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EQUAÇÕES DIFERENCIAIS

Equações (  )
a )3 x  12  0
b) x  6 x  7  2
2

c)3  5  14
x

d) y ' cos x  0 ou f ' ( x)  cos x  0


e) y '3 x  12  0 ou f ' ( x)  3 x  12  0
Equações contendo derivadas são equações diferenciais.
Portanto, para compreender e investigar problemas envolvendo o
movimento de fluidos, o fluxo de corrente elétrica em circuitos, a
dissipação de calor em objetos sólidos, a propagação e detecção
de ondas sísmica, o aumento ou diminuição de populações, entre
muitos outros, é necessário saber alguma coisa sobre equações
diferenciais.
Vale lembrar que toda a parte do cálculo chamado de cálculo de
primitivas é nada mais nada menos que a determinação de
soluções de uma equação diferencial.
Classificação de Equações Diferenciais

Equações Diferenciais Ordinárias (EDO) - se a


função desconhecida depende de uma única variável
independente. Neste caso, aparecem apenas
derivadas simples.

Equações Diferenciais Parciais (EDP) - se a


função desconhecida depende de diversas variáveis
independentes. Neste caso, aparecem as derivadas
parciais.
Como Resolver uma Equação Diferencial Ordinária
(EDO)
Na solução de uma EDO dois caminhos podem ser
seguidos. Isto é, o que tenta levar à solução exata do
problema (método analítico) ou o que encontra uma solução
aproximada (método numérico).
Do ponto de vista analítico, resolver uma EDO do tipo
y’ = f ( x ) é encontrar uma função y = F ( x ) que
satisfaça a equação dada. Por exemplo, dada a equação
diferencial y’ = f ( x ) = 2 x + 3, sua solução é obtida
por

 y'   (2x  3)dx y  x  3x  C


2
Na verdade, temos uma família de soluções (para cada C  R tem-se uma
solução particular). Na Figura 1 são mostradas algumas destas soluções. No
caso para C = 0, C = 2 e C = 4. y C=4

C=2

C=0

Representações de soluções particulares, para


alguns valores de C, da função
y= x 2 + 3 x + C.
Para determinarmos uma solução específica é necessária a
atribuição do valor de y em um dado x. Em outras palavras, deve ser
dado um ponto ( x = a , y = s ) por onde a solução particular deve
obrigatoriamente passar.
O processo para encontrar esta solução específica y da equação
y’ = f ( x ) com y ( a ) = s, onde a e s são dados numéricos, é
chamado de problema de condição inicial.
Assim, podemos particularizar a solução do problema anterior
atribuindo-lhe, por exemplo, a seguinte condição:

 dy
  2x  3
 dx

y ( 0 )  0

Logo, a solução geral é dada por y = x 2 + 3x + C, e a particular


será dada por

y ( 0 ) = 0 = 0 2 + 3 x 0 + C  C = 0. Ou seja, y = x2 + 3 x .
ENCONTRANDO SOLUÇÃO

1. Qual a solução da EDO y’-3x²+4x-1=0. E se passa pelo ponto


TESTANDO SOLUÇÕES
f(-1)=y(-1)=3 qual a solução particular?
1. Determine se a função dada é uma solução da equação diferencial
y”- y’ = 0.

a. y  senx b. y  4e x
c. y  C.e x
2. Demonstre que y = Cx³ é uma solução da equação diferencial
xy’-3y=0 e determine a solução que satisfaz a condição inicial y=2
quando x=-3.
x2 C dy
3. Mostre que y   é uma solução de x  y  x2.
3 x dx
x
4. Mostre que y  9  x 2 é uma solução de y '   .
y
EXERCÍCIOS

i) Mostre que a função dada é uma solução da

equação diferencial

Solução Equação diferencial

1) y  Ce 4x
y'  4 y
x
2) y  e x
3 y '4 y  e
ii) Mostre que a função dada é uma solução

particular da equação diferencial

Solução Equação diferencial e


condição inicial

1) y  senx. cos x  cos x 2 y


2  y '  2 sen( 2 x )  1
 
y   0
4
1 2
2) y  x  4 cos x  2 y '  x  4 senx
2
y ( 0)  2
Verifique se a função dada é solução da equação diferencial
a ) y  sen 2 x e y" 4y  0
x
b) y  3 y  x  4
3 3
e y' 
y1
c ) y  e 5 x  c e y" 5 y'  0
d ) y  x 2  4xy - y 2  1 e (x  2y)dx  (2 x  y )dy  0
e) y   e  x e y"  y '3 y  0
x
f ) y  xe e y" 2 y '3 y  0
g ) y  5 xe 3 x e y" 2 y '3 y  0
PROBLEMA INVERSO
(PROBLEMA INVERSO) - Dada a solução obter a Equação Diferencial

G ( x; y; C )  0
f

Exemplos: G(x; y; C)/x  0  impicitamente y'  - x


f
y

a ) y  C.x (basta eliminar a constante C no sistema formado)

  y'C   0  C  y '

 
 y  Cx  0 
 
  y  Cx  / x  0  y  Cx  0  y  y ' x  0 
y
y'  x



b. y  Cx  02

c. y  2C.x 2  C 2  0

d . y  C.e  0 x

x C
e. y  e 0

f . y  C. x  C  0
2 2

x C3
g. y   0
C 4
ORDEM
A ordem de uma ED é a ordem da mais alta derivada que aparece
na equação.
Exemplos:

dy
a.  2 x
dx
b. xdy  ydx  0
c. ( y ' )  y" y  0
2

d . y"2  0 y (1)  0 e y ' ( 0)  2


Geralmente a equação F(y, y’, y”, ..., y(n)) = 0 é uma equação
diferencial de ordem n.
Equações Diferenciais de Primeira Ordem

Equação diferencial de primeira ordem é da forma:


dy
 f ( x, y )
dy
Se g(x) é uma função continua dada, então a
equação de primeira ordem
dy
 g (x) (1)
dx
Pode ser resolvida por integração. A solução é
y   g ( x)dx  c
Equação Separável

Definição – Uma equação diferencial da forma

dy g ( x )

dx h( y )

é chamada de separável ou tem variáveis separáveis. Observe que uma


equação separável pode ser escrita como:

dy
 g ( x)
h( y ) (2)
dx
É imediato que (2) se reduz a (1) quando h(y) = 1. Agora, se y = f (x) denota
uma solução para (2), temos

h( f ( x)) f ´( x)  g ( x) logo,  h( f ( x)) f ´(x)dx   g ( x)dx  c


Mas dy = f´(x)dx, a eq. acima é o mesmo que

 h( y)dy   g ( x)dx  c
Exemplos: a ) y '  x .
2

   dx
2
y dy x
Solução: x3 .
y  C
3

dy 2
b) . y x  x 3 . y
dx

Solução:

dy
c)  3y  0
dx
Solução:
Resolva as EDOs:
1. y '  x.( y  1) 2. y '  y
dy x
3. y '  x. y 4. 
dx y
senx dy 2 x( y  y )
3
5. y '  2 6. 
y dx 3y 1
2

2 dy
6. (1  x )  xy  0 7. (1  x)dy - ydx  0
dx
1
8. y '  4 que passa pelo ponto (3, 0).
5y 1
Equação Linear

Definição – Uma equação diferencial da forma:

dy
a1 ( x )  a 0 ( x ) y  g ( x )
dx
é chamada de equação linear.

Observe que as equações lineares Sá caracterizadas por duas


propriedades:

(i) A variável dependente y e todas as suas derivadas são


do primeiro grau; isto é, a potência de cada termo
envolvendo y é 1.
(ii) Cada coeficiente depende apenas da variável
independente x.
Resolvendo uma Equação Linear de Primeira Ordem

(1) Para resolver uma equação linear de primeira ordem, primeiro coloque – a na
forma abaixo, isto é, faça o coeficiente de
dy
 p( x) y  f ( x)
dx

(2) Identifique P(x) e encontre o fator de integração: e  P ( x ) dx


(3) Multiplique a equação obtida em pelo fator de integração:

dy
e  P ( x ) dx  e  P ( x ) dx p( x) y  e  P ( x ) dx f ( x)
dx

(4) O lado esquerdo da equação em é a derivada do produto do fator de integração e a


variável independente y; isto é,

dx
e
dy  P ( x ) dx

y  e  P ( x ) dx f ( x)

(5) Integre ambos os lados da equação encontrada e obtemos

e  P ( x ) dx y   e  P ( x ) dx f ( x)
dy
Resolva as EDOs: 1. dx  3 y  0
dy
2.  3y  6
dx
3. y '3 x 2 y  x 2
4. x. y '  x 2  3 y ,x 0
5. x. y ' y  x 2
dy
6. (1  x )  xy  0
2

dx
7. y 2 dx  (1  x) ydy  0
8. (1  x)dy - ydx  0
9. y '3 y  0
Equação de Bernoulli

dy
A equação diferencial:  P( x) y  f ( x) y n ,
dx

em que n é um número real qualquer, é chamada de Equação de Bernoulli.


Para n = 0 e n = 1, a equação é linear em y.
Multiplicamos por :
y n e (1  n)

Se fizermos z = y 1 – n, n  0, n  1, então

dz  n dy
 (1  n) y
dx dx
Com essa substituição, transforma – se na equação linear
dz
 (1  n) P( x) z  (1  n) f ( x)
dx

Resolvendo e depois fazendo y 1 – n = z, obtemos a solução.


Exemplos:
y
1. y '  xy 2

 x2 3
2. y ' xy  xe .y

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