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2 2021
1 P1 : 27/05
2 P2 : 01/07
3 P3 : 27/07
4 EF: 03/08
1 Temas relacionados a P1 :
Introdução às EDO’s
Tipos de EDO’s de 1a ordem
Aplicações das EDO’s
2 Temas relacionados a P2 :
Séries de Potências
Transformada de Laplace
Sistema de EDO’s Lineares de 1a Ordem
3 Temas relacionados a P3 :
Introdução às EDP’s - Equação do Calor
Séries de Fourier
Transformada de Fourier - Equação da Onda
gt2
y(t) = − + C1 t + C2
2
onde C1 e C2 são duas constantes que podem ser determinadas pelas condições
iniciais do problema. Se conhecemos a posição inicial y(0) = y0 e a veloci-
dade inicial y0 (0) = v0 então,
g · 02
y(0) = − + C 1 · 0 + C 2 = y0 ⇒ C 2 = y0
2
y0 (0) = −g · 0 + C1 = v0 ⇒ C1 = v0
Logo, a solução do problema é dada por
gt2
y(t) = − + v0 t + y0
2
Z b
área(S) = f (x)dx = F(b) − F(a)
a
y = F(x) + C
Exemplos:
1 y00 + xy = x2
∂u ∂u
2 − = senx
∂x ∂y
d4 y d2 y
3
4
− senx 2 = cosy
dx dx
2
∂ u 2
∂ u
4 − = ex u
∂x∂z ∂x∂y
Lembrar notações de derivada.
d4 y d2 y
(1) y0 + 2y = ex (2) y00 + xy = x2 (3) − senx = cosy
dx4 dx2
Uma EDP é uma equação diferencial em que a função incógnita depende
de duas ou mais variáveis e a equação envolve as derivadas parciais dessa
função.
Exemplos
∂u ∂u ∂2u ∂2u
(1) − = senx (2) − = ex u (3) uxt = −ux
∂x ∂y ∂x∂z ∂x∂y
Exemplos
1 y00 + xy = x2 é de ordem 2
d4 y d2 y
2 − senx = cosy é de ordem 4
dx4 dx2
3 y000 + (y0 )4 = y5 é de ordem 3
Exemplos
dy x2
=
dx 1 − y2
Então,
−x3 + 3x2 − y3 = C
para qualquer C constante, define y implicitamente como uma função de x e y
é solução da EDO.
gt2
y(t) = − + At + B
2
é a solução geral da EDO y00 = −g.
Uma solução de uma EDO que não depende de parâmetros arbitrários é
chamada uma solução particular.
Por exemplo, a função
ϕ(x) = ln x
1
no intervalo (0, ∞) é uma solução particular para a EDO y0 = .
x
Observamos que nem toda família de soluções de uma EDO é uma solução
geral
ou seja, ϕ0 (x) = (ϕ(x))2 para todo intervalo que não contenha o ponto x = −C.
É fácil ver que a função identicamente nula ψ(x) ≡ 0 também é solução da
EDO, chamada de solução singular, pois não existe qualquer constante C de
1
modo que ψ(x) = − x+C .
1
Portanto, a família a 1 parâmetro ϕ(x) = − x+C é formada por soluções da
EDO, mas não é uma solução geral da EDO.
que não é uma curva integral, pois o domínio de uma solução deve ser um
intervalo.
Observemos ainda que, apenas a hipótese de que f seja contínua não é sufici-
ente para garantir a unicidade da solução do PVI.
Para encontrar soluções dessa equação, nos pontos onde h(y) 6= 0 escrevemos
1
dy = g(x)dx
h(y)
e integramos Z Z
1
dy = g(x)dx
h(y)
donde obtemos uma família de soluções implícitas a 1 parâmetro dada por
H(y) = G(x) + C
a
Prof. Camila Isoton 1UNILA CÁLCULO III - ECI 27 / 96
Uma EDO da forma y0 = f (y), em que a função f (y) não depende da variável
x, é chamada de equação autônoma.
Para essas equações, é fácil provar que uma função constante ϕ(x) ≡ c é
solução de y0 = f (y) se, e somente se, f (c) = 0. as únicas soluções constantes
de uma EDO autônoma são obtidas como zeros da função f (y). Essas soluções,
se existem, são chamadas de soluções estacionárias ou soluções de equilíbrio.
em que M(x, y) e N(x, y) são funções de x e y, pode ser interpretada como uma
M(x, y)
EDO y0 = f (x, y), onde f (x, y) = − .
N(x, y)
Reciprocamente, toda EDO y0 = f (x, y) pode escrita na forma
y2 − x 2 = C
e segue que C = 22 − 22 = 0.
Prof.a Camila Isoton UNILA CÁLCULO III - ECI 30 / 96
Logo a solução é y2 − x2 = 0 e isolando y obtemos y = |x|. Como y 6= 0,
temos as seguintes possibilidades para solução do PVI:
y = x no intervalo (0, ∞)
y = x no intervalo (−∞, 0)
y = −x no intervalo (0, ∞)
y = −x no intervalo (−∞, 0)
Uma EDO de primeira ordem é dita ser linear se puder ser escrita na forma
dy
a1 (x) + a0 (x)y = g(x),
dx
onde a1 , a0 e g são funções da variável independente x. Dividindo a equação
pela função a1 (x), vamos considerar a EDO na forma normal
dy
+ P(x)y = f (x) (3)
dx
Buscaremos soluções da equação (3) num intervalo onde as funções P(x) e
f (x) sejam contínuas.
dy
µ(x) + µ(x)P(x)y (4)
dx
2. Derivar a função µ(x)y em relação a x
d dy dµ
(µ(x)y) = µ(x) + y (5)
dx dx dx
3. Comparando (4) com (5) temos
d dy dµ
(µ(x)y) = µ(x) + µ(x)P(x)y ⇔ = µ(x)P(x)
dx dx dx
isto é, a função µ deve satisfazer a EDO
dµ
= P(x)µ
dx
P(x)dx dy
R R R
P(x)dx
e +e P(x)y = f (x)e P(x)dx
dx
d R P(x)dx R
e y = f (x)e P(x)dx
dx
e, isolando y, temos
R Z R R
−
y=e P(x)dx
f (x)e P(x)dx
dx + Ce− P(x)dx
∂M ∂N
= .
∂y ∂x
Fazer prova.
.
∂f y
= + 6x (7)
∂x x
∂f
= ln x − 2. (8)
∂y
Em alguns casos, quando a EDO M(x, y)dx + N(x, y)dy = 0 não é exata, ainda
é possível determinar um fator integrante, ou seja, uma função µ(x, y) tal que
∂ ∂
[µ(x, y)M(x, y)] = [µ(x, y)N(x, y)]
∂y ∂x
My − Nx
µ0 = µ (10)
N
M −N
e se yN x µ depende só de x, então (10) é uma EDO e podemos determinar
µ = µ(x).
Analogamente, se µ = µ(y), então µx = 0 e µy = µ0 , assim (9) se reduz a
Nx − My
µ0 = µ (11)
M
N −M
e se x M y µ depende só de y, então (11) é uma EDO e podemos determinar
µ = µ(y).
P(t) = P0 ekt .
curva integral para P(0) = P0 Observemos que este modelo considera que a
população em questão nunca irá diminuir! Neste caso, k é constante.
P0 a
P(t) =
P0 b + (a − P0 b)e−at
no intervalo I.
Prof.a Camila Isoton UNILA CÁLCULO III - ECI 51 / 96
Se denotarmos por L, o operador definido por
L : F n (I) → F (I)
ϕ 7→ L[ϕ]
y = c1 y1 + c2 y2 + · · · + ck yk
Sejam f1 (x), f2 (x), · · · , fn (x) funções com pelo menos n derivadas em um intervalo I e
suponhamos que existem c1 , c2 , · · · , cn , tais que
c1 f1 (x) + c2 f2 (x) + · · · + cn fn (x) = 0, para todo x ∈ I.
Derivando n − 1 vezes ambos os lados da equação acima em x0 ∈ I, temos que
c1 , c2 , · · · , cn devem satisfazer o sistema abaixo
c1 f1 (x0 ) + c2 f2 (x0 ) + · · · + cn fn (x0 ) = 0
c1 f10 (x0 ) + c2 f20 (x0 ) + · · · + cn fn0 (x0 ) = 0
..
.
(n−1)
(n−1) (n−1)
c1 f1 (x0 ) + c2 f2 (x0 ) + · · · + cn fn (x0 ) = 0
···
f1 (x0 ) f2 (x0 ) fn (x0 )
f10 (x0 ) f20 (x0 ) ··· fn0 (x0 )
W[f1 , · · · , fn ](x0 ) = det .. .. ..
..
.
. . .
(n−1) (n−1) (n−1)
f1 (x0 ) f2 (x0 ) · · · fn (x0 )
prova
Teorema 3.8 (Existência de conjunto fundamental)
Consideremos uma EDO linear homogênea L[y] = 0 em que os coeficientes
an , an−1 , · · · , a1 , a0 são contínuos em um intervalo I, com an (x) 6= 0 para
todo x ∈ I. Então, existe um conjunto fundamental de soluções de L[y] = 0
no intervalo I.
prova
yp = yp1 + · · · + ypk
Formulação geral:
ay00 + by0 + cy = 0, a, b, c ∈ R.
Pelo Teorema 3.9 se conseguirmos encontrar duas soluções LI, então obtemos
uma solução geral da EDO.
Neste caso as duas soluções são: y1 (x) = em1 x e y2 (x) = em2 x .Verificamos que
elas são LI´s calculando o wronskiano:
mx
em2 x
e 1
W[y1 , y2 ](x) = det = (m2 − m1 )e(m1 +m2 )x
m1 em1 x m2 em2 x
y1 (x) = em1 x ,
b
onde m1 = m2 = − 2a .
Para determinar outra solução utilizaremos a técnica redução de ordem (que
também pode ser aplicada nos casos mais gerais).
Buscamos uma solução do tipo y(x) = u(x)y1 (x), onde y1 (x) = em1 x é a
solução conhecida.
Calculamos
y0 (x) = (u0 (x)+m1 u(x))em1 x e y00 (x) = (u00 (x)+2m1 u0 (x)+m21 u(x))em1 x
u(x) = α1 x + α2 , α1 , α2 ∈ R constantes.
y2 (x) = xem1 x .
e(α+β)x e(α−β)x
W[y1 , y2 ](x) = det (α+β)x
(α + βi)e (α − βi)e(α−β)x
= (α − βi)eαx − (α + βi)eαx
= −2βieαx 6= 0, ∀x ∈ R.
Logo,
an mn + an−1 mn−1 + · · · + a1 m + a0 = 0
ou ainda,
mn + an−1 mn−1 + · · · + a1 m + a0 = 0.
Pelo Teorema Fundamental da Álgebra, essa equação possui n raízes (comple-
xas) em que algumas podem ser repetidas. Suponha que r1 , · · · , rk sejam todas
a k raízes distintas da equação característica, então
onde s1 + s2 + · · · + sk = n.
Prof.a Camila Isoton UNILA CÁLCULO III - ECI 70 / 96
Cada raiz r de multiplicidade s deve fornecer s soluções LI da EDO, isto é con-
tribuir com s soluções LI’s para formar um conjunto fundamental de soluções.
Assim, temos dois casos a considerar.
A raíz é real
Neste caso as soluções LI são dada por
y1 (x) = erx
y2 (x) = xerx
y3 (x) = x2 erx
..
.
ys (x) = xs−1 erx
Seja L[y] = g(x) uma EDO linear não homogênea com coeficientes constantes.
O método consiste em supor que uma solução particular yp (x) tem a mesma
“aparência” que a função g(x), a menos de coeficientes a serem determinados.
Caso alguma parcela de yp dado na sugestão inicial indicada na tabela já pertença a so-
lução da EDO homogênea associada, então devemos multiplicar yp dado inicialmente
por xs , onde s é o menor inteiro positivo de modo que xs yp não tenha nenhuma parcela
que seja solução da EDO homogênea associada.
Prof.a Camila Isoton UNILA CÁLCULO III - ECI 75 / 96
Caso a EDO seja da forma
então podemos utilizar o Teorema 3.12 para obter uma solução particular de
L[y] = g1 (x) + g2 (x). Para isso, dividindo o problema em encontrar uma
solução particular yp1 de L[y] = g1 (x) e uma solução particular yp2 de L[y] =
g2 (x). Assim, uma solução particular de L[y] = g1 (x) + g2 (x) será dada por
yp = yp1 + yp2 .
num intervalo I em que a2 (x) 6= 0. Então podemos reescrever esta EDO como
Assim,
(u001 y1 + u002 y2 ) + 2(u01 y01 + u02 y02 ) + P(x)(u01 y1 + u02 y2 ) = f (x) (12)
ks = mg ou mg − ks = 0,
d2 x
m = F,
dt2
onde F é a força total agindo sobre a massa.
peso da massa: P = mg onde g é a aceleração da gravidade.
força restauradora: −k(s + x), age sempre para restaurar a mola para a
posição de equilíbrio natural.
força de amortecimento: −β dx dt , onde β é constante positiva e o sinal
negativo indica que a força age no sentido contrário ao movimento.
(Supomos que essa força seja proporcional a velocidade da massa).
força externa: f (t) (pode ser um motor que faça a estrutura onde a mola
está presa vibrar).
d2 x dx
m 2
= mg − k(s + x) − β + f (t)
dt dt
Como mg − ks = 0, então a equação fica
x(t) = Acos(ωt − ϕ)
em que A e ϕ são constante arbitrárias que podem ser obtidas observando que
donde (
c1 = Acosϕ
c2 = Asenϕ
q
Então, c21 + c22 = A2 cos2 ϕ + A2 sen2 ϕ = A2 ⇒ A = c21 + c22 e
c2 Asenϕ c2
c1 = Acosϕ = tgϕ ⇒ ϕ = arctg c1 .
1dyn = 10−5 N
Suponhamos que não exista força externa (F(t) 6≡ 0, movimento livre), mas
agora vamos considerar uma força de resistência (movimento amortecido). Por
simplicidade, suponhamos que a força de resistência é proporcional a veloci-
dade, ou seja, −βx0 , em que β > 0 é a constante de amortecimento.
E temos que a equação que modela a posição da massa é uma EDO linear
homogênea de segunda ordem com coeficientes constante dada por
x00 + 2λx0 + ω 2 x = 0
β
com m = 2λ e equação característica m2 + 2λm + ω 2 = 0, cujas raízes são
√ √
m1 = −λ + λ2 − ω 2 e m2 = −λ − λ2 − ω 2 .
E observamos que
c1 + c2 t c2
lim e−λt (c1 + c2 t) = lim λt
= lim λt = 0
t→∞ t→∞ e |{z} t→∞ λe
0LH
e−λt 1
lim −λt
= lim = 0
t→∞ te t→∞ t
te−λt t
lim √ = lim √ = 0.
t→∞ e(−λ+ λ2 +ω 2 )t t→∞ e λ2 +ω 2 t
Por fim consideramos o caso em que existe uma força externa agindo no sis-
tema massa-mola (F(t) 6≡ 0).
Neste caso temos um movimento forçado cuja equação que o modela é uma
EDO linear não homogênea de segunda ordem com coeficientes constantes