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Este material foi adaptado pelo setor de acessibilidade da Secretaria de Educação

a Distância, em conformidade com a Lei 9.610 de 19/02/1998, Capítulo IV,


Artigo 46. Permitindo o uso apenas para fins educacionais de pessoas com
deficiência visual. Não podendo ser reproduzido, modificado e utilizado em fins
comerciais.

Adaptado por Talita Bezerra


Revisado por Beth Garcia

Natal, Janeiro de 2019

SETOR DE ACESSIBILIDADE
Secretaria de Educação a Distância | UFRN
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Cel: 84 9 9229-6435
AVASUS

Introdução à Segurança e Saúde do Trabalho

UNIDADE 4

Biossegurança e NR-32

Igor Pietro Barros Dantas

Lucas Josué Martins

Cassiano Ricardo Santos da Costa

Leandro Cabral de Medeiros

Diego Rodrigues de Carvalho


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Apresentação

Olá!

Bem-vindo à Unidade IV do módulo introdutório à


Segurança e Saúde do Trabalho, no qual vamos
explicar questões relacionadas à biossegurança e à
Norma Regulamentadora nº 32 – NR-32, que trata de
segurança e saúde do trabalho em serviços de saúde.

Como a NR-32 abarca os principais conceitos de


biossegurança, vamos começar nossos estudos nessa
área por ela.
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AULA 1 - NR-32 e suas regras de segurança

NR-32

Assim como as novas normas de segurança do


trabalho vigentes do país, como as NRs 33 e 35,
Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços
Confinados e Trabalho em Altura, respectivamente, a
NR-32 trata da gestão de Segurança e Saúde em
determinada atividade. No caso, o trabalho em
serviços de saúde.

A história da NR-32 é bastante interessante, pois se


trata da primeira norma de segurança do trabalho no
mundo específica para serviços de saúde. A ideia da
criação da norma surgiu de uma iniciativa dos
trabalhadores da saúde do estado de São Paulo em
1997, que estavam preocupados com o crescente
número de acidentes de trabalho que acometia a
categoria.

Essa foi a norma de segurança e saúde do trabalho


que passou mais tempo em consulta pública e que
teve o maior número de sugestões públicas, com um
número de contribuições passando das 400
sugestões. Curiosamente, mesmo com todas essas
contribuições, foi norma totalmente aprovada por
consenso e passou a ser utilizada como referência
para diretrizes da Organização Internacional do
Trabalho (OIT). A NR-32 abrange diversas áreas de
um serviço de saúde.

Saiba mais

O que é um serviço de saúde?

De acordo com a NR-32, serviço de saúde “é


qualquer edificação destinada à prestação de
assistência à saúde da população, seja promoção,
recuperação, assistência, pesquisa e ensino em saúde
em qualquer nível de complexidade”.

Para se ter um bom sistema de gestão em Segurança


e Saúde no Trabalho num serviço de saúde, é
preciso, primeiro, conhecer todos os processos e
medi-los (mensurá-los) para, a partir daí, ter um
controle sobre tudo o que acontece no ambiente de
trabalho e que esteja relacionado à segurança e
saúde do trabalhador.

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Por isso, a NR-32 possui em sua estrutura itens de


segurança relacionados a diversas áreas e processos,
tais como:

• atividades com exposição aos riscos biológicos;

• atividades com exposição aos riscos químicos;

• atividades com exposição às radiações ionizantes;

• resíduos;
• condições de conforto por ocasião das refeições;

• lavanderia;

• limpeza e conservação;

• manutenção de máquinas e equipamentos;

• entre outros.

A NR-32 detalha diversas regras de segurança que


devem ser seguidas durante a execução de atividades
em serviços de saúde. Vamos conhecer algumas
delas.

Atualmente, a preocupação com programas que


tenham como foco a segurança no cuidado do
paciente nos serviços de saúde trata como prioridade
a correta higienização das mãos. Infelizmente, a
adoção de práticas corretas de lavagem das mãos não
é rotina para grande parte dos profissionais da saúde,
apesar de ser uma prática reconhecida há muitos
anos na prevenção e no controle das infecções nos
serviços de saúde.

Mas você sabe, de fato, o que é a higienização das


mãos?

HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS

A higienização das mãos configura a maneira


individual mais simples e menos onerosa para
prevenir a propagação das infecções relacionadas à
assistência à saúde. Recentemente, o termo
higienização das mãos passou a ser utilizado em
detrimento ao termo lavagem das mãos devido à
maior abrangência do termo higienização, que
engloba a higienização simples, antisséptica, fricção
antisséptica e a antissepsia cirúrgica das mãos.

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Agora que você já sabe o que é a higienização das


mãos, sabe por que deve fazê-la?

Atenção!

A principal via de transmissão de agentes biológicos


durante a assistência aos pacientes é a nossa mão.
Ela é um importante reservatório de vírus, bactérias e
outros microrganismos patogênicos que podem
contaminar tanto pacientes quanto os próprios
profissionais. A fim de evitar esse problema, é preciso
adotar a prática de lavagem correta das mãos,
impedindo a transmissão de infecções por contato.

Diante dessas informações, agora é a hora de


aprender a lavar as mãos de forma correta!

Acesse o Vídeo 1 que está no AVASUS para conferir.

Acesso na plataforma

Vídeo 1
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AULA 2 - Biossegurança

Feita a higienização correta das mãos, agora é preciso


lembrar que essa não é a única preocupação quando o
assunto é biossegurança e NR-32. Diversos outros
pontos merecem destaque no que tange à segurança
do trabalhador dos serviços de saúde e que tenham a
possibilidade de exposição aos riscos biológicos. Por
exemplo, se você tiver uma ferida ou lesão nos
membros superiores, deve, obrigatoriamente, se
apresentar a um médico para avaliação do
ferimento/lesão e posterior emissão de documento de
liberação para o trabalho.

Outro ponto muito importante trazido pela NR-32 é a


proibição de se utilizar as pias de trabalho para fins
diversos do previsto. Se a pia é para lavagem de
materiais, só pode ser usada para isso, não podendo
ser lavados alimentos ou as mãos.

Fumar, manusear lentes de contato e utilizar adornos


também são proibidos. Para o grupo que criou a NR-
32, adornos são as alianças, anéis, pulseiras, relógios
de uso pessoal, colares, brincos, broches, piercings
expostos, gravatas e crachás pendurados com cordão.
Com relação à alimentação, esta deve ser feita
apenas em locais exclusivos para isso, como
refeitórios e copas.
Descrição: Mascote chamado Luquinha, em formato
de luva e, em sua palma, há um rosto.

Balão de diálogo “Nada de querer se alimentar no


posto de enfermagem, hein?”

[Fim de descrição]

Sua refeição também merece um lugar adequado para


ser guardada. Não deixe em locais em que possa
haver contaminação do alimento.

Outra importante medida preventiva é a utilização de


calçados fechados. Muitos profissionais, reclamam do
desconforto dos calçados fechados, mas essas
pessoas não sabem que o simples fato de usar o
calçado fechado protege os pés do trabalhador contra
respingos de materiais biológicos, quedas de agulhas,
entre outros. A diferença entre se contaminar com
material biológico ou não pode estar no simples fato
de utilizar o calçado fechado.

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Com relação à contaminação cruzada, é fundamental
que o uso de vestimentas exclusivas de setores
fechados, como centros cirúrgicos, UTIs, CME, entre
outros, seja sempre seguido. Para entrar num setor
que possua vestimenta exclusiva, é preciso utilizá-la
e, quando sair, deixar essa roupa no setor. Tudo isso
para evitar que você leve agentes biológicos que
podem causar uma contaminação para dentro do
setor fechado e também não saia com os organismos
patogênicos de dentro dos setores fechados.

Com relação aos Equipamentos de Proteção Individual


– EPIs, a recomendação para os trabalhadores de
serviços de saúde é a mesma dos demais
trabalhadores de áreas diversas: o EPI serve para sua
proteção, então o utilize. Seu uso é obrigatório e ele
deve estar à disposição nos postos de trabalho em
quantidade suficiente para imediata reposição.

Várias atividades inerentes aos profissionais de saúde


estão relacionadas com o uso de objetos
perfurocortantes. Por isso, é importante que esses
profissionais saibam de algumas medidas obrigatórias
para o manuseio dos objetos perfurocortantes, tais
como:

• o responsável pelo descarte dos perfurocortantes


é o profissional que o utilizou, não podendo
delegar essa responsabilidade para um colega;

• não se deve reencapar, nem desconectar


manualmente as agulhas;
• sempre realizar as atividades envolvendo
perfurocortantes com atenção redobrada;

• quando descartar os objetos perfurocortantes,


atentar para não ultrapassar o limite da caixa
destinada ao descarte de perfurocortantes, que é
sinalizado por uma linha pontilhada (75% do
volume total da caixa);

• utilizar sempre o calçado fechado;

• utilizar obrigatoriamente os EPIs;

• manter distância segura para realizar


procedimentos em conjunto com outros
profissionais;

• não deixar agulhas ou seringas sobre móveis,


balcões e leitos. Desprezá-los imediatamente após
o uso no recipiente específico.

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Diante do risco que existe em se trabalhar com


objetos perfurocortantes, algumas medidas são
necessárias para evitar a contaminação do
profissional, além das listadas anteriormente. Uma
delas é a vacinação.

No Brasil, nenhum cidadão é obrigado a se vacinar,


porém essa é uma medida preventiva de imensa
importância para os profissionais da saúde, pois em
caso de acidente envolvendo material biológico, a
diferença entre a contaminação ou não pode estar no
fato de o trabalhador ser vacinado.

Agora, resolva o questionário que está no AVASUS.

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