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Universidade Federal da Integração Latino-Americana

Departamento de Engenharia de Materiais

Espectroscopia de emissão atômica


Prof. Loic Barbara Rodier
Introdução
O que é a espectroscopia atômica?

A espectroscopia é uma área que agrupa muitas técnicas que podem ser classificadas
em função da matriz analisada.

Átomos Moléculas Cristais Nucleos

Espectroscopia Espectroscopia Cristalografia de Resonância


atômica molecular raios -X magnética
nuclear (RMN)
Absorção (AAS) UV-Vis
Emissão (AES) FTIR
Fluorescência
Aspectos gerais
Devido às limitações da espectroscopia de absorção atômica (uso de lâmpada para
cada elemento estudado), novas técnicas foram desenvolvidas.

A espectroscopia de emissão atômica é baseada no fato de que quando um átomo de


um elemento específico estiver excitado (como na absorção atômica), ele emitirá luz
em um padrão característico de comprimento de onda (um espectro de emissão)
enquanto retorna ao estado estável.

A chama não é uma fonte ideal de excitação para a emissão atômica. Outras fontes
mais quentes são utilizadas:
•  Espectroscopia de emissão atômica com plasma induzido por micro-ondas (MP-
AES)
•  Espectroscopia de emissão óptica com plasma acoplado indutivamente (ICP-
OES)
Aspectos gerais
As cores observadas são características de cada elemento.

Analisando as cores de luz emitidas por um determinado átomo, é possível identificar o


elemento.
Aspectos gerais
Comparação do efeito da temperatura na espectroscopia de absorção e emissão

Como nós vimos na última aula, a equação de Boltzmann relaciona o número de


átomos no estado fundamental e no estado excitado:
N1 g1 −ΔE
N1 = número de átomos no estado excitado = e kT
N0 = número de átomos no estado fundamental N0 g 0
g1/g0 = razão dos pesos estatísticos dos estados fundamental e
excitado
E = energia de excitação
k = constante de Boltzmann
T = temperatura
Aspectos gerais
Comparação do efeito da temperatura na espectroscopia de absorção e emissão

Como nós vimos na última aula, a equação de Boltzmann relaciona o número de


átomos no estado fundamental e no estado excitado:
N1 g1 −ΔE
N1 = número de átomos no estado excitado = e kT
N0 = número de átomos no estado fundamental N0 g 0
g1/g0 = razão dos pesos estatísticos dos estados fundamental e
excitado
E = energia de excitação
k = constante de Boltzmann
T = temperatura

O aumento da temperatura utilizando um plasma (8000-10000K) em comparação a


uma chama (2600K) melhora a precisão da análise.
Com o aumento da temperatura o número de átomos no estado excitado aumenta
também.
Aspectos gerais
Comparação do efeito da temperatura na espectroscopia de absorção e emissão

Como nós vimos na última aula, a equação de Boltzmann relaciona o número de


átomos no estado fundamental e no estado excitado:
N1 g1 −ΔE
N1 = número de átomos no estado excitado = e kT
N0 = número de átomos no estado fundamental N0 g 0
g1/g0 = razão dos pesos estatísticos dos estados fundamental e
excitado
E = energia de excitação
k = constante de Boltzmann
T = temperatura

λ ΔE (N*/N0)
(nm) (J/átomo) 2500 K 6000 K
250 7,95 x 10-19 1,0 x 10-10 6,8 x 10-5
500 3,97 x 10-19 1,0 x 10-5 8,3 x 10-3
750 2,65 x 10-19 1,0 x 10-4 4,1 x 10-2
Espectroscopia de emissão atômica
A espectroscopia de emissão com plasma utiliza um plasma como fonte de excitação
para a emissão atômica.

O que é um plasma?
Espectroscopia de emissão atômica
A espectroscopia de emissão com plasma utiliza um plasma como fonte de excitação
para a emissão atômica.

O que é um plasma?

O plasma é um gás parcialmente ionizado onde existem elétrons livres e íons positivos
em movimento.
O plasma é produzido por descargas elétricas em gases.
Espectroscopia de emissão atômica
A espectroscopia de emissão com plasma utiliza um plasma como fonte de excitação
para a emissão atômica.

O que é um plasma?

O plasma é um gás parcialmente ionizado onde existem elétrons livres e íons positivos
em movimento.
O plasma é produzido por descargas elétricas em gases.

O gás mais utilizado é o Argônio:

Ar à Ar+ + e- Eion = 15,8 eV

Por que o argônio é o gás mais utilizado?

Devido a sua elevada energia de ionização (15,8 eV) que permite ionizar todos os
elementos que têm uma energia de ionização menor (quase todos os elementos).
Espectroscopia de emissão atômica
Espectroscopia de emissão atômica
Espectroscopia de emissão atômica
Nebulizadores

O nebulizador tem a função de transformar a amostra em aerossol para ser introduzida


no plasma.
O nebulizador é acoplado à câmara de nebulização.

A alta velocidade do gás na ponta dispersa


a amostra na forma de um spray o névoa
de gotículas de diversos tamanhos.

As partículas menores vão chegar até o


plasma e as partículas maiores vão ser
descartadas.

Nebulizador concêntrico de vidro ou quartzo


Espectroscopia de emissão atômica
Nebulizadores

O nebulizador tem a função de transformar a amostra em aerossol para ser introduzida


no plasma.
O nebulizador é acoplado à câmara de nebulização.

A alta velocidade do gás na ponta dispersa


a amostra na forma de um spray o névoa
de gotículas de diversos tamanhos.

As partículas menores vão chegar até o


plasma e as partículas maiores vão ser
descartadas.

Nebulizador tipo Miramist (Polímero)

Vantagens: suporta HF
Espectroscopia de emissão atômica
Nebulizadores

O nebulizador tem a função de transformar a amostra em aerossol para ser introduzida


no plasma.
O nebulizador é acoplado à câmara de nebulização.

A alta velocidade do gás na ponta dispersa


a amostra na forma de um spray o névoa
de gotículas de diversos tamanhos.

As partículas menores vão chegar até o


plasma e as partículas maiores vão ser
descartadas.

Nebulizador ultra-sônico

Nebulização mais eficiente


Espectroscopia de emissão atômica
Câmara de nebulização

Câmara de nebulização Duplo passo. (Peça antiga)

A câmara de nebulização faz a seleção


das gotas a ser enviadas para o
plasma.
Espectroscopia de emissão atômica
Câmara de nebulização

Câmara de nebulização ciclônica.

Alta eficiênca

A câmara de nebulização faz a seleção


das gotas a ser enviadas para o
plasma.
Espectroscopia de emissão atômica Etapas

O plasma

A – Alimentação em Argônio
B – Aplicação do campo magnéCco para acelerar
os elétrons
C- Geração de alguns e- livre para iniciar a
reação Ar à Ar+ + e-
D – Efeito cascata
E – Geração do plasma e introdução da amostra
Espectroscopia de emissão atômica
O plasma A temperatura do plasma na é homogênea.
Os íons se formam em determinadas regiões do
plasma.
O detector deve ser bem posicionado para captar
todas as emissões.
A zona de observação para a análise é localizada
entre 20 e 40 mm acima da bobina de
radiofrequência.
Espectroscopia de emissão atômica
O plasma A temperatura do plasma na é homogênea.
Os íons se formam em determinadas regiões do
plasma.
O detector deve ser bem posicionado para captar
todas as emissões.
A zona de observação para a análise é localizada
entre 20 e 40 mm acima da bobina de
radiofrequência.

Existe duas configurações possíveis;


axial (B) e radial (A).
Espectroscopia de emissão atômica
Detector CCD - Dispositivo de carga acoplada
Espectroscopia de emissão atômica

Interferências espectrais

Devido à sobreposição dos picos. Solução: Escolha de linhas espectrais mais


adequadas.
Devido a emissão de bandas moleculares

Interferências não espectrais

Devido à eficiência do processo de nebulização; causadas por variações das


propriedades físicas da amostra (viscosidade, densidade, tensão superficial).
Solução: usar um padrão interno.

Interferência de ionização; quando são introduzidas amostras contendo elevadas


concentrações de elementos facilmente ionizáveis (Na, K).
Espectroscopia de emissão atômica
Espectrometria de massa com plasma indutivamente acoplado ICP-MS
Espectroscopia de emissão atômica
Cromatografia Líquida de Alta Eficiência acoplada Espectrometria de massas com
plasma acoplado indutivamente HPLC-ICP-MS

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