Luminotecnia

Miguel Silva nº13 3ºIE

 O que é a Luminotecnia
A Luminotecnia é o estudo da aplicação de iluminação artificial tanto em
espaços interiores como exteriores, consiste num conjunto de técnicas que
permitem definir, tanto no interior de espaços como em espaços exteriores e
vias publicas, uma quantidade e qualidade de distribuição de luz suficiente
para a realização de trabalhos (indústria), atividades a desenvolver de
domicilio, segurança rodoviária (ruas e estradas), aspetos esteticos, entre
outros.
Todas estas técnicas foram estabelecidas tomando como ponto de partida a
noção fundamental de fluxo luminoso, o qual se define a partir da curva que
relaciona a sensibilidade da vista humana com o comprimento da onda das
radiações eletromagnéticas que se transmitem sob a forma de luz. Assim, a
base técnica da iluminação é de natureza fisiológica. Os valores fotométricos
que entram na definição de qualquer projeto de iluminação (fluxo luminoso,
intensidade de iluminação, luminância) encontram-se sempre relacionados,
em última instância, com a função visual.
Na iluminação de interiores utilizam-se lâmpadas de incandescência, de
descarga gasosa e tubos de néon. A iluminação deve estar disposta de tal
forma que a ação da luz e as suas cores não prejudiquem a comodidade, a
economia e a higiene do trabalho.
 História
Sempre foi preocupação do homem dotar as suas moradias com os meios
adequados para suprir a falta da luz natural. O primeiro recurso foi o fogo, que
produz calor e luz, obtido pela queima de madeira, carvão, entre outros. As
antigas lâmpadas eram fabricadas em cerâmica ou metal, constituído por uma
alça para se segurar e um pavio na outra extremidade e utilizavam
combustível. Com o surgimento do petróleo, o gás passou a ser usado na
iluminação, em 1851, no Brasil, começou a ser usado o lampião a gás nas ruas.

Lampião a gás
antigo
 História
As primeiras lâmpadas a usarem eletricidade foram as lâmpadas de arco
voltaico.
No fim do século XIX, surgiram as primeiras lâmpadas elétricas
incandescentes, eram mais práticas para produzir luz e então passou a ser
utilizada em larga escala.
 Lâmpadas
Atualmente, as lâmpadas disponíveis no mercado para a iluminação,
demonstram certas características, como a potência elétrica absorvida
(Watts), fluxo luminoso produzido (lm), temperatura da cor (K) e índice de
reprodução de cor (IRC). Existe dois tipos de lâmpadas, lâmpadas
incandescentes e lâmpadas de descarga.
 Lâmpadas incandescentes
As lâmpadas incandescentes são lâmpadas que produzem luz a partir de um
filamento aquecido (tungsténio) pela passagem de corrente elétrica. O
tungsténio é o material que conseguiu melhor adaptar-se às elevadas
temperaturas que se verifica no interior das lâmpadas, existe vácuo ou um
gás raro e que, dependendo da sua constituição interna podem ser
classificadas em lâmpadas incandescentes convencionais ou halogéneas.
O seu funcionamento consiste com o interior da ampola preenchido por um
gás inerte, com a passagem de corrente elétrica pelo filamento, os eletrões
chocam-se com átomos de tungsténio, libertando energia que se transforma
em calor e luz.
 Lâmpada incandescente convencional
A lâmpada incandescente convencional transforma a energia elétrica em
energia luminosa e térmica , através da passagem de corrente elétrica pelo
filamento de tungsténio. É constituída pela ampola, filamento, gás e base.
A base pode ser em rosca ou baioneta, cada um com finalidades diferentes e
especificas, cuja função é permitir a fixação mecânica da lâmpada ao suporte
e complementar a ligação elétrica ao circuito de iluminação. A maior parte das
lâmpadas incandescentes convencionais utilizam a base de rosca tipo Edison,
designada pela letra “E” seguida de um numero que indica o seu diâmetro em
milímetros. A ampola pode ser do tipo globular, pera, parabólico, etc. Existe
lâmpadas infravermelhas, germicidas, para iluminação geral ou refletora, com
as mais diversas utilidades.
 Características da Lâmpada incandescente convencional
 Temperatura do filamento : superior a 2000ºC
 Vida útil: 1000 horas de funcionamento
 Índice de restituição de cor: 100 de IRC
 Rendimento luminoso: 17 lm/W
 Temperatura de cor: 2700K
 Lâmpada incandescente halogénea
As lâmpadas halogénas funcionam da mesma forma que as incandescêntes
convencionais. A diferença entre elas é que nas halogénas introduz-se gases
halogénos (iodo ou bromo), que no interior da ampola (bulbo) combinam-se
com as partículas de tungstenio desprendidas do filamento. Uma das
características das lâmpadas halogénas é a sua redução de tamanho, o que as
tornam adequadas para iluminação direcionada ("spot light"), com aplicações
bastante úteis em iluminação decorativa, mas que a irradiação térmica
emitida é bastante elevada. Alguns tipos de lâmpadas são providos de um
refletor espelhado especial, denominado "dicróico", que reflete a radiação
visível e absorve a radiação infravermelha, com este tipo de espelho,
consegue-se uma reducao da ordem de 70% na radiação infravermelha,
resultando um feixe de luz que não aquece o ambiente.
 Características da Lâmpada incandescente halogénea
 Elevadas potências
 Maior tempo de vida (2000-4000 horas)
 Melhor rendimento luminoso
 São mais caras
 Luz branca e luminosa
 Maior eficiencia energética
 Dimensões menores
 Lâmpadas de descarga
As lâmpadas de descargas são normalmente constituídas por um tubo de
descarga cujas extremidades tem eletrodos (cátodo e ânodo), que quando
aquecidos emitem eletrões. Dentro do tubo (cujo invólucro é translúcido) tem
uma mistura gasosa composta por gases inertes e vapores metálicos a uma
certa pressão. São baseadas na condução de corrente elétrica em um meio
gasoso, quando os seus eletrões formam uma tensão elevada capaz de
superar à rigidez dielétrica, os gases mais usados são o vapor de mercúrio.
 Funcionamento das Lâmpadas de descarga
Aplicando uma diferença de potencial elétrico externa, os eletrões emitidos
pelo eletrão negativo (cátodo) são acelerados em direção ao eletrão positivo
(ânodo), chocando com os átomos do vapor metálico. As lâmpadas de descarga
exigem um elemento com impedância positiva ligada em série para estabilizar
a corrente da operação nominal da lâmpada, chamado reator (ou balastro),
para evitar que, em caso de haver variação da tensão da fonte geradora, a
lâmpada se comporte como um curto-circuito, o que poderia causar níveis
elevados da corrente. A alimentação das lâmpadas de descarga é normalmente
em corrente alternada, e para garantir a eficiência, a estabilização da corrente
é feita com elementos reativos (capacitores e indutores) para evitar a
dissipação desnecessária de potência ativa. A função do balastro é de criar
a sobretensão necessária para romper a rigidez dielétrica do gás no interior do
tubo no momento da partida, e limitar a intensidade de corrente.
 Lâmpadas fluorescentes
As lâmpadas fluorescentes funcionam de modo semelhante aos tubos de descarga
de néon, possuem um par de eletrões em cada extremidade. O tubo de vidro é
coberto com um material à base de fósforo, quando excitado com radiação
ultravioleta gerada pela ionização dos gases, geralmente vapor de mercúrio,
produz luz visível.
Os equipamentos auxiliares das lâmpadas fluorescentes são o reator e o starter.
Os reatores (bobinas enroladas em um núcleo de ferro) têm duas funções:
Produzir a sobretensão no momento do encerramento do starter e limitar
corrente. No momento em que se dá a condução do gás, tudo se passa como se
houvesse um curto-circuito, pois a resistência elétrica passa a ser quase nula,
porém neste momento o reator age como uma reatância, limitando a corrente. Os
reatores podem ser simples ou duplos, de alto ou baixo fator de potência e
aumentam a carga das lâmpadas em cerca de 25%.
 Lâmpadas fluorescentes
O starter é um contato que no início do seu funcionamento está fechado mas
que com o aquecimento da lâmina, abre o circuito, produzindo a sobretensão
necessária para dar partida à lâmpada. Há reatores de partida rápida, isto é,
que não necessitam de starter, pois no momento em que é ligado o circuito já
produz a tensão suficiente à partida da lâmpada.
 Obrigado pela atenção

Bibliografia:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Luminotécnica
https://www.infopedia.pt/apoio/artigos/$luminotecnia
https://www.mundodaeletrica.com.br/o-que-e-luminotecnica/