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EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

Uma das medidas de controle mais utilizadas pelas empresas é o uso de


Equipamento de Proteção Individual - EPI, medida que deve ser definida através de
um trabalho elaborado por profissional da área de segurança do trabalho.

Por que usar EPI's


EPI’s são ferramentas de trabalho que visam proteger a
saúde do trabalhador.
As vias de exposição são:

Inalatória (Nariz) Oral (Boca) Ocular (Olhos) Dérmica (Pele)

A função básica do EPI é proteger o organismo de exposições a riscos ambientais.


O uso de EPI’s é uma exigência da legislação trabalhista brasileira através de suas Normas
Regulamentadoras Rurais. O não cumprimento poderá acarretar em ações de responsabilidade
cível e penal, além de multas aos infratores.
Responsabilidades
A legislação trabalhista prevê que:

É obrigação do empregador:
 Adquirir o tipo de EPI adequado para a atividade
executada;
 Tornar o uso obrigatório;
 Fornecer os EPI’s com certificados de aprovação - CA,
emitidos pelo Min. Trabalho;
 Orientar e treinar quanto ao uso dos EPI’s
 Fiscalizar o uso dos EPI’s
 Substituir os EPI’s danificados ou extraviados;
 Responsabilizar-se pela Manutenção e Higienização,
quando aplicável.
É obrigação do trabalhador:
 Usar o EPI, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina;
 Responsabilizar-se pela guarda e conservação;
 Comunicar a empresa qualquer alteração que o torne impróprio para o uso;
Cumprir determinações da empresa sobre o uso adequado.

Quem falhar nestas obrigações poderá ser responsabilizado


O empregador poderá responder na área criminal ou cível, além de ser multado
pelo Ministério do Trabalho.
O funcionário está sujeito a sanções trabalhistas podendo até ser demitido por
justa causa.
É recomendado que o fornecimento de EPI’s, bem como treinamentos
ministrados, sejam registrados através de documentação apropriada.
Aquisição dos EPI’s

Os EPI’s existem para proteger a saúde do trabalhador e devem ser testados e


aprovados pela autoridade competente para comprovar sua eficácia.
O Ministério do Trabalho atesta a qualidade dos EPI’s disponíveis no mercado através da
emissão do Certificado de Aprovação (C.A.). O fornecimento e a comercialização de
EPI’s sem o C.A. é considerado crime e tanto o comerciante quanto o empregador ficam
sujeitos às penalidades previstas em lei.
Principais equipamentos de proteção individual

CAPACETE: VISEIRA ÓCULOS DE SEGURANÇA


Proteger contra FACIAL: CONTRA IMPACTO: Proteger contra
intempéries, Proteger contra o impacto de partículas junto à visão
perfurações e projeção de
impactos. partículas contra
a face.
PROTETOR AURICULAR: Proteger RESPIRADORES (máscaras): Proteção das
contra danos a audição humana. vias respiratórias.
LUVAS DE SEGURANÇA: CREME PROTETOR PARA PELE: AVENTAL: Proteção do tronco
Proteção contra escoriações Proteção contra o contato com contra umidade e contato com
e contato com produtos produtos químicos. produtos químicos.
químicos.
CALÇADOS DE SEGURANÇA: CINTO DE SEGURANÇA: CADEIRA SUSPENSA: Proteção
Proteção contra perfuração, Proteção contra quedas em contra quedas em trabalhos em
esmagamento e contato com trabalhos em altura. altura.
produtos químicos.
Guarda e Conservação

Os EPI’s devem ser lavados (quando aplicável) e guardados corretamente para assegurar
maior vida útil e eficiência. Os EPI’s devem ser lavados e guardados separados das roupas
comuns.

Os respiradores devem ser mantidos conforme instruções específicas que acompanham


cada modelo. Respiradores com manutenção (com filtros especiais para reposição) devem
ser descontaminados e armazenados em local limpo. Filtros não saturados devem ser
envolvidos em uma embalagem limpa para diminuir o contato com o ar.
Mitos
Existem alguns mitos que não servem mais como desculpa para não usar EPI’s:

EPI’s são desconfortáveis


Realmente os EPI’s eram muito desconfortáveis no passado, mas atualmente
existem EPI’s confeccionados com materiais leves e confortáveis. A sensação
de desconforto está associada a fatores como a falta de treinamento e ao uso
incorreto.
Considerações Finais

O simples fornecimento dos equipamentos de proteção individual jamais será capaz


de proteger a saúde do trabalhador e evitar contaminações. Incorretamente
utilizados, os EPI’s podem comprometer ainda mais a segurança do trabalhador.
Acreditamos que o desenvolvimento da percepção do risco aliado a um conjunto de
informações e regras básicas de segurança são as ferramentas mais importantes
para evitar a exposição e assegurar o sucesso das medidas individuais de proteção à
saúde do trabalhador.
O uso correto dos EPI’s é um tema que vem evoluindo rapidamente e exige a
reciclagem contínua dos profissionais através de treinamentos e do acesso a
informações atualizadas.
Bem informado, o profissional poderá adotar medidas cada vez mais econômicas e
eficazes para proteger a saúde dos trabalhadores, além de evitar problemas
trabalhistas.
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA

Equipamento de Proteção Coletiva (EPC), também conhecido como Sistemas de


Proteção Coletiva (SPC), são usados quando os riscos podem afetar a mais de uma
pessoa.
São as medidas mais importantes, porque com elas todo um grupo homogêneo de
trabalhadores expostos a um mesmo fator de risco agressivo, FICA PROTEGIDO.
Em geral, empregam-se quatro medidas, a saber:

 Substituição de matérias-primas e insumos;


 Alteração no processo de trabalho;
 Isolamento da fonte geradora do risco;
 Instalação de sistemas de ventilação,...
Estas medidas são adotadas conforme a natureza do risco.

Substituição de matérias primas e insumos:


 
As matérias-primas e os insumos prejudiciais à saúde dos trabalhadores devem ser
substituídos, sempre que possível.

Alteração do processo de trabalho:

Se o processo de trabalho é deficiente e cria situações de risco, é preciso empregar


novas tecnologias, como por exemplo, máquinas e equipamentos que reduzam a
intensidade ou a concentração dos agentes prejudiciais à saúde dos trabalhadores.
Nos postos de soldagem das montadoras de veículos, o trabalho que antes era feito
pelo homem está sendo executado por robôs.

Isolamento da fonte geradora de riscos:


 
Quando não for possível substituir uma fonte de risco, deve-se ter o cuidado de
isolar essa fonte. Assim, os trabalhadores ficarão menos expostos a ela. Um
exemplo dessa medida é fazer o revestimento acústico de compressores.
Sistemas de ventilação:
 
Os sistemas de ventilação sejam eles de exaustão ou insuflamento, têm sido uma
ferramenta eficaz no controle de operações, processos e equipamentos, que
emanam contaminantes. Além de evitar a dispersão de contaminantes no ambiente
industrial, esses sistemas diluem as concentrações de poluentes e oferecem
conforto térmico. É com essa finalidade que se instalam coifas acima dos fogões em
cozinhas industriais.
Outros exemplos:
 
 Para riscos de explosões ou de respingos de produtos químicos: o equipamento
de PROTEÇÃO coletiva pode variar desde uma barreira simples até um completo
isolamento em cabines, com a operação sendo realizada pelo lado externo;
 Para riscos provenientes de trabalho com radiações ionizantes ou em
laboratórios de microbiologia: são necessários enclausuramentos completos;
 Para riscos provenientes de gases, vapores ou aerodispersóides: é preciso usar
algum sistema de ventilação;
 Protetores de máquinas e equipamentos (ex: furadeiras, serras, prensas,
dispositivos de PROTEÇÃO em escadas, esteiras, etc.) são também, exemplos
de equipamento de PROTEÇÃO COLETIVA.
Agradecemos a Presença de
Todos.

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