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EQUAÇÕES DIFERENCIAIS
1. INTRODUÇÃO
2. DEFINIÇÃO
Chama-se equação diferencial a uma equação que estabelece uma relação entre
uma função desconhecida e as suas derivadas.
Ex.: 1) y′ − 2 y = e x
d2y dy
2) 2
− 2 + y = 3x 2
dx dx
∂z ∂z
3) + 3 = 5xy
∂x ∂y
3.1 ORDEM
3.2 GRAU
O grau de uma equação diferencial, que pode ser escrita como um polinômio da
função incógnita e suas derivadas é a potência a que se encontra elevada a derivada de
mais alta ordem.
3 2
d2y dy 3 dy
Ex.:1) 2 + 3 y + y = 5x 2 é uma equação diferencial de 2ª ordem e
dx
dx dx
3º grau.
3 7 2
d2y dy dy
3) 2 + 3 y + y 3 = 5 x é uma equação diferencial de 2ª ordem
dx dx dx
e 3° grau.
3.3 SOLUÇÃO
M(x) = x3 e N ( y) = −
1
Logo temos que portanto, a EDO de 1ª ordem dada é uma
y2
equação diferencial de variáveis separáveis.
de onde obtemos:
x 4 y −1 4
− = C⇒ y =
4 −1 4C − x 4
Então consideramos 4C = K e obtemos a solução geral na forma:
4
y=
K − x4
x2 y − y
Ex.: 2. Resolva o PVI: y ′ = , y(3) = 1 .
y +1
A EDO de 1ª ordem dada pode ser escrita na forma diferencial como:
y
Portanto, a solução geral da EDO é dada por:
x3
− x − y − ln y = C
3
A partir da condição inicial y (3 ) = 1 , ou seja, para x = 3 temos que y = 1 , então
substituindo na solução geral, obtemos:
33
− 3 − 1 − ln
{1 = C ⇒ C = 5
3 0
xy
f (x, y ) = , portanto:
x − y2
2
txty t 2 xy xy
f (tx, ty ) = = = 2 = f ( x, y )
t x −t y
2 2 2 2
t x −y
2 2
( 2
)
x − y2
Logo f (x , y ) é homogênea de grau zero em relação às variáveis “x” e “y” e a EDO de
1ª ordem é homogênea.
dx
OBS.: Se = f ( x, y ) , fazemos a substituição: x = yu , onde u = u ( y ) e
dy
portanto:
dx du
=u+ y
dy dy
xy
Ex.: Vimos que a EDO de 1ª ordem y′ = é homogênea, então
x − y2
2
Método de Resolução:
1º) f ( x , y ) = ∫ ∂ f dx + h ( y )
∂x
2º) f ( x , y ) = ∫ ∂ f dy + g ( x )
∂y
A solução da EDO M (x, y )dx + N ( x, y )dy = 0 é dada implicitamente por:
f (x, y ) = C .
Ex.: Considere a EDO ( x + seny)dx + (x cos y − 2 y )dy = 0 , temos que:
M (x, y ) = x + seny e N (x, y ) = x cos y − 2 y
∂M ∂N
Então = = cos y , logo temos uma EDO exata, portanto:
∂y ∂x
∂f x2
f (x , y ) = ∫ ∂x dx + h ( y ) = ∫ (x + seny )dx + h ( y ) = + xseny + h ( y )
2
∂f
(x , y ) = x cos y + dh = N (x , y ) = x cos y − 2 y
∂y dy
Portanto
dh
dy
= −2 y ⇒ ∫ dh = − 2 ∫ ydy ⇒ h = −y2 + C
Logo
x2
f (x , y ) = + xseny − y 2
2
e a solução geral a EDO exata é :
x2
+ xseny − y 2 = C
2
Outra maneira de resolver o exemplo anterior:
( )
Ex.: 1) Na equação diferencial y − xy dx + x + x y dy = 0 , temos:
2 2 2
( )
M (x, y ) = y − xy , N (x, y ) = x + x y
2 2 2
Então
∂M ∂N
= 1 − 2xy ≠ = 1 + 2xy2
∂y ∂x
Logo a equação diferencial não é exata, mas podemos agrupar os termos desta equação
da seguinte forma:
( ydx + xdy) + (− xy 2 dx + x 2 y 2 dy) = 0
Multiplicamos ambos os membros da equação diferencial pelo fator integrante
1
I ( x, y ) = e obtemos:
(xy)2
1
[( ydx + xdy) + (− xy dx + x y dy)] = 0
2 2 2
(xy) 2
Ou seja
ydx + xdy 1
− dx + dy = 0
142(xy)43
2
x
1
d −
xy
3x 2 y
2) Considere a equação diferencial: y′ = 3 , então podemos
x + 2y4
escrever:
( )
3x 2 ydx − x 3 + 2 y 4 dy = 0
onde
M (x, y ) = 3x 2 y e N (x, y ) = − x 3 − 2 y 4
Portanto temos:
∂M ∂N
= 3x 2 ≠ = −3x 2
∂y ∂x
1 ∂M ∂N 2
− = = g ( y ) , então:
M ∂y ∂x y
Logo esta equação diferencial não é exata, mas
2 1
ln 2
− ∫ y dy 1
I ( y) = e =e −2 ln y
=e y
=
y2
1
Multiplicando ambos os membros da equação diferencial por I ( y ) = , obtemos:
y2
1
y 2
[ (
3x 2 ydx − x 3 + 2 y 4 dy = 0 ) ]
ou seja:
3x 2 x3 + 2 y 4
dx − 2
dy = 0
y y
onde
3x 2 x 3 + 2 y 4 ∂M 3x 2 ∂N
M= , N =− e = − =
y y2 ∂y y 2 ∂x
Portanto temos agora uma equação diferencial de 1ª ordem exata, então vamos resolvê-
la encontrando a função f ( x, y) tal que
3x 2 x3 + 2 y 4
df (x, y) = dx − 2
dy ,
y y
então consideramos:
x3 + 2 y 4 x3 2 3
f (x, y) = −∫ 2
dy = − y + g (x)
y y 3
Daí, obtemos:
∂f 3x 2 dg 3x 2 dg 3x 2 dg
= + ⇒ + =M = ⇒ = 0⇒ g = C
∂x y dx y dx y dx
Logo
x3 2 3
f (x, y ) = − y
y 3
e a solução geral da equação diferencial dada é:
x3 2 3
− y =C
y 3
I (x ) = e ∫
−2 xdx 2
= e −x
Portanto, multiplicando ambos os membros da equação diferencial dada por I ( x, y ) ,
obtemos:
2 2 2
e − x y ′ − 2xe− x y = xe− x ⇒
1442443
d − x2
dx
2 2
( 2
e y = xe− x ⇒ d e − x y = xe− x dx ) ( )
d 2 e− x y
dx
d
( )
e x y′ + e x y = e x senx ⇒ e x y = e x senx ⇒ d e x y = e x senxdx
1424 3 dx
( )
dx
( )
d x
e y
1
Então substituindo z = y 2
nesta solução, obtemos a solução geral da equação
diferencial dada por:
2
x2
2
1 x
− −
y = 6 + Ce
2 4
⇔ y = 6 + Ce 4