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Julho, 2016
Resumo
René Descartes criticava cientistas que-se vangloriavam cada vez que tornavam difı́cil a
explicação de fenómenos que seriam muito bem clarificados com recurso a meios simples,
incluı́ndo o senso comum, que também pode ser uma fonte intestimável de pensamento ci-
entı́fico, como por exemplo a intuição: ”penso, logo existo”. O método pode ser aplicado para
clarificar um processo, do mesmo modo que Descartes usou seu método (dúvida metódica)
para chegar ao seu princı́pio filosófico ”penso, logo existo”. Por causa do método, a Fı́sica
tornou-se famosa e destinguiu-se das outras ciências, por isso o método deve ser uma herança
para os estudantes de Fı́sica, os quais deviam usar esta riqueza para tornar suas redacções
cientı́ficas mais claras e objectivas. Apesar de existirem vários documentos orientadores sobre
redacção de teses de licenciatura verificam-se erros recorrentes durante o processo de revisão
das mesmas. O objectivo primordial deste trabalho foi de contribuir um pouco na produção
de um instrumento que ajudasse estudantes do Departamento de Fı́sica da Universidade
Eduardo Mondlane a reduzirem erros vulgares nos seus trabalhos de licenciatura e com isso
economizar o tempo de supervisão para análise e discussão de questões mais relevantes da
tese. Este trabalho baseou-se na experiência colhida no processo de supervisão e correcção
de teses de licenciatura de estudantes do Departamento de Fı́sica. Experiências colhidas na
interação com os estudantes via emails colectivos e whatsapp, mostraram, que alguns erros
corriqueiros podem ser sanados se o mesmos forem prospectiva e colectivamente discutidos.
Por isso, concluı́-se que existe a necessidade de continuar a pesquisar e aprofundar métodos
direccionados para cada grupo de estudantes sobre como elaborar uma tese de licenciatura
objectiva, clara, e bem redigida.
Conteúdo
1 Introdução 4
2 Protocolo de Licenciatura 6
2.1 Artigos open access . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
2.2 Poço intelectual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
3 Estrutura do trabalho 9
3.1 Capa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
3.2 Resumo (Abstract) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
3.3 Índice . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
3.4 Acrónimos
e abreviaturas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
3.5 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
3.5.1 Pergunta de pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
3.6 Materiais e métodos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
3.7 Resultados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
3.8 Discussão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
3.9 Conclusões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
3.10 Referências bibliográficas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
3.11 Apêndice . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
4 Representação gráfica 13
4.1 Texto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
4.2 Powerpoint/beamer . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
5 Operação Comando 14
5.1 Simulações
Monte Carlo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
6 LATEX 16
6.1 A batalha do LATEX . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
7 Plágio 17
7.1 Auto-plágio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
9 Depois da Licenciatura 22
9.1 Empreendorismo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
9.2 Mestrado e Doutoramento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
9.3 Importância da lı́gua inglesa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
9.4 Tecnologias
de informação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
9.5 Publicação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
10 Conclusão 25
Capı́tulo 1
Introdução
Protocolo de Licenciatura
Conduzir um bom TL é sobretudo um pro- É sempre uma boa atitude não completa-
cesso de gerência e requer planificação minuci- mente depender do seu supervisor através da
osa. O trabalho de campo involve observação, criação de actividades alternativas em caso
medição e análise dos resultados. Esses três de demora ou inexistência de orientação do
aspectos devem ser abordados no PL e ade- supervisor. Com efeito, não é producente es-
quadamente gerenciados durante a execução perar que cada orientação ou cânone sobre o
do trabalho. Um dos sintomas de gerenci- seu TL venha do seu supervisor. Mesmo com
amento inadequado pode ser a demora sem uma boa supervisão, estudantes independen-
justificações plausiveis em apresentar uma tes tem se revelado ser uma mais valia em
tese de licenciatura concluı́da. todos aspectos.
Estrutura do trabalho
Representação gráfica
”One Picture is Worth a Thousand tante não confundir a vı́rgula com o ponto,
Words”. nas casas decimais. Os algarismos significati-
vos devem ser respeitados.
Operação Comando
A Fı́sica é uma área que necessita de co- de forma individual, uma vez laçadas as ba-
nhecimentos sólidos em programação, com- ses. Existem algumas similaridades e também
putação e domı́nio de tecnologias de in- diferenças entre esses sistemas operativos. O
formação. Ubuntu LINUX é uma das versões de LINUX
mais difundidas.
Para ter dominio do computador é impor-
tante que o estudante conheca o seu hardware No mundo informal, existe certa opinião
e software. Seria até recomendável que desde de que um fı́sico que não domina o LINUX
o inı́cio da licenciatura até a defesa do TL, o ou UNIX pode ter limitações consideráveis.
estudante em Fı́sica saiba montar um compu-
tador. É importante dominar pelo menos um Depois de intalar um sistema operativo,
dos sistemas operativos o LINUX, MS DOS, um bom passo a seguir pode ser a intstalação
OS X, UNIX. Por exemplo, existem alguns de uma linguagem de programação, como
erros que podem ser resolvidos apenas medi- por exemplo o FORTRAN ou PYTHON. O
ante o uso da Terminal. Para tirar vantagens PYTHON é uma linguagem de programação
de diferentes sistemas operativos o virtual- que tem ganhando terreno por causa da sua
box, (https://www.virtualbox.org/) tem sido versatilidade.
muito usado. Em adição a isto, é importante
o estudante acessar um computador de forma Nos anos 2000, a linguagem de pro-
remota, aumentar a velocidade de processa- gramação oficial no DF era o PASCAL. De lá
mento e memória de um computador. para cá vários grupos de pesquisa no DF tem
explorado diversas lı́nguas de programação
A operação COMANDO lançada para fi- como o FORTRAN, C++, PYTHON, MA-
nalistas do DF visava promover o uso de pelo TLAB, SciLab, JAVA, e outras, dependendo
menos um dos sistemas operativos LINUX, dos problemas que cada grupo pretende re-
MS DOS, OS X ou UNIX. A operação foi solver.
apenas uma pequena introdução e cada estu-
dante poderá ir explorando e desenvolvendo Não existe nenhuma linguagem de pro-
gramação perfeita para todas aplicações; to- as simulações podem ser usadas para prever o
davia, é importante o estudante de Fı́sica comportamento de aparelhos difı́ceis de cons-
dominar uma determinada linguagem, de pre- truir ou muito caros, incluı́ndo simulações no
ferência as de nı́vel relativamente baixo como universo.
o FORTRAN, C++, porque assim se torna
fácil aprender qualquer outra linguagem de Os tipos e finalidades de simulações po-
programação em caso de necessidade, pois al- dem ser diferentes de secção para secção e,
guns conceitos são bastante similares entre as com efeito, existe uma riqueza enorme de pa-
linguagens. De recordar que há certos paco- cotes de simulação no DF usados por docentes
tes que alguns programadores não preferem nas varias secções.
chamar de linguagens de programação.
Na Fı́sica Médica por exemplo, existem
Os estudantes são motivados a partilhar a vários tipos simulações. Um dos tipos de si-
aprendizagem de antigas e novas linguagens mulação mais usados em Fı́sica Médica são as
de programação disponı́veis no mercado. simulações Monte Carlo (MC) que simulam o
transporte de radiação na matéria. Muitas
dessas simulações são feitas em phantoms de
água com de 30 cm × 30 cm × 30 cm de di-
5.1 Simulações mensão. A água nesses casos pode represen-
Monte Carlo tar uma simplificação do corpo humano ou
de um sistema biológico. Existem variados
Num Departamento com poucas experiências códigos MC, uns com certas vantagens e/ou
laboratoriais como o nosso, a pesquisa usando desvantagens em relação a outros. Para correr
simulações pode ser uma saı́da a conside- um código MC a partir da Terminal é crucial
rar. Mesmo em Departamentos de Fı́sica bem conhecer o sistema operativo e ter no mı́nimo
equipados em várias universidades do mundo, noções fortes de programação.
Capı́tulo 6
LATEX
Plágio
relacionamento
de trabalho 8.2 Como reagir a um
supervisor chato?
É muitı́ssimo importante existir uma boa
relação ente o estudante e o supervisor, o que Em primeiro lugar, seja bem educado em
pode facilitar boa fuidez de comunicação, que qualquer correspondência que você faz com
é crucial para um acompanhamento eficaz. o seu supervisor incluı́ndo nos casos em há
É dificil supervisionar um estudante que-se diferença de opiniões entre as duas partes.
comunica pobremente.
Depois da Licenciatura
Conclusão
Redigir uma boa tese de licenciatura não duzir um trabalho de licenciatura inclúindo
requer apenas bom conteúdo cientı́fico ou arte escrever uma boa tese é também um pocesso
de escrever; necessita também certa ciência e de gestão (management). A tese é um pro-
técnica que guie o processo da redação; exige duto que precisa ser editado e revisto várias
obediência a várias normas e procedimentos vezes antes de ser colocado no mercado para
aceitáveis numa determinada área para que a consumo público. A tese deve ser gerenciada
mensagem ou sinal saia do emissor até ao re- adequadamente.
ceptor sem ser muito deturpado. Enfim, con-
Referências
[1] On being a scientist. A guide to responsible conduct in research. 3rd ed. Washington, D.C.
2009.
[2] Tobias Oetiker, Hubert Parttl, Irene Hyna, Elisabeth Schlegl. The not so short Introduc-
tion to LATEX 2ε , 2006.
[3] Eric Ries. The Lean Startup. Crown Publishing Group. New York. 2011.