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UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA-UNIVERSO

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

ENFERMAGEM EM CENTRO CIRÚRGICO

HANNA ARAUJO JERONIMO

NITERÓI.
2020
Hanna Araujo Jeronimo 600769130

TRABALHO DE ENFERMAGEM EM CENTRO CIRÚRGICO:ARTIGOS

Trabalho apresentado no curso graduação em enfermagem na


matéria de centro cirúrgico da Universidade Salgado de
Oliveira-Universo como parte de requisito para conclusão de
curso.
Orientador:Nelson Andrade.
OBJETIVOS PROPOSTOS
Este relatório tem como objetivo mostrar as contribuições do uso de equipamentos de
proteção individual (EPI), buscando sensibilizar profissionais da saúde, paciente e usuário.
Compreende como objeto de estudo a prevenção dos acidentes de trabalho com materiais
biológicos entre os profissionais de enfermagem, no ambiente hospitalar, tendo como base
os riscos ocupacionais e as causas de acidentes e contaminações por material biológico.
Apresenta um fato que vivenciei no campo de estágio do curso Técnico em Enfermagem da
Escola GHC, onde houve contaminação, por falta do uso do EPI, neste caso a funcionaria da
saúde foi atingida por secreção em seu rosto e na mucosa ocular, porém se estivesse usando
o EPI adequado, além das luvas, que no caso seriam o uso de óculos e ou máscara facial,
teria minimizado ou até mesmo prevenido por completo a contaminação direta no momento
de exposição. Diante disso, independente das medidas necessárias após o acidente destaco a
importância destes cuidados para os profissionais de Saúde e também para prevenção de
contaminações e segurança do paciente.
PRINCIPAIS RESULTADOS
A proteção individual tem o seu uso regulamentado, pelo Ministério do Trabalho e Emprego,
em sua Norma Regulamentadora NR 6 (1978). Esta NR define que equipamento de proteção
individual, é todo dispositivo de uso individual destinado a proteger a saúde e a integridade
física do trabalhador. Preconiza também, que a empresa está obrigada a fornecer aos
empregados, gratuitamente, EPI’s adequados ao risco e em perfeito estado de conservação e
funcionamento, nas seguintes circunstâncias:
a) Sempre que as medidas de proteção coletiva forem tecnicamente inviáveis ou não
oferecerem completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho e/ou doenças
profissionais;
b) Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas e para atender a
situações de emergência.
HAMILTON observa que uma situação frequente em estabelecimentos de saúde, e que
expõe outras pessoas a riscos desnecessários, é o uso dos EPI fora do ambiente no qual o seu
uso está previsto. Esta situação vai contra o preconizado na NR 6. É aconselhável afixar
avisos sobre a proibição e a permanência, principalmente nos lugares mais frequentados
pelos profissionais, portando indevidamente seu EPI.
Acredito que a melhor maneira de sensibilizar e informar o uso correto de EPI é através de
palestras, cursos e discussões em reuniões e diferentes meios de comunicação,
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sobre biossegurança, mostrando a minimização dos riscos quando se utiliza adequadamente


esses equipamentos.
Algumas situações são previstas pela NR 6, quanto às obrigações dos empregados, frente ao
uso dos EPI’s como:
 Usá-los apenas para a finalidade a que se destina;
 Responsabilizar-se por sua guarda e conservação;
 Não portá-los fora da área técnica e comunicar ao empregador qualquer alteração
que o torne impróprio para uso.
Do modo que próprio nome sugere, esses equipamentos conferem proteção a cada
profissional individualmente. Para melhor entendimento, a referida proteção é fornecida à
cabeça, tronco, membros superiores, membros inferiores, pele e aparelho respiratório.
De acordo com a Portaria SIT No 194, de 7 de Dezembro de 2010, que altera a NR 6,
destaco alguns dos EPIS mais usuais na área da saúde:
Proteção para a cabeça:
Protetores faciais destinados à proteção dos olhos e da face contra lesões ocasionadas por
partículas, respingos, vapores de produtos químicos e radiações luminosas intensas;
 Óculos de segurança para trabalhos com exposição o material que possa causar
ferimentos nos olhos, provenientes de impacto de partículas;
 Óculos de segurança, contra respingos, para trabalhos que possam causar irritação nos
olhos e outras lesões decorrentes da ação de líquidos agressivos;
 Óculos de segurança para trabalhos que possam causar irritação nos olhos, proveniente de
poeiras;
 Óculos de segurança para trabalhos que possam causar irritação nos olhos e outras lesões
decorrentes da ação de radiações perigosas. (CIPA USP, 2009/05).
Protetor facial
Cremes protetores – só poderão ser postos à venda ou utilizados como EPI, mediante
Certificado de Aprovação (CA) do Ministério do Trabalho e Emprego (CIPA USP, 2009/05).
Utilizam-se protetores contra:
 Impactos de partículas volantes;  Radiação infravermelha;
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 Luminosidade intensa, para proteção dos olhos;  Riscos de origem térmica;


 Radiação ultravioleta (Protetor solar fator 30).
Proteção para os membros superiores: Luvas e/ou mangas de proteção e/ou cremes
protetores devem ser usados em trabalhos em que haja perigo de lesão provocada por:
 Materiais ou objetos escoriantes, abrasivos, cortantes ou perfurantes;
 Produtos químicos corrosivos, cáusticos, tóxicos, alergênicos, oleosos, graxos,
solventes orgânicos e derivados de petróleo;
 Materiais ou objetos aquecidos;
 Choque elétrico;
 Radiações perigosas;
 Frio;
 Agentes biológicos.
 Material biológico potencialmente infectante (por exemplo, sangue, líquor,
sêmen, secreção vaginal, membranas mucosas, pele não íntegra e qualquer
objeto eu possa estar contaminado).
Observação: As luvas devem ser trocadas entre um paciente e outro, e após a lavagem
das mãos. (CIPA USP, 2009/05).
Proteção para os membros inferiores:
 Calçado e calça para proteção dos pés contra agentes térmicos;
 Calçado e calça para proteção dos pés contra agentes abrasivos e escoriantes;
 Calçado para proteção dos pés contra agentes cortantes e perfurantes;
 Calçado e calça para proteção dos pés e pernas contra umidade proveniente de
operações com uso de água;
 Calçado e calça para proteção dos pés e pernas contra respingos de produtos
químicos.
EPI para proteção do corpo inteiro
Vestimenta para proteção de todo o corpo contra respingos de produtos químicos;
 Vestimenta para proteção de todo o corpo contra umidade proveniente de operações com
água;
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 Vestimenta condutiva para proteção de todo o corpo contra choques elétricos


Proteção para o tronco:
Aventais, capas e outras vestimentas especiais de proteção para trabalhos com exposição a
lesões provocadas por:
 Riscos de origem radioativa;
 Riscos de origem biológica;
 Riscos de origem química. (CIPA USP, 2009/05).
Proteção respiratória:
 Peça semifacial filtrante (PFF1) para proteção das vias respiratórias contra poeiras e
névoas;
 Peça semifacial filtrante (PFF2) para proteção das vias respiratórias contra poeiras,
névoas e fumos;
 Peça semifacial filtrante (PFF3) para proteção das vias respiratórias contra poeiras,
névoas, fumos e radionuclídeos;
 Peça um quarto facial, semifacial ou facial inteira com filtros para material particulado
tipo P1 para proteção das vias respiratórias contra poeiras e névoas; e ou P2 para proteção
contra poeiras, névoas e fumos; e ou P3 para proteção contra poeiras, névoas, fumos e
radionuclídeos;
 Peça um quarto facial, semifacial ou facial inteira com filtros químicos e ou combinados
para proteção das vias respiratórias contra gases e vapores e ou material particulado.
EPI para proteção contra quedas com diferença de nível
 Dispositivo trava-queda para proteção do usuário contra quedas em operações com
movimentação vertical ou horizontal, quando utilizado com cinturão de segurança para
proteção contra quedas.
 Cinturão de segurança para proteção do usuário contra riscos de queda em trabalhos em
altura;
CONCLUSÃO.
O uso EPI é indispensável para proteção e segurança tanto do profissional quanto do
usuário, sendo eficiente contra diversos tipos de riscos, permitindo assim uma assistência
integral. Visto que o conceito desta ultima, envolve a criação de políticas para promoção de
saúde e redução de doenças e agravos temos como primordial o uso adequado de EPI na
assistência à saúde.
Vejo a enfermagem como uma profissão que tem como base o cuidado e a valorização, não
apenas da saúde, mas dos indivíduos na sua totalidade. Sendo assim, seria no mínimo
controverso aquele profissional que atende seu paciente sem os devidos EPI, pois deixa de
cuidar da saúde do usuário, da sua própria saúde e de si mesmo. Agravando o quadro quando
ocorre o não uso do EPI, expõe igualmente a pessoa cuidada e o cuidador.
Durante o desenvolvimento deste trabalho pude refletir sobre a grande importância do uso
de EPI, como muitas vezes falhamos pelos vícios da profissão e como discente percebemos
entre nós, diversas vezes, falta de uso de alguns equipamentos, dentre eles o mais frequente
é a ausência dos óculos de proteção. Assim, durante a elaboração sofri um processo de
autoconscientização, que gostaria de socializar com muitos outros profissionais, para
sensibilizarem-se mais sobre o tema. Também o respeito pelos outro, colocar-se no lugar dos
nossos usuários, respeitar e agir com ética devem estar presentes sempre nas nossas ações.
Acredito que cursos de capacitação e qualificação são imprescindíveis, porém não guiam
totalmente as ações do profissional na prática, mas é necessário também um compromisso e
respeito pelo trabalho e pelas pessoas.
OBJETIVOS PROPOSTOS
Sobre o trabalho do enfermeiro na central de material e esterilização (CME), com a
finalidade de analisar sua realidade social e seu papel transformador no cuidar em saúde e
pela enfermagem. Tratou-se de pesquisa estratégica, com análise de discurso de enfermeiras
da CME. Obteve-se que a gerên- cia é sua principal atividade, em um processo estruturado
que confir- ma a prática tradicional da enfermagem, tendo como objeto a coordenação do
processamento de materiais médico-hospitalares utilizados em atos cuidadores. Tal prática
caracteriza-se pelo cuidado indireto, que instrumentaliza não apenas o trabalho da enfer-
magem, mas os de outros profis- sionais. Em conseqüência, não se caracteriza como cuidado
especídico da enfermagem e do enfer-meiro. Seu potencial transformados nas relações e
novos mo- dos de produção do cuidar em saúde e pelo enfermeiro deverá ocorrer antes pela
competência do conhecimento específico em CME do que administrativo.
PRINCIPAIS RESULTADOS.
Sobre um dia de trabalho da enfermeina CME identificou-se a gerência como sua principal
atividade, a qual, sabidamente, abarca diversas funções: planejamrnto, elaboração de
instrumentos administrativos e operacionais, administração de recursos materiais e de pes-
soal, supervisão.
As atividades gerenciais mais relatadas por todas as enfermeiras referiram-se à
administração de recursos mate- riais, predominando a previsão e provisão, o controle e a
checagem do seu preparo: Controlar, conferir e preparar o material consignado; Checar o
material que é encami- nhado (...); Resolver problemas com equipamentos; Controlar
documentação, nota fiscal, (...) e reposição das caixas de material; Organizar o arsenal. Em
menor fre- qüência, a administração de pessoal: Gerenciar a falta de funcionários.
CONCLUSÃO.
Sob a prática tradicional e dominante do enfermeiro, vol- tada tanto para o cuidado do
ambiente (cuidado indireto) quanto do paciente (cuidado direto), o trabalho na CME se
situaria na primeira situação. É, portanto, e sempre cuidado indireto. Assim sendo, ele não
ocorre no espaço intercessor trabalhador/usuário, o espaço da tecnologia leve e de carac-
terística transformadora. Essa concepção é percebida nas enfermeiras quando a maioria o
reconhece como recurso de qualidade da assistência, conforme citou uma das enfermei-
ras: ...O CM tem essa função primordial: dar o suporte para o cuidado.

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