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Universidade Federal de Alagoas

Unidade Acadêmica Centro de Tecnologia


Curso de Engenharia Química

EQUAÇÕES DIFERENCIAIS
ECIV112 / EPET048 / EQUI030

Aulas 02: Equações Separáveis e Homogêneas


1. Equações diferenciais ordinárias de 1° ordem
• As equações diferenciais ordinárias (EDO) são os únicos
tipos de equações diferenciais para o qual existe uma
teoria bem desenvolvida. Por este motivo será
considerada primeiro.
• Uma equação diferencial é uma equação que envolve
uma função incógnita e sua derivadas.
2 y 2 y
4 2  0
x 2
t
• Uma equação diferencial ordinária é aquela em que a
função incógnita depende de apenas uma variável
independente. dy
 5x  3
dx
1.1- Classificação da Equações Diferenciais
• Equações diferenciais Ordinárias (EDO) e Parciais
(EDP): Se depende de uma única variável temos uma
equação diferencial temos uma EDO; se depende de
mais de uma temos uma (EDP).
• Exemplos:
dp
 0,5 p  450 (1.1)
dt
EDO’s
d 2Qt  dQt  1
L 2
 R  Qt   E t  (1.2)
dt dt C

 2u x, t  u x, t 
EDP   (1.3)
x 2
t
• Ordem: A ordem de uma equação diferencial é a
ordem da derivada de maior ordem que aparece na
equação. A equação (1.1) é de primeira ordem,
enquanto as equações (1.2) e (1.3) são de segunda
ordem.
• Equações Lineares e Não-Lineares: Uma
classificação crucial de equações diferenciais é se
elas são lineares ou não. A equação diferencial
 
F t , y, y' , y' ' ,..., y n   0 (1.5)

É dita ser linear se F é uma função linear das variáveis


y, y’, y’’, y(n); uma definição análoga se aplica às
equações diferenciais parciais.
• Assim, a equação diferencial ordinária linear geral de
ordem n é:
a0 t y n   a1 t y n1  ...  an1 t y'an t y  g t  (1.6)

As equações (1.1)-(1.3) são exemplos de equações


diferenciais lineares. Uma equação que não é da
forma (1.6) é uma equação não-linear.
Exemplos:

y ' ' '2et y ' ' yy ' t 4 (1.7)

d2y g
2
 sen y  0 (1.8)
dt L
• Lista 01: Nos itens abaixo, determine a ordem da
equação diferencial e diga se ela é linear ou não-linear
2
d y dy
(a) t 2
 t  2 y  sent (g) y ' ' '5 xy '  e  1
x
dt 2 dt
 
2
d y dy
(b) 1  y 2
 t  y  e t
(h) ty ' 't y 'sin t  y  t  e
2 2 4t
dt 2 dt
d 4 y d 3 y d 2 y dy
(c)     y e t

dt 4 dt 3 dt 2 dt (i) 17 y 4   t 6 y 2   4,2 y 5  3 cost


dy
(d)  ty 2  0 d b
4 5
 db  7 5
dt (j) 5 4   7   b  b  p
d2y  dp   dp 
(e) 2
 sent  y   sent
dt
 
3
d y dy
(f)  t  cos2
t y t 3

dt 3 dt
Forma Padrão e Forma Diferencial
• A forma padrão para uma equação diferencial de
primeira ordem n função desconhecida y(x) é
 y' f x, y 
dy
(1.9)
dx
Onde a derivada y’ aparece somente no lado esquerdo
de (1.9).
• O lado direito de (1.9) pode ser escrito como um
quociente de duas outras funções M(x,y) e –N(x,y).
Então torna-se a equação equivalente na forma
diferencial:
 M x, y   N x, y   M x, y .dx  N x, y .dy  0 (1.10)
dy
dx
1.2 – Equações Separáveis
• Considere uma equação diferencial na forma
diferencial (1.10). Se M(x,y) = M(x) e N(x,y) = N(y), a
equação diferencial é dita separável, ou tem suas
variáveis separáveis.
• A solução da equação diferencial separável de primeira
ordem é
M x.dx  N  y .dy  0 (1.11)
é

 M x .dx   N  y .dy  C (1.12)

Onde C representa uma constante arbitrária


• A solução ao problema de valor inicial

M x .dx  N  y .dy  0; yx0   y0 (1.13)

Pode ser obtida usando primeiro a Eq. (1.12) para resolver


a equação diferencial e então aplica-se a condição inicial
diretamente para avaliar C
M x .dx   N  y .dy  0
x y
x0 y0
(1.14)

A equação (1.14) pode não determinar a solução de (1.13)


unicamente, isto é, (1.14) pode ter muitas soluções, das
quais uma só irá satisfazer o problema de valor inicial
• Lista 02: Resolva as seguintes equações separáveis

dx
(a) x.dx  y 2 .dy  0 (g)  x2  2x  2
dt
dy x 2  2 xe x
(b)  (h) y'
dx y 2y
x 1
(c) y '  4
y 1 (i) sin x.dx  y.dy  0; y0  0
dx
(d)  x2  2x  2 (j) x.e x .dx  y 5  1.dy5  0; y0  0
2

dt
(e) e dx  y.dy  0;
x
y0  1

 
(f) x. cos x.dx  1  6 y 5 dy  0; y   0
2.3 – Equações Homogêneas
• A equação na forma diferencial na forma padrão (1.9)
é homogênea se
f tx, ty   f x, y  (1.15)

Para todo número real t.


• Uma equação diferencial homogênea pode ser
transformada numa equação separável pela substituição
y  x.v (1.16)
Juntamente com sua derivada correspondente
dy dv
 v  x. (1.17)
dx dx
• A equação resultante nas variáveis v e x é resolvida
como uma equação diferencial separável; a solução
requerida para (1.15) é obtida pela substituição inversa.

Outra definição (BOYCE):


• Se a expressão à direita do sinal de igualdade na
equação
 f x, y 
dy
dx
Pode ser escrita em função apenas da razão y/x, então a
equação é dita homogênea
• Problema 03: Verifique se as equações a seguir são
homogêneas e resolva as mesmas.
yx x 4
 3 x 2 2
y  y 4

(a) y'  (f) y '  3


x x y
2y  x
4 4
(g) y '  x 2
 2 y 2

(b) y ' 
x. y 3 xy
2 xy
x y
2 2
(h) y'  2
(c) y'  y  x2
x. y
2
 x  2
y
2 xye  y  (i) y ' 
(d) y '  2
 x   x 
2
xy  xy 2
 1
3

y 2  y 2e  y
 2 x 2e y

(e) y' 
y  
(j) x 2  3xy  y 2 dx  x 2 dy  0
x  xy

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