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Trabalho

Nome do Aluno
Prático 1
Segurança em Adriel Maia do Amaral
Veículo Elétrico e
Híbrido

❖ Demonstração prática sobre o uso dos EPI’s e EPC’s


Suporte
❖ Demonstração prática sobre seleção e uso dos equipamentos de medição
❖ Luva isolante classe 0 – 1000V
❖ Luva de raspa de couro
❖ Sapato de segurança – NBR 16603
❖ Protetor facial
❖ Manta isolante – 1000V
Ferramentas ou ❖ Saco isolante – 1000V
Equipamentos ❖ Kit de sinalização
❖ Gancho de salvamento
❖ Extintor de CO2
❖ Ferramentas isoladas – 1000V
❖ Detector de tensão bipolar – CAT III 1000V ou CAT IV 600V
❖ Controlador de isolamento – Megômetro

Tempo ❖ 6h.

❖ Ser capaz de instalar e controlar equipamentos de proteção individuais.


❖ Ser capaz de instalar e controlar equipamentos de proteção coletivos.
Objetivo
❖ Se capaz de controlar e utilizar as ferramentas e equipamentos específicos
durante o procedimento de desenergização e energização

Capacidades Técnicas Desenvolvidas.

✓ Identificar as ferramentas e equipamentos de segurança requeridos nos processos de


manuseio e manutenção dos veículos eletrificados;
✓ Selecionar os tipos de Equipamentos de Proteção Individual e Coletivos;

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Prático 1
Segurança em
Veículo Elétrico e
Híbrido

Capacidade técnica Critérios de Avaliação Peso Nota aluno


Identificou a classe de isolamento dos equipamentos 10
Selecionou os equipamentos de isolamento de acordo
10
Selecionar os tipos de com a classe
Equipamentos de Proteção Efetuou o controle antes de cada uso 10
Individual e Coletivos Identificou o veículo eletrificado de acordo com o kit
10
de sinalização
Reconheceu os meios de combate a incêndio 10
Identificou as ferramentas e equipamentos de acordo
10
Identificar as ferramentas com a classe de isolamento
e equipamentos de Selecionou as ferramentas e equipamentos de acordo
10
segurança requeridos nos com a natureza do trabalho
processos de manuseio e Efetuou o controle antes de cada uso 10
manutenção dos veículos Reconheceu importância do testador de tensão
10
eletrificados; bipolar
Soube efetuar o controle do megômetro 10

Total:
Comentário do Instrutor
100

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Trabalho
Nome do Aluno
Prático 1
Segurança em
Veículo Elétrico e
Híbrido

Equipamento de proteção Individual


Atenção: Esclareça suas dúvidas durante o exercício, leia as afirmações e marque
as caixas ao lado indicando que você compreendeu as informações.

✓ Você descobrirá todos os equipamentos de proteção individuais necessários para desenergizar e


energizar um veículo elétrico ou híbrido, importante destacar que cada montadora tem uma
preconização para este procedimento, sendo assim, abordaremos de forma genérica.
✓ O instrutor deve indicar, em particular, os métodos de controle dos equipamentos de proteção
individual, tome nota para garantir a segurança na operação.

Atenção: Se houver risco elétrico, devem ser utilizadas roupas de algodão com
mangas curtas e sem peças metálicas.
Além da vestimenta e calçados de segurança, outros equipamentos de proteção
individual são obrigatórios na realização de determinadas intervenções.
Consulte a documentação pós-venda para saber quando usá-la.
Você também tem que remover todos os objetos metálicos usados (como relógio,
corrente, anéis....).

1. Luvas isolantes.
Qual a função?

Proteger nossas mãos contra partes eletrificadas do veículo.

Como identificar a especificação de isolamento?

Luvas específicas classe 0 (até 1000V), para trabalhos em veículos elétricos,


identificadas sempre no punho na parte superior da luva. Em luva importada é
identificado por triangulo, neste caso, um duplo triangulo.
Qual o tamanho da luva que está disponível?

Medido em polegadas na circunferencia da mão, sendo os tamanhos de 8 a 12 polegadas.

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Segurança em
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Híbrido

✓ Comumente as luvas isolantes comercializadas no Brasil são de cor preta e tem apenas uma
etiqueta no punho que indica a classe, veja na indicação abaixo:

1.1.Quais controles são necessários na luva isolante antes de cada uso? Marque as opções corretas:
Atenção: Antes de usar é necessário verificar a condição das luvas isolantes.


❑ Controle visual do par de luvas (Exemplo: certifique-se de que não está rasgado, perfurado...)

❑ Controle da data de validade do par de luvas (Consulte as instruções fornecidas com as luvas, ou
regulamento vigente do País)

❑ Teste de estanqueidade colocando sob pressão do ar (Para fazer isso rola a luva em si mesmo)
❑ Não precisa efetuar nenhum controle

✓ Observe como deve ser feito o procedimento de controle de estanqueidade da luva isolante.

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1.2.Efetue o controle da luva a que está a sua disposição, a luva pode ser utilizada?
❑ Sim Neste caso não é possível usar a luva devido a validade dela estar vencida, sendo
necessário uma nova validação e certifcação para poder usá-la.

❑ Não
✓ A seguir alguns exemplos de falhas que inutilizam as luvas isolantes:

Atenção: As luvas isolantes não possuem muita resistência mecânica, sendo assim
é necessário utilizá-la junto com uma sobre luva de raspa de couro.

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2. Luvas de cobertura - vaqueta


Qual a função?

Proteger a luva isolante. Requisito necessário é que deve ser menor


na parte do punho em 10 a 15mm em relação a luva isolante.

Qual o tamanho da luva que está disponível?

Assim como a luva isolante, de 8 a 12 polegadas.

2.1.Quais controles são necessários na luva de raspa de couro antes de cada uso? Marque as opções
corretas:
Atenção: Antes de usar é necessário verificar a condição das luvas de raspa de
couro


❑ Controle visual do par de luvas (Exemplo: certifique-se de que não está rasgado, perfurado,
descosturada....)
❑ Controle da data de validade do par de luvas (Consulte as instruções fornecidas com as luvas, ou
regulamento vigente do País)
❑ Teste de estanqueidade colocando sob pressão do ar (Para fazer isso rola a luva em si mesmo)
❑ Não precisa efetuar nenhum controle

2.2.Efetue o controle da luva a que está a sua disposição, a luva pode ser utilizada?

❑ Sim
❑ Não

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Híbrido

3. Protetor facial
3.1.Incolor
Qual a função?

Protege somente contra partículas volantes, como por exemplo,


no caso de haver um arco elétrico, ele pode derreter algum item
e este item acabar encostando na pele podendo causar graves
queimaduras.

3.2.ATPV
Qual a função?

Além de proteger contra partículas volantes como o protetos


facial incolor, protege também contra os raios ultravioleta e
infravermelho provenientes de arco elétrico.

3.3.Quais controles são necessários no protetor facial antes de cada uso? Marque as opções corretas:
Atenção: Antes de usar é necessário verificar a condição do protetor facial.


❑ Controle visual do protetor facial (Exemplo: certifique-se de que não tenha fissuras na lente, travas
estejam funcionais....)
❑ Controle da data de validade do protetor facial
❑ Não precisa efetuar nenhum controle
3.4.Efetue o controle do protetor facial que está a sua disposição, o protetor pode ser utilizado?

❑ Sim
❑ Não

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4. Vestimenta
Qual a função?

Proteger o corpo contra a irradiação térmica


proveniente, por exemplo, de um arco elétrico.

Observação: Até o momento não é conhecido uma


montadora de carros elétricos que exija esta
vestimenta para manutenções dos veículos.

5. Cinturão de segurança com talabarte


Complete o texto
Cinturão de segurança com talabarte e trava-queda: Utilizado em
mais de dois metros
atividades a ____________________________de altura do piso, nas
quais haja risco de queda do trabalhador em trabalho estacionário
(posicionamento). (NBR 15835:2010, NBR 15836:2010). O posto de
trabalho precisa contar com uma linha de vida para atracamento dele.

O local de trabalho precisa providenciar a linha de vida onde o profissional irá atracar o cinturão de
segurança.

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6. Sapato de segurança NBR: 16603


Qual são as características que o sapato precisa atender para
ser homologado, segundo a norma NBR 16603? Ver link

- Resistencia de 1000 Ohms;


- 14kV RMS
- Não pode ter fuga de corrente maior que 0.5 mA

Observação: Especificações acima para sapato de


segurança de 500 V

https://www.safetline.com.br/eletricista/

Atenção: Confirme abaixo que você compreendeu corretamente a lista de EPI’s


que precisa utilizar sempre que for efetuar o procedimento de desenergizar e
energizar o veículo, trabalho em altura e trabalho na manutenção de baterias de
tração

❑ Luva isolante classe 0

❑ Luva de cobertura - vaqueta para sobrepor a luva isolante

❑ Protetor facial
❑ Vestimenta
❑ Cinturão de segurança com talabarte

❑ Sapato de segurança para eletricista

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Veículo Elétrico e
Híbrido

Equipamento de Proteção Coletivo


Atenção: Esclareça suas dúvidas durante o exercício, leia as afirmações e marque
as caixas ao lado indicando que você compreendeu as informações.

✓ Você descobrirá todos os equipamentos de proteção coletivos necessários para desenergizar e


energizar um veículo elétrico ou híbrido, importante destacar que cada montadora tem uma
preconização para este procedimento, sendo assim, abordaremos de forma genérica.
7. Manta isolante
Qual a função?

Proteger as partes vivas que circundam o trabalho de


descomissionamento de um veículo eletrificado.

Como identificar a especificação de isolamento?

Identifica-se no ato da compra, e assim como a luva, é


identificada pela classe ou triangulos (no caso de importação)

Atenção: para manter a manta isolante no local desejado, pode utilizar fitas
adesivas ou prendedores, preferencialmente fita de cor laranja

7.1.Quais controles são necessários na manta isolante antes de cada uso? Marque as opções corretas:
Atenção: Antes de usar é necessário verificar a condição da manta isolante.
Está ok para uso


❑ Controle visual da manta isolante (Exemplo: certifique-se de que não está rasgado, perfurado...)
❑ Controle da data de validade da manta isolante
❑ Não precisa efetuar nenhum controle

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Híbrido

8. Bolsa isolante (protetor de conector)


Qual a função?

Proteger os conectores contra impurezas que podem gerar mal


contato e por consequencia arco elétrico.

Como identificar a especificação de isolamento?

Identificar no topo da bolsa, etiqueta ou no ato da compra, seguindo


as especificações da luva e manta isolante (classe ou triangulos no
caso de importação)

Atenção: para manter o saco isolante no local desejado, pode utilizar prendedores,
ou velcro.

8.1.Quais controles são necessários no saco isolante antes de cada uso? Marque as opções corretas:
Atenção: Antes de usar é necessário verificar a condição do saco isolante.


❑ Controle visual do saco isolante (Exemplo: certifique-se de que não está rasgado, perfurado...)
❑ Controle da data de validade do saco isolante
❑ Não precisa efetuar nenhum controle

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9. Kit sinalização
Qual a função?

Demarcar a area de risco para que


pessoas nao adentrem o ambiente que ele
está posicionado
Qual a composição do kit de sinalização?

Composto por pedestais, corrente e placas


de sinalização (variadas)

Atenção: o kit de sinalização é um símbolo o qual indica que o veículo está


passando por um trabalho de ordem elétrica, e você só pode entrar com autorização
do responsável pelo trabalho, sendo assim é fundamental que no ambiente de
veículo eletrificado tenha uma conscientização para reconhecer a sinalização.

9.1.Em quais trabalhos é necessário isolar o veículo? Marque as opções corretas:


❑ Desenergizar o veículo para intervenção na cadeia de tração.
❑ Balanceamento de rodas

❑ Substituição do compressor do ar-condicionado
❑ Troca de óleo do motor para um veículo híbrido

Atenção: A especificação das dimensões das placas pode serem verificadas na


NR26.

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10. Gancho de salvamento e extintor de incêndio


Qual a função do gancho?

Resgatar uma vitima eletrocutada e ficou presa ao sistema de de alta


tensão.

Qual tipo de extintor é recomendado?

- Extintor classe D: Líquido, onde quando entra em contato com uma


bateria em chamas, por exemplo, ele se solidifica.
- Extintor de CO2

Atenção: O gancho de salvamento e o extintor de incêndio devem estarem


disponíveis no posto de trabalho, assim como é importante ter um hidrante próximo
ao posto de trabalho, pois em caso de incêndio um grande volume de água deverá
ser utilizado para resfriar as áreas ao redor.

Atenção: Confirme abaixo que você compreendeu corretamente a lista de EPC’s


que precisa utilizar sempre que for efetuar o procedimento de desenergizar e
energizar o veículo.


❑ Manta isolante

❑ Saco isolante

❑ Kit de sinalização

❑ Gancho de salvamento e extintor de CO2
❑ Hidrante

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Ferramentas e Equipamentos Específicos


Atenção: Esclareça suas dúvidas durante o exercício, leia as afirmações e marque
as caixas ao lado indicando que você compreendeu as informações.

✓ Você descobrirá todas as ferramentas e equipamentos específicos necessários para desenergizar e


energizar um veículo elétrico ou híbrido, importante destacar que cada montadora tem uma
preconização para este procedimento, sendo assim, abordaremos de forma genérica.
✓ Para algumas intervenções é necessário utilizar ferramentas com isolamento elétrico, sempre
consulte a preconização.
11. Ferramentas com isolamento elétrico
Qual a função?

Utilizar quando seu trabalho demanda manutenção em redes


de alta energia para protege-lo das partes vivas do sistema

Como identificar a especificação de isolamento?

Pela classe de proteção ou no caso de importação, pelos


triangulos.

✓ As ferramentas com isolamento elétrico são fornecidas por diversos fabricantes, sempre
confirme se o fabricante atende aos requisitos para homologação das ferramentas com isolamento
elétrico.

11.1. Quais controles são necessários nas ferramentas com isolamento elétrico antes de cada uso?
Marque as opções corretas:
Atenção: Antes de usar é necessário verificar a condição das ferramentas com
isolamento elétrico.

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Híbrido


❑ Controle visual das ferramentas (Exemplo: certifique-se de que o isolamento não esteja deteriorado
ou ausente...)

❑ Controle da firme fixação do isolamento no corpo das ferramentas.
❑ Controle da data de validade
❑ Não precisa efetuar nenhum controle

11.2. Efetue o controle das ferramentas ao seu dispor, elas podem serem utilizadas?

❑ Sim
❑ Não

Atenção: Sempre respeite a preconização de utilização das ferramentas descritas


na literatura técnica, assim como a periodicidade de aferição destas.

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12. Verificador de Tensão Bipolar


Qual a função?

Comprovar a ausencia de tensão no processo de


descomissionamento do veículo.

Qual a classe de segurança do equipamento?

Podem ser duas, identificadas pela sigla CAT, seguida de


algarismos romanos, neste caso do verificador, CAT III
(1000V) ou CAT IV (600V)

Qual a preconização de utilização deste equipamento?


- Checar o funcionamento do equipamento
- Garantir a medição do valor de tensão em uma fonte segura(uma bateria
devidamente testada antes com o multimetro para saber a tensão ou um fonte
simétrica)
- Testar novamente e utilizar

Como deve ser feita a verificação de funcionamento do


equipamento?

- Encostar as duas pontas e todos o LEDs dvem se acender


bem como a lanterna
- O BIP deve soar alto e claro neste teste também

Qual a vantagem de uso deste equipamento ao invés de utilizar o


multímetro?

Evitar o erro humano, precavendo acidentes, pois o


multimetro possui maus de uma função e posicionamento dos
seus bornes de medição.

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Veículo Elétrico e
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12.1. Durante a inspeção no verificador de tensão bipolar, foi constatado algumas avarias.
Marque as opções corretas sobre as falhas que inutilizam o equipamento:
Atenção: Antes e depois de cada medição com o verificador de tensão bipolar é
necessário efetuar a checagem do seu correto funcionamento.


❑ Um ou mais LED’s não funcionam.

❑ Pontas de medição com isolamento defeituoso (derretido).

❑ Cabo que conecta uma ponta na outra fio quebrado ou cortado.
❑ Se o equipamento estiver funcionando é o que importa, pode utilizar inclusive com reparo no cabo
que conecta uma ponta de medição na outra

12.2. Efetue o controle do verificador de tensão bipolar ao seu dispor, ele pode ser utilizado?

❑ Sim
❑ Não

Atenção: Sempre respeite a preconização de utilização das ferramentas descritas


na literatura técnica, assim como a periodicidade de aferição destas.

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Veículo Elétrico e
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13. Controlador de isolamento - Megômetro


Qual a função?

Testar cabos e equipamentos

Quando deve ser utilizado este equipamento?

Deve ser utilizado no processo de


descomissionamento do veículo eletrificado e/ou
testar a qualidade dos itens (cabos e/ou máquinas
elétricas)

Qual a preconização de utilização deste equipamento?

- Testar para verificar se o equipamento identifica o


valor de especificação no ponto de teste(definido pelo
fabricante)

Como deve ser feita a verificação de funcionamento do


equipamento?

- Existe um passo-a-passo de teste do megometro


que é fornecido pelo fabricante(para outro pode ser
diferente), neste caso, deve-se ligá-lo ao
multimetro, utilizando a luva de segurança,
selecionar as escalas corretas em ambos os
equipamentos e verificar os valores, que para este
megometro, deve ser de 10 mega ohms.

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Veículo Elétrico e
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O que significa medir resistência de isolamento?

Avaliar a qualidade dos isolamentos em relação a


fuga de corrente.

13.1. Quais controles são necessários no megômetro antes de cada uso? Marque as opções
corretas:
Atenção: Antes de cada medição com o megômetro é necessário efetuar a
checagem do seu correto funcionamento.


❑ Controle visual das pontas de prova e dos cabos.
❑ Controle do funcionamento (teste feito em conjunto com multímetro).

❑ Se o equipamento estiver funcionando é o que importa, pode utilizar inclusive com reparo no cabo
que conecta uma ponta de medição na outra

13.2. Efetue o controle do megômetro ao seu dispor, ele pode ser utilizado?

❑ Sim
❑ Não

Atenção: Sempre respeite a preconização de utilização das ferramentas descritas


na literatura técnica, assim como a periodicidade de aferição destas.

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Secretaria de Inspeção do Trabalho - SIT
Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho – DSST

MANUAL DE ORIENTAÇÃO PARA ESPECIFICAÇÃO DAS VESTIMENTAS


DE PROTEÇÃO CONTRA OS EFEITOS TÉRMICOS DO ARCO ELÉTRICO E
DO FOGO REPENTINO.

1. Conceituação do arco elétrico e do fogo repentino

Arco elétrico: gerado pela ionização de gás como conseqüência de uma


conexão Elétrica entre dois eletrodos de diferentes potenciais, de diferentes
fases ou entre um eletrodo e um circuito de terra. Normalmente é gerado
acidentalmente devido à falha de equipamentos em curto circuito e libera
grande quantidade de energia calorífica num curto intervalo de tempo, capaz
de provocar a fusão de metais componentes dos equipamentos, que podem ser
lançados contra pessoas e objetos que estejam nas proximidades causando
queimaduras severas e combustão.

Fogo repentino: reação de combustão acidental extremamente rápida devido


à presença de materiais combustíveis ou inflamáveis desencadeada pela
energia de uma centelha ou fonte de calor.

2. Conceituação de energia incidente


Parte da energia liberada como resultado do arco elétrico ou do fogo repentino
que incide sobre determinado ponto de interesse, geralmente o trabalhador.
Pode-se estimar a energia incidente devido ao arco elétrico utilizando-se
parâmetros como: diagrama unifilar da instalação elétrica, tensão de
alimentação, correntes de curto circuito, características dos sistemas de
proteção das instalações elétricas (tempo de atuação da proteção), posição do
trabalhador etc.

No caso de fogo repentino, a estimativa da energia incidente é mais simples,


conhecidos o poder calorífico do material envolvido, o tempo de atuação da
chama e a posição do trabalhador, calcula-se o calor irradiado que o atinge.

A energia incidente é informação fundamental para a determinação da


adequada proteção ao trabalhador pelo uso de barreiras, tais como as
vestimentas especiais.

3. Medidas de proteção
A melhor alternativa para evitar que um perigo leve a um acidente é eliminá-lo
o que, infelizmente, nem sempre é possível. Desta forma, considerando que
uma situação de perigo pode e deve ter os riscos a ela associados
minimizados, algumas medidas podem ser tomadas e existe uma hierarquia a
ser considerada na adoção das mesmas.

3.1 Hierarquia das medidas de proteção: coletivas, administrativas e


individual
Prioritariamente deve-se adotar medidas de proteção coletiva. Tratam-se de
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técnicas e conhecimentos adotados de forma a reduzir os riscos existentes em


um determinado ambiente e que vão beneficiar todo o grupo de trabalhadores
ali presentes. Tomando o exemplo da exposição ao ruído, tratamentos
acústicos que diminuam o nível de pressão sonora no ambiente irão beneficiar
a todos e se constituem em exemplo de uma medida de proteção coletiva.
Dispositivos especificamente desenvolvidos para determinados fins como os
guarda-corpos ou telas metálicas para o isolamento de equipamentos elétricos
também podem ser caracterizados como proteções coletivas.

Adicionalmente, medidas administrativas podem fazer com que, mesmo


exposto a um determinado risco, o trabalhador tenha reduzida a possibilidade
de agravos a sua saúde devido ao curto tempo de exposição. Tomando-se por
base o exemplo do ambiente com pressão sonora elevada, se determinado
trabalhador desenvolve suas atividades num ambiente com nível de pressão
sonora de 88 db(A), situação onde o limite de exposição diária é de 4 horas,
mas sua jornada nestas condições se limita a 2 horas, em função de
revezamento com outros trabalhadores determinado pela empresa, pode-se
considerar que ocorre a redução do risco de perda auditiva deste trabalhador.
Neste caso, o revezamento imposto pela empresa, de tal forma a minimizar o
tempo de exposição do trabalhador ao ruído, resulta em medida administrativa
de proteção. Elaboração de procedimentos seguros de trabalho como, por
exemplo, a adoção de Análise Preliminar de Risco - APR, constitui medida
administrativa de prevenção. Não obstante, apenas medidas administrativas
nem sempre são capazes de solucionar o problema.

Mesmo utilizando-se dessas técnicas, enquanto as medidas de proteção


coletivas e administrativas não forem suficientes ou estiverem em fase de
implantação, outras barreiras devem ser empregadas para evitar a exposição
do trabalhador a situações de risco. Desta forma, dentre as medidas de
proteção individual, o Equipamento de Proteção Individual - EPI consiste na
última alternativa para auxiliar na proteção do trabalhador.

Importante salientar que o fato de ser a última medida na hierarquia das


medidas de proteção não significa que o EPI seja menos importante que as
demais medidas (coletivas e administrativas). Ressalte-se que o principal
motivo para priorizar outros tipos de medidas de proteção é o fato de que as
medidas de proteção individual pressupõem uma exposição direta do
trabalhador ao risco, sem que exista nenhuma outra barreira para eliminar ou
diminuir as conseqüências do dano caso ocorra o acidente. Nestas
circunstancias, se o EPI falhar ou for ineficaz, o trabalhador sofrerá todas as
conseqüências do dano

O EPI tem condições de utilização determinadas pela Norma Regulamentadora


n.º 06 (NR-6) - EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL, conforme
estabelecido no item 6.6 da Norma.

 Item 6.6 da NR-6 - A empresa é obrigada a fornecer aos empregados,


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gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e


funcionamento, nas seguintes circunstâncias:
a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa
proteção contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças
profissionais e do trabalho;
b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas;
e,
c) para atender a situações de emergência.

O EPI não elimina o risco, sendo apenas uma das barreiras para evitar ou
atenuar a lesão ou agravo a saúde decorrente do possível acidente ou
exposição ocasionados pelo risco em questão. Assim, a utilização de EPI de
forma alguma pode se constituir em justificativa para a não implementação de
medidas de ordem geral (coletivas e administrativas), observação de
procedimentos seguros e gerenciamento dos riscos presentes no ambiente de
trabalho, a fim de que possam ser mitigados.

Ou seja, observada a hierarquia das medidas tomadas para proteger os


trabalhadores, a utilização de EPI é a última alternativa, mesmo considerando-
se que tais barreiras são imprescindíveis na execução de determinadas
atividades.

4. Características dos equipamentos


Para cumprir seu papel, os EPI devem ter características especiais que lhe são
conferidas pelos seus componentes e eficácia certificada pelo Ministério do
Trabalho e Emprego - MTE, resultando na emissão do CA, indispensável para
a comercialização e utilização do equipamento.

4.1 Tecidos e sua composição


No caso das vestimentas para proteção contra os efeitos térmicos do arco
elétrico e do fogo repentino, sua composição deve contar com tecidos
especiais para garantir um desempenho satisfatório quando expostos à energia
incidente e à chama.

Estão disponíveis tecidos naturais e sintéticos associados a distintas


tecnologias que lhes conferem a propriedade ignífuga (antichama). Alguns
destes produtos são confeccionados com fios especiais que garantem aos
tecidos esta propriedade e outros são tecidos tratados com substâncias que
lhes conferem tal atributo.

Além do aspecto primordial de máxima proteção dos trabalhadores contra os


efeitos térmicos do arco elétrico e do fogo repentino, as vestimentas devem
possuir características que garantam sua manutenção ao longo do uso, tais
como: resistência mecânica do tecido e linhas de costura e retenção de cor.

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Assim, cabe a cada profissional de segurança do trabalho avaliar a melhor


tecnologia para a proteção dos trabalhadores aos riscos a que estarão
expostos, considerando as propriedades dos tecidos e vestimentas disponíveis
e sua respectiva manutenção.

4.2 Gramatura do Tecido


Uma das características relevantes na avaliação e escolha das vestimentas, a
gramatura compõe a proteção conferida pela vestimenta contra os efeitos
térmicos do arco elétrico e do fogo repentino e, para tanto, os tecidos Fire
Retardant - FR (retardante ao fogo ou retardante a chama) apresentam
normalmente gramaturas superiores aqueles utilizados na confecção de
uniformes em geral.

As vestimentas de proteção não são meros uniformes, se constituindo em EPI


e, portanto, apresentando características de proteção específicas. Para tal, sua
tecnologia de construção normalmente impõe gramaturas superiores, embora
já existam alguns avanços no desenvolvimento de tecidos FR mais leves.

No caso de um país tropical como o Brasil, estaremos sempre diante de uma


avaliação que deve considerar as características de proteção e o conforto.

4.3 ATPV - Arc Thermal Performance Value


O ATPV - Arc Thermal Performance Value (valor em calorias por centímetro
quadrado da proteção conferida pelo tecido ao efeito térmico proveniente de
um arco elétrico) está diretamente relacionado às características do tecido que
compõe a vestimenta e sua tecnologia de fabricação. Representa o valor
máximo de energia incidente sobre o tecido que resulta numa energia no lado
protegido que poderia com 50% de probabilidade causar queimaduras de
segundo grau.

O valor do ATPV é uma estimativa da barreira conferida pelo tecido e,


consequentemente, da vestimenta com ele confeccionada. Assim, com base
nos cálculos da energia incidente (cal/cm2) determina-se o nível de proteção
necessário. Lembrando que, de um modo geral, quanto maior a gramatura do
tecido maior a proteção.

A título de referência, segue tabela (adaptada) de proteção mínima das


vestimentas de acordo com as categorias de risco da NFPA 70E:

Tabela 1: Especificação dos Equipamentos de Proteção Individual em


função das Categorias de Risco conforme a NFPA 70E

Risco Energia Categoria de ATPV Mínimo


Incidente Risco Requerido para o
(cal/cm2) EPI (cal/cm2)
Mínimo até 1,2 0 não aplicável
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Leve 1,2 a 4,0 1 4,0


Moderado 4,1 a 8,0 2 8,0
Elevado 8,1 a 25,0 3 25,0
Elevadíssimo 25,1 a 40,0 4 40,0

4.4 Limitações do EPI

Evidencia-se novamente que o EPI, no caso as vestimentas, não são salvo


conduto para a exposição do trabalhador aos riscos originados do efeito
térmico proveniente de um arco elétrico ou fogo repentino. Como já
mencionado, todo e qualquer EPI não atua sobre o risco, mas age como uma
das barreiras para reduzir ou eliminar a lesão ou agravo decorrente de um
acidente ou exposição que pode sofrer o trabalhador em razão dos riscos
presentes no ambiente laboral.

Desta forma, deve-se buscar a excelência no gerenciamento desses riscos,


adotando medidas administrativas e de engenharia nas fases de projeto,
montagem, operação e manutenção das empresas e seus equipamentos
prioritariamente, de forma a evitar que as barreiras sejam ultrapassadas e o
acidente se consume.

5. Análise de risco
Em função da relevância desta medida técnico-administrativa na prevenção
dos acidentes envolvendo os efeitos térmicos do arco elétrico e do fogo
repentino faz-se necessário algumas considerações sobre esta prática.

Nenhum risco é passível de prevenção se não for conhecido. Assim, o primeiro


passo para que os acidentes sejam evitados é o conhecimento detalhado das
atividades que serão desenvolvidas, tecnologias envolvidas e os ambientes
onde ocorrerão.

As análises de risco foram estabelecidas para auxiliar os trabalhadores nesta


importante etapa de conhecimento dos riscos. Várias são as técnicas
existentes para se compor uma ferramenta eficaz de análise de riscos e o seu
detalhamento não é escopo deste manual.

O importante é que as empresas adotem uma metodologia de análise de risco


capaz de auxiliar os trabalhadores na identificação e controle dos riscos e, ao
mesmo tempo, com a simplicidade e a objetividade necessárias ao seu uso
efetivo.

6. Critérios para escolha dos EPI adequados


Após análise de risco e mapeamento das instalações, especificar o EPI
adequado à proteção do trabalhador requer conhecimento e compreensão dos
conjuntos normativos que são mandatórios para a sua certificação. O MTE, por
meio da Portaria SIT n.º 121, de 30 de setembro de 2009, alterada pela
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Portaria SIT n.º 205, de 10 de fevereiro de 2011, adotou dois conjuntos


normativos: as séries normativas norte-americanas e internacionais.

6.1 Entendendo as normativas:

6.1.1 Normativas Norte-americanas


Este conjunto normativo foi elaborado a partir de experiências vivenciadas pela
sociedade norte-americana ao longo de sua história, como forma de assegurar
aos trabalhadores condições de proteção em situações de risco. Os objetivos
foram criar e manter padrões e requisitos para a prevenção e supervisão de
atividades, treinamento, especificação de equipamentos e também a
elaboração de normas e códigos de segurança. Os requisitos normativas para
os equipamentos de proteção foram estabelecidas pelo Comitê Técnico de
Segurança em Eletricidade da National Fire Protection Association - NFPA, que
remete para as normas de ensaio, estabelecidas pela American Society for
Testing and Materials - ASTM. Desta forma, as normas de referência para as
vestimentas são as normas NFPA 2112 e NFPA 70E que remetem para uma
série de normas ASTM de ensaio.
 NFPA 2112: Norma para vestimentas resistentes a chama para proteção
industrial contra o fogo repentino -Standard on Flame-Resistant Garments
for Protection of Industrial Personnel Against Flash Fire.
 NFPA 70E Segurança em Eletricidade no local de trabalho - Electrical Safety
in the Workplace;
 ASTM Internacional - órgão americano de normalização de vários materiais,
produtos, sistemas e serviços.

6.1.1.1 Proteção ao Fogo Repentino


 NFPA 2112 - Programa de certificação norte-americano de vestimentas
resistentes ao fogo repentino - determina os requisitos mínimos para
avaliação, ensaios e aprovação da vestimenta pronta, conforme modelo e
medidas pré-estabelecidos. Estabelece as linhas de corte para os ensaios
realizados nas vestimentas e nos tecidos.
 ASTM F 1930 - Teste de manequim instrumentado com a vestimenta pronta
conforme modelo e medidas pré-estabelecidos em norma. Este manequim
possui mais de 100 sensores internos que detectam o percentual de
queimaduras e o local onde elas ocorreram. A NFPA 2112 estabelece que o
ensaio seja realizado em três amostras, com tempo de avaliação 3
segundos, além de outros ensaios físicos, e considera como aprovado um
percentual de queimaduras de até 50%. O resultado do ensaio é informado
em relatório apresentando gráfico que expõe os níveis de queimadura e a
região queimada. Informa com detalhes todas as condições observadas no
ensaio.
 ASTM D 6413 - Método de Teste que avalia amostras têxteis, com 0 e 100
lavagens. O teste é realizado no sentido da trama e do urdume. A NFPA
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2112 estabelece como limite de carbonização 102 mm e tempo de extinção


da chama de dois segundos. Neste método podem ser avaliadas amostras
têxteis contendo aviamento que possa compor a vestimenta externamente,
tal como as faixas refletivas. O ensaio é consignado em relatório contendo
as informações detalhadas.

6.1.1.2 Proteção ao Arco Elétrico


 ASTM F 1506 - Norma que estabelece os requisitos construtivos e de
ensaios para as vestimentas de eletricistas. Determina as linhas de corte
para as normas ASTM D 6413 e F 1959, dentre outras, que avaliam as
características físico-químicas da amostra têxtil:
 ASTM D 6413 Flamabilidade Vertical (avalia a amostra têxtil como recebida
e após 25 ciclos de lavagem) - A ASTM F 1506 estabelece como limite de
carbonização 152mm e persistência da chama máxima de 2 segundos.
 ASTM F 1959 Arco Elétrico - Norma que determina o ATPV (Arc Thermal
Performance Value) através de ensaios em, no mínimo, 20 amostras de
tecido. O relatório apresenta os resultados do comportamento das amostras,
flamabilidade, ATPV, HAF (Heat Attenuation Factor), como percentual de
energia incidente que é bloqueada pelo material testado quando submetido
ao arco elétrico num dado valor de energia incidente, rompimento do tecido
etc.
 ASTM F 2621 - Essa norma prevê um ensaio de observação do
comportamento das materiais, produtos ou conjuntos na forma de produtos
acabados para determinar a integridade destes, dos fechos e costuras,
quando expostos à energia radiante e convectiva gerada por um arco
elétrico em condições controladas de laboratório. É complementar à norma
ASTM F 1959, ou seja, os materiais utilizados para confecção dos
equipamentos, que serão testados de acordo com a norma ASTM F 2621,
devem ser previamente ensaiados de acordo com a norma ASTM F 1959.
Os requisitos construtivos dos materiais utilizados para confecção dos
equipamentos que serão submetidos aos ensaios da norma ASTM F 2621
são estabelecidos pela norma ASTM F 1506.
 ASTM F 2178 - Essa norma é utilizada para avaliar os equipamentos
conjugados de proteção facial (arranjos elaborados nas conjugações de
capuz, capacete e protetor facial ou capacete e protetor facial) quando
submetidos ao arco elétrico e determinar o ATPV do equipamento
conjugado. Usa como referência as normas ASTM 1506 e 1959, no caso do
capuz além da ANSI Z 87.1, que avalia as propriedades ópticas (raios UVA e
UVB) e de impacto resultante de efeitos eletromagnéticos do arco elétrico.
 NFPA 70-E - Especifica os equipamentos de proteção e os classifica em
quatro categorias de risco em função do ATPV, conforme Tabela 1.

6.1.2 Normativas Internacionais


Como normativas internacionais as especificações e ensaios dos
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equipamentos para proteção contra os efeitos térmicos do fogo repentino são


previstas pelas normativas da Intenational Organization for Standardization -
ISO, enquanto para o arco elétrico arco elétrico pela International
Electrotechnical Commission - IEC, que atua em colaboração com a ISO.

6.1.2.1 Para proteção ao fogo repentino:


 ISO 11612 - Estabelece as exigências mínimas de desempenho para
vestimentas de proteção contra calor e chamas, que podem ser utilizadas
para uma ampla variedade de usos finais e destinam-se a proteger o corpo
do trabalhador, exceto as mãos, contra calor e chama. Prevê a realização do
ensaio no manequim instrumentado conforme ISO 13506, em tempo mínimo
de 3 e máximo de 4 segundos, ou de até 8 segundos para multicamadas,
embora não estabeleça limite máximo para percentual de queimaduras,
como a NFPA 2112. Especifica outros sete ensaios físico-químicos, dentre
eles o de propagação de chama conforme ISO 15025, citando os
procedimentos e linhas de corte para esta norma.
 ISO 13506 - Vestimenta de Proteção contra calor e chama- Ensaio para
vestimentas completas utilizando-se um manequim instrumentado para
avaliar o comportamento e a resistência da vestimenta ao fogo repentino.
Estas avaliações são registradas graficamente através de sensores que
devido a sua precisão podem mensurar todos os graus de queimadura. Após
aplicação da chama pelo tempo determinado na ISO 11612, a leitura é
realizada por um período de até 60 segundos, para uma camada, ou 120
segundos, para multicamadas, após o cessar da chama, para avaliar a
possibilidade de queimaduras neste intervalo. O relatório conclusivo deve
registrar o tempo de exposição às chamas, as áreas de queimaduras em
percentual, o comportamento da amostra (se houve emissão de fumaça,
encolhimento, intensidade e duração da pós-combustão), volume de fumaça
gerada durante e após o teste, estabilidade dimensional, dentre outros
fatores.
 ISO 15025 - Proteção contra calor e chama - Estabelece dois métodos de
ensaio para limite da propagação da chama. O pós-chama em ambos os
métodos deve ser inferior a 2 segundos. Podem ser avaliadas tanto
amostras têxteis quanto amostras contendo todo e qualquer aviamento que
possa compor a vestimenta externamente (velcro, ziper, linha, etc.).

6.1.2.2 Para proteção ao arco elétrico:


 IEC 61482-2 - Estabelece os requisitos construtivos mínimos e de
certificação, sendo similar a ASTM F 1506. Permite a avaliação das
vestimentas por dois métodos: pela IEC 61482-1-1 ou IEC 61482-1-2.
 IEC 61482-1-1 - Avalia o desempenho dos materiais têxteis ou vestimentas
na presença de arco elétrico utilizando dois métodos. O primeiro, Método A,
determina o ATPV (similar a ASTM F 1959), o HAF e o rompimento do tecido
(break open) em amostras de tecido; o segundo, método B, é similar a
ASTM F 2621, avalia o desempenho das características construtivas da
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vestimenta em manequim instrumentado. Como pré-condição para


realização do ensaio é necessário que os materiais têxteis atendam aos
requisitos da ISO 15025 quanto à extensão da carbonização, que deve ser
inferior a 100 mm, e ao pós-chama, que deve ser inferior a 2 segundos.
Difere da NFPA 70E por não separar em categorias de riscos.
 IEC 61482 1-2 Avalia o desempenho dos materiais têxteis ou vestimentas na
presença de arco elétrico utilizando o método da caixa (Box Test). Classifica
os materiais ensaiados em duas classes de proteção: Classe 1 - corrente de
teste 4 kA - 3,2 cal/cm² e Classe 2 - Corrente de teste 7kA - 10,1 cal/cm².
Utiliza as informações do ATPV conforme IEC 61482-1-1 método A.

7. Certificação dos Equipamentos de Proteção Individual

7.1 Conceito Legal de Equipamento de Proteção Individual


O artigo 167 da CLT estabelece que o EPI só poderá ser posto a venda ou
utilizado com a indicação do CA emitido pelo Ministério do Trabalho e
Emprego; por sua vez, o artigo anterior obriga o fornecimento de tais
equipamentos adequados ao risco e em perfeito estado de funcionamento pelo
empregador, sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa
proteção contra os riscos. De acordo com o item 6.1 da Norma
Regulamentadora n.º 06 (NR-6), que regulamenta estes artigos, considera-se
EPI todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador,
destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde
no trabalho, acrescentando no item seguinte que só poderá ser posto à venda
ou utilizado com a indicação do CA, expedido pelo órgão nacional competente
em matéria de segurança e saúde no trabalho do Ministério do Trabalho e
Emprego, que consiste na Secretaria de Inspeção do Trabalho - SIT.

O item 6.4 da NR-6 estabelece que, atendidas as peculiaridades de cada


atividade profissional, e observado o disposto no item 6.3, o empregador deve
fornecer aos trabalhadores os EPI adequados, de acordo com o disposto no
Anexo I da Norma, que lista os EPI.

No item 6.9, ao dispor a respeito dos CA, a Norma estabelece prazos de


validade para o CA.

Destes dispositivos legais se pode inferir dois conceitos de EPI: do ponto de


vista prevencionista, como o dispositivo ou produto de uso individual utilizado
pelo trabalhador destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a
segurança e a saúde no trabalho, e o conceito legal, que abarcando o conceito
prevencionista acrescenta a necessidade de indicação do CA válido emitido
pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho
do Ministério do Trabalho e Emprego no EPI, que deve estar enquadrado na
relação do Anexo I da NR-6.

Para ser considerado EPI do ponto de vista legal é necessário que a espécie
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conste na relação do Anexo I da NR-6, o equipamento constitua uma barreira


efetiva contra o risco a que se destina, avaliada de acordo com normativas
estabelecidas pelo MTE, e que possua CA válido, emitido e renovado pelo MTE
com validade estabelecida quando da sua emissão ou renovação.

7.2 Avaliação dos Equipamentos de Proteção Individual


A Portaria SIT n.º 126, de 02 de dezembro de 2009, estabelece os
procedimentos para cadastro de empresas e para emissão ou renovação do
CA dos EPI. O Art. 4 da Portaria SIT n.º 126, lista a documentação que deve
ser apresentada para fins de emissão ou renovação do CA, merecendo
destaque as alienas “a” e “b” do inciso V, que determina a apresentação de:

V. cópias autenticadas:
a) do relatório de ensaio, emitido por laboratório credenciado pelo
DSST, ou de documento que comprove que o produto teve sua
conformidade avaliada no âmbito do Sistema Nacional de Metrologia,
Normalização e Qualidade Industrial - SINMETRO;
b) da tradução juramentada das especificações técnicas e
certificações realizadas no exterior, quando não houver laboratório
credenciado capaz de elaborar o ensaio no Brasil;

O item 6.11.1 da NR-6 dispõe que compete ao MTE estabelecer os


regulamentos técnicos para ensaios de EPI. Utilizando dessa competência,
publicou-se a Portaria SIT n.º 121, de 30 de setembro de 2009, alterada pela
Portaria SIT n.º 205, de 10 de fevereiro de 2011, que estabelece as normas
técnicas de ensaio aplicáveis aos EPI.

De acordo com a Portaria n.º 121 os equipamentos para proteção contra os


efeitos térmicos do arco elétrico e do fogo repentino devem atender aos
requisitos gerais, requisitos específicos, de marcação e serem acompanhados
de manual de instruções, constantes no anexo I, e ensaiados de acordo com a
relação de normas técnicas do Anexo II, reproduzida no Quadro I.

Quadro I - Normas Técnicas Aplicáveis aos Equipamentos para Proteção


contra os Efeitos Térmicos do Arco Elétrico e do Fogo Repentino de
acordo com a Portaria SIT n.º 121, de 30 de setembro de 2009.

Equipamento de
Enquadramento NR 06 - Norma Técnica
Proteção Individual -
Anexo I Aplicável
EPI
A - PROTEÇÃO DA CABEÇA
CAPUZ ou Proteção do crânio e pescoço contra:
BALACLAVA
Riscos de origem térmica ASTM F 2621 - 06 +
(calor e chamas) ASTM F 1506 - 08
ou
IEC 61482-2: 2009
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E - PROTEÇÃO DO TRONCO
VESTIMENTA PARA Proteção contra:
PROTEÇÃO DO Riscos de origem térmica ASTM F 2621 - 06 +
TRONCO (calor) ASTM F 1506 - 08 +
NFPA 2112 - 07*
ou
IEC 61482-2: 2009 +
ISO 11612:2008*
G - PROTEÇÃO DOS MEMBROS INFERIORES
CALÇA Proteção das pernas contra:
Agentes térmicos (calor) ASTM F 2621 - 06 +
ASTM F 1506 - 08 +
NFPA 2112 - 07*
ou
IEC 61482-2: 2009 +
ISO 11612:2008*
H - PROTEÇÃO DO CORPO INTEIRO
MACACÃO Proteção do tronco e membros superiores e
inferiores contra:
Agentes térmicos (calor) ASTM F 2621 - 06 +
ASTM F 1506 - 08 +
NFPA 2112 - 07*
ou
IEC 61482-2: 2009 +
ISO 11612:2008*
* O EPI quando certificado para proteção contra os efeitos térmicos - calor e
chamas provenientes do arco elétrico e fogo repentino deve atender a toda a
série de normas especificadas, não sendo certificado para fogo repentino
quando não atender às normas sinalizadas com asterisco

Quanto às normas técnicas, o equipamento pode ser somente para proteger


contra os efeitos térmicos do arco elétrico, do fogo repentino ou de ambos os
riscos, desde que atenda aos ensaios especificados pelas normativas
relacionadas; os equipamentos podem ser ensaiados somente pela série de
Normas ISO/IEC, NFPA/ASTM ou ambas, estabelecendo, conforme o caso, a
abrangência do CA.

Adicionalmente às normas relacionadas no quadro I, a Portaria 121 estabelece


que a conformidade das vestimentas de proteção contra os efeitos térmicos do
arco elétrico em relação à Norma IEC 61482 - 2: 2009 deve ser comprovada
pelos relatórios de ensaio do equipamento realizados de acordo com as
Normas IEC 61482-1-1: 2009 ou IEC 61482-1-2 : 2007 ou ambas.

A conformidade das vestimentas de proteção contra os efeitos térmicos do fogo


repentino em relação à Norma ISO 11612: 2008 deve ser comprovada pelos
relatórios de ensaio do equipamento de acordo com as Normas ISO 13506:
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2008 e ISO 15025 : 2000.

A conformidade das vestimentas de proteção contra os efeitos térmicos do arco


elétrico em relação à Norma NFPA 70E deve ser comprovada pelos relatórios
de ensaio do equipamento de acordo com a Norma ASTM F 2621, e do tecido
de acordo com as Normas ASTM F 1959 e F 1506.

A conformidade das vestimentas de proteção ao fogo repentino em relação à


Norma NFPA 2112 - 07 deve ser comprovada pelos relatórios de ensaio do
equipamento de acordo com as Normas ASTM F 1930 - 08 e ASTM D 6413 -
08.

Exemplo: Um macacão para proteção contra os efeitos térmicos do fogo


repentino certificado de acordo com a série de normas NFPA/ASTM teve seu
tecido submetido aos ensaios de acordo com as Normas ASTM D 6413 - 08 e a
vestimenta submetida aos ensaios da Norma ASTM F 1930 - 08, para
atendimento da Norma NFPA 2112-07.

No caso de vestimentas certificada para arco elétrico e fogo repentino, este


macacão deve atender toda a série NFPA/ASTM, constando tal informação no
CA.

O macacão, se certificado para arco elétrico na mesma série normativa, foi


submetido aos ensaios de acordo com a Norma ASTM F 2621 e o tecido aos
ensaios conforme as Normas ASTM D 6413 - 08 e ASTM F 1959, referenciadas
na ASTM F 1506.

No caso da certificação para proteção contra os efeitos térmicos do arco


elétrico o ATPV do tecido ou malha com que é confeccionado o equipamento é
determinado pela realização dos ensaios de acordo com a Norma ASTM F
1959, para balaclava ou para vestimentas, quando se tratar de certificação de
acordo com a série de normas NFPA/ASTM. Se certificadas de acordo com a
série de normas ISO/IEC, o ATPV do tecido das vestimentas será determinado
pelo ensaio segundo a Norma IEC 61482-1-1, método A.

7.3 Equipamentos Conjugados


Quando se tratar de equipamento conjugado formado por capuz, capacete e
protetor facial ou capacete e protetor facial para proteção contra riscos de
origem térmica, impactos de objetos sobre o crânio, impactos de partículas
volantes e luminosidade intensa provenientes de arco elétrico estes devem ser
ensaiados de acordo com as normas ASTM F 2178 - 08 + ANSI Z 87.1 + NBR
8221: 2003 ou alteração posterior.

O relatório de ensaio dos equipamentos conjugados formados por capuz,


capacete e protetor facial ou capacete e protetor facial, para proteção contra
agentes térmicos provenientes de arco elétrico deve conter as informações do
CA do capacete e da lente, nome do fabricante do equipamento conjugado e,
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no caso do equipamento conjugado com capuz, o nome do fabricante do


tecido, o ATPV do tecido e sua composição; todas estas informações constarão
no CA do equipamento conjugado.

7.4 Laboratórios Acreditados e Laboratórios Nacionais


Até o advento da Portaria n.º 121 a regra para obtenção do CA consistia na
análise do processo encaminhado ao MTE, contendo, dentre outros requisitos,
ensaios realizados em laboratórios nacionais credenciados pelo MTE. A
Portaria n.º 121 permite, além da apresentação de ensaios realizados em
laboratórios brasileiros credenciados, a obtenção do CA com base em
certificação emitida por organismos estrangeiros ou por relatórios de ensaio
realizado por laboratórios estrangeiros, desde que o organismo certificador seja
acreditado por um organismo signatário de determinados acordos multilaterais
de reconhecimento estabelecido por cooperações em que o organismo
acreditador brasileiro (INMETRO) é parte (International Accreditation Forum -
IAF e International Accreditation Cooperation - IAC). Da mesma forma, os
resultados de ensaio emitidos por laboratório estrangeiro serão aceitos quando
o laboratório for acreditado por um organismo signatário de acordo multilateral
de reconhecimento mútuo, estabelecido por uma das cooperações em que o
INMETRO é signatário (Interamerican Accreditation Cooperation - IAAC,
European co-operation Accreditation - EA ou International Laboratory
Accreditation Cooperation - ILAC).

Por inexistir laboratório nacional credenciado ou estrangeiro acreditado, em


caráter excepcional e temporário, até 30 de junho de 2012, serão aceitos os
resultados de ensaios realizados de acordo com a Norma ASTM F 1506-08 e
ASTM F 1930-08 pelos laboratórios Protective Clothing & Equipment Research
Facility Department of Human Ecology, da University of Alberta, Edmonton,
Canadá e Textile Protection and Confort Center, da College of Textiles North
Carolina State University, Carolina do Norte, Estados Unidos.

7.5 Informações Constantes no CA


A certificação se dá no equipamento pronto e não no tecido, porém o CA para
os equipamentos de proteção contra agentes térmicos provenientes do fogo
repentino contém as seguintes informações referentes ao tecido: a
composição, o nome do fabricante e a sua gramatura, acrescido do Arc
Thermal Performance Value - ATPV, quando a vestimenta proteger contra
agentes térmicos provenientes do arco elétrico.

No caso de vestimentas multicamadas, não só os ensaios são realizados neste


equipamento com esta configuração, como tal condição constará no CA.

Cabe ressaltar que nem todo equipamento certificado contra os efeitos


térmicos do calor e chama é certificado para arco elétrico e fogo repentino, que
constituem espécies de EPI compreendidas no gênero calor e chama. Os
equipamentos destinados à proteção contra os efeitos térmicos do calor
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convectivo e irradiado também se posicionam como espécies do gênero


calor e chama, mas são certificados em outros conjuntos normativos.

Os equipamentos de proteção contra os efeitos térmicos tratados neste manual


podem ser certificados contra os efeitos do arco elétrico, do fogo repentino ou
de ambos, desde que ensaiados de acordo com as normativas especificadas e
que no escopo dos CA seja consignada tal informação.

7.6 Validade da Certificação


A validade do CA é de até cinco anos, contados da emissão do certificado,
quando os ensaios foram realizados nos doze meses anteriores à solicitação,
ou do laudo de ensaio mais antigo, quando realizados a mais de doze meses.

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