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Conceitos
Temperatura de cor
É uma analogia entre a cor da luz
emitida por um corpo de prova
metálico aquecido até a temperatura
especificada em Kelvin e a cor da luz
emitida por diversos tipos de
lâmpadas.
Índice de reprodução de cores (IRC)
Quanto mais próximo este índice for mais próximo de 100 (luz solar), mais fielmente as
cores dos objetos serão vistas pelo olho humano.
Tabela 07 – IRC e aplicações.
IRC Aplicações
IRC ≥ 80 Indústrias têxteis, gráficas ou de tintas, galerias de arte, museus, hospitais,
joalherias, residências e restaurantes.
60 ≤ IRC < 80 Indústria leves, escritórios, escolas e magazines.
IRC < 60 Ruas, canteiros de obras, estacionamentos.
Lâmpadas halógenas
São lâmpadas incandescentes, nas quais, visando a melhoria da eficiência luminosa,
adiciona-se um gás halógeno (iodo ou bromo).
Lâmpadas de descarga
São lâmpadas que emitem luz pela excitação de um gás ionizado quando submetido à
corrente elétrica.
Tipos:
Fluorescente;
Mista;
Vapor de mercúrio;
Multivapor metálico;
Vapor de sódio.
Lâmpadas fluorescentes: possuem em seu interior vapor de mercúrio (ou argônio) em
baixa pressão. Quando esse gás é excitado por uma corrente elétrica ele emite
radiação ultravioleta (invisível). Para torná-la visível, o bulbo é recoberto por um pó
com cristais de fósforo. Necessita de equipamentos auxiliares, como reator e starter,
este último, cada vez mais em desuso.
Fluorescente tubular: utilizada principalmente na iluminação comercial e
industrial. Disponíveis com diâmetro de 32 mm (T10), 26 mm (T8) e 16
mm (T5). Esta última representa a nova geração de lâmpadas
fluorescentes com excelente desempenho e reprodução de cores. Devido
ao seu comprimento diferenciado, não pode ser utilizada nas mesmas
luminárias das anteriores.
Luminárias
Têm por função proteger as lâmpadas, orientar o fluxo luminoso, manter uma boa
conexão elétrica e mecânica entre as lâmpadas e dispositivos auxiliares e, em alguns
casos, efeito decorativo.
Equipamentos auxiliares
Reatores: são dispositivos utilizados para proporcionar a partida das lâmpadas de
descarga e controlar o fluxo de corrente no seu circuito. Podem ser eletromagnéticos
ou eletrônicos.
Starters: são responsáveis pela formação inicial do arco entre os eletrodos da
lâmpada de descarga. Utilizados somente com reator eletromagnético.
Ignitores: têm por função fornecer um pulso de tensão que ionize os gases
internamente ao tubo de arco da lâmpada.
Transformadores: utilizados em lâmpadas que possuem tensão diferente da rede.
Ignitor. Transformador.
Iluminância de interiores
Para que os ambientes sejam iluminados adequadamente é necessário que o
projetista adote os valores estabelecidos pela NBR 5413/1992 – Iluminância de
Interiores.
Tabela 16 - Iluminância por classe de tarefas visuais.
Tabela 17 – Iluminâncias mínimas.
Tabela 17 – Iluminâncias mínimas (cont.).
Tabela 17 – Iluminâncias mínimas (cont.).
A norma apresenta três valores de iluminância. Para decidir qual nível deve ser
adotado, os seguintes parâmetros devem ser observados:
Tabela 18 – Fatores para determinação da iluminância.
Peso -1 0 +1
P1: Idade dos usuários Idade < 40 anos 40 ≤ Idade ≤ 55 anos Idade > 55 anos
P2: Velocidade e
Sem importância Importante Crítica
precisão
P3: Refletância do
Refletância > 70% 30% ≤ Refletância ≤ 70% Refletância < 30%
fundo da tarefa
P = P1 + P2 + P3
Tabela 19 – Relação entre P e o valor a ser adotado.
P Iluminância
-3 ou -2 Valor mínimo
-1, 0 ou +1 Valor médio
+2 ou +3 Valor máximo
Método Philips
É baseado na determinação do fluxo luminoso necessário para se obter um
iluminamento médio desejado no plano de trabalho.
∙
∅ =
∙
onde:
ØT = fluxo luminoso total (lm);
S = área (m²);
E = iluminância (lux);
Fu = fator de utilização;
Fd = fator de depreciação.
Fator de utilização
O fator de utilização depende dos seguintes fatores:
Da lâmpada e da luminária;
Da área e da geometria do recinto;
Dos fatores de reflexão das superfícies (teto, parede e piso).
A influência da área e da geometria do local é dada pelo fator do local (K):
∙
=
( + ) ∙
onde:
C = comprimento (m);
L = largura (m);
H = distância entre a luminária e o plano de
trabalho.
2x28W - Sobrepor
Tabela 23 – Fatores de utilização – CL-16
1x250W
1x400W
Fator de depreciação
Corresponde ao quanto de perda de fluxo luminoso existe no sistema dependendo do
período de manutenção.
Tabela 25 – Fatores de depreciação.
Ambiente Período de manutenção
2.500 h 5.000 h 7.500 h
Limpo 0,95 0,91 0,88
Normal 0,91 0,85 0,80
Sujo 0,80 0,66 0,57
Quantidade de luminárias
A quantidade de luminárias é dada por:
∅
=
∅
onde:
N = quantidade de luminárias;
ØT = fluxo total (lm);
ØL = fluxo da luminária (lm).
Distância máxima entre luminárias
Tabela 26 – Distância máxima entre luminárias.
Altura do local Distância máxima
H’ > 10 m d ≤ 1,2 · H
4 < H’ ≤ 10 m d ≤ 1,5 · H
H’ ≤ 4 m d ≤ 1,6 · H
onde:
H’ = pé direito (m);
H = distância entre luminária e o plano de trabalho (m).
CAN06-S 2x28W
Tabela 29 – Fatores de utilização – CES01-P1E27.
CES01-P1E27
CES01-P1E40
Exercícios
1. Calcule o número de luminárias de um depósito de armazenamento de volumes
grandes e faça o esboço da distribuição destas sabendo que:
Idade dos usuários: inferior a 40 anos;
Velocidade e precisão: sem importância;
Refletância do fundo da tarefa: 30%;
Dimensões (C x L x H’) = 40 m x 20 m x 6 m;
Altura do plano de trabalho = 0,80 m.
Luminária CL-22 com 1 lâmpada a vapor de mercúrio de 400W;
Teto e paredes claros e piso escuro;
Ambiente sujo com período de manutenção a cada 7.500 h.