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Fundamentos em Enfermagem – Apostila elaborada pela Prof. Janderson C. Aguiar


É proibido o uso e/ou reprodução desautorizada, na íntegra ou em parte.

Fundamentos em enfermagem

CONTEÚDO PÁGINA
1. Biossegurança e NR 32 2
2. Processamento de produtos para a saúde 9
3. Higienização das mãos 16
4. Sinais Vitais 36
5. Precaução e isolamento 52
6. Outras 70

“Comece fazendo o que é necessário, depois o que é possível, e de repente você estará
fazendo o impossível.”

São Francisco de Assis

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1. Biossegurança e NR 32

CUIDADOS BÁSICOS DE ENFERMAGEM

A adoção de medidas de biossegurança e fundamental para garantir a qualidade do


atendimento em saúde e a proteção tanto da equipe quanto dos pacientes. A
biossegurança consiste em um conjunto de ações que tem por finalidade prevenir,
controlar, reduzir ou eliminar riscos inerentes as atividades que possam comprometer a
saúde humana.

NR 32 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM SERVIÇOS DE SAÚDE

Estabelece medidas para proteger a segurança e a saúde dos trabalhadores de saúde em


qualquer serviço de saúde.

Seu objetivo é prevenir os acidentes e o adoecimento causado pelo trabalho nos


profissionais da saúde, eliminando ou controlando as condições de risco presentes nos
Serviços de Saúde.

Recomenda para cada situação de risco a adoção de medidas preventivas e a capacitação


dos trabalhadores para o trabalho seguro.

NR-32 dispõe que a responsabilidade é solidária (ou seja, compartilhada) entre


contratantes e contratados quanto ao seu cumprimento.

A NR-32 abrange as situações de exposição aos diversos agentes de risco presentes no


ambiente de trabalho, como os agentes de risco biológico; os agentes de risco químico; os
agentes de risco físico com destaque para as radiações ionizantes; os agentes de risco
ergonômico.

Abrange a questão da obrigatoriedade da vacinação do profissional de enfermagem


(tétano, difteria, hepatite B etc), com reforços e sorologia de controle pertinentes, conforme
recomendação do Ministério da Saúde, devidamente registrada em prontuário funcional
com comprovante ao trabalhador.

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Determina ainda algumas situações na questão de vestuário e vestiários, refeitórios, resíduos, capacitação
contínua e permanente na área específica de atuação, entre outras não menos importantes.

A enfermagem está sujeita aos mais variados riscos dependo


do tipo de serviço que executa. Os aspectos relacionados aos
riscos biológicos são os mais cobrados em concurso.

Abaixo listamos os principais aspectos da NR 32 e que são


cobrados em concurso para a área de enfermagem.

32.2.4.15. São vedados o reencape e a desconexão manual de agulhas.

O objetivo deste item é o de diminuir a ocorrência dos acidentes com agulhas.

32.2.4.4. Os trabalhadores com feridas ou lesões nos membros superiores só podem iniciar
suas atividades após avaliação médica obrigatória com emissão de documento de liberação
para o trabalho.

32.2.4.5. O empregador deve vedar:

A utilização de pias de trabalho para fins diversos dos previstos;

O ato de fumar.

O uso de adornos e o manuseio de lentes de contato nos postos de trabalho.

A proibição do uso de adornos deve ser observada para todo trabalhador do serviço
de saúde, bem como daqueles que exercem atividades de promoção e assistência à
saúde exposto ao agente biológico, independente da sua função.

São exemplos de adornos: alianças e anéis, pulseiras, relógios de uso pessoal,


colares, brincos, broches, piercings

O consumo de alimentos e bebidas nos postos de trabalho;

A guarda de alimentos em locais não destinados para este fim;

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Devem ser entendidos como postos de trabalho os locais onde o trabalhador efetivamente
realiza suas atividades.

O empregador pode disponibilizar ambientes próximos aos postos de trabalho, para a


realização de refeições complementares.

O uso de calçados abertos.

Entende-se por calçado aberto aquele que proporciona exposição da região do


calcâneo (calcanhar), do dorso (peito) ou das laterais do pé. Esta proibição aplica-se
aos trabalhadores do serviço de saúde, bem como daqueles que exercem atividades
de promoção e assistência à saúde potencialmente expostos.

A proibição do uso de calçados abertos implica no fornecimento gratuito, pelo


empregador, dos calçados fechados.

32.2.4.6. Todos os trabalhadores com possibilidade de exposição a agentes biológicos


devem utilizar vestimenta de trabalho adequada e em condições de conforto.

32.2.4.6.2. Os trabalhadores não devem deixar o local de trabalho com os equipamentos de


proteção individual e as vestimentas utilizadas em suas atividades laborais

32.2.4.6.4. A higienização das vestimentas utilizadas nos centros cirúrgicos e obstétricos,


serviços de tratamento intensivo, unidades de pacientes com doenças infectocontagiosas
deve ser de responsabilidade do empregador.

32.2.4.7. Os Equipamentos de Proteção Individual – EPI, descartáveis ou não, deverão


estar à disposição, em número sufi ciente, nos postos de trabalho, de forma que seja
garantido o imediato fornecimento ou reposição.

32.2.4.14. Os trabalhadores que utilizarem objetos perfuro-cortantes devem ser os


responsáveis pelo seu descarte.

Descarte as agulhas e outros materiais pérfuro-cortantes, sem reencapar, dentro da


caixa apropriada, obedecendo ao limite de enchimento.

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O processo de trabalho, durante a utilização de objetos com características pérfuro-


cortantes, deve ser considerado como finalizado somente após o descarte seguro
dos mesmos.

RESÍDUOS – O QUE É BOM SABER?

32.5.2. Os sacos plásticos utilizados no acondicionamento dos resíduos de saúde devem:

 Preenchidos até 2/3 de sua capacidade;`


 Fechados de tal forma que não se permita o seu derramamento, mesmo que virados
com a abertura para baixo;

 Retirados imediatamente do local de geração após o preenchimento e fechamento;

 Mantidos íntegros até o tratamento ou a disposição final do resíduo.

32.5.3. A segregação dos resíduos deve ser realizada no local onde são gerados, devendo
ser observado que:

 Sejam utilizados recipientes que atendam às normas da ABNT,


 Em número sufi ciente para o armazenamento;

 Os recipientes estejam localizados próximos da fonte geradora;

 Os recipientes sejam constituídos de material lavável, resistente a punctura, ruptura


e vazamento, com tampa provida de sistema de abertura sem contato manual, com
cantos arredondados e que sejam resistentes ao tombamento;

32.5.3.2. Para os recipientes destinados a coleta de material pérfuro-cortante, o limite


máximo de enchimento deve estar localizado 5cm abaixo do bocal.

2.5.3.2.1. O recipiente para acondicionamento dos pérfuro-cortantes deve ser


mantido em suporte exclusivo e em altura que permita a visualização da abertura
para descarte.

32.5.4. O transporte manual do recipiente de segregação deve ser realizado de forma que
não exista o contato do mesmo com outras partes do corpo, sendo vedado o arrasto.

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32.5.5. Sempre que o transporte do recipiente de segregação possa comprometer a


segurança e a saúde do trabalhador, devem ser utilizados meios técnicos apropriados, de
modo a preservar a sua saúde e integridade física.

(FCC TRE PR 2017) 31. Em uma instituição de saúde ocorrem algumas situações:

I. Em dias de calor, com a temperatura acima de 30 ºC, é permitido o uso de calçados


abertos pela equipe de saúde.

II. O uso de adornos pela equipe de enfermagem é permitido, somente, nas clínicas
pediátricas.

III. A varrição seca nas áreas internas é proibida.

IV. Os sacos plásticos utilizados no acondicionamento dos resíduos de saúde são


preenchidos até 2/3 de sua capacidade.

As situações que estão de acordo com a NR 32 estão descritas APENAS em

(A) I, III e IV.

(B) II e IV.

(C) I, II e III.

(D) III e IV.

(E) II, III e IV.

Vamos verificar as afirmativas

I. Em dias de calor, com a temperatura acima de 30 ºC, é permitido o uso de calçados


abertos pela equipe de saúde. De acordo com o artigo 32.2.4.5 O empregador deve vedar:
e) o uso de calçados abertos. Portanto Incorreta.

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II. O uso de adornos pela equipe de enfermagem é permitido, somente, nas clínicas
pediátricas. De acordo com o artigo 32.2.4.5 O empregador deve vedar: b) o ato de
fumar, o uso de adornos e o manuseio de lentes de contato nos postos de trabalho;
Portanto incorreta.

III. A varrição seca nas áreas internas é proibida. De acordo com o artigo 32.8.2 Para as
atividades de limpeza e conservação, cabe ao empregador, no mínimo: c) proibir a varrição
seca nas áreas internas; Portanto correta.

IV. Os sacos plásticos utilizados no acondicionamento dos resíduos de saúde são


preenchidos até 2/3 de sua capacidade. De acordo com o artigo 32.5.2 Os sacos plásticos
utilizados no acondicionamento dos resíduos de saúde devem atender ao disposto na NBR
9191 e ainda ser: a) preenchidos até 2/3 de sua capacidade; Portanto correta.

As situações que estão de acordo com a NR 32 são as descritas nas sentenças III e
IV, alternativa que contempla essas afirmações é a D.

(FCC Câmara legislativa do distrito federal 2018) 34. Ao promover um treinamento para
a equipe de enfermagem, o enfermeiro aborda questões de biossegurança estabelecidos
na NR 32, como:

(A) A necessidade de lavatório na parte externa de entrada de cada quarto destinado ao


isolamento de pacientes portadores de doenças infectocontagiosas, como medida de
proteção.

(B) O descarte de material perfurocortante deve ser realizado em equipe, pois nem sempre
quem utiliza esse tipo de material consegue descarta-lo.

(C) O empregador deve elaborar e implementar Plano de Prevenção de Riscos de


Acidentes com Materiais Perfurocortantes.

(D) O empregador deve estimular o uso de pias de trabalho para fins diversos do previsto, a
fim de otimizar a execução das tarefas e reduzir riscos.

(E) O procedimento de reutilização das embalagens de produtos químicos é permitido,


desde que a rotulagem esteja íntegra.

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Vamos analisar as alternativas:

(A) a necessidade de lavatório na parte externa de entrada de cada quarto destinado ao


isolamento de pacientes portadores de doenças infectocontagiosas, como medida de
proteção. De acordo com a NR 32 no item 32.2.4.3 Todo local onde exista possibilidade de
exposição ao agente biológico deve ter lavatório exclusivo para higiene das mãos provido
de água corrente, sabonete líquido, toalha descartável e lixeira provida de sistema de
abertura sem contato manual. E no item 32.2.4.3.1 Os quartos ou enfermarias destinados
ao isolamento de pacientes portadores de doenças infectocontagiosas devem conter
lavatório em seu interior. Portanto a alternativa está incorreta.

(B) O descarte de material perfurocortante deve ser realizado em equipe, pois nem sempre
quem utiliza esse tipo de material consegue descarta-lo. De acordo com a NR 32 no item
32.2.4.14 Os trabalhadores que utilizarem objetos perfuro cortantes devem ser os
responsáveis pelo seu descarte. Portanto incorreta.

(C) o empregador deve elaborar e implementar Plano de Prevenção de Riscos de


Acidentes com Materiais Perfurocortantes. De acordo com a NR 32 no item 32.2.4.16 O
empregador deve elaborar e implementar Plano de Prevenção de Riscos de Acidentes com
Materiais Perfuro cortantes, conforme as diretrizes estabelecidas no Anexo III desta Norma
Regulamentadora. Portanto correta.

(D) o empregador deve estimular o uso de pias de trabalho para fins diversos do previsto, a
fim de otimizar a execução das tarefas e reduzir riscos. De acordo com a NR 32 no item
32.2.4.5 O empregador deve vedar:a) a utilização de pias de trabalho para fins
diversos dos previstos; Portanto incorreta.

(E) o procedimento de reutilização das embalagens de produtos químicos é permitido,


desde que a rotulagem esteja íntegra. De acordo com a NR 32 no item 32.3.3 É vedado o
procedimento de reutilização das embalagens de produtos químicos. Portanto
incorreta.

2. Processamento de produtos para a saúde

A RDC 15 de 2012 dispõe sobre requisitos de boas práticas para o processamento de


produtos para saúde, estabelecendo os requisitos de boas práticas para o funcionamento

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dos serviços que realizam o processamento de produtos para a saúde visando à segurança
do paciente e dos profissionais envolvidos.

LIMPEZA: É o processo manual ou mecânico de remoção de sujidade, mediante o uso da


água, sabão e detergente neutro ou detergente enzimático para manter em estado de
asseio os artigos e superfícies reduzindo a população microbiana. A limpeza constitui ainda
o primeiro passo nos procedimentos técnicos de desinfecção e esterilização, considerando
que a presença de matéria orgânica protege os microrganismos do contato com agentes
desinfetantes e esterilizantes.

DESCONTAMINAÇÃO: É o processo de redução dos micro-organismos de artigos e


superfícies, tornando-os seguro para o manuseio.

DESINFECÇÃO: É o processo físico ou químico de destruição de microrganismos, exceto


os esporulados. A desinfecção é realizada por meio físico, através da água quente (60 a
90ºC) ou em ebulição e pelo meio químico, através de produtos denominados de
desinfetantes.

ESTERILIZAÇÃO: É o processo de destruição de todos os microrganismos, inclusive


esporulados, a tal ponto que não seja mais possível detectá-los através de testes
microbiológicos padrão. A probabilidade de sobrevida do microrganismo no item submetido
ao processo de esterilização é menor que um em um milhão (10/6). A esterilização é
realizada pelo calor, germicidas químicos, óxido de etileno, radiação e outros.

ARTIGOS: Compreendem instrumentos, objetos de natureza diversa, utensílios (talheres,


louças, comadres, papagaios e outros), acessórios de equipamentos, instrumental
odontológico e outros.

SUPERFÍCIES: Compreende mobiliários, pisos, paredes, portas, tetos, janelas,


equipamentos e demais instalações.

Classificação das áreas de serviços de saúde.

A RDC 35 de 2010 descreve as áreas em:

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a) Área crítica: Área na qual existe risco aumentado para desenvolvimento de infecções
relacionadas à assistência à saúde, seja pela execução de processos envolvendo artigos
críticos ou material biológico, para a realização de procedimentos invasivos ou pela
presença de pacientes com susceptibilidade aumentada aos agentes infecciosos ou
portadores de microrganismos de importância epidemiológica. Exemplo : UTI, CC, Unidade
de queimados, entre outros.

b) Área semicrítica: Área na qual existe risco moderado a risco baixo para o
desenvolvimento de infecções relacionadas à assistência à saúde, seja pela execução de
processos envolvendo artigos semicríticos ou pela realização de atividades assistenciais
não invasivas em pacientes não-críticos e que não a presente colonização por
microrganismos de importância epidemiológica. Exemplo: enfermarias

CRITÉRIOS RECOMENDADOS PARA O PROCESSAMENTO DOS ARTIGOS

Os artigos são classificados de o risco e potencial de contaminação em:

a) Artigos críticos: entram em contato com tecidos estéreis ou com o sistema vascular e
penetram em órgãos e tecidos, bem como todos os que possuem alto risco de causar
infecção. Estes requerem esterilização para satisfazer os objetivos a que se propõem. Ex.:
agulhas, roupas; instrumentos cirúrgicos; soluções injetáveis.

b) Artigos semicríticos: são aqueles que entram em contato com mucosa e pele não
íntegra do paciente ou com mucosas íntegras e exigem desinfecção de médio ou alto nível
ou esterilização. O risco potencial de transmissão de infecção é intermediário, porque as
membranas apresentam certa resistência à entrada de esporos. Alguns deles necessitam
de desinfecção de alto nível e outros de desinfecção de nível intermediário (material para
assistência ventilatória, espéculo otológico, circuitos, etc.).

c) Artigos não críticos: entram em contato com pele íntegra e superfícies. Risco de
transmissão de infecção baixo. Se esses materiais estiverem contaminados com matéria
orgânica devem recebem desinfecção de nível baixo, e na ausência de matéria orgânica
devem receber limpeza apenas.

LIMPEZA

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Consiste na remoção da sujidade visível, orgânica e inorgânica, de um artigo, e, por


conseguinte, na redução da carga microbiana. A presença de resíduos de tecidos e outros
fluidos corporais podem resultar na formação de camadas de matéria orgânica que podem
ser mais difíceis de serem removidas.

O biofilme é uma forma de organização bacteriana em que a bactéria adere


rapidamente às superfícies úmidas e formam colônias organizadas de células envoltas por
uma matriz (formada basicamente por polissacarídeos). Sucessivas limpezas inadequadas
podem resultar em aumento do resíduo após usos repetidos dos instrumentais,
ocasionando falha na esterilização. Portanto, trata-se de uma etapa essencial e
indispensável para o reprocessamento de todos os artigos críticos, semicríticos e
não críticos. Esse processo deve preceder a desinfecção e a esterilização. A presença de
matéria orgânica torna ineficazes as etapas subsequentes uma vez os agentes
esterilizantes tem grande dificuldade em penetrá-lo e atingir os microrganismos
aderidos às superfícies dos materiais. Além de favorecer a formação de pontos de
corrosão no instrumental, diminuindo a sua vida útil.

A limpeza precisa ser feita de maneira rigorosa tendo como objetivos:

 Reduzir carga microbiana natural dos artigos;

 Extrair contaminantes orgânicos e inorgânicos;

 Remover a sujidade dos artigos.

Recomendações para limpeza manual

 Este procedimento deve ser realizado no expurgo da unidade;

 Utilizar EPIs adequados: luva de borracha, preferencialmente cano longo, avental


impermeável, gorro, máscara e óculos de proteção, sapato fechado.

DESINFECÇÃO

Processo que elimina micro-organismos presentes em superfícies e artigos, porém


com menor poder letal que a esterilização, pois não destrói todas as formas de vida

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microbiana, principalmente esporos. Dentre os fatores que podem interferir no processo de


desinfecção cita-se: presença de matéria orgânica e/ou inorgânica, o tipo de contaminação
microbiana, a concentração e o tempo de exposição ao germicida e configuração física do
artigo (Ex: fissuras e lúmen). A desinfecção leva em consideração o espectro de ação e
pode ser classificada em:

 Alto nível: elimina todos os microrganismos em forma vegetativa e alguns esporos.


Mycobacterium tuberculosis, enterovírus, maioria das bactérias vegetativa, fungos e vírus
pouco resistentes. (Ex de produtos utilizados: glutaraldeído 2%, ácido peracético 1%,
hipoclorito de sódio 1%.)

 Nível intermediário: elimina bactérias vegetativas, bacilo da tuberculose, fungos,


vírus lipídicos e alguns não lipídicos, mas não elimina as bactérias esporuladas. (Ex de
produtos: hipoclorito de sódio 1%, álcool 70%).

 Baixo nível: elimina a maioria das bactérias vegetativas, alguns vírus e fungos. O
processo não é indicado para microrganismos resistentes como o bacilo da tuberculose ou
os esporos bacterianos (Ex de produtos: quaternário de amônia).

INDICAÇÃO

Artigos semicríticos, ou seja aqueles que entram em contato com membrana mucosa
ou pele não íntegra, exemplo: inaladores, extensões, lamina laringoscópio, especulo
otológico e para alguns artigos não críticos que se contaminam maciçamente com matéria
orgânica como comadre e papagaio.

Recomendações para uso do desinfetante

 Certifique-se que o desinfetante é compatível com o artigo a ser processado;

 Prepare a solução de acordo com o rótulo do fabricante;

 Utilize os EPIs ao manipular o produto (máscara, óculos, avental impermeável e


luvas de borracha);

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 A solução deve ser identificada com nome do produto utilizado, data e horário do
preparo, data e horário da validade da solução e nome do funcionário que preparou.

Fatores que interferem na ação do desinfetante :

 Quantidade de microrganismos presentes no artigo;

 Resistência intrínseca dos microrganismos;

 Quantidade de matéria orgânica;

 Tipo e concentração do germicida utilizado;

 Tempo e temperatura de exposição.

 Configuração física do artigo (fissuras, lúmen)

Os materiais após desinfecção devem ser embalados em sacos plásticos para serem
guardados, afim de protegê-los de recontaminação.

A RESOLUÇÃO-RDC Nº 31, DE 4 DE JULHO DE 2011 dispõe sobre a indicação de


uso dos produtos saneantes na categoria "Esterilizante", para aplicação sob a forma de
imersão, a indicação de uso de produtos saneantes atualmente categorizados como
"Desinfetante Hospitalar para Artigos Semicríticos". A partir da RDC 31 todos os produtos
esterilizantes passam a ser classificados nas categorias "Desinfetante de Alto Nível" ou
"Desinfetante de Nível Intermediário".

Solução descontaminante:

Detergente enzimático: ação sobre matéria orgânica, especialmente sobre as grandes


estruturas, decompondo-as. - Ação instantânea: 2 a 3 minutos para desprender a matéria
orgânica. - Alta penetração. - Atóxico, não corrosivo, pH neutro, não iônico. - Remoção com
enxágue rigoroso.

PREPARO E EMPACOTAMENTO

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Esta fase consiste no preparo e condicionamento dos materiais de acordo com o


processamento escolhido, em invólucro compatível com o processo e o material.

Tem como objetivo manter a esterilidade do artigo, a vida útil, condição para
transporte e armazenamento até sua utilização favorecendo transferência asséptica, sem
risco de contaminação.

ESTERILIZAÇÃO

A esterilização é um processo que visa a destruição de todas as formas de


microrganismos presentes nos artigos. Um produto para saúde é considerado estéril
quando a probabilidade de sobrevivência dos microrganismos que o contaminavam é
menor que 1:1.000.000.

Esterilidade ou nível de segurança é a incapacidade de desenvolvimento das formas


sobreviventes ao processo de esterilização durante a conservação e a utilização de um
produto. Dentre os vários tipos de processo de esterilização o processo de calor úmido sob
pressão (autoclavação) possui maior segurança por destruir todas as formas de vida a
temperatura de 121ºC a 134ºC. O processo de calor seco (estufa) tem limitações pela
dificuldade de controle dos parâmetros do processo.

RECOMENDAÇÕES:

1 - Independentemente do processo a ser submetido, todo o artigo deverá ser


considerado como contaminado, sem levar em consideração o grau de sujidade presente. 2
- Os profissionais de saúde deverão usar EPI (Equipamento de proteção Individual),
durante o processo de limpeza, desinfecção e esterilização.

3 - Os artigos com indicação de desinfecção ou esterilização por processo físico,


químico ou físico-químico, necessitam previamente de limpeza. - O enxágüe dos artigos
submetidos à desinfecção deverá ser abundante, para eliminar os resíduos químicos que
são tóxicos aos tecidos.

(FCC TRT 7ª Região 2009) 26 O processo de esterilização que elimina todas as formas de
vida (vegetativa e esporos), por meio de vapor saturado sob pressão, com temperatura que
varia de 121 °C a 134 °C,é realizado por meio de

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(A) plasma de peróxido de hidrogênio.

(B) estufa.

(C) óxido de etileno.

(D) autoclave.

(E) ácido peracético.

Comentários:

Alternativa A: Método físico-químico que emprega o gás plasma de Peróxido de Hidrogênio


para a esterilização de materiais utilizados na assistência à saúde. Também se destina à
esterilização de materiais termos sensível (o equipamento atua em baixa temperatura). O
mecanismo de ação desta tecnologia é a reação química com quase todas as moléculas
essenciais das células microbianas. Tecnologia que proporciona rápida conclusão do
processo e permite a utilização imediata dos materiais. Portanto incorreta.

Alernativa B: É um método que usa calor ceco sob altas temperaturas. A esterilização em
estufa é um procedimento mais demorado do que a esterilização em autoclave, levando
cerca de duas horas, em temperatura de 160ºC ou 180ºC. Portanto incorreta.

Alternativa C: óxido de etileno é um gás liquefeito, incolor, altamente inflamável, altamente


tóxico, considerado um agente químico de alta eficácia que age à baixa temperatura devido
ao seu poder de alta penetração. até aproximadamente 54oC, a eficiência da esterilização
aumenta com o aumento da temperatura, diminuindo o tempo de exposição. Portanto
incorreta.

Alternativa D: A esterilização por autoclaves é feita através da ação do calor úmido e


pressão. Este processo elimina a vida microbiana e de esporos em temperaturas de 121ºC
á134 ºC. Portanto correta.

Alternativa E: Desinfetante de alto nível - concentração de 0,2% destrói todos os


microrganismos com exceção a alto número de esporosRDC 8/09 – PROIBE
ESTERILIZAÇÃO QUÍMICA POR IMERSÃO Agentes químicos (glutaraldeído, ácido
peracético) - (método manual – difícil controle). Portanto incorreto.

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(FCC TRT 20ª Região SE 2016) 47. Durante capacitação para sua equipe, o enfermeiro esclarece que
de acordo com os riscos potenciais de transmissão de infecções, por categoria segundo Spaulding, o
processamento mínimo adequado dos produtos para saúde é

Categoria Processamento
A) Não críticos Degermação
B). Semicríticos Antissepsia
C. Críticos Esterilização
D). Não críticos Desinfecção de alto nível
E Semicríticos Desinfecção de baixo nível.

Relembrando :

Artigo crítico: Aquele utilizado em procedimentos de alto risco, que penetra tecidos ou
órgãos. Requer esterilização para uso.

Artigo semi-crítico: Aquele que entra em contato com a pele não íntegra ou com mucosa
do paciente. Requer desinfecção de alto nível ou esterilização para uso. Exemplo: materiais
de terapias respiratórias, Laringoscópio, endoscópios.

Artigos não críticos – são artigos destinados ao contato com a pele íntegra do paciente.
Ex.: comadres (aparadores), cubas, aparelhos de pressão, entre outros. Requerem limpeza
ou desinfecção de baixo ou médio nível. Deve-se atentar para o risco de transmissão
secundária por parte dos profissionais que lidam com o artigo e entrem em contato com o
paciente.

A única alternativa que apresenta a categoria e o processamento correto é a C.

3. HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS

A pele e um potencial reservatório de diversos microrganismos. A contaminação das mãos


dos profissionais da saúde pode ocorrer durante o contato direto com o paciente ou por
contato indireto pela transmissão de patógenos por meio de produtos e equipamentos ao
seu redor, como barras protetoras das camas, estetoscópio, dentre outros. A transmissão

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de vírus, bactérias e fungos, particularmente leveduras, pode se dar pelas mãos dos
profissionais da saúde, sendo essa a principal ponte entre o paciente colonizado e aquele
que anteriormente não apresentava tal condição.

A pele das mãos e colonizada por duas populações de microrganismos:

Microbiota residente: composta por microrganismos que vivem e se multiplicam

nas camadas mais profundas da pele, glândulas sebáceas, folículos pilosos, feridas ou
trajetos fistulosos, e são viáveis por longo período de tempo. E mais difícil de ser removida
pela higienização das mãos com agua e sabão, uma vez que coloniza as camadas mais
internas da pele. Entretanto, podem ser inativados por antissépticos.

Microbiota transitória: está presente na camada mais superficial da pele, possibilitando sua remoção
mecânica pela higienização das mãos com agua e sabão, sendo essa eliminada mais facilmente ao se utilizar
uma solução antisséptica. Compreende os microrganismos adquiridos por contato direto com o meio
ambiente que contaminam a pele temporariamente e não são considerados colonizantes, adquirem
particular importância em ambientes hospitalares, devido a facilidade de transmissão de um individuo a
outro.

A higienização das mãos e a medida individual mais simples e


com melhor custo-benefício para prevenir a disseminação das
Infecções Relacionadas a Assistência a Saúde (IRAS).

A higienização das mãos apresenta as seguintes finalidades:

 Remoção de sujidade, suor, oleosidade, pelos, células descamadas, secreções


cutâneas, poluentes e microrganismos patogênicos, interrompendo a transmissão de
infecções veiculadas ao contato e quando associado a um antisséptico promove a
diminuição da microbiota residente;

 Prevenção e redução das infecções causadas pelas transmissões cruzadas. Constitui um


procedimento de comprovada eficácia para o controle das IRAS.

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O tempo da higienização das mãos é importante, não só pela ação mecânica, mas também
para obter o efeito desejado pela ação do sabão e/ou do antisséptico.

Norma Regulamentadora (NR) 32: Direcionada a segurança e saúde no trabalho em serviços de


saúde, proíbe o uso de adornos aos trabalhadores dos serviços de saúde com probabilidade de exposição
ocupacional a agentes biológicos. A não utilização de adornos, como anéis, pulseiras, relógios e similares,
possibilita uma higiene adequada das mãos. A NR 32 recomenda, ainda, que todo local onde exista
possibilidade de exposição ao agente biológico deve ter lavatório exclusivo para higiene das mãos provido de
agua corrente, sabonete liquido, toalha descartável e lixeira com sistema de abertura sem contato manual

Devem higienizar as mãos todos os profissionais que


trabalham em serviços de saúde, que mantêm contato direto
ou indireto com os pacientes e que manipulam medicamentos,
alimentos e material estéril ou contaminado. Recomenda-se,
ainda, que familiares, acompanhantes e visitantes higienizem
as mãos antes e após terem contato com os pacientes nos
serviços de saúde.

Quando devo higienizar as mãos?

As mãos dos profissionais que atuam em serviços de saúde podem ser higienizadas utilizando-se água e
sabonete, preparação alcoólica e antisséptico degermante. A utilização de um determinado produto depende
das indicações descritas a seguir:

O OMS definiu ainda cinco momentos para a higiene das


mãos, de acordo com o fluxo de cuidados assistenciais:

Antes de tocar o paciente;


Antes de realizar procedimento limpo/asséptico;

Após risco de exposição a fluidos corporais;

Após tocar o paciente;

Após contato com superfícies próximas ao paciente.

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Uso de água e sabonete

As mãos devem ser higienizadas com água e sabonete nas seguintes situações:

• Quando estiverem visivelmente sujas ou contaminadas com sangue e outros fluidos


corporais.

• Ao iniciar e terminar o turno de trabalho.

• Antes e após ir ao banheiro.

• Antes e depois das refeições.

• Antes de preparar alimentos.

• Antes de preparar e manipular medicamentos.

• Antes e após contato com paciente colonizado ou infectado por Clostridium difficile.

• Após várias aplicações consecutivas de produto alcoólico.

• Nas situações indicadas para o uso de preparações alcoólicas.

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Uso de preparações alcoólicas

A higienização das mãos deve ser feita com preparação alcoólica (sob a forma gel ou
líquida com 1%-3% de glicerina) quando estas não estiverem visivelmente sujas, em todas
as situações descritas a seguir:

• Antes de ter contato com o paciente.

• Após ter contato com o paciente.

• Antes de realizar procedimentos assistenciais e manipular dispositivos invasivos.

• Antes de calçar luvas para inserção de dispositivos invasivos que não requeiram preparo
cirúrgico.

• Após risco de exposição a fluidos corporais.

• Ao mudar de um sítio corporal contaminado para outro, limpo, durante o cuidado ao


paciente.

• Após ter contato com objetos inanimados e superfícies imediatamente próximas ao


paciente.

• Antes e após a remoção das luvas.

Uso de agentes antissépticos:

Estes produtos associam detergentes com antissépticos e se destinam à higienização


antisséptica das mãos e à degermação da pele das mãos, descritas abaixo:

Higienização antisséptica

• Nos casos de precaução de contato recomendada para pacientes portadores de


microrganismos multirresistentes.

• Nos casos de surtos.

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Degermação da pele

• No pré-operatório, antes de qualquer procedimento cirúrgico (indicado para toda a equipe


cirúrgica).

• Antes da realização de procedimentos invasivos (por exemplo, inserção de cateter


intravascular central, punções, drenagens de cavidades, instalação de diálise, pequenas
suturas, endoscopias e outros).

Técnicas

Dependendo do objetivo ao qual se destinam, as técnicas de higienização das mãos podem


ser divididas em

• Higienização simples.

• Higienização antisséptica.

• Fricção de antisséptico.

• Antissepsia cirúrgica ou preparo pré-operatório.

A eficácia da higienização das mãos depende da duração e da


técnica empregada.

Antes de iniciar qualquer uma dessas técnicas, é necessário


retirar anéis, pulseiras e relógios, pois tais objetos podem
acumular microrganismos.

Higienização simples

Finalidade

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Remover os microrganismos que colonizam as camadas superficiais da pele, assim como o


suor, a oleosidade e as células mortas, retirando a sujidade propícia à permanência e à
proliferação de microrganismos.

Duração do procedimento:

A higienização simples das mãos deve ter duração de 40 a 60 segundos.

1 Abrir a torneira e molhar as mãos, evitando encostar-se à pia.

2 Aplicar na palma da mão quantidade suficiente de sabonete líquido para cobrir toda a
superfície das mãos (seguir a quantidade recomendada pelo fabricante).

3 Ensaboar as palmas das mãos, friccionando-as entre si.

4 Esfregar a palma da mão direita contra o dorso da mão esquerda, entrelaçando os dedos,
e vice-versa.

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5 Entrelaçar os dedos e friccionar os espaços interdigitais.

6 Esfregar o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta, segurando os
dedos, com movimento de vai-e-vem, e vice-versa.

7 Esfregar o polegar direito com o auxílio da palma da mão esquerda, realizando


movimento circular, e vice-versa.

8 Friccionar as polpas digitais e as unhas da mão esquerda contra a palma da mão direita,
fechada em concha, fazendo movimento circular, e vice-versa.

9 Esfregar o punho esquerdo com o auxílio da palma da mão direita, realizando movimento
circular, e vice-versa.

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10 Enxaguar as mãos, retirando os resíduos de sabonete. Evitar contato direto das mãos
ensaboadas com a torneira.

11 Secar as mãos com papel toalha descartável, iniciando pelas mãos e seguindo pelos
punhos. No caso de torneiras com contato manual para fechamento, sempre utilizar papel
toalha.

Higienização antisséptica

Finalidade

Promover a remoção de sujidades e de microrganismos, reduzindo a carga microbiana das


mãos, com auxílio de um antisséptico.

Duração do procedimento

A higienização antisséptica das mãos deve ter duração de 40 a 60 segundos.

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Técnica

A técnica de higienização antisséptica é igual àquela utilizada para a higienização simples


das mãos, substituindo-se o sabonete comum por um associado a antisséptico (por
exemplo, antisséptico degermante).

Fricção das mãos com antisséptico (preparações alcoólicas)

Finalidade

Reduzir a carga microbiana das mãos (não há remoção de sujidades). A utilização de gel
alcoólico – preferencialmente a 70% – ou de solução alcoólica a 70% com 1%-3% de
glicerina pode substituir a higienização com água e sabonete quando as mãos não
estiverem visivelmente sujas.

Duração do procedimento:-

A fricção das mãos com antisséptico deve ter duração de 20 a 30 segundos

A fricção das mãos com antisséptico (preparações alcoólicas)


não está indicada quando existir sujidade nas mãos, visto que
a mesma apenas reduz a carga microbiana. Em caso de
sujidade as mãos devem ser higienizadas.

Técnica

1 Aplicar na palma da mão quantidade suficiente do produto para cobrir toda a superfície
das mãos (seguir a quantidade recomendada pelo fabricante).

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2 Friccionar as palmas das mãos entre si

3 Friccionar a palma da mão direita contra o dorso da mão esquerda, entrelaçando os


dedos, e vice-versa.

4 Friccionar a palma das mãos entre si, com os dedos entrelaçados.

5 Friccionar o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta, segurando os
dedos, e vice-versa.,

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6 Friccionar o polegar direito com o auxílio da palma da mão esquerda, realizando


movimento circular, e vice-versa.

7 Friccionar as polpas digitais e as unhas da mão esquerda contra a palma da mão direita,
fazendo um movimento circular, e vice-versa.

8 Friccionar os punhos com movimentos circulares.

9 Friccionar até secar. Não utilizar papel toalha.

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Antissepsia cirúrgica ou preparo pré-operatório das mãos

A antissepsia cirúrgica das mãos constitui uma medida importante, entre outras, para a
prevenção da infecção de sítio cirúrgico.

Finalidade

Eliminar a microbiota transitória da pele e reduzir a microbiota residente, além de


proporcionar efeito residual na pele do profissional.

As escovas utilizadas no preparo cirúrgico das mãos devem ser descartáveis e de cerdas
macias, impregnadas ou não com antisséptico e de uso exclusivo em leito ungueal,
subungueal e espaços interdigitais.

Duração do procedimento

A antissepsia cirúrgica ou preparo pré-operatório das mãos deve durar de três a cinco
minutos para a primeira cirurgia e de dois a três minutos para as cirurgias subsequentes.

Técnica

1 Abrir a torneira e molhar as mãos, os antebraços e os cotovelos.

2 Recolher, com as mãos em concha, o antiséptico e espalhar nas mãos, antebraços e


cotovelos. No caso de escova impregnada com anti-séptico, pressionar a parte impregnada
da esponja contra a pele e espalhar por todas as partes das mãos, antebraços e cotovelos.

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3 Limpar sob as unhas com as cerdas da escova.

4 Friccionar as mãos, observando os espaços interdigitais e os antebraços, por no mínimo


três a cinco minutos, mantendo as mãos acima dos cotovelos.

5 Enxaguar as mãos em água corrente, no sentido das mãos para os cotovelos, retirando
todo o resíduo do produto. Fechar a torneira com o cotovelo, joelho ou pés, se a torneira
não possuir fotossensor.

6 Enxugar as mãos em toalhas ou compressas estéreis, com movimentos compressivos,


iniciando pelas mãos e seguindo pelos antebraços e cotovelos, atentando para utilizar as
diferentes dobras da toalha/compressa para regiões distintas.

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Uso de Luvas

As recomendações quanto ao uso de luvas por profissionais de saúde são:

• Utilizá-las para proteção individual, nos casos de contato com sangue e líquidos corporais,
e contato com mucosas e pele não íntegra de todos os pacientes.

• Utilizá-las para reduzir a possibilidade de os microrganismos das mãos do profissional


contaminarem o campo operatório (luvas cirúrgicas).

• Utilizá-las para reduzir a possibilidade de transmissão de microrganismos de um paciente


para outro nas situações de precaução de contato.

• Trocar de luvas sempre que entrar em contato com outro paciente.

• Trocar de luvas, também, durante o contato com o paciente se for mudar de um sítio
corporal contaminado para outro, limpo, ou quando estas estiverem danificadas.

• Nunca tocar desnecessariamente superfícies e materiais (tais como telefones,


maçanetas, portas) quando estiver com luvas.

•Não lavar ou usar novamente o mesmo par de luvas.

• O uso de luvas não substitui a higienização das mãos.

• Observar a técnica correta de remoção das luvas para evitar a contaminação das
mãos, abaixo descrita:

1 Retirar as luvas, puxando a primeira pelo lado externo do punho com os dedos da mão
oposta.

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2 Segurar a luva removida com a mão enluvada.

3 Tocar a parte interna do punho da mão enluvada com o dedo indicador oposto (sem
luvas) e retirar a outra luva.

4 Descartar as luvas em lixeira apropriada.

Indicações do uso de luvas estéreis

Entre as recomendações preconizadas, utilizam-se luvas estéreis nos seguintes


procedimentos

• Qualquer procedimento cirúrgico.

• Parto vaginal.

• Procedimentos invasivos.

• Realização de acessos e procedimentos vasculares (vias centrais).

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• Quaisquer procedimentos nos quais seja necessária a manutenção da técnica asséptica.

Outros aspectos da higienização das mãos

Na higienização das mãos, devem ser observadas, ainda, as seguintes recomendações:

• Manter as unhas naturais, limpas e curtas.

• Não usar unhas postiças.

• Evitar o uso de esmaltes quando permitido deve estar integro.

• Não usar apliques, adesivos e pintura em relevo nas unhas.

• Não utilizar anéis, pulseiras e outros adornos quando assistir o paciente.

• Aplicar creme hidratante nas mãos (uso individual), diariamente, para evitar ressecamento
da pele.

(FCC TRT 2ª Região SP 2018) 54. Se as mãos dos profissionais de enfermagem não
estiverem visivelmente sujas ou contaminadas com sangue e outros fluidos corporais, antes
do contato com o paciente indica-se realizar a

(A) fricção das mãos com degermante alcoólico a 70% sob a forma gel ou líquida, antes da
lavagem das mãos.

(B) higienização simples das mãos com água e detergente antisséptico líquido com
clorhexidine.

(C) higienização simples das mãos com preparação de solução antisséptica e degermante

(D) fricção antisséptica das mãos com gel alcoólico preferencialmente a 70% ou de solução
alcoólica a 70% com 1-3% de glicerina.

(E) higienização antisséptica das mãos com desinfetante líquido de baixo nível e não
alcoólico.

Vamos analisar as alternativas:

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(A) fricção das mãos com degermante alcoólico a 70% sob a forma gel ou líquida, antes da
lavagem das mãos.

Conforme vimos anteriormente a fricção das mãos com antisséptico pode substituir a
higienização com água e sabonete quando as mãos não estiverem visivelmente
sujas.

O detalhe nessa alternativa está no final dela (por isso que é tão importante ler as
alternativas COM ATENÇÃO até o final) está incorreta, pois a fricção das mãos com
antisséptico não antecede a lavagem das mãos.

(B) higienização simples das mãos com água e detergente antisséptico líquido com
clorhexidine. A higienização simples das mãos é realizada utilizando água e sabonete
liquido, quando ocorre a substituição do sabonete liquido por sabonete antisséptico o
procedimento é chamado higienização antisséptica das mãos. Portanto Incorreta.

(C) higienização simples das mãos com preparação de solução antisséptica e degermante.
A higienização simples das mãos é realizada utilizando água e sabonete liquido, quando
ocorre a substituição do sabonete liquido por sabonete antisséptico o procedimento é
chamado higienização antisséptica das mãos. Portanto Incorreta.

(D) fricção antisséptica das mãos com gel alcoólico preferencialmente a 70% ou de solução
alcoólica a 70% com 1-3% de glicerina. Conforme visto anteriormente A utilização de gel
alcoólico preferencialmente a 70% ou de solução alcoólica a 70% com 1-3% de glicerina
pode substituir a higienização com água e sabonete quando as mãos não estiverem
visivelmente sujas. Portanto correta.

(E) higienização antisséptica das mãos com desinfetante líquido de baixo nível e não
alcoólico. Conforme vimos anteriormente a higienização antisséptica das mãos é indicada
nos casos de precaução de contato, para pacientes portadores de microrganismos
multirresistentes e nos casos de surtos, Portanto incorreta.

Alternativa D.

(FCC TRT 15ª Região SP 2015) 45. A higienização das mãos é a medida individual mais
simples e menos dispendiosa para prevenir a propagação das infecções relacionadas a

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assistência a saúde. De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária,


dependendo do objetivo ao qual se destina, a técnica de higienização das mãos pode ser
dividida em:

I. Higienização simples das mãos.

II. Higienização antisséptica das mãos.

III. Fricção de antisséptico nas mãos.

IV. Antissepsia cirúrgica ou preparo pré-operatório das mãos.

V. Biodesinfecção das mãos.

Está correto o que consta APENAS em

(A) I, II, III e IV.

(B) I, III e V.

(C) II, IV e V.

(D) II, III e V.

(E) I e IV.

Comentários:

De acordo com a ANVISA as técnicas de higienização das mãos podem variar,


dependendo do objetivo ao qual se destinam. Podem ser divididas em:

• Higienização simples das mãos;

• Higienização antisséptica das mãos;

• Fricção de antisséptico nas mãos;

• Antissepsia cirúrgica ou preparo pré-operatório das mãos.

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Portanto não está incluída Biodesinfecção das mãos.

Estão corretas as sentenças I, II, III e IV. Alternativa correta letra A

(FCC TRT 3ª Região MG 2015) 36. O enfermeiro ao informar o paciente e seus familiares
sobre a importância, a técnica e os momentos que devem higienizar as mãos, está
adotando estratégias para higiene das mãos com o intuito de:

(A) reduzir o erro de dose e preparo para a segurança da medicação.

(B) assegurar o uso de dispositivos injetáveis únicos.

(C) realizar conexões corretas de cateteres endovenosos e sondas.

(D) identificar corretamente o paciente.

(E) prevenir infecções associadas aos cuidados à saúde.

A Higienização das mãos tem como principal objetivo prevenir infecções, Portanto
alternativa correta letra E.

4. Sinais Vitais

As alterações funcionais do organismo são refletidas nos sinais vitais podendo sugerir
doenças logo, devemos verificar e anotar os sinais vitais (SSVV) com presteza e atenção:
Pulso, Respiração, Temperatura, Pressão Arterial e Dor.

Pulso e Frequência cardíaca

O pulso é considerado um importante parâmetro dos sinais vitais, pois, as oscilações da


pulsação, podem trazer informações significativas sobre estado do paciente. O sangue é
impulsionado do ventrículo esquerdo para a aorta e provoca oscilações ritmadas em toda a
extensão da parede arterial, que podem ser sentidas quando comprimimos a artéria contra
uma estrutura dura (osso), onde pode ser verificado a frequência, o ritmo e força que o

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sangue exerce ao passar pela artéria. Podem interferir na medição do pulso as emoções,
os exercícios físicos e a alimentação, oscilando entre recém nascidos, crianças e adultos.

Faz-se a verificação do pulso sobre a artéria radial e, eventualmente, quando o pulso está
filiforme, sobre as artérias mais calibrosas como a carótida e a femoral. Outras artérias,
como a temporal, a facial, a braquial, a poplítea e a pedial também possibilitam a
verificação do pulso.

O pulso apresenta as seguintes denominações:

 Normocardia: é regular, ou seja, o período entre os batimentos se mantém


constante;
 Bradicardia: frequência cardíaca abaixo da normal;
 Taquicardia: frequência cardíaca acima da normal;
 Taquisfigmia: pulso fino e taquicárdico;
 Bradisfigmia: pulso fino e bradicárdico;
 Filiforme: pulso fino.

Valores de Referencia segundo a Organização mundial de saúde

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(OMS):

 Recém- nascidos: 120-180 bpm


 Lactentes: 120-160 bpm
 Crianças: 90-140 bpm
 Pré-escolar: 80-110 bpm
 Idade escolar: 75-100 bpm
 Adolescentes: 60-90 bpm
 Adultos: 60-100 bpm

Frequência respiratória

A frequência respiratória normalmente é realizada seguida ao controle do pulso, para evitar


que o paciente perceba e altere o resultado, deve- se contar o número de respirações no
período de um minuto, observando-se os movimentos torácicos. Cada respiração
compreende o movimento de inspiração e expiração.

É importante observar características que indicam normalidade da respiração, como


intervalos regulares entre a inspiração e expiração, movimento torácico simétrico, ausência
de esforço e ruído. O padrão respiratório de uma pessoa pode sofrer alterações fisiológicas
em algumas situações, como na realização de esforços físicos, estresse emocional ou
durante o choro. Os principais tipos de alterações respiratórias são:

 Bradipnéia: Frequência respiratória abaixo da normal;


 Taquipnéia: Freqüência respiratória acima da normal;
 Dispnéia: Dificuldade respiratória;
 Ortopnéia: Respiração facilitada em posição vertical;
 Apnéia: Parada respiratória;
 Respiração de Cheyne Stokes:Caracteriza-se por aumento gradual na
profundidade das respirações, seguido de decréscimo gradual dessa profundidade,
com período de apnéia subseqüente;
 Respiração estertorosa: Respiração ruidosa.

Valores de Referencia segundo a Organização mundial de saúde (OMS):

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≤ 2 meses : ≥60 irpm

3 meses a 11meses: ≥50 irpm

12 meses a 5 anos: ≥40 irpm

≥ 6 anos: ≥30 irpm

Adultos: 12 20 irpm

(FCC-2015-TRTt-3-regiao-MG-analista-judiciario-enfermagem) 34. O enfermeiro ao


atender um paciente percebe alteração no seu padrão respiratório, representado pela figura
abaixo.

Este padrão respiratório é chamado de

(A) Biot.

(B) Kussmaul.

(C) Cheyne-Stokes.

(D) Platipneia.

(E) Ortopneia.

Vamos analisar as alternativas:

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(A) Biot. A respiração de Biot é um padrão anormal de respiração caracterizada por


grupos de rápidas e curtas inspirações seguidas por períodos regulares ou irregulares de
apneia. Este sinal clínico geralmente indica um prognóstico reservado ou um grave
comprometimento cerebral.

(B) Kussmaul. Um padrão respiratório que se caracteriza por inspirações profundas


seguidas de um período de apneia e uma expiração rápida e breve, acompanhado por
outro período de apneia. Resulta da estimulação do centro respiratório cerebral; ocorre nos
casos de acidose diabética.

(C) Cheyne-Stokes. Respiração de Cheyne-Stokes, também conhecida como respiração


periódica ou cíclica, é o padrão respiratório que se caracteriza por um movimento
respiratório lento crescente e decrescente, que ocorre a cada 40 a 60 segundos. É um
evento presente em pacientes cardiopatas e com doença neurológica cerebral.

(D) Platipneia. É o nome dado à sensação de dispneia que surge ou agrava-se com a
adoção da posição de pé (posição ortostática)

(E) Ortopneia. Desconforto ao respirar na posição deitada reta de barriga para cima;
comum em pessoas com alguns tipos de doenças cardíacas ou pulmonares.

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Portanto alternativa correta C.

(FCC-2017-TRE-PR-tecnico-judiciario-enfermagem) 43. Durante os cuidados de


enfermagem prestados a um paciente em pós-operatório de cirurgia gástrica, o técnico de
enfermagem observa que o paciente apresenta gasping. Este sinal diz respeito a um tipo de
padrão

(A) pupilar.

(B) cardíaco.

(C) de pulso.

(D) respiratório.

(E) de sangramento.

Comentários

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Gasping é um padrão respiratório caracterizado por respiração agônica, ineficaz, com


movimentos de curta duração, também descritos como respiração ruidosa, espasmos
respiratórios. Portanto está correta a alternativa D

(FCC TRE PR 2017) 28. No prontuário do paciente X está anotado que ele apresenta
ortopneia; e no do paciente Y, respiração estertorosa. Essas terminologias respiratórias
designam, respectivamente,

(A) frequência respiratória abaixo do normal e respiração com sibilos.

(B) dificuldade respiratória intercalada com parada respiratória e respiração facilitada em


decúbito ventral.

(C) respiração facilitada em posição vertical e respiração ruidosa.

(D) frequência respiratória normal em posição supina e dificuldade respiratória.

(E) respiração facilitada em decúbito dorsal e respiração em “plateau”.

Comentários:

Ortopnéia é caracterizada pelo desconforto ao respirar na posição deitada reta de barriga


para cima; comum em pessoas com alguns tipos de doenças cardíacas ou pulmonares. A
pessoa com ortopnéia apresenta melhora no padrão respiratório quando colocada em
posição sentada ou Fowler.

Estertores são ruídos de bolhas (pequenos cliques) tanto na inspiração quanto na


expiração auscultados com o estetoscópio e decorrem da passagem do ar pelos brônquios
e bronquíolos. Esses ruídos podem ser grossos ou finos e só acontecem na presença de
secreção nas vias aéreas inferiores (dentro dos brônquios e bronquíolos).

Portanto a alternativa que melhor se encaixa as definições é a alternativa C.

Temperatura

A temperatura corporal pode elevar- se na maioria dos processos infecciosos e/ou


inflamatórios. É muito difícil delimitar a temperatura corporal normal porque, além das

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variações individuais e condições ambientais, em um mesmo indivíduo a temperatura não


se distribui uniformemente nas diversas regiões e superfícies do corpo.

O controle da temperatura corporal é realizado mediante a utilização do termômetro, o mais


utilizado é o de mercúrio, mas cada vez mais torna-se frequente o uso de termômetros
eletrônicos que também são eficazes se realizadas manutenções sistemáticas.

A temperatura corporal pode ser verificada pelos seguintes métodos:

 Oral: o termômetro de uso oral deve ser individual e possuir bulbo alongado e
achatado, o qual deve estar posicionado sob a língua e mantido firme com os lábios
fechados, por 3 minutos. Esse método é contraindicado em crianças, idosos,
doentes graves, inconscientes, com distúrbios mentais, portadores de lesões
orofaríngeas e, transitoriamente, após o ato de fumar e ingestão de alimentos
quentes ou frios;
 Retal: o termômetro retal é de uso individual e possui bulbo arredondado e
proeminente. Deve ser lubrificado e colocado no paciente em decúbito lateral,
inserido cerca de 3,5cm, em indivíduo adulto, permanecendo por 3 minutos. A
verificação da temperatura retal considerada a mais fidedigna é contraindicada em
pacientes submetidos a intervenções cirúrgicas do reto e períneo, e/ou que
apresentem processos inflamatórios locais;
 Axilar: é a verificação mais frequente no nosso meio, embora seja a menos precisa.
O termômetro deve permanecer por, no máximo, 7 minutos (cerca de 5 a 7 minutos).
 Auricular: aparelho com aproximação no canal auditivo.
 Pele: sensor de aproximação na pele.
 Temperatura axilar: 35,8ºC - 37,0ºC;
 Temperatura oral: 36,3ºC - 37,4ºC;
 Temperatura retal: 37ºC - 38ºC.

As principais nomenclaturas da temperatura são:


 Normotermia :Temperatura corporal normal.
 Afebril: Ausência da elevação da temperatura;
 Hipotermia: Temperatura abaixo do valor normal;

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 Hipertermia: Temperatura acima do valor normal, entre 37,8º a 40,9º C;


 Febrícula: Temperatura entre 37,2o C e 37,7o C.
 Hiperpirexia: A partir de 41º C.

Pressão Arterial

A pressão arterial avalia a situação de saúde de uma pessoa resulta da tensão que o
sangue exerce sobre as paredes das artérias, depende do débito cardíaco relacionado à
capacidade do coração impulsionar sangue para as artérias do volume de sangue
circulante, da resistência vascular periférica, determinada pelo lúmen (calibre), elasticidade
dos vasos e viscosidade sanguínea, traduzindo uma força oposta ao fluxo sanguíneo, da
viscosidade do sangue, que significa, em outros termos, sua consistência resultante das
proteínas e células sanguíneas.

Para um resultado preciso, é ideal que, antes da verificação, o indivíduo esteja em repouso
por 10 minutos ou isento de fatores estimulantes (frio, tensão, uso de álcool, fumo).

Hipertensão arterial é o termo usado para indicar pressão arterial acima da normal.
Hipotensão arterial para indicar pressão arterial abaixo da normal.

Pressão arterial que se encontra normal, dizemos que está normotensa.

A pressão sangüínea geralmente é mais baixa durante o sono e ao despertar. A ingestão


de alimentos, exercícios, dor e emoções como medo, ansiedade, raiva e estresse
aumentam a pressão arterial.

A medida da pressão arterial deve ser realizada, preferencialmente, na posição


sentada, de acordo com a técnica descrita a seguir:

 Explicar o procedimento ao paciente deixa- lo em repouso de 5 a 10minutos, bexiga


vazia, verificar se a pessoa não ingeriu bebidas alcoólicas, café, alimentos, ou fumou
até 30 minutos antes da medida.
 Localizar a artéria braquial por palpação.
 Colocar o manguito firmemente cerca de 2 cm a 3 cm acima da fossa antecubital,
centralizando a bolsa de borracha sobre a artéria braquial, a largura da bolsa de
borracha do manguito deve corresponder a 40% da circunferência do braço e seu

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comprimento, envolver pelo menos 80% do braço. Assim, a largura do manguito a


ser utilizado estará na dependência da circunferência do braço do paciente.
 Manter o braço da pessoa na altura do coração.
 Posicionar os olhos no mesmo nível da coluna de mercúrio ou do visor do
manômetro aneróide.
 Palpar o pulso radial e inflar o manguito até seu desaparecimento, para a estimativa
do nível da pressão sistólica, desinflar rapidamente e aguardar de 15 a 30 segundos
antes de inflar novamente.
 Colocar o estetoscópio nos ouvidos, com a curvatura voltada para frente.
 Posicionar a campânula do estetoscópio suavemente sobre a artéria braquial, na
fossa antecubital, evitando compressão excessiva.
 Solicitar ao paciente que não fale durante o procedimento de medição.
 Inflar rapidamente, de 10 mmHg em 10 mmHg, até 20 á 30 mmhg acima do nível
estimado da pressão arterial.
 Proceder à deflação, com velocidade constante inicial de 2 mmHg a 4 mmHg por
segundo, evitando congestão venosa e desconforto para o paciente.
 Determinar a pressão sistólica no momento do aparecimento do primeiro som (fase I
de Korotkoff), que se intensifica com o aumento da deflação.
 Determinar a pressão diastólica no desaparecimento do som (fase V de Korotkoff),
exceto em condições especiais. Auscultar cerca de 20 mmHg a 30 mmHg abaixo do
último som para confirmar seu desaparecimento e depois proceder à deflação rápida
e completa. Quando os batimentos persistirem até o nível zero, determinar a pressão
diastólica no abafamento dos sons (fase IV de Korotkoff).
 Registrar os valores das pressões sistólica e diastólica,
 complementando com a posição da pessoa, o tamanho do manguito e o braço em
que foi feita a mensuração;
 O paciente deve ser informado sobre os valores da pressão arterial e a possível
necessidade de acompanhamento.

Classificação da PA de acordo com a medição casual ou no consultório a partir de 18 anos de idade

Classificação PAS (mmhg) PAS (mmhg)


Normal ≤ 120 ≤ 80
Pré-hipertenso 121-139 81-89

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Hipertensão de estágio 1 140-159 90-99


Hipertensão de estágio 2 160-179 100-109
Hipertensão de estágio 3 ≥ 180 ≥110
Quando a PAS e a PAD situam-se em categorias diferentes a maior deve ser utilizada
para classificação da pressão arterial

PAS: pressão arterial sistólica; PAD: pressão arterial diastólica. Considera-se hipertensão
sistólica isolada se PAS ≥ 140 mm Hg e PAD < 90 mm Hg, devendo a mesma ser
classificada em estágios 1, 2 e 3.

(FCC-2014-TJ-AP-analista-judiciario-enfermagem)-41. A aferição da pressão arterial é


importante para o rastreamento e o diagnóstico da hipertensão arterial sistêmica. Uma das
condições padronizadas pelo Ministério da Saúde que assegura a medida correta da
pressão arterial é,

(A) Medi-la nos dois braços e considerar o valor mais baixo aferido como sendo o
verdadeiro.

(B) Palpar o pulso braquial e inflar o manguito até 10 mmHg acima do valor em que o pulso
deixar de ser sentido.

(C) Medi-la após 5 minutos de repouso.

(D) evitar a aferição nas 4 horas precedentes ao uso de cigarros e à ingestão de bebidas
com cafeína.

(E) desinflar o manguito rapidamente entre 8 a 10 mmHg/seg.

Comentários:

(A) medi-la nos dois braços e considerar o valor mais baixo aferido como sendo o
verdadeiro. Na primeira avaliação, as medidas devem ser obtidas em ambos os membros
superiores e, em caso de diferença, utiliza-se sempre o braço com o maior valor de pressão
para as medidas subsequentes O indivíduo deverá ser investigado para doenças arteriais
se apresentar diferenças de pressão entre os membros superiores maiores de 20/10 mmHg
para a pressão sistólica/diastólica Portanto Incorreta,

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(B) palpar o pulso braquial e inflar o manguito até 10 mmHg acima do valor em que o pulso
deixar de ser sentido. Conforme descrito na técnica de aferição da PA, para encontrar , a
estimativa do nível da pressão sistólica devemos palpar o pulso radial e inflar o manguito
até seu desaparecimento desinflar rapidamente e aguardar de 15 a 30 segundos antes de
inflar novamente. Inflar rapidamente, de 10 mmHg em 10 mmHg, até 20 a 30 mmhg acima
do nível estimado da pressão arterial. Portanto incorreta.

(C) medi-la após 5 minutos de repouso. Conforme vimos anteriormente deixar o paciente
em repouso de 5 a 10minutos antes de realizar a aferição da PA para que retorne aos
parâmetros basais. Portanto correta.

(D) evitar a aferição nas 4 horas precedentes ao uso de cigarros e à ingestão de bebidas
com cafeína. Conforme vimos anteriormente verificar se a pessoa não ingeriu bebidas
alcoólicas, café, alimentos, ou fumou até 30 minutos antes da medida. Portanto Incorreta.

(E) desinflar o manguito rapidamente entre 8 a 10 mmHg/seg. Conforme descrito na técnica


de aferição da PA Proceder à deflação, com velocidade constante inicial de 2 mmHg a 4
mmHg por segundo, evitando congestão venosa e desconforto para o paciente. Portanto
incorreta.

(FCC – TRT - 2ª REGIÃO (SP)2018) Duas das etapas da consulta de enfermagem para o
acompanhamento da pessoa que deambula e com diagnóstico de hipertensão arterial
sistêmica (HAS) são o histórico e o exame físico. São aspectos relevantes na execução
dessas etapas:

I. Estar atento à presença de doenças cardiovasculares ou de lesões em órgãos-alvo,


como a retinopatia hipertensiva.

II. Aferir a pressão arterial com a pessoa deitada, evitando-se realizar a aferição com a
pessoa sentada.

III. Verificar se a pessoa NÃO está com a bexiga cheia.


Está correto o que se afirma nos itens

A) II e III, apenas.

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B) III, apenas.

C) I e III, apenas.

D) I, II e III.

E) I e II, apenas.

Vamos analisar cada afirmativa:

I. Estar atento à presença de doenças cardiovasculares ou de lesões em órgãos-alvo,


como a retinopatia hipertensiva. A HAS pode levar a ocorrência de doenças
cardiovasculares e lesões de orgãos alvos, sendo a principal causa de morbimortalidade na
população brasileira na atualidade. A Retinopatia hipertensiva é a lesão vascular da retina
causada por hipertensão. Os sintomas geralmente se desenvolvem no final da doença.
Exame de fundo de olho mostra constrição arteriolar, entalhes arteriovenosos, alterações
da parede vascular, hemorragias em forma de chama de vela, exsudatos algodonosos,
exsudatos duros amarelos e edema do disco óptico. O tratamento é dirigido para controlar a
pressão sanguínea e, quando ocorre a perda de visão, o tratamento da retina.

Portanto correto, o Enfermeiro deve estar atendo a essas alterações.

II. Aferir a pressão arterial com a pessoa deitada, evitando-se realizar a aferição com a
pessoa sentada.

Para verificar a pressão arterial devem-se seguir alguns passos:

Deixar o paciente descansar por 5 a 10 minutos. Certificar-se de que ele não está com a
bexiga cheia, praticou atividade física a pelo menos 60 minutos, fumou, alimentou, ingeriu
bebida alcoólica ou café a pelo menos 30 minutos. O ambiente deve ser tranquilo, o
paciente deve ser orientado a não conversar durante o procedimento de medida. A medida
da PA deve ser realizada com o paciente sentado, com o braço despido, apoiado sobre
uma superfície firme e na altura do coração, com a palma da mão voltada para cima. As
pernas devem estar descruzadas, pés apoiados no chão, costas apoiadas no encosto da
cadeira. O paciente deve estar relaxado. Portanto INCORRETA a mensuração da pressão
pode ser realizada com a pessoa sentada.

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III. Verificar se a pessoa NÃO está com a bexiga cheia. Como vimos anteriormente deve-se
verificar se a pessoa não está com a bexiga cheia, pois interfere no valor da pressão
arterial. Portanto CORRETA.
Portanto alternativa correta letra C.

(FCC TRT 20ª Região SE 2016) 42. Durante a consulta de enfermagem, para a
verificação da pressão arterial do trabalhador que refere mal estar e ser hipertenso, o
enfermeiro deverá seguir alguns procedimentos, sendo um deles

(A) Certificar-se que o paciente realizou exercícios físicos há pelo menos 30 minutos,
antes de iniciar o procedimento.

(B) Explicar o procedimento ao paciente e deixá-lo em repouso por 5 minutos em


ambiente calmo.

(C) Posicionar o paciente sentado com as pernas cruzadas e os pés apoiados no chão.

(D) Determinar a pressão diastólica no primeiro som após a deflação do manguito, (fase II
de Korotkoff).

(E) Colocar o manguito, sem deixar folgas, de 2 a 3 cm abaixo da fossa cubital.

Para verificar a pressão arterial devem-se seguir alguns passos:

Vamos relembrar algumas orientações sobre a mensuração da pressão arterial:

Deixar o paciente descansar por 5 a 10 minutos. Explicar o procedimento a ele, certificar-


se de que ele não está com a bexiga cheia, fumou, alimentou, ingeriu bebida alcoólica ou
café a pelo menos 30 minutos. O ambiente deve ser tranquilo, o paciente deve ser
orientado a não conversar durante o procedimento de medida. A medida da PA deve ser
realizada com o paciente sentado, com o braço despido, apoiado sobre uma superfície
firme e na altura do coração, com a palma da mão voltada para cima. As pernas devem
estar descruzadas, pés apoiados no chão, costas apoiadas no encosto da cadeira. O
paciente deve estar relaxado.

Agora vamos às alternativas

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(A) Certificar-se que o paciente realizou exercícios físicos há pelo menos 30 minutos,
antes de iniciar o procedimento. Não é necessário realizar exercícios físicos antes da
medida da pressão arterial INCORRETO.

(B) Explicar o procedimento ao paciente e deixá-lo em repouso por 5 minutos em


ambiente calmo. Faz parte do procedimento explicar o que será feito e deixa-lo em
ambiente calmo e em repouso pelo menos 5 minutos antes de verificar a pressão para
que não haja alterações. CORRETA.

(C) Posicionar o paciente sentado com as pernas cruzadas e os pés apoiados no chão. A
posição do paciente influencia nos níveis pressóricos, ele deve estar com as pernas
DESCRUZADAS E COM PÈS APOIADOS NO CHÃO. INCORRETA.

(D) Determinar a pressão diastólica no primeiro som após a deflação do manguito, (fase II
de Korotkoff).O primeiro som após a deflação do manguito determina a pressão
SISTÓLICA. INCORRETA.

(E) Colocar o manguito, sem deixar folgas, de 2 a 3 cm abaixo da fossa cubital. O


manguito deve ser posicionado 2 a 3 cm acima da fossa cubital (cotovelo) e não
abaixo.INCORRETA.

Dor como 5º sinal vital

Dor é um dos problemas clínicos mais comuns e seu controle apropriado parece associar -
se com a melhor recuperação do paciente, menor período de internação e diminuição dos
custos de tratamento.

Dor é um fenômeno complexo e multidimensional, sendo classificado como uma


experiência sensorial e emocional desagradável que surge de lesão tissular real ou
potencial.

A dor é um sinal de alerta de que “algo não vai bem”, Está associada à preservação da
integridade e da própria vida.

Como avaliar a dor

Perguntas essenciais

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 Onde é a dor?
 Quando/como iniciou?
 Existem fatores de melhora/piora?

• Descrição da dor

• Mensuração da dor

É possível medir a dor?

Saber qual é a intensidade da dor de um paciente ainda é uma tarefa imprecisa, por ser
uma experiência subjetiva e inteiramente influenciada por fatores culturais, sociais, etc. No
entanto, a dor pode ser mensurada, isto é, quantificada, através de diversas escalas.

(FCC-2009-TRT-7-CE-tecnico-judiciario-enfermagem)24. Os cinco sinais vitais incluem


pressão arterial, pulso, respiração, temperatura e

(A) pressão venosa central.

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(B) oximetria de pulso.

(C) débito cardíaco.

(D) ritmo cardíaco.

(E) dor.

Comentários:

Conforme vimos acima a dor é considerada como quinto sinal vital e deve ser mensurado
por escalas desenvolvidas para tal fim. Portanto alternativa correta letra E.

(FCC-2017-TRE-PR-tecnico-judiciario-enfermagem) 44. No pós-operatório imediato de


cirurgia ortopédica de um paciente idoso, antes de iniciar os cuidados, o profissional de
enfermagem utilizou a Escala Linear não Visual. Esta escala é utilizada com o objetivo de

(A) identificar o nível de stress.

(B) avaliar o estado mental.

(C) classificar a úlcera de pressão.

(D) avaliar o risco de queda.

(E) quantificar a dor.

Conforme vimos a cima as escalas analógicas (visual e não visual) são utilizadas para
verificar a intensidade da dor, segundo o relato da pessoa. Portanto alternativa correta
letra E.

5. Precaução e isolamento

PRECAUÇÕES PADRÃO - PP

Aplicar em todas as situações de atendimento a pacientes, independente de suspeita de


doença transmissível, para prevenir a transmissão de micro-organismos inclusive quando a

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fonte é desconhecida. Protegem o profissional, e também previnem a transmissão cruzada


entre pacientes.

 HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS

Com água e sabão (sempre que a mão apresentar sujidade) ou álcool para as mãos
(quando não apresentar sujidade visível nas mãos), após contato com fluidos corpóreos,
após manipular materiais e equipamentos contaminados, após retirar luvas, antes e após
contato com qualquer paciente.

 LUVAS

Se houver risco de contato com sangue ou outros fluidos corpóreos. Trocar as luvas entre
procedimentos no mesmo paciente se houver contato com secreções contaminantes.
Calçar luvas limpas antes de manipular mucosas ou pele não íntegra. Não tocar superfícies
com as luvas (ex: telefone, maçaneta). Retirar as luvas imediatamente após o uso e
higienizar as mãos.

 AVENTAL

Se houver risco de respingo ou contato da pele ou roupas do profissional com fluidos,


secreções ou excreções do paciente (ex: dar banho, aspirar secreção, realizar
procedimentos invasivos). Dispensar no “hamper” após o uso. Não usar o mesmo avental
para cuidados a pacientes diferentes.

 MÁSCARA, ÓCULOS, PROTETOR FACIAL

Sempre que houver exposição da face do profissional a respingos de sangue, saliva,


escarro ou outros fluídos e secreções de pacientes. O profissional que apresentar infecção
das vias aéreas (ex: gripe, resfriado), deve utilizar máscara cirúrgica até a remissão dos
sintomas.

 PREVENÇÃO DE ACIDENTES COM PERFUROCORTANTES

Não reencapar a agulha. Não desconectar a agulha da seringa antes do descarte.

 DESCONTAMINAÇÃO DO AMBIENTE

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Realizar limpeza concorrente do mobiliário e bancadas a cada plantão. Realizar limpeza


terminal na alta, óbito ou transferência do paciente. Limpar e desinfetar superfícies sempre
que houver presença de sangue ou secreções.

 ARTIGOS E EQUIPAMENTOS

Todos os artigos e equipamentos devem ser submetidos à limpeza e desinfecção ou


esterilização antes de serem usados para outro paciente.

PRECAUÇÕES DE CONTATO – PC

•Realizar a higienização das mãos com água e sabão ou álcool para as mãos antes e após
o contato com o paciente.

•Manter um metro de distância entre o leito do isolamento e outros leitos.

•Usar luvas não estéreis e avental para realizar procedimentos que facilitem o contato com
os líquidos corporais do paciente.

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•Manter o paciente em quarto privativo, quando possível, principalmente quando houver


secreção de difícil controle, como traqueostomia ou diarreia.

•Equipamentos como Estetoscópios, Termômetros, Esfigmomanômetros e outros devem


ser de uso exclusivo do paciente e higienizados após o uso.

•Fazer o descarte dos EPIs (luvas, aventais, máscaras) próximo ao leito do paciente e
higienizar as mãos após o uso.

•Não deixar caixa de material (luva, máscara) ao lado do paciente.

•Proceder a limpeza e desinfecção de equipamentos como monitores, bombas e painel de


respirador com Espuma Detergente (Surfa’Safe / Optigerm) ao final de cada plantão.

•Evitar levar os prontuários ao lado do paciente, especialmente apoiar no mobiliário, pelo


risco de contaminação.

•Orientar os acompanhantes quanto à higienização, restringindo deambulação entre leitos.

•Se o paciente for transferido da UTI para a enfermaria: manter rigorosamente a precaução
de contato e todas as recomendações pertinentes para o manejo do paciente dentro do
hospital. A identificação de isolamento de contato deve estar no prontuário.

•Após a alta, óbito ou transferência do paciente, realizar limpeza terminal rigorosa e


minuciosa das superfícies fixas, equipamentos, e saída de gases da unidade. Dar atenção
especial à inspeção dos colchões, com substituição daqueles que apresentarem capas com
solução de continuidade.

Transporte do Paciente:

- Deverá ser evitado. Quando necessário o material infectante deverá estar contido, (com
curativo, avental ou lençol), para evitar contaminação de superfícies;

- Se paciente realizar exame e/ou procedimento fazer a desinfecção com álcool 70º da
maca ou cadeira de transporte, e proteger com lençol e desprezá-lo logo em seguida;

- Avisar o local de realização de exame que o paciente está em isolamento de contato.

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PRECAUÇÕES RESPIRATÓRIAS

As infecções de transmissão respiratória podem exigir precauções com gotículas ou com


aerossóis, a depender da doença.

PRECAUÇÕES RESPIRATÓRIAS PARA GOTÍCULAS - PG

A transmissão por gotículas ocorre por meio do contato próximo com o paciente. Gotículas
de tamanho considerado grande (>5 micras) são eliminadas durante a fala, respiração,
tosse, e procedimentos como aspiração. Atingem até um metro de distância, e rapidamente
se depositam no chão, cessando a transmissão. Portanto, a transmissão não ocorre em
distâncias maiores, nem por períodos prolongados.

Exemplos de doenças transmitidas por gotículas: Doença Meningocócica, Rubéola.

- QUARTO PRIVATIVO

Obrigatório.

Pode ser compartilhado entre portadores do mesmo micro-organismo.

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- MÁSCARA

Usar máscara cirúrgica ao entrar no quarto.

A máscara deve ser desprezada na saída do quarto.

- TRANSPORTE DO PACIENTE

Evitar. Quando for necessário sair do quarto, o paciente deverá usar máscara cirúrgica.

Informar o diagnóstico do paciente à área para onde será transportado.

PRECAUÇÕES RESPIRATÓRIAS PARA AEROSSÓIS - PA

A transmissão por aerossóis é diferente da transmissão por gotículas.

Algumas partículas eliminadas durante a respiração, fala ou tosse se ressecam e ficam


suspensas no ar, permanecendo durante horas e atingindo ambientes diferentes, inclusive
quartos adjacentes, pois são carreadas por correntes de ar.

Destinam-se às situações de suspeita ou confirmação de:

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•Tuberculose pulmonar ou laríngea;

•Sarampo;

•Varicela;

•Herpes zoster disseminado ou em imunossuprimido;

•Situações especiais como influenza aviária ou influenza A H1N1 nos casos de

procedimentos que geram aerossóis (ex: intubação, aspiração e nebulização).

- QUARTO PRIVATIVO

Obrigatório, com porta fechada e ventilação externa.

Preferencialmente deve dispor de sistema de ventilação com pressão negativa e filtro de


alta eficácia.

- MÁSCARA

É obrigatório o uso de máscara.

Deve ser colocada antes de entrar no quarto e retirada somente após a saída, e utilizar a
máscara PFF2 (N95).

- TRANSPORTE DO PACIENTE

Evitar: Quando for necessário sair do quarto, o paciente deverá usar máscara cirúrgica.

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Isolamento protetor ou reverso

Será instituído principalmente em pacientes imunodeprimidos e neutropênicos, a fim de


garantir a proteção do paciente contra infecções.

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Colocação dos Equipamentos de proteção individuais (EPIs)

Devem seguir a seguinte ordem

1 Avental.

2 Máscara.

3 Óculos

4 Luvas.

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Retirada dos Equipamentos de proteção individuais (EPIs)

1 Luvas.

2 Máscara.

3 Óculos.

4 Luvas.

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(FCC TRT 20ª Região SE 2016) 45. De acordo com a ANVISA, em atendimento de pacientes que
apresentam doenças transmissíveis, o tipo de precaução baseado no modo de transmissão e os
equipamentos a serem utilizados pelo profissional de saúde, estão, respectivamente, descritos em:

Doença Precaução Equipamento de proteção


transmissível individual
A Caxumba aerossóis máscara N95
B) Rubéola gotículas máscara cirúrgica
C Zika contato avental
D) Tuberculose padrão máscara cirúrgica
E febre amarela contato avental

Comentários:

Precaução Padrão

Devem ser seguidas para TODOS OS PACIENTES, independente da suspeita ou não de


infecções.

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Higienização das mãos: lave com água e sabonete ou friccione as mãos com álcool a 70%
(se as mãos não estiverem visivelmente sujas) antes e após o contato com qualquer
paciente, após a remoção das luvas e após o contato com sangue ou secreções.

Use luvas apenas quando houver risco de contato com sangue, secreções ou membranas
mucosas. Calce-as imediatamente antes do contato com o paciente e retire-as logo após o
uso, higienizando as mãos em seguida.

Use óculos, máscara e/ou avental quando houver risco de contato de sangue ou secreções,
para proteção da mucosa de olhos, boca, nariz, roupa e superfícies corporais.

Descarte, em recipientes apropriados, seringas e agulhas, sem desconectá-las ou


reencapá-las.

Precaução de Contato

Indicações: infecção ou colonização por microrganismo multirresistente, varicela, infecções


de pele e tecidos moles com secreções não contidas no curativo, impetigo, herpes zoster
disseminado ou em imunossuprimido, etc.

Use luvas e avental durante toda manipulação do paciente, de cateteres e sondas, do


circuito e do equipamento ventilatório e de outras superfícies próximas ao leito. Coloque-os
imediatamente antes do contato com o paciente ou as superfícies e retire-os logo após o
uso, higienizando as mãos em seguida.

Quando não houver disponibilidade de quarto privativo, a distância mínima entre dois leitos
deve ser de um metro. Equipamentos como termômetro, esfignomanômetro e estetoscópio
devem ser de uso exclusivo do paciente.

Precauções para Gotículas:

Indicações: meningites bacterianas, coqueluche, difteria, caxumba, influenza, rubéola, etc.


Quando não houver disponibilidade de quarto privativo, o paciente pode ser internado com
outros infectados pelo mesmo microrganismo.

A distância mínima entre dois leitos deve ser de um metro.

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O transporte do paciente deve ser evitado, mas, quando necessário, ele deverá usar
máscara cirúrgica durante toda sua permanência fora do quarto.

Precauções para Aerossóis

Precaução padrão: higienize as mãos antes e após o contato com o paciente, use óculos,
máscara PFF2 (N-95) (para todos os profissionais) e/ou avental quando houver risco de
contato de sangue ou secreções, descarte adequadamente os pérfuro-cortantes.

Mantenha a porta do quarto SEMPRE fechada e coloque a máscara antes de entrar no


quarto. Quando não houver disponibilidade de quarto privativo, o paciente pode ser
internado com outros pacientes com infecção pelo mesmo microrganismo.

Pacientes com suspeita de tuberculose resistente ao tratamento não podem dividir o


mesmo quarto com outros pacientes com tuberculose.

O transporte do paciente deve ser evitado, mas quando necessário o paciente deverá usar
máscara cirúrgica durante toda sua permanência fora do quarto.

Agora vamos analisar cada alternativa:

Doença Precaução Equipamento de proteção


transmissível individual
A Caxumba aerossóis máscara N95
B) Rubéola gotículas máscara cirúrgica
C Zika contato Avental
D) Tuberculose padrão máscara cirúrgica
E febre amarela contato Avental

Alternativa A: Incorreta, a transmissão é por gotículas e não por aerossóis.

Alternativa B: Correta, a transmissão é por gotículas e o equipamento de proteção


individual (EPI) para o profissional (além da precaução padrão) é a máscara cirúrgica.

Alternativa C: Incorreta, a transmissão do zica é vetorial, no Brasil é transmitido pelo


mosquito Aedes aegypti.

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Alternativa D: Incorreta, a precaução para tuberculose é por aerossóis e o equipamento de


proteção individual (EPI) para o profissional (além da precaução padrão) é a máscara PFF2
(N-95).

Alternativa E: Incorreta, Febre amarela é uma doença infecciosa causada por um vírus
transmitido picada dos mosquitos infectados e não há transmissão direta de pessoa a
pessoa (Aedes aegypti, Haemagogus e Sabethes). Portanto o correto seria precaução
padrão e não de contato.

(FCC Câmara legislativa do distrito federal 2018) 33. Um paciente que está no período
de transmissão da doença meningocócica por Neisseria meningitidis é internado. Para
evitar que a doença se dissemine, o enfermeiro deve explicar que os profissionais de
enfermagem, ao prestarem cuidados a este paciente, devem utilizar

(A) máscara comum, objetivando precaução com gotículas.

(B) avental descartável de mangas longas, como precaução específica de contato.

(C) máscara N 95, tendo como finalidade a precaução para medicamentos aerossóis.

(D) luvas estéreis ao prestar cuidados de higiene, como precaução específica de contato
com secreções respiratórias.

(E) máscara com capacidade para filtrar partículas com diâmetro de 0,3 micron, indicada
como precaução para gotículas.

Comentários:

Precaução de Contato

Indicações: infecção ou colonização por microrganismo multirresistente, varicela, infecções


de pele e tecidos moles com secreções não contidas no curativo, impetigo, herpes zoster
disseminado ou em imunossuprimido, etc.

Use luvas e avental durante toda manipulação do paciente, de cateteres e sondas, do


circuito e do equipamento ventilatório e de outras superfícies próximas ao leito. Coloque-os

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imediatamente antes do contato com o paciente ou as superfícies e retire-os logo após o


uso, higienizando as mãos em seguida.

Quando não houver disponibilidade de quarto privativo, a distância mínima entre dois leitos
deve ser de um metro. Equipamentos como termômetro, esfignomanômetro e estetoscópio
devem ser de uso exclusivo do paciente.

Precauções para Gotículas:

Indicações: meningites bacterianas, coqueluche, difteria, caxumba, influenza, rubéola,


etc. Quando não houver disponibilidade de quarto privativo, o paciente pode ser internado
com outros infectados pelo mesmo microrganismo.

A distância mínima entre dois leitos deve ser de um metro.

O transporte do paciente deve ser evitado, mas, quando necessário, ele deverá usar
máscara cirúrgica durante toda sua permanência fora do quarto.

Precauções para Aerossóis

Precaução padrão: higienize as mãos antes e após o contato com o paciente, use óculos,
máscara PFF2 (N-95) (para todos os profissionais) e/ou avental quando houver risco de
contato de sangue ou secreções, descarte adequadamente os pérfuro-cortantes.

Mantenha a porta do quarto SEMPRE fechada e coloque a máscara antes de entrar no


quarto. Quando não houver disponibilidade de quarto privativo, o paciente pode ser
internado com outros pacientes com infecção pelo mesmo microrganismo.

Pacientes com suspeita de tuberculose resistente ao tratamento não podem dividir o


mesmo quarto com outros pacientes com tuberculose.

O transporte do paciente deve ser evitado, mas quando necessário o paciente deverá usar
máscara cirúrgica durante toda sua permanência fora do quarto.

Portanto só pode ser a alternativa A.

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(FCC – TCE PI – 2014) No atendimento ao indivíduo com tuberculose na forma pulmonar


bacilífera, incluem-se, dentre as precauções padrões recomendadas pela ANVISA:

a) Higienização das mãos, uso de máscara cirúrgica e quarto privativo.


b) Higienização das mãos, uso de luvas estéreis e máscara duplo filtro.
c) Uso de luvas de procedimentos, de máscara N 95 e quarto comum.
d) Higienização das mãos, uso de máscara PFF2 e quarto privativo
e) Uso de luvas de procedimentos, de máscara simples e quarto com pacientes
portadores da mesma doença

De acordo com o Guia de Bolso de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde,


a Tuberculose é transmitida de pessoa a pessoa, principalmente, através do ar. A fala, o
espirro e, principalmente, a tosse de um doente de Tuberculose pulmonar bacilífera lança
no ar gotículas,de tamanhos variados, contendo no seu interior o bacilo.

A partir desta leitura, muitos concurseiros acreditam que a preucação contra a tuberculose
é por meio de gotículas. Mas, isso não é verdade. O que ocorre é que as gotículas
formadas por água (> 5 micra) se dissolvem e formam particulas de aeróssois com o M.
tuberculosis ( 5micra). Vejamos algumas considerações sobre as precauções por
aerossóis.

• Indicações: infecção respiratória suspeita ou confirmada por microorganismos


transmitidos por aerossóis (partículas de tamanho menor ou igual a 5 micra), que
permanecem suspensas no ar e podem ser dispersadas a longas distâncias - como
varicela, herpes zoster, sarampo e tuberculose.

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• Precaução padrão: higienize as mãos antes e após o contato com o paciente, use óculos,
máscara cirúrgica e/ou avental quando houver risco de contato de sangue ou secreções,
descarte adequadamente os pérfuro-cortantes;

• A porta do quarto deve ser mantida SEMPRE fechada;

• Quando não houver disponibilidade de quarto privativo, o paciente pode ser internado com
outros pacientes com infecção pelo mesmo microrganismo;

• Pacientes com suspeita de tuberculose resistente ao tratamento não podem dividir o


mesmo quarto com outros pacientes com tuberculose;

• O transporte do paciente deve ser evitado, mas quando necessário o paciente deverá
usar máscara cirúrgica durante toda sua permanência fora do quarto.

• Os profissionais de saúde e acompanhantes devem utilizar a máscara específica (PFF2


ou N95, PFF3) ao entrar no quarto;

Atenção! Qualquer pessoa (profissional de saúde ou familiar) que entre nas enfermarias de
isolamento respiratório deve utilizar máscaras do tipo PFF2 ou N95 ou ainda a PFF3.

Estes respiradores são classificados da seguinte maneira:

Eficiência

 PFF2 – Possuem eficiência mínima de 94% (Penetração máxima de 6%)


 PFF3 – Possuem eficiência mínima de 99% (Penetração máxima de 1%)

 A máscara conhecida como respirador N95 refere-se a uma classificação de filtro


para aerossóis adotada nos EUA que equivale, no Brasil, à PFF2 ou ao EPR semifacial
com filtro P2 — todos com níveis de proteção e resistência equivalentes.

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 A PFF2 é recomendada tanto para proteção respiratória contra aerossóis contendo


agentes biológicos em áreas agrícolas ou industriais, quanto para outros tipos de
partículas dispersadas no ar, como poeiras, fumos e névoas.

Analisando a questão, descartamos as alternativas A, B e E por não referirem a utilização


de proteção por máscaras especiais, a exemplo das máscaras do tipo PFF2 ou N95 ou
ainda a PFF3. A letra C apresenta-se errada, uma vez que descreve o quarto comum,
enquanto que o correto é o quarto privativo.

Portanto o gabarito é a letra D.

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6. Outros aspectos cobrados nas provas

(FCC TRT 7ª Região 2009) 25 A utilização de sonda de Foley de três vias na sondagem
vesical de demora é realizada com o intuito de promover, especificamente,

(A) o esvaziamento vesical.

(B) o controle de débito urinário.

(C) a irrigação vesical.

(D) a prevenção de êmbolos.

(E) o controle de incontinência urinária.

Cateterismo vesical

Consiste na inserção de um cateter na bexiga, por meio da uretra. Tem como funções
promover um fluxo continuo de urina, em casos de obstrução ou quando o individuo não
consegue controlar a micção, e também ajuda na obtenção de amostras de urina livre de
contaminação. Além disso, possibilita uma maneira de avaliar a produção de urina em
enfermos hemodinamicamente

instáveis.

A cateterização vesical pode ser de alivio (intermitente) ou de demora. Os cateteres de


alivio são, geralmente, plásticas (Nelaton) e os de demora são flexíveis e autoestaticas,
devido a presença de um balão em sua extremidade que, quando insuflado no interior da
bexiga, impede sua saída. drenagem de urina e o outro para insuflar e desinsuflar o balão),
ou sonda cateter de três vias, sendo a terceira utilizada para irrigação vesical

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A garantia de técnica asséptica e fundamental para evitar a proliferação de microrganismos.


As medidas de Enfermagem devem ser direcionadas para manutenção do fluxo de urina e
prevenção de infecções

Irrigação vesical

Consiste na lavagem de uma sonda, canal ou área com solução estéril. Tem como função
restabelecer ou manter a permeabilidade do cateter e instilar medicação diretamente na
bexiga. Caso o cateter esteja obstruído com pus, coágulos sanguíneos, precipitados ou
fragmentos e melhor realizar a sua troca para evitar que o procedimento de irrigação
promova o retorno dos elementos citados a bexiga e facilite a ocorrência de infecção .

A irrigação vesical e indicada apos procedimentos cirúrgicos, quando ha ameaça de


formação de coágulos ou outros resíduos, e no uso de cateter em um curto prazo. A técnica
deve ser realizada de forma asséptica estéril. Recomenda-se a manutenção de um sistema
fechado durante a realização desse procedimento.

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Portanto alternativa C

(FCC TRT 16ª Região MA 2014)38. O estudo urodinâmico é indicado para o diagnóstico de

(A) ejaculação precoce.

(B) leiomioma.

(C) tumor renal.

(D) distúrbios funcionais do Trato Urinário Inferior −TUI.

(E) doença de Peyronie.

Comentários da questão:

Alternativa A: Ejaculação precoce (EP), prematura ou rápida, segundo a ISSM (Sociedade


Internacional de Medicina Sexual) é a disfunção sexual masculina caracterizada pela
ejaculação que ocorre sempre, ou quase sempre, quando o tempo desde a penetração
vaginal até a ejaculação passa a ser insatisfatório para o homem ou para o casal. Essa
dificuldade gera consequências negativas, tais como: sensação de incômodo, insatisfação
e/ou desejo de evitar a intimidade sexual. O diagnóstico da ejaculação precoce é
eminentemente clínico, ou seja, ele é feito por meio do relato do paciente, detalhando
desde quando iniciou e como evoluiu, além do exame físico e, se necessário, algum exame
complementar (dosagem hormonal). Portanto Incorreta

Alternativa B: Leiomiomas uterinos são tumores benignos originados de células musculares


lisas do útero contendo uma quantidade aumentada de matriz extracelular. são uma causa
comum de morbidade em mulheres em idade reprodutiva. O diagnóstico é realizado com
auxilio de exames de imagem como ultrassonografia. Portanto Incorreta.

Alternativa C: Os tumores renais são diagnosticados utilizando exames de imagem.


Exames de urina e hemograma podem ser auxiliares no diagnóstico. O estudo urodinâmico,
como vimos anteriormente, vai verificar a função das vias urinárias inferiores, não chegando
aos Rins. Portanto incorreta.

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Alternativa D: O “estudo urodinâmico”, também chamado de “avaliação


urodinâmica”, é um exame que tem como objetivo demonstrar a função do trato urinário
inferior. Em termos práticos, ele mostra se a bexiga consegue cumprir sua função:
armazenar urina sob baixa pressão e proporcionar adequado esvaziamento (micção
normal). Distúrbios da fase de armazenamento e/ou de esvaziamento da bexiga podem
provocar alterações que se expressam através de diminuição do jato urinário (jato urinário
fraco), retenção urinária, micções diurnas ou noturnas frequentes, incontinência urinária
(perda involuntária de urina), dor ao urinar, etc.

A urodinâmica pode ser indicada em determinadas circunstâncias:

* Aumento da próstata (avalia a presença de obstrução ao fluxo urinário pela


próstata, bem como a força de contração da bexiga)

* Incontinência urinária na mulher (determina a causa exata da perda de urina: se a


incontinência está associada à urgência miccional/bexiga hiperativa ou se ocorre
secundariamente a esforços)

* Incontinência urinária no homem (exemplo: incontinência urinária após cirurgia


para remoção da próstata)

* Pacientes com lesões neurológicas (“bexiga neurogênica”)

* Crianças com meningomielocele

A solicitação do exame deve ser feita pelo médico, com o objetivo de determinar com
maior exatidão a causa dos sintomas urinários do paciente. Deve-se ressaltar que a
urodinâmica é particularmente importante para pacientes com doenças neurológicas, em
especial quando há doenças da medula espinhal.

Em pacientes sem doença neurológica associada, a urodinâmica pode ser útil quando
há dúvidas sobre a causa dos sintomas urinários ou quando há falha do tratamento
conservador.

Correta.

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Alternativa E: Doença Peyronie, que é uma deformidade na curvatura normal do pênis


e pode prejudicar muito a vida sexual do indíviduo. O problema acomete cerca de 10% dos
homens, segundo o que informa a literatura médica, porém, a prevalência pode variar de
0,5% a 20,3% na população.

As taxas podem ser ainda maiores em pacientes que apresentam problemas de


disfunção erétil e diabetes. O diagnóstico é clinico

Na fase aguda (inflamatória) que pode durar de 12 a 18 meses, o paciente é orientado


a fazer uso de medicações via oral para tratamento da dor com anti-inflamatórios,
analgésicos e drogas para evitar piora da deformidade, mas com um fator de cura pouco
eficaz. Na fase crônica, normalmente após fibrose e cicatrização, o tratamento
recomendado é o cirúrgico. A prótese pode corrigir a curvatura em quase 70% dos casos.

Portanto incorreta.

Alternativa D.

(FCC TRT 7ª Região 2009) 29 O processo pelo qual se impede, detém ou previne o
sangramento nas cirurgias, por meio de fios cirúrgicos, esponjas absorvíveis, sutura ou
unidade de eletrocirurgia, é denominado

(A) homeostase.

(B) hemostasia.

(C) hemoptise.

(D) hematocrito.

(E) hematêmese

Vamos relembrar a terminologia associada

(A) homeostase: Em 1878, Claude Bernard apresentou a ideia de que o organismo é


dividido em meio externo e meio interno. A habilidade de manter o meio interno em

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constante equilíbrio, funcionando contra as mudanças no meio externo, é


chamada Homeostase.

Em humanos, a temperatura corporal é mantida aproximadamente em 36°C,


a pressão arterial média fica em torno de 100 mmHg e a pressão osmótica plasmática
gira em torno de 300 mOsm. Algumas flutuações nos fatores externos raramente afetam
esses parâmetros. Portanto incorreta.

(B) hemostasia: é uma série complexa de fenômenos biológicos que ocorre em


resposta à lesão de um vaso sanguíneo com objetivo de parar uma hemorragia.

O mecanismo hemostático inclui três processos: hemostasia primária, coagulação


(hemostasia secundária) e fibrinólise. Esses processos têm em conjunto a finalidade de
manter a fluidez necessária do sangue, sem haver extravasamento pelos vasos ou
obstrução do fluxo pela presença de trombos.

O termo hemostasia refere-se ao conjunto de mecanismos pelos quais se mantêm o


sangue fluido dentro do vaso. Portanto correta.

(C) hemoptise. eliminação de sangue do trato respiratório pela tosse. Portanto incorreta.

(D) hematócrito. é a percentagem de volume ocupada pelos glóbulos vermelhos ou


hemácias no volume total de sangue. Portanto incorreta.

(E) hematêmese: saída pela boca de sangue com origem no sistema gastrointestinal.
Portanto incorreta.

(FCC TRT 7ª Região 2009) 34 Após a coleta de material para exames laboratoriais, os
resultados dos níveis de sódio e potássio sérico apontaram acentuada diminuição em
relação aos parâmetros de normalidade. A terminologia correspondente ao material
coletado e as alterações dos níveis de sódio e potássio são, respectivamente,

(A) sangue; hipercalcemia e hiponatremia.

(B) sangue; hiponatremia e hipocalemia.

(C) urina; hipercalemia e hipopotassemia.

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(D) urina; hiponatremia e hipopotassemia.

(E) urina; hipercalcemia e hiponatremia.

Comentários:

Nível sérico (em inglês: Serum level) é um termo usado por profissionais de saúde para se
referir a quantidade de uma determinada substância no sangue.

O sódio é um elemento químico de símbolo Na (Natrium em latim)

O potássio é um elemento químico de símbolo K (do grego κάλιο "kalium"

Hiper é prefixo grego indicador de posição superior, de excesso.

Hipernatremia é um transtorno metabólico causado por um desequilíbrio


hidroeletrolítico no organismo que leva a uma concentração anormalmente alta de sódio no
plasma sanguíneo.

Hiperpotassemia ou Hipercalemia ( do latim, kalium: potássio) é um transtorno do


metabolismo caracterizado por concentração anormalmente alta de potássio no plasma
sanguíneo.

Hipo é prefixo grego designa algo que está por baixo, ou que é inferior.

Hiponatremia é um transtorno metabólico causado por um desequilíbrio hidroeletrolítico no


organismo que leva a uma concentração anormalmente baixa de sódio no plasma
sanguíneo.

Hipopotassemia ou Hipocalemia ( do latim, kalium: potássio) é um transtorno do


metabolismo caracterizado por concentração anormalmente baixa de potássio no plasma
sanguíneo.

Portanto, conforme evidenciamos, o material a ser coletado para a dosagem de sódio e


potássio é o sangue, e os níveis baixos dos eletrólitos mencionados são caracterizados
como hiponatremia e hipocalemia.

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(FCC TRT 7ª Região 2009) 35 A movimentação precoce do cliente no período pós-


operatório favorece a prevenção de

(A) hipertensão renal e cardiomiopatia.

(B) infecção urinária e hepatomegalia.

(C) infecção pulmonar e tromboembolismo.

(D) tromboembolismo e convulsão.

(E) hipertensão portal e úlcera por pressão.

Comentários:

Efeitos deletérios de repouso prolongado no leito e imobilidade têm sido reconhecidos


atualmente. A movimentação pós cirúrgica precoce auxilia na recuperação pós cirúrgica,
manutenção da musculatura, contribui para o bom funcionamento dos órgãos e favorece a
eliminação de secreções e a circulação sanguínea.

Sendo assim previnem as infecções pulmonares (facilitando a expectoração do muco) e


prevenção de tromboembolismo (de estase).

Alternativa correta letra C.

(FCC TRT 16ª Região MA 2014) 37. Uma das indicações ao paciente com sintomas de
insuficiência cardíaca em repouso é colocá-lo na posição

(A) dorsal horizontal.

(B) de Fowler.

(C) prona.

(D) de litotomia.

(E) de Kraske.

Comentários:

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É a incapacidade do coração de bombear sangue suficiente para satisfazer às


necessidades de oxigênio e nutrientes por parte dos tecidos. As alterações no metabolismo
relacionados a alteração na circulação levam ao acumulo de liquido nos vasos e tecidos.

Os principais sintomas de Insuficiência cardíaca (ou insuficiência cardíaca congestiva) são:

Dispnéia aos esforços, ortopnéia, tosse, expectoração, edema pulmonar, cianose, fadiga,
oligúria e estertores(principalmente nas bases pulmonares )

Vamos verificar as posições

Decúbito dorsal, horizontal ou supina

O paciente se deita de costas no colchão, com extremidades apoiadas. Muito utilizada para
realização de exame físico.

Posição de Fowler: Posição em que o paciente fica semi sentado, com apoio sob os
joelhos . É indicada para descanso, para pacientes com dificuldades respiratórias.

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Decúbito ventral ou de prona: É a posição em que o paciente fica deitado sobre o


abdome, com a cabeça lateralizada . É indicada para exames da coluna vertebral e região
cervical.

Litotômica

É considerada uma modificação da ginecológica .

A paciente é colocada em decubito dorsal, com ombros e cabeça ligeiramente elevados .


As coxas, bem afastadas uma da outra são flexionadas sobre o abdome . Essa posição é
utilizada para partos normais, cirurgias ou exame do períneo, vagina e bexiga.

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Posição de canivete (kraske): O paciente se encontra em decúbito ventral, com as coxas e


pernas para fora da mesa e o tórax sobre a mesa, a qual está levemente inclinada no
sentido oposto das pernas, e os braços estendidos e apoiados em talas. Utilizada para
cirurgias proctológicas.

Conforme podemos verificar a única posição que favorece o conforto do paciente


com sintomas de insuficiência cardíaca é a posição de Fowler. Portanto alternativa B

(FCC TRT 16ª Região MA 2014)39. Na disfunção hepática, a icterícia ocorre quando a
concentração sanguínea de

(A) eosinófilos está alta.

(B) creatinina direta está elevada e a indireta está baixa.

(C) transaminase oxalacética está baixa.

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(D) transaminase pirúvica está baixa.

(E) bilirrubina está anormalmente elevada.

Comentários:

A icterícia é a coloração amarela na pele ou nos olhos causada pelo excesso de bilirrubina.
Reflete perturbações na síntese ou nas etapas do metabolismo e excreção da bilirrubina e
pode ser manifestação clínica de inúmeras doenças hepáticas e não hepáticas.

Portanto alternativa correta letra E.

Eosinofilia é o aumento da concentração de eosinófilos no sangue.

A creatinina é um produto da degradação da fosfocreatina no músculo, e é geralmente


produzida em uma taxa praticamente constante pelo corpo. NÃO EXISTE CREATININA
DIRETA E INDIRETA. EXISTE BILIRRUBINA DIRETA E INDIRETA. Esse detalhe pode
confundir o candidato.

A enzima transaminase glutâmico oxalacética TGO e a enzima transaminase glutâmica


pirúvica (TGP) são encontrada em diversas células do corpo, e funcionam como
marcadores de lesão hepática. Em indivíduos saudáveis, os níveis de TGO e TGP no
sangue são baixos. Quando o fígado está danificado essas quantidades sobem, porém elas
não causam a icterícia.

O fato da TGO e da TGP serem marcadores hepáticos podem levar alguns candidatos
menos preparados ao erro. Portanto atenção.

Alternativa correta E.

(FCC TRE SP 2017) 35. Ao realizar a troca de um curativo cirúrgico, o profissional de


enfermagem precisa estar atento com relação a alguns cuidados, tal como:

(A) manter o excesso de exsudação.

(B) impedir a troca gasosa em nível alveolar e tecidual.

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(C) ser permeável a bactérias.

(D) permitir a remoção sem traumas.

(E) não fornecer isolamento térmico.

Comentários

Características de um Curativo Ideal

1° Manter umidade na interface ferida/cobertura;

2º Remover o excesso de exsudação;

3º Permitir a troca gasosa;

4º Fornecer isolamento térmico;

5º Ser impermeável a bactérias;

6º Estar isento de partículas e tóxicos contaminadores;

7º Permitir a troca sem provocar trauma.

Portanto alternativa correta letra D.

(FCC TCE-PI 2014) Um trabalhador submeteu-se a uma cirurgia abdominal. Ao término da


licença e ao retornar ao trabalho, após crise de tosse intensa apresentou deiscência e
evisceração na região da colostomia. Dentre as ações prioritárias no atendimento
ambulatorial recomenda-se realizar na região da colostomia

a) Reposicionamento das vísceras na cavidade abdominal e curativo oclusivo com


compressas secas.
b) Curativo oclusivo com compressas secas e enfaixamento com cinta abdominal.
c) Curativo oclusivo com compressas umedecidas com solução fisiológica a 0,9%.

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d) Curativo com plástico estéril e enfaixamento firmemente compressivo com


bandagens.
e) Lavagem das vísceras com solução fisiológica a 0,9% e curativo compressivo com
compressas secas.
É de conhecimento geral que não se deve reintroduzir ou reposicionar vísceras
evisceradas. Este procedimento deve ser reservado ao Centro Cirúrgico.
Adicionalmente, sabemos que a limpeza de visceras deve ser realizado com solução
salina (SF 0,9%) e, no caso hipotético citado, deve-se realizar um curativo oclusivo e
umedecido para não ressecar e lesionar o órgão.
Portanto, a resposta correta é a letra C.

(FCC – TRT 15ª Região – SP 2015) Durante a pré-consulta ambulatorial, o profissional de


enfermagem, ao aferir o peso, a estatura e a circunferência abdominal de um paciente
adulto, está coletando dados referentes:

a) Aos sinais vitais.


b) Às medidas antropométricas.
c) À tríade de Cushing.
d) Aos sinais flogísticos.
e) Aos testes de variância.

A antropometria estuda as medidas de tamanho e proporções do corpo humano. As


medidas antropométricas tais como peso, altura, circunferência de cintura e circunferência
de quadril são utilizadas para o diagnóstico do estado nutricional (desnutrição, excesso de
peso e obesidade) e avaliação dos riscos para algumas doenças (diabetes mellitus,
doenças do coração e hipertensão) em crianças, adultos, gestantes e idosos.
Portanto alternativa correta letra B

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