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BIOSSEGURANÇA

PATRICIA AGUIAR DE OLIVEIRA, PhD


Introdução
• EPI é todo dispositivo de uso individual, de fabricação nacional
ou estrangeira, destinado a proteger a saúde e a integridade
física do trabalhador. Como expressa a própria sigla, EPI é um
equipamento de uso individual, não sendo adequado o uso
coletivo por questões de segurança e higiene.
• Em nível internacional a Occupational Safety and Health
Administration (OSHA) define os equipamentos de proteção
individual que devem ser utilizados para os olhos, cabeça,
extremidades, as roupas de proteção, os dispositivos de
respiração etc.
• A utilização de EPIs encontra-se regulamentada pelo Ministério
do Trabalho através da NR-6 (Norma Regulamentadora), em
que estão definidas as obrigações do empregador e do
empregado.
Introdução
• Mas antes de continuar a falar de proteção
individual e coletiva, vamos explorar um pouco
as causas.
• Se existe uma necessidade de se proteger é
porque existe algum risco ou perigo, a ser
controlado.
• Vamos esclarecer os dois conceitos
Introdução
• Risco: É a probabilidade ou chance de lesão ou
morte (Sanders e McCormick), ou uma ou mais
condições de uma variável com potencial
necessário para causar danos (De Cicco e
Fantazzini) ou ainda: É a probabilidade potencial
de causar danos nas condições de uso e/ou
exposição, bem como a possível amplitude do
dano (definição pela Comissão Europeia)
Introdução
• Perigo: É uma condição ou conjunto de
circunstâncias, que tem o potencial de causar ou
contribuir para lesão ou morte (Sanders e
McCormick) ou Expressa uma exposição relativa
ao risco, que favorece sua materialização em
danos (De Cicco e Fantazzini) ou ainda, é a
propriedade ou capacidade intrínseca dos
materiais, equipamentos, métodos e práticas de
trabalho, potencialmente causadora de danos
(definição pela Comissão Europeia).
Introdução
• Atravessar a rua é um risco, atravessar a rua fora da
faixa de segurança aumenta o perigo. Podemos dizer que
tanto o perigo como o risco, podem e devem ser
minimizado com medidas de proteção que incluem EPI e
EPC.
• É fato que risco zero só é possível se eliminarmos a
grandeza que o produz, mas o perigo zero pode ser
conseguido sim. Para isto devem ser tomadas medidas
que levem ao risco quase zero e ao perigo zero, criem
sistemas que permitam que uma atividade seja
desenvolvida de forma segura, avaliado previamente
todos os riscos e providenciado dispositivos,
procedimentos e equipamentos que ou os eliminem ou os
controlem.
Introdução
• Segundo dados divulgados pelo Governo Federal,
em cinco anos, o Brasil registrou uma média anual
de 710 mil acidentes de trabalho, 2.810 mortes e 15
mil trabalhadores permanentemente incapacitados.
• Esses números são resultado direto da negligência,
falta de instrução e não utilização ou ausência de
EPI (Equipamentos de Proteção Individual).
São obrigações do Empregador
• Adquirir e fornecer gratuitamente o EPI adequado ao risco bem como
em prefeito estado de conservação e funcionamento.
• Fornecer EPI aprovado pelo Ministério do Trabalho e Administração –
MTA e de empresas no Departamento Nacional de Segurança e Saúde
do Trabalhador – DNSS/MTA – CA, expedido pelo MTA.
• Oferecer treinamento ao trabalhador sobre o seu uso adequado.
• Tomar obrigatório o seu uso. Caso haja recusa do funcionário em usar
os EPIs necessários à realização das tarefas, exigir que ele assine
termo de responsabilidade, declarando ter sobre a ciência necessária
do uso do EPI, bem como sobre os riscos q que está exposto, além da
responsabilidade legal por eventuais danos causados à sua saúde.
• Substituí-lo imediatamente quando danificado ou extraviado.
• Responsabilizar-se por sua higienização.
• Comunicar ao MTA qualquer irregularidade observada no EPI.
São obrigações do Empregado
• Usar o EPI apenas para a finalidade a que se
destina.
• Responsabilizar-se por sua guarda e
conservação.
• Comunicar ao empregador qualquer alteração
que torne o EPI impróprio para o uso.
EPI’s
• Apesar de constatar na legislação que a higienização dos EPIs
é de responsabilidade do empregador, dependendo do tipo de
EPI, ele deveria ser do empregado, pois é o usuário que sabe o
momento de à higienização e qual o método mais adequado,
com base no tipo de contaminação do EPI e se é necessária
desinfecção prévia.
• No mercado, há diversos tipos de EPI, diferentes fornecedores
e material empregado, variando, assim, a proteção conferida
ao técnico. O técnico deve ter conhecimento do grau de
proteção que o EPI fornece para determinada tarefa e
especificar adequadamente o EPI no momento da compra. Os
EPIS devem ser atóxicos, não provocarem alergias ou
irritações na pele, e, sempre que possível, serem confortáveis.
Não
improvise o
EPI
Não improvise o EPI
Seleção dos EPIs
•A seleção dos EPIs deverá ter em conta:
• Os riscos a que está exposto o
trabalhador;
• As condições em que trabalha;
• A parte do corpo a proteger;
• As características do próprio trabalhador
Formação do Utilizador
•Os EPI's são simples?
•É fácil a utilização correta de um dado
EPI?
•Para muitos EPI's é necessária uma
ação de demonstração, quando são
utilizados pela primeira vez.
•A transferência de informação deve
estar associada à motivação.
Formação do Utilizador
• Por que utilizar um determinado EPI e qual o tipo
de proteção que ele garante?
• Qual o tipo de proteção que ele NÃO garante?
• Como utilizar o EPI e ficar seguro de que o EPI
garante a proteção esperada?
• Quando se devem substituir as peças de um
dado EPI?
Formação do Utilizador
• Orientar e treinar o trabalhador sobre o uso
adequado, guarda e conservação;
• Substituir imediatamente, quando danificado ou
extraviado;
• Responsabilizar-se pela higienização e
manutenção periódica; e,
• Comunicar ao empregador qualquer
irregularidade observada.
Use o EPI de forma correta
Substitua
quando
danificado
TIPOS DE EPI
• Os EPIs podem dividir-se em termos da zona
corporal a proteger:
• Proteção da cabeça;
• Proteção auditiva;
• Proteção respiratória;
• Proteção ocular e facial;
• Proteção de mãos e braços;
• Proteção de pés e pernas;
• Proteção contra quedas;
• Proteção do tronco.
Proteção da Cabeça
• Existem basicamente três modelos de capacetes:
• Tipo I: Capacete com aba total: Confeccionado com aba em todo o
seu perímetro oferecendo assim maior área de proteção.
• Protege contra radiação solar, escorrimento de líquidos e
também proporciona maior afastamento de possíveis contatos
com energia elétrica.
• Ideal para trabalhadores externos que passam a jornada de
trabalho em exposição ao sol e variações climáticas como vento
e chuva.
• Tipo II: Capacete com aba frontal: Possui aba somente na região
frontal, oferecendo proteção ao rosto e olhos.
• É muito comum ver esse EPI usado na construção civil.
• Tipo III: Capacete sem aba: Protege principalmente contra impactos
na cabeça.
• Inicialmente foi desenvolvido para a prática de esportes, mas é
utilizado, atualmente, em muitas indústrias por ter um formato
compacto.
Hierarquia das Cores
• Para que se possa identificar a função de cada um na obra, A
CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) padroniza as
cores dos capacetes. Lembrando que, por não ter um documento
oficial que veta a cor para determinada função, ficam em aberto
as empresas escolherem as funções.
• Verde: Servente e operários
• Azul: Pedreiro.
• Amarelo: O mais utilizado por todos, também o que proporciona maior
visibilidade.
• Marrom: Visitantes.
• Cinza: Engenheiros e Arquitetos.
• Laranja: Eletricista.
• Vermelho: Carpinteiro.
• Branco: Mestre de obras e encarregados.
• Preto: Técnico em segurança do trabalho.
Proteção Auditiva
• Os protetores auriculares e abafadores de ruído são equipamentos
necessários quando o trabalhador fica exposto a ruídos que
ultrapassam 85 decibéis — no entanto, podem ser recomendados
quando forem registrados ruídos acima de 50 decibéis.
• Existem pelo menos dois modelos:
• plug ou de inserção: é introduzido no ouvido e, por isso, é o menor e o que
exige mais cuidados (por exemplo, deve ser higienizado adequadamente,
sendo necessário retirar as luvas para colocá-lo ou retirá-lo do ouvido);
• concha: é o mais comum, o mais fácil de transportar e o mais difícil de
perder.
• Algumas atividades que exigem o uso de equipamentos para
proteção dos ouvidos são:
• com uso de furadeiras, britadeiras e outras máquinas do gênero;
• em tarefas realizadas próximas a turbinas de avião;
• nas atividades em hangares e portos.
Proteção
Auditiva

Abafadores de ruído (ou protetores auriculares) e tampões


Proteção Respiratória
• Os protetores respiratórios podem proteger o trabalhador do
efeito nocivo de gases, poeira, névoas e outras substâncias
alérgenas, tóxicas ou irritantes que estejam espalhadas pelo
ar. Também são usados em locais com deficiência de oxigênio.
• Consistem basicamente em uma peça que cobre a boca e o
nariz, mas podem ser encontrados também em forma de
máscara, cobrindo assim o rosto inteiro. Neste último caso, o
respirador é geralmente usado em locais com grande
concentração de gases contaminantes.
• Existem, portanto, dois modelos:
• purificador de ar (descartável ou com filtro);
• respirador para receber ar puro de um botijão de oxigênio, por
exemplo.
Proteção Respiratória
• Por exemplo, as máscaras 3M, descartáveis ou não, são encontradas em
diferentes modelos, direcionadas para atividades diversas, como:
• vapores químicos e orgânicos;
• massa corrida e atividades de lixamento e acabamento;
• fuligens;
• partículas volantes.
• É importante buscar equipamentos de proteção respiratória de
qualidade. Para isso, alguns cuidados envolvem verificar se a marca
oferece o teste gratuito da respiração fit — ou ensaio de vedação —, para
constatar se, por exemplo, a máscara:
• está de acordo com o tamanho do rosto dos profissionais;
• realmente filtra aquele químico específico.
• No teste, utiliza-se um nebulizador para pulverizar uma solução
específica (doce ou amarga) no ambiente onde o usuário está utilizando a
máscara. Caso ele não sinta o gosto da substância, o respirador é
considerado aceitável.
• Por meio dessa e outras avaliações, será possível adequar o EPI à
realidade de cada empresa e cada trabalhador.
Proteção
Respiratória

Máscaras; aparelhos filtrantes próprios


contra cada tipo de contaminante do ar:
gases, aerossóis por exemplo
Proteção Ocular e Facial
• Neste caso, são usados óculos de segurança. Eles possuem
características diversas, dependendo da atividade profissional
em questão. Sua função básica é resguardar os olhos do
funcionário contra o impacto de objetos e a emissão dos raios
ultravioletas.
• Entre as tarefas que exigem o uso desse EPI, estão a
manipulação de:
• solda;
• vidro;
• madeira;
• aço;
• materiais biológicos;
• radiação.
Proteção Ocular e Facial
• Há também o protetor facial. Ele é responsável por
proteger a face contra poeiras, respingos de agentes
químicos, impactos e radiações ópticas.
• Possui uma viseira articulada, que pode ser
transparente, aluminizados, em materiais termoplásticos
e em tonalidades específicas, dependendo da atividade
realizada.
• Os protetores faciais são recomendados para
funcionários que trabalham com o risco de projeção de
partículas, como:
• equipamentos em serralherias e madeireiras;
• no setor de bebidas;
• atividades relativas à apicultura;
• riscos biológicos ou químicos.
Proteção
Ocular

Óculos, viseiras e máscaras


Proteção de Mãos e Braços
• Aqui, encontramos as luvas de segurança, que protegem
mãos e braços contra choques elétricos, queimaduras,
congelamento, cortes e qualquer outro tipo de material
nocivo ao trabalhador.
• Entre os modelos mais utilizados, encontramos:
• luvas de vaqueta: feitas com couro bovino, são utilizadas por
funcionários que trabalham com cordas e materiais abrasivos,
em locais de baixas temperaturas, etc.
• luvas de raspa: fornecem proteção contra agentes abrasivos e
escoriantes, e materiais cortantes;
• luvas de raspa e vaqueta (mista): protegem mãos e braços
contra materiais abrasivos e escoriantes, sendo mais usadas
em petrolíferas e demais serviços com peças oleadas;
• luvas de borracha nitrílica: oferecem proteção contra
materiais químicos e biológicos.
Proteção
de Mãos e
Braços

Os EPIs utilizados para proteção de mãos e braços atuam


contra riscos biológicos, queimaduras químicas, calor e
frio excessivos, mordidas, cortes, choques elétricos e
outros riscos físicos.
Ex.: Luvas, feitas em diversos materiais e tamanhos
conforme os riscos contra os quais se quer proteger:
mecânicos, químicos, biológicos, térmicos ou elétricos.
Proteção de Pés e Pernas
• Os membros inferiores incluem pernas e pés. Devem ser protegidos
conforme a atividade exercida pelo trabalhador. Os principais
equipamentos dessa categoria são os calçados de segurança, muito
utilizados na construção civil, em serviços de logística e de limpeza.
• Conheça alguns desses EPIs:
• botinas de segurança: protegem os pés contra perfurações, quedas e impacto de
materiais;
• botas de couro com cano médio: protegem pés contra quedas, torções, umidade e
escoriações;
• botas de borracha de cano longo: protegem pés e pernas também contra produtos
químicos e umidade;
• botas de couro com cano longo: protegem tanto os pés quanto as pernas contra o
ataque de animais peçonhentos, além de oferecer proteção mecânica;
• perneira de segurança: protege as pernas contra objetos cortantes e ataque de
animais peçonhentos.
• Lembre-se de que, quando há o risco de queda de materiais ou produtos
nos pés do trabalhador, o recomendável é utilizar botas com bico de aço.
Proteção de
Pés e Pernas
As botas de segurança protegem os pés e as pernas de impactos,
perfurações, queimaduras, choques, substâncias químicas, calor e
frio, perigos elétricos, impactos de objetos pesados, etc. Elas podem
ter o cano alto, chegando até a altura dos joelhos, e devem ser
resistentes à ação de ácidos e bases fortes, permitindo a proteção dos
membros inferiores contra borrifos desses reagentes e de materiais
que causam queimaduras.
Ex.: Sapatos, coturnos, botas, tênis, apropriados para os riscos contra
os quais se quer proteger: mecânicos, químicos, elétricos e de queda.
Proteção Contra Quedas
• Entende-se por EPI contra quedas de altura qualquer
equipamento que mantém uma pessoa ligada a um ponto
de ancoragem, capaz de evitar qualquer queda de altura
ou de parar a mesma em condições de segurança.
• São classificados da forma seguinte
• Sistemas de fixação na posição de trabalho: são aqueles
destinados a suportar o trabalhador em altura. Não deve ser
utilizado para a paragem da queda, e sim simultaneamente
com um sistema anti-queda, o qual deve estar inativo.
• Sistemas anti-queda: conjunto de EPI que permite parar a
queda em condições de segurança, constituído por arnês anti-
queda e algum dos três elementos ou dispositivos indicados a
seguir, os quais servem para se conectar a um ponto de
ancoragem seguro.
Proteção
Contra
Quedas

Cinto de segurança, sistema anti-queda, arnês, cinturão, mosquetão


Proteção do Tronco
• Os principais tipos de EPI para proteção do tronco se caracterizam
por ter formato de vestimentas, como aventais de segurança que
podem ser utilizados de maneira que envolvam completamente o
tronco dos trabalhadores, impedindo que esta região do corpo seja
atingida por qualquer tipo de material.
• A fabricação do EPI para proteção do tronco também é feita de acordo
com a função do trabalhador que irá utilizar aquele EPI. Profissionais
que podem sofrer impactos ou choques devem contar com EPIs mais
macios, enquanto aqueles que manuseiam produtos químicos
possuem aventais de materiais mais leves e impermeáveis, por
exemplo.
• Outro tipo bastante comum de EPI para proteção do tronco é o colete
à prova de balas, utilizado por profissionais da área de segurança,
como policiais militares, policiais civis e alguns vigilantes de
categorias específicas que devem utilizar este tipo de EPI.
Proteção do
Tronco

Os protetores para o tronco são utilizados quando há risco de


projeção de partículas, golpes ligeiros, calor radiante, chamas,
respingos de produtos químicos etc.
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA
•EPC é todo dispositivo, sistema ou meio
físico ou móvel de abrangência coletiva,
destinado a preservar a integridade física e
a saúde dos trabalhadores usuários e
terceiros.
•A utilização de EPCs encontra-se
regulamentada pelo Ministério do Trabalho
através da NR-6 (Norma Regulamentadora).
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA
•Deve-se:
• Usá-los apenas para a finalidade que se
destina.
• Comunicar qualquer alteração que o torne
impróprio para o uso.
• Treinar o trabalhador sobre seu uso
adequado.
• Substituí-lo quando danificado ou
extraviado.
TIPO DE EPC
• Caixa de perfurocortante
• Autoclaves
• Chuveiro de emergência
• Lava-olhos
• Capela de segurança química (CSQ)
• Capela de segurança biológica (CSB)
• Filtro HEPA
• Sprinkler
• Luz ultravioleta
• Extintores de incêndio
Caixa de
Perfurocortante

• Usada para descartar os resíduos


perfurocortantes como: seringas
hipodérmicas, agulhas de sutura,
bisturis, dentre outros. (Recomenda-
se que seja autoclavada antes do
descarte final).
Autoclaves

• Gera a esterilização de equipamentos


termorresistentes e insumos através de
calor úmido (vapor) e pressão.
• O monitoramento deve ser feito com
registro de pressão e temperatura a
cada ciclo de esterilização.
Chuveiro de Emergência
• Usado em laboratórios
químicos, deverá ter
aproximadamente 30 cm de
diâmetro, ser acionado por
alavanca de mão, cotovelos ou
joelhos. Sua instalação deverá
ser em lugar de fácil e rápido
acesso, com sinalização da
área. Deve-se fazer limpeza
semanalmente.
Lava-Olhos
• Dispositivo formado por
dois pequenos chuveiros
de média pressão,
acoplados a uma bacia
metálica, cujo ângulo
permite o direcionamento
correto do jato de água na
face e olhos.
Capela de Segurança Química (CSQ)
• É uma unidade de contenção
utilizada na manipulação de
produtos químicos. A cabine
deverá ser construída de
forma aerodinâmica, de
maneira que o fluxo de ar
ambiental não cause
turbulências e correntes,
reduzindo, assim, o perigo de
inalação e a contaminação do
operador e do ambiente.
Capela de Segurança Biológica (CSB)
• São equipamentos com sistemas de filtração de ar que
protegem o profissional, o material que está sendo
manipulado e o ambiente laboratorial dos aerossóis
potencialmente infectantes que podem se espalhar
durante os procedimentos microbiológicos.
• As CSBs têm filtros de alta eficiência. O mais utilizado
atualmente é o filtro HEPA (High Efficiency Particulate
Air) que apresenta uma eficiência de filtração de
99,93% para partículas de 0,3μm de diâmetro,
chamadas de MPPS (Maximum Penetration Particulate
Size).
Capela de Segurança Biológica (CSB)
Capela de Segurança Biológica (CSB)
• A escolha de uma cabine depende, em primeiro
lugar, do tipo de proteção que se pretende obter:
• Proteção do produto ou ensaio;
• Proteção pessoal contra microrganismos dos
Grupos de Risco 1 a 4;
• Proteção pessoal contra exposição a radionuclídeos
e químicos tóxicos voláteis; ou
• Uma combinação deles.
Capela de Segurança Biológica (CSB)
• Classificação das cabines de segurança biológica
• Os sistemas de filtração das CSB são mais ou menos
complexos, de acordo com o tipo de microrganismo
ou produto que vai ser manipulado em cada cabine.
Por isto, elas são classificadas em três tipos:
• Classe I: É o tipo mais simples de cabine. É pouco utilizada
atualmente por não proteger dos riscos presentes nos
laboratórios clínicos.
• Classe II: subdivididas em A1, A2 e B2.
• Classe III: São hermeticamente fechadas e necessitam de
um ambiente controlado para serem operadas. São usadas
em laboratórios de contenção, onde se manipulam agentes
de classes de risco 3 ou 4.
Capela de Segurança Biológica (CSB)
• CSB – Classe II
• São os modelos mais utilizados nas atividades que
apresentam risco biológico. Têm um filtro HEPA de
exaustão e um filtro HEPA de insuflamento, garantindo
a proteção do produto ou amostra, do
operador/profissional de laboratório e do ambiente.
• Podem ser de três tipos: A1, A2 e B2. Veja na tabela a
seguir a comparação das CSBs de classe II, de acordo
com o tipo de proteção desejada, características e
indicações de uso.
Capela de Segurança Biológica (CSB)
Capela de
Segurança
Biológica
(CSB)
Capela de Segurança Biológica (CSB)
• CSB – Classe III
• As CSBs nos laboratórios de DST, Aids e Hepatites Virais
• As cabines mais adequadas para laboratórios de DST, Aids e
Hepatites virais são as CSBs Classes II A2 ou B2.
• Devem ser usadas nas seguintes situações:
• Nos procedimentos com alto potencial de formação de aerossóis ou
borrifos infecciosos, tais como:
• Centrifugação;
• Trituração;
• Homogeneização;
• Agitação vigorosa;
• Ruptura por ultrassom; e
• Abertura de recipientes contendo material em que a pressão interna
possa ser menor que a pressão ambiental. Ex.: ampolas contendo
material liofilizado.
Capela de Segurança Biológica (CSB)
• CSB – Classe III
• Nos procedimentos com altas concentrações ou grandes
volumes de materiais biológicos contendo microrganismos
patogênicos de classes de risco 2 e 3.
• As CSBs com sistema de exaustão externo (A2 e B2)
permitem que os produtos biológicos sejam preparados e
manipulados com produtos químicos voláteis. Porém, a
proteção contra estes produtos é restrita. O trabalho
exclusivo com produtos químicos deve ser feito em capela
de exaustão química e não em CSB.
Capela de Segurança Biológica (CSB)
• Utilização da cabine de segurança biológica
• As cabines de segurança biológica são equipamentos que trabalham com
um fluxo ou cortina de ar como barreira de proteção. Assim, evite a
interferência neste fluxo de ar enquanto estiver trabalhando em uma CSB;
• Instale as cabines, preferencialmente, em locais exclusivos e protegidos,
ou então, o mais afastado possível da porta de entrada do laboratório para
evitar interferência no fluxo de ar. Se isto não for possível, limite a entrada
de pessoas no ambiente durante o uso da cabine;
• Não comece as atividades dentro da cabine se estiverem sendo usados
misturadores ou centrífugas no laboratório.
• Obs.: Trabalhar numa cabine de segurança biológica não significa estar
protegido. Para que a proteção seja efetiva é muito importante saber usar a
cabine corretamente:
• Os profissionais que utilizam a CSB devem receber treinamento adequado;
• Este equipamento deve passar por manutenções periódicas;
• Procure conhecer e se informar sobre o equipamento com o qual você vai
trabalhar.
Filtro HEPA
• Alta Eficiência de Bloqueio de
Partículas Contidas no Ar.
• Retêm 99,99% - partículas com
diâmetro 0,3 µ (retendo
bactérias, esporos, vírus, etc.).
• Remove Bactérias existentes no
ar prevenindo as infecções pós-
operatórias de: hospitais,
centros cirúrgicos e quartos de
hospitais.
Sprinkler
• É o sistema de segurança
que através da elevação
de temperatura produz
fortes borrifos de água no
ambiente. Também é
conhecido como
borrifador de teto e
chuveiro automático de
extinção de incêndio.
Luz Ultravioleta
• São lâmpadas germicidas,
cujo comprimento da onda
eficaz é de 240 nm. Seu
uso em cabine de
segurança biológica não
deve exceder a 15
minutos. O tempo médio
de uso é de 3000 horas.
Extintores de Incêndio
• Extintor de incêndio a base de água
• Utiliza o CO2 como propulsor.
• Usado em papel, tecidos, madeira e fibras.
• Extintor de incêndio de CO2 em pó
• Utiliza o CO2 em pó como base.
• Usado em líquidos, gases inflamáveis e fogo de origem elétrica.
• Extintor de incêndio de pó seco
• Usado em líquidos e gases inflamáveis, metais do grupo alcalino
e fogo de origem elétrica.
• Extintor de incêndio de espuma
• Usado para líquidos inflamáveis.
• Não deve ser usado em fogo causado por eletricidade.
Extintores de Incêndio
Extintores de Incêndio
Conclusão
• O uso de barreiras de contenção na forma de EPI e
EPC utilizados nos serviços de saúde e laboratórios se
constitui em sistemas que se sobrepõem permitindo
ampliação da proteção do trabalhador da área de
saúde, do paciente, do experimento e do ambiente.
• Na situação atual, e na eminencia de uma pandemia,
além das doenças emergentes e reemergentes que
assolam nosso mundo, as barreiras de contenção de
riscos por meio dos equipamentos de proteção
individuais e coletivos, tornam-se ferramentas táticas
disponíveis em Biossegurança.
REFERÊNCIAS
• BRASIL. MTE. Ministério do Trabalho e Emprego Portaria nº 3.214,
de 08/06/ 1978. Segurança e Saúde do Trabalhador. NR - 06.
• BRASIL. MTE. Ministério do Trabalho e Emprego Portaria nº 485, de
11/11/2005. NR 32.
• BRASIL. MTE. Ministério do Trabalho e Emprego. Equipamentos de
Proteção Individual – EPI. Disponível em:
<http://portal.mte.gov.br/seg_sau/equipamentos-de-protecao-
individual-epi.htm>. Acesso em 25 de out. de 2014.
• LIMA e SILVA, F.H.A. Barreiras de Contenção. In: Oda, L.M. & Avila,
S.M. (orgs.). Biossegurança em Laboratórios de Saúde Pública. Ed.
M.S., p.31-56, 1998. ISBN: 85-85471-11-5
• BRASIL. MS. Fundação Oswaldo Cruz. Núcleo de Biossegurança.
Biossegurança em Laboratórios de Saúde Pública. 2ª Edição. Rio
de Janeiro, 2000.
• GOOGLE IMAGENS, acesso em 26 de out. de 2014.
• BIOSSEGURANÇA NO USO DE CABINE DE SEGURANÇA
BIOLÓGICA NO MANUSEIO DE SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS,
DROGAS E RADIOISÓTOPOS. Disponível em:
<http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/lab_virtual/csb.html>.
Acesso em 26 de out. de 2014.
• EQUIPAMENTO de Proteção Coletiva (EPC). Disponível em:
<http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/lab_virtual/epc.html>.
Acesso em 26 de out. de 2014
Obrigada

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