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ALINE GARCIA
Professor autor/conteudista
MARLENE BANHOS
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ou terceiros, bem como o seu fornecimento para divulgação em
locais públicos, telessalas ou qualquer outra forma de divulgação
pública, sob pena de responsabilização civil e criminal.
SUMÁRIO
Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
2. Paradigma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
2.1 Objetivismo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
2.1.1 Empirismo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
2.1.2 Positivismo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .14
2.2 Subjetivismo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
2.2.1 Inatismo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
2.2.2 Apriorismo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .17
2.2.3 Idealismo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .18
2.2.4 Racionalismo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
2.3 Paradigmas de pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
3. Metodologias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
3.1 Comparativo relacionado às investigações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
7. Conceito de projeto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
7.1 Projeto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
7.2 Fases de um projeto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
7.2.1 Planejamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
7.2.2 Cronograma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
7.2.3 Execução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56
7.2.4 Entrega ou inicialização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56
7.3 Projeto de inovação educacional (cognitiva) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56
7.3.1 O que é um projeto de pesquisa educativo? . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
7.3.2 Quais são as etapas possíveis de um projeto? . . . . . . . . . . . . . . . . 57
7.4 Análisis de la situación educativaAnálise da situação educacional . . . . . . . . . . . 57
Conclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84
Glossário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85
Bibliografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87
INTRODUÇÃO
Sabemos que, para o sucesso de um projeto, é relevante a aplicação de conhecimentos,
habilidades, ferramentas e técnicas adequadas para ter impacto significativo. Todo projeto
começa com um único propósito: “Cubrir las necesidades y expectativas desatisfazer as
necessidades e expectativas dostodos los participantes que dieron origen al participantes.
Entretanto, compreendemos que as• Dificultad: Las necesidades y expectativas necessidades,
expectativas e son conceptos no mensurables desde unconceitos não são mensuráveis a
partir
de um punto de vista objetivo.ponto de vista objetivo.
Por vezes, ao iniciar um projeto, os primeiros pensamentos são ideias interessantes acerca do
tema do projeto, porém, as ideias sozinhas não constituem um bom projeto. É necessário termos a
clareza de determinar o seu passo a passo, os procedimentos e sequências, para assim realizá-lo
com sucesso.
Podemos pensar que a implementação de um projeto pode ser simples, mas requer muito
trabalho a fazer, necessitando do que chamamos de execução, a ponte entre o plano e o resultado.
Na elaboração de um projeto, é essencial analisar a sua relevância, sua viabilidade, respondendo
questões como: O que vai ser feito? Quanto tempo leva para fazer? Quais são os recursos disponíveis
para fazê-lo, principalmente priorizando as prioridades pessoais e profissionais?
A obtenção dessas respostas significa o primeiro passo para iniciar um projeto, iniciando seu
planejamento, delineando um cronograma com etapas prováveis, buscando e definindo os objetivos,
abordando a missão, valores, visão e o propósito do mesmo para estabelecer os critérios que se
devem atender dentro de um projeto de pesquisa.
Depois de ter elegido uma ideia, precisa-se pensar em como transformá-la em um projeto.
O principal objetivo é atuar com um ponto de partida, ou seja, pesquisar para esclarecer seus
pensamentos sobre alguns aspectos importantes do projeto. Ressaltamos que a investigação no
campo da educação cognitiva exige prioridades que devem ser incorporadas como uma atividade
permanente para as pessoas que trabalham em educação continuada. Para que isto seja possível,
é necessário que se tenha conhecimento bibliográfico e a prática requerida para realizar com
propriedade as pesquisas exigidas. Isto significa que o profissional, desde estudante, deve receber
formação no campo de metodologia da pesquisa.
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É preciso, depois, continuar estudando e pesquisando para contribuir com a geração de
conhecimento. Por meio da pesquisa, pode-se auxiliar a realização de transformações que o sistema
de educação do país merece, e também contribuir para o desenvolvimento cognitivo das pessoas.
Tem-se o propósito de incentivar os aprendentes a incorporar como parte de seu estudo a pesquisa
para a elaboração de projetos.
Caros estudantes!
“Hoje levantei cedo pensando no que tenho a fazer antes que o relógio marque meia-noite.
Posso reclamar porque está chovendo ou agradecer às águas por lavarem a poluição.
Posso ficar triste por não ter dinheiro ou me sentir encorajado para administrar minhas finanças,
evitando o desperdício.
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Posso reclamar sobre minha saúde ou dar graças por estar vivo.
Posso me queixar dos meus pais por não terem me dado tudo o que eu queria ou posso ser
grato por ter nascido.
Posso reclamar por ter que ir trabalhar ou agradecer por ter trabalho.
Posso lamentar decepções com amigos ou me entusiasmar com a possibilidade de fazer novas
amizades.
Se as coisas não saíram como planejei, posso ficar feliz por ter hoje para recomeçar.
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1. BASE FILOSÓFICA DO CONHECIMENTO
Figura 1 – Base filosófica do conhecimento
Será que os profissionais possuem, através dos livros e outros meios, uma fonte confiável
de conhecimento da realidade? The possession of knowledge — especially religious and moral
knowledge — is essential for a life of flourishing.O conhecimento, especialmente o científico, é
essencial para a educação continuada?
A filosofia vem se dedicando para estudar o conhecimento durante muito tempo, com os filósofos
se debruçando sobre este tema desde Platão. A disciplina é conhecida como epistemologia.
A origem da palavra epistemologia é grega, e é a junção de dois termos: episteme, que significa
ciência, e logia, que deriva de logos, significando conhecimento. Podemos dizer, então, que a
epistemologia é o estudo da ciência, estudo sobre o conhecimento filosófico.
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A epistemologia é uma das principais vertentes da filosofia e busca compreender a possibilidade
do conhecimento, buscando saber se o ser humano é capaz de alcançar o conhecimento total e
genuíno. Platão diz em suas obras literárias que o conhecimento é a junção de informações que
explicam e descrevem o mundo em que estamos inseridos, mundo este, considerando o mundo
natural e o mundo social.
• Empirista: Esta vertente defende que o conhecimento deve ser baseado na experimentação,
nas experiências vividas pelos seres humanos e no que for apreendido pelos sentidos. Locke,
Berkeley e Hume são alguns filósofos que defendem esta posição.
• Racionalista: Ao contrário da empirista, esta vertente acredita que o conhecimento e suas
fontes devam vir da racionalidade, da razão, e não da experiência. Como defensores desta
posição temos Leibniz e Descartes.
Saiba Mais!
O Mito da caverna é uma metáfora criada por Platão para tentar explicar a condição de ignorância em
que vivem os seres humanos e o que seria ideal realizarmos para atingir e viver plenamente o mundo
real. Este texto também pode ser encontrado sob a referência de Alegoria da caverna ou Parábola da
caverna e está presente na obra literária de Platão intitulada A República, onde são discutidas a teoria
do conhecimento, a linguagem e a educação. Fonte: <https://www.significados.com.br/mito-da-caverna/>.
1.1 Conhecimento
Pensando no conceito de conhecimento, observemos a ideia do que o conceito conhecer significa.
Se perguntássemos:
Provavelmente perguntaria:
O que é pernóstica?
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Não sabemos. Porém, o que observamos é que a maioria dos adultos tende a não perguntar: O
que é o conhecimento?, antes de avaliar se tem ou não. No mundo adulto, tem-se a pretensão de
saber das coisas, e a maioria das pessoas são bastante confortáveis com isso e existem muitas
explicações para este comportamento. A mais provável, entretanto, é apresentar o senso comum
para explicar tal conceito. Para que o conhecimento seja algo verdadeiro, fora da esfera do senso
comum, podemos submetê-lo:
Contudo, se pensarmos sobre isso, cada uma das assertivas acima pode trazer-nos problemas.
E são exatamente estes problemas filosóficos que nos intrigam e nos motivam a buscar uma
aproximação de uma definição mais científica, confiável e precisa de conhecimento.
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Figura 2 – Pesquisa
Definição de pesquisa
Pesquisa é o desenvolvimento de um conjunto de processos sistemáticos, críticos e empíricos
para se aplicar ao objeto de estudo, questionamento ou investigação de um fenômeno.
Estas duas vertentes têm em comum o emprego de processos cuidadosos, metódicos e empíricos
para a geração de conhecimento, de forma que, na pesquisa, a aplicação das duas é igualitária e
se utilizam cinco etapas interrelacionadas e semelhantes:
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4. Baseadas em evidências na análise, revisão dos pressupostos ou ideias;
5. Novas observações e avaliações para avaliar, esclarecer, modificar, comprovar as suposições
e ideias ou gerar outras.
2. PARADIGMA
Para principiar, lembramos que todo o conhecimento acontece historicamente a partir de um
paradigma.
Podemos compreender paradigma como uma referência, um parâmetro, uma diretriz a ser
seguida, podendo ser compreendido como um conjunto de ideias, coletivas ou individuais. Entretanto,
podemos também afirmar que um paradigma pode servir como critério de referência nos meios
por onde circula, sejam acadêmicos ou não.
Assim sendo, podemos definir como paradigma como um conjunto de valores e crenças aceitos
nas comunidades de pesquisadores e cientistas. Os paradigmas são um conjunto de conhecimentos
e crenças que formam a cosmovisão do mundo e que pode variar, confrontar-se e até assemelhar-
se uns com os outros. Conservando, cada um, suas características especiais no âmbito dentro
do qual foram criadas. Também podemos observar que paradigma é o conjunto de conhecimento
e crenças que formam a visão de mundo, em torno de uma teoria hegemônica em determinado
período histórico.
Thomas Kuhn, em A estrutura das revoluções científicas, trouxe à tona o uso do conceito de
paradigma (do grego parádeigma – literalmente, modelo) é a representação de um padrão a ser
seguido nos anos 1970/80, aplicado à história do fazer científico. Para Kuhn, “Quando mudam os
paradigmas, muda com eles o próprio mundo”.
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Figura 3 – Thomas Kuhn
Fonte: <https://i.ytimg.com/vi/UH_kXuhRIoQ/maxresdefault.jpg>
A partir do objeto de estudo e da relação entre o que se quer conhecer e o objeto a ser conhecido,
entende-se que podemos reunir em dois grupos os modelos de conhecimento: objetivismo e
subjetivismo, lembrando que sujeito e objeto são determinados pelo paradigma de seu tempo.
2.1 Objetivismo
O que se quer dizer quando se afirma que um conhecimento é objetivo? Ao realizar tal afirmativa,
pensamos num conhecimento com um foco já estabelecido, preciso, um conhecimento verdadeiro,
inquestionável e científico.
Ao pensar num conhecimento objetivo, pensamos que as ideias e suposições deste conhecimento
estejam atreladas aos fenômenos objetivos da ciência, e não às experiências subjetivas. Ao realizar a
análise epistemológica, podemos constatar que o conhecimento objetivo tem em comum a supremacia
do objeto em relação ao sujeito na obtenção da verdade, ou seja, quer-se dizer com a produção de
algum tipo de conhecimento que o seu objeto é independente do sujeito do conhecimento.
Por este motivo é que esse modelo de conhecimento é importante na metodologia da pesquisa,
pois ele é quem vai possibilitar a averiguação da objetividade, ou seja, uma vez empregado e
estabelecido o conhecimento objetivo, qualquer ser humano, seguindo as mesmas instruções,
chegará aos mesmos resultados.
Este modelo de conhecimento está relacionado diretamente com a ciência, porque as ciências
naturais ou as ciências exatas têm esse tipo de relação com o conhecimento (objetivo = exato),
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afirmando que um conhecimento é objetivo quando trata exclusivamente sobre o objeto. Como dois
representantes deste modelo de conhecimento destacamos o empirismo e o positivismo.
2.1.1 Empirismo
No decorrer da história da filosofia, muitos filósofos defenderam a tese empirista, mas os mais
famosos e conhecidos são os filósofos ingleses dos séculos XVI ao XVIII, chamados, por isso, de
empiristas ingleses: Francis Bacon, John Locke, George Berkeley e David Hume.
Um dos principais representantes do empirismo é John Locke e sua corrente da tábula rasa,
onde afirmava que o ser humano desconhecia tudo, mas que através de tentativas, erros, fracassos,
acertos, o ser humano poderia aprender e conquistar experiência. Sua teoria da tábula rasa também
é citada na origem do behaviorismo, buscando entender os processos mentais internos do ser
humano.
Outros filósofos que estão associados ao empirismo são Aristóteles, Tomás de Aquino, Thomas
Hobbes e John Stuart Mill.
O objetivismo tem como linha central o que pode ser apreendido do mundo pelas experimentações,
pelos sentidos, em oposição ao racionalismo, que trata a razão como centro do conhecimento. No
empirismo, a verdade vem sempre a posteriori.
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Figura 4 – John Locke
Saiba Mais!
Considerado um dos mais importantes pensadores da doutrina liberal, John Locke nasceu em 1632,
na cidade de Wrington, Somerset, região sudoeste da Inglaterra. Era filho de um pequeno proprietário
de terras que serviu como capitão da cavalaria do Exército Parlamentar. Mesmo tendo origem
humilde, seus pais tiveram a preocupação de dar ao jovem Locke uma rica formação educacional que
o levou ao ingresso na academia científica da Sociedade Real de Londres. Para saber mais, acesse:
<http://brasilescola.uol.com.br/sociologia/ciencia-politica.htm>.
2.1.2 Positivismo
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Figura 5 – Auguste Comte
Fonte: <http://cdn.yourarticlelibrary.com/wp-content/uploads/2013/12/c58.jpg>
Curiosidade!
Fonte: <https://educacao.uol.com.br/biografias/auguste-comte.htm>.
2.2 Subjetivismo
O que se quer dizer quando se afirma que um conhecimento é subjetivo?
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Nos modelos de conhecimento desta natureza, há a prioridade da relação do sujeito-objeto em
razão das capacidades do sujeito, resultando num conhecimento mais da criação do sujeito do que
da relação com o objeto de estudo em si.
2.2.1 Inatismo
Esta ideologia filosófica acredita no caráter inato das ideias dos homens, ou seja, que suas ideias
e conhecimentos já nascem com o ser humano. Esta ideologia afirma que, independentemente do
que o ser humano tem como experiência após seu nascimento, as bases de seus conhecimentos
antecedem estas experimentações, pois já nasceram com o indivíduo.
Desde Sócrates e Platão, o inatismo é muito discutido, e uma das elaborações mais reconhecidas
foi encontrada em Sócrates em diálogos com Platão, especialmente no Menôn, onde vemos a
“teoria da reminiscência”:
A alma precede o corpo, ela é imortal. O ser humano já nasceu e viveu muitas vezes com a mesma
alma e, portanto, já detêm um conhecimento armazenado de suas vidas passadas e, assim sendo,
sempre que há uma nova encarnação, o ser humano já teria uma base de conhecimentos pronta,
sem que as experiências fossem necessárias para seu aprendizado, porque ele já vivenciou
e experimentou coisas em outras encarnações. Portanto, para Platão não há ensino, apenas
reminiscência.
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Assim sendo, Sócrates denomina este processo de aprendizagem, onde o conhecimento está
dentro de cada um, em sua alma, de “maiêutica socrática”, que em grego significa “parto das ideias”.
Ao analisarmos uma das frases mais famosas de Sócrates: “Conhece-te a ti mesmo”, vemos
bem exemplificada a dialética socrática, onde Sócrates afirma que a verdade esta dentro de cada
ser humano, e não fora dele. Desta forma, Sócrates pretende demonstrar a falsidade de algumas
ideias tidas como verdades universais, e, ao mesmo tempo, ele também procura estabelecer a
reconstrução das ideias, fazendo com que o ser humano vá criando noções mais complexas daquilo
que conhecia como verdade universal.
Figura 6 – Sócrates
2.2.2 Apriorismo
Toda essa concepção de que o conhecimento já vem estabelecido com o indivíduo acaba por
enfatizar os conceitos e a capacidade de raciocínio que o ser humano possui em detrimento de
metodologias criadas pelos pesquisadores, fazendo com que o sujeito acabe por criar um estilo
de aprendizagem, e não um método. Entre o apriorismo e o inatismo existem convergências e
divergências.
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Eles convergem pois ambos são modelos subjetivistas de aquisição do conhecimento e creem
nas condições prévias dos sujeitos. Suas divergências, pois, são que, enquanto no inatismo as
condições de aprendizagem pertencem à alma ou à genética na transmissão hereditária, no
apriorismo as condições para aprender se dão não só pelo que o sujeito já sabe, mas também por
suas relações culturais constituídas a partir deste saber já existente.
2.2.3 Idealismo
O idealismo acredita que o mundo não pode ser compreendido, pois os sentidos humanos
deformam o objeto de análise, fazendo com que seja impossível que ele seja compreendido
em si mesmo. Dentro do idealismo, Platão é uma referência e afirma que o único caminho para
verdadeiramente descobrir o mundo é através de ideias e conceitos.
O idealismo de Platão é tamanho que sua doutrina ganhou o nome de platonismo. Ele acreditava
que o único modo de ver o mundo é no plano ideal, pois assim ele seria intangível e perfeito, enquanto
que a realidade que vemos (a matéria) é tangível e passível de imperfeições.
Ao contrário de seu mestre Platão, Aristóteles acredita que as ideias estão nas coisas, e que o
conhecimento é palpável, real e pode ser modificado, inclusive pelo homem, com “disposição inata,
hábito e ensino”, acreditando que o indivíduo é responsável por trilhar seu caminho e que aprende
fazendo, vivenciando, experimentando.
Já Platão, mestre de Aristóteles, contrapõe-se à realidade apresentada por ele, pois acredita
que a natureza do homem é essencialmente espiritual, sendo que a matéria não alcança o ideal de
perfeição.
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Aconteceu!
Fonte: <http://casadosaber.com.br/sp/cursos/ferias/platao-e-aristoteles.html>.
2.2.4 Racionalismo
O racionalismo define-se por ser um modo de pensar que atribui valor somente à razão e ao
pensamento lógico e apoia-se nestes artifícios para explicar a realidade.
Este jeito de pensar levou a famosa frase de Descartes “cogito ergo sum” (“penso, logo existo”),
pois, ao descartar tudo de que podia haver dúvida, chega-se à conclusão de que a dúvida é a própria
existência da humanidade.
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Figura 7 – René Descartes
“E, tenho notado que nada há no eu penso, logo existo, que me assegure à verdade, exceto que vejo
muito claramente que, para pensar, é preciso existir, julguei poder tomar por regra geral que as coisas
que concebemos mui clara e mui distintamente são todas verdadeiras.” (Descartes)
Fonte: <http://www.efdeportes.com/efd124/modelos-epistemologicos-planejamento-de-atividades-com-idosos.
htm>
Ainda dentro do racionalismo, também podemos destacar Kant, porém é possível associá-lo
com o idealismo. Suas ideias se aproximam desta corrente filosófica, pois Kant afirma que não
há conteúdo sem experiência (empirismo) e, sem os conceitos, os conteúdos não tem significado
(racionalismo).
Kant defende que a mente humana é a porta de entrada para qualquer experiência. A mente
permite que o ser humano tenha experiências verdadeiras, apoiando sua teoria em uma realidade
objetiva. Sua teoria acredita que um objeto do conhecimento tem o seu sentido e a sua inteligibilidade
apoiados no sujeito que o compreende, fazendo com que a realidade torne-se cognoscível (daquilo
que se pode conhecer).
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“A razão só compreende o que ela mesma produz segundo seu projeto, que ela teria que ir à frente
com princípios dos seus juízos segundo leis constantes e obrigar a natureza a responder às suas
perguntas, mas sem se deixar conduzir por ela como se estivesse presa a um laço.” (Kant)
Fonte: <http://www.efdeportes.com/efd124/modelos-epistemologicos-planejamento-de-atividades-com-idosos.
htm>
Hoje em dia, podemos falar na existência de três grandes paradigmas investigativos na educação:
positivista, interpretativo (ou qualitativo) e sociocrítico. Vamos entender do que cada paradigma trata.
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Este modelo acabou gerando algumas controvérsias, pois a maioria dos autores referenda
que as alternativas ao método empírico lógico são a teoria interpretativa e a crítica. Desta forma,
instala-se uma mudança frente às posturas tradicionais, colocando em causa que há problemas
estabelecidos e não resolvidos, gerando preocupação nos pesquisadores.
É uma ruptura no paradigma dominante, onde observamos surgir o aparecimento de novos para
que as dificuldades sejam ultrapassadas. Mudar um paradigma não é simples e nem imediato, pois
os paradigmas se completam entre si. Os paradigmas mais antigos não desaparecem, simplesmente.
Eles são reformulados e complementados por pelos novos e suas ideias, estabelecendo uma relação
de complementaridade, ao invés de incompatibilidade.
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contribuir para a alteração da realidade, enquanto que a pesquisa é o meio que possibilita aos
sujeitos analisar essa mesma realidade através da reflexão (teórico-prática), elemento fundamental
para a produção da cultura científica. A teoria e a prática formam um todo inseparável. Todos os
fenômenos são analisados do ponto de vista teórico e prático (ação). O conhecimento desenvolve-
se de acordo com um processo de construção e reconstrução da teoria e da prática. De acordo
com a teoria crítica, nas ciências sociais os participantes convertem-se em pesquisadores. Esta
característica é claramente diferente das posições positivistas e interpretativas. O pesquisador das
ciências naturais e o observador da ciência interpretativa unicamente poderiam captar o exterior da
ação. As diferentes concepções epistemológicas abordadas anteriormente geram procedimentos
metodológicos diversos na resolução dos problemas da pesquisa educativa.
3. METODOLOGIAS
Para Bravo e Eisman (1998), pode-se distinguir três metodologias que derivam diretamente dos
paradigmas anteriormente expostos:
• Metodologia quantitativa
• Metodologia qualitativa
• Metodologia crítica
• Problema da pesquisa
• Desenho
• Amostra
• Coleta e interpretação de dados
• Análise
• Interpretação de dados
• Avaliação da pesquisa
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Figura 9 – Pesquisa em equipe
Problemas de pesquisa
Desenho da pesquisa
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Quadro 3 – Desenho da pesquisa
Amostra
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Quadro 6 – Análise e interpretação de dados
Análise e interpretação de dados
No final dos anos cinquenta e início dos anos sessenta, o paradigma de pesquisa que dominou no
âmbito internacional era uma versão do modelo norte-americano e europeu, baseado no empirismo
e no positivismo, cuja principal característica radicalizava na construção de instrumentos e em um
rigor científico definido pela precisão estatística e a replicabilidade dos resultados.
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3.1 Comparativo relacionado às investigações
A ligação desta abordagem de pesquisa ao método científico tem dado características muito
particulares ao trabalho investigativo e os seus produtos, por exemplo:
A pesquisa clássica, que responde ao paradigma empírico-positivista, tem sido muito utilizada
na área da educação, e seguirá sendo, especialmente em algumas áreas temáticas como a seguinte:
As limitações desta abordagem de pesquisa são muitas, e entre elas se destaca a tendência
a copiar escolasticamente uma imagem reducionista da realidade, o que impede de conhecer e
explicar o todo de forma integral. O risco mais imediato é a simplificação, que consiste na redução
dos fenômenos a determinados aspectos manifestos. Ele se evidencia em sua fragmentação em
elementos isolados, iludindo sua complexidade e ignorando os processos subjacentes ou ocultos, tais
como o interesse dos distintos grupos, a dinâmica institucional, as posições de poder, as posições
e os conflitos ideológicos, os processos cognitivos e simbólicos e o contexto social e institucional.
Em geral, pode-se observar as limitações deste método para a compreensão das complexas
interações entre o fenômeno estudado (educação, por exemplo), o contexto socioeconômico e os
fenômenos culturais e ideológicos. Observa-se que este enfoque constitui uma camisa de força
que impede a aproximação a uma descrição adequada da realidade global.
Nas últimas décadas, os modelos clássicos têm sido questionados e desafiados, dando origem a
correntes de pesquisa que buscam superar o problema da visão empirista e fragmentada dos fatos
e da realidade. Em muitos campos, como a educação, a saúde, a antropologia e a sociologia, que
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abordam processos complexos cuja explicação não tem estado disponível para o método clássico
positivista da investigação, tem-se buscado novas modalidades para explicar a realidade. Estas
novas correntes partem do pressuposto de que é importante descrever e compreender os processos,
e não somente quantificar ou medir as variáveis. Busca-se analisar e compreender os processos e
fenômenos de forma mais integral e profunda, levando em consideração o contexto que os rodeia,
assim como a percepção que os envolvidos têm de sua própria realidade. A preocupação central
não é o controle dos fenômenos nem a generalização de resultados. Interessa, sim, conhecer como
as pessoas sentem, pensam e atuam e por quê, enquanto base necessária para intervir sobre a
realidade a fim de alcançar uma transformação.
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• A pesquisa não surge a priori, sem perguntas elaboradas para ser apuradas no processo até
que se tornem hipóteses de trabalho.
• Articulam-se a teoria e a realidade, ou seja, os problemas estudados partem de um referencial
teórico, porém sem definir um modelo teórico no início da pesquisa. Isto permite orientar a
construção da explicação teórica durante o processo de pesquisa. A teoria e os fatos não são
independentes, o que significa que este tipo de pesquisa, como a clássica, está estritamente
articulado com a teoria. O que varia é como se utiliza e se constrói em cada uma das abordagens.
No caso da pesquisa qualitativa não se busca uma relação causa-efeito, mas a explicação dos
fenômenos. Esta explicação geralmente é dinâmica e continuamente mutante.
• Em maior ou menor grau (segundo este tipo de pesquisa), esta abordagem privilegia a participação
dos sujeitos. Sua ênfase está em fazer com que a comunidade/população se aproprie do
conhecimento sobre a temática, como pré-requisito para sua participação na transformação
das “áreas-problema” identificadas. Isto é o que faz com que este tipo de pesquisa seja descrita
como uma atividade integrada que combina a pesquisa social, o trabalho educativo e a ação.
• A pesquisa se orienta para a ação e a transformação da realidade. Não é suficiente para
descrever os fenômenos ou contribuir para a construção de um conhecimento. Nisto se difere
da investigação clássica, em que o propósito e os objetivos do investigador são constituir ou
proporcionar um conhecimento. Na pesquisa qualitativa, a intervenção e sua avaliação são
parte da mesma.
• Privilegiam-se os dados qualitativos. Já se mencionava anteriormente que o interesse principal
da pesquisa qualitativa é descobrir e compreender como as pessoas sentem, pensam e agem.
Por isso, o importante não é medir numericamente as variáveis ou aspectos estudados, mas
caracterizá-los e buscar a explicação de acordo como os sujeitos conhecem e interpretam
sua realidade.
Figura 12 – Investigação e análise
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Conclui-se que as diferenças entre os enfoques principais utilizados na construção do
conhecimento se concentram no objeto de estudo e nos métodos empregados na pesquisa. As
abordagens não são antagônicas nem independentes entre si. Se fossem, os pesquisadores que
defendem o método clássico pensariam e manteriam uma postura de que este tipo de pesquisa
é a científica, objetiva e verdadeira, permitindo-nos produzir conhecimento e conhecer a verdade.
Ao mesmo tempo, seguiriam sustentando que a pesquisa qualitativa é pouco científica, subjetiva,
débil, sem fundamentação teórica. Por outro lado, os que favorecem a pesquisa qualitativa pensariam
o inverso, atribuindo a esta última muitos atributos positivos e assinalando apenas defeitos na
pesquisa clássico-quantitativa. Cada abordagem aponta para algo positivo nas explicações para
as situações do mundo em que vivemos. Também, cada uma fornece métodos para construir
indicadores que permitem observar a realidade. Isto indica que, na medida do possível, deverão
se complementar uma com a outra. Esta integração das abordagens quantitativas e qualitativas
denomina-se triangulação, considerada como inevitável e essencial para o desenvolvimento do
conhecimento.
Quantitativa Qualitativa
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Tipo de conhecimento Desatualiza-se por ser Tende a ser um
pontual, em um dado processo permanente
momento. de evolução.
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A pesquisa é um meio para se obter informações determinadas, seja de interesse individual ou
coletivo. Porém, nem sempre o resultado de uma pesquisa responde satisfatoriamente o pesquisador.
Nestes casos, a pesquisa que gerou o tema pode servir de base para a realização de outras pesquisas,
partindo do mesmo tema.
4.1.1 Ciência
Figura 13 – Tecnologia e pesquisa
A ciência oferece um método para o estudo de problemas, sendo a metodologia essencial para
o estudo e desenvolvimento da ciência livre de preconceitos e juízo de valor. A ciência também
proporciona métodos alternativos para descrever, explicar, prever fenômenos e as consequências
de determinadas ações, sendo que, em linhas gerais, a ciência agrega vários conjuntos de saberes,
onde serão elaboradas teorias baseadas em seus próprios métodos científicos.
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O conceito de ciência se aplica tanto ao estabelecimento do processo de elaboração dos
conhecimentos científicos como também a todo o sistema de conhecimentos comprovados pela
prática que constituem uma verdade objetiva.
Entre os diferentes conceitos existentes sobre o que é a ciência, leva-se em conta o de Ander-
Egg (1978), por considerar diferentes elementos importantes e relacionados:
Analisemos este conceito: a ciência exige método, não se referindo nem ao ato de instituir ou a
sensações, nem a juízos e raciocínios. Também, indica que existem conhecimentos certos e também
prováveis que não foram produzidos ao acaso, porém através da aplicação de regras lógicas e
procedimentos técnicos, levando a sistematização e classificação de proposições ou teorias.
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Figura 14 – Classificações da ciência
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A ciência tem características, conforme vemos a seguir:
4.1.2 Teoria
Uma teoria é uma proposição que estabelece princípios e leis gerais de modo a orientar a
articulação e a explicação de vários fatos específicos. É o marco de referência que contém um
conjunto de construções hipotéticas e definições relacionadas entre si, oferecendo um ponto de
vista sistemático e coerente de fatos e fenômenos em estudo e especificando, também, as relações
existentes entre variáveis com o objetivo de explicar e prever esses fenômenos.
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Figura 16 – Albert Einstein
Reconhecem-se teorias do tipo descritivo, explicativo ou preditivo. A diferença entre elas depende
de seu nível de desenvolvimento, por exemplo:
• Tipo descritivo: Neste nível se realiza uma ordenação dos resultados das observações de
fenômenos e situações dadas.
• Tipo explicativo: Expressa a interpretação das relações entre diferentes tipos de variáveis,
determinando a presença, ausência ou flutuação destas variáveis, por qual se constitui a base
para o nível preditivo.
• Tipo preditivo: Refere-se às proposições das relações das variáveis, explicando a validez geral
dos fenômenos estudados, baixas condições específicas e indica a direção para qualquer
atividade.
Com a finalidade de esclarecer os níveis de desenvolvimento das teorias pode-se tomar, por
exemplo, um postulado teórico que já foi comprovado e forma parte da área cognitivo-pedagógica,
como o rendimento acadêmico, relacionado com o coeficiente intelectual. Em uma fase inicial
passamos a estudar separadamente cada uma das variáveis de “orientação para estudo” e “rendimento
acadêmico” para conhecer suas características, variações individuais e manifestações.
Observa-se a existência de algum tipo de relação entre ambas variáveis. Este nível é eminentemente
descritivo. No nível superior, analítico ou explicativo, decide-se estudar o tipo de relação existente
entre o “coeficiente intelectual” e o “rendimento acadêmico”, definindo as flutuações entre ambas
as variáveis.
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Para esta análise se parte da suposição “maior orientação para o estudo, maior rendimento
estudantil”. Este nível de comprovação de hipóteses corresponde a uma fase de explicação de
relações entre variáveis. Essa afirmação se constitui logo em uma proposição de nível preditivo, o
que requer submetê-la a outras provas e estudos para determinar sua validez e confiabilidade em
diversas situações. Depois de sucessivas observações, comprova-se reiteradamente que, de fato,
quanto maior a orientação para o estudo das pessoas, maior é seu rendimento acadêmico, de modo
que essa proposição passa a ser um postulado teórico aplicado à educação.
Esta relação entre a teoria e seus níveis com a investigação e a ciência se expressa nas seguintes
características da teoria:
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• Permite a identificação de fatores que causam determinados fenômenos, facilitando assim
a previsão de fatos na medida em que estabelece uniformidades e generalizações, além dos
fatos particulares ou singulares.
• Indica áreas não exploradas do conhecimento, resume o conteúdo de fatos e mostra o que
não tem sido observado; pode assinalar lacunas no conhecimento e a necessidade de orientar
nesse sentido a busca de fatos adicionais.
O pesquisador decide sobre seu objeto de estudo e se coloca fora da situação. Os sujeitos
estudados são entes passivos que não intervém no processo investigativo. A partir dessas perspectivas
a pesquisa clássica quantitativa apresenta uma descrição do que é o método científico, muito
utilizado e importante mesmo para determinadas pesquisas que exigem o cumprimento com as
condições acima referidas.
Na medida em que estas definições se aplicam ao método que é científico, este aparece
considerado como um procedimento que se utiliza no ciclo completo de pesquisa para desenvolver
a capacidade de autoavaliação e para a busca de solução a cada problema do conhecimento. É
um processo que exige sistematização e o ordenamento do pensamento reflexivo e da pesquisa.
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Figura 18 – Elementos do método científico
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Aconteceu!
Os alunos do Colégio Marista Nossa Senhora de Nazaré estão sendo estimulados a realizar pesquisas
dentro da metodologia científica desde o 6º ano, com aulas que tem por objetivo introduzir o método
científico desde cedo. Fonte: <http://marista.edu.br/nazare/?p=3981>.
Entretanto, é importante diferenciar marco teórico de pressuposto teórico, pois muitas vezes esses
termos são confundidos e colocados em uso de forma errônea, podendo prejudicar o andamento
e desenvolvimento de seu projeto de pesquisa.
Quando falamos em marco teórico estamos definindo o ponto de partida de uma investigação,
delimitando a maneira como o problema será tratado durante seu desenvolvimento, estamos
nos referindo sob qual perspectiva o problema será abordado: o marco teórico delineia o modo
como o problema será tratado. Assim sendo, os pressupostos teóricos são os conceitos de apoio
dentro de uma pesquisa, e não a vertente principal, por isso alguns aprendentes fazem a troca
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destes conceitos: porque um está contido no outro e ambos são igualmente importantes para o
desenvolvimento da pesquisa.
O marco teórico é o espaço para o pesquisador que permite descrever, compreender, explicar
e interpretar o problema desde um plano conceitual, assim como a aproximação da hipótese, que
contém uma resposta ao problema em estudo. O marco teórico alia-se à revisão de literatura na
perspectiva de que o aprendente irá ler livros, autores, manuscritos e trabalhos acadêmicos acerca
do assunto a ser pesquisado e optar por seguir a teoria de um determinado autor sobre o tema.
O marco teórico é que vai garantir que o conhecimento adquirido e pesquisado será sistematizado,
fazendo com que esse conhecimento seja científico, para além do senso comum, tornando-o crível,
dentro das perspectivas e balizamentos necessários para uma pesquisa. Ao se definir o marco
teórico de uma pesquisa, é importante que não haja mudança ao longo do projeto. Ao mudar o
marco teórico muda-se todos os elementos da pesquisa: o problema, os objetivos, as hipóteses,
as variáveis, ou seja, mudando o marco teórico, mudamos também o projeto.
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5.1 Seleção do tipo de marco
Figura 21 – Tipo de pesquisa
A seleção do marco conceitual e teórico depende do tipo de pesquisa que se realiza, seja
descritiva, explicativa ou preditiva. Nas pesquisas descritivas geralmente se constitui um marco
conceitual, no qual se analisam e articulam os conceitos básicos aplicados ao tema de estudo.
Estes conceitos básicos se organizam tendo em conta a coerência, com a finalidade de dar sentido
ao conhecimento que se obtém sobre certa problemática. Os conceitos selecionados se reúnem e
convertem em blocos de construção que servem de guia à pesquisa.
O processo se inicia com uma revisão da literatura, incluindo dados sobre pesquisas anteriores,
conceitos e definições teóricas que dão fundamento ao problema levantado. Uma vez realizada esta
revisão, o momento seguinte é a definição explícita dos conceitos que se utilizarão na pesquisa
para analisar, explicar e interpretar a informaçãocoletadas.
Há conceitos teóricos e empíricos. Os teóricos são abstrações que não podem ser observados
senão através de manifestações. Seu grau de complexidade exige diferentes dimensões, com o fim
de ir transformando as abstrações científicas em fenômenos observáveis e mensuráveis mediante
um processo de operacionalização das ações que conduzam a demonstrar na prática os aspectos
teóricos conceituais de uma situação ou realidade.
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Os conceitos empíricos se referem a fenômenos observavéis e mensuráveis diretamente a partir
dos dados que se obtém da realidade. Isso é o que define a estrutura conceitual que orientará o
desenvolvimento do trabalho, tendendo a explicar e interpretar a realidade investigada mediante
um processo indutivo de verificação dos fatos.
O campo dos conceitos básicos que se devem explicitar se conforma à área a pesquisar, por
exemplo, os sistemas pessoais, interpessoais e sociais. Quando se trata de pesquisas explicativas,
o que se indica é uma formulação de um marco teórico, que é um processo mais exigente e rigoroso
que o anterior, já que se trata de um sistema estruturado e dedutivo de enunciados formais e
abstratos, logicamente interrelacionados e que busca determinar explicações a fatos ou fenômenos
do problema selecionado.
Para as pesquisas preditivas também se constrói um marco teórico. O rigor e as exigências são
os mesmos exigidos para os conceitos empíricos, assim como a profundidade na análise das teorias
utilizadas. O marco teórico tem como objetivo situar o problema e o resultado de sua análise dentro
de um conjunto de conhecimentos existentes e orientar, em geral, todo o processo de pesquisa. Ele
ajuda a precisar e a organizar os elementos contidos na descrição do problema de tal forma que
podem ser manejados e convertidos em ações concretas.
Quando há o início de uma investigação cientifica, é muito raro que o assunto abordado nunca
tenha sido elemento de outra pesquisa, mesmo que de forma superficial. Portanto, toda pesquisa
já se inicia com alguns referenciais já conhecidos pela comunidade cientifica. Revisar a literatura é
parte fundamental do processo de pesquisa, pois engloba localizar, analisar, sintetizar e interpretar
dados prévios relacionados com o tema. A revisão acaba se tornando indispensável não só para
balizar a definição do problema, mas também para posicionar o pesquisador e estudante acerca
dos conhecimentos já obtidos sobre aquele tema.
Cardoso, Alarcão e Celorico (2010, p. 7), em seu livro, argumentam que “[...] cada investigador
analisa minuciosamente os trabalhos dos investigadores que o precederam e, só então, compreendido
o testemunho que lhe foi confiado, parte equipado para a sua própria aventura”. Assim, devemos
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lembrar que, mesmo que a pesquisa tenha um caráter mais exploratório, é necessário buscar em
fontes documentais outras pesquisas semelhantes ou complementares já realizadas para a criação
de repertório.
Realizando a revisão, o pesquisador conhece e explora o que já foi escrito e estudado sobre o seu
tema, mas também pode fazer uma análise do que pouco foi explorado acerca da sua investigação,
ou seja, a revisão de literatura também pode contribuir para que o pesquisador procure novas
linhas de investigação. Porém, devemos lembrar que, mesmo que sua pesquisa tenha um caráter
mais exploratório, é necessário buscar em fontes documentais outras pesquisas semelhantes ou
complementares já realizadas.
Revisar a literatura também oportuniza ao aprendente que ele consiga refletir sobre o seu
objeto de pesquisa, no sentido de que às vezes ele encontrará pesquisas muito semelhantes à que
ele deseja realizar. Ou também o contrário: na revisão de literatura, o aprendente percebe que o
problema indicado por sua pesquisa foi pouco estudado sob determinada ótica.
Assim sendo, a revisão também contribui para a delimitar qual será a atuação e problema da
pesquisa. Também é importante que toda fonte consultada seja anotada com riqueza de detalhes
para inserção nas referências ao final do projeto. Ao realizar a revisão de literatura, o aprendente
pode ainda dividir as literaturas em módulos para facilitar seus estudos. Em nossa apostila, no último
capítulo há um banco de dados como sugestão de pesquisa para vocês consultarem e revisarem
a literatura com detalhes.
Esta escrita deverá ser em ordem alfabética, independentemente de serem de tipos diferentes.
Por exemplo, sua bibliografia pode iniciar com um autor iniciado com a letra A e logo em seguida
indicar um periódico, pois ele está contido na letra B. Você deverá listar a bibliografia básica, ou
seja, todo material coletado sobre o tema: livros, artigos, monografias, material da internet etc.
e a bibliografia utilizada no desenvolvimento do projeto de pesquisa, materiais que ainda serão
consultados de acordo com o caminhar do projeto.
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5.4 Variáveis
Figura 22 – Estudo: pesquisa de campo
No marco teórico é necessário especificar as variáveis a estudar, assim como as relações entre
elas, por meio das quais se representam respostas ou explicações do problema que se estuda. Tal
situação localiza as variáveis como um dos elementos do marco teórico. Uma variável é uma entidade
abstrata que adquire distintos valores, refere-se a uma qualidade, propriedade ou característica de
pessoas ou coisas de estudos e varia de um sujeito a outro ou um mesmo sujeito em diferentes
momentos.
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5.5 Hipóteses
Constituem uma ponte ou ligação entre a teoria e pesquisa que tem proporcionado à ciência a
realização de resultados extremamente significativos para o seu desenvolvimento. Uma hipótese bem
formulada serve como diretriz à pesquisa e, logo após sua comprovação, gera novos conhecimentos
que passam a fazer parte do saber humano.
Hipótese é uma suposição ou proposição que estabelece a existência de uma relação entre
duas ou mais variáveis expressadas como fatos, fenômenos ou fatores que devem ser submetidos
à prova para ser aceita como válida. A construção das hipóteses se apoia em um sistema de
conhecimentos organizados, formando um contexto teórico comprovado, mediante a verificação
empírica, para explicar e predizer se no possível fato ou fenômeno se observa a relação enunciada.
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5.5.3 Elementos estruturais da hipótese
• Unidades de análise, que podem ser os sujeitos, famílias, grupos, empresas ou instituições.
• Variáveis, traduzidas como características, propriedades ou fatores que se apresentam nas
unidades de análise e que podem ser do tipo quantitativo ou qualitativo.
• Elementos lógicos, que relacionam as unidades de análise com as variáveis e estas entre si.
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Figura 24 – Critérios para a formulação de hipóteses
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uma informação é válida, também é confiável. O oposto não é necessáriamente certo. Um
dado pode ser confiável porém não válido.
Figura 25 – Desenho metodológico
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Figura 26 – O processo de pesquisa
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6.2 Método
Podemos definir pesquisa como um conjunto de ações interligadas, processos sistemáticos,
críticos e empíricos que se aplicam a um estudo de um fenômeno ou problema. A pesquisa também
pode ser realizada para a descoberta de novos conhecimentos de uma determinada área, quando há
um problema e não temos informações suficientes para resolvê-lo. Por isso, precisamos de método,
que nada mais é do que sistematizar os processos de forma ordenada e lógica para desenvolver
a pesquisa.
Você deverá descrever em sua pesquisa que tipo de método e instrumentos (hipóteses e variáveis)
adotou para chegar aos resultados e conclusões e para realizar desenvolvimento do estudo. O
importante é que sejam métodos validados e factíveis, mostrando no decorrer da sua pesquisa o
raciocínio e a lógica existentes no processo. A metodologia, traduzindo em simples palavras, é o
como fazer.
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7. CONCEITO DE PROJETO
7.1 Projeto
Figura 27 – Projeto
Primeiramente, é importante entender o que é, e também saber o que não é projeto para reflexão
de como devem ser para alcançar sucesso.
As pessoas têm realizado projetos desde os primeiros dias de atividade humana organizada. Os
grupos de caça dos nossos ancestrais eram projetos, por exemplo, eram “empresas temporárias”
voltadas para o objetivo de obter carne para a comunidade. Grandes projetos complexos também têm
estado conosco por um longo tempo. As pirâmides e a Grande Muralha da China estão no cotidiano
da humanidade nas mesmas dimensões que o Projeto Apollo para enviar o homem à lua. Utilizamos
a palavra projeto como um termo frequente em nossas conversas diárias. O Guia de conhecimentos
em gerenciamentos de projetos, em sua 4ª edição (p. 5, 2008), define conceitualmente projetos:
Os projetos são de natureza temporária. Um projeto possui atributos peculiares que o distinguem
de outro tipo de trabalho, possuindo datas de início e de encerramento. Esta característica é
importante porque uma grande parte do esforço do projeto é dedicada a garantir que o mesmo
seja concluído no tempo determinado. Para fazer isso, os horários são criados, mostrando quando
as tarefas devem começar e quando devem terminar. Podem durar minutos, horas, dias, semanas,
meses ou anos. A natureza temporária indica, então, um início e um término. O término é alcançado
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quando os objetivos e metas tiverem sido alcançados ou quando se concluir que esses objetivos
não serão ou não poderão ser atingidos e o projeto for encerrado, ou quando o mesmo não for mais
necessário e, então, o projeto é cancelado. São estes objetivos que o orientam, e todos os esforços
de planejamento e implementação são empreendidos para alcançá-los. Temporário não significa
de curta duração. A maioria dos projetos é realizada para criar um resultado duradouro.
Projetos existem para constituir um produto ou serviço que não existia antes. Neste sentido, um
projeto é único, algo novo que nunca foi feito antes sob a ótica da pesquisa ou até um tema que já
tenha sido pesquisado, mas com a necessidade de aprofundamento ou atualização. Possivelmente,
tenha sido elaborado de forma semelhante, porém nunca exatamente da forma proposta.
Embora elementos repetitivos possam estar presentes em alguns projetos, essa repetição não
muda sua singularidade fundamental. Por exemplo, a Chevrolet está no negócio de projetar e montar
carros. Cada modelo que projeta e produz pode ser considerado um projeto. Os modelos diferem
uns dos outros nas suas características e são comercializados para pessoas com necessidades
diferentes.
Uma Astra serve a um propósito diferente e clientela do que um modelo de luxo. A concepção e
comercialização destes dois modelos são projetos únicos. No entanto, a montagem propriamente
dita dos carros é considerada uma operação, ou seja, um processo repetitivo que é seguido para
a maioria das marcas e modelos. Comparando com os projetos, as operações são contínuas e
repetitivas. Envolvem o trabalho que é contínuo, sem uma data final e muitas vezes repetem os
mesmos processos e produz os mesmos resultados.
O objetivo das operações, isto é, das tarefas, é manter o funcionamento da organização, enquanto
o objetivo do projeto é para alcançar suas metas e concluí-las. Portanto, as tarefas permanecem
em andamento, enquanto os projetos são únicos e temporários. Cada projeto é um conjunto de
ações que são planejadas para atingir um objetivo previamente estabelecido, para o qual se tem
certa quantidade de recursos.
Qualquer que seja a natureza de um projeto, ele sempre estará estruturado em fases que permitirão
traçar a meta ou objetivo. Por exemplo, na reforma de uma casa (vamos ter esse exemplo como
um projeto pessoal), haverá uma ordem a ser obedecida para que as obras aconteçam de forma
que se alcance os objetivos. Ou, em um projeto profissional, como a criação de uma empresa, há
que se determinar fases para que a empresa seja criada. Ou ainda, na realização de uma pesquisa
(projeto científico), há a necessidade de se estabelecer uma ordem para se obter os resultados de
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forma idônea. Um projeto é um esforço temporário empreendido para criar um produto, serviço ou
um resultado exclusivo.
Fazer um projeto é buscar uma solução inteligente que visa resolver as necessidades humanas.
Portanto, as suas decisões de avaliação, formulação e final são limitadas nas expectativas humanas.
O projeto deve ser fruto de uma necessidade ou oportunidade que identificamos, e vem da reflexão
de um exercício que almeja melhores negócios para a empresa, com objetivos específicos e bem
definidos ao falarmos de escopo, tempo, orçamento, risco e qualidade. Essas tarefas devem ser
realizadas ao mesmo tempo, interdependentes, a serviço dos princípios comuns.
É importante, também para que o projeto tenha sucesso, que ele tenha um começo e um fim
determinado, com um calendário bem específico para a sua execução, detalhando o trabalho do
grupo de pessoas e as sequências das atividades.
O projeto é pesquisa social? Segundo Gil (1999), pode-se definir como um processo formal e
sistemático de desenvolvimento do método científico. O objetivo principal da pesquisa é descobrir
respostas para problemas mediante o emprego de procedimentos científicos. A partir dessa
conceituação, pode-se, portanto, definir projeto ou pesquisa social como o processo que, utilizando
a metodologia científica, permite a obtenção de novos conhecimentos no campo da realidade social.
Sendo que, neste contexto citado por Gil, podemos compreender realidade social como o
envolvimento de todos os aspectos relativos ao homem em seus diversos relacionamentos com
os demais seres humanos e as instituições sociais.
7.2.1 Planejamento
O projeto terá um ciclo de vida que consiste nas seguintes fases: planejamento, cronograma,
execução e entrega.
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Figura 28 – Fases de um projeto
Nesta fase, podemos ver a caracterização do período em que os objetivos e metas são definidos.
Também nesta fase alinham-se as ações e as formas destas ações para que as metas sejam
alcançadas. Se porventura o projeto envolver várias pessoas, neste momento do projeto é que se
constituem os papéis que cada um terá. Como parte fundamental desta etapa, também é necessário
computar quais serão os recursos a serem utilizados e como estes recursos serão empregados
pelo bem do projeto: quais são os recursos humanos disponíveis? Qual é o custo do projeto? Em
quanto tempo desenvolveremos o projeto? Estes são questionamentos válidos a serem feitos para
a organização do projeto e serão facilitadores para que o projeto ocorra de forma mais qualitativa.
7.2.2 Cronograma
Para tornar o seu planejamento e execução de sua pesquisa mais eficazes, sugerimos o uso de
um cronograma, descrevendo todas as etapas prováveis de seu trabalho. O planejamento e execução
estão relacionados com a pergunta: em quanto tempo fazer meu projeto?
Para que isto ocorra de forma organizada e bem desenvolvida, há necessidade de se estabelecer
um cronograma para as etapas. Então você pode montar um cronograma e elencar o que fazer em
determinados períodos. Por exemplo, você pode determinar em seu cronograma que a escolha do
tema se dará no mês de março de 2018 e o seu levantamento de dados nos três meses subsequentes.
Você também pode colocar no cronograma partes ocorrendo simultaneamente.
O cronograma deve ser um balizador para o seu trabalho. Ele deve ser um auxílio para o seu
trabalho, e não mais um trabalho a ser cumprido. Portanto, ao realizar o planejamento do cronograma,
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você deve deixá-lo o mais real possível para facilitar mesmo a condução da sua pesquisa. Há dois
vídeos bem detalhados sobre o planejamento e cronograma. Sugiro que você recorra a este recurso
para mais detalhes.
7.2.3 Execução
Assim como o próprio nome nos diz, esta fase diz respeito à execução das ações planejadas
na fase anterior, representando a implementação do projeto em si.
Para além de todas as fases mencionadas, a fim de continuar o caminho de sucesso para um
projeto, pode ser implementado um sistema de controle, ou seja, um método em que todas as
fases podem ser monitoradas conforme o planejado e pode-se observar o tempo para efetuar as
mudanças necessárias alcançar os melhores resultados e na sua realização.
ALa innovación tecnológica puede ser de productos (Bienes o servicios) o de procesos (de
producción y de gestión). inovação tecnológica pode ser de produtos (bens ou serviços) ou processos
de produção e de gestão.La innovación de productos se da cuando se introduce al mercado un
producto nuevo o significativamente mejorado en sus especificaciones técnicas. A inovação de
produto é quando o mercado muda significativamente as suas especificações técnicas.La innovación
de procesos se da cuando se implanta un proceso nuevo mejorado significativamente, lo cual
puede suceder a través del cambio en los equipos, en la organización de la producción o en ambos.
Inovação de processo é quando um novo processo de educação continuada é implementado.
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7.3.1 O que é um projeto de pesquisa educativo?
A palavra projeto deriva das palavras em latim proicere e proiectare, que em termos gerais
significam planejar e organizar atividades em torno de um objetivo comum. Por exemplo, ao realizar
a análise de uma dificuldade num determinado ambiente de aprendizagem, é feita a identificação
do problema e são estabelecidos os recursos e etapas a serem utilizados para sanar a dificuldade:
pronto, já temos um planejamento de ações e a projeção destas ações em busca de um objetivo
ou uma meta, ou seja, temos o início de um projeto.
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Fazer a análise de um problema pode significar reparti-lo em partes constituintes ou em seus
aspectos básicos, para então determinar o que será trabalhado. Um panorama completo do problema
irá determinar os aspectos que se relacionam com a natureza do problema, explicitar e justificar
esse relacionamento em termos de possíveis razões teóricas.
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Mas como ter boas ideias que podem se transformar em objeto de pesquisa? Quais são as
fontes de ideias para uma investigação?
Existe uma ampla gama de fontes que podem servir como gerador de ideias para uma pesquisa.
Podemos nos basear nas experiências pessoais, materiais escritos, materiais audiovisuais, programas
de rádio, TV e internet etc. Entretanto, as fontes que podem originar as ideias não têm relação com
a qualidade delas. Por exemplo, ao assistir um noticiário alguém pode ter a ideia de pesquisar sobre
as penas aplicadas aos cidadãos brasileiros e a relação que isso tem com a sua etnia.
Ao mesmo tempo, outro pesquisador pode ter essa mesma ideia estudando numa biblioteca e
lendo livros sobre Código Penal, ou seja, não importa como nasce a ideia, mas sim como ela será
conduzida no campo da pesquisa. Portanto, devemos relembrar neste momento do nosso vídeo
sobre senso comum e conhecimento científico para validar as ideias e torná-las verificáveis.
Uma ideia pode nascer do senso comum, pode vir de uma conversa informal ou de um grupo
de amigos assistindo uma partida de futebol. Mas para que esta ideia torne-se um problema para
a investigação, ela deve ser crível e verificável. Quando paramos para pensar um pouco, as ideias
mais criativas parecem surgir como um passe de mágica, como muitas vezes vemos representados
num filme, mas sabemos que a realidade é bem diferente. Na verdade, as ideias geralmente são
fruto de muito trabalho.
Um dos maiores inventores, Thomas Edison, disse que o processo criativo de uma ideia é
99% transpiração e 1% inspiração. Podemos comparar o processo de produção de ideias com um
processo de uma linha de montagem, onde há um início, um meio e um fim, geralmente com a ideia
mais aperfeiçoada. Assim sendo, as ideias são os nossos primeiros contatos com as realidades
objetivas, subjetivas e intersubjetivas.
É importante que esses conceitos de realidade também sejam esclarecidos. A realidade objetiva
refere-se ao próprio conhecimento, à essência dos fatos, e nos remete ao realismo. Já a realidade
subjetiva relaciona-se com o ponto de vista pessoal que temos sobre determinado conhecimento.
Por fim, a realidade intersubjetiva é a relação entre o sujeito e sujeito e a relação sujeito e objeto.
Percebam como estas três realidades são fundamentais no processo de pesquisa, pois elas
nos apresentam diferentes perspectivas por onde temos que caminhar para determinar a pesquisa:
a realidade objetiva determina o nosso foco, o real, o possível, o factível, a realidade subjetiva
determina a nossa relação com a essência dos fatos, o nosso repertório de conhecimentos acerca
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do problema a ser pesquisado, e a realidade intersubjetiva determina a relação que estabelecemos
entre o conhecimento e a pesquisa.
Por isso, é necessário conhecer, identificar e indicar um problema de pesquisa a ser redigida
em termos claros e simples, para que reflita o que está para ser investigado, bem como o interesse
do pesquisador. O usual na pesquisa porém, é que o pesquisador não comece sem um problema
claramente definido. O comum é que tenha um assunto que é geralmente chamado área ou tema
de pesquisa que está emergindo o problema mais específico.
Saiba Mais!
Inspire-se nos trabalhos de conclusão de curso que ex-alunos da PUC – PR e FAE Centro
Administrativo realizaram. Eles contam, nesta reportagem da Gazeta do Povo, como seus problemas
do TCC viraram experiências reais, transformando todo o esforço de pesquisa realizado durante a
Universidade em prática.
Fonte: <http://www.gazetadopovo.com.br/educacao/vida-na-universidade/carreira/trabalhos-de-faculdade-que-
viram-realidade-26o3ktrbd3zk4je3p03e6b9la>. Acesso em 15 dez. 2017.
Pode não parecer, mas este é um dos passos mais difíceis da pesquisa, pois a partir de seu
problema é que a pesquisa tomará forma. Sugere-se que o pesquisador procure um tema onde tenha
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conhecimento ou até mesmo um certo domínio. Também é importante considerar as contribuições
do tema ou problema na comunidade cientifica.
Assim sendo, um bom problema também pode surgir da capacidade da leitura do cotidiano e de
questionamentos pertinentes a ela. Aliás, os melhores projetos costumam surgir de visualizações de
problemas no cotidiano e da busca de soluções ou respostas. É importante também, anteriormente
ao desenvolvimento da pesquisa, planejá-la, detalhá-la, realizar diversas análises de todos os riscos
e dos fatores positivos e negativos para seu sucesso e conclusão positiva.
Porém, mesmo realizando todo esse planejamento detalhado, o pesquisador corre o risco de
esbarrar em dificuldades, perder o foco ou até mesmo desistir do projeto. Procure realizar seu
projeto de pesquisa numa área onde você tenha um certo conhecimento ou até mesmo domínio,
pois assim você diminui as chances de esbarrar em dificuldade. Entretanto, ao esbarrar dificuldade
num projeto onde há um certo conhecimento, você estará em campo conhecido, o que facilita para
a busca e a resolução de problemas.
Esse balizamento que estamos propondo para a busca e definição de um tema pode ser expresso
em forma de pergunta ou descrito como afirmação. A sugestão é a de que seja feita em forma de
pergunta. Um problema é uma brecha entre uma realidade ou um aspecto da realidade observada
e um valor ou o desejo de como deve ser essa realidade para um determinado observador, seja
individual ou coletivo.
O problema existe quando somos conscientes que no conhecimento da realidade que percebemos
há um vácuo ou alguma dificuldade que nos demanda uma resposta para preenchê-la ou resolvê-la.
O problema pode ter origens diferentes, porém relacionados entre si:
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a ser estudado. A tarefa de definir o que se vai projetar será mais ou menos difícil segundo
o grau de conhecimento que se tem do campo da temática selecionada e a capacidade para
identificar problemas da teoria e da prática, assim como o nível de compromisso do pesquisador,
sua imaginação, sua criatividade, sua capacidade para encontrar o novo e as dúvidas. Para
aqueles que estão estudando determinado campo, que tenham uma prática em que refletem
continuadamente ou que leem de forma sistemática sobre seu campo de estudo será mais
fácil fazer perguntas para projetar. Ao selecionar e levantar um problema, o pesquisador estará
refletindo sua percepção e seu posicionamento diante do problema e da realidade. A percepção
e posicionamento estarão determinados por aspectos como estes:
• A posição do gestor do projeto: Cada um vê a realidade segundo está emergido nela. O projeto
não está livre da influência do marco referencial, político e ideológico de quem o realiza.
• O aparelho ideológico ou sistema de valores: Cada pessoa vê a realidade de acordo com seu
marco ideológico, suas crenças e seus valores.
• A experiência: Cada nova situação é analisada segundo as vivências anteriores.
• A intencionalidade: Cada ação do sujeito tem uma intenção inicial, embora possa ser modificada
racionalmente.
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realizar uma análise contundente e delimitar progressivamente a área-problema até selecionar um
ou dois aspectos dela.
Delimitar o problema significa especificar seu alcance teórico empírico, ou seja, que gama de
problemas que se desprende da área deve ser escolhida para se concentrar em uma dada realidade.
Neste momento deve-se ter presente uma série de aspectos, tais como interesse, inquietudes e
objetivos, assim como marco político e ideológico do pesquisador. Ao delimitar o tema, é importante
observar que os fenômenos não são isolados, que a realidade é um todo complexo.
Na escrita e desenvolvimento dos objetivos, deve-se deixar claro qual a pretensão com a
realização do trabalho e a sua implantação.
Deixar claro os objetivos é também determinar os resultados reais que podem ser obtidos para
a resolução do problema. Isso nos faz refletir e considerar que:
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• os objetivos devem estar relacionados diretamente com o problema, para que haja uma
resolução definitiva para o problema.
• os objetivos devem ser precisos e específicos, guiando o trabalho de forma clara e objetiva.
Cada objetivo deve corresponder a somente um aspecto do problema.
• é necessário que se atinja os objetivos de forma que as metas sejam possíveis de serem
medidas e avaliadas ao final.
• o objetivo tem que estar relacionado com o problema, ligado à lacuna do conhecimento
apresentado. Caso exista mais de uma lacuna, também existirá mais de um objetivo.
• Objetivos gerais do projeto: Qual é a maior finalidade à qual o projeto de pesquisa está servindo?
Essa é uma pergunta balizadora para formular esta etapa. Também é importante expressar
nesta etapa o que se quer alcançar ao final do projeto.
• Objetivos específicos de aprendizagem: Nesta etapa deve-se especificar as ações que são
propostas à execução dentro de um determinado período de tempo. São mais factíveis e
concretos. Apresentam um caráter intermediário e instrumental acerca do objetivo geral.
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Quadro 8 – Objetivos gerais e específicos
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8.4 Justificativa do projeto
Figura 34 – Hipóteses e variáveis
Depois de toda a análise realizada sobre as hipóteses e suas variáveis que tivemos nas aulas
anteriores, é preciso conversarmos sobre a justificativa do projeto ou pesquisa. Além de objetivos
claros e definidos e das perguntas que permeiam uma investigação, é necessário justificar um
determinado estudo ou projeto expondo as razões e os porquês dos estudos. Mas qual a diferença
entre a justificativa, a introdução e os resultados? Porque ela é colocada numa seção especifica?
Minha justificativa ficou redundante com a introdução? Está certo? Qual deve ser a diferença entre
a justificativa e os resultados esperados?
Essas são as questões mais frequentes que permeiam o caminhar da escrita do projeto quando
se dá o início da sua pesquisa e, consequentemente, a justificativa. A justificativa de um projeto
busca responder ao problema do projeto. O leitor deve ser instigado a continuar aquela leitura, pois
a justificativa deve resumir o projeto de pesquisa, ao mesmo tempo em que informa a qual serviço
aquela pesquisa está se prestando. Barral (2003), em seu livro, sugere cinco itens relevantes que
podem fazer parte de uma justificativa bem qualificada.
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e) pertinência do tema: contribuição do tema para o debate.
Aliado a estes itens, podemos realizar uma simples pergunta a você, estudante:
8.5 Avaliação
Figura 35 – Passo a passo para resultados
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Todo projeto necessita de procedimentos de avaliação que permitam que sejam feitas revisões
e alterações significativas para a qualidade do produto final, garantindo assim que sua implantação
seja um sucesso. É necessário também levar em consideração que a avaliação é balizadora para
determinar se a proposta realmente cumpriu seus objetivos iniciais, sinalizando com detalhes os
procedimentos e instrumentos a serem utilizados ao longo do processo e, no final dele, em seu
resultado. Ao realizar o planejamento de nosso projeto, muitas metas são estabelecidas, porém, ao
seu final, é necessário determinar se o escopo, os objetivos e metas foram atingidos. Também há
que se preocupar em distinguir eficácia do projeto de efetividade do projeto. Mas o que significam
estes dois termos? Ter eficácia não é o mesmo que ter efetividade? Não.
Vamos exemplificar dizendo que os postos de saúde da Zona Norte da cidade de São Paulo têm
o objetivo de aplicar a vacina da febre amarela num determinado fim de semana em 6.000 pessoas,
por conta do surto desta doença que se estabeleceu nesta região, causando a morte de macacos
e estabelecendo que a população estava em risco. Se, durante o fim de semana estabelecido, os
postos conseguirem aplicar as 6.000 vacinas, termos atingido a eficácia do objetivo, do problema,
mas a efetividade só poderá ser estabelecida quando houver um novo monitoramento da doença
e ele indicar a queda ou não dos índices. Este exemplo é importante, porque avaliar não significa
apenas medir dados – é necessário ter um olhar bem mais amplo.
Sempre considere que a avaliação permite reconhecer as conquistas, porém também deve ser
vista como um processo de aprendizado, como prova do cumprimento ou não das atividades que
estão sendo desenvolvidas, possibilitando redirecionar a execução.
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8.6 Procedimentos de avaliação e instrumentos
Depois de definir o que deve ser avaliado, é necessário escolher ou desenvolver as ferramentas
e procedimentos que irão coletar informações que permitam avaliar o objeto de pesquisa. Desta
forma, por exemplo, pode-se identificar se a capacidade do projeto é destinada a promover uma
aprendizagem de qualidade para os aprendentes, no sentido de ser relevante, importante, significativo.
Juntamente com a definição do procedimento e ferramenta de avaliação, é preciso identificar quem
vai participar do processo de avaliação, como e quando. Alguns procedimentos são:
• Observação externa
• Testes
• Entrevista
• Pesquisa
• Inventário
• Autoavaliação
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Figura 36 – Gestão de projetos: principais aspectos
◊ Gestão de integração do projeto – podemos definir como o conjunto de processos que visam
identificar, definir, combinar, unificar e coordenar as diferentes vertentes processuais dos
grupos de processo de gestão de projetos.
◊ Gestão do escopo do projeto – são os processos necessários para a garantia de que o
projeto incluiu todo o esforço necessário para sua conclusão com sucesso.
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◊ Gestão de tempo do projeto – são os recursos necessários para que o término do projeto
seja cumprido no prazo estipulado.
◊ Gestão de custos do projeto – envolve todo o planejamento, estimativa e controle de custos
para que o projeto não exceda o orçamento aprovado.
◊ Gestão da qualidade do projeto – envolve processos para garantir que o projeto irá contemplar
os objetivos iniciais para o qual foi idealizado.
◊ Gestão de recursos humanos do projeto – é a organização e o gerenciamento da equipe
envolvida no projeto.
Para melhor descrição dos processos de gestão de projetos, há que se fazer cinco agrupamentos
distintos para que se compreenda a integração entre os processos, as suas intencionalidades dentro
deles e os objetivos aos quais atendem. São os grupos de processos de gestão de projetos:
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Saiba Mais!
“O diagrama de Ishikawa, também conhecido como diagrama de causa e efeito ou espinha de peixe
é uma ferramenta utilizada para a análise de dispersões no processo. O nome Ishikawa tem origem
no seu criador, Kaoru Ishikawa, que desenvolveu a ferramenta através de uma idéia básica: Fazer as
pessoas pensarem sobre causas e razões possíveis que fazem com que um problema ocorra.”
Fonte: <https://www.citisystems.com.br/diagrama-de-causa-e-efeito-ishikawa-espinha-peixe/>
Quais habilidades então deve possuir o gestor de um projeto? Para responder esta questão,
devemos pensar primeiro nas habilidades gerenciais, tão importantes para a realização de projetos:
o gestor deve ter liderança, capacidade de tomada de decisão, ser comunicativo, saber influenciar
positivamente pessoas, saber realizar negociações, saber lidar com resolução de conflitos etc.
O gestor também deve ter conhecimentos gerenciais: deve conhecer e saber utilizar técnicas de
gerenciamento de e de pessoas, além de ter conhecimento técnico dos produtos a serem projetos
confeccionados no projeto e conhecimento da organização onde o projeto será realizado.
O gestor do projeto tem papel fundamental na execução e controle das etapas do projeto,
devendo agir com sabedoria para equilibrar prazos, metas e ajustes na equipe e no projeto para
que os objetivos sejam alcançados com sucesso.
Curiosidade!
“O gerenciamento de projetos enquanto conhecimento não é algo novo. Existe desde a Antiguidade. A
construção das pirâmides do Egito (aproximadamente 2500 anos a.C.) onde o faraó exercia o papel de
gerente de projetos – por assim dizer – é um bom exemplo.
Fonte: <http://pmbasis.com.br/blog/curiosidades-gerenciamento-de-projetos-na-historia/>.
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9.2 Escopo do projeto
Para determinar o que é um escopo, podemos realizar a seguinte alusão: ao ser contatado por
um cliente cujo desejo é realizar a marcenaria planejada de sua cozinha, um marceneiro geralmente
escuta os anseios e necessidades do cliente e realiza um esboço, uma espécie de anteprojeto.
Com este esboço, o marceneiro consegue validar junto ao cliente a compreensão que ele teve de
seus desejos e necessidades, e o cliente, por sua vez, consegue visualizar as ideias do marceneiro
e perceber com qual intensidade ele conseguiu reproduzir as suas necessidades. Se, diante desta
apresentação, o anteprojeto for recusado pelo cliente, há a possibilidade de pedir mais esboços
até que se atinja a satisfação.
Somente depois da validação e aceitação formal do cliente é que o marceneiro fecha o projeto
e parte para o detalhamento dele: quais puxadores, quais corrediças, que tipo de dobradiça,
realizando outros desdobramentos do projeto. Trazendo esta alusão para o ambiente corporativo, no
gerenciamento de projetos, a definição do escopo é responsável por elaborar e validar o anteprojeto
do escopo do projeto, tendo como objetivo otimizar os esforços e recursos físicos.
Então, podemos afirmar que, antes do gestor do projeto partir para o detalhamento do projeto,
ele necessita fazer um estudo preliminar do que será realizado durante o projeto: será preciso,
juntamente com sua equipe, listar quais serão os subprodutos do projeto e, dentre as alternativas,
escolher aquela que melhor se enquadra para a condução e entrega do projeto.
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Definir o escopo é definir e elaborar a estratégia para o desenvolvimento do trabalho que irá
nortear a geração do produto do projeto. Entretanto, para esta definição de trabalho, é importante
que se tenha um bom entendimento do produto a ser entregue pelo projeto, não só pelo gestor do
projeto, mas por toda a sua equipe: há a necessidade de um bom conhecimento por parte de todos,
para que as metas e objetivos sejam alcançados.
Neste sentido, a constante evolução tecnológica dos produtos tem exigido das equipes de projetos
um constante esforço para atualização e acompanhamento na obtenção de vantagens competitivas
para execução do projeto e do produto a ser entregue. Esta informação sobre o avanço tecnológico
é importante para o escopo do projeto, pois, algumas vezes, esses estudos tecnológicos acabam
por consumir muito os recursos humanos, físicos e financeiros do projeto, sendo necessário prever
no escopo do projeto uma fase específica para a pesquisa de tecnologia, quando necessário.
Não importa qual a metodologia de projeto escolhida. Será necessário, primeiramente e mais
importante, definir o escopo do projeto, ou seja, quais são os objetivos e quais devem ser cumpridos
para alcançar o sucesso. Definir o escopo do projeto é identificar suas metas, objetivos, tarefas,
fases, recursos, orçamento e programação. Depois, são descritos os parâmetros e limitações do
escopo e mostra-se o que está excluído. O escopo deve deixar claro para os envolvidos exatamente
o produto ou serviço que será entregue. Enfim, definir o escopo é o processo de desenvolvimento
de uma descrição detalhada do projeto e do produto, conforme nos exemplifica Richter (2011, s/p):
Definir o escopo de um projeto ajuda as equipes envolvidas a otimizar recursos e tempo, tentando
antever problemas. A documentação do escopo de um projeto, que é chamado de uma declaração
do escopo, ou declaração de trabalho, explica os limites, estabelece as responsabilidades de cada
membro da equipe e estabelece procedimentos para a forma como o trabalho será concluído,
verificado e aprovado. A declaração do escopo fornece à equipe as diretrizes para a tomada de
decisões, auxilia a manter o foco do projeto e na tarefa. Investigando as razões pelas quais os projetos
fracassam, podemos ver que há dois problemas que surgem com mais frequência: a equipe não
investiu tempo suficiente definindo o projeto e/ou houve uma falha no gerenciamento do escopo.
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Figura 40 – Projeto: Trabalho em equipe
Podemos exemplificar de uma forma muito simples: vamos comprar um carro. Primeiramente,
vamos definir o escopo: o carro em questão deverá ter quatro cilindros, tração nas rodas dianteiras,
ar condicionado digital, capacidade para cinco pessoas e deve ser um conversível vermelho. Definido
o escopo, é hora de calcular o custo e tempo: quanto vou ter que gastar para comprar exatamente
este modelo de carro? Quanto tempo vou demorar até conseguir comprá-lo? Por este exemplo,
percebemos que, na definição do escopo, os recursos financeiros e o tempo estão alinhados com o
escopo, ou seja, se ao definir o escopo algo der errado, o tempo e custo do projeto também estarão.
In the context of thisÉ um processo necessário para explicitar a percepção do que o cliente espera
do produto e o que o prestador de serviços precisa projetar produzir e entregar. O escopo do projeto
é a definição do que deve cumprir: o orçamento, tempo e recursos para atingir estes objetivos. O
objetivo principal da definição do escopo é descrever claramente os limites do projeto. OsBest results
are achieved when both the definition and the budget are precise and detailed. melhores resultados
são obtidos quando a definição é precisa e detalhada. Quanto mais detalhes contiver, melhor será
seu entendimento e execução. Todos os fatores envolvidos, em específico custo e prazo, devem
ficar expostos propositalmente para que não haja interpretações dúbias, para que não haja dúvidas
sobre custos, entregas preliminares e finais: é necessário esmiuçar os fatores de risco, mesmo que
mais adiante seja necessário revê-los para os ajustes das expectativas sobre o produto.
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antes do início do projeto. Este documento é o termo de abertura do projeto (project charter). Neste
termo, especifica-se os aspectos relacionados ao contratante e ao contratado, estando descritas de
maneira detalhada as etapas a serem vencidas e as metas durante o projeto, esclarecendo todos
os detalhes importantes, tanto para a organização que o realizará quanto para o cliente. Este termo
pode conter as seguintes etapas, por exemplo:
• Nome do projeto
• Objetivos gerais e específicos
• Demandas atendidas
• Breve descrição da necessidade do projeto e seus benefícios
• Quais serão os produtos ofertados (palestras, treinamento, manuais, suporte, acompanhamento
etc.)
• Quais serão os produtos intermediários
• Cronograma
• Recursos necessários
• Procedimentos necessários em caso de mudança de escopo
• Serviços adicionais
Um dos maiores desafios na gestão de um projeto é a definição clara do produto que será
entregue ao cliente, fazendo uma relação direta com o escopo do trabalho que deve ser realizado
com a equipe para a produção do mesmo. Costumeiramente, a essa entrega dos produtos e serviços
dá-se o nome de deriverable, que podem ser protótipos, documentos, treinamentos, palestras,
manuais, suporte ou acompanhamento, ou seja, tudo que for entregue como produto para o cliente
quando o projeto for concluído.
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Figura 41 – Escopo: produto x projeto
Se, por um lado, o escopo do produto pode ser representado pelos entregáveis (deliverables),
documentos, treinamentos, desenhos etc., por outra ótica, o escopo do projeto representa-se pala
estruturação analítica, contendo os entregáveis que devem ser gerados ao longo do projeto. Para
que um projeto seja bem sucedido, a gestão do escopo do projeto deve garantir que o projeto
realize todos os produtos e serviços necessários para a execução do mesmo, de forma que se
finalize o projeto com sucesso. É importante que a preocupação e esforços estejam voltados para
compreender, definir e controlar o que faz ou não parte do projeto.
Saiba Mais!
O que vale mais num escopo de projeto: manter-se fidedigno ao projeto, mesmo que ele já apresente
sinais de que não anda bem ou flexibilizar? Esta matéria traz aspectos muito interessantes sobre
como definir e controlar o escopo do projeto.
Fonte:<http://www.impariamo.com.br/base-de-conhecimento/artigos/gerenciamento-de-projetos/escopo/item/261-
gerenciamento-de-escopo-em-projetos-braco-de-ferro-ou-flexibilizacao>.
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9.3 Iniciando o projeto
Figura 42 – Estruturando um projeto
Projetos são empreendidos porque devem produzir algum benefício – produto, serviço ou resultado
tangível – para a organização. Começar um projeto significa comprometer recursos financeiros,
humanos e físicos na sua execução com o objetivo de obter, ao seu final, algum tipo de retorno.
Uma empresa pode empreender diversos projetos simultaneamente, cada um com características
próprias e com níveis diferentes de porte (orçamento ou duração), complexidade e riscos. Para
que uma organização exerça controle efetivo sobre a criação de novos projetos, é necessário que
seja estabelecido um processo formal de autorização, onde as propostas de novos projetos são
avaliadas nos seguintes aspectos:
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Este processo formal pode ser repetido no início de cada fase do projeto: verificar se seus
objetivos ainda são válidos, se os resultados esperados podem ser alcançados e se a necessidade
que o justificou ainda permanece.
O escopo do projeto começa a ser delineado quando da concepção, seleção e iniciação do projeto.
Vejamos o exemplo
Digamos que tenha acabado de receber uma herança de R$ 500.000,00. O que faria com esse
dinheiro? Com certeza muitos projetos estão passando por sua cabeça. Comprar um imóvel? Montar
uma empresa? Viajar? Construir uma casa? Pagar dívidas? Investir tudo em um único projeto? Como
selecionar entre tantos possíveis projetos? Como definir o que exatamente esperar de cada um dos
projetos que decida investir?
As empresas, normalmente, precisam tomar as mesmas decisões que você no parágrafo acima.
Elas não recebem heranças, mas têm orçamentos para enquadrar os investimentos em projetos ou,
algumas vezes, precisam obter financiamentos para viabilizar esses projetos. Mesmo as empresas
prestadoras de serviços, cujo dia-a-dia é executar projetos, também precisam ter seus procedimentos
para decidir apresentar ou não propostas a seus clientes e, se for o caso, como elaborá-las.
Fonte: http://www.administracaovirtual.com/administracao/downloads/apostilas/Apostila-Gerencia-Escopo-Magno-
FGV.pdf
Cada empresa tem os seus próprios procedimentos no que diz respeito aos critérios adotados
para a escolha de um ou outro projeto. Podemos, por exemplo, imaginar uma situação onde a
empresa Alfa possui um comitê interno que aprova os gastos e investimentos e todos os projetos
devem ser submetidos a este comitê, geralmente composto pelos diretores da empresa Alfa. É
produzido um documento, de acordo com o BSC (balanced score card) da área, mostrando claramente
cada indicador, sendo que o documento é resumido e objetivo e possui os desdobramentos dos
indicadores corporativos, com metas estabelecidas com precisão e clareza. Esta é uma forma de
apresentação e decisão de um projeto.
Agora podemos também imaginar outra situação: a empresa Beta. Nela, quando há a necessidade
de uma demanda, verifica-se se esta demanda é presente em seu planejamento estratégico anual
e, estando contido neste planejamento, antes de iniciar a elaboração de uma proposta, é realizada
uma estimativa do esforço por parte das áreas técnicas e comercial para sua produção, ou seja, é
realizada toda uma estimativa do custo e dos benefícios do projeto, e, por consequência, do produto.
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do projeto. Com esses dois exemplos, temos a percepção de que dois caminhos distintos foram
realizados, porém, com objetivos e etapas definidas, não há marras soltas nem senso comum
envolvendo a tomada de decisão. Há justamente o contrário: estratégias predeterminadas até
mesmo para a análise de demandas.
Na grande maioria das empresas, os projetos não são iniciados até que a sua real necessidade
seja avaliada, seja através de estudos de visibilidade ou de um planejamento preliminar. Costuma-
se também realizar um projeto específico para demonstrar às empresas a necessidade do projeto
em si e pode ocorrer de vários projetos preliminares concorrerem entre si para somente depois um
ser eleito como o projeto final.
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9.3.1 Identificação das alternativas
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9.3.2 Termo de abertura do projeto
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Inicialmente, o conceito do project charter referia-se apenas a documentar a responsabilidade
do gestor do projeto, porém, houve uma evolução e este conceito transformou-se em um importante
documento interno em que as organizações empresariais conseguem reconhecer o escopo e realizar
a comunicação da aprovação do escopo aos seus gestores e equipes, como se o project charter
fosse um contrato entre os envolvidos no projeto (liderados pelo gestor do projeto) e a organização
empresarial.
O project charter deve preferencialmente conter referências de outros documentos que circulam
nas organizações empresariais e estão direta ou indiretamente ligados ao projeto, tais como objetivo
ou justificativa do projeto, descritivo do projeto, requisitos que suprem as demandas, desejos e
expectativas do cliente, gestor do projeto e equipes envolvidas, cronogramas detalhados, restrições
organizacionais, estudo de viabilidade, orçamento, dentre outros documentos que podem compor
o project charter.
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CONCLUSÃO
Assim sendo, deverá conter uma fundamentação teórico-histórica que sustente a intervenção
cognitiva. Como sugestão para a ampliação e fortalecimento da fundamentação teórica na realização
de projeto de intervenções cognitivas deixamos as bases de dados que se seguem.
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GLOSSÁRIO
A priori: Partindo do que é anterior; a partir de dados ou fundamentos anteriores: a priori, toda
criança deve estar na escola. Fonte: <https://www.dicio.com.br/a-priori/>.
Detrimento: Prejuízo ou estrago, tanto material quanto moral, perda, dano. Em detrimento de. Em
oposição ao interesse de, que resulta em prejuízo para. Fonte: <https://www.dicio.com.br/detrimento/>.
Escopo: Somatória de tudo que se pode referir a um projeto, descrição detalhada de um projeto, de
seus propósitos: escopo de projeto. Fonte: <https://www.dicio.com.br/escopo/>.
Inata: Filosofia: De acordo com o cartesianismo, o que tem sua origem na mente, sem que isso
esteja relacionado com a imaginação criadora e/ou com a experiência sensível. Filosofia Moderna:
Cuja origem e/ou derivação se baseia no que está inerente à mente e/ou ao desenvolvimento da
inteligência (entendimento), ao invés de ser construído a partir da experiência (prática). Fonte:
<https://www.dicio.com.br/inato/>.
Justapor: Pôr uma coisa imediatamente ao lado de outra. Ex.: justapor duas palavras. Fonte: <https://
www.dicio.com.br/justapor/>.
Postulado: Princípio ou fato não demonstrado que se admite como verdadeiro. Ponto a partir do
qual se dá início a um raciocínio, premissa. Fonte: <https://www.dicio.com.br/postulado/>.
Instigado: Que se conseguiu instigar; que foi incentivado ou estimulado; provocado. Fonte: <https://
www.dicio.com.br/instigado/>.
Errônea: Em que há erro; caracterizado pelo erro: é errôneo afirmar que doenças genéticas são
sempre hereditárias. Que não tem relação com a verdade; incorreto: o juiz definiu como errôneo o
depoimento da testemunha. Fonte: <https://www.dicio.com.br/erroneo/>.
Delineia: Delineia vem do verbo delinear. O mesmo que: alinhava, arquiteta, delimita, demarca,
planeja, projeta, traça, trama. Fonte: <https://www.dicio.com.br/delineia/>.
Vertentes: Capaz de verter, de transbordar; que verte, transborda: líquido vertente. Que é o assunto
sobre o qual se discute: argumento vertente. Fonte: <https://www.dicio.com.br/vertente/>.
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Alusão: Menção ou citação; referência feita de maneira vaga ou indireta sobre algo ou alguém: na
aula fez alusão ao filme. Palavra ou frase que tem o intuito de mencionar, de citar, algo ou alguém
que não está presente, mas pode ser retomado pelo contexto. Estilística. Retórica. Julgamento
acerca de algo ou alguém, feito por meio de uma referência a essa pessoa ou coisa. Ação ou efeito
de aludir. Fonte: <https://www.dicio.com.br/alusao/>.
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BIBLIOGRAFIA
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(Associação Académica da Universidade da Madeira), n. 65, ano VII, p. 42-44, Maio 2012.
COHEN, L.; MANION, L. Métodos de investigação educativa. Madrid: Editorial La Muralla, 1990.
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EITERER, L. H. Projeto de pesquisa: o que é hipótese e marco teórico. Disponível em: <http://lheiterer.
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KANT, I. Crítica à razão pura. São Paulo: Abril Cultural, 1983. Coleção Os Pensadores.
KUHN, T. S. A estrutura das revoluções científicas. Trad. Beatriz Vianna Boeira e Nelson Boeira.
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