Você está na página 1de 9

Lâmpada

incandescente
dispositivo eléctrico de luminação

Esta página cita fontes, mas estas não cobrem todo o conteúdo.
Saiba mais

Lâmpada incandescente

Lâmpada incandescente

lâmpada elétrica (en)
Tipo
invenção
Características
Material vidro e árgon
Composto de filamento

Descoberto
T homas Edison

Descobridores Joseph Wilson Swan


Alexander Lodiguin
Data 1834

Funcionamento
Energia energia elétrica

editar (https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=L%C3%A2mpada_ incandescente&veaction=edit&se


ction=0) - editar código-fonte (https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=L%C3%A2mpada_ incande
scente&action=edit&section=0) - editar Wikidata

A lâmpada incandescente é um disposit ivo eléct rico que t ransforma energia elét rica em
energia luminosa e energia t érmica at ravés do efeit o Joule. Dada a sua simplicidade, foi o
primeiro disposit ivo prát ico que permit iu ut ilizar elet ricidade para iluminação, sendo durant e as
primeiras décadas de uso comercial da energia elét rica a principal forma de consumo daquela
forma de energia.

Lâmpadas incandescentes históricas

Primeira lâmpada
incandescente de Edison usada
em uma demonstração em
Menlo Park (1879, New Jersey,
E.U.A.)
Lâmpada Centenária de
Adolphe Chaillet, a mais antiga
lâmpada elétrica ainda em
funcionamento.

História

Desde o início do século XIX, vários invent ores t ent aram const ruir font es de luz à base de
energia elét rica. Humphry Davy, em 1802, const ruiu a primeira font e luminosa com um
filament o de plat ina, ut ilizando-se do efeit o Joule, observado quando um resist or é aquecido
pela passagem de uma corrent e elét rica a pont o de emit ir luz visível. Out ros vint e e um
invent ores const ruíram lâmpadas incandescent es ant es de Thomas Edison, que foi o primeiro
a const ruir a primeira lâmpada incandescent e comercializável em 1879, ut ilizando uma hast e
de carvão (carbono) muit o fina que, aquecida acima de aproximadament e 900 K, passa a emit ir
luz, inicialment e bast ant e avermelhada e fraca, passando ao alaranjado e alcançando o
amarelo, com uma int ensidade luminosa bem maior, ao at ingir sua t emperat ura final, próximo do
pont o de fusão do carbono, que é de aproximadament e 3 800 K.[1][2][3][4][5]

A hast e era inserida numa ampola de vidro onde havia sido formado alt o vácuo. O sist ema
diferia da lâmpada a arco volt aico, pois o filament o de carvão sat urado em fio de algodão
ficava incandescent e, ao invés do cent elhament o ocasionado pela passagem de corrent e das
lâmpadas de arco.

Como o filament o de carvão t inha pouca durabilidade, Edison começou a fazer experiências
com ligas met álicas, pois a durabilidade das lâmpadas de carvão não passava de algumas
horas de uso.

A lâmpada de filament o de bambu carbonizado foi a que t eve melhor rendiment o e


durabilidade, sendo em seguida subst it uída pela de celulose, e finalment e a conhecida at é
hoje com filament o de t ungst énio cuja t emperat ura de t rabalho chega a 3 000°C.
Construção

Filamento

A maior dificuldade encont rada por Joseph Swan e Thomas Edison, quando t ent avam fazer
lâmpadas desse t ipo, era encont rar um mat erial apropriado para o filament o, cujo mat erial não
queimasse.

Quant o mais alt a for a t emperat ura do filament o, maior a part e da energia irradiada que cai na
região visível do espect ro. Por esse mot ivo é import ant e no projet o de uma lâmpada que a
t emperat ura do filament o seja mant ida a mais alt o possível, mas mant endo a vida út il da
lâmpada dent ro de um valor razoável.[2]

Filamento

Por aproximadament e 26 anos, t odas as lâmpadas incandescent es possuíam filament os


feit os de celulose carbonizada (papel, algodão ou bambu). As primeiras lâmpadas comerciais
de Edison t inham os filament os feit os de papel carbonizado que era muit o frágil, mas em 1880
sua fábrica ut ilizava o bambu carbonizado, que produzia filament os duros e fort es.[3]

As primeiras lâmpadas incandescent es t ambém ut ilizaram o ósmio e o t ânt alo como


filament o, porém o t ungst ênio apresent ava muit as propriedades desejáveis para o uso como
um filament o, sua baixa pressão de vapor e alt o pont o de fusão (3 422 °C) permit iam a
operação em alt as t emperat uras e consequent ement e possuía alt a eficiência.[2] Tipicament e
a t emperat ura de operação de um filament o de t ungst ênio fica ent re 2 200 °C e 2 700 °C (em
algumas lâmpadas especiais pode at ingir 3 120°C). O Tungst ênio leva vant agem sobre o
carbono t ambém no que diz respeit o a resist ência mecânica e duct ilidade, o que permit e a
const rução de filament os mais finos, resist ent es e barat os. Prat icament e t odas as lâmpadas
incandescent es at uais ut ilizam filament os de t ungst ênio t refilado e enrolados em forma de
espiral, para diminuir as perdas de calor.[1]

Meio interno

Desenho da lâmpada Incandescente de Edison, como apresentado em sua patente de 1880

O filament o não deve t er cont at o com o ar, pois do cont rário sua vida seria muit o curt a, devido
à ação oxidant e do oxigênio sobre ele. Por isso, as primeiras lâmpadas incandescent es
possuíam o meio int erno sob vácuo. Porém est a baixa pressão favorecia a vaporização do
filament o diminuindo a sua vida.[1]

Lâmpadas em vácuo eram o único t ipo exist ent e at é 1913.[2]

Para aument ar a pressão no int erior do bulbo, usam-se gases inert es para que não haja
nenhuma reação química com o filament o ou com os suport es int ernos. Primeirament e foi
usado o nit rogênio em função de seu baixo cust o e pureza, post eriorment e o argônio foi
reconhecido como a melhor opção, mas era caro e difícil de encont rar.[2]

Hoje em dia usa-se uma mist ura de gases inert es, sendo t ipicament e o argônio (90 a 95%) e o
nit rogênio (10 a 5%) nas lâmpadas de 120 a 220 V respect ivament e. A maior quant idade de
argônio deve-se ao fat o de possuir uma baixa condut ividade t érmica, propiciando uma maior
eficiência luminosa. Algumas lâmpadas especiais ut ilizam como gás de preenchiment o o
kript ônio.[1]

Funcionamento
Quando se aciona um int errupt or, a corrent e elét rica passa pela lâmpada at ravés de duas
got as de solda de prat a que se encont ram na part e inferior, e em seguida, ao longo de fios de
cobre que são firmement e fixados dent ro de uma coluna de vidro. Ent re as duas ext remidades
dos fios de cobre est ende-se um out ro fio muit o fino chamado filament o. Quando a corrent e
passa por est e últ imo, t orna-o incandescent e, produzindo luz.

Rendimento

O rendiment o da lâmpada incandescent e é mínimo, apenas o equivalent e a 5% da energia


elét rica consumida é t ransformado em luz, os out ros 95% são t ransformados em calor. Por
causa dest e desperdício, a União Europeia decidiu abolir as lâmpadas incandescent es a part ir
de 2012.[6] E nest e mesmo sent ido, o Brasil já ret irou do mercado lâmpadas de 200, 150, 100 e
60 wat t s.[7]

Proibição no Brasil

Port aria Int erminist erial 1007 do Minist ério de Minas e Energia, do Minist ério da Ciência,
Tecnologia e Inovação e do Minist ério do Desenvolviment o, Indúst ria e Comércio Ext erior,
dat ado de dezembro de 2010, fixou índices mínimos de eficiência luminosa para const rução,
import ação e comercialização das lâmpadas de uso geral em t errit ório brasileiro, definindo
cronograma para a subst it uição das incandescent es por modelos mais eficient es, como as
lâmpadas de LED.[8] As lâmpadas incandescent es acima de 75 W deixaram de ser
comercializadas em 30 de junho de 2014. As lâmpadas de 25 a 75 wat t s deixaram de ser
produzidas dia 30 de junho de 2015, sendo comercializadas at é 30 de junho de 2016.[8]

Proibição em Portugal

Em 2012, as lâmpadas incandescent es desapareceram do mercado europeu. A det erminação


da Comissão Europeia corresponde a um mandat o que lhe foi dado no âmbit o da Direct iva
Ecodesign (Direct iva 2005/32/EC).[4][5]

Plano de phase-out para iluminação doméstica


Lâmpadas claras: requisit os mínimos; Classe Energét ica C para lâmpadas ≥ 950 lm,
Classe E para out ras lâmpadas (exemplo: phase out de incandescent es ≥ 100 W)
2009
Lâmpadas foscas: Requisit os mínimos: Classe Energét ica A para t odas as lâmpadas.

Novas especificações t écnicas para cada t ecnologia


Lâmpadas claras: Requisit os mínimos Classe energét ica C para lâmpadas ≥ 725 lm (ex.
2010
phase out incandescent es GLS ≥ 75 W)
Lâmpadas claras: requisit os mínimos Classe energét ica C para lâmpadas ≥ 450 lm (ex.
2011
phase out incandescent es GLS ≥ 60 W)
Lâmpadas claras: requisit os mínimos Classe energét ica C para lâmpadas ≥ 60 lm (ex.
2012
phase out incandescent es GLS ≥ 7 W)
Requisit os mais exigent es para especificações t écnicas, definidas em 2009
2013
Phase out de lâmpadas com casquilhos S14, S15 ou S19
2014 Análise do regulament o pela comissão EU
Lâmpadas claras: requisit os mínimos Classe energét ica B para t odas as lâmpadas
except o aquelas com casquilho G9 e R7s (phase out das Classe C HALOGEN ENERGY
2016 SAVER)

Phase out de lâmpadas com casquilhos E14/E27/B22d/B15d e pot ências ≤ 60 W

Ver também

Luz

Lâmpada fluorescent e

Lâmpada phot oflood

Luminot écnica

Referências

1. de Araujo Moreira, Vinicius (1999). «Capítulo 4: Lâmpadas elétricas incandescentes».


Iluminação elétrica. [S.l.]: Edgard Blücher

2. E. Kaufman, John, ed. (1972). «Capítulo 8: Light Sources». IES Lighting Handbook (em
inglês) 5 ed. [S.l.]: Illuminating Engineering Society

3. Howel, John W.; Schroeder, Henry (1927). «Capítulo 3: Development of Filaments». History
of the incandescent lamp (em inglês). [S.l.]: The Maqua Company
4. «Legislação da Iluminação» (http://www.aas-inovamb.pt/index.php?option=com_content&
view=article&id=71&Itemid=58) . A.A.S. – Sociedade Portuguesa de Inovação Ambiental.
Consultado em 3 de junho de 2017

5. «1 de Setembro: primeiro dia do adeus às lâmpadas incandescentes em toda a Europa» (h


ttp://www.quercus.pt/comunicados/2009/setembro/844-1-de-setembro-primeiro-dia-do-a
deus-as-lampadas-incandescentes-em-toda-a-europa) . Quercus Associação Nacional de
Conservação da Natureza. Consultado em 3 de junho de 2017

6. «L'Union européenne met fin aux ampoules incandescentes» (http://www.20minutes.fr/arti


cle/280046/France-L-Union-europeenne-met-fin-aux-ampoules-incandescentes-Greenpeac
e-s-enflamme.php) . 20 minutes (em francês). 9 de dezembro de 2008. Consultado em
30 de dezembro de 2008

7. «Lâmpadas incandescentes de 60 watts não podem mais ser vendidas» (http://g1.globo.c


om/jornal-hoje/noticia/2015/07/lampadas-incandescentes-de-60-watts-nao-podem-mais-
ser-vendidas.html) . Jornal Hoje. 1 de julho de 2015. Consultado em 3 de junho de 2017

8. «Lâmpadas incandescentes de 60 watts não podem mais ser vendidas; Inmetro fiscaliza»
(http://g1.globo.com/economia/seu-dinheiro/noticia/2015/07/lampada-incandescente-de
-60-watts-deixa-de-ser-vendida-inmetro-fiscaliza.html) . G1-Economia. 1 de julho de
2015. Consultado em 3 de junho de 2017

Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?
title=Lâmpada_incandescente&oldid=62213581"


Última modifi cação há 5 meses por Yuri Tungsten

Você também pode gostar