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Questão nº 1

É preciso calor para gaseificar a amostra. O calor é gerado a partir de uma


chama ou forno de grafite. A AAS por chama pode analisar apenas soluções, ao
passo que o AAS com forno pode analisar soluções e amostras sólidas.
Um atomizador de chama consiste em um nebulizador que transforma a
amostra em um aerosol que alimenta o queimador.
Um atomizador eletrotérmico oferece alta sensibilidade porque atomiza a
amostra rapidamente. A atomização ocorre em um forno cilíndrico de grafite aberto
de ambos lados e com uma fenda central para introduzir as amostras. São utilizadas
duas correntes de gás inerte. O sistema externo evita que o ar entre no forno e a
corrente interna assegura que os vapores gerados desde a matriz de amostra sejam
retirados rapidamente do forno. O gás mais usado é o argônio.

Questão nº 2
Absorção: ao introduzir uma determinada quantidade de uma solução que
contenha íons de um metal forma-se um vapor com átomos deste metal. Alguns
desses átomos podem ser levados a um nível de energia maior, porém a maior
porção destes não sofrem excitação, permanecendo no estado fundamental. Os
átomos no estado fundamental são capazes de absorver energia radiante em um
determinado comprimento de onda de ressonância. Assim, pode-se fazer uma luz de
comprimento de onde de ressoância igual à desses átomos pasar por uma chama que
contenha estes átomos, e determinar a porção da luz absorvida, que representa
proporcionalmete o número de átomos que estão no estado fundamental.
Emissão: as colisões a uma temperatura muito quente promovem alguns
átomos à estados eletrônicos excitados, a partir dos quais eles podem
espontaneamente emitir fótons para retornar ao estado fundamental. Esse
experimento é feito sem o uso de lâmpadas e a intensidade da emissão é
proporcional a concentração do elemento presente na amostra. Atualmente, a
emissão p´roveniente dos átomos em plasma é a principal forma de espectroscopia
de emissão atômica.
Fluorescência: os átomos presentes na chama são irradiados com um laser,
sendo promovidos a um estado eletrônico excitado, a partir do qual eles podem
fluorescer para retornarem ao estado fundamental. A fluorecência atômica tem uma
sensibilida cerca de mil vezes maior que a absorção atômica. Com a fluorescência,
pode-se até mesmo, contar os átomos individualmente.

Questão nº 3
Uma fonte de raias de ressonância é necessária, tanto para a espectroscopia de
absorção atômica como para a espectroscopia de fluorescência atômica. A fonte
mais importante é a lâmpada de cátodo oco. Esta lâmpada tem um cátodo emissor
feito do elemento que está sendo medido na chama. Existem lâmpadas de vários
elementos nas quais os cátodos são feitos de ligas, porém nestas lâmpadas as raias
de ressonância de cada elemento são menos intensas.
Originalmente desenvolvidas por Dagnall e colaboradores como fontes de
radiação para a AAS e a AFS, as lâmpadas de descarga sem eletrodo têm
intensidades de radiação muito maiores do que as de catodo oco. Esta lâmpada de
descarga sem eletrodo é um tubo de quartzo de 2-7cm/8mm de diâmetro interno que
contém até 20mg do elemento de interesse, contendo argônio em baixa pressão.

Questão nº 4
A função do nebulizador é produzir uma névoa ou aerossol da solução
a ser analisada. O sistema de nebulização mais utilizado com o ICP é o nebulizador
de fluxo cruzado. Uma bomba peristáltica força a amostra a passar pela câmara de
mistura na vazão de 1 mL. min-1 e a corrente de argônio que flui na mesma
velocidade provoca a nebulização.
Outro tipo de nebulizador destinado à manipulação de lamas pode gerar
aerossóis a partir de soluções que contêm alto percentual de sólidos (até 20%). Em
um arranjo típico, a solução da amostra é bombeada por um canal em forma de V.
Um pequeno orifício no meio do canal deixa escapar o gás carreador (argônio).
Quando a amostra passa pelo orifício, o gás carreador que sai produz um aerossol
não muito fino.
Aerossóis gerados por fluxos cruzados ou por nebulizadores em V não podem
ser introduzidos diretamente no plasma porque eles resfriam o plasma e podem até
extingui-lo. Para evitar interferências da matriz, adiciona-se uma câmara
atomizadora antes do plasma cuja função é reduzir o diâmetro das partículas até a
faixa ideal (10 µm).
Pode-se produzir um aerossol particulado a partir de uma amostra sólida por
ablação. Na ablação por laser, a amostra é vaporizada por um laser dirigido à
superfície do sólido. A amostra assim retirada é transferida diretamente para o
plasma. Outra técnica é a ablação por centelha, que pode ser usada em sólidos
condutores como os aços e outras amostras da metalurgia.

Questão nº 5
A chama é uma fonte de energia muito mais fraca do que as fontes elétricas
de excitação já mencionadas. Por isso a chama produz um espectro de emissão mais
simples, com menos linhas. Além disso, chamas relativamente frias como, por
exemplo, de ar-propano, são normalmente usadas nos fotômetros de chama.
As chamas podem variar quanto suas composições ou quanto sua posição:
- Composição da chama: a mistura acetileno/ar é adequada para a
determinação de cerca de 30 metais, porém prefere-se a mistura propano/ar
para os metais que se convertem facilmente ao estado de vapor atômico. No
caso de metais como o alumínio e o titânio, que formam óxidos refratários, é
essencial usar chamas de temperaturas mais elevadas como a da mistura
acetileno/óxido nitroso. A sensibilidade é maior se a chama for enriquecida
com o gás combustível.
- Posição da chama: em alguns casos, a concentração dos átomos pode
variar muito se a chama sair do centro do feixe óptico, tanto vertical como
lateralmente. Rann e Hambly mostraram que no caso de certos metais (cálcio
e molibdênio, por exemplo) a região de absorção máxima está restrita a áreas
bem específicas da chama, enquanto no caso da prata, a posição na chama
não altera significativamente a absorção que também não é afetada pela razão
gás combustível/gás oxidante.
ADIR BARROS DA SILVA JÚNIOR

LISTA DE EXERCÍCIOS

PONTA GROSSA

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