Introdução • EPI é todo dispositivo de uso individual, de fabricação nacional ou estrangeira, destinado a proteger a saúde e a integridade física do trabalhador. Como expressa a própria sigla, EPI é um equipamento de uso individual, não sendo adequado o uso coletivo por questões de segurança e higiene. • Em nível internacional a Occupational Safety and Health Administration (OSHA) define os equipamentos de proteção individual que devem ser utilizados para os olhos, cabeça, extremidades, as roupas de proteção, os dispositivos de respiração etc. • A utilização de EPIs encontra-se regulamentada pelo Ministério do Trabalho através da NR-6 (Norma Regulamentadora), em que estão definidas as obrigações do empregador e do empregado. Introdução • Mas antes de continuar a falar de proteção individual e coletiva, vamos explorar um pouco as causas. • Se existe uma necessidade de se proteger é porque existe algum risco ou perigo, a ser controlado. • Vamos esclarecer os dois conceitos Introdução • Risco: É a probabilidade ou chance de lesão ou morte (Sanders e McCormick), ou uma ou mais condições de uma variável com potencial necessário para causar danos (De Cicco e Fantazzini) ou ainda: É a probabilidade potencial de causar danos nas condições de uso e/ou exposição, bem como a possível amplitude do dano (definição pela Comissão Europeia) Introdução • Perigo: É uma condição ou conjunto de circunstâncias, que tem o potencial de causar ou contribuir para lesão ou morte (Sanders e McCormick) ou Expressa uma exposição relativa ao risco, que favorece sua materialização em danos (De Cicco e Fantazzini) ou ainda, é a propriedade ou capacidade intrínseca dos materiais, equipamentos, métodos e práticas de trabalho, potencialmente causadora de danos (definição pela Comissão Europeia). Introdução • Atravessar a rua é um risco, atravessar a rua fora da faixa de segurança aumenta o perigo. Podemos dizer que tanto o perigo como o risco, podem e devem ser minimizado com medidas de proteção que incluem EPI e EPC. • É fato que risco zero só é possível se eliminarmos a grandeza que o produz, mas o perigo zero pode ser conseguido sim. Para isto devem ser tomadas medidas que levem ao risco quase zero e ao perigo zero, criem sistemas que permitam que uma atividade seja desenvolvida de forma segura, avaliado previamente todos os riscos e providenciado dispositivos, procedimentos e equipamentos que ou os eliminem ou os controlem. Introdução • Segundo dados divulgados pelo Governo Federal, em cinco anos, o Brasil registrou uma média anual de 710 mil acidentes de trabalho, 2.810 mortes e 15 mil trabalhadores permanentemente incapacitados. • Esses números são resultado direto da negligência, falta de instrução e não utilização ou ausência de EPI (Equipamentos de Proteção Individual). São obrigações do Empregador • Adquirir e fornecer gratuitamente o EPI adequado ao risco bem como em prefeito estado de conservação e funcionamento. • Fornecer EPI aprovado pelo Ministério do Trabalho e Administração – MTA e de empresas no Departamento Nacional de Segurança e Saúde do Trabalhador – DNSS/MTA – CA, expedido pelo MTA. • Oferecer treinamento ao trabalhador sobre o seu uso adequado. • Tomar obrigatório o seu uso. Caso haja recusa do funcionário em usar os EPIs necessários à realização das tarefas, exigir que ele assine termo de responsabilidade, declarando ter sobre a ciência necessária do uso do EPI, bem como sobre os riscos q que está exposto, além da responsabilidade legal por eventuais danos causados à sua saúde. • Substituí-lo imediatamente quando danificado ou extraviado. • Responsabilizar-se por sua higienização. • Comunicar ao MTA qualquer irregularidade observada no EPI. São obrigações do Empregado • Usar o EPI apenas para a finalidade a que se destina. • Responsabilizar-se por sua guarda e conservação. • Comunicar ao empregador qualquer alteração que torne o EPI impróprio para o uso. EPI’s • Apesar de constatar na legislação que a higienização dos EPIs é de responsabilidade do empregador, dependendo do tipo de EPI, ele deveria ser do empregado, pois é o usuário que sabe o momento de à higienização e qual o método mais adequado, com base no tipo de contaminação do EPI e se é necessária desinfecção prévia. • No mercado, há diversos tipos de EPI, diferentes fornecedores e material empregado, variando, assim, a proteção conferida ao técnico. O técnico deve ter conhecimento do grau de proteção que o EPI fornece para determinada tarefa e especificar adequadamente o EPI no momento da compra. Os EPIS devem ser atóxicos, não provocarem alergias ou irritações na pele, e, sempre que possível, serem confortáveis. Não improvise o EPI Não improvise o EPI Seleção dos EPIs •A seleção dos EPIs deverá ter em conta: • Os riscos a que está exposto o trabalhador; • As condições em que trabalha; • A parte do corpo a proteger; • As características do próprio trabalhador Formação do Utilizador •Os EPI's são simples? •É fácil a utilização correta de um dado EPI? •Para muitos EPI's é necessária uma ação de demonstração, quando são utilizados pela primeira vez. •A transferência de informação deve estar associada à motivação. Formação do Utilizador • Por que utilizar um determinado EPI e qual o tipo de proteção que ele garante? • Qual o tipo de proteção que ele NÃO garante? • Como utilizar o EPI e ficar seguro de que o EPI garante a proteção esperada? • Quando se devem substituir as peças de um dado EPI? Formação do Utilizador • Orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação; • Substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado; • Responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e, • Comunicar ao empregador qualquer irregularidade observada. Use o EPI de forma correta Substitua quando danificado TIPOS DE EPI • Os EPIs podem dividir-se em termos da zona corporal a proteger: • Proteção da cabeça; • Proteção auditiva; • Proteção respiratória; • Proteção ocular e facial; • Proteção de mãos e braços; • Proteção de pés e pernas; • Proteção contra quedas; • Proteção do tronco. Proteção da Cabeça • Existem basicamente três modelos de capacetes: • Tipo I: Capacete com aba total: Confeccionado com aba em todo o seu perímetro oferecendo assim maior área de proteção. • Protege contra radiação solar, escorrimento de líquidos e também proporciona maior afastamento de possíveis contatos com energia elétrica. • Ideal para trabalhadores externos que passam a jornada de trabalho em exposição ao sol e variações climáticas como vento e chuva. • Tipo II: Capacete com aba frontal: Possui aba somente na região frontal, oferecendo proteção ao rosto e olhos. • É muito comum ver esse EPI usado na construção civil. • Tipo III: Capacete sem aba: Protege principalmente contra impactos na cabeça. • Inicialmente foi desenvolvido para a prática de esportes, mas é utilizado, atualmente, em muitas indústrias por ter um formato compacto. Hierarquia das Cores • Para que se possa identificar a função de cada um na obra, A CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) padroniza as cores dos capacetes. Lembrando que, por não ter um documento oficial que veta a cor para determinada função, ficam em aberto as empresas escolherem as funções. • Verde: Servente e operários • Azul: Pedreiro. • Amarelo: O mais utilizado por todos, também o que proporciona maior visibilidade. • Marrom: Visitantes. • Cinza: Engenheiros e Arquitetos. • Laranja: Eletricista. • Vermelho: Carpinteiro. • Branco: Mestre de obras e encarregados. • Preto: Técnico em segurança do trabalho. Proteção Auditiva • Os protetores auriculares e abafadores de ruído são equipamentos necessários quando o trabalhador fica exposto a ruídos que ultrapassam 85 decibéis — no entanto, podem ser recomendados quando forem registrados ruídos acima de 50 decibéis. • Existem pelo menos dois modelos: • plug ou de inserção: é introduzido no ouvido e, por isso, é o menor e o que exige mais cuidados (por exemplo, deve ser higienizado adequadamente, sendo necessário retirar as luvas para colocá-lo ou retirá-lo do ouvido); • concha: é o mais comum, o mais fácil de transportar e o mais difícil de perder. • Algumas atividades que exigem o uso de equipamentos para proteção dos ouvidos são: • com uso de furadeiras, britadeiras e outras máquinas do gênero; • em tarefas realizadas próximas a turbinas de avião; • nas atividades em hangares e portos. Proteção Auditiva
Abafadores de ruído (ou protetores auriculares) e tampões
Proteção Respiratória • Os protetores respiratórios podem proteger o trabalhador do efeito nocivo de gases, poeira, névoas e outras substâncias alérgenas, tóxicas ou irritantes que estejam espalhadas pelo ar. Também são usados em locais com deficiência de oxigênio. • Consistem basicamente em uma peça que cobre a boca e o nariz, mas podem ser encontrados também em forma de máscara, cobrindo assim o rosto inteiro. Neste último caso, o respirador é geralmente usado em locais com grande concentração de gases contaminantes. • Existem, portanto, dois modelos: • purificador de ar (descartável ou com filtro); • respirador para receber ar puro de um botijão de oxigênio, por exemplo. Proteção Respiratória • Por exemplo, as máscaras 3M, descartáveis ou não, são encontradas em diferentes modelos, direcionadas para atividades diversas, como: • vapores químicos e orgânicos; • massa corrida e atividades de lixamento e acabamento; • fuligens; • partículas volantes. • É importante buscar equipamentos de proteção respiratória de qualidade. Para isso, alguns cuidados envolvem verificar se a marca oferece o teste gratuito da respiração fit — ou ensaio de vedação —, para constatar se, por exemplo, a máscara: • está de acordo com o tamanho do rosto dos profissionais; • realmente filtra aquele químico específico. • No teste, utiliza-se um nebulizador para pulverizar uma solução específica (doce ou amarga) no ambiente onde o usuário está utilizando a máscara. Caso ele não sinta o gosto da substância, o respirador é considerado aceitável. • Por meio dessa e outras avaliações, será possível adequar o EPI à realidade de cada empresa e cada trabalhador. Proteção Respiratória
Máscaras; aparelhos filtrantes próprios
contra cada tipo de contaminante do ar: gases, aerossóis por exemplo Proteção Ocular e Facial • Neste caso, são usados óculos de segurança. Eles possuem características diversas, dependendo da atividade profissional em questão. Sua função básica é resguardar os olhos do funcionário contra o impacto de objetos e a emissão dos raios ultravioletas. • Entre as tarefas que exigem o uso desse EPI, estão a manipulação de: • solda; • vidro; • madeira; • aço; • materiais biológicos; • radiação. Proteção Ocular e Facial • Há também o protetor facial. Ele é responsável por proteger a face contra poeiras, respingos de agentes químicos, impactos e radiações ópticas. • Possui uma viseira articulada, que pode ser transparente, aluminizados, em materiais termoplásticos e em tonalidades específicas, dependendo da atividade realizada. • Os protetores faciais são recomendados para funcionários que trabalham com o risco de projeção de partículas, como: • equipamentos em serralherias e madeireiras; • no setor de bebidas; • atividades relativas à apicultura; • riscos biológicos ou químicos. Proteção Ocular
Óculos, viseiras e máscaras
Proteção de Mãos e Braços • Aqui, encontramos as luvas de segurança, que protegem mãos e braços contra choques elétricos, queimaduras, congelamento, cortes e qualquer outro tipo de material nocivo ao trabalhador. • Entre os modelos mais utilizados, encontramos: • luvas de vaqueta: feitas com couro bovino, são utilizadas por funcionários que trabalham com cordas e materiais abrasivos, em locais de baixas temperaturas, etc. • luvas de raspa: fornecem proteção contra agentes abrasivos e escoriantes, e materiais cortantes; • luvas de raspa e vaqueta (mista): protegem mãos e braços contra materiais abrasivos e escoriantes, sendo mais usadas em petrolíferas e demais serviços com peças oleadas; • luvas de borracha nitrílica: oferecem proteção contra materiais químicos e biológicos. Proteção de Mãos e Braços
Os EPIs utilizados para proteção de mãos e braços atuam
contra riscos biológicos, queimaduras químicas, calor e frio excessivos, mordidas, cortes, choques elétricos e outros riscos físicos. Ex.: Luvas, feitas em diversos materiais e tamanhos conforme os riscos contra os quais se quer proteger: mecânicos, químicos, biológicos, térmicos ou elétricos. Proteção de Pés e Pernas • Os membros inferiores incluem pernas e pés. Devem ser protegidos conforme a atividade exercida pelo trabalhador. Os principais equipamentos dessa categoria são os calçados de segurança, muito utilizados na construção civil, em serviços de logística e de limpeza. • Conheça alguns desses EPIs: • botinas de segurança: protegem os pés contra perfurações, quedas e impacto de materiais; • botas de couro com cano médio: protegem pés contra quedas, torções, umidade e escoriações; • botas de borracha de cano longo: protegem pés e pernas também contra produtos químicos e umidade; • botas de couro com cano longo: protegem tanto os pés quanto as pernas contra o ataque de animais peçonhentos, além de oferecer proteção mecânica; • perneira de segurança: protege as pernas contra objetos cortantes e ataque de animais peçonhentos. • Lembre-se de que, quando há o risco de queda de materiais ou produtos nos pés do trabalhador, o recomendável é utilizar botas com bico de aço. Proteção de Pés e Pernas As botas de segurança protegem os pés e as pernas de impactos, perfurações, queimaduras, choques, substâncias químicas, calor e frio, perigos elétricos, impactos de objetos pesados, etc. Elas podem ter o cano alto, chegando até a altura dos joelhos, e devem ser resistentes à ação de ácidos e bases fortes, permitindo a proteção dos membros inferiores contra borrifos desses reagentes e de materiais que causam queimaduras. Ex.: Sapatos, coturnos, botas, tênis, apropriados para os riscos contra os quais se quer proteger: mecânicos, químicos, elétricos e de queda. Proteção Contra Quedas • Entende-se por EPI contra quedas de altura qualquer equipamento que mantém uma pessoa ligada a um ponto de ancoragem, capaz de evitar qualquer queda de altura ou de parar a mesma em condições de segurança. • São classificados da forma seguinte • Sistemas de fixação na posição de trabalho: são aqueles destinados a suportar o trabalhador em altura. Não deve ser utilizado para a paragem da queda, e sim simultaneamente com um sistema anti-queda, o qual deve estar inativo. • Sistemas anti-queda: conjunto de EPI que permite parar a queda em condições de segurança, constituído por arnês anti- queda e algum dos três elementos ou dispositivos indicados a seguir, os quais servem para se conectar a um ponto de ancoragem seguro. Proteção Contra Quedas
Cinto de segurança, sistema anti-queda, arnês, cinturão, mosquetão
Proteção do Tronco • Os principais tipos de EPI para proteção do tronco se caracterizam por ter formato de vestimentas, como aventais de segurança que podem ser utilizados de maneira que envolvam completamente o tronco dos trabalhadores, impedindo que esta região do corpo seja atingida por qualquer tipo de material. • A fabricação do EPI para proteção do tronco também é feita de acordo com a função do trabalhador que irá utilizar aquele EPI. Profissionais que podem sofrer impactos ou choques devem contar com EPIs mais macios, enquanto aqueles que manuseiam produtos químicos possuem aventais de materiais mais leves e impermeáveis, por exemplo. • Outro tipo bastante comum de EPI para proteção do tronco é o colete à prova de balas, utilizado por profissionais da área de segurança, como policiais militares, policiais civis e alguns vigilantes de categorias específicas que devem utilizar este tipo de EPI. Proteção do Tronco
Os protetores para o tronco são utilizados quando há risco de
projeção de partículas, golpes ligeiros, calor radiante, chamas, respingos de produtos químicos etc. EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA •EPC é todo dispositivo, sistema ou meio físico ou móvel de abrangência coletiva, destinado a preservar a integridade física e a saúde dos trabalhadores usuários e terceiros. •A utilização de EPCs encontra-se regulamentada pelo Ministério do Trabalho através da NR-6 (Norma Regulamentadora). EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA •Deve-se: • Usá-los apenas para a finalidade que se destina. • Comunicar qualquer alteração que o torne impróprio para o uso. • Treinar o trabalhador sobre seu uso adequado. • Substituí-lo quando danificado ou extraviado. TIPO DE EPC • Caixa de perfurocortante • Autoclaves • Chuveiro de emergência • Lava-olhos • Capela de segurança química (CSQ) • Capela de segurança biológica (CSB) • Filtro HEPA • Sprinkler • Luz ultravioleta • Extintores de incêndio Caixa de Perfurocortante
• Usada para descartar os resíduos
perfurocortantes como: seringas hipodérmicas, agulhas de sutura, bisturis, dentre outros. (Recomenda- se que seja autoclavada antes do descarte final). Autoclaves
• Gera a esterilização de equipamentos
termorresistentes e insumos através de calor úmido (vapor) e pressão. • O monitoramento deve ser feito com registro de pressão e temperatura a cada ciclo de esterilização. Chuveiro de Emergência • Usado em laboratórios químicos, deverá ter aproximadamente 30 cm de diâmetro, ser acionado por alavanca de mão, cotovelos ou joelhos. Sua instalação deverá ser em lugar de fácil e rápido acesso, com sinalização da área. Deve-se fazer limpeza semanalmente. Lava-Olhos • Dispositivo formado por dois pequenos chuveiros de média pressão, acoplados a uma bacia metálica, cujo ângulo permite o direcionamento correto do jato de água na face e olhos. Capela de Segurança Química (CSQ) • É uma unidade de contenção utilizada na manipulação de produtos químicos. A cabine deverá ser construída de forma aerodinâmica, de maneira que o fluxo de ar ambiental não cause turbulências e correntes, reduzindo, assim, o perigo de inalação e a contaminação do operador e do ambiente. Capela de Segurança Biológica (CSB) • São equipamentos com sistemas de filtração de ar que protegem o profissional, o material que está sendo manipulado e o ambiente laboratorial dos aerossóis potencialmente infectantes que podem se espalhar durante os procedimentos microbiológicos. • As CSBs têm filtros de alta eficiência. O mais utilizado atualmente é o filtro HEPA (High Efficiency Particulate Air) que apresenta uma eficiência de filtração de 99,93% para partículas de 0,3μm de diâmetro, chamadas de MPPS (Maximum Penetration Particulate Size). Capela de Segurança Biológica (CSB) Capela de Segurança Biológica (CSB) • A escolha de uma cabine depende, em primeiro lugar, do tipo de proteção que se pretende obter: • Proteção do produto ou ensaio; • Proteção pessoal contra microrganismos dos Grupos de Risco 1 a 4; • Proteção pessoal contra exposição a radionuclídeos e químicos tóxicos voláteis; ou • Uma combinação deles. Capela de Segurança Biológica (CSB) • Classificação das cabines de segurança biológica • Os sistemas de filtração das CSB são mais ou menos complexos, de acordo com o tipo de microrganismo ou produto que vai ser manipulado em cada cabine. Por isto, elas são classificadas em três tipos: • Classe I: É o tipo mais simples de cabine. É pouco utilizada atualmente por não proteger dos riscos presentes nos laboratórios clínicos. • Classe II: subdivididas em A1, A2 e B2. • Classe III: São hermeticamente fechadas e necessitam de um ambiente controlado para serem operadas. São usadas em laboratórios de contenção, onde se manipulam agentes de classes de risco 3 ou 4. Capela de Segurança Biológica (CSB) • CSB – Classe II • São os modelos mais utilizados nas atividades que apresentam risco biológico. Têm um filtro HEPA de exaustão e um filtro HEPA de insuflamento, garantindo a proteção do produto ou amostra, do operador/profissional de laboratório e do ambiente. • Podem ser de três tipos: A1, A2 e B2. Veja na tabela a seguir a comparação das CSBs de classe II, de acordo com o tipo de proteção desejada, características e indicações de uso. Capela de Segurança Biológica (CSB) Capela de Segurança Biológica (CSB) Capela de Segurança Biológica (CSB) • CSB – Classe III • As CSBs nos laboratórios de DST, Aids e Hepatites Virais • As cabines mais adequadas para laboratórios de DST, Aids e Hepatites virais são as CSBs Classes II A2 ou B2. • Devem ser usadas nas seguintes situações: • Nos procedimentos com alto potencial de formação de aerossóis ou borrifos infecciosos, tais como: • Centrifugação; • Trituração; • Homogeneização; • Agitação vigorosa; • Ruptura por ultrassom; e • Abertura de recipientes contendo material em que a pressão interna possa ser menor que a pressão ambiental. Ex.: ampolas contendo material liofilizado. Capela de Segurança Biológica (CSB) • CSB – Classe III • Nos procedimentos com altas concentrações ou grandes volumes de materiais biológicos contendo microrganismos patogênicos de classes de risco 2 e 3. • As CSBs com sistema de exaustão externo (A2 e B2) permitem que os produtos biológicos sejam preparados e manipulados com produtos químicos voláteis. Porém, a proteção contra estes produtos é restrita. O trabalho exclusivo com produtos químicos deve ser feito em capela de exaustão química e não em CSB. Capela de Segurança Biológica (CSB) • Utilização da cabine de segurança biológica • As cabines de segurança biológica são equipamentos que trabalham com um fluxo ou cortina de ar como barreira de proteção. Assim, evite a interferência neste fluxo de ar enquanto estiver trabalhando em uma CSB; • Instale as cabines, preferencialmente, em locais exclusivos e protegidos, ou então, o mais afastado possível da porta de entrada do laboratório para evitar interferência no fluxo de ar. Se isto não for possível, limite a entrada de pessoas no ambiente durante o uso da cabine; • Não comece as atividades dentro da cabine se estiverem sendo usados misturadores ou centrífugas no laboratório. • Obs.: Trabalhar numa cabine de segurança biológica não significa estar protegido. Para que a proteção seja efetiva é muito importante saber usar a cabine corretamente: • Os profissionais que utilizam a CSB devem receber treinamento adequado; • Este equipamento deve passar por manutenções periódicas; • Procure conhecer e se informar sobre o equipamento com o qual você vai trabalhar. Filtro HEPA • Alta Eficiência de Bloqueio de Partículas Contidas no Ar. • Retêm 99,99% - partículas com diâmetro 0,3 µ (retendo bactérias, esporos, vírus, etc.). • Remove Bactérias existentes no ar prevenindo as infecções pós- operatórias de: hospitais, centros cirúrgicos e quartos de hospitais. Sprinkler • É o sistema de segurança que através da elevação de temperatura produz fortes borrifos de água no ambiente. Também é conhecido como borrifador de teto e chuveiro automático de extinção de incêndio. Luz Ultravioleta • São lâmpadas germicidas, cujo comprimento da onda eficaz é de 240 nm. Seu uso em cabine de segurança biológica não deve exceder a 15 minutos. O tempo médio de uso é de 3000 horas. Extintores de Incêndio • Extintor de incêndio a base de água • Utiliza o CO2 como propulsor. • Usado em papel, tecidos, madeira e fibras. • Extintor de incêndio de CO2 em pó • Utiliza o CO2 em pó como base. • Usado em líquidos, gases inflamáveis e fogo de origem elétrica. • Extintor de incêndio de pó seco • Usado em líquidos e gases inflamáveis, metais do grupo alcalino e fogo de origem elétrica. • Extintor de incêndio de espuma • Usado para líquidos inflamáveis. • Não deve ser usado em fogo causado por eletricidade. Extintores de Incêndio Extintores de Incêndio Conclusão • O uso de barreiras de contenção na forma de EPI e EPC utilizados nos serviços de saúde e laboratórios se constitui em sistemas que se sobrepõem permitindo ampliação da proteção do trabalhador da área de saúde, do paciente, do experimento e do ambiente. • Na situação atual, e na eminencia de uma pandemia, além das doenças emergentes e reemergentes que assolam nosso mundo, as barreiras de contenção de riscos por meio dos equipamentos de proteção individuais e coletivos, tornam-se ferramentas táticas disponíveis em Biossegurança. REFERÊNCIAS • BRASIL. MTE. Ministério do Trabalho e Emprego Portaria nº 3.214, de 08/06/ 1978. Segurança e Saúde do Trabalhador. NR - 06. • BRASIL. MTE. Ministério do Trabalho e Emprego Portaria nº 485, de 11/11/2005. NR 32. • BRASIL. MTE. Ministério do Trabalho e Emprego. Equipamentos de Proteção Individual – EPI. Disponível em: <http://portal.mte.gov.br/seg_sau/equipamentos-de-protecao- individual-epi.htm>. Acesso em 25 de out. de 2014. • LIMA e SILVA, F.H.A. Barreiras de Contenção. In: Oda, L.M. & Avila, S.M. (orgs.). Biossegurança em Laboratórios de Saúde Pública. Ed. M.S., p.31-56, 1998. ISBN: 85-85471-11-5 • BRASIL. MS. Fundação Oswaldo Cruz. Núcleo de Biossegurança. Biossegurança em Laboratórios de Saúde Pública. 2ª Edição. Rio de Janeiro, 2000. • GOOGLE IMAGENS, acesso em 26 de out. de 2014. • BIOSSEGURANÇA NO USO DE CABINE DE SEGURANÇA BIOLÓGICA NO MANUSEIO DE SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS, DROGAS E RADIOISÓTOPOS. Disponível em: <http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/lab_virtual/csb.html>. Acesso em 26 de out. de 2014. • EQUIPAMENTO de Proteção Coletiva (EPC). Disponível em: <http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/lab_virtual/epc.html>. Acesso em 26 de out. de 2014 Obrigada