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Caderno de Laboratório
(Roteiros dos Experimentos e Exercícios Propostos)
Sumário ii
2 Pêndulo Simples 10
2.1 O que devo saber ao fim desse experimento: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
2.2 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
2.3 Materiais e Métodos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
2.4 Análise e Discussão dos Resultados Obtidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
2.5 Quais suas Conclusões? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
2.6 Exercícios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
2.7 Bibliografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
3 Cordas vibrantes 16
3.1 O que devo saber ao fim desse experimento: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
3.2 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
3.3 Materiais e Métodos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
ii
SUMÁRIO iii
5 Cuba de Ondas 34
5.1 O que devo saber ao fim desse experimento: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
5.2 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
5.3 Materiais e Métodos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
5.4 Placa de Chladni . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
5.5 Discussão dos Resultados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
5.6 Bibliografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
8.3 Metologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
8.4 Ondas de rádio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
8.5 Micro-ondas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
8.6 Ondas de infravermelho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
8.7 A luz visível . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
8.8 Ondas de Ultravioleta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56
8.9 Os raios X . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
8.10 Raios Gama . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58
8.11 Discussão sobre o vídeo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59
8.12 Bibliografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59
Ementa da disciplina
Tanto a disciplina Laboratório de Física Geral III (FIS01206) e Laboratório de Física Ondu-
latória (FIS01245) têm como ementa a determinação experimental do domínio da validade de
alguns modelos físicos: o movimento harmônico simples (Pêndulo simples e a medição da ace-
leração da gravidade, pêndulo físico e Sistema massa mola) ; Ondas estacionárias em uma corda
vibrante(ondas transversais); Ondas Sonoras (tubos ressonantes - ondas longitudinais); Propa-
gação de ondas em uma superfície (cuba de ondas); Ótica Geométrica (lentes, leis da reflexão
e refração da luz, difração da luz, dióptros e prismas, determinação do índice de refração de
materiais transparentes); Ótica Física (o espectro eletromagnético, polarizadores, interferência
de Young, Interferômetro de Michelson-Morley).
Objetivo da disciplina
Desenvolver habilidades e competências para a análisar dados experimentais por meio da
física experimental envolvendo experimentos de ondas mecânicas e eletromagnéticas. Apri-
morar a escrita científica na forma de relatórios, bem como desenvolver o senso crítico na
discussão de resultados; Usar ferramentas computacionais (calculadoras científicas, computa-
dores e uso plataformas da internet).
v
vi
Avaliações
Durante o curso serão aplicadas duas provas, cuja média vale até 70% da nota do semes-
tre. O aluno deverá entregar 2 relatórios valendo até 20% da nota (um relatório antes de cada
prova) do semestre. O aluno irá corrigir 2 relatórios de um experimento diferente ao que fez o
relatório (conforme critérios estabelecidas pelo professor) e valerá até 10% da nota do semestre.
O professor avaliará a correção do relatório e atribuirá uma nota ao aluno.
O relatório é individual e deverá ser entregue no formato de LaTeX, padrão ABNT, conforme
modelo fornecido pelo professor.
O prazo para a entrega de qualquer relatório e/ou da correção do relatório é de
uma semana após a realização do experimento ou entrega do relatório para correção.
A não entrega dessas atividades no prazo acarretará em um desconto de 10% na nota
por dia de atraso.
O cálculo da média do período letivo será dada por:
MP × 7 + MR × 3
MP = (1)
10
ou seja, média das provas corresponde a 70% da nota do período e média dos relatórios cor-
responde a 30% da nota do período. Serão aprovados os alunos que tiverem média igual ou
sugperior a 6,0 (seis) e poderão fazer exame final o aluno que obtiver pelo menos 4,0 (quatro)
de média. Nesse caso o aluno deverá tirar pelo menos 6,0 (seis) no exame final.
MP + EF
MF = (2)
2
vii
O cronograma poderá sofrer alterações caso o professor achar conveniente, dando ciência
antecipada aos alunos sobre tal fato.
Experimento 1
1.2 Introdução
Figura 1.1: Movimento oscilatório de um corpo ligado à extremidade de uma mola suspensa:
as posições no eixo vertical registradas ao longo do tempo desenham uma senóide.
As molas helicoidais são usadas em muitas aplicações práticas no cotidiano pois têm como
principal característica a possibilidade de serem distendidas pela aplicação de uma força (por
exemplo, a força peso). Quanto maior for a distensão que provocamos na mola, maior terá de ser
a força aplicada para manter a mola com essa distensão. Por outro lado, um corpo suspenso da
extremidade livre de uma mola executa um movimento oscilante, periódico, quando é deslocado
da posição de equilíbrio, vide Figura ⁇. O corpo tenderá a parar na posição de equilíbrio ao fim
1
2
de algum tempo (que pode ser demorado em circunstâncias favoráveis), ou seja, o movimento
é amortecido.
Nesse experimento o aluno irá verificar experimentalmente que é possível determinar a
constante elástica de molas por dois métodos: o dinâmico e o estático.
O primeiro método se utiliza do movimento harmônico simples, enquanto que o segundo
se utiliza da força que provoca uma elongação na mola. É possível usar ambos os métodos para
determinar a constante elástica de associação de molas, tanto na configuração em paralelo
quanto em série. A seguir é feita uma breve discussão sobre alguns conceitos básicos para o
desenvolvimento desse experimento. Para tanto, considere uma mola (massa desprezível) que
sofre uma elongação devido a uma força aplicada, conforme ilustrado na Figura ⁇. No seu
regime elástico é aplicável a Lei de Hooke dada por:
F⃗ = −k⃗y (1.1)
em que F⃗ é a força que a mola exerce ao ser deslocada de uma quantidade ⃗y da sua posição
de equilíbrio e k é uma constante de proporcionalidade e o sinal negativo indica que esta força
está atuando de forma contrária ao seu deslocamento.
Para um sistema consistindo de um bloco de massa M em que uma força elástica atua
através de uma mola de massa m desprezível, podemos aplicar a 2ª lei de Newton para descrever
o movimento do bloco, que é dado por:
1 2 1 y2 2
v dm = v dm (1.9)
2 2 y02 0
Considerando que µ é a densidade linear do elemento de mola e que dm = µdy, podemos
fazer a substituição na equação anterior resultando em:
1 2 1 µv02 2
v dm = y dy (1.10)
2 2 y02
Essa equação representa a energia cinética de um elemento da mola. Para calcularmos a
energia total basta integrarmos ambos os membros da Equação ⁇, ou seja:
∫ ∫
1 2 µv02 y0 2
Ec = v dm = 2 y dy (1.11)
2 2y0 0
Como dm = µdy, temos após a integração nos limites de 0 a y0 que m = µy0 . Após as
devidas substituições na Equação ⁇ temos como resultado final:
1m 2
Ec = v (1.12)
23 0
Desta equação verificamos que mesmo sem qualquer corpo suspenso, a mola pode oscilar e
que devemos de fato levar em consideração o fator m/3 nos cálculos da massa efetiva, ou seja,
para um sistema massa-mola temos:
m
Mef = M + (1.13)
3
Desta forma a Equação ⁇ deve ser re-escrita considerando a massa efetiva do sistema
(massa pendurada na mola + massa da mola/3), Equação ⁇, logo
( )2 (
2π m)
k= M+ (1.14)
T 3
Essa é constante elástica da mola, cuja unidade no Sistema Internacional é N m−1 . Cada
mola tem uma constante específica. Podemos usar a Equação ⁇ para determinar a constante
4
a) b) c)
Ponto de
Equilíbrio y
F⃗ ↓ F⃗ ↓
F⃗ = −ky
Lei de Hooke
F⃗ ↓
Figura 1.2: Configurações de vários sistemas massa-mola: a) Lei de Hooke, b) 2 molas em
paralelo e c) 2 molas em série.
da mola pelo método dinâmico, desde que saibamos o período de uma oscilação do sistema
massa-mola.
Podemos também ter associação de molas em diferentes configurações tanto em paralelo
quanto em série, conforme ilustra a Figura ⁇. Vamos considerar nesse experimento as equações
abaixo que fornecem a constante da mola equivalente, keq de um sistema de duas molas. A
demonstração dessas equações ficam como exercício.
Faça o gráfico. Use a calculadora para fazer regressão linear F = a + ky. Qual o valor do
coeficiente linear (a)? Qual o valor do coeficiente angular (k)? Qual o sentido físico desse
coeficiente angular? Qual o valor do fator de correlação (r) obtido? O que significa esse valor?
houve linearidade?
Faça a regressão linear. Obtenha os coeficientes linear, angular e fator de correlação. Qual foi
o valor da constante elástica da mola?
Tabela 1.3: Dados para duas molas em paralelo, considere a constante elástica das duas molas
kc .
M (kg)
F (N)
y − y0 (m)
Faça a regressão linear. Obtenha os coeficientes linear, angular e fator de correlação. Qual foi
o valor da constante elástica da mola equivalente?
Tabela 1.4: Dados para duas molas em série, considere a constante elástica das duas molas kd .
M (kg)
F (N)
y − y0 (m)
Tabela 1.6: Dados para 1 mola com constante elástica ka . Valor de m da mola:
Nº da medição 1 2 3 4 5 6
Mef (kg)
T̄ (s)
T̄ 2 (s2 )
Faça o gráfico de T 2 versus M . Use a calculadora e faça a regressão linear. Quais os parâmetros
obtidos? Qual a constante elástica da mola? Use a Eq. ⁇ para fazer os cálculos.
7
Tabela 1.7: Dados para 1 mola com constante elástica kb . Valor de m da mola:
Nº da medição 1 2 3 4 5 6
Mef (kg)
T̄ (s)
T̄ 2 (s2 )
Tabela 1.8: Dados para 2 molas em paralelo com constantes elásticas ka e kb . Valor de m das
molas:
Nº da medição 1 2 3 4 5 6
Mef (kg)
T̄ (s)
T̄ 2 (s2 )
Tabela 1.9: Dados para 2 molas em série. Considere ka e kc . Valor de m das 2 molas:
Nº da medição 1 2 3 4 5 6
Mef (kg)
T̄ (s)
T̄ 2 (s2 )
• Compare os resultados obtidos com o valor das constantes elásticas fornecidas pelo pro-
fessor. Qual foi o erro?
• Os valores das constantes elásticas das molas obtidos por métodos diferentes foram iguais?
• O que você deduz quando usamos molas em paralelo? E no caso de molas em série?
9
1.7 Exercícios
1. Por quê devemos considerar a massa da mola nos cálculos para determinar a constante
elástica da mola?
2. Considere que uma mola de constante elástica k mantém suspenso, por uma de suas ex-
tremidades, um bloco de massa m. Corta-se a mola ao meio e o mesmo bloco é suspenso
por uma das metades resultantes. Escreva a equação que descreve a frequência de oscila-
ção desse novo sistema massa-mola antes e depois da mola ser cortada. Elas são iguais?
Como estão relacionadas essas frequências?
5. Demostre as Equações ⁇ e ⁇.
6. Deduza a equação que descreve a constante elástica de um sistema composto por 3 molas,
tanto na configuração em paralelo quanto em série.
1.8 Bibliografia
1. HALLIDAY, D.; RESNICK, R. Fundamentos da Física. 6.ed. Rio de Janeiro: LTC, 2002.
cap 16-18, v.2.
2. SERWAY, R. A.; JR. JEWETT, J. W. Princípios de Física. 1.ed. São Paulo: Thomson,
2004. cap. 12-14, v.2.
3. TIPLER, A.P.; MOSCA, G. Física. 5.ed. Rio de Janeiro: LTC, 2006. cap. 14, v.1.
Experimento 2
Pêndulo Simples
2.2 Introdução
Qualquer movimento que se repete em intervalos iguais constitui um movimento periódico
ou oscilatório. Basta olhar ao nosso redor para verificarmos que esse tipo de movimento está
muito presente no nosso cotidiano. Como exemplo podemos citar: as moléculas em um sólido,
que oscilam em torno de suas posições de equilíbrio; as ondas eletromagnéticas, tais como as
ondas luminosas, radar e ondas de rádio, que são caracterizadas por vetores oscilantes de campo
elétrico e magnético; e os circuitos de corrente alternada, como as das instalações elétricas em
sua casa, em que a tensão e a corrente variam periodicamente de acordo com o tempo.
O pêndulo simples é na verdade um modelo idealizado constituído por um corpo puntiforme
(massa desprezível) suspenso por fio inextensível e de massa desprezível, cuja representação
esquemática é ilustrada na Figura ⁇a.
No campo da pesquisa científica, físicos e engenheiros buscam entender o movimento os-
cilatório a fim de explicar fenômenos que ocorrem desde o mundo microscópico até o mundo
macroscópico. Nesta aula experimental você terá a oportunidade de verificar o movimento os-
cilatório de um pêndulo simples e também descobrir uma das formas de se medir a aceleração
da gravidade.
10
11
Ponto Fixo
θ
l T⃗
m
m mg cosθ
θ
mg sen θ
F⃗g
a) Um pêndulo simples. b) As forças que agem no sistema.
Figura 2.1: Representação esquemática do pêndulo simples e as forças que atuam no sistema.
As forças que agem sobre o peso são a tração T⃗ exercida pelo fio e a força gravitacional
F⃗g , conforme mostra a Figura ⁇b, onde o fio faz um ângulo θ com a vertical. Decompondo
F⃗g , temos mg cos θ na direção radial e mg senθ na direção x tangencial à trajetória do peso,
e que produz um torque restaurador em relação ao ponto fixo do pêndulo, já que sempre age
no sentido oposto ao deslocamento do peso, tendendo levá-lo de volta ao ponto central. Esse
torque é dado por τ = −l(mg sen θ), em que o sinal negativo indica que o torque age no sentido
de reduzir θ e l é o braço da alavanca da força em relação ao ponto fixo do pêndulo. Sabendo
que o torque τ = Iα, então :
τ = −l(mgsenθ) = Iα (2.1)
onde I é o momento de inércia do pêndulo em relação ao ponto fixo e α é a aceleração angular
do pêndulo em relação a esse ponto.
Considerando que o ângulo θ é pequeno (em radianos), logo sen θ ≈ θ, então temos que:
mgl
α=− θ (2.2)
I
Lembrando que a equação característica do movimento harmônico simples é dada por:
que quando√
comparada com a Equação ⁇, podemos deduzir que a frequência angular do pên-
dulo é ω = mgl/I. Como a frequência angular é dada por ω = 2π/T , vemos que o período
de um pêndulo simples pode ser escrito como:
√
I
T = 2π (2.4)
mgl
12
Esta é a equação do pêndulo simples. Podemos perceber que o período de oscilação do pêndulo
depende somente do comprimento do fio. Quanto maior o comprimento do fio, maior será o
seu período de oscilação. Perceba que a massa não aparece nessa equação, logo espera-se que
o período de oscilação de um pêndulo com uma massa de 1 kg e de uma massa de 10 kg seja o
mesmo. Isso você poderá conferir experimentalmente nessa aula.
2.6 Exercícios
1. Considere hipoteticamente que um astronauta chegou a um planeta e usou o método
acima para determinar a aceleração da gravidade do planeta, e obteve os dados da Tabela
⁇. Descubra o valor da aceleração da gravidade desse planeta usando regressão linear e
de acordo com a Tabela ⁇ indique o planeta. Considere que o astronauta cometeu um
erro de 3% no experimento realizado. (2.0 pontos)
*Plutão é reconhecido como um plutóide, uma nova classe de astro.
2. É realmente possível construir um pêndulo simples? Explique.
3. Galileo propôs e resolveu a seguinte questão. Um fio pende de uma torre alta e escura
de tal forma que sua extremidade superior não é visível ou acessível, mas a extremidade
inferior sim. Como poderemos determinar o comprimento do fio?
4. Qual é o objetivo do balancim num relógio de pulso ou do pêndulo num relógio de parede?
5. Uma placa circular de massa M e raio R está pendurada em um prego por uma pequena
alça localizada em uma de suas extremidades, conforme Figura ⁇. Depois de ser colo-
cada no prego a placa oscila em um plano vertical. Encontre o período da oscilação se a
amplitude do movimento for pequena.
2.7 Bibliografia
1. HALLIDAY, D.; RESNICK, R. Fundamentos da Física. 6.ed. Rio de Janeiro: LTC, 2002.
cap 16-18, v.2.
15
2. SERWAY, R. A.; JR. JEWETT, J. W. Princípios de Física. 1.ed. São Paulo: Thomson,
2004. cap. 12-14, v.2.
3. TIPLER, A.P.; MOSCA, G. Física. 5.ed. Rio de Janeiro: LTC, 2006. cap. 14, v.1.
Experimento 3
Cordas vibrantes
• O que ocorre com a velocidade de uma onda se propagando em uma corda quando a
tensão aplicada na corda é variada? E se mudarmos a densidade linear da corda?
3.2 Introdução
Quando criamos uma perturbação em uma corda esticada é gerado um pulso que se pro-
paga pela corda. Nesse caso a corda irá vibrar em seu modo fundamental, ou seja, um único
segmento, com nós em seus extremos conforme ilustra a Fig. ⁇. Se a corda for mantida em
sua frequência fundamental será originada uma onda estacionária, que é o resultado da inter-
ferência mútua das ondas se propagando em sentidos opostos.
Ventre
Nodo Nodo
L (λ/2)
Observe que cada segmento é igual a metade de um comprimento de onda. A linha sólida
representa a onda se propagando na direção positiva do eixo das abcissas, enquanto que a linha
tracejada representa a onda refletida no nodo (ou nó). Em geral para um dado harmônico, o
comprimento de onda é λ = 2L/n, onde L é o comprimento da corda esticada e n é o número
16
17
de segmentos na corda (número inteiro de ventres. Este será o n-ésimo harmônico para o qual
L = n λ2 .
Ondas estacionárias serão também formadas se a corda for mantida em qualquer múltiplo
inteiro desta frequência. A frequência de ressonância que corresponde a esse comprimento de
onda pode ser calculada pela seguinte equação:
v
f= . (3.1)
λ
Substituindo λ temos então que a frequência do n-ésimo harmônico será:
nv
f= (3.2)
2L
Aqui v é a velocidade de propagação da onda. As frequências mais altas são chamadas de
harmônicos e são ilustradas nas Figs. ⁇ e ⁇, respectivamente para o segundo e terceiro harmô-
nicos. Na Fig. ⁇ é possível observar uma onda estacionária com três ventres, sendo seu com-
primento de onda 3λ/2.
L (λ) L (3λ/2)
Da Eq. ⁇ obtemos que a velocidade da onda é dada por v = λf . Poderíamos supor que
quanto maior fosse a frequência maior seria a velocidade da onda. Esse pensamento não está
correto, como você observará experimentalmente. Ocorre que, conforme se aumenta a frequên-
cia da oscilação, mais modos de oscilação são formados, ou seja, o número de ventres também
aumenta, e como o comprimento de onda será menor, haverá uma compensação proporcional
entre esses dois fatores logo a velocidade da onda se mantém constante.
Todavia se quisermos enviar um pulso em uma corda para fazê-la vibrar, teremos uma
maior dificuldade de fazê-lo se a corda for muito densa. Imagine por exemplo você tentando
enviar um pulso em uma corda trançada usada por marinheiros, com certeza haverá uma maior
dificuldade de fazer a onda se propagar, do que se a corda em questão fosse a de um violão, cuja
densidade é menor. Desta forma a velocidade de uma onda se propagando em uma corda
esticada vai ser determinada somente pelas propriedades físicas dessa corda. De modo
geral, a velocidade de uma onda em uma corda com uma tensão T aplicada e densidade linear
µ é dada por: √
T
v= (3.3)
µ
Ao analisarmos essa equação podemos deduzir que quanto maior for a densidade linear
menor será a velocidade da onda se propagando na corda. Por outro lado se a tensão aplicada
for grande, a velocidade será alta. Use o presente experimento para comprovar tal fato.
18
Portanto, temos como objetivo nesse experimento estudar ondas estacionárias se propa-
gando em uma corda esticada e determinar a sua densidade linear. Usaremos para isso dois
métodos, um que se obtém diretamente e outro usando os dados obtidos pela propagação da
onda na corda. Tem-se também como objetivo comprovar o que é predito na teoria.
2. Inicie o experimento usando a corda cuja densidade linear esteja entre 2 e 3 g/m.
5. Anote todos os dados na Tabela ⁇. Inicie o experimento variando a frequência até obter
os 7 primeiros harmônicos (n = 1, 2, 3…7).
6. Faça o cálculo da velocidade da onda para cada harmônico. O que você observa?
Tabela 3.2: Dados obtidos com densidade linear da corda fixa e variando tensão.
Medição Massa (kg) Tensão (N) f (Hz) n λ(m) v (m/s) v (m/s)
1 2
2 3
3 4
4 5
5 6
6 7
7 3
8 5
9 3
10 5
11 3
12 5
13 3
14 5
Tabela 3.3: Dados obtidos mantendo a tensão fixa e densidade linear variável.
Cor do fio µ (g/m) f (Hz) n λ (m) v (m/s)
3
3
3
3
3
Tabela 3.4: Dados obtidos para onda propagando em 2 meios com de densidade diferentes.
Meio menos denso Meio mais denso
Medição Massa (kg) T(N) f(Hz)
n1 λ1 (m) v1 m/s) n2 λ2 (m) v2 m/s)
1 0,200 1,962 2
2 0,200 1,962 3
2. Quantos harmônicos você pode observar na parte mais densa, quando na parte menos
densa observa-se 2 harmônicos? Qual o comprimento da onda nesse meio? E o que
ocorre quando se observa 3 harmônicos?
3. Em termos da velocidade da onda o que você observa quando a onda passa de um meio
menos denso para um mais denso?
5. O que acontece com a velocidade da onda em cada um dos meios se você variar a frequên-
cia?
Tabela 3.5: Resumo para µ fixo e T variável. Tabela 3.6: Resumo para T fixo e µ variável.
Tensão (N) v (m/s) v 2 (m2 /s2 ) µ (kg/m) v (m/s)
• Baseado nos dados calculados na Tabela ⁇ verifique o que ocorre com a velocidade
quando se aumenta a tensão na corda. Verifique também o que ocorre com a velocidade
quando a frequência aumenta.
3.7 Bibliografia
1. HALLIDAY, D.; RESNICK, R. Fundamentos da Física. 6.ed. Rio de Janeiro: LTC, 2002.
cap 16-18, v.2.
2. SERWAY, R. A.; JR. JEWETT, J. W. Princípios de Física. 1.ed. São Paulo: Thomson,
2004. cap. 12-14, v.2.
3. TIPLER, A.P.; MOSCA, G. Física. 5.ed. Rio de Janeiro: LTC, 2006. cap. 14, v.1.
23
3.8 Exercícios
1. Considere que uma corda A seja duas vezes mais densa que uma corda B. Além disso
ambas são submetidas a mesma tensão e possuem o mesmo comprimento. Se cada uma
das cordas estiver vibrando no modo fundamental, qual das duas terão frequência mais
alta?
3. Duas cordas foram amarradas uma na outra com um nó e esticadas entre dois suportes
rígidos. As cordas têm densidades lineares µ1 = 1,4 x 10−4 kg/m e µ2 = 2,8 x 10−4 kg/m.
Os comprimentos são L1 = 3,0 m e L2 = 2,0 m, e a corda está submetida a uma tensão de
400 N. Dois pulsos são enviados simultaneamente em direção ao nó a partir dos suportes.
qual dos pulsos chega primeiro ao nó?
Identifique os valores das densidades lineares da corda utilizada no seu experimento (vide
Tabela ⁇) e confira os valores das densidades lineares obtidas no seu experimento, tanto aquele
utilizando o método direto, quanto aquele obtido medindo a tensão e a velocidade da onda se
propagando na corda. Explique no seu relatório os erros observados.
4.2 Introdução
Quando o diafragma de um alto-falante vibra com uma determinada frequência, uma onda
de som é produzida e se propaga pelo ar. Veja Figura ⁇. A onda de som é o resultado dos
pequenos movimentos das moléculas de ar que se movem para frente e para trás a partir do
alto-falante. Se fossemos capazes de ver o pequeno volume de ar se movendo próximo ao alto-
falante veríamos que o deslocamento desse volume de ar é muito curto, se movendo com a
mesma frequência do alto-falante.
Figura 4.1: Ilustração de uma onda longitudinal se formando a partir da oscilação de um alto-
falante.
Este movimento é muito análogo às ondas se propagando em uma corda. A principal di-
ferença é que se olharmos para uma pequena porção da corda veremos que o movimento de
24
25
Frequências de Ressonância
Como descrito acima, uma onda estacionária ocorre quando uma onda é refletida na extre-
midade do tubo e a onda que retorna interfere com a onda original. Entretanto, a onda sonora
será de fato refletida muitas vezes para a frente e para trás entre as extremidades do tubo, e to-
das essas múltiplas reflexões irão interferir juntas. Em geral, as múltiplas ondas refletidas não
estão todas em fase, e a amplitude do padrão da onda resultante será pequeno. Entretanto, em
certas frequências de oscilação, todas as ondas refletidas estarão em fase, resultando em uma
onda estacionária de amplitude muito alta. Essas frequências são chamadas de frequências
de ressonância.
26
Nas Figuras ⁇ e ⁇ são ilustradas os primeiros estados de ressonância para tubos abertos e
tubos fechados. O primeiro estado de ressonância é o modo fundamental, e os subsequentes são
os harmônicos. (A) representa os anti-nodos ou ventres, e N os nodos. Para os tubos abertos,
no modo fundamental ( n = 1) temos λ = 2L e nos harmônicos λ = 2L/n. Nos tubos abertos
(Figura ⁇) vemos o modo fundamental (n = 1), com um ventre completo. O segundo harmônico
(n = 2), terceiro e quarto harmônicos (n = 3, e 4, respectivamente).
Temos como objetivo nesse experimento determinar as frequências de ressonância de tubos
abertos e fechados, bem como de determinar a velocidade do som no ar.
Figura 4.2: Ilustração das primeiras quatro ressonâncias para tubos abertos.
Figura 4.3: Ilustração das primeiras quatro ressonâncias para tubos fechados.
⁇.
Figura 4.4: Arranjo experimental para o estudo de ondas longitudinais em tubo ressonante.
Adaptado manual da PASCO.
Há uma relação entre o comprimento do tubo, L com a frequência em que ocorre a resso-
nância. As condições para a ressonância são mais facilmente entendidas em termos do com-
primento de onda, do que em termos da frequência. Os estados de ressonância dependem se as
extremidades dos tubos estão abertas ou fechadas. Para um tubo aberto (um tubo com ambas
as extremidades abertas) de comprimento L, a ressonância ocorre quando o comprimento de
onda, λ, satisfaz a seguinte condição:
nλ
L= , n = 1, 2, 3, 4, · · · (4.1)
2
Estes comprimentos de onda permitem de forma natural que a onda estacionária gerada
tenha um nodo de pressão (ventre de deslocamento) em cada uma das extremidades do tubo.
Uma outra forma de caracterizar os estados de ressonância é dizer que um número inteiro de
meio comprimento de onda se ajusta entre as extremidades do tubo. Observe a Figura ⁇ para
melhor compreensão.
Para um tubo fechado (por convenção, um tubo fechado possuiu uma extremidade aberta e
a outra extremidade fechada, vide Figura ⁇), a ressonância ocorre quando o comprimento de
onda, λ, satisfaz a condição:
nλ
L= , n = 1, 3, 5, 7, · · · (4.2)
4
Estes comprimentos de onda permitem que a onda estacionária gerada tenha um nodo de
pressão (ventre de deslocamento) em uma extremidade aberta do tubo, e um ventre (nodo de
deslocamento) na extremidade fechada do tubo. Como ocorre para o tubo aberto, cada va-
lor sucessivo de n descreve um estado no qual um e meio comprimento de onda se ajusta às
extremidades do tubo, conforme ilustra a Figura ⁇.
√
B
V = (4.3)
ρ
em que ρ é a densidade do meio em equilíbrio, B é o módulo de compressibilidade, o qual é
definido pela razão entre a variação da pressão, ∆P , e a variação relativa do volume, ∆V /V ,
por ela provocada:
−∆P
B= (4.4)
(∆V /V )
Podemos calcular a velocidade das ondas sonoras em um gás de uma outra forma, através
da equação:
√
γRT
V = (4.5)
M
em que R é a constante dos gases ideais, T é a temperatura em Kelvin, M a massa molar do gás e
γ uma constante que depende da natureza do gás. Para o ar temos M = 28, 9645 x 10−3 kg/mol
e γ = 1, 4. Isso quer dizer que a zero ºC, a velocidade do som no ar é de aproximadamente
331,3 m/s.
Portanto, a velocidade de propagação de uma onda sonora depende das características físi-
cas do meio pela qual ela se propaga, como por exemplo:
Procedimento
• Faça a montagem conforme ilustra a Figura ⁇.
• Escolha uma das frequëncia de ressonância acima de 1200 Hz para ajustar o sistema.
Frequências mais altas são mais fácil de ser detectadas pelo microfone.
29
Figura 4.5: Arranjo experimental para determinação da velocidade do som. Adaptado manual
da PASCO.
• Comece fazendo o experimento usando o tubo aberto (a configuração com duas extremi-
dades fechadas correspondem a configuração de tubo aberto nas duas extremidades).
• Ajuste o osciloscópio de tal forma que seja possível visualizar de forma clara e nítida o
sinal.
• Use o êmbolo para caminhar pelo tubo e observe que no osciloscópio o sinal irá aumentar
ou diminuir. Ao encontrar um desses pontos verifique na régua a posição (valores em cm,
cuidados com unidades). Encontre todos os máximos e os mínimos possíveis e anote-os
na Tabela ⁇.
• Faça o mesmo procedimento para o tubo fechado (uma extremidade aberta e a outra
fechada). Repita o procedimento anterior e a note os dados das posições de máximos e
mínimos na Tabela ⁇.
Tabela 4.1: Dados para tubo fechado. Tabela 4.2: Dados para tubo fechado.
f usada (Hz): f usada (Hz):
n Mínimo Máximo n Mínimo Máximo
Tabela 4.3: Dados obtidos para velocidade do som em tubo aberto e fechado.
Tipo de Tubo A B r λ (m) f f (Hz) v (m/s) V (m/s) % erro
Aberto
Fechado
Use como V(m/s) o valor calculado da velocidade do som pela Eq.⁇.
Procedimento
1. Encher a bacia até cerca de 1 cm abaixo da linha com água e colocá-la sobre uma base
segura contra deslizamento. Não colocar a bacia nem alto, nem baixo demais (o processo
de atrito precisa ocorrer de forma que os antebraços e o tronco estejam em ângulo reto).
2. Polir os cabos com lã de aço ou similar, tirar toda a gordura com detergente ou álcool.
32
3. Lavar as mãos. Elas precisam estar absolutamente livres de gordura (o menor traço de
gordura na pele impede o funcionamento).
4. Para gerar oscilações deve-se posicionar as palmas das mãos levemente umedecidas nos
cabos da bacia de ressonância e friccioná-las com pouca pressão por igual e lentamente,
movimentando as mãos de maneira sincronizada. Em pouco tempo soa um tom harmô-
nico e as ondas de ressonância são visíveis na superfície da água. O tom deve ser de baixa
frequência.
4.8 Bibliografia
1. HALLIDAY, D.; RESNICK, R. Fundamentos da Física. 6.ed. Rio de Janeiro: LTC, 2002.
cap 16-18, v.2.
2. SERWAY, R. A.; JR. JEWETT, J. W. Princípios de Física. 1.ed. São Paulo: Thomson,
2004. cap. 12-14, v.2.
3. TIPLER, A.P.; MOSCA, G. Física. 5.ed. Rio de Janeiro: LTC, 2006. cap. 14, v.1.
4. BAKKEN, C.; AYARS, C. Instruction Manual and Experiment Guide for the PASCO
Scientific Model WA-9612. Resonance Tube. 1988.
33
4.9 Exercícios
1. Qual o objetivo de se usar um tubo para se estudar ondas sonoras? Explique.
2. Um cientista precisa determinar qual é o gás que está contido em um recipiente cilín-
drico. Para tal verificação ele utiliza o método usado acima. A frequência usada nos
experimentos foi de 1600 Hz, e os dados obtidos são tabulados na Tabela ⁇. Ao determi-
nar a velocidade do som nesse gás, e baseado nos dados da Tabela ⁇, indique o gás que
está contido no recipiente. Considere para efeito de comparação um erro de até 10%.
Tabela 4.4: Comprimento do tubo em função do número de modos, para f = 1600 Hz.
n 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
l (m) 0,41 0,83 1,22 1,62 2,02 2,4 2,82 3,21 3,61 4,10
5. No experimento de cordas vibrantes vimos que quanto maior a densidade linear da corda,
menor a a velocidade da onda se propagando nesse meio. Mas, se a densidade de um
sólido é maior que o ar, por que a velocidade do som é muito maior em meios sólidos do
que em meios gasosos ?
Experimento 5
Cuba de Ondas
• O que são ondas planas? O que são ondas esféricas? O que é frente de onda?
5.2 Introdução
Uma cuba de ondas é um aparato que serve para gerar ondas em uma superfície (usualmente
água), e que nos permite observar os fenômenos físicos envolvidos na propagação de ondas no
meio. É possível também, fazermos uma anologia entre os fenômenos de propagação de ondas
mecânicas com as ondas de luz, devido à similaridade existente entre elas, embora as ondas
mecânicas necessitem de um meio para se propagar e as ondas eletromagnéticas não.
Figura 5.1: Ilustração da luz passando pela ondas geradas na superfície da água.
34
35
A B
Frente de Onda
t
Frente de Onda
c∆
(original)
b
(nova)
b c ∆t
b
b
b
A′ B′
(a) (b)
Ao gerarmos uma perturbação num meio líquido, a sua superfície livre se ondula e se pro-
paga ao longo do plano determinado por ela, conforme ilustrado na Figura ⁇. Os raios lumi-
nosos, provenientes da lâmpada, ao encontrar uma superfície curva irão convergir ou divergir
nestas lentes formadas pelas cristas e ventres da onda que se propaga na água. As cristas funci-
onam como lentes convergentes, gerando as regiões claras, enquanto que os vales como lentes
divergentes, gerando as regiões escuras, quando projetadas em um anteparo. O comprimento
da onda λ é dado pela distância entre dois pontos claros (ou escuros).
Vale ressaltar que, tanto as ondas planas quanto as esféricas mantêm automaticamente suas
formas conforme se propagam pelo meio devido ao princípio de Huygens, conforme ilustra a
Figura ⁇. Em (a) temos uma onda plana, sendo que cada ponto sobre a frente de onda original
(AA’) se torna uma nova fonte de onda de uma nova onda esférica. Após um curto período de
tempo ∆t, o envelope de todas as novas ondas está no plano (BB’), que também é uma onda
plana porque está localizada a uma distância fixa c∆t do plano AA’ em que c é a velocidade da
onda.
No caso de ondas esféricas, o envelope também é esférico. As ondas se propagam da fonte
em todas as direções da frente de onda original. Note que uma onda emergente de um fonte
pontual se propaga como uma onda esférica.
Temos como objetivo nesta aula demonstrativa identificar ondas em duas dimensões e in-
vestigar os diversos fenômenos físicos que ocorrem com essas ondas: reflexão, refração, difra-
ção e interferência de duas fontes.
1. Observe o que será explicado pelo professor. Esta é uma aula demonstrativa. Responda
as perguntas conforme o experimento for sendo realizado.
36
2. Inicialmente vamos deixar cair uma gota de água, sobre a superfície da água na cuba, e
depois vagarosamente, outras gotas serão liberadas. Como essas ondas na superfície da
água está relacionada a música e ao som?
4. Qual é o tipo de frente de ondas que são produzidos pelas gotas que caem na superfície
da água? Por que que elas possuem essa forma e não outra forma?
5. Agora teremos uma fonte vibrando a uma determinada frequência e amplitude. Veja a
Figura ⁇ para fazer o esboço do que está sendo observado.
6. Agora colocamos um refletor curvado. O que você observa? Faça o esboço do que você
visualiza. Indique aonde seria a distância focal do lado côncavo do anteparo.
7. Em seguida vamos estudar a difração. A frequência nesse caso será ajustada para o seu
valor máximo. Vamos inicialmente colocar dois anteparos separados por: a) uma distân-
cia > 5 cm e b) uma distância menor que 0,5 cm. Em que situação a fenda se comporta
próximo de uma fonte pontual? Em que situação a fenda se comporta como uma fonte de
ondas planas? c) Agora a fenda terá uma distância de 3 cm, e vamos variar a frequência
das ondas incidentes. Pergunta-se qual frequência (alta ou baixa) que faz com que as
ondas se espalhem mais ao passar pela fenda? d) Quando dizemos “largo” e “estreito”
para distinguir dois comportamentos nas situações a) e b), a que dimensão estamos com-
parando a ele?
8. Para finalizar nosso experimento vamos agora estudar a interferência de duas fontes. A
frequência é ajustada para seu valor máximo. Faça o esboço do que é observado. Anote
no desenho com um C o lugar em que é observada uma região Construtiva e com um D
em que é observada uma região destrutiva. A diferença do caminho percorrido ∆L é a
diferença na distância de um qualquer ponto até cada uma das fontes. a) O que é ∆L ao
longo da linha pontilhada? b) O que deve ser ∆L, em termos de comprimento de onda,
para a interferência construtiva? Coloque no seu esboço qual deve ser o ∆L apropriado
para cada região C. Faça o mesmo para a região D. c) O que acontece nas regiões C e D
e por que? Em particular o que o corre quando a fase é 180º?
37
a) b) c)
d) e) f)
g) h) i)
b b
5.6 Bibliografia
1. HALLIDAY, D.; RESNICK, R. Fundamentos da Física. 6.ed. Rio de Janeiro: LTC, 2002.
cap 16-18, v.2.
2. SERWAY, R. A.; JR. JEWETT, J. W. Princípios de Física. 1.ed. São Paulo: Thomson,
2004. cap. 12-14, v.2.
3. TIPLER, A.P.; MOSCA, G. Física. 5.ed. Rio de Janeiro: LTC, 2006. cap. 14, v.1.
4. BAKKEN, C.; AYARS, C. Instruction Manual and Experiment Guide for the PASCO
Scientific Model WA-9612. Resonance Tube. 1988.
Figura 5.4: Figuras de Chladni que podem ser obtidas para uma placa quadrada dependendo da
frequência aplicada.
Experimento 6
6.2 Introdução
Um dióptro é um sistema óptico constituído por dois meios de índices de refração diferentes,
separados por uma superfície plana ou curva de pequena esfericidade. Podemos ainda definir
dióptro como sendo o conjunto de pontos que determinam a superfície de separação entre dois
meios que permitem a passagem da luz. Um exemplo de dióptro é o ar e a água de uma piscina.
Não sofrer desvio ao passar por um dióptro não implica que o raio luminoso não se refrate.
Nesse experimento utilizaremos um dióptro em forma de semicírculo. Responda as questões
observando o que ocorre com a luz ao passar pelo dióptro, depois faça o relatório descrevendo
o experimento e o que foi observado. Use as questões apresentadas para ser a base do seu
relatório. Use as figuras para fazer esboços e anotações. Recomenda-se que o aluno pesquise
antes de fazer o experimento sobre índice de refração e qual é a importância de se saber o índice
de refração de um determinado meio.
40
41
Disco de Hartl
diafragma lente 8D lente 4D
Banco ótico
1. Verifique a posição em que os componentes óticos (fonte de luz, diafragma e lentes) de-
vem ser colocados observando a marcação do banco ótico conforme ilustrado pela Figura
6.1. Faça o alinhamento do feixe de luz ajustando as lentes.
2. Coloque o painel que contem o disco de Hartl na frente do banco ótico de tal forma que
o feixe de luz incidente se torne visível.
3. Se necessário ajuste as lentes para que o feixe de luz fique alinhado e colimado.
6. O que ocorre com o feixe de luz conforme vamos girando lentamente o disco no sentido
horário de 0 a 45º (ângulo entre o raio incidente e a reta normal N)? Quantos feixes de
luz você observa, a quais fenômenos físicos cada um destes feixes está relacionado?
Tabela 6.1: Ângulo de incidência versus ângulo de refração para o dióptro de acrílico.
θ1 θ2 sin θ1 sin θ2 sin θ1 / sin θ2
25
30
45
55
60
75
7. Fixando o ângulo do raio incidente em 45º faça um esboço na Figura ⁇b do que é obser-
vado.
42
8. O que ocorre com o raio refratado, em relação à reta normal, quando o feixe de luz passa
de um meio menos denso para um meio mais denso?
9. O raio incidente, a reta normal (no ponto de incidência) e o raio refratado pertecem a
planos diferentes? Explique.
(a) ◦
(b) ◦ ◦
80◦ 90 80◦ 30◦ 40 50 60◦
70◦ 70◦ 20◦ 70◦
◦ ◦
60 60
10◦ 80◦
50◦ 50◦ ◦
0 90◦
40◦ 40◦
◦
10 80◦
30◦ 30◦
◦
20 70◦
20◦ 20◦
30◦ 60◦
10◦ 10◦
40◦ 50◦
0◦ 0◦
50◦ 40◦
10◦ 10◦
60◦ 30◦
20◦ 20◦
70◦ 20◦
30◦ 30◦
◦ ◦
80 10
40◦ 40◦
90◦ 0◦
50◦ 50◦
80◦ 10◦
60◦ 60◦
70◦ 70◦ 70◦ ◦ ◦
20◦
80◦ 90◦ 80◦ 60 50◦ 40◦ 30
Figura 6.2: Feixe de luz incidindo na superfície de um dióptro de acrílico sobre um disco de
Hartl. Em (a) o feixe incidente é normal à superfície dióptrica, enquanto em (b) o feixe incide
em um ângulo de 45º em relação à normal. Observe que o feixe incide de um meio menos denso
(ar) para um mais denso (acrílico). A linha tracejada é a reta normal.
10. Agora preencha a Tabela ⁇. E explique qual é a relação entre o ângulo de incidência e o
de refração. Há alguma relação entre os senos dos ângulos de incidência e de refração?
Essa razão é constante? Faça a média desses valores.
11. Faça um gráfico de sen θ2 versus sen θ1 . Qual comportamento você observa? Use esses
dados para obter por regressão linear o coeficiente angular da reta. Escreva a equação
que descreve o experimento e indique o coeficiente de correlação. O valor encontrado é
igual ao encontrado tirando a média dos valores encontrados no item ⁇?
12. O coeficiente encontrado independe do tipo do meio material que a luz passa? Explique.
13. A razão entre sen θ2 e sen θ1 é uma constante, chamado de índice de refração relativo do
meio 2 em relação ao meio 1, chamado de n2,1 que é dado pela razão n2 /n1 . Por outro
lado o índice de refração absoluto de um meio (ou índice de refringência absoluto) é a
razão entre a velocidade da luz no vácuo, c, pela velocidade da luz no meio, v, ou seja
n = c/v. Usando o valor do índice de refração do acrílico obtido anteriormente calcule
a velocidade da luz se propagando nesse meio. Considere a velocidade da luz no vácuo
como 299.792 km/s.
43
14. No resultado do item anterior é possível afirmar que o índice de refração absoluto possa
ser menor que a unidade? Justifique a sua resposta.
15. Foi usada luz branca (comprimento de onda médio de 550 nm) no experimento. Caso
fosse usada uma luz vermelha (comprimento de onda médio de 630 nm), o índice de
refração seria maior ou menor? Se a luz fosse azul (comprimento de onda médio de 490
nm)? Explique o porquê.
(a) ◦
(b)
80◦ 90 80◦ ◦
60◦ 70 80◦
70◦ 70◦ 50◦ 90◦
60◦ 60◦ 40 ◦
80◦
50◦ 50◦ 30◦ 70◦
40◦ 40◦ 20 ◦
60◦
30◦ 30◦ 10 ◦
50◦
◦ ◦
20 20 0◦ 40◦
◦ ◦
10 10 10◦ 30◦
◦ ◦
0 0 20◦ 20◦
◦ ◦
10 10 30◦ 10◦
◦ ◦ ◦
20 20 40 0◦
30◦ 30◦ 50◦ 10◦
◦ ◦ ◦ ◦
40 40 60 20
50◦ 50◦ 70◦ 30◦
60◦ 60◦ 80◦ 40◦
70◦ 70◦ 90◦ 50◦
80◦ 90◦ 80◦ 80 ◦
70 ◦ 60 ◦
Figura 6.3: Feixe de luz incidindo na superfície de um dióptro. Em (a) o feixe incidente é normal
à superfície dióptrica, enquanto em (b) o feixe incide em um ângulo de 20º em relação à normal.
Observe que o feixe incide de um meio mais denso (acrílico) e sai para um menos denso (ar).
A linha tracejada é a reta normal.
16. Coloque o dioptro em cima do disco de Hartl conforme a Figura ⁇, ou seja, coloque o
dióptro sobre o disco de tal forma que o feixe de luz incida sobre a superfície curva. O
que ocorreu com o raio de luz ao passar pelo dióptro? Houve refração? Justifique sua
resposta.
17. Gire o disco em 20º ao raio incidente. Qual é o ângulo de refração?
18. Exceto no caso em que o raio incidente é normal à superfície dióptrica, o que acontece
com o raio refratado em relação à reta normal N (no ponto de incidência), ao passar de um
meio mais denso para um meio menos denso? Isso independe do ângulo de incidência?
(responda essa última questão retornando o disco na posição original do item anterior e
girando lentamente até 90º, observando o raio refratado).
19. Qual é o ângulo crítico em que o raio refratado se tornou um rasante à superfície dióptrica
plana?
20. O que ocorre com o raio incidente após atingir este ângulo crítico?
44
21. Calcule o ângulo limite de refração para o acrílico usando o índice de refração obtido
no item ⁇. Compare esse resultado com o valor obtido no item ⁇. Justifique a(possível
)
−1 n1
diferença encontrada. Lembre-se que o ângulo crítico é dado por: θc = sen n2
, em
que n1 é o índice de refração do meio menos denso e n2 o índice de refração do meio
mais denso.
6.6 Bibliografia
1. HALLIDAY, D.; RESNICK, R. Fundamentos da Física. 6.ed. Rio de Janeiro: LTC, 2002.
cap 33, v.4.
2. SERWAY, R. A.; JR. JEWETT, J. W. Princípios de Física. 1.ed. São Paulo: Thomson,
2004. cap. 25, v.4.
3. TIPLER, A.P.; MOSCA, G. Física. 5.ed. Rio de Janeiro: LTC, 2006. cap. 31, v.2.
45
6.7 Exercícios
1. Faça uma lista do índice de refração de diversos materiais.
7.2 Introdução
Para se projetar um sistema óptico constituído de lentes e prismas é necessário conhecer-se
com exatidão o comportamento da luz ao atravessá-los, ou seja, é indispensável conhecer-se
os índices de refração dos vários vidros, ou cristais, formadores dos componentes óticos, para
alguns comprimentos de onda λ ao longo do espectro, onde seu sistema deverá operar. Se
um feixe de luz policromático se propaga num meio material, a velocidade de propagação de
cada onda que o compõe é diferente. Chama-se dispersão a variação da velocidade da luz se
propagando por um meio
Um prisma é formado por dois dióptros planos (superfície que separa dois meios diferentes),
fazendo entre si um determinado ângulo. O índice de refração do prisma, n, depende não
só do meio material que o constitui mas também do comprimento de onda da luz incidente,
λ. Nesse experimento iremos verificar as propriedades dos prismas de 60º e 90º, bem como
entender como ocorre a dispersão da luz e qual a influência do tipo de material no índice de
refração. Portanto recomenda-se que você leia sobre o assunto antecipadamente para melhor
compreender os fenômenos físicos envolvidos antes de fazer o experimento. Faça uma pesquisa
antecipada da utilização de prismas no cotidiano.
46
47
Disco de Hartl
diafragma lente 8D lente 4D
Banco ótico
1. Verifique a posição em que os componentes óticos (lentes, diafragma, fonte de luz) devem
ser colocados observado o banco ótico conforme ilustra a Figura 7.1. Faça o alinhamento
do sistema ótico, ajustando as lentes. Nivele o banco ótico.
2. Coloque o painel que contem o disco de Hartl de tal forma que o feixe de luz incidente
se torne visível.
3. Ajuste as lentes para que o feixe de luz fique alinhado.
4. Coloque o prisma de 90º sobre o disco e ligue a fonte luminosa. Utilize a Figura ⁇a para
representar a trajetória do feixe emergente e descreva o que você observa.
5. Gire o disco de modo que o raio incidente fique perpendicular à hipotenusa. Represente
na Figura ⁇b o percurso do feixe luminoso e aplique as leis de Snell em cada face in-
terna do prisma e descreva o que é observado. Explique porque é possível usá-los nas
aplicações que você pesquisou.
6. Coloque agora o prisma de 60º sobre o disco ótico. Conforme o disco é girado no sentido
horário o que ocorre com o raio emergente?
7. Baseado na observação anterior, use a Figura ⁇a para traçar as trajetórias dos feixes de
luz incidentes nos pontos indicados na figura (considere a luz sendo monocromática).
8. Coloque o prisma de 60º sobre o disco ótico de tal maneira que o feixe incidente passe
pela metade do prisma conforme ilustra a Figura ⁇b. Gire o disco lentamente por um
ângulo de 5º no sentido horário. Descreva o que você observa identificando as cores do
espectro da luz branca (policromática) emitida pela lanterna do banco ótico.
9. Qual foi a cor do espectro da luz branca que sofreu maior refração? E qual a que sofreu
menor refração? Por quê?
10. Se um colega determinasse o índice de refração do material do prisma utilizando uma
luz azul e o outro utilizasse uma luz vermelha, ambos achariam o mesmo resultado? Por
quê?
48
(a) ◦
(b) ◦
◦ 80◦ 90 80◦ ◦ 80◦ 90 80◦
70 70 70◦ 70◦
60◦ 60◦ 60◦ 60◦
50◦ 50◦ 50◦ 50◦
◦ ◦ ◦
40 40 40 40◦
◦ ◦ ◦
30 30 30 30◦
0◦ 0◦ 0◦ 0◦
Figura 7.2: Feixe de luz incidindo na superfície de prisma de 90º sobre um disco de Hartl. Em
(a) o feixe incidente é perpendicular a uma das faces do prisma, enquanto em (b) o feixe incide
perpendicularmente à hipotenusal.
7.6 Bibliografia
1. HALLIDAY, D.; RESNICK, R. Fundamentos da Física. 8.ed. Rio de Janeiro: LTC, 2009.
cap 33, v.4.
49
20◦ 20◦
10◦ 10◦
0◦ 0◦
10◦ 10◦
20◦ 20◦
◦
30 30◦
◦ ◦
40 40
50◦ 50◦
60◦ 60◦
70◦ 70◦
80◦ 90◦ 80◦
Figura 7.3: Use a parte (a) para traçar as possíveis trajetórias baseado no que você observou no
experimento anterior. (b) Esboce o que você observa na dispersão da luz.
Desvio da luz
amarela
Medida da
Luz visível dispersão
vermelho
alaranjado
amarelo
verde
azul
violeta
anteparo
2. SERWAY, R. A.; JR. JEWETT, J. W. Princípios de Física. 1.ed. São Paulo: Thomson,
2004. cap. 25, v.4.
3. TIPLER, A.P.; MOSCA, G. Física. 5.ed. Rio de Janeiro: LTC, 2006. cap. 31, v.2.
Experimento 8
8.2 Introdução
A radiação eletromagnética é emitida em unidades discretas chamadas fótons mas tem pro-
priedade de ondas e pode ser criada pela oscilação ou aceleração de cargas elétricas ou campos
magnéticos. A REM viaja através do espaço com velocidade da luz (299.792.458 m/s), e de uma
oscilação do campo elétrico e magnético que fazem um ângulo reto uma com a outra e são se-
paradas por um comprimento de onda particular. Nessa aula você irá assistir a um vídeo sobre
o espectro eletromagnético produzido pela NASA no qual se discute as características físicas e
a utilização de cada tipo de onda.
8.3 Metologia
Abaixo é feita a transcrição do vídeo que você assistiu. É recomendável fazer várias leituras
dos textos abaixo para que você se possa aprender sobre a grande quantidade de informações
apresentadas, bem como rever o vídeo.
50
51
estão associadas com explosões e erupções solares prejudiciais aos satélites, astronautas e co-
municações na terra. Estamos constantemente aprendendo mais sobre nosso mundo e universo
aproveitando as valiosas informações contidas em diferentes ondas do espectro EM.
Podemos não ser capazes de tapar nossos ouvidos as transmissões de rádio cósmicas, mas cer-
tamente descobrimos muito mais sobre a grande dança cósmica do universo ao ouvirmos seu
som (som de rádio de Saturno).
8.5 Micro-ondas
As micro-ondas estouram pipoca. Podem detectar a velocidade. Provém milhares de canais
telefônicos melhorando a velocidade das chamadas. Mas será que as micro-ondas podem nos
ajudar a entender o mundo e o nosso universo? Vamos ver.
Com comprimentos de ondas no abaixo de 30 cm até um milímetro, as microondas estão
entre as ondas de rádio e o infravermelho. As micro-ondas são usadas nos radares doppler que
são amplamente usados para previsões localizadas de tempo de curto prazo, como as que você
vê no noticiário.
Os satélites revolucionaram a previsão do tempo, fornecendo uma visão global dos padrões
climáticos e temperaturas da superfície. Esta perspectiva ímpar tem aumentado a precisão das
previsões das tempestades tropicais e do clima.
Diferentes comprimentos de onda de micro-ondas, agrupadas em bandas, fornecem dife-
rentes informações aos cientistas. Micro-ondas médias da banda C penetram as nuvens, poeira,
fumaça, neve e chuva para revelar a superfície terrestre. As medições dos satélites de micro-
ondas revelam o gelo no mar ártico todo dia, mesmo onde existem nuvens. Essas medições
mostram grandes variações de um ano para o outro, mas também mostram o decréscimo total
do gelo no mar ártico desde o fim dos anos de 1970, ilustrados aqui com mapas e uma série
temporal do gelo no mar ártico, em setembro no fim do verão e do degelo.
O satélite japonês de recursos terrestres usam micro-ondas de comprimento de ondas lon-
gos, da banda L para mapear florestas através da medição da umidade da superfície do solo
como esta imagem da bacia amazônica, para identificar áreas de desmatamento recente. As
micro-ondas da banda L são também usadas pelo sistema de posição global (GPS) como os que
temos nos carros.
Os cientistas combinam rotineiramente as informações de micro-ondas, com informações
de outras partes do espectro EM para estudar a composição de poeira cósmica, ou de uma
supernova como desta imagem de supernova que combinam dados de raios X, rádio e micro-
ondas. Esta supernova descoberta recentemente na via láctea explodiu há apenas 140 anos, por
ocasião da guerra civil americana.
Um fenômeno importante é único para as micro-ondas. Em 1965, usando micro-ondas
longas da banda L, Arno Penzias e Robert Wilson fizeram uma descoberta acidental incrível;
eles detectaram o que acharam ser ruído dos seus instrumentos, mas era de fato um sinal de
fundo constante vindo de toda parte do espaço. Esta radiação é chamada ”radiação cósmica
de fundo”e se nossos olhos pudessem ver micro-ondas, todo o céu brilharia com um brilho
uniforme em toda direção. A existência dessa radiação de fundo serviu como uma importante
evidência para defender a teoria do ”big bang”de como o universo começou.
As micro-ondas se tornaram o elemento principal e milagre da vida moderna. Elas também
são a espinha dorsal das comunicações e sistemas de detecção na terra, e elas são um excelente
guia para a história antiga e as origens do universo.
54
suficente para os cientistas determinar o saldo total da radiação da terra. Outros instrumentos
da NASA monitoram as mudanças em outros aspectos do sistema climático da terra, como
as nuvens, partículas aressóis, ou refletividade superficial, e os cientistas estão examinando
muitas interações com o saldo de energia. Uma porção da radiação solar que está pouco acima
do espectro visível é chamado de infravermelho próximo. Os cientistas podem estudar como
esta radiação se reflete da superfície da terra para entender as mudanças na cobertura da terra
como crescimento das cidades, ou mudanças na vegetação.
Nossos olhos percebem que uma folha é verde porque os comprimentos de onda na região
verde do espectro de luz visível são refletidas enquanto os outros comprimento de ondas visíveis
são absorvidos. Já, a clorofila e a estrutura celular da folha também reflete luz do infravermelho
próximo, luz que não podemos ver. Esta radiação de infravermelho próximo refletida pode ser
detectada por satélites, permitindo aos cientistas estudar a vegetação do espaço.
Usando estes dados, os cientistas podem identificar alguns tipos de árvores, podem exami-
nar a saúde de uma floresta, e até mesmo monitorar a saúde da vegetação, como uma floresta
de pinheiros infestada de besouros ou as plantações afetadas pela seca.
Estudando a emissão e reflexão das ondas de infravermelho ajuda-nos a entender o sistema
terrestre e seu saldo de energia. Dados de infravermelho próximo podem também ajudar os
cientistas estudar a cobertura da terra, como mudanças na neve, gelo, florestas, urbanização e
agricultura.
Os cientistas estão começando a desvendar os mistérios dos objetos gelados do universo,
tais como planetas, estrelas geladas, nebulosas, e muito mais usando ondas de infravermelho.
de onda mais longos vermelho e amarelo, são capazes de de atravessar a atmosfera, criando
lindos ocasos (por do sol).
Quando os cientistas olham para o céu, eles não veem apenas azul, eles veem pistas sobre
a composição química de nossa atmosfera. Entretanto, a luz visível revela mais que apenas
composição. Conforme os objetos aumentam a temperatura, eles irradiam energia com um
comprimento de onda mais curto, mudando a cor diante dos seus olha. Veja uma chama indo
do amarelo para o azul, conforme o gás é ajustado.
Da mesma forma, a cor dos objetos estelares fornecem aos cientistas muito sobre sua tem-
peratura. Nosso sol produz mais luz amarela do que do qualquer outra cor por causa da tem-
peratura em sua superfície. Se a temperatura da superfície do sol fosse menos quente, por
exemplo, 3000 ºC, ele apareceria avermelhado, como as estrelas Antares e Betelgeuse. Se o sol
fosse mais quente, por exemplo, 12.000 ºC, ele pareceria azul como a estrela Rigel.
Como todas as partes do EM, os dados sobre a luz visível pode também ajudar os cientistas
estudar mudanças na terra, como entender os estragos causados por uma erupção vulcânica.
Esta imagem do NASA EO-1 combina dados tanto da luz visível quanto de infravermelho para
distinguir entre neve e cinza vulcânica, e ver a vegetação mais claramente.
Desde 1972, as imagens do satélite da NASA Landsat vem combinando dados da luz visível e
infravermelha para permitir os cientistas estudar mudanças em cidades, vizinhanças, florestas,
e fazendas com o passar do tempo. As imagens de luz visível enviadas pelas sondas da NASA
na superfície de Marte mostra-nos o que seria estar um outro planeta. Elas abriram nossas
mentes, imaginação e nosso entendimento. Os instrumentos da NASA podem fazer mais do
que detectar passivamente a radiação, eles podem enviar ondas eletromagnéticas para mapear
a topografia. O altímetro laser orbitando marte envia um pulso de laser para a superfície do
planeta e mede o tempo que o sinal leva para retorna.
O tempo decorrido permite calcular a distância do satélite até a superfície. Conforme as
naves sobrevoam montanhas, vales, crateras e outros tipos de superfície, o tempo que retorna
varia e fornece um mapa topográfico da superfície do planeta.
De volta à órbita da Terra, a missão ICESat da NASA usa a mesma técnica para coletar
dados sobre a elevação do gelo polar e ajuda a monitorar mudanças na quantidade de água
armazenada como gelo em nosso planeta. Os altímetros laser podem também fazer medidas
ímpares da altura das nuvens,a cobertura vegetal das florestas, e pode ”ver”a distribuição dos
aerosóis de fontes, tais como: tempestade de poeiras e fogo em florestas.
Finalmente, a luz visível ajuda-nos a explorar os mais longínquos lugares do universo que
o homem não poderia alcançar fisicamente. Incontáveis imagens que aguça nossa imaginação,
e instiga nossa curiosidade e aumenta nosso entendimento sobre o universo.
fotográfico poderia se tornar preto rapidamente na luz azul do que na luz vermelha. Então ele
tentou expor o papel além do fim do violeta do espectro visível. Seguro o bastante, o papel se
tornou preto, provando a existência da luz além do violeta, os raios ultravioletas.
Estes raios ultravioletas, ou radiação UV, varia em comprimento de onda de 400 nm a 10
nm e pode ser subdividido em 3 regiões: UV-A, UV-B e UV-C. A luz visível do sol passa através
da atmosfera e atinge a superfície terrestre. Os UV-A, ultravioleta de ondas longas, é o mais
próximo da luz visível. a maioria dos UV-A também atingem a superfície. Mas comprimentos
de onda mais curtos chamados de UV-B, são os raios prejudiciais que causam a queimadura
solar. Felizmente, cerca de 95% destes UV-B prejudiciais são absorvidos pela camada de ozônio
e são quase que completamente absorvidos pela nossa atmosfera.
O instrumento de monitoramento de ozônio abordo do satélite da NASA Aura detecta a
radiação ultravioleta para ajudar os cientistas a estudar e monitorar a química da nossa atmos-
fera, incluindo o ozônio absorvedor de UV.
Enquanto que a proteção atmosférica da radiação UV prejudicial é boa para os humanos…
Ela complica o estudo dos raios UV produzidos naturalmente no universo pelos cientistas aqui
na superfície da terra.
Estrelas jovens brilham a maior parte de sua luz além do espectro de luz visível em com-
primento de ondas no ultravioleta. Os cientistas necessitam de telescópios na órbita acima da
atmosfera absorvedora de UV da terra para descobrir e estudar estas regiões de brilho-UV da
formação de estrelas em galáxias distantes.
Novos grupos de estrelas jovens nos braços espirais da galáxia M81 podem ser visto nesse
GALEX (Explorador da Evolução de Galáxia), imagem da NASA.
Substâncias químicas, ambos átomos e moléculas, interagem com a luz UV fazendo esta
região particularmente interessante para os cientistas.
Um instrumento de ultravioleta abordo da sonda Cassini detectou hidrogênio, oxigênio,
água com gelo, e metano no sistema saturno.
Dados de UV também revelaram detalhes da aurora de saturno. Cientistas também usam
ondas UV brilhando de estrelas distantes para ver regiões permanentemente sombreadas das
crateras lunares. O projeto Lyman-Alpha ou LAMP instrumento abordo da sonda lunar Re-
connaissance da NASA pode usar este fraco brilho estrela para verificar possível água e gelo
na lua. Os raios ultravioletas podem ser prejudiciais aos humanos, mas eles são essenciais para
estudar a saúde de nosso planeta da atmosfera protetora, e dar-nos valiosas informações sobre
a formação e composição de objetos celestiais distantes.
8.9 Os raios X
Uma estrela explode em uma ofuscante supernova, espalhando raios X através da galáxia
deixando seus vestígios. Os raios X também permitem ao dentista identificar qual dente deve
ser tratado, e a um ortopedista qual osso está quebrado. Em 1895 Wilhelm Roentgen descobriu
que ao incidir raios X nos braços e nas mãos criavam misterioras, mas detalhadas imagens de
dentro dos ossos.
Os raios X são raios de luz com alta energia e com comprimento de onda 3 e 0,03 nano-
metros. Tão pequenos que alguns raios X são um pouco maior que alguns átomos individuais.
Em laboratório, cientistas incidem raios X em substâncias desconhecidas para descobrir quais
58
elementos elascontém e decodificar sua estrutura atômica. É assim que os cientistas descobrem
moléculas complexas como a pinicilina e o DNA. Os cientistas podem também detectar raios X
emitidos de objetos extremamente quentes e energético no universo. Os robôs da NASAregis-
traram raios X para identificar a assinatura espectral dos elementos, tais como zinco e níquel,
em rochas marcianas. Os raios X podem também revelar a temperatura de um objeto, uma vez
que a temperatura determina o comprimento de onda da sua radiação. Quanto mais quente
o objeto, menor é o seu comprimento de onda. Os raios X provém de objetos que estão em
ebulição a milhões de graus, tais como os pulsares buracos negros, supernovas, ou plasma da
corona do sol.
Nosso sol tem uma temperatura superficial em torno de 6000 ºC e irradia a maior parte de
sua energia em comprimento de onda da luz visível. Mas é mais fácil estudar o fluxo massivo
de energia da corona de plasma observando raios X com esta imagem do satélite Hinode, de
uma missão da NASA com o Japão. O satélite SOHO da NASA obteve estas imagens de raios
X do sol que permite aos cientistas ver e registrar os fluxos de energia dentro da corona.
O observatório de raios X da NASA Chandra detecta raios X criados por objetos espalhados
pelo espaço, como esta explosão de supernova que ocorreu há 10.000 anos luz da terra. As cores
no gás e na nuvem de poeira corresponde a diferentes níveis de energia dos raios X criados na
explosão.
raios X de diferentes comprimentos de onda fornecem informações sobre a composição
de um objeto, temperatura, densidade ou seu campo magnético. Os olhos humano pode não
ser capaz de detectar raios X mas, desde corpos celestes em ebulição, a elementos atômicos
individuais, os raios X fornecem uma variedade de informações para os cientistas explorar.
não detecta diretamente os raios gama. Ao invés disso, eles detectam as partículas carregadas
criadas por aquelas colisões.
Os cientistas tem usado os raios gama para determinar os elementos que compõem o solo
marciano. Uma vez atingidos pelos raios cósmico, os elementos químicos no solo, ou rochas
emitem sinais únicos, as ”digitais”da energia na forma de raios gama.
O espectrômetro de raios gama da sonda da NASA, Mars Odyssey Orbiter, detecta e mapeia
essas digitais, como esse mapa de concentração de hidrogênio. Os raios gama emanam de
estrelas, supernovas, buracos negros, e pulsares que banham nosso céu com luz de raios gama.
O telescópio Fermi de raios gama da NASA fez imagens da localização dessas fontes, mapeando
a Via Láctea criando uma visão de 360 graus da galáxia em relação nossa perspectiva aqui na
terra.
Enquanto que a luz visível no céu é previsível e segue padrões regulares, os raios gama não.
Rajadas radiação gama de alta-energia chegam do espaço profundo todo dia. Essas explosões
de raios gama duram frações de segundos até minutos, piscando como lâmpadas cósmicas,
dominando momentaneamente o céu de raios gamas, e então se esvaindo. Este vídeo do Pulsar
Vela mostra a emissão de raios gama a cada 89 s conforme ele gira. As rajadas de raios gama
são os mais energéticos e luminosos eventos eletromagnéticos desde o Big Bang, e pode liberar
mais energia em 10 segundos que nosso sol emitirá em 10 bilhões de anos.
O satélite SWIFT da NASA registrou esta rajada de raios gama de uma explosão de 13
bilhões de anos luz atrás. Ela está entre os mais distantes objetos já detectados, quando o
universo tinha apenas 630 milhões de anos. Uma observação recente de rajadas de raios gama
produziu a maior energia até hoje, o equivalente a 9.000 supernovas típicas! Ao continuar
estudar raios gama, vamos desvendar fatos importantes para a astronomia, e uso no tratamento
na medicina, e permitirá melhorar a proteção de nossos satélites e outros aparelhos eletrônicos
aqui na terra.
8.12 Bibliografia
1. HALLIDAY, D.; RESNICK, R. Fundamentos da Física. 6.ed. Rio de Janeiro: LTC, 2002.
cap 33, v.4.
2. SERWAY, R. A.; JR. JEWETT, J. W. Princípios de Física. 1.ed. São Paulo: Thomson,
2004. cap. 25, v.4.
3. TIPLER, A.P.; MOSCA, G. Física. 5.ed. Rio de Janeiro: LTC, 2006. cap. 30, v.2.
9.2 Introdução
Nesse experimento serão explorados os fenômenos básicos de interferência e difração, nos
quais se apóiam as técnicas de identificação ou reconhecimento de átomos. O método usado é
o mesmo da experiência Thomas Young que em 1801 comprovou a teoria ondulatória da luz.
Usando a técnica de Young vamos determinar o valor médio do comprimento de onda da
luz branca e em seguida, sabendo-se o comprimento da luz monocromática incidente (laser de
He-Ne) vamos determinar o espaçamento de uma rede (fio de cabelo ou tecido).
Para o primeiro procedimento utilizaremos uma rede de difração, que é uma lâmina con-
tendo um número elevado de fendas paralelas entre si, que possuem a mesma largura e estão
espaçadas em intervalos regulares e iguais entre si. A distância entre duas fendas consecutivas
é denominada espaçamento da rede, sendo representada por d, conforme ilustra o detalhe da
Figura ⁇.
Observe que no ponto P , a onda originária do orifício inferior percorre um caminho mais
longo. Este “atraso” é dado por ∆x e vale d sen θ, em que d é a constante da rede (distância que
separa duas fendas consecutivas) e θ é o ângulo entre a direção horizontal L e a direção entre
a abertura da fenda ao ponto P. Para que tenhamos uma interferência construtiva no ponto P
devemos ter um ∆x igual a um número inteiro de comprimentos de onda que toma os valores
de m = 0, 1, 2, 3... e assim por diante. Nesse caso a expressão que representa uma interferência
construtiva é dada por:
61
62
2 b P (m = 1)
Grade de √ OP
anteparo
difração
L2 +
θ L O (m = 0)
d
b
P (m = 1)
θ
d θ L
∆x
mλ = d sen θ m = 0, 1, 2, 3, · · · (9.1)
em que
cateto oposto OP
sen θ = =√ (9.2)
hipotenusa 2
OP + L2
Quando a largura de cada fenda for da ordem de grandeza dos comprimentos de onda da luz
visível, a luz atravessa o conjunto de fendas e produz em um anteparo distante uma distribuição
de intensidades luminosas relativas, conforme pode ser observado na Figura ⁇.
Se a luz incidente na rede de difração for policromática, tal como a luz branca usada no
experimento, o máximo central (m = 0) terá a mesma cor da luz incidente. Por outro lado, à
direita e à esquerda teremos máximos e mínimos que se sucedem, com m = 1, 2, 3, chamados
de máximos de 1ª, 2ª e 3ª ordem. No laboratório devido às condições de iluminação será possível
observar somente o máximo de 1ª ordem (do 2º máximo pode ser visto apenas uma penumbra),
conforme ilustra a Figura ⁇.
Todavia, caso a luz incidente seja um lâmpada espectral, a parte central é constituída de
luz da mesma cor emitida pela lâmpada, à direita do observador ocorre a separação da luz da
lâmpada em linhas verticais características. Cada átomo tem uma “impressão digital” própria.
As cores variam do vermelho ao violeta, se houver, constituindo o espectro de 1ª ordem da
lâmpada. À esquerda, o espectro é idêntico ao da direita, porém localizado simetricamente em
relação à parte central.
Dependendo do número N de fendas por unidade de comprimento da rede, pode-se ob-
servar que, tanto à direita quanto à esquerda, há repetição nos espectros, constituindo então
63
Figura 9.2: Difração de Fraunhofer de fenda única. Em (a) O padrão consiste de uma franja
central clara, tendo franjas claras e escuras alternadas. Em (b) a fotografia do padrão de difração
de Fraunhofer de fenda única na condição de a ≈ λ.
Figura 9.3: Difração da luz branca ao passar pela grade e projetada no anteparo.
ordens superiores à primeira. Nas Figuras ⁇ e ⁇ são ilustrados os espectros de emissão de uma
lâmpada de sódio e de mercúrio, respectivamente. Isso você poderá observar nessa aula.
380 400 420 440 460 480 500 520 540 560 580 600 620 640 660 680 700 720
380 400 420 440 460 480 500 520 540 560 580 600 620 640 660 680 700 720
Grade de b
Banco ótico
marca 0A 38 mm 205 mm
Procedimento 1
1. Certifique-se com o professor o número de fendas da grade de difração, determine a
constante de rede, dada por d= 1/N, em que N é o número de fendas. Anote o resultado
obtido na Tabela ⁇. Todos os valores de λ deverão ser dados em nanometro (nm), 1 nm
= 10−9 m.
2. Coloque os componentes no banco ótico conforme ilustra a Figura ⁇. O Painel com a
régua superposta deve estar fixada banco ótico.
3. A régua magnética sobre o painel deve ficar 90º do feixe incidente.
4. Posicione o máximo central do feixe luminoso branco no zero da régua. A imagem que
você vai observar deve ser semelhante a da Figura ⁇. Caso seja necessário movimente
levemente a rede de difração para que o conjunto de faixas coloridas fique alinhado sobre
a régua. A dostância de 205 mm é para ser tomada como referência, podendo movimentar
a lente para frente ou para trás a fim de melhorar o foco do feixe de luz.
5. Procure deixar a faixa com as cores equidistantes. Por exemplo se a região do vermelho
à esquerda estiver em 280 mm, a da direita também deverá estar em 280 mm.
6. Anote a distância L, que é a distância entre a grade de difração e o anteparo. Essa distância
deve ser mantida até o fim dessa primeira etapa do experimento.
7. Identifique as cores observadas. Pode-se usar filtros para verificar o valor médio de cada
cor. Anote na Tabela ⁇ os valores em que se observa as cores mais intensas, ou seja, a
distância OP . Lembre-se que você estará calculando o valor do comprimento médio da
luz.
8. Calcule agora o valor do seno do ângulo usando a Equação ⁇. Use m = 1.
9. Calcule o valor médio do comprimento de onda de cada cor.
65
10. Substitua a fonte de luz branca por um Laser de He-Ne. Use o mesmo procedimento para
determinar o seu comprimento de onda.
11. Qual o comprimento de onda do Laser de He-Ne? Este valor é compatível com o indicado
pelo fabricante (630 a 670 nm)? Por que essa luz é monocromática?
Procedimento 2
Nesse procedimento você fará o processo oposto da primeira parte. Você tem um laser (He-
Ne) que emite luz vermelha (use o valor do comprimento de onda do laser que você encontrou
anteriormente) e determine a constante de rede d e o número de linhas N da grade ou fio
fornecidos.
5. Use um fio de cabelo para fazer o mesmo experimento, no caso termos difração por fenda
única.
6. Determine o diâmetro do fio de cabelo.
7. Como demonstração você terá a disposição uma lâmpada de sódio e uma de mercúrio.
Pegue uma grade de difração e use-a para olhar na luz emitida pelas lâmpadas. Verifique
se o espectro é semelhante ao ilustrado na Figuras ⁇ e ⁇.
9.6 Bibliografia
1. HALLIDAY, D.; RESNICK, R. Fundamentos da Física. 8.ed. Rio de Janeiro: LTC, 2009.
cap 35, v.4.
2. SERWAY, R. A.; JR. JEWETT, J. W. Princípios de Física. 1.ed. São Paulo: Thomson,
2005. cap. 27, v.4.
3. TIPLER, A.P.; MOSCA, G. Física. 5.ed. Rio de Janeiro: LTC, 2006. cap. 33, v.2.
4. YOUNG H. D.; FREEDMAN, R. A., Física IV: ótica e física moderna. 12. ed. São Paulo:
Addison Wesley, 2009. cap. 35, v. 1.
Experimento 10
• O experimento de Michelson-Morley;
10.2 Introdução
O senso comum no fim do século XIX era de que as leis de Newton para a mecânica e
gravitação eram suficientes para descrever com precisão o comportamento dos corpos celestes e
terrestres, todavia dois fatos ainda intrigavam os cientista da época. A existência ou não do éter,
tido como um meio material que servia de suporte à propagação das ondas eletromagnéticas –
luz, por exemplo; e a distribuição de energia da luz na radiação do corpo negro.
Em 1881, o físico estadunidense Albert Abraham Michelson (1852-1931) concebeu um ex-
perimento para medir a velocidade da luz, que foi repetido várias vezes e sob várias condições
por Edward Williams Morley (1838-1923).
O experimento foi concebido para determinar a velocidade da terra em relação ao existência
do éter, até então considerado hipotético. Todavia, o experimento não conseguiu provar alguma
mudança no padrão de interferência devido ao éter, e muitos esforços foram feitos para provar
que isso estava errado. Somente em 1905 Einstein explica o porquê de tal resultado através da
teoria especial da relatividade. Em 1907 Michelson ganhou o prêmio Nobel de física.
O experimento de Michelson consistia de um interferômetro de dois feixes de luz, conforme
ilustra a Figura ⁇. Como pode ser observado o feixe de luz da fonte é dividido em dois por um
semi-espelho posicionado a 45º da fonte, cada um dos feixes resultantes percorrem um caminho
diferente. O primeiro feixe ao passar pelo divisor de feixe é direcionado ao espelho M1 , sendo
refletido e passando novamente para o divisor de feixe até atingir o observador.
67
68
M1 Espelho móvel
′
M1
M M2
Fonte de Luz
Divisor de
feixe
Observador
passa pelo material na caixa. Mude a espessura da caixa e repita o procedimento. É possível
determinar o índice de refração do material usando a frequência de micro-ondas? Lembre-se
que λ = λ0 /n, em que λ é o comprimento de onda, λ0 é o comprimento de onda no vácuo e n
é o índice de refração.
• Qual o índice de refração dos seguintes materiais: vidro, isopor e ferro baseado nos seus
resultados.
10.7 Bibliografia
1. HALLIDAY, D.; RESNICK, R. Fundamentos da Física. 8.ed. Rio de Janeiro: LTC, 2009.
cap 35, v.4.
2. SERWAY, R. A.; JR. JEWETT, J. W. Princípios de Física. 1.ed. São Paulo: Thomson,
2005. cap. 27, v.4.
3. TIPLER, A.P.; MOSCA, G. Física. 5.ed. Rio de Janeiro: LTC, 2006. cap. 31-33, v.2.
4. YOUNG H. D.; FREEDMAN, R. A., Física IV: ótica e física moderna. 12. ed. São Paulo:
Addison Wesley, 2009. cap. 35, v. 1.
10.8 Atividades
1. Por que seria necessário usar um compensador para melhorar os resultados?