Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
EQUAÇÕES DIFERENCIAIS
Uma equação diferencial é uma equação em que as incógnitas são funções e a equação
envolve derivadas destas funções. Quanto ao tipo uma equação diferencial pode ser
classificada em ordinária ou parcial.
O nosso objetivo são as equações diferenciais ordinárias.
Exemplo 5.
a) y ′ − 4x = 2 é uma equação de primeira ordem;
a) y ′′ + 3y ′ + 6y = sin x é uma equação de segunda ordem;
c) y ′′′ + 2ex y ′′ + yy ′ = x4 é uma equação de terceira ordem.
Exemplo 6.
a) y ′′′ + (y ′′ )2 + (y ′ )5 = 0 é uma equação de primeiro grau;
b) x2 (y ′ )2 − (y 2 + x2 ) = 0 é uma equação de segundo grau;
c) (y ′′ )3 + (2y ′ )4 + 3y = cos x é uma equação de terceiro grau.
• Quanto a linearidade uma equação diferencial pode ser linear ou não linear. Ela é
linear se as incógnitas e suas derivadas aparecem de forma linear na equação, caso
contrário ela é dita não linear.
Exemplo 7.
a) y ′′ − yy ′ = x é uma equação linear;
b) y ′′′ + 2ex y ′′ + yy ′ = x4 é uma equação não linear.
Tipos de soluções
Uma solução ou integral de uma equação diferencial ordinária de ordem n num intervalo
I ⊂ R é uma função y = g(x) definida nesse intervalo, juntamente com as suas derivadas,
até à ordem n, que satisfazem identicamente à equação.
• Solução geral ou integral geral: é toda solução que envolva uma ou mais constantes
arbitrárias.
y ′ + y = −e−x + e−x = 0.
3
Exemplo 9. A função y(x) = e−x é uma solução particular da equação
De fato: sejam y ′ (x) = −e−x , y ′′ (x) = e−x e y ′′′ (x) = −e−x . Então,
f (x)g(y)dy + p(x)q(y)dx = 0
g(y) p(x)
dy + dx = 0
q(y) f (x)
a) y ′ − y 2 cos 2x = 0.
dy dy dy
Resolução: como − y 2 cos 2x = 0, então = y 2 cos 2x ou 2 = cos 2xdx.
dx dx y
dy
Integrando ambos membros da equação 2 = cos 2xdx, obtemos
y
∫ ∫ ∫ ∫
dy −2
= cos 2xdx =⇒ y dy = cos 2xdx
y2
y −1 sen2x
=⇒ = +C
−1 (2x)′
1 sen2x
=⇒ − = +C
y 2
2
=⇒ y = −
sen2x + 2C
2
=⇒ y = − , onde K = 2C
sen2x + K
b) (1 − x2 )y ′ + 2xy = 0.
dy
Resolução: como (1 − x2 ) + 2xy = 0, então (1 − x2 )dy + 2xydx = 0. Dividindo ambos
dx
membros da última igualdade por (1 − x2 )y, obtemos
dy 2xdx
+ = 0.
y 1 − x2
=⇒ tgy + sec x = C
5
Uma função g : R2 −→ R tal que z = g(x, y) é dita homogênea de grau p se, para todo
a ∈ N, tem-se
Dividino ambos membros da última igualdade acima, pelo fator integrante (3v−v 3 )x3 ,
obtemos
(3v + v 3 )x2 dx x3 (1 − v 2 )dv 0 1 1 − v2
+ = =⇒ dx + dv = 0
(3v − v 3 )x3 (3v − v 3 )x3 (3v − v 3 )x3 x 3v − v 3
que é uma equação diferencial com variáveis separadas.
Integrando ambos membros, temos
∫ ∫
1 1 − v2
dx + dv = C.
x 3v − v 3
| {z }
integração por substituição
du
Fazendo u = 3v − v 3 e derivando u em relação a v, obtemos = (1 − v 2 )dv. Assim,
3
∫ ∫ ∫ du
1 1 − v2 3
dx + dv = ln x +
x 3v − v 3 u
∫
1 du
= ln x +
3 u
1
= ln x + ln u
3
1
= ln x + ln u 3
√
= ln x 3 u
√
ln x 3v − v 3 (substituindo o valor de u).
3
=
7
∫ ∫ √
1 1 − v2 √
dv = ln x 3v − v 3 = C, então ln x 3 3v − v 3 = C.
3
Como dx +
x 3v − v 3
y
Note que y = vx =⇒ v = . Assim,
x
√
√ 3 3y y3
ln x 3v − v 3 = ln x − 3
3
√x x
3 3x y − y
2 3
= ln x 3
√ x
/ 3 3x2 y − y 3
x
= ln ·
/
x x
√
3 3x y − y
2 3
= ln .
x
Portanto,
√ √ √
3 3x2 y − y 3 3 3x2 y − y 3 3 3x2 y − y 3
ln = C =⇒ = eC =⇒ =K
x x x
onde K = eC .
(v 3 + 2v 2 + v)x3 x4 (1 + v) dx (1 + v)dv
3 2 4
dx + 3 2 4
dv = 0 =⇒ + 3 =0
(v + 2v + v)x (v + 2v + v)x x v + 2v 2 + v
Note que
1 a b a(v + 1) + bv
= + = =⇒ 1 = av + a + bv = (a + v)v + a.
v(v + 1) v v+1 v(v + 1)
8
de onde resulta, pela igualdade de polinômios, o seguinte sistema
{
a+b = 0
a = 1
1 1 1
= −
v(v + 1) v v+1
∫
dv
Resolvendo a integral , obtemos
v(v + 1)
∫ ∫ ( )
dv 1 1
= − dv
v(v + 1) v v+1
∫ ∫
dv dv
= −
v v+1
= ln v − ln(v + 1)
v ( y)
= ln substituindo v =
v+1 x
y
= ln y x
+1
x
y /
x
= ln ·
/ y+x
x
y
= ln ·
y+x
∫ ∫
dv y dv
Substituindo = ln na igualdade ln x + = C, temos
v(v + 1) y+x v(v + 1)
∫
dv y xy
ln x + = ln x + ln = C =⇒ ln =C
v(v + 1) y+x y+x
xy xy xy
Logo, ln = C =⇒ = eC =⇒ = K ou xy = (x + y)K onde
y+x y+x y+x
K = eC .
9
é dita exata se as funções P (x, y) e Q(x, y) são contı́nuas e possuem derivadas parciais de
primeira ordem contı́nuas numa bola aberta, R = {(x, y) ∈ R2 ; a < x < b e c < y < d},
tal que
∂P ∂Q
(x, y) = (x, y)
∂y ∂x
Nota: se
∂P ∂Q
(x, y) ̸= (x, y)
∂y ∂x
∂F ∂G ∂g(y) ∂g(y) ∂G
(x, y) = (x, y) + = Q(x, y) =⇒ = Q(x, y) − (x, y)
∂y ∂y ∂y ∂y ∂y
∂g(y) ∂G
• Integre = Q(x, y) − (x, y) em relação à variável y, a fim de obter g(y),
∂y ∂y
não sendo necessário incluir a constante de integração, pois a mesma será incluı́da
no passo final da solução.
∫ ∫ ( ) ∫ ( )
∂g(y) ∂G ∂G
dy = Q(x, y) − (x, y) dy ⇒ g(y) = Q(x, y) − (x, y) dy
∂y ∂y ∂y
10
• Finalmente, substitua o valor da expressão encontrada de g(y) na igualdade
F (x, y) = G(x, y) + g(y) e faça F (x, y) = C. A solução geral é dada por
∫ ( )
∂G
G(x, y) + Q(x, y) − (x, y) dy = C
∂y
Nota: a solução geral também poder ser obtida integrando-se inicialmente com
relação à variável y.
∂P ∂Q
=1 e = 1.
∂y ∂x
∂P ∂Q
Como = , então a equação diferencial é exata.
∂y ∂x
Integrando P (x, y) em relação à variável x e substituindo a constante de integração
usual pela função g na variável y, temos
∫ ∫
1
F (x, y) = P (x, y)dx = (x2 + y)dx =⇒ F (x, y) = x3 + xy + g(y)
3
1
Derivando parcialmente, F (x, y) = x3 + xy + g(y), em relação a y
3
( )
∂F ∂ 1 3 ∂F ∂g
(x, y) = x + xy + g(y) =⇒ (x, y) = x + (y)
∂y ∂y 3 ∂y ∂y
∂F
Fazendo (x, y) = Q(x, y), obtemos
∂y
∂g ∂g ∂g
x+ (y) = x − y 2 =⇒ /−x
(y) = x / − y 2 =⇒ (y) = −y 2
∂y ∂y ∂y
∂g
Integrando (y) = −y 2 em relação a y
∂y
∫ ∫
∂ 1
g(y)dy = (−y 2 )dy =⇒ g(y) = − y 3
∂y 3
1 1
Finalmente, substituindo g(y) = − y 3 na igualdade F (x, y) = x3 + g(y) e fazendo
3 3
F (x, y) = C, a solução geral da equação dada é
1 3 1
x + xy − y 3 = C
3 3
11
Exemplo 18. Resolver a equação (2xey + ex )dx + (x2 + 1)ey dy = 0.
Resolução: sejam P (x, y) = 2xey + ex e Q(x, y) = (x2 + 1)ey . Então,
∂P ∂Q
= 2xey e = 2xey .
∂y ∂x
∂P ∂Q
Como = , então a equação diferencial é exata.
∂y ∂x
Integrando P (x, y) em relação à variável x e substituindo a constante de integração
usual pela função g na variável y, temos
∫ ∫
F (x, y) = P (x, y)dx = (2xey + ex )dx =⇒ F (x, y) = x2 ey + ex + g(y)
∂F ∂ ( 2 y ) ∂F ∂g(y)
(x, y) = x e + ex + g(y) =⇒ (x, y) = x2 ey +
∂y ∂y ∂y ∂y
∂F
Fazendo (x, y) = Q(x, y), obtemos
∂y
∂g(y)
Integrando = ey em relação a y
∂y
∫ ∫
∂
dy = ey dy =⇒ g(y) = ey
∂y(y)
(x2 + 1)ey + ex = C
Fator integrante
Definição 5. Uma função v : Ω ⊂ R2 −→ R é um fator integrante da equação diferencial
se a equação diferencial
Método para encontrar o fator integrante: uma das condições que devem ser
feitas para que a equação
• Se
( )
1 ∂Q ∂P
f (x) = (x, y) − (x, y)
Q(x, y) ∂x ∂y
com f contı́nua, então a equação P (x, y)dx + Q(x, y)dy = 0 admitirá o fator
integrante
∫
− f (x)dx
v(x) = e
• Se
( )
1 ∂Q ∂P
g(y) = (x, y) − (x, y)
P (x, y) ∂x ∂y
com g contı́nua, então a equação P (x, y)dx + Q(x, y)dy = 0 admitirá o fator
integrante
∫
g(y)dy
v(y) = e
Nota: após encontrar o fator integrante, o mesmo será multiplicado pela equação
original, tornado-a exata. A partir daı́, a mesma será resolvida seguindo o método de
resolução de uma equação diferencial exata.
Exemplo 19. Resolver a equação (x2 − y 2 )dx + 2xydy = 0.
Resolução: sejam P (x, y) = x2 − y 2 e Q(x, y) = 2xy. Então,
∂P ∂Q
= −2y e = 2y.
∂y ∂x
∂P ∂Q
Como ̸= , então a equação não é exata.
∂y ∂x
Neste caso, encontraremos o fator integrante em relação á variável x. Assim,
( )
1 ∂Q ∂P
f (x) = (x, y) − (x, y)
Q(x, y) ∂x ∂y
1
= [2y − (−2y)]
2xy
4y
=
2xy
2
= ·
x
13
2
Integrando a função, f (x) =
, em relação á variável x, temos
x
∫ ∫ ∫ ∫ ∫
2 dx
f (x)dx = dx =⇒ f (x)dx = 2 =⇒ f (x)dx = 2 ln x
x x
∫
Como f (x)dx = 2 ln x, então
∫
− f (x)dx −2 1
v(x) = e =⇒ v(x) = e−2 ln x =⇒ v(x) = eln x =⇒ v(x) =
x2
que é o fator integrante procurado.
1
Multiplicando o fator integrante pela equação (x2 − y 2 )dx + 2xydy = 0, obtemos
x2
( )
y2 2y
1 − 2 dx + dy = 0
x x
que é uma equação diferencial exata.
y2 2y
Sejam P1 (x, y) = 1 − 2 e Q1 (x, y) = · Assim,
x x
Integrando P1 (x, y) em relação à variável x e substituindo a constante de integração
usual pela função g na variável y, temos
∫ ∫ ( )
y2 y2
F (x, y) = P1 (x, y)dx = 1 − 2 dx =⇒ F (x, y) = x + + g(y)
x x
y2
Derivando parcialmente, F (x, y) = x + + g(y), em relação a y
x
( )
∂F ∂ y2 ∂F 2y ∂g(y)
(x, y) = x+ + g(y) =⇒ (x, y) = +
∂y ∂y x ∂y x ∂y
∂F
Fazendo (x, y) = Q1 (x, y), obtemos
∂y
2y ∂g(y) 2y ∂g(y) 2y 2y ∂g(y)
+ = =⇒ = − =⇒ =0
x ∂y x ∂y x x ∂y
∂g(y)
Integrando = 0 em relação à variável y, temos
∂y
∫ ∫
∂
dy = 0dy =⇒ g(y) = C1
∂y(y)
y2
Finalmente, substituindo g(y) = C1 na igualdade F (x, y) = x + + g(y) e fazendo
x
F (x, y) = C, a solução geral da equação diferencial original é
y2
x+ = K, onde K = C − C1
x
14
Exemplo 20. Resolver a equação (x2 + y 2 + x)dx + xydy = 0.
Resolução: fica como exercı́cio - resp: 3x4 + 4x3 + 6x2 y 2 = C.
dy
+ p(x)y = q(x)
dx
o qual consiste em transformar uma equação diferencial linear numa equação diferencial
exata.
Nota: após encontrar o fator integrante, o mesmo será multiplicado pela equação
original, tornado-a exata. A partir daı́, a mesma será resolvida seguindo o método de
resolução de uma equação diferencial exata.
dy
Exemplo 22. Resolver a equação − ytgx = senx.
dx
Resolução: sejam p(x) = −tgx e q(x) = senx. Então,
∫ ∫ ∫
p(x)dx = (−tgx)dx =⇒ p(x)dx = ln cos x
Assim,
∫
p(x)dx
v(x) = e =⇒ v(x) = eln cos x =⇒ v(x) = cos x
1
Derivando parcialmente, F (x, y) = −y cos x + sen2 x + g(y), em relação à variável y,
2
obtemos
[ ]
∂F ∂ 1 2 ∂F ∂g(y)
(x, y) = −y cos x + sen x + g(y) =⇒ (x, y) = − cos x +
∂y ∂y 2 ∂y ∂y
∂F
Fazendo (x, y) = Q(x, y), temos
∂y
∂g(y)
Integrando = 0 em relação à variável y, temos
∂y
∫ ∫
∂
dy = 0dy ==⇒ g(y) = C1
∂y(y)
dy
Exemplo 23. Resolver a equação x3 + (2 − 3x2 )y = x3 .
dx 2
Resolução: fica como exercı́cio - resp: 2y = x3 (1 + Ce1/x ).
16
Equação de Bernoulli
Uma equação diferencial da forma
dy
+ p(x)y = q(x)y n
dx
dy
• Multiplique y −n pela equação + p(x)y = q(x)y n .
dx
dy
y −n + p(x)y 1−n = q(x)
dx
d dv dy dy dv
(v = y 1−n ) =⇒ = (1 − n)y −n =⇒ y −n =
dx dx dx dx (1 − n)dx
dy dv dy
• Substitua v = y 1−n e y −n = na equação y −n + p(x)y 1−n = q(x).
dx (1 − n)dx dx
dv
+ p(x)v = q(x)
(1 − n)dx
Equação de Riccati
Uma equação diferencial da forma
dy
= p(x) + p(x)y + r(x)y 2
dx
d2 y dy
+ b + cy = 0
dx2 dx
λ2 + bλ + c = 0
y1 = eλ1 x e y2 = eλ2 x
y = C1 eλ1 x + C2 eλ2 x
y1 = eλ1 x e y2 = xeλ1 x
y = C1 eλ1 x + C2 xeλ1 x
18
• ∆ < 0 - a equação caracterı́stica tem uma raı́zes complexas: λ1 = α + βi e
λ2 = α − βi.
Neste caso, as soluções linearmente independentes da equação original são das for-
mas
λ2 − 5λ + 6 = 0
y = C1 e2x + C2 e3x
λ2 − 2λ + 1 = 0
y = C1 ex + C2 xex
λ2 − 2λ + 4 = 0
√ √
a equação caracterı́stica, cujas raı́zes são λ1 = 1 + 3i e λ2 = 1 − 3i. Assim,
√ √
y = C1 ex cos 3x + C2 ex sen 3x
d2 y dy
2
+ b + cy = g(x)
dx dx
y = yh + yp
d2 y dy
+ b + cy = 0
dx2 dx
d2 y dy
2
+ b + cy = g(x)
dx dx
• Primeiro caso: g(x) é uma função polinomial com coeficientes inteiros de grau p.
Neste caso, a solução particular yp será uma função polinomial de grau (p + q),
onde q é a menor ordem da derivada contida na equação diferencial não-homogênea.
Importante:
– A função y será considerada como derivada de ordem zero.
– Quando a função polinomial g(x) for uma constante ela terá grau zero.
yp = Cxα eλx
d2 y dy
+ 3 + 2y = 0
dx2 dx
a equação diferencial linear homogênea associada a equação diferencial dada.
Note que,
λ2 + 3λ + 2 = 0
é a equação caracterı́stica associada a equação diferencial linear homogênea, cujas raı́zes
são λ1 = −1 e λ2 = −2. Assim,
yh = C1 e−x + C2 e−2x
é a solução geral da equação diferencial linear homogênea.
Seja g(x) = x2 − 1 uma função polinomial do segundo grau, e como a derivada de
menor ordem contida na equação diferencial não-homogênea tem grau zero, então yp será
uma função polinomial do segundo grau, isto é, yp = ax2 + bx + c.
Supondo yp a solução particular da equação diferencial não-homogênea, temos
d2 yp dyp
2
+3 + 2yp = g(x)
dx dx
dyp d2 yp
Note que, = 2ax + b e = 2a. Assim,
dx dx
d2 yp dyp
+ 3 + 2yp = 2a + 3(2ax + b) + 2(ax2 + bx + c)
dx2 dx
= 2a + 6ax + 3b + 2ax2 + 2bx + 2c
= 2ax2 + (6a + 2b)x + (2a + 3b + 2c).
d2 yp dyp
Como 2
+3 + 2yp = g(x), então
dx dx
2ax2 + (6a + 2b)x + (2a + 3b + 2c) = x2 − 1
d2 y
+ 2y = 0
dx2
a equação diferencial linear homogênea associada a equação diferencial dada.
Note que,
λ2 + 2 = 0
é a equação√caracterı́stica
√ associada a equação diferencial linear homogênea, cujas raı́zes
são λ1 = − 2i e λ2 = 2i. Assim,
√ √ √ √
yh = e0 (C1 cos 2x + C2 sen 2x) =⇒ yh = C1 cos 2x + C2 sen 2x
é a solução geral da equação diferencial linear homogênea.
Seja g(x) = e2x uma função exponencial, e como α = 0, pois λ = 2 não é raiz da
equação caracterı́stica da equação diferencial homogênea. Então,
d2 yp
+ 2yp = g(x)
dx2
dyp d2 y p
Note que, = 2Ce2x e = 4Ce2x . Assim,
dx dx
d2 yp 2x 2x 2x d2 yp
+ 2y p = 4Ce + 2Ce Ce =⇒ + 2yp = 6Ce2x
dx2 dx2
d2 yp
Sendo + 2yp = g(x), então
dx2
e2x 1
6Ce2x = e2x =⇒ C = =⇒ C =
6e2x 6
22
Portanto,
1
yp = e2x
6
é a solução particular da equação diferencial não-homogênea.
Como y = yh + yp , então
√ √ 1
y = C1 cos 2x + C2 sen 2x + e2x
6
é a solução geral da equação diferencial não-homogênea.
d2 y dy
Exemplo 29. Resolver a equação diferencial 2 − 6 + 9y = cos 2x.
dx dx
Resolução: seja
d2 y dy
2
− 6 + 9y = 0
dx dx
a equação diferencial linear homogênea associada a equação diferencial dada.
Note que,
λ2 − 6λ + 9 = 0
yh = C1 e3x + C2 xe3x
d2 yp dyp
− 6 + 9yp = g(x)
dx2 dx
dyp d2 yp
Note que, = −2C3 sen2x + 2C4 cos 2x e = −4C3 cos 2x − 4C4 sen2x. Assim,
dx dx
d2 y p dyp
− 6 + 9yp = −4C3 cos 2x − 4C4 sen2x − 6(−2C3 sen2x + 2C4 cos 2x)
dx2 dx
+ 9(C3 cos 2x + C4 sen2x)
= −4C3 cos 2x − 4C4 sen2x + 12C3 sen2x − 12C4 cos 2x
+ 9C3 cos 2x + 9C4 sen2x
= (5C3 − 12C4 ) cos 2x + (17C3 + 5C4 )sen2x.
23
d2 yp dyp
Como 2
+3 + 2yp = g(x), então
dx dx
5 17
y = yh + yp =⇒ y = C1 e3x + C2 e3x + cos 2x − sen2x
229 229
é a solução geral da equação diferencial não-homogênea.
d2 y dy
ax2 2
+ bx + cy = 0
dx dx
onde a, b e c são números reais, com a ̸= 0.
aλ2 + (b − a)λ + c = 0
y1 = xλ1 e y2 = xλ2
cuja solução geral é dada por
y = C1 xλ1 + C2 xλ2
y1 = xλ1 e y2 = xλ1 ln x
cuja solução geral é dada por
y = C1 xλ1 + C2 xλ1 ln x
y = C1 x + C2 x2
é a solução geral procurada.
d2 y dy
Exemplo 31. Resolver a equação diferencial x2 2 + 5x + 4y = 0.
dx dx
Resolução: sejam a = 1, b = 5 e c = 4. Então,