáticas.


Os refratores podem ser projetados para esconder lâmpadas ou espalhar de outra maneira
o fluxo emitido sobre toda a extensão da lente prismática.

Modelando com o computador

Análise. A informática moderna produziu ferramentas fotométricas poderosas de análise


para avaliar os projetos ópticos propostos para as luminárias.

Síntese. As formas do refletor podem ser sintetizadas em determinadas situações.

Protótipos

Realizados para identificar problemas. O laser é acionado pelo computador e a tomografia


da resina podem produzir as formas do protótipo em resina curada, que então são
lustradas e revestidas para se fazer o refletor.

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CONSTRUÇÃO DAS LUMINÁRIAS

Materiais utilizados

Vidro

Material inorgânico, resultado da mistura de óxidos de sílica, boro, alumínio, chumbo,


sódio, magnésio, cálcio e potássio. As propriedades físicas dos vidros, tais como a cor, o
índice de reflexão, a expansão térmica, a dureza, a resistência à corrosão, a força dielétrica
e a elasticidade são obtidas de acordo com a composição, o calor e o revestimento de
superfície.

Carbonato de sódio. Tem alta resistência ao calor e pode ser aplicado em locais onde não
se necessita de estabilidade química.

Chumbo alcalino. Fáceis para dar forma, têm alta resistência elétrica e altos índices de
refração. A radiação UV é absorvida por este tipo de vidro.

Borossilicato. Tem elevada estabilidade química, elevada resistência a choques térmicos


e excelente resistividade elétrica. Pode ser usado em altas temperaturas, até 230°C.

Alumino-silicato. Tem elevada resistência a choques térmicos, boa estabilidade química,


alta resistividade elétrica, permitindo o uso moderado em altas temperaturas (até 400°C).

Noventa e seis porcento silica. Utilizada onde se requer altas temperaturas de uso, pois
suporta até 800ºC. Tem uma estabilidade química extremamente alta, boa transmissão de
radiação UV e IR e resistência a choques térmicos severos.

Sílica Vítrea. SiO2. Utilizada onde se requer altas temperaturas de uso e excelente
estabilidade química. Resiste a choques térmicos severos. Possui alta transmissão de UV
visível e radiação IR.

Funções. (1) controle da luz, (2) proteção, (3) segurança, (4) decoração.

Fonte: IES Handbook, 2000

Fig. 45 – Propriedades de vidros utilizados em luminárias

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Plásticos

São compostos orgânicos de alta densidade molecular. Podem ser classificados como
termoplásticos e termosensíveis. Alguns termoplásticos comercialmente importantes são:
ABS, acrílicos, acetatos, fluorocarbonos, nylons, polietilenos, policarbonatos,
polipropilenos, poliestirenos e vinis. No grupo de termosensíveis: epoxy, melaminas,
fenóis, poliésteres, ureas e silicones.

Podem ser processados em espuma expandida estrutural ou de baixa-absorção. Espumas


são componentes livres de stress, com características de isolamento ótimas, além de
serem leves.

Enchimentos e aditivos são adicionados freqüentemente aos plásticos: pó de alumínio,


asbesto, carbonato de cálcio, argila, fibras de algodão, fibras de vidro, grafita, nylon,
metais pulverizados e serragem de madeira. Os compostos básicos são obtidos de fontes
como: ar, água, gás natural, petróleo, carvão, sal, biomassa e fibra de madeira.

Se as superfícies plásticas necessitarem de proteção contra a radiação UV, uma película


UV-resistente pode ser laminada nos revestimentos de superfície. Os revestimentos UV-
resistentes podem também ser aplicados nas superfícies interiores e exteriores de
materiais plásticos transparentes para retardar a descoloração. Plásticos ópticos
transparentes podem ter o estabilizador UV introduzido na resina base do material para
uma máxima resistência aos raios UV.

Fonte: IES Handbook, 2000

Fig. 46 – Propriedades de resinas utilizadas em luminárias

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Fonte: IES Handbook, 2000
Fig. 47 – Propriedades de plásticos utilizados em luminárias

Aço

O aço é utilizado primeiramente para compor a parte estrutural da luminária. A folha de


aço deve ser processada adicionando chapeamentos ou revestimentos, aplicados antes que
se possa servir como um meio de controle de luz.

A folha de aço usada em equipamentos de iluminação é de três tipos básicos: chapa


prensada a quente, chapa prensada a frio e chapa esmaltada em verniz a fogo. A chapa
quente não é usada normalmente onde se deseja uma aparência lisa. A chapa prensada a
frio é muito utilizada por causa de sua superfície lisa.

Os tipos de revestimentos do aço incluem: galvanização, pré-pintura, folhas prensadas e


revestimento plástico.

Alumínio

O alumínio é um metal não ferroso, resistente a corrosão, de pouco peso, não magnético e
que tem uma boa condutividade térmica e elétrica. Resiste a corrosão pelo ar ou pela água
por causa da formação de um cobrimento invisível do óxido de alumínio.

Utilização na iluminação. É utilizado para partes estruturais, tais como tubos ou postes,
para carcaças, canaletas, peças mecânicas e guarnições; e para superfícies de controle de
luz, tais como refletores, grelhas e superfícies decorativas. O alumínio também pode ser
usado como uma superfície de reflexão quando vaporizado por cima de superfícies de vidro
e plástico, e como uma pintura, quando o pó fino se encontra suspenso em um veículo
líquido apropriado.

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Fonte: IES Handbook, 2000
Fig. 48 – Propriedades reflexivas típicas do alumínio

Tipos de alumínio. É utilizado em seu estado próximo-puro ou em ligas. O silicone, o


ferro, o cobre, o manganês, o magnésio, o cromo, o níquel e o zinco são os elementos mais
comuns usados. As ligas de alumínio podem ser moldadas, extrudadas ou enroladas em
folhas.

Revestimentos. Pode ser gravado, lustrado, escovado, chapeado, anodizado, em


revestimentos a vácuo, em revestimentos anodizados, clareado, revestir plásticos com ou
sem vaporização, em revestimentos com as lacas, no acabamento com esmalte cozido ou
porcelana. Varia de difuso a altamente especular.

Processo. Anodização é um processo eletroquímico usado para formar uma superfície


protetora de óxido de alumínio.

No processo de anodização as superfícies coloridas podem ser obtidas depositando-se


tinturas ou pigmentos dentro dos poros abertos do óxido de alumínio imediatamente antes
da selagem final da superfície.

Fonte: IES Handbook, 2000


Fig. 48 – Propriedades físicas típicas do alumínio

Outros metais

Aço inoxidável. Inclui ligas de ferro-base que contêm cromo suficiente para torná-lo
resistente à corrosão.

Os aços inoxidáveis são extremamente usados nas luminárias externas ou para outras
atmosferas corrosivas. Algumas aplicações são: carcaças, molas, travas, cintas de
montangem, dobradiças, encaixes, prendedores e parafusos do suporte da lâmpada.

Cobre. Usado em condutores. É dútil, maleável, flexível e razoalvente forte.

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Ligas Não-Ferrosas. Ligas de cobre e latão, cobre e bronze e cobre e zinco. Ligas de
cobre e latão são utilizadas em aplicações navais onde a resistência a corrosão salina é
muito importante.

Fibra óptica

Polimetacrilato (PPMA) e vários produtos de copolímeros compõem a fibra óptica plástica.


A fibra óptica plástica (POF) é sensível aos comprimentos de onda ultravioletas, à alta
temperatura e à densidade do poder radiante da luz incidente em suas extremidades.
Como a maioria dos plásticos ela derrete ou queima. POF tem uma capacidade luminosa
máxima de 30 lm/mm2.

Fibra de vidro

As fibras ópticas de vidro têm tipicamente o diâmetro μm 50 a 150. As pequenas fibras


individuais são agrupadas juntas nos feixes (GFB – Glass Fiber Bundle) de vários
diâmetros. GFB é útil onde existem fortes exigências ambientais. A fibra de vidro é
impenetrável pelo espectro ultravioleta.

Acabamentos utilizados nas luminárias

Existem tratamentos especiais, tais como tratamentos de retardamento da chama e de


estabilização da cor. Os três tipos básicos de acabamentos são revestimentos, laminações
e acabamentos de conversão química. Os revestimentos podem ser divididos em quatro
classes gerais: orgânico, cerâmico, metálico e outros.

Fonte: IES Handbook, 2000

Fig. 49 – Propriedades dos acabamentos utilizados em luminárias

Revestimentos

Revestimentos orgânicos. As lacas são de tons claros, transparentes ou opacas e curam


rapidamente na temperatura do ambiente. São usadas para proteção, decoração ou
reflexão. A cura se dá pela oxidação ou polimerização.

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Revestimentos cerâmicos. Os revestimentos cerâmicos, incluindo os esmaltes da
porcelana, são queimados sobre o vidro e os metais. Isso permite que os metais possuam
uma resistência elevada à corrosão, boa reflectância e uma fácil manutenção; no vidro,
ocasiona a redução do brilho e o aumento da difusão.

Revestimentos metálicos. Depósito eletroquímico, chamado geralmente eletrodeposição.


O zinco, o cádmio ou o níquel são usados para fornecer a proteção. Os revestimentos de
bronze e de prata são normalmente decorativos.

Metalizados a vácuo, geralmente por meio de alumínio vaporizado, sobre superfícies de


plástico, vidro ou metais.

Laminado. Esse acabamento é criado ligando uma fina camada sobre a superfície do
material de base.

Acabamentos de conversão química. Anodização.

Visão Geral sobre os métodos de Fabricação

Metais

 Repuxo
 Estampagem
 Hidroestampagem
 Fundição

Plásticos

 Molde de injeção
 Molde de compressão
 Molde de sopro
 Extrusão
 Estampagem térmica
 Pulverização
 A máquina
 Molde rotatório
 Estampagem a frio
 Soldagem ultrasônica
 Co-extrusão
 Molde de duas cores
 Molde de transferência

Vidros

 Pressão
 Fusão
 Rolando
 Extrusão
 Fundição por centrífuga

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