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Disciplina:

Projeto de Paisagismo

NOME DO PROFESSOR
ALEXANDER HULSMEYER

Módulo 4: Vegetação no projeto


(140 slides) 1
2

VEGETAÇÃO NO PAISAGISMO

As plantas possuem atributos inerentes, como o tijolo, a madeira, o concreto, e


outros materiais de construção, mas suas qualidades são infinitamente mais
complexas. Para usar plantas de forma inteligente deve-se conhecer de cada
planta sua forma, altura e maturidade, taxa de crescimento, rusticidade,
necessidades de solo, (...) cor, textura e época de floração. (Filosofia de Ekbo,
Kiley e Rose,1939).
ATRIBUTOS TEMPORAIS

 Velocidade de crescimento: vida, morte e substituição natural.


 Perenidade das folhas: mudanças no aspecto da paisagem, alteração
no grau de sombreamento. Sombra no verão, sol no inverno.
 Época de floração e frutificação: flores e frutos aparecem
alternadamente
ADAPTABILIDADE

Refere-se às condições necessárias para a sobrevivência e desenvolvimento pleno das


espécies escolhidas.

 Clima: temperaturas adequadas, pluviosidade e umidade.


Exemplos: Tropical, subtropical, temperado...

 Proximidade com o mar (maresia, salinidade, acidez no solo), serras (ocorrência de


geadas), áreas secas ( ocorrência de grandes períodos de estiagem)...

 Tipo de solo: argiloso, arenoso, encharcado.

 E também o PH do solo: alcalino, ácido ou neutro.


EXIGÊNCIAS DE LUMINOSIDADE

SOL PLENO: Mais de 4 horas diárias de iluminação solar direta.


Luminosidade acima de 10.000 lux.

MEIA SOMBRA: Variação de iluminação solar direta por poucas


horas na parte da manhã e mais algumas poucas horas na parte da
tarde.
Luminosidade varia de 2.500 a 10.000 lux.

SOMBRA: Iluminação indireta. Luminosidade entre 500 a 5.000 lux.


ATRIBUTOS FORMAIS

“Na criação de meus jardins, a planta toma um


valor puramente plástico, pela cor, textura, forma e
volume.” Burle Marx
ATRIBUTOS FORMAIS: PORTE
 O elemento principal da vegetação na criação de espaços é o seu volume, o
formato de sua massa.
 Há três tipos principais de estratos vegetais em relação ao seu porte:
ARBÓREO; ARBUSTIVO E FORRAÇÃO.

ARBÓREO

ARBUSTIVO

FORRAÇÃO
ATRIBUTOS FORMAIS
Relacionados às características morfológicas das
plantas.
 Hábito de crescimento.
ATRIBUTOS FORMAIS
 Cor: das folhas, dos frutos, das flores, dos caules, até do tronco.

Exemplos de plantas
com folhas
VARIEGADAS

Dianella tazmanica
Ophiopogon jaburan Chlorophytum Formação de maciços sob sol
Ofiopogo-variegato, comosum pleno ou sob meia sombra. Sua
liriopsis Clorofito folhagem acrescenta incrível
Herbácea, exótica, de Herbácea, exótica, textura e contraste, clareando os
20 à 40 cm. Usada de 15 à 30 cm, lugares mais escuros do jardim.
como forração ou em usada em meia- Pode ser utilizada isolada, em
sombra ou a pleno grandes maciços, como forração
bordaduras, a pleno sol.
e até mesmo em plantios mistos
sol.
com flores e outras folhagens.
ATRIBUTOS FORMAIS
ATRIBUTOS FORMAIS
ATRIBUTOS FORMAIS
ATRIBUTOS FORMAIS
CONFIGURAÇÃO ESPACIAL
 Na escala dos projetos paisagísticos a vegetação assume importante papel de configuração
dos espaços e subespaços.
 A vegetação pode estar relacionada ao plano de cobertura (teto); plano vertical e plano
horizontal.(piso).

Recomendações de leitura: ABBUD, Benedito. Criando paisagens: guia de trabalho em arquitetura paisagística São Paulo: SENAC, 2009.
ABSTRAÇÃO DA FORMA VEGETAL

Arbustos baixos com flores


Arbustos altos verdes
Arbustos médios
ABSTRAÇÃO DA FORMA VEGETAL

Sugestão de leitura: ARNHEIM, Rudolf. Arte e percepção visual: uma psicologia da visão criadora. Cengage do Brasil, São Paulo: 2016.
CONFIGURAÇÃO ESPACIAL
Grupos ou maciços: mesmo que cada elemento do conjunto tenha características formais individuais
marcantes, o que deve predominar é a característica formada pelo conjunto.
CONFIGURAÇÃO ESPACIAL
CONFIGURAÇÃO ESPACIAL
CONFIGURAÇÃO ESPACIAL
CONFIGURAÇÃO ESPACIAL
CONFIGURAÇÃO ESPACIAL
CONFIGURAÇÃO ESPACIAL
SIMILARIDADE (REPETIÇÃO)
CONFIGURAÇÃO ESPACIAL
CONFIGURAÇÃO ESPACIAL
CONFIGURAÇÃO ESPACIAL
CONFIGURAÇÃO ESPACIAL: agrupamento
GESTALT - Toda organização espacial
como compreendida pelos indivíduos está
baseada em princípios fundamentais,
como por exemplo:

Não! Plantas muito separadas Sim! Plantas agrupadas


em maciços.

Plantas semelhantes são Plantas semelhantes são


separadas dentro do maciço... agrupadas dentro dos maciço...
Menos ordem. mais ordem.
CATEGORIAS TAXONÔMICAS E NOMENCLATURA BOTÂNICA

 Para o Paisagismo, interessam as categorias Família, Gênero e


Espécie.
 Sua proximidade evolutiva pode significar possibilidades de
associações por terem características e necessidades
semelhantes.
 Exemplo: Família Araceae - folhagens de sombra muito utilizadas por
Roberto Burle Marx em diversas associações.

Dieffenbachia amoena Aglaonema crispum Philodendron martianum


ESPÉCIES DO GÊNERO PHILODENDRON, FAMÍLIA ARACEAE
ESPÉCIES DO GÊNERO DRACAENA
CATEGORIAS TAXONÔMICAS E NOMENCLATURA BOTÂNICA

 As espécies de plantas podem ser identificadas por sua nomenclatura


popular ou por sua nomenclatura botânica (Nome científico).
 O nome científico é formado por duas palavras latinizadas que definem a
espécie.
Nome do Gênero + epíteto específico = nome da espécie

Exemplo 1: Alocasia cucullata

Exemplo 2: Clusia fluminesis Planch. & Triana


(não há necessidade de incluir a terminologia que inclui os nomes dos autores
ou datas)
CATEGORIAS TAXONÔMICAS E NOMENCLATURA BOTÂNICA

CULTIVARES, VARIEDADE E SUBESPÉCIE


 São plantas diferentes das espécies originais, e que surgem através da
seleção das plantas de ocorrência natural ou fruto de pesquisa científica.
Por exemplo,
Ixora coccinea - Ixora coccinea ‘compacta’
Euphorbia milii - Euphorbia milii var. breonii
Quercus ilex subsp. Rotundifolia
Petunia violacea - Petunia x hybrida.
BILIOGRAFIA DE CONSULTA

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SITES DE CONSULTAS DE PLANTAS

FORNECEDORES:

UNIVERSIDADES E CURSOS APLICATIVOS:

JARDIM FÁCIL
PORTE ARBÓREO

 Pode ser dividido ainda


em pequeno, médio e
grande.
 Há grandes variações
morfológicas também
em relação ao formato
das copas.
PORTE ARBÓREO
EXEMPLOS DE ÁRVORES

Callistemon viminalis – Escova de garrafa: de 5,0 – 8,0


metros de altura.
É nas inflorescências que reside o encanto desta árvore, elas
tem um formato cilíndrico com numerosos estames,
semelhantes às escovas utilizadas para lavar garrafas. Muito
atrativas para os beija-flores, as flores(Barra,
surgem 2009)
durante todo o
ano e abundantes na primavera.
EXEMPLOS DE ÁRVORES

Plumeria rubra – Jasmim manga: de 4,0 – 8,0 metros de altura.


É nas inflorescências que reside o encanto desta árvore, elas tem um formato
cilíndrico com numerosos estames, semelhantes às escovas utilizadas para
lavar garrafas. Muito atrativas para os beija-flores, as flores surgem durante
todo o ano e abundantes na primavera.
EXEMPLOS DE ÁRVORES

Grevillea banksii – Grevílea de jardim: de 4,0 – 6,0 metros de altura.


Arbusto ou arvoreta de aspecto exótico e florescimento muito ornamental. Inflorescências
chamativas, compostas de muitas flores vermelhas, sem pétalas. Ocorre ainda uma
variedade de flores brancas. A Grevílea floresce o ano todo atraindo (Barra, 2009)
muitos beija-flores.
PALMEIRAS (Família Arecaceae)

ESTIPES OU TRONCOS PORTE:

Tronco ou Estipes
estipe único múltiplos
PALMEIRAS (Família Arecaceae)

FORMAS DA FOLHA

PINADA PALMADA
EXEMPLOS DE PALMEIRAS Altura: 5.0 a 6.0 metros
Nome Científico: Neodypsis decaryi
Nomes Populares: Palmeira
triangular
Família: Arecaceae
Categoria: Palmeiras com estipe
único, folhas pinadas.
Clima: Equatorial, Mediterrâneo,
Oceânico, Subtropical, Tropical
Origem: África
Luminosidade: Sol Pleno

PINADA
EXEMPLOS DE PALMEIRAS
Nome Científico: Dypsis lutescens
Nomes Populares: Palmeira areca
Família: Arecaceae
Categoria: Palmeiras com vários
estipes, folhas pinadas.
Clima: Equatorial, Mediterrâneo,
Oceânico, Subtropical, Tropical
Origem: África
Luminosidade: Meia sombra, Sol
Pleno

PINADA
EXEMPLOS DE PALMEIRAS Altura: 5.0 a 6.0 metros
Nome Científico: Butia capitata
Nomes Populares: Butiá
Família: Arecaceae
Categoria: Palmeiras
Clima: Equatorial, Mediterrâneo,
Subtropical, Tropical
Origem: América do sul
Luminosidade: Meia
Sombra, Sol Pleno
EXEMPLOS DE PALMEIRAS Altura: 6.0 a 9.0 metros
Nome Científico: Wodyetia bifurcata
Nomes Populares: Palmeira-rabo-de-raposa, Rabo-de-
raposa
Família: Arecaceae
Categoria: Palmeiras com estipe único, folhas penadas.
Clima: Equatorial, Mediterrâneo,
Oceânico, Subtropical, Tropical
Origem: Austrália
Luminosidade: Sol Pleno

PINADA
EXEMPLOS DE PALMEIRAS Altura: 6.0 a 10.0 metros
Nome Científico: Cyrtostachys renda
Nomes Populares: Palmeira-laca
Família: Arecaceae
Categoria: Palmeiras
Clima: Tropical e Subtropical
Origem: Ásia e Oceânia
Luminosidade: Meia Sombra, Sol Pleno

PINADA
EXEMPLOS DE PALMEIRAS Altura: 10.0 a 15.0 metros
Nome Científico: Bismarckia nobilis
Nomes Populares: Palmeira-azul, Palmeira-
bismarckia
Família: Arecaceae
Categoria: Palmeiras
Clima: Equatorial, Mediterrâneo,
Subtropical, Tropical
Origem: Madagascar
Luminosidade: Meia Sombra, Sol Pleno

PALMADA
EXEMPLOS DE PALMEIRAS Altura: 10.0 a 15.0 metros
Nome Científico: Livistona chinensis
Nome comum: Palmeira leque
Categoria: Palmeiras com estipe único,
folhas palmadas.
Luminosidade: Sol Pleno
Família: Arecaceae.
Diâmetro: 4 m.
Ambiente: Pleno Sol, Meia-sombra.
Clima: Subtropical, Temperado, Tropical,
Tropical de altitude, Tropical úmido.
Origem: China, Japão.

PALMADA
EXEMPLOS DE PALMEIRAS Altura: acima de 40.0 metros
Nome
Científico: Roystonea
oleracea
Nomes
Populares: Palmeira
Imperial Família: Arecaceae
Categoria: Palmeiras com
estipe único, folhas
penadas.
Clima: Equatorial, Subtropic
al, Tropical
Origem: Antilhas /
Venezuela / Colômbia
Luminosidade: Sol Pleno

PINADA
EXEMPLOS DE PALMEIRAS

PALMADA

Mauritia flexuosa ou Buriti


PORTE ARBUSTIVO
 Os arbustos tem importante papel enquanto massas vegetais, atuando
como barreiras, esculturas, ou arredondando encontros de planos
como piso e muro.
 Seu efeito pode ser potencializado pela presença de flores que atraiam
pássaros, pelo sua forma escultórica, ou pelo seu conjunto.
 Pode ser dividido ainda em alto, baixo e escandente.
 Há grandes variações morfológicas também em relação ao formato.
CARACTERÍSTICAS PLÁSTICAS DOS ARBUSTOS

 Selecionar as plantas inicialmente por suas características morfológicas pode


facilitar o seu trabalho com a composição (ABSTRAÇÃO)
Formas de arbustos:
1. Roseta

2. Folhagens tropicais

3. Arboriforme

4. Arbustiforme

5. Eretas

6. Entouceirada
CARACTERÍSTICAS PLÁSTICAS DOS ARBUSTOS
1 - ROSETA: seu aspecto é um aglomerado mais ou menos circular de folhas
que irradiam de um ponto de crescimento central.
Exemplos de famílias: Agavaceae, Bromeliacea,
EXEMPLO DE ARBUSTO COMPLICADO!
Nome Científico: Cycas revoluta A Cycas revoluta é uma planta dioica, isto é, cada
Nomes Populares: Cicas indivíduo só tem órgãos masculinos ou femininos.
Família: Cicadaceae Arbusto semi-lenhoso, com tronco grosso, podendo
ramificar várias vezes, produzindo assim múltiplas
cabeças.
Porte: 1,50 a 2,50 metros de altura, excepcionalmente
alcança até 7 metros aos 80 anos de vida.
Luminosidade: sol pleno, meia-sombra.
CARACTERÍSTICAS PLÁSTICAS DOS ARBUSTOS
2 - FOLHAGENS TROPICAIS - plantas com formatos irregulares, livres e folhas grandes que parecem
bananeiras, palmeiras, que não se adaptam a podas de conformação.
Exemplos de famílias: Zingiberaceae, Musaceae, Strelitziaceae, Heliconiaceae, Marantaceae,
Cannaceae.
EXEMPLOS DE ARBUSTOS

Nome Científico: Alpinia purpurata


Nomes Populares: Gengibre vermelho
Arbusto tropical com porte de até 2 m.
Pode ser cultivada tanto a meia-sombra
quanto a pleno sol, desde que o canteiro seja
mantido úmido, com regas a intervalos
regulares.
Espaçamento: 50 x 50 cm.
EXEMPLOS DE ARBUSTOS

Nome Científico: Heliconia psittacorum


Nomes Populares: Helicônia-papagaio
Planta arbustiva nativa de até 1,5 m adequada para jardins
tropicais, onde pode ser utilizada em renques junto a muros ou em
maciços e conjuntos.
CARACTERÍSTICAS PLÁSTICAS DOS ARBUSTOS
FOLHAGENS – forma arredondada, folhagem com padrões de desenhos ou recortes. Em geral, plantas
para sombra e meia sombra.
Exemplos: Araceae.
.
CARACTERÍSTICAS PLÁSTICAS DOS ARBUSTOS
3 - ARBORIFORME: forma de árvore, com um único tronco ereto coroado de ramos e folhas no ápice.
Exemplos de famílias: Ruscaceae
CARACTERÍSTICAS PLÁSTICAS DOS ARBUSTOS
4 - ARBUSTIFORME: não apresentam um tronco único, mas ramificam-se desde a base, o que as
torna tão largas quanto altas, arredondadas. Normalmente aceitam poda. Podem ser utilizadas como
cercas vivas.
Exemplos de famílias: Acanthaceae, Euphorbiaceae, Rubiaceae, Myrtacea.
CARACTERÍSTICAS PLÁSTICAS DOS ARBUSTOS
5- ERETAS: possuem o desenvolvimento mais no sentido vertical que horizontal. Podem ter folhas em
toda a extensão do caule, ter um único caule ou vários, ou ainda não ter nenhum.
Exemplos de famílias: Ruscaceae, Orchidaceae.
CARACTERÍSTICAS PLÁSTICAS DOS ARBUSTOS
6- ENTOUCEIRADOS: arbusto acaules, com as folhas saindo desde a base. Apesar de parecerem
eretas, são mais arqueadas.
Exemplos: Família Poaceae; Dietes bicolor.
EXEMPLOS DE ARBUSTOS
Nome Científico: Pennisetum setaceum
Nomes Populares: Capim-do-texas
Família: Poaceae
Herbácea perene, de 60 cm a 120 cm de
altura. Cultivada a pleno sol.
Espaçamento: 30 x 30 cm.
EXEMPLOS DE ARBUSTOS
Nome Científico: Dianella tasmanica
Nomes Populares: Dianela
Família: Xanthorrhoeaceae
Herbácea perene, de 60 cm a 80 cm de
altura. Cultivada meia sombra ou a pleno
sol. Espaçamento: 30 x 30 cm.
PORTE: FORRAÇÕES
 São plantas de porte baixo 0,0 a 50 cm.
 São percebidas mais como superfície do que como
volume.

As forrações podem ser divididas em:


 Resistentes ao pisoteio ou não;
 Anuais ou perenes;
 Herbáceas, reptantes, pendentes, entouceiradas,
suculentas, etc..
 Plantas de sombra, meia sombra e sol pleno.
CARACTERÍSTICAS PLÁSTICAS DAS FORRAÇÕES
 Selecionar as plantas inicialmente por suas características morfológicas pode
facilitar o seu trabalho com a composição (ABSTRAÇÃO)
Formas de forrações:
1. Gramados

2. Rosetas

3. Entouceiradas

4. Reptantes

5. Pendentes

6. Suculentas
CARACTERÍSTICAS PLÁSTICAS DAS FORRAÇÕES
1 - GRAMADOS - Apenas as gramíneas (Família Poaceae) são resistentes ao pisoteio e à poda
constantes. São os conhecidos gramados. Sempre de pleno sol.
EXEMPLOS DE FORRAÇÕES
 Exemplo: Zoysia japonica - Grama esmeralda
Grama de 15 a 20cm de altura, fina e verde-claro, de facil adaptação, plantio (enraizamento abundante)
e manutenção. Devido a sua densidade, forma um tapete verde muito uniforme e ornamental .

 OBS: Quantidade de grama no orçamento é sempre em m²!


CARACTERÍSTICAS PLÁSTICAS DAS FORRAÇÕES
2 - ROSETA: seu aspecto é um aglomerado mais ou menos circular de folhas que irradiam de um ponto
de crescimento central.
Exemplos de famílias: Aechmea blanchetiana, Tradescantia spathacea.
CARACTERÍSTICAS PLÁSTICAS DAS FORRAÇÕES
3 - ENTOUCEIRADA: formam pequenas “touceiras” com as folhas saindo desde a base, eretas e
arqueadas.
Exemplos: Chlorophytum comosum e a Ophiopogum jaburan.
EXEMPLOS DE FORRAÇÕES
Nome Científico: Bulbine frutescens
Nomes Populares: Bulbine
Família: Asphodelaceae
Exótica, Meia Sombra ou Sol Pleno
É versátil e pode se encaixar em diversos estilos
de jardins, mas principalmente em jardins tropicais
ou de pedras, com outras plantas suculentas.
Muito rústica, exige pouca manutenção.
Espaçamento: 20 x 20 cm.
EXEMPLOS DE FORRAÇÕES
Nome Científico:
Tulbaghia violacea
Nomes Populares: Alho
social
Família: Amaryllidaceae

Herbácea perene, de 40
a 60 cm de altura, de
florescimento vistoso
originária da África do
Sul. Folhas lineares,
longas, apresentando
aroma de alho.
Cultivadas em vasos,
bordaduras ou em
conjuntos, em terra
fértil, permeável, a
pleno sol.
Espaçamento: 20 x 20
cm.
EXEMPLOS DE FORRAÇÕES
 Algumas forrações possuem função parecida com a dos gramados, mas são verdadeiramente
“gramas” e não resistem ao pisoteio.
Nome Científico: Ophiopogon
japonicus
Nomes Populares: Grama preta
Família: Liliaceae
Exótica
Luminosidade: Meia Sombra, Sol
Pleno
Ciclo de Vida: Perene
Espaçamento: 20 x 20 cm.
CARACTERÍSTICAS PLÁSTICAS DAS FORRAÇÕES
4 - REPTANTES (ou rastejantes) : crescem normalmente em qualquer direção rente ao solo,
alastrando-se rapidamente. Possuem caule flexível que não consegue se elevar por si só.
Exemplos: Tradescantia zebrina, Tradescantia pallida, Callisia repens.
EXEMPLOS DE FORRAÇÕES

Nome Científico: Arachis repens


Nomes Populares: Grama-amendoim
Família: Fabaceae
Nativa do Brasil
Luminosidade: Meia Sombra, Sol Pleno
Ciclo de Vida: Perene
Espaçamento: 25 x 25 cm.
EXEMPLOS DE FORRAÇÕES

SINGÔNIO - Syngonium
angustatum
Família: Araceae
Herbácea reptante, exótica.
Ambiente: Sombra e Meia-
sombra.
EXEMPLOS DE FORRAÇÕES

Hera - Hedera canariensis


variegata
Família: Araliaceae
Ambiente: Meia-sombra ou
sombra.
Bastante utilizada como planta
pendente em cestas suspensas e
jardineiras, também é adequada
como forração em lugares que não
sofram pisoteio.
CARACTERÍSTICAS PLÁSTICAS DAS FORRAÇÕES
5 – PENDENTES: são forrações semelhantes às reptantes, mas que se diferenciam por não crescerem
indeterminadamente. Apresentam um volume arqueado, arredondado, QUE PODE ultrapassar os
limites do canteiro, floreira, jardineira ou jardins verticais.
Exemplos de famílias: Verbenaceae, Acanthaceae, Lythraceae, Urticaceae.
EXEMPLOS DE FORRAÇÕES

Nome Científico: Lantana montevidensis


Nomes Populares: Mini lantana
Família: Verbenaceae
Origem: nativa brasileira da região sul.
EXEMPLOS DE FORRAÇÕES

AZULZINHA - Evolvulus glomeratus


Família: Convolvulaceae
Herbácea reptante, nativa, de 15 a 30
cm.
Ambiente: Sol pleno
EXEMPLOS DE FORRAÇÕES

ASPARGOS ALFINETE
Asparagus densiflorus Sprengeri.
Família: Asparagaceae
Ambiente: Meia-sombra ou sol.
ESTRATO DE FORRAÇÕES: ÓTIMA PARA JARDIM VERTICAL!!!

VÉU DE NOIVA - Gibasis schiedeana


Família: Commelinaceae
Ambiente: Meia-sombra ou sombra.
Bastante utilizada como planta pendente em
cestas suspensas e jardineiras, também é
adequada como forração em lugares que
não sofram pisoteio.
CARACTERÍSTICAS PLÁSTICAS DAS FORRAÇÕES
6 - SUCULENTAS: são forrações que possuem reserva de
água nas folhas.
Exemplos de família: Crassulaceae, Cactaceae...
MATERIAIS PARA FORRAÇÃO DO SOLO (PERMEÁVEIS)
Outros materiais podem ser utilizados como forração, enriquecendo a composição do jardim (pedras,
pedriscos, cascas de árvores, serragem, folhas secas).

Sempre associados à manta geotêxtil


MATERIAIS PARA FORRAÇÃO DO SOLO (PERMEÁVEIS)
Outros materiais podem ser utilizados como forração, enriquecendo a composição do jardim (pedras,
pedriscos, cascas de árvores, serragem, folhas secas).

Sempre associados à manta geotêxtil


MATERIAIS PARA FORRAÇÃO DO SOLO - ARENITOS

Fonte: http://www.seixospedranobre.com.br/?link=buscaDeProdutos&subCategoriaId=38
MATERIAIS PARA FORRAÇÃO DO SOLO - ARENITOS

Fonte: http://www.seixospedranobre.com.br/?link=buscaDeProdutos&subCategoriaId=38
MATERIAIS PARA FORRAÇÃO DO SOLO - SEIXOS

Fonte: http://www.seixospedranobre.com.br/?link=buscaDeProdutos&subCategoriaId=38
MATERIAIS PARA FORRAÇÃO DO SOLO (BRITAS)

Fonte: http://www.seixospedranobre.com.br/?link=buscaDeProdutos&subCategoriaId=38
MATERIAIS PARA FORRAÇÃO DO SOLO (DOLOMITAS)

Fonte: http://www.seixospedranobre.com.br/?link=buscaDeProdutos&subCategoriaId=38
CÁLCULO DO VOLUME DO MATERIAL DE REVESTIMENTO

 Dependendo da granulometria do material,


pode-se adotar uma camada média de 5,0
cm para perfeito recobrimento do solo.
Multiplica-se esta espessura em metros pela
área a ser coberta encontra-se o volume em
litros a ser utilizado.

Exemplo:
Um canteiro de 10 m² será coberto com seixo.
Adotando-se uma espessura de 0,05 m (5cm),
tem-se um volume de 0,5 m³, que equivale a
500 litros ou 25 sacos de 20 litros.
APLICAÇÃO DE PEDRISCO

Camada Manta Pedrisco Borda


de pedra Geotêxtl 5 cm
Compacta
da 5 cm
APLICAÇÃO DE PEDRISCO
APLICAÇÃO DE PEDRISCO
PISO DRENANTE EXEMPLO:

Sobre o Solo

As placas drenantes com mais de 6 cm de espessura devem ser


aplicadas sobre o solo, dispensando o uso de contrapiso.

Sobre o contrapiso

As placas drenantes com até 4,5 cm de espessura (Slim) podem


ser aplicadas sobre contrapiso, retirando a água da superfície do
piso e direcionando-a para outro local com auxílio de um sistema
de drenagem.

Modo Elevado

As placas drenantes podem ser aplicadas em modo elevado,


ou seja, sobre pedestais que suportam as placas criando,
assim, um vão abaixo dos pisos destinado à captação e
retenção de águas pluviais.
ESPAÇAMENTOS DE FORRAÇÕES
 O espaçamento pode variar de 20 x 20 cm, 25 x 25 cm e 33 x 33 cm, de acordo
com o tamanho da muda, tipo de crescimento previsto, disponibilidade de
recursos, tempo de fechamento do canteiro.
 Sempre que possível, plantar as mudas intercalando-as em zig-zag para um
melhor fechamento.

Exemplos:
 Mudas pequenas e de crescimento lento como a grama preta (Ophiopogum
japonicus) podem ter o espaçamento de 10 x 10 cm, o que necessitará de 100
mudas por m².
 Mudas de forrações reptantes podem ser plantadas mais espaçadas pois
possuem alastramento rápido, utilizando-se 25 x 25 cm e 16 mudas por m².
 Os espaçamentos mais utilizados são os de 20 x 20 cm ou 25 mudas /m² e 25 x
25 cm ou 16 mudas/m².

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TREPADEIRAS OU LIANAS
 São plantas que precisam de um apoio ou alguma condução para desenvolver seu crescimento, por
não possuírem um tronco resistente a ponto de suportá-las.
 Até que se fixem ao apoio tem crescimento mais lento.
 Muitas podem ser conduzidas para tomar formas desejadas.
 Sua maleabilidade possibilita usá-las como cobertura, cercas, e contenções.
TREPADEIRA CIPÓ

Nome Científico: Thumbergia mysorensis


Nomes Populares: Sapatinho-de-judia
Trepadeira, vigorosa, muito apropriada para cobrir pérgolas, pórticos e
caramanchões, de forma que as inflorescências pendentes fiquem
evidenciadas. Atrai beija-flores.
TREPADEIRA SARMENTOSA
Nome Científico: Parthenocissus tricuspidata
Nomes Populares: Hera-japonesa, Falsa-vinha, Hera-de-
boston, Vinha-virgem
Família: Vitaceae
Clima: Equatorial, Oceânico, Subtropical, Temperado
Origem: Ásia
Luminosidade: Meia Sombra, Sol Pleno

No jardim ela é indicada para recobrir muros, paredes, troncos


de árvores, cercas, entre outros suportes em que possa fixar
suas gavinhas. Por recobrir e sombrear paredes ela se torna
uma alternativa econômica para suavizar e refrescar as casas,
prédios e muros nos verão. Ao contrário da unha-de-gato (Ficus
pumila), a hera-japonesa não necessita podas freqüentes para
conter seu crescimento.
TREPADEIRA VOLÚVEL
Nome Científico: Mandevilla splendens
Nomes Populares: Displadênia
Família: Apocynaceae
Clima: Equatorial, Oceânico, Subtropical, Tropical
Origem: América Central e do Sul
Luminosidade: Meia Sombra, Sol Pleno

Floresce na primavera e verão, mas em regiões de clima quente


ocorrem o ano todo. Usada em caramanchões, pérgolas, grades,
treliças, arcos, cercas, colunas, vasos e jardineiras.
TREPADEIRA CIPÓ

Nome Científico: Strongylodon macrobotrys


Nomes Populares: Jade
Trepadeira, vigorosa, muito apropriada para cobrir pérgolas, pórticos e
caramanchões, de forma que as inflorescências pendentes fiquem
evidenciadas. Atrai beija-flores.
TREPADEIRA CIPÓ

Nome Científico: Tumbergia grandiflora


Nomes Populares: Tumbérgia
A tumbérgia-azul é uma trepadeira muito rústica e ornamental. Ela
apresenta flores grandes de coloração azul com o centro branco, que
aparecem o ano todo, mas com mais intensidade na primavera e no
verão. Ocorre ainda uma variedade de flores brancas.
ARBUSTO ESCANDENTE
Nome Científico: Clerodendron splendens
Nomes Populares: Clerodendro-vermelho,
Esta trepadeira têm crescimento lento a moderado e necessita de tutoramento e amarrios. Ela é adequada a
diferentes tipos de suporte, como pérgolas, caramanchões, treliças e pórticos. O clerodendro-vermelho é uma
espécie muito rústica, e que dispensa maiores manutenções. Prefere meia-sombra. Atrai beija-flores.
ARBUSTO ESCANDENTE
Nome Científico: Abutilon megapotamicum Nomes Populares: Lanterninha japosesa
Sua utilização é ampla, podendo ser plantado isolado ou em grupos, maciços ou renques. Adapta-se ao plantio
em vasos, e principalmente em cestas suspensas evidenciando as flores pendentes. Também pode ser
conduzido como trepadeira, através de amarrios, sobre suportes adequados, como treliças e cercas. Suas flores
produzem néctar e são atrativas para beija-flores, abelhas e borboletas.
ARBUSTO ESCANDENTE
Nome Científico: Holmskioldia sanguinea
Nomes Populares: Chapéu-chinês-amarelo, Chapéu-chinês-vernelho, Chapéu-de-mandarim.
O chapéu-chinês é uma planta arbustiva, de textura semi-lenhosa de florescimento muito ornamental e
peculiar. Devido aos ramos longos, pode ser conduzido como trepadeira sobre treliças e outros suportes, desde
que adequadamente tutorada e amarrada. Suas flores são muito atrativas para beija-flores.
LINHAS DE CHAMADA E LEGENDA NUMÉRICA

Exemplo de Projeto de
Plantio e legenda
LINHAS DE CHAMADA E LEGENDA NUMÉRICA

LINHAS DE
CHAMADA E
LEGENDA COM
CÓDIGO DE
LETRAS

Exemplo de Projeto de
Plantio e legenda
(ABBUD, 2008)
TABELA DE VEGETAÇÃO DE ACORDO COM MANUAL DE ESCOPOS DE PROJETOS E
SERVIÇOS DE PAISAGISMO - SP
JARDINS VERTICAIS (Vertical Garden)

Os Jardins Verticais podem ser divididos de acordo


com suas características técnicas:
• Quanto ao substrato
 Com o uso de substrato tipo solo em vasos e
floreiras;
 Sem o uso de substrato: feltros e geotêxtis
como substrato (estilo Patrick Blanc)
JARDINS VERTICAIS: FELTROS E GEOTÊXTIS COMO SUBSTRATO

VIDEO 1 GNT

VIDEO 2 DYI
JARDINS VERTICAIS: VASOS E FLOREIRAS
JARDINS VERTICAIS (Vertical Garden)

Os Jardins Verticais podem


ser divididos de acordo com
suas características técnicas:

• Quanto ao sistema de
irrigação
 Sem recirculação de
água
 Com recirculação de
água
JARDINS VERTICAIS (Vertical Garden)

Os Jardins Verticais podem ser divididos de acordo com suas características técnicas:

CRUCIOL BARBOSA, Murilo; FONTES, Maria Solange G. de C. Jardins verticais: modelos e técnicas. PARC Pesquisa em Arquitetura e
Construção, Campinas, SP, v. 7, n. 2, p. 114-124, jun. 2016. ISSN 1980-6809. Disponível em:
<http://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/parc/article/view/8646304>. Acesso em: 30 nov. 2016.
doi:http://dx.doi.org/10.20396/parc.v7i2.8646304.
JARDINS VERTICAIS X FACHADAS VERDES
JARDINS VERTICAIS NO BRASIL

 QUADRO VIVO
 Wall Green
 Green Ceramic Wall
 Ecotelhado
http://www.quadrovivo.com/
Arthur Casas, Restaurante Kaá, SP.
http://www.arcoweb.com.br/interiores/arthur-casas-restaurante-sao-13-10-2009.html

Gica Messiara
http://www.greenwallceramic.com.br/home
1.13 JARDINS VERTICAIS NO BRASIL
JARDIM SOBRE LAJE
• As lajes devem ser dimensionadas de
acordo com o volume de substrato a ser
usado, que será determinado pelo porte
das plantas.

• Drenagem - a cada 3m lineares, coloca-


se um ralo

• A posição exata deles deve ficar definida


em planta, pois, em caso de eventuais
vazamentos de água, será fácil localizar
e abrir o local para conserto.

• Aplica-se uma manta asfáltica, já que a


própria terra protege a laje da ação do
sol e da chuva.
Fonte: Revista Arquitetura & Construção - mar/95.
• Antes de colocar a terra, aplica-se uma
camada de argila expandida e uma manta
geotêxtil.
Fonte: http://www.dryimper.com.br/index-3.html
TELHADO VERDE
TELHADO VERDE
Para o projeto e implantação de telhados verdes devem ser
previstos os seguintes itens:
Cálculo estrutural da laje
 Sistema de Irrigação e drenagem
 Tipo do substrato e profundidade

Sistema SKY GARDEN PARA LAJES PLANAS - VIDEO


TELHADO VERDE: SKYGARDEN

VÍDEO 1: SKYGARDEN

VÍDEO 2: SKYGARDEN
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
LORENZI, Harry; SOUZA, Hermes Moreira. Plantas Ornamentais do Brasil: arbustivas, herbáceas e
trepadeiras. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2008. 4ed.
BRADLEY-HOLE, C. El jardin minimalista. Barcelona: Gustavo Gili, 2001.
BROOKES, J. Garden Design. London: Dorling Kindersley Book, 2001.
BROOKES, John. Guia completo de diseno de jardines: la guia mas practica y completa para
proyecta, disenar y realizar jardines. Barcelona: Blume, 1992.
HAMMER, N. R. Interior Landscapes: an americam design portfolio of green environments.
Massachusetts: Rockport Publishers, 1999.
SELEÇÕES DO READER’S DIGEST. O grande livro das plantas de interior. Lisboa: Dorling Kindersley
Ltd., 1982.
STEVENS, David. Roof gardens, balconies and terraces. London: Mitchell Beazley, 2000.
BLANC, Patrick. The Vertical Garden: from nature to the city. New York: W. W. Norton & Company,
2008.
MANAKER, G. Interior Plantscapes: installation, maintenance and management. New Jersey:
Prentice-Hall, 1997. 3a ed.
VIALARD, N. Gardening Vertically: 24 ideas for creating your own green walls. New York: W. W.
Norton & Company, 2010.
BERTANSKY, Tony. Designing the Landscape: an introductory guide for the Landscape Designer.
New Jersey: Pearson Education, 2005.
BOOTH, Norman K; HISS, James E. Residential landscape architecture: Design Process for the
Private Residence 6 ed. New Jersey: Prentice Hall, 1991.
SITES
http://www.plantscape.com/plant_selection_guide.htm
http://www.plants-in-buildings.com/az_new.php
http://www.planterra.com/interior_landscape_resources_8.php

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