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Carlos Henrique Passos Mairink

DESCOMPLICANDO
O PROJETO
DE PESQUISA
Carlos Henrique Passos Mairink

DESCOMPLICANDO
O PROJETO
DE PESQUISA

Belo Horizonte
2018
Editora: CaMaiK
Revisão: RESPONSABILDADE DO AUTOR
Diagramação: CaMaik
Capa: CaMaik
A regra ortográfica usada foi prerrogativa do autor.
Todos os livros publicados pela
CaMaik estão sob os direitos
da Creative Commons 4.0

https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/deed.pt_BR
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CaMaik Projetos Educacionais


Belo Horizonte/MG
Editorial: contato@camaik.com.br

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

MAIRINK, Carlos Henrique Passos.


Descomplicando o Projeto de Pesquisa . [recurso eletrônico] / Carlos Henrique Passos
Mairink - Belo Horizonte, MG: CaMaiK, 2018.
80 p.
ISBN - 978-85-54016-00-5
Disponível em: http://www. camaik.com.br
1. Ciência - Metodologia. 2. Pesquisa. 3. Normalização. 4. Metodologia I. Estudo e
ensino. II. Título
CDD-120
Índices para catálogo sistemático:
1. Produção do Conhecimento 120
1 INTRODUÇÃO........................................................09

2 REALIZANDO O PROJETO DE PESQUISA – DES-


COBRINDO O TEMA ................................................12

3 REALIZANDO O PROJETO DE PESQUISA – PRO-


BLEMA DE PESQUISA...............................................13
3.1 O problema de pesquisa.........................................13
3.1.1 Definindo o Problema de Pesquisa.........................14
3.1.2 Delimitando o Tema...........................................15
3.2 Estrutura do projeto de pesquisa.............................15
3.2.1 Introdução...........................................................17
3.2.2 Tema...................................................................18
3.2.4 Problema de Pesquisa..........................................18
3.2.4 Hipóteses ou Pressupostos......................................19
Sumário

3.2.5 Justificativa.........................................................19
3.2.6 Objetivos.............................................................20
3.2.7 Objetivos Geral ..................................................20
2.2.8 Objetivos Específicos.......................................... 20
3.2.9 Referencial Teórico............................................. 21
3.2.10 Metodologia......................................................23
3.2.11 Plano para elaboração do trabalho..................... 23
3.2.12Cronograma......................................................25
3.2.13 Recursos............................................................25
3.2.11 Referências....................................................... 26

4 REGRAS DA ABNT - ELEMENTOS PRE-TEXTUA


IS................................................................................. 27
4.1 Capa................................................................... 27
4.2 Folha de Rosto.................................................... 29
4.3 Lista de figuras - Lista de tabelas...........................31
4.4 Lista de abreviaturas - Lista de siglas.....................34
4.5 Sumário..............................................................36
4.6 Elementos textuais...............................................38
4.6.1 Introdução...........................................................38
4.6.2 Desenvolvimento................................................40
4.6.3 Conclusão............................................................42
4.7 Referências .........................................................42

5 REGRAS DA ABNT - FORMATO GRÁFICO (NBR


14724/2011)............................................................... 49
5.1 Papel...................................................................49
5.2 Fonte...................................................................49
5.3 Margem...............................................................49
5.4 Espacejamento.....................................................50
5.5 Parágrafo................................................................................................50
5.6 Títulos de capítulos (seção primária)........................................................ 50
5.7 Títulos de subcapítulos (seção secundária, terciária e etc...)........................50
5.8 Alíneas...................................................................................................51
5.9 Paginação...............................................................................................51
5.10 Ilustrações ...........................................................................................51

6 REGRAS DA ABNT - CITAÇÕES (NBR 10520:2002)................................53


5.1 Citação Direta (textual) ..........................................................................55
6.1.1 Citação direta curta.............................................................................. .....55
6.1.2 Citação direta longa....................................................................................58
6.1.3 Citação indireta......................................................................................... 62
6.1.4 Citação de citação........................................................................................65

7 METODOLOGIA CIENTÍFICA – A IMPORTÂNCIA DO MÉTO-


DO...............................................................................................................68
6.1 Métodos de Pesquisa.............................................................................. 68
6.1.1 Método Indutivo........................................................................................68
6.1.2 Método Hipotético-Dedutivo.....................................................................69
6.1.3 Método Dialético........................................................................................70
6.1.4 Método experimental..................................................................................71
6.1.5 Método observacional ................................................................................71
6.1.6 Método comparativo....................................................................................72
6.1.7 Método estatístico........................................................................................72
6.2 Definindo o método para realização do projeto e do texto final .......................73

8 COMO REALIZAR UM ARTIGOS DE PUBLICAÇÕES PERIÓDI-


CAS..............................................................................................................74
7.1 Estrutura do artigo científico.................................................................................74
7.1.1 Elementos pré-textuais.......................................................................................75
7.1.2 Elementos textuais.................................................................................75
7.1.3 Elementos pós-textuais...........................................................................76

8 COMO REALIZAR UM TCC – TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CUR-


SO................................................................................................................77
Estrutura do TCC..........................................................................................77

REFERÊNCIAS...........................................................................................79
O presente livro foi idealizado a partir das minhas
aulas, percebi que os alunos sentiam muita dificuldade
em realizar um projeto de pesquisa. Dessa forma, nasce
a presente obra, que possuiu uma linguagem acessível
justamente para facilitar e incentivar a realização de um
projeto de pesquisa.
Apresentação

Afinal, esta é a função do professor na magnífica


visão de Rubem Alves:

“a inteligência é preguiçosa, quieta,


mas provocada, pode trazer excelentes
resultados. O professor hoje precisa ensinar
o que sabe, o que não sabe e com sapiência,
sabedoria”.

Trata-se de uma ferramenta de auxílio a toda


comunidade acadêmica.
Saliento que é uma tentativa de descomplicar a
realização de um projeto de pesquisa.
Esclareço que não se trata de um manual de Normas
da ABNT, ao revés, o pesquisador somente encontrará
nessa obra os elementos mínimos para a realização de um
projeto de pesquisa.
O presente trabalho é fruto das dúvidas dos meus
alunos e do meu sentir.
Espero que contribua para o desenvolvimento da
pesquisa.
O escopo é compartilhar as experiências e o
aprendizado.

Carlos Henrique Passos Mairink


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Descomplicando o Projeto de Pesquisa

1 INTRODUÇÃO

Para o desenvolvimento das diversas atividades acadêmicas se faz necessário à


realização de uma pesquisa, sendo imperioso que se tenha um ponto de partida
para realização dos estudos.
Ao meu sentir o caminho para se realizar uma pesquisa se inicia com a realização
de um projeto, ou melhor, de um ponto de partida, uma definição do que será
estudo e aprofundado.
Portanto, toda e qualquer atividade que envolve pesquisa requer a produção de
um projeto que nos termos da norma 15287 (2011a) se trata de “uma das fases da
pesquisa”, além de descrever a sua estrutura (ABNT, 2011a, p. 3).
Assim, projeto é uma bússola, um caminho a ser seguido, que traz em si todo o
planejamento da pesquisa, bem como detalha todas as fases, sem esquecer que
se trata de uma das fases da pesquisa.
O que estou tentando deixar claro é que o objetivo do presente trabalho se traduz
em:
• Iniciar uma pesquisa; e
• Ser uma ferramenta de auxílio na realização de projeto de pesquisa.
Após esclarecer que projeto de pesquisa é um caminho a ser seguido pelo
pesquisador, que contém todas as fases do que se pretende produzir, quero
ratificar que nosso projeto utilizará como suporte as seguintes NBRs abaixo:
a) NBR 10520:2002 – citações em documentos;
b) NBR 6023:2002 – referências;
c) NBR 6024:2013 – numeração progressiva das seções de um documento
escrito;
d) NBR 14724:2011 – elementos textuais; e
e) NBR 6023:2013 – sumário.
Destaco que a NBR 15287 (2011a) deixa claro o que deve conter um projeto
de pesquisa, sendo certo que o modelo adotado pela aludida norma será

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Carlos Henrique Passos Mairink

implementado para a realização do nosso trabalho.


O texto deve ser constituído de uma parte introdutória, na qual
devem ser expostos o tema do projeto, o problema a ser abordado,
a(s) hipótese(s), quando couber(em), bem como o(s) objetivo(s) a
ser(em) atingido(s) e a(s) justificativa(s). É necessário que sejam
indicados o referencial teórico que o embasa, a metodologia a ser
utilizada, assim como os recursos e o cronograma necessários à sua
consecução. NBR 15287 (2011a).

Portanto, o nosso projeto de pesquisa deverá contar com as seguintes etapas:

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Descomplicando o Projeto de Pesquisa

Além de todo esforço e trabalho, é fundamental ainda, adequá-lo às normas


de apresentação, ou seja, aos padrões estabelecidos pela ABNT (Associação
Brasileira de Normas Técnicas).
Bem, desde o início, espero que todos trabalhem e pesquisem com seriedade,
construindo seu próprio conhecimento. É só assim que se aprende. Para tanto, use
e abuse das bibliotecas, não só as físicas, mas as virtuais. Utilize os periódicos
(revistas) eletrônicas ou físicas, pois é uma fonte inesgotável de conhecimentos.
Para um bom desempenho, é fundamental que exista, por parte do pesquisador,
um compromisso efetivo com os estudos.
O segredo é ter método, estabelecer uma sistemática!!!
De todo modo, é útil lembrar que a caminhada é de cada um e, por vezes, você
poderá sentir-se solitário. É assim mesmo. A essa altura da vida, você já deve
saber que a aprendizagem é um processo solitário e doloroso; isso porque faz
pensar e afasta certezas, para a construção de um novo conhecimento. É assim
que se aprende.
Lembre-se que realizar um trabalho acadêmico exigirá muito de você
“pesquisador”!
Espero que ao final consigamos realizar um projeto de pesquisa!!!
Diante dessa singela apresentação vamos trabalhar!!!

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Carlos Henrique Passos Mairink

2 REALIZANDO O PROJETO DE PESQUISA- DESCOBRINDO


O TEMA

O primeiro passo para se realizar a um projeto de pesquisa reside em definir tema,


ou seja, de forma incipiente o que se espera é apenas a definição de um assunto
que será trabalhado pelo pesquisador, quero crer que se você “pesquisador”, se
já está realizado ou está prestes a realizar um projeto de pesquisa, tenho certeza
que já possui um tema.
Contudo, se não possui, fique calmo!
A escolha do tema é muito fácil. De forma bem simples, escolher um tema
significa escolher um assunto que será investigado.
Mas lembre-se! Quando estamos diante de um tema, ainda, não podemos
desenvolver uma pesquisa.
Como veremos para elaboração do projeto de pesquisa, será necessário definir uma
ideia, um problema, uma questão, sobre o qual será centrada a sua investigação.
Portanto, para o sucesso da sua pesquisa, sempre leve em consideração:
• o seu o interesse;
• as suas preferências pessoais;
• a sua formação acadêmica;
• os seus conhecimentos prévios;
• bem como a originalidade e a utilidade do tema.
Sabe-se que o grande desavio do pesquisador é encontrar o problema de pesquisa.
Tenho certeza que esse desafio será facilmente superado!
Você “pesquisador” deve sempre lembrar que sem problema para ser resolvido
não existe pesquisa a ser desenvolvida.

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Descomplicando o Projeto de Pesquisa

3 REALIZANDO O PROJETO DE PESQUISA – PROBLEMA


DE PESQUISA

O segundo passo para se realizar a um projeto de pesquisa reside em definir um


problema de pesquisa.
Lembro que esse é o ponto mais importante!
Mais uma vez:
O grande desafio do pesquisador reside em encontrar o problema de pesquisa.
Fundamental:
O pesquisador deve sempre entender que sem problema para ser resolvido
não existe pesquisa a ser desenvolvida.
3.1 O problema de Pesquisa
Diante do até aqui exposto, você “pesquisador” deve estar se perguntado: como
eu vou encontrar o problema de pesquisa?
Como visto inicialmente, deve-se encontrar um tema ou assunto sobre o qual
você “pesquisador” quer centrar sua investigação.
Salienta-se que muitos fatores determinam a escolha do problema de pesquisa
tais como:
• originalidade;
• relevância;
• utilidade do problema;
• interesse.
Ademais, na escolha do problema é fundamental realizar os seguintes
questionamentos:
A pesquisa realizada trará algum benefício?
Existe material para realizar essa pesquisa?

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A realização da pesquisa é crível dentro do espaço de tempo?


Se as suas respostas forem positivas você “pesquisador” já possui um tema. Falta
encontrar um problema de pesquisa.
Para elaboração do projeto de pesquisa, o primeiro passo é definir um tema um
assunto em que a pesquisa será centrada.
Logo após, é fundamental ter uma ideia central, um problema, uma questão,
sobre o qual gravitará sua investigação.
Lembre-se sempre que o caminho será árduo. Dessa forma, é fundamental
que o problema de pesquisa esteja diretamente ligado ao seu interesse, as suas
preferências pessoais, a sua formação acadêmica, os seus conhecimentos prévios,
bem como sua utilidade.
Salienta-se que a pesquisa deve realizar uma análise crítica e reflexiva,
motivo pelo qual não pode ser realizado um mero texto dissertativo sobre um
determinado assunto, ao revés, é fundamental que se tenha um problema de
pesquisa previamente delimitado.
Encontrar o problema de pesquisa é refletir sobre o que se pretende resolver com
a pesquisa.
3.1.1 Definindo o Problema de Pesquisa
A definição do problema de pesquisa pode surgir com base na observação
do cotidiano, na vida profissional, em programas de pesquisa, em contato e
relacionamento com especialistas, no feedback de pesquisas já realizadas e em
estudo da literatura especializada.
Dessa forma, é importante realizar revisão dos referenciais teóricos com o intuito
de descobrir o problema ou a questão central objeto da sua pesquisa, ou seja, em
meio ao tema escolhido, a que questão (ou questões) se pretende responder.
Após a descoberta do tema, bem como da leitura de todo o material “referencial
teórico” disponível você “pesquisador” já está apto a identificar o problema de
pesquisa.
Sendo certo que quando o problema de pesquisa estiver claro para o pesquisador
ele poderá redigir de forma interrogativa.
Não é uma tarefa fácil, mas é importante destacar que e a clara formulação do
problema ou da questão central da pesquisa é fundamental.

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Descomplicando o Projeto de Pesquisa

Se o pesquisador não consegue formular o problema central da pesquisa por


meio de uma pergunta bem direta, o mais provável é que ele tenha feito uma
discussão insuficiente dos referenciais teóricos já existentes sobre aquele tema.
Se não existe problema de pesquisa significa que você “pesquisador”, ainda,
deve delimitar o seu tema.
3.1.2 Delimitando o Tema
Acaso não exista problema de pesquisa, é fundamental delimitar o assunto ou
tema.
Tenha certeza que após delimitar o tema o problema de pesquisa será encontrado.
• Delimitar o tema é colocar “limites” para aprofundar ou até mesmo
facilitar o assunto da pesquisa.
• Não existe qualquer receita que permita a delimitação do tema, mas
encontrar um corte temático, histórico ou geográfico pode auxiliar.
• Quase sempre é necessário ampliar ou aprofundar as leituras sobre o
assunto para que os critérios de “corte“ comecem a aparecer.
Após escolher o tema, procure checar se ele contempla os seguintes critérios:
1. O tema deve ser do interesse do pesquisador, proporcionando-lhe uma
experiência gratificante, além, é claro de contribuir para o avanço da área
a ser pesquisada;
2. O tema deve ser adequado, quanto à formação, quanto ao tempo,
recursos e energia que o pesquisador possui para dedicar-se a pesquisa;
3. O tema deve ser suficientemente documentado. Isto é, os referenciais
teóricos pertinentes, devem ser suficiente, facilmente identificável,
disponível e, sobretudo, deve permitir uma rápida “varredura”.
O tema estará suficientemente delimitado quando existir o problema de pesquisa.
3.2 Estrutura do Projeto de Pesquisa
Despois de definido o problema de pesquisa torna-se fácil realizar um projeto de
pesquisa.

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Carlos Henrique Passos Mairink

O projeto de pesquisa deve seguir estrutura:

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Descomplicando o Projeto de Pesquisa

Isso significa que o seu projeto de pesquisa deve possuir o seguinte sumário:

A partir desse ponto cada um dos elementos do projeto de pesquisa será analisado.
3.2.1 Introdução
Introdução é a parte em que o pesquisador por meio de um texto apresenta de
forma concisa e clara todo o seu trabalho, ou seja, no presente caso o seu projeto
de pesquisa.
Trata-se do encantamento inicial, ou seja, deve proporcionar ter acesso de forma
cristalina a todo o trabalho.
O pesquisador deve tomar cuidado em expor o seu tema, o problema de pesquisa
e as principais teorias que embasam sua pesquisa.
Dessa forma, uma boa introdução deve apresentar todo o trabalho, sendo certo
que ela deve obrigatoriamente possuir os seguintes elementos:
a) Tema;
b) problema de pesquisa;
c) marco teórico1.
1 Marco teórico é o resultado da seleção das: teorias, conceitos, conhecimentos científicos,
métodos e procedimentos, que o pesquisador requer para descrever e explicar objetivamente o

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Salienta-se que na introdução não existe nenhum tipo de citação, pois se trata de
texto genuinamente do pesquisador.
Também, para melhor entendimento deve ser escrita sempre em terceira pessoa.
3.2.2 Tema
Para se realizar a um projeto é necessário definir o tema, ou seja, a definição de
um assunto que será trabalhado pelo pesquisador.
A escolha do tema é muito fácil.
De forma bem simples, escolher um tema significa escolher um assunto que será
investigado.
Mas lembre-se! Quando estamos diante de um tema, ainda, não podemos
desenvolver uma pesquisa.
Portanto, para o sucesso da sua pesquisa, sempre leve em consideração:
• o seu o interesse;
• as suas preferências pessoais;
• a sua formação acadêmica;
• os seus conhecimentos prévios;
• bem como a originalidade e a utilidade do tema.
Após a escolha do tema o pesquisador deverá expor de forma concisa e clara
qual foi o tema escolhido, bem como realizar uma breve defesa da importância
de pesquisa-lo.
3.2.3 Problema de Pesquisa
No projeto de pesquisa o pesquisador deverá descrever de forma interrogativa o
ponto central de sua investigação, ou seja, deverá descrever de forma interrogativa
o problema de pesquisa.
Depois de descrever o problema de pesquisa de forma interrogativa, deverá

objeto de pesquisa, em seu estado histórico, atual ou futuro. (DIETERICH, 1999)


Pode ser definido como um conjunto de ideias ou teorias de um pesquisador para guiar seu
trabalho e dar-lhe um ar de clareza e organização. Em certo sentido, o marco teórico é uma
maneira prever como será esse trabalho, pois conta com ideias ou teorias prévias à realização da
pesquisa, que será o espaço para ser colocado em questão e analisado.

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Descomplicando o Projeto de Pesquisa

realizar, também, cinco perguntas decorrentes do problema de pesquisa.


Destaco que cada uma das cinco perguntas, deverá se relacionar a um capítulo
do trabalho, ou seja, a primeira pergunta decorrente do problema de pesquisa
deve ser relacionada ao primeiro capítulo, a segunda ao segundo capítulo e assim
sucessivamente.
O que o pesquisador deve procurar responder com cada uma das cinco perguntas
é:
a) Como são as coisas;
b) quais as suas causas;
c) quais as consequências;
d) o que se pretende em cada capítulo.
3.2.4 Hipóteses ou Pressupostos
Hipóteses ou pressupostos são respostas provisórias aos questionamentos
decorrentes do problema de pesquisa.
Nessa etapa o pesquisador deverá responder todas as perguntas que foram
formuladas no problema de pesquisa.
As hipóteses ou pressupostos funcionam como um norte/caminho para
desenvolvimento do seu trabalho.
O desafio do pesquisador reside, em verificar durante a execução da pesquisa se
as suas respostas provisórias são válidas ou não, ou seja, o escopo nesse ponto é
confirmá-las ou negá-las.
A(s) hipótese(s) deve(m) ser formulada(s) de forma afirmativa.
3.2.5 Justificativa
Nesta etapa o que se busca é ratificar todo o problema de pesquisa, ou seja, o
pesquisador com base nos referencias teóricos existentes vai ser fundamentar/
justificar sua pesquisa.
Significa dizer que a justificativa tem como escopo apresentar as principais
teorias que já foram produzidas sobre o problema de pesquisa.
É no campo justificativo que o pesquisador vai explicar “o porquê” da realização
da pesquisa e justificar as razões da escolha do tema e do problema de pesquisa,

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Carlos Henrique Passos Mairink

bem como sua importância e sua relevância.


Algumas perguntas devem ser ratificadas/justificadas. Portanto é fundamental
responder:
a) O tema é relevante e, se é, por quê?
b) Quais pontos positivos da pesquisa proposta?
c) Que vantagens e benefícios que a pesquisa irá proporcionar?
3.2.6 Objetivos
Os objetivos servem para demonstrar a intenção do pesquisador ao propor a
pesquisa.
É importante destacar que os objetivos devem estar em sintonia com o problema
de pesquisa, as hipóteses ou pressuposto e com a justificativa.
Resumindo, é o momento oportuno de se demonstrar o motivo da pesquisa,
quais resultados se pretende alcançar e qual é contribuição da pesquisa para a
comunidade científica.
Deve-se sempre tentar responder a seguinte pergunta: para que esta pesquisa está
sendo realizada?
Quando o pesquisador for redigir os objetivos ele deve sempre utilizar um verbo
no infinitivo e este verbo deve indicar uma ação passível de mensuração.
3.2.7 Objetivos Geral
O objetivo geral deve ser redigido em uma única frase ou um parágrafo,
utilizando-se sempre um verbo no infinitivo, deve ser global abrangente.
Ele busca esclarecer o foco central da pesquisa relacionando-se diretamente com
o problema.
Esclarece-se que quando o pesquisador alcança o objetivo geral ele consegue dar
uma resposta ao problema de pesquisa.
2.2.8 Objetivos Específicos
Inicialmente, destaca-se que o papel dos objetivos específicos é detalhar ou
especificar o objetivo geral.
Nesse momento o pesquisador deve expor de forma detalhada o pretende com a

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Descomplicando o Projeto de Pesquisa

pesquisa.
Ao redigir os objetivos específicos o que o pesquisador deve fazer é simplesmente
fracionar o objetivo geral.
Salienta-se que a soma dos objetivos específicos se traduz no objetivo geral.
Dessa forma, eles não podem ultrapassá-lo.
Uma forma fácil de entender o que são objetivos específicos é relacioná-los
com as etapas ou fases em que a pesquisa será realizada. Em se tratando de um
TCC – trabalho de conclusão de curso – ou um artigo, tem-se que cada objetivo
específico será um capítulo do trabalho a ser realizado.
O ideal é que pesquisador escolha cinco objetivos específicos, ou seja, pense
inicialmente em cinco capítulos para o seu trabalho.
É fundamental que os objetivos específicos estejam relacionados com o problema
de pesquisa. Lembre-se sempre que quando o pesquisador encontra o problema
de pesquisa ele deve desdobrá-lo em cinco questionamentos, e que cada um dos
questionamentos deve estar relacionado com o que ele pretende escrever em
cada capítulo.
Dessa forma, os objetivos específicos serão os questionamentos realizados a
partir do desdobramento do problema de pesquisa.
Observa-se que a formulação dos objetivos, seja dos gerais, seja dos específicos,
faz-se mediante o emprego de verbos no infinitivo: contribuir, analisar, descrever,
investigar, comparar entre outros.
Lembre-se sempre que os objetivos específicos tem a função de bússola para o
pesquisador. Dessa forma, eles devem ser factíveis, ou seja, cuidado na hora de
estabelecer os objetivos.
3.2.9 Referencial Teórico
Antes de iniciar qualquer pesquisa, é necessário conhecer o que já foi desenvolvido
acerca do tema ou do assunto. É uma etapa importante, pois serão listados os
nomes e obras dos autores que o pesquisador trabalhará na sua pesquisa. Também
pode ser denominado de: quadro teórico, quadro teórico de referência, revisão de
literatura, ou fundamentação teórica.
O pesquisador nunca pode estar satisfeito com o referencia teórico que será
utilizado para desenvolvimento da sua pesquisa. Contudo, para início do trabalho
o pesquisador deve ter na sua base de leitura e de pesquisa prévia no número

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Carlos Henrique Passos Mairink

mínimo de 20 referencias teóricos.


Diante do que foi exposto, torna-se fácil entender o que é referencia teórico.
O referencial teórico é a base que sustenta qualquer pesquisa científica.
Por meio da análise do que já foi publicado é que o pesquisador irá traçar um
quadro teórico para sustentar a resposta ao seu problema de pesquisa.
Esclareço que sem uma base boa de referenciais teóricos, torna-se praticamente
impossível descobrir o problema de pesquisa. Assim, o estudo da literatura,
contribui em muitos sentidos: definição dos objetivos do trabalho, construções
teóricas, planejamento da pesquisa, comparações e validação.
Para a elaboração do referencial teórico torna-se imperioso perpassar pelas
seguintes etapas:
• defina o tema ou assunto da pesquisa;
• busque referências e sobre o tema assunto, como ditas no mínimo de 20,
para ter uma visão panorâmica;
• analise bem as referências e identificar a estrutura hierárquica do assunto
de pesquisa, sempre respeitando a hierarquia, ou seja, a análise deve
partir do assunto geral ao específico;
• leia as referencias teóricas e extrair as ideias principais;
• procure as ideias principais que serão aproveitadas em seu trabalho. É
fundamental sempre indicar a fonte sob pena de plágio;
• nunca perca tempo, reserve as ideias principais, salve-as num outro
arquivo ou realize um sistema de fichas, contendo as fontes e referencias.
Tal ação tronar-se-á muito útil no futuro, ou seja, quando for utilizar no
texto;
• organize as ideias em forma de um sumário do que você pretende
pesquisar, desse jeito você terá uma visão do todo;
• escreva o referencial teórico seguindo a sequência hierárquica definida
no sumário produzido;
• conclua o referencial teórico identificando as principais ideias e o que
você pretende desenvolver. Tenho certeza que após seguir esses passos a
conclusão do seu marco teórico será o seu problema de pesquisa, ou seja,

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Descomplicando o Projeto de Pesquisa

aquilo que você pretende pesquisar.


3.2.10 Metodologia
Nessa etapa o pesquisador deve esclarecer qual o método a ser utilizado para
desenvolvimento do seu trabalho.
Os principais métodos são:
a) Método Indutivo
b) Método Hipotético-Dedutivo
c) Método Dialético
d) Método experimental
e) Método observacional
f) Método comparativo
g) Método estatístico
A explicação sobre todos os métodos está no quarto capítulo.
3.2.11 Plano para Elaboração do Trabalho
Nesse tópico o pesquisador deverá realizar um sumário provisório do seu
trabalho bem como listar os principais autores que pretende trabalhar em cada
um dos capítulos, ou seja, se traduz em uma tarefa fácil.
Na segunda coluna “objetivos” deverá ser preenchida com o título do capítulo.
Na terceira coluna “conteúdo” deverá ser preenchido com o título dos subcapítulos.
Na quarta coluna referencial teórico deverá ser preenchida com o nome dos
principais autores.
Os campos introdução, conclusão e referências não devem ser alterados.
Lembre-se que no desenvolvimento do projeto de pesquisa os capítulos do
trabalho já foram pensados em pelo menos duas oportunidades. Quais sejam:
a) quando do desdobramento do problema de pesquisa, por meio das cinco
perguntas;
b) quando da realização dos objetivos específicos, pois cada objetivo

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Carlos Henrique Passos Mairink

específico refere-se a um capítulo.


SEGUE O MODELO

PLANO PARA A ELABORAÇÃO DO TRABALHO


Referencial
Partes do Teórico
Objetivo(s) Conteúdo
Trabalho (principais
autores)
Não preencher
Introdução Não preencher Não preencher

Colocar o nome Colocar o nome Colocar o nome


Capítulo I do capítulo dos subcapítulos dos principais
autores

Colocar o nome Colocar o nome Colocar o nome


Capítulo II dos principais
do capítulo dos subcapítulos
autores

Colocar o nome Colocar o nome Colocar o nome


Capítulo III do capítulo dos subcapítulos dos principais
autores

Colocar o nome Colocar o nome Colocar o nome


Capítulo IV do capítulo dos subcapítulos dos principais
autores

Colocar o nome Colocar


Capítulo IV o nome Colocar o nome
dos subcapítulos dos principais
do capítulo autores
Considerações Não preencher Não preencher
Finais Não preencher
Apresentar as Lista de referências A B N T
obras e os autores conforme a atualizada.
Referências que foram normatização da
referenciados ao ABNT.
longo de toda a
dissertação.

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Descomplicando o Projeto de Pesquisa

3.2.12 Cronograma
Nessa etapa deve ser elaborado um quadro com todas as fases da pesquisa, e
principalmente deve ser estipulado um prazo para cumprir as etapas.
Para elaborar um bom cronograma o pesquisador deve começá-lo da última data,
ou seja, quando é o prazo final para entrega do produto da minha pesquisa.
SEGUE O MODELO

3.2.13 Recursos
Nessa etapa devem ser explicados pelo pesquisador quais recursos serão
utilizados.
Cumpre esclarecer que “em geral, os projetos reúnem um conjunto de elementos
para estruturar um plano de execução e operacionalizar a aplicação de recursos
de qualquer natureza para a produção de bens e serviços.” (FRANÇA, 2007,
p.78).

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Carlos Henrique Passos Mairink

Portanto, torna-se imperioso que o pesquisador estabeleça um roteiro de


aplicação dos recursos humanos, materiais e financeiros, dentro de um período
pré-definido de tempo, com o intuito de alcançar objetivos tangíveis e únicos.
3.2.14 Referências
Nesse tópico será fundamental utilizar as regras da ABNT, ou seja, o pesquisador
deverá relacionar todo o referencial teórico consultado em ordem alfabética nos
moldes da norma NBR 6023:2002 e NBR 10.520/2002 da ABNT.
Destaca-se que todo referencial teórico consultado deve constar nas referências,
bem como não se pode utilizar a expressão “referências bibliográficas”, pois,
hodiernamente, as fontes de consultas são variadas.

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4 REGRAS DA ABNT - ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS

São os elementos que surgem antes do desenvolvimento do texto.


4.1 Capa (elemento obrigatório)
Elemento obrigatório para proteção externa do trabalho e que fornece informações
indispensáveis à sua identificação.
Deve conter, obrigatoriamente, os seguintes elementos:
a) nome da instituição (caixa alta, centralizado);
b) nome do autor (caixa alta, centralizado);
c) título do trabalho (caixa alta, negrito, centralizado);
d) subtítulo (se houver), precedido de dois pontos (caixa baixa, sem
negrito, centralizado);
e) local - cidade (caixa baixa, negrito, centralizado);
f) ano de depósito (centralizado, negrito).
FORMATAÇÃO:
a) tipo de letra: Times ou Arial
b) tamanho: 12
c) alinhamento: centralizado

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4.2 Folha de Rosto (elemento obrigatório)


Elemento obrigatório que contêm os elementos essenciais à identificação do
trabalho. Esta folha, embora considerada a primeira página do trabalho, não
recebe numeração. Deve conter:
a) autor – primeiro elemento da folha de rosto (caixa alta, centralizado);
b) título principal (caixa alta, negrito, centralizado);
c) subtítulo (se houver), precedido de dois pontos, (caixa baixa, sem negrito,
centralizado);
d) nota de apresentação – natureza (monografia); nome da instituição a que
é submetida disciplina. Devem ser digitados com alinhamento recuado a
7 cm para a direita;
e) nome completo do orientador,
f) digitados com alinhamento recuado a 7 cm para a direita;
g) local – cidade (caixa baixa, negrito, centralizado);
h) ano de depósito (centralizado)
FORMATAÇÃO:
Tipo de letra: Times ou Arial
Tamanho: 12

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4.3 Lista de Ilustrações/Figuras – Lista de tabelas (elemento opcional)


As relações de ilustrações, tabelas e abreviaturas devem ser seguidas as seguintes
regras de formatação:
• Título:
a) letras (Arial ou Times);
b) Caixa alta, negrito;
c) tamanho (12);
d) espaçamento (1,5);
e) alinhamento (centralizado).
• Texto:
a) letras (Arial ou Times);
b) Caixa baixa;
c) tamanho (12);
d) espaçamento (1,5);
e) alinhamento (parágrafo a 2 cm).

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4.4 Lista de Abreviaturas - Lista de siglas (elemento opcional)


As relações de ilustrações, tabelas e abreviaturas devem ser seguidas as seguintes
regras de formatação:
• Título:
a) letras (Arial ou Times);
b) Caixa alta, negrito;
c) tamanho (12);
d) espaçamento (1,5);
e) alinhamento (centralizado).
• Texto:
a) letras (Arial ou Times);
b) Caixa baixa;
c) tamanho (12);
d) espaçamento (1,5);
e) alinhamento (parágrafo a 2 cm).

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4.5 Sumário (elemento obrigatório)


Elemento obrigatório. Enumeração das principais divisões, seções e outras partes
do trabalho, na mesma ordem e grafia em que a matéria nele se sucede. Deve ser
elaborado de acordo com a NBR 6023:2013.
Devem ser seguidas as seguintes regras de formatação:
• Título:
a) letras (Arial ou Times);
b) Caixa alta, negrito;
c) tamanho (12);
d) espaçamento (1,5);
e) alinhamento (centralizado).
• Texto:
a) letras (Arial ou Times);
b) algarismos arábicos iniciando em 1;
c) 1 SEÇÃO PRIMÁRIA (CAIXA ALTA, NEGRITO)
d) 1.1 Seção secundária (Caixa baixa, negrito)
e) 1.1.1 Seção terciária (Caixa baixa, itálico, negrito)
f) 1.1.1.1 Seção quaternária (Caixa baixa, sublinhado, negrito)
g) 1.1.1.1.1 Seção quinária (Caixa baixa, sem negrito)
h) tamanho (12);
i) espaçamento (simples);
j) alinhamento (alinhados à esquerda).
Observação: Todas as seções textuais são numeradas (Introdução,
Desenvolvimento e Conclusão).
Os elementos pós-textuais não são numerados (referências, apêndices, anexos e
glossário).

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4.6 Elementos Textuais (elemento obrigatório)


Parte do trabalho em que fica exposta a matéria. Como todos os trabalhos
científicos a organização deve obedecer a seguinte ordem:
a) Introdução;
b) Desenvolvimento;
Deve utilizar a numeração progressiva estabelecida pela NBR 6024:2013 e que
permite apresentar o conteúdo em uma sequência lógica.
4.6.1 Introdução (elemento obrigatório)
Elemento obrigatório consiste na parte inicial do texto, onde deve constar a
delimitação do tema, do problema de pesquisa, das hipóteses, da justificativa,
dos objetivos e limitações da pesquisa, entre outros elementos necessários para
desenvolvimento.
• Título:
a) letras (Arial ou Times);
b) caixa alta, negrito;
c) tamanho (12);
d) espaçamento (1,5);
e) alinhamento (recuado à esquerda);
f) distância do texto (um espaço de 1,5)
• Texto:
a) letras (Arial ou Times);
b) caixa baixa;
c) tamanho (12);
d) espaçamento (1,5 entre linhas);
e) alinhamento (parágrafo moderno à esquerda ou tradicional 1,25 cm).
f) distância do título (um espaço de 1,5)

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Observação:
Para os subcapítulos deve ser utilizada a numeração progressiva em algarismos
arábicos, limitada até a seção quinária (NBR 6024/2013) da mesma forma que
o sumário.
No projeto não existe quebra de páginas!
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4.6.2 Desenvolvimento (elemento obrigatório)


Partes principais do texto, que contém a exposição ordenada e pormenorizada
do assunto.
Em se tratando da elaboração do projeto de pesquisa é fundamental o
desenvolvimento de todo o sumário proposto.
Portanto, o pesquisador deverá proceder o desenvolvimento de todos os capítulos
e subcapítulos constantes do sumário.
Cumpre esclarecer que devem ser seguidas as normas da ABNT no que se refere
à produção de capítulos e subcapítulos.
Observação:
No projeto não existe quebra de páginas!

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4.6.3 Conclusão (projeto não possui conclusão)


Parte final do texto na qual se apresentam conclusões correspondentes aos
objetivos ou hipóteses e sugestões relativas ao estudo.
Salienta-se que no projeto não existe conclusão!
A conclusão será dada após o término da pesquisa e consequente apresentação
dos resultados.
Dessa forma, o produto final é a conclusão da pesquisa.
4.7 Referências
A referência é um conjunto de elementos que permite a identificação de
publicações, no todo ou em parte. Sua apresentação deve ser feita em ordem
alfabética (pelo sobrenome do autor). As referências devem apresentar todas as
obras que foram efetivamente citadas no corpo do texto.
a) elementos essenciais:
• - autor;
• - título;
• - edição;
• - imprensa (local, editora, data);
• - descrição física (páginas ou volumes).
a) elementos complementares:
• - indicação de responsabilidade (tradutor, ilustrador, compilador,
coordenador);
• - subtítulo;
• - ilustrações;
• - série ou coleção;
• - ISBN /ISSN.

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Devem ser seguidas as seguintes regras de formatação:


• Título:
a) letras (Arial ou Times);
b) caixa alta, negrito;
c) tamanho (12);
d) espaçamento (1,5);
e) alinhamento (centralizado).
• Texto:
a) letras (Arial ou Times);
b) tamanho (12);
c) Ordenação (ordem alfabética);
d) espaçamento (simples e um espaço simples “enter” entre as citações);
e) alinhamento (somente à esquerda).
f) Deve ser seguida a norma (NBR 6023/2002).
Principais referências:

a) LIVRO
AUTOR. Título “em negrito”: subtítulo. Edição. Local (cidade) de publicação:
Editora, data. Números de páginas ou volumes. (Nome, número da série).
Quando se tratar obras consultadas online, também são essenciais as informações
sobre o endereço eletrônico apresentado entre os sinais gráficos “< >“, precedido
da expressão “Disponível em” e a data de acesso ao documento, precedida da
expressão “Acesso em:”.

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b) ARTIGO DE PERIÓDICO/REVISTAS
AUTOR. Título do artigo. Título do periódico “em negrito”, Local de
publicação, volume, fascículo, páginas inicial-final, mês ano.
Quando se tratar obras consultadas online, também são essenciais as informações
sobre o endereço eletrônico apresentado entre os sinais gráficos “< >“, precedido
da expressão “Disponível em” e a data de acesso ao documento, precedida da
expressão “Acesso em:”.
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c) DOCUMENTO ELETRÔNICO
AUTOR. Título do artigo “em negrito”. Endereço eletrônico. Data do acesso.
Também são essenciais as informações sobre o endereço eletrônico apresentado
entre os sinais gráficos “< >“, precedido da expressão “Disponível em” e a data
de acesso ao documento, precedida da expressão “Acesso em:”.
SEGUE O MODELO

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d) LEGISLAÇÃO
Os elementos essenciais são: jurisdição (ou cabeçalho da entidade, no caso de
se tratar de norma), título, numeração, data e dados da publicação. No caso de
Constituição e suas emendas, entre o nome da jurisdição e o título acrescenta-
se a palavra Constituição, seguida do ano de promulgação, entre parênteses.
Também são essenciais as informações sobre o endereço eletrônico apresentado
entre os sinais gráficos “< >“, precedido da expressão “Disponível em” e a data
de acesso ao documento, precedida da expressão “Acesso em:”.
SEGUE O MODELO

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e) JURISPRUDÊNCIA
Os elementos essenciais são: jurisdição e órgão judiciário competente titulo
(natureza da decisão ou ementa) e número, partes envolvidas (se houver),
relator, local, data e dados da publicação. Também são essenciais as informações
sobre o endereço eletrônico apresentado entre os sinais gráficos “< >“, precedido
da expressão “Disponível em” e a data de acesso ao documento, precedida da
expressão “Acesso em:”.
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5 REGRAS DAABNT - FORMATO GRÁFICO (NBR 14724/2011)

O formato gráfico foi alterado com a norma 14.724/2011. A partir de 2011,


pensando no meio ambiente, é permitindo a impressão frente e verso e com
espaçamentos menores.
5.1 Papel
a) Branco;
b) A4 (210 x 297 mm);
c) digitado no verso e no anverso das folhas;
d) os elementos pré-textuais (da capa até o sumário) devem ser impressos
no anverso da folha;
e) os elementos textuais e pós-textuais devem ser impressos no anverso e
verso das folhas;
f) impressão em cor preta, podendo utilizar cores somente para as ilustrações.
5.2 Fonte
a) Cor preta;
b) tamanho 12 para o texto.
c) As citações longas, notas de rodapé, fontes e legendas de ilustrações e
tabelas e ficha catalográfica, devem ser digitadas em espaço simples com
letras tamanho 10;
d) a tipologia da fonte fica a critério do autor, normalmente define-se em
Arial ou times New Roman.
5.3 Margem
a) 3 cm à esquerda e superior;
b) 2 cm à direita e inferior.

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5.4 Espacejamento
Todo o texto deverá ser digitado em espaço de 1,5 entre linhas, com letras
tamanho 12, incluindo os títulos das seções.
Os títulos das seções devem ser digitados alinhados a esquerda, obedecendo à
numeração progressiva e separados por um espaço de caractere.
Entre os títulos das seções e subseções e seu texto deve-se deixar um espaço de
1,5. Entre o texto e o título seguinte, deve-se deixar também um espaço de 1,5.
5.5 Parágrafo
A NBR 14724 (2011) não estabelece regras quanto ao parágrafo, dessa forma
fica a critério do autor em relação ao parágrafo a ser usado.
Parágrafo tradicional a 2 cm da margem à esquerda;
Parágrafo moderno com o texto todo na margem à esquerda e o parágrafo
marcado por um espaço de 1,5 entre eles.
5.6 Títulos de capítulos (seção primária)
É indicado por número arábico, a partir do 1 (um) e seguido de seu título, alinhado
à esquerda, separado por um espaço de caractere.
Os capítulos (seção primária) são sempre iniciados em uma nova folha.
Os títulos devem iniciar na parte superior da página e serem separados dos textos
que os sucede por 01 (um) espaços de 1,5 entrelinhas.
5.7 Títulos de subcapítulos (seção secundária, terciária e etc...)
São indicados por número arábico, alinhamento de título das subseções à
esquerda, separado por um espaço de caractere e separados do texto que os
precede ou que os sucede por 1 (um) espaços de 1,5.
Observação:
Cada capítulo (seção primária) deve ser iniciado em uma nova página.
As seções (secundária, terciária, etc.) devem ser digitadas na mesma página,
seguindo a sequência do texto.
Caso o título de uma subseção comece nas últimas linhas da página, sem texto,
deve-se transportá-lo para a página seguinte.

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A todo título de seção ou subseção deve seguir um texto.


5.8 Alíneas
Para enumerar os assuntos de uma seção que não possua título, esta deve ser
subdividida em alíneas. As alíneas devem ser alinhadas ao parágrafo e justificadas.
De acordo com a gramática, as alíneas devem ser precedidas por dois pontos (:)
e cada uma das subdivisões são designadas por letras: a), b), c), etc. e devem
começar com letra minúscula e terminar em ponto-e-vírgula, exceto a última que
termina com ponto.
5.9 Paginação
Utiliza-se algarismo arábico e fica no canto superior, direito da folha.
Todas as folhas do trabalho, a partir da folha de rosto, são contadas, mas não
numeradas, só é colocado o número de páginas a partir da primeira folha da parte
textual (Introdução).
Havendo apêndice e anexo, as suas folhas devem ser numeradas de maneira
contínua, deve-se dar seguimento à do texto principal.
OBS.: Devem ser contadas as folhas (frente e verso) a partir da folha de
rosto. Não se conta a capa!
5.10 Ilustrações
As ilustrações devem ser formatadas da seguinte forma:
• Título:
a) letras (Arial ou Times);
b) Caixa baixa, negrito;
c) tamanho (12);
d) espaçamento (simples);
e) alinhamento (centralizado).
• Fonte:
a) letras (Arial ou Times);
b) tamanho (10), caixa baixa, negrito;

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c) espaçamento (simples);
d) alinhamento (centralizado).
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6 REGRAS DA ABNT - CITAÇÕES (NBR 10520:2002)

Conforme a NBR 10520 (ABNT, 2002) citações são trechos transcritos ou


informações retiradas das publicações consultadas para a realização do trabalho.
São utilizadas para esclarecer ou complementar as ideias do autor. Deve-
se informar a fonte obrigatoriamente a fim de atestar as ideias do trabalho.
Classificadas como:
a) Citação direta;
b) Citação indireta;
c) Citação de citação.
Deve ser utilizado o sistema (autor-data), ou seja, a indicação da obra consultada
dever ser feita colocando-se o sobrenome do autor ou o nome da entidade
responsável, ano da publicação da obra e o número da página, quando existir.
Salienta-se que quando a fonte é colocada dentro dos parênteses deve ser sempre
em caixa alta. Por outro lado, quando for no texto deverá sem em caixa baixa e
somente o ano dentro do parêntese.
Exemplos:
(FAZZIO JÚNIOR, 2004, p. 722)
(FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS, 2013)
Segundo José Afonso da Silva Pacheco (2014, p. 23)
Segundo Pacheco (2013, p. 23)
Todas as publicações citadas no texto devem ter seu correspondente nas
referências, e a indicação de autoria da citação e o ano deve ser idêntico aos
dados da referência.

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Exemplo:

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6.1 Citação Direta (textual)


São transcrições exatas de trechos extraídos da fonte, onde são apresentadas as
palavras do próprio autor. Podem ser:
6.1.1 Citação Direta Curta
A citação direta curta deve ser utilizada para, apenas, quando o texto copiado em
sua integralidade não ultrapassar 3 (três) linhas.
Salienta-se que tal citação deve ser incorporada no parágrafo sem modificar o
texto. Isso significa que o texto copiado ficar igual ao texto já produzido.
O único sinal diferenciador é a existência de aspas duplas.
Observação: O texto copiado não pode ser sublinhado, ter negrito ou itálico.
No final da citação deve se mencionar:
a) Entre parênteses (AUTOR, data e página do documento) – (sobrenome caixa
lata, ano da publicação da obra e página do documento), ou;
b) O nome do autor no texto com apenas o ano entre parênteses.

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Exemplo 1:

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Exemplo 2:

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6.1.2 Citação Direta Longa


A citação deve ser utilizada quando o texto copiado possuir em mais 3 (três)
linhas.
Deve ser realizada em um novo parágrafo com 1 (um) espaço “entre linhas” de
1,5 do texto.
O novo parágrafo deve ser recuado a 4 cm da margem esquerda.
Espaço entre linhas da citação deve ser simples.
A letra da citação deve ser menor que a do texto – tamanho 10.
Após a citação deve ser dado mais 1 (um) espaço “entre linhas de 1,5 para
recomeçar o texto”.
Observação: O texto copiado não pode ser sublinhado, ter negrito, itálico
ou aspas.
No final da citação deve se mencionar:
a) Entre parênteses (AUTOR, data e página do documento) – (sobrenome caixa
lata, ano da publicação da obra e página do documento).

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Exemplo 1:

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Exemplo 2:

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Exemplo 3:

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6.1.3 Citação Indireta


Ocorre quando se reproduzem ideias e informações do documento, sem,
entretanto, transcrever as próprias palavras do autor. Ou seja, a partir da leitura
de um material é produzido um novo texto com outras palavras.
Trata-se de um texto criado a partir das ideias de outros autores.
Observação:
a) toda ideia reproduzida deve ser citada, demostrada a fonte e incluída
nas referencias – CUIDADO COM O PLÁGIO DE IDÉIAS;
b) o texto não pode ser copiado, sublinhado, ter negrito, itálico ou aspas.
Quando o nome do autor ou o título da obra citada forem mencionados no texto,
apenas a data é acrescentada entre parênteses.
Se o nome do autor não aparecer no texto deve ser feita a citação autor- data
normalmente.

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Exemplo 1:

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Exemplo 2:

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6.1.4 Citação de Citação


Informação retirada de um documento consultado, a cuja obra original não se
teve acesso.
Na listagem das referências deverá aparecer somente a referência completa do
documento consultado.
Observação: ao realizar citação de citação a referência original do documento
deverá ser colocada em notas de rodapé.
Para indicar a citação de citação dentro do texto devem-se utilizar palavras do
português usual (citado por). Para citações dentro dos parênteses, utiliza-se a
expressão latina apud.

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Exemplo 1:

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Exemplo 2:

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7 METODOLOGIA CIENTÍFICA – A IMPORTÂNCIA DO


MÉTODO

Inicialmente se faz necessário destacar a importância da utilização de uma


metodologia adequada para elaboração de qualquer trabalho científico. Trata-se
de um convite cujo escopo é entender que sem método não se consegue nenhum
resultado.
Método é um procedimento, ou melhor, um conjunto de processos, utilizado
pelo pesquisador, necessários para alcançar os fins de uma investigação.
Salienta-se que a disciplina proposta é muito mais do que a simples apresentação
e utilização de regras da ABNT.
O que se pretende é apresentar um método, extremamente, eficiente que vai lhe
auxiliar na elaboração de um projeto de pesquisa, bem como na elaboração correta
de um produto final que pode ser, por exemplo: um artigo ou uma monografia.
Frisa-se, metodologia é uma ciência não simplesmente aplicação de regras de
ABNT. Por meio dessa ciência é que o pesquisador se torna capaz de realizar
um trabalho de qualidade. Nesse aspecto, é imperioso apresentar os principais
métodos de pesquisa.
7.1 Métodos de Pesquisa
7.1.1 Método Indutivo
O método indutivo perpassa-se pela indução que se traduz num processo
mental por intermédio do qual, partindo de dados particulares, normalmente
observacional, que foram suficientemente constatados pelo o pesquisador e
que são suficientes para se inferir uma verdade geral ou universal, não contida
nas partes examinadas. Portanto, o objetivo dos argumentos indutivos é levar a
conclusões cujo conteúdo é muito mais amplo do que o das premissas nas quais
se basearam. (MARCONI, LAKATOS, 2003, p. 83)
Uma característica que não pode deixar de ser assinalada é que o argumento
indutivo, da mesma forma que o dedutivo, fundamenta-se em premissas. Mas,
se nos dedutivos, premissas verdadeiras levam inevitavelmente à conclusão
verdadeira, nos indutivos, conduzem apenas a conclusões prováveis ou, no dizer
de Cervo e Bervian (1978, p. 25), “pode-se afirmar que as premissas de um

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argumento indutivo correto sustentam ou atribuem certa verossimilhança à sua


conclusão. Assim, quando as premissas são verdadeiras, o melhor que se pode
dizer é que a sua conclusão é, provavelmente, verdadeira”.
7.1.2 Método Hipotético-Dedutivo
O método hipotético-dedutivo definido por Karl Popper a partir de críticas à
indução, realizadas no seu trabalho “A lógica da investigação científica”, obra
publicada pela primeira vez em 1935, mesmo sabendo que ele, também, era um
indutivista.
A indução, conforme Popper, não se justifica, “pois o salto indutivo de ‘alguns’
para ‘todos’ exigiria que a observação de fatos isolados atingisse o infinito, o que
nunca poderia ocorrer, por maior que fosse a quantidade de fatos observados.”
(GIL, 2008, p. 12).
Verifica-se que Karl Popper foi o primeiro metodólogo a dar ênfase nas
conjecturas e nas experiências por meio da teoria das refutações, o seu método
é dialético, pautado em tese e refutação. Segundo Popper a indução não é capaz
de produzir regra geral, contudo, ela produz refutação, a construção das regras
gerais por indução vira dedução que é o racionalismo crítico (saber a parir das
refutações). Popper pode ser sintetizado como um racionalista.
Popper é também um empirista radical que trabalha com uma lógica dedutivista
a ciência evolui, não para aprovar, mais apenas para criticar, para ele quanto
mais uma teoria proíbe mais elas nos ensina sobre o mundo. Os termos vagos
são pouco refutáveis, e não geram conhecimento, sendo certo que quanto maior
o grau de precisão de uma assertiva mais conhecimento ela possui.
A metodologia para Karl Popper pode ser definida a partir de algumas crenças
centrais, quais sejam: a) a verdade existe, está em algum lugar, há uma verdade,
contudo, a capacidade reflexiva não consegue chegar à verdade; b) o máximo
que o cientista pode fazer é testar hipóteses, sua missão e formular hipóteses que
são provisórias que serão submetidas a testes e que será refutada ou confirmada;
c) A percepção do conhecimento é provisória; d) se uma hipótese não puder ser
refutada ela não é ciência; e) se uma hipótese existe ela é corroborada e devem
ser realizados mais testes, ou seja, sempre tem que mudar sem aproveitar nada.
Essa última ideia é criticada por Lakatos, ao afirmar que o errado, as anomalias
fazem parte do processo científico, ou seja, é justamente o contrário: metodologia
é um conjunto, uma sucessão de teorias que estão funcionando, sendo certo que
os problemas vão existir e o trabalho somente pode ser abandonado quando se
mostrar totalmente inútil.

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Como já dito, o método hipotético-dedutivo foi proposto por Karl Popper e


consiste na adoção da seguinte linha de raciocínio:
[...] quando os conhecimentos disponíveis sobre determinado
assunto são insuficientes para a explicação de um fenômeno, surge
o problema. Para tentar explicar as dificuldades expressas no
problema, são formuladas conjecturas ou hipóteses. Das hipóteses
formuladas, deduzem-se consequências que deverão ser testadas ou
falseadas. Falsear significa tornar falsas as consequências deduzidas
das hipóteses. Enquanto no método dedutivo se procura a todo custo
confirmar a hipótese, no método hipotético-dedutivo, ao contrário,
procuram-se evidências empíricas para derrubá-la. (GIL, 2008, p.
12).

Pode-se apresentar o método hipotético-dedutivo a partir do seguinte esquema


(GIL, 2008, p. 12):
A pesquisa científica, com abordagem hipotético-dedutiva, inicia-se com a
formulação deum problema e com sua descrição clara e precisa, a fim de facilitar
a obtenção de um modelo simplificado e a identificação de outros conhecimentos
e instrumentos, relevantes ao problema, que auxiliarão o pesquisador em seu
trabalho.
Após esse estudo preparatório, o pesquisador passa para a fase de observação.
Na verdade, essa é a fase de teste do modelo simplificado. É uma fase meticulosa
em que é observado determinado aspecto do universo, objeto da pesquisa. A fase
seguinte é a formulação de hipóteses, ou descrições-tentativa, consistentes com
o que foi observado. Essas hipóteses são utilizadas para fazer prognósticos, os
quais serão comprovados ou não por meio de testes, experimentos ou observações
mais detalhadas. Em função dos resultados desses testes, as hipóteses podem ser
modificadas, dando início a um novo ciclo, até que não haja discrepâncias entre
a teoria (ou o modelo) e os experimentos e/ou as observações.
De acordo com Popper, toda investigação tem origem num problema, cuja
solução envolve conjecturas, hipóteses, teorias e eliminação de erros; por isso,
Lakatos e Marconi (2003) afirmam que o método de Popper é o método de
eliminação de erros.
O problema surge de lacunas ou conflito em função do quadro teórico existente.
A solução proposta é uma conjectura (nova ideia e/ou nova teoria) deduzida
a partir das proposições (hipóteses ou premissas) sujeitas a testes. Os testes
de falseamento são tentativas de refutar as hipóteses pela observação e/ou
experimentação.
Além das críticas inerentes ao método dedutivo, ao hipotético-dedutivo

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acrescenta-se aquela que questiona o fato de as hipóteses jamais serem


consideradas verdadeiras; quando corroboradas, são apenas soluções provisórias.
O método hipotético-dedutivo desfruta de notável aceitação, em especial no
campo das ciências naturais.
Nos círculos neopositivistas, chega mesmo a ser considerado como o único
método rigorosamente lógico. Nas ciências sociais, no entanto, a utilização
desse método mostra-se bastante crítica, pois nem sempre podem ser deduzidas
consequências observadas das hipóteses. (GIL, 2008, p. 13).
7.1.3 Método Dialético
O conceito de dialética é bastante antigo, pode se dizer que a dialética foi
utilizada por Platão quando passou a utilizar o diálogo para desenvolvimento
do pensamento crítico. Utilizou-o no sentido de arte do diálogo ou pela lógica
amplamente desenvolvida na Idade. Já na concepção moderna, que se fundamenta
basicamente em Hegel, tem-se que a lógica e a história da humanidade seguem
uma trajetória dialética, nas quais as contradições se transcendem, mas dão
origem a novas contradições que passam a requerer solução.
A dialética fornece as bases para uma interpretação dinâmica e
totalizante da realidade, já que estabelece que os fatos sociais
não podem ser entendidos quando considerados isoladamente,
abstraídos de suas influências políticas, econômicas, culturais
etc. Por outro lado, como a dialética privilegia as mudanças
qualitativas, opõe-se naturalmente a qualquer modo de pensar
em que a ordem quantitativa se torne norma. Assim, as pesquisas
fundamentadas no método dialético distinguem-se bastante das
pesquisas desenvolvidas segundo a ótica positivista, que enfatiza os
procedimentos quantitativos.(GIL, 2008, p.17)

A dialética é uma forma de analisar a realidade a partir da confrontação de teses,


hipóteses ou teorias, ela consiste em um modo esquemático de explicação da
realidade que se baseia em oposições e em choques entre situações diversas ou
opostas. O modo dialético busca elementos conflitantes entre dois ou mais fatos
para explicar uma nova situação decorrente desse conflito.
7.1.4 Método experimental
O método experimental consiste essencialmente em submeter os objetos de
estudo à influência de certas variáveis, em condições controladas e conhecidas
pelo investigador, para observar os resultados que a variável produz no objeto.
Não constitui exagero afirmar que boa parte dos conhecimentos obtidos nos

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Carlos Henrique Passos Mairink

últimos três séculos se deve ao emprego do método experimental, que pode ser
considerado como o método por excelência das ciências naturais.
7.1.5 Método observacional
O método observacional é um dos mais utilizados nas ciências sociais e apresenta
alguns aspectos curiosos. Por outro lado, pode ser considerado como o mais
primitivo, e consequentemente o mais impreciso. Mas, por outro lado, pode ser
tido como um dos mais modernos, visto ser o que possibilita o mais elevado grau
de precisão nas ciências sociais.
Tanto é que em Psicologia os procedimentos de observação são frequentemente
estudados como próximos aos procedimentos experimentais. Nestes casos,
o método observacional difere do experimental em apenas um aspecto: nos
experimentos o cientista toma providências para que alguma coisa ocorra, a
fim de observar o que se segue, ao passo que no estudo por observação apenas
observa algo que acontece ou já aconteceu.
7.1.6 Método comparativo
O método comparativo procede pela investigação de indivíduos, classes,
fenômenos ou fatos, com vistas a ressaltar as diferenças e similaridades entre
eles. Sua ampla utilização nas ciências sociais deve-se ao fato de possibilitar o
estudo comparativo de grandes grupamentos sociais, separados pelo espaço e
pelo tempo.
Assim é que podem ser realizados estudos comparando diferentes culturas ou
sistemas políticos. Podem também ser efetivadas pesquisas envolvendo padrões
de comportamento familiar ou religioso de épocas diferentes.
7.1.7 Método estatístico
Este método fundamenta-se na aplicação da teoria estatística da probabilidade e
constitui importante auxílio para a investigação em ciências sociais. Há que se
considerar, porém, que as explicações obtidas mediante a utilização do método
estatístico não podem ser consideradas absolutamente verdadeiras, mas dotadas
de boa probabilidade de serem verdadeiras.
Mediante a utilização de testes estatísticos, torna-se possível determinar, em
termos numéricos, a probabilidade de acerto de determinada conclusão, bem
como a margem de erro de um valor obtido.
Portanto, o método estatístico passa a caracterizar-se por razoável grau de precisão,
o que o torna bastante aceito por parte dos pesquisadores com preocupações de

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Descomplicando o Projeto de Pesquisa

ordem quantitativa. Os procedimentos estatísticos fornecem considerável reforço


às conclusões obtidas, sobretudo mediante a experimentação e a observação.
7.2 Definindo o método para realização do projeto e do texto final
Após a análise dos métodos de pesquisas propostos é fundamental agora que se
desenvolva a pesquisa a partir dos modelos propostos.
Para elaboração do projeto ou do seu produto final é necessário que se estabeleça
a sequência que se segue:
a) Inicialmente deverá ser determinado o método de pesquisa, ou seja, a forma
de abordagem teórica-científica da pesquisa.
b) Deve-se, também, definir o objeto; o tipo de pesquisa; o universo/amostra e
os instrumentos de coletas de dados. Salienta-se que os tipos mais comuns de
pesquisa são: de campo; bibliográfica; descritiva; experimental.
c) Próximo passo reside na definição das técnicas de pesquisa que serão utilizadas
para a coleta de dados e para a análise. Salienta-se que aliadas aos métodos
estão às técnicas de pesquisa, que são os instrumentos específicos que ajudam no
alcance dos objetivos almejados.
Exemplo: revisão bibliográfica; coleta de jurisprudência; análise de conteúdo de
argumentos jurisprudenciais; questionário (instrumento de coleta de dados que
dispensa a presença do pesquisador); formulário (instrumento de coleta de dados
com a presença do pesquisador); entrevista (estruturada ou não estruturada);
levantamento documental; observacional (participante ou não participante);
estatísticas.

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8 COMO REALIZAR UM ARTIGOS DE PUBLICAÇÕES


PERIÓDICAS

Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas, “Artigo científico é


parte de uma publicação com autoria declarada, que apresenta e discute ideias,
métodos, técnicas, processos e resultados nas diversas áreas do conhecimento.”
(NBR 6022, 2003, p.2).
8.1 Estrutura do Artigo Científico
O quadro abaixo apresenta a distribuição dos itens que compõe o artigo científico
em relação aos elementos da estrutura básica.
Estrutura do documento (NBR 6022/2003):
• Pré-textuais
a) -Título e subtítulo se houver
b) - Nome(s) do(s) autor(es)
c) - Resumo na língua do texto
d) - Palavras chave na língua do texto
• Textuais
a) - Introdução
b) - Desenvolvimento
c) - Conclusão
• Pós-textuais - Título e subtítulo se houver em língua estrangeira
a) - Resumo em língua estrangeira
b) - Palavras chaves em língua estrangeira
c) - Notas explicativas
d) - Referências

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Descomplicando o Projeto de Pesquisa

e) - Glossário
f) - Apêndices
g) - Anexos
8.1.1 Elementos Pré-textuais
Precedem e identificam o texto do artigo. São constituídos de: título e subtítulo
se houver, nome(s) do(s) autor(es), resumo na língua do texto, palavras-chave na
língua do texto.
a) Título do artigo: deve ser claro e objetivo, podendo ser completado por um
subtítulo diferenciado tipograficamente, ou separados por dois-pontos (:). Deve
ser escrito na mesma língua do texto, evitando-se abreviaturas, parênteses e
fórmulas que dificultem a compreensão do conteúdo do artigo. Quando se tratar
de uma tradução, o(s) nome(s) do(s) tradutor(es) e o título original do trabalho
devem constar em nota de rodapé.
b) Nome do autor e colaborador(es): deve-se indicar o nome por extenso, depois
do título; suas credenciais (referentes ao assunto do artigo), endereço postal e
eletrônico serão indicados em nota de rodapé por asterisco.
c) Resumo: um resumo de conteúdo, redigido na língua do texto, é elemento
obrigatório, não devendo ultrapassar 250 palavras.
c) Palavras-chaves: indicação de palavras significativas do conteúdo do artigo,
para facilitar a elaboração posterior de um índice de assunto; são separadas entre
si por ponto.
8.1.2 Elementos Textuais
É a apresentação do assunto do artigo; a conceituação do mesmo. Informa o
tema, o objetivo e a finalidade do trabalho. Na introdução se faz o esclarecimento
do ponto de vista sob o qual o assunto será enfocado, o método escolhido, os
principais resultados obtidos. Deve apresentar o que já foi estudado por outros
autores (revisão bibliográfica) numa correlação com o tema proposto através das
citações bibliográficas de acordo com a NBR 10520/2002.
a) Introdução: exposição breve do tema tratado, apresentando-o de maneira
geral e relacionando a literatura consultada com o assunto do artigo. A introdução
deve expor preliminarmente o tema; apresentar definições, conceituações, pontos
de vista e abordagens; justificativa da escolha do tema; objetivos e plano adotado
para o desenvolvimento da pesquisa ou do estudo; devem situar o problema da

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Carlos Henrique Passos Mairink

pesquisa no contexto geral da área e indicar os pressupostos necessários à sua


compreensão. Não se aconselha a inclusão de ilustrações, tabelas e gráficos, na
introdução.
Revisão da literatura: pode ser incluída na introdução ou apresentada
separadamente. Deve citar textos que tenham embasado o desenvolvimento do
trabalho. A revisão de literatura citada deve ser apresentada preferencialmente
em ordem cronológica, conforme a evolução do assunto, observando-se as
normas para citação no texto, segundo orientação deste manual.
b) desenvolvimento: núcleo do trabalho onde o autor expõe, explica e demonstra
o assunto em todos os seus aspectos. Deve adotar o sistema de numeração
progressiva (ver manual original de Júnia Lessa França) para a divisão do tema.
c) conclusão: é a parte final do trabalho e deve incluir, antes de tudo, uma
resposta para a problemática do tema proposto na introdução. É uma decorrência
lógica e natural de tudo que a precede. Deve ser breve, concisa e referir-se às
hipóteses levantadas e discutidas anteriormente. O autor pode expor seu ponto
de vista pessoal com base nos resultados que avaliou e interpretou. Esse item
pode incluir também recomendações e/ou sugestões de outras pesquisas na área.
8.1.3 Elementos Pós-textuais
a) Título e subtítulo em língua estrangeira: a NBR 6022 (ABNT, 2003)
recomenda a apresentação do título e subtítulo (se houver) em língua estrangeira,
diferenciadas tipograficamente ou separadas por dois pontos (:).
b) Resumo em língua estrangeira: apresentar o resumo no idioma exigido
pelas normas da revista.
c) Palavras-chave em língua estrangeira: incluir palavras-chaves identificadoras
do(s) assunto(s) abordado(s) no artigo.
d) notas explicativas: devem ser reduzidas ao mínimo e colocadas em rodapé. A
primeira página do artigo poderá conter as seguintes notas: qualificações, títulos
ou credenciais do(s) autor(s), endereço postal e eletrônico.
e) referências: relação das fontes utilizadas pelo autor.
f) glossário: relação da terminologia técnica e de palavras estrangeiras adotadas
no artigo, seguidas da respectiva definição ou tradução.
g) anexos e apêndices: constituindo-se de material complementar ao texto,
devem ser incluídos somente quando imprescindíveis à sua compreensão.

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Descomplicando o Projeto de Pesquisa

8 COMO REALIZAR UM TCC – TRABALHO DE CONCLUSÃO


DE CURSO

O trabalho de conclusão de curso “TCC” deve ser realizado seguindo as seguintes


orientações:
a) Deve ser realizado um projeto de pesquisa;
b) Deve existir um problema central de pesquisa;
c) Antes de começar a escrever deve ser realizado um sumário;
d) Todo texto deve ser em terceira pessoa;
e) Introdução e conclusão devem ser os últimos tópicos a serem escritos;
f) Devem-se utilizar as normas da ABNT;
g) De forma alguma pode copiar trecho ou obra sem a devida citação;
h) Toda citação deve constar nas referências;
i) Cuidado com o plágio;
j) Siga as orientações de seu professor orientador.
8.1 Estrutura do TCC
O quadro abaixo apresenta a distribuição dos itens que compõe o artigo científico
em relação aos elementos da estrutura básica.
Estrutura do documento:
• Elementos pré-textuais
a) Capa
b) Folha de Rosto
c) Folha de aprovação
d) Dedicatória

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e) Agradecimentos
f) Epígrafe
g) Resumo
h) Resumo em língua estrangeira
i) Lista de figuras
j) Lista de abreviaturas – Lista de siglas
k) Sumário
• Elementos textuais
a) - Introdução
b) - Desenvolvimento
c) – Conclusão
• Elementos pós-textuais
a) - Notas explicativas
b) - Glossário
c) - Apêndices
d) - Anexos

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Descomplicando o Projeto de Pesquisa

REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023:2002:
informação e documentação: trabalhos acadêmicos: apresentação.
Disponível em< https://www.usjt.br/arq.urb/arquivos/abntnbr6023.pdf>. Acesso
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___________________. NBR 6023:2013: informação e documentação:


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___________________. NBR 6024:2013: informação e documentação:


trabalhos acadêmicos: apresentação. Disponível em< http://cienciasmedicas.
com.br/uploads/attachments/5a7c6393c531b99fff000080/ABNT-6024-2012.
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___________________. NBR 10520:2002: informação e documentação: trabalhos


acadêmicos: apresentação. Disponível em< http://www2.uesb.br/biblioteca/
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___________________. NBR 14724:2011: informação e documentação:


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___________________. NBR 15287:2011a: informação e documentação:


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CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino. Metodologia científica: para


uso dos estudantes universitários. 2. ed. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil,
1978.

FRANÇA, Júnia Lessa; VASCONCELLOS, Ana Cristina de. Manual para


normalização de publicações Técnico-Científicas. 8 ed. Belo Horizonte: Ed.
UFMG, 2007.

GIL, Antônio. Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo:
Atlas, 2008.

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Carlos Henrique Passos Mairink

LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de


metodologia científica. 5. ed. - São Paulo: Atlas, 2003.

POPPER, Karl Raimund. A lógica da pesquisa científica. São Paulo: Editora


Cultrix, 1975.

___________________. Conhecimento objetivo. São Paulo: Editora da


Universidade de São Paulo, 1975.

___________________. Conjecturas e refutações. Brasília: Editora


Universidade de Brasília, 1982.

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CaMaik Projetos Educacionais
Belo Horizonte/MG
camaik.com.br

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