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ENFERMAGEM
PARTE I
PROFESSORA PRISCILA LEÃO
BIOSSEGURANCA
• Assepsia: conjunto de medidas utilizadas para impedir a penetração de
microrganismos (contaminação) em local que não os contenha. Processo
que permite afastar os germes patogênicos de um local ou objeto.
• Antissepsia: procedimento que visa o controle de infecção a partir da
aplicação de substâncias microbicidas ou microbiostáticas na pele ou
mucosa, impedindo a proliferação microbiana. Essas substâncias devem ser
de baixa causticidade, hipoalergênicas e passíveis de serem aplicadas em
tecido vivo.
• Antisséptico: produto utilizado para fazer a antissepsia na pele ou mucosa
com a finalidade de reduzir os microrganismos em sua superfície.
• Desinfecção: processo que elimina a maioria dos microrganismos
(exceto os esporos bacterianos), de superfícies inanimadas ou artigos
hospitalares, mediante a aplicação de meios físicos ou químicos. Esta
terminologia pode ser aplicada tanto para artigos e materiais, como
para ambiente
• Esterilização: procedimento utilizado para destruição de todas as
formas de vida microbiana (bactérias vegetativas e esporuladas,
fungos, vírus, esporos), mediante aplicação de agentes físicos e/ou
químicos.
• Infecção: penetração, alojamento e, em geral, multiplicação de um
agente etiológico animado no organismo de um hospedeiro,
produzindo-lhe danos, com ou sem aparecimento de sintomas
clinicamente reconhecíveis.
• Técnicas assépticas: técnicas que se utilizam de um conjunto de
processos, medidas ou meios para impedir a contaminação por
microrganismos, garantindo a assepsia.
EPI
• O Equipamento de Proteção Individual (EPI) é todo
dispositivo ou produto de uso individual utilizado pelo
trabalhador, cuja finalidade é a proteção dos riscos com
potencialidade de ameaçar a segurança e a saúde no
trabalho.
• AVENTAL : O profissional deve
avaliar a necessidade do uso
de avental impermeável
(estrutura impermeável e
gramatura mínima de 50
g/m2) a depender do quadro
clínico do usuário (vômitos,
diarreia, hipersecreção
orotraqueal, sangramento
etc.).Em situações de escassez
de aventais impermeáveis,
admite-se a utilização de
avental de menor gramatura
(no mínimo 30g/m2 ), desde
que o fabricante assegure que
esse produto seja
impermeável. Menor
gramatura (no mínimo
30g/m2 ), desde que o
fabricante assegure que esse
produto seja impermeável.
• GORRO/TOUCA :O gorro ou touca está indicado para a
proteção dos cabelos e da cabeça dos profissionais em
procedimentos com potencial de contaminação por
aerossóis. Deve ser de material descartável e removido
após o uso. O seu descarte deve ser realizado como
resíduo infectante
• ÓCULOS DE PROTEÇÃO ou
PROTETOR DE FACE (face
Shields) Os óculos de proteção
ou protetores faciais, estes
últimos cobrem a frente e os
lados do rosto, devem ser
utilizados quando houver risco
de exposição do profissional a
respingos de sangue, secreções
corporais, excreções etc. Os
óculos de proteção ou
protetores faciais devem ser
exclusivos de cada profissional
responsável pela assistência,
devendo, imediatamente após
o uso, realizar a limpeza
seguida de desinfecção com
álcool líquido a 70%(quando o
material for compatível),
hipoclorito de sódio ou outro
desinfetante, na concentração
recomendada pelo fabricante.
• MÁSCARA FACIAL
O uso de máscaras faz parte de
um pacote abrangente das
medidas de prevenção e
controle que possam limitar a
disseminação de doenças
transmitidas por gotículas e
aerossóis. Há dois tipos de
máscaras destinadas, em geral,
aos profissionais de saúde
apresentadas neste manual, a
citar: máscara cirúrgica e
máscara de proteção respiratória
(tipo N95, N99, N100, PFF2 ou
PFF3).
• MÁSCARA DE PROTEÇÃO
RESPIRATÓRIA Quando o
profissional assistir
pessoas suspeitas ou
confirmadas com
infecções transmitidas por
aerossóis ou realizar
procedimentos com risco
de geração de aerossóis,
deve utilizar a máscara de
proteção respiratória (tipo
N95, N99, N100,PFF2 ou
PFF3).
TIPOS DE PRECAUÇÕES
• Devido à transmissão de diferentes doenças
infectocontagiosas por meio de gotículas, aerossóis e
contato direto com pessoas infectadas ou indireto por meio
de objetos ou superfícies contaminadas, o profissional
deverá estar atento a cada procedimento adotado. Nesse
sentido, as precauções devem ser conhecidas e
implementadas nos ambientes de assistência à saúde e
adotadas em todos os atendimentos, como: precaução
padrão, de contato, para gotículas e para aerossóis.
IMPORTANTE SABER
• A NR-32 tem como finalidade estabelecer as diretrizes
básicas para a implementação de medidas de proteção à
segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de
saúde, bem como daqueles que exercem atividades de
promoção e assistência à saúde em geral. A NR-32 aplica-
se aos ambulatórios médicos e odontológicos, clínicas,
laboratórios de análises clínicas, hospitais, etc.
LAVAGEM DAS MÃOS
• A higienização das mãos consiste em medidas de prevenção e
controle das infecções no serviço de saúde. Apesar de ser uma
medida simples, ela não é colocada em prática de forma adequada
por muitos profissionais. É uma medida individual, simples, usada
para evitar a propagação de infecções no âmbito da assistência à
saúde. O termo higienização, envolve todas as técnicas de
higienização: Lavagem das mãos simples; Antissepsia das mãos;
Fricção antisséptica das mãos; Antissepsia cirúrgica das mãos;
Por que higienizar as mãos?
• Para remover a sujidade, suor, oleosidade, pêlos e células
descamativas.
• Para remover microorganismos patógenos que podem causar
infecções por contato (infecções cruzadas). As mãos estão entre as
principais fontes de transmissão de microorganismos responsáveis
pelas infecções. Quem deve higienizar as mãos? Todos os
profissionais da área de saúde. Quem mantêm contato direto com
o paciente (acompanhantes, visitas, cuidadores). Quem atua na
manipulação de medicamentos, alimentação, materiais
contaminados (para realizar a descontaminação) e materiais estéril.
5 MOMENTOS PARA A HIGIENE DAS
MÃOS
TIPOS DE HIGIENIZAÇÃO DAS
MÃOS – AGUA E SABÃO
TIPOS DE HIGIENIZAÇÃO DAS
MÃOS – PREPARAÇÕES
ALCOÓLICAS
Lavagem
Cirúrgica ou
preparo
pré-operatório
Luvas
• As luvas são amplamente recomendadas aos profissionais de saúde por duas razões
principais, de acordo com a Anvisa (2020):
• Evitar que os microrganismos que estão colonizando a pele das mãos ou estejam
presentes transitoriamente nas mãos do profissional de saúde sejam transmitidos aos
usuários e de um usuário para outro;
• Reduzir o risco de os próprios profissionais de saúde adquirir em infecções dos
usuários. Elas atuam como barreiras dérmicas para reduzir a exposição a sangue,
fluido corpóreo e outros riscos físicos, mecânicos, elétricos e de radiação, fornecendo
proteção contra cortes, dermatites, queimaduras químicas e térmicas. As luvas devem
ser resistentes, anatômicas, flexíveis, pouco permeáveis, oferecer conforto e destreza
ao profissional, além de serem compatíveis como tamanho das mãos de quem as
utiliza. As mais comuns encontradas no mercado são feitas de látex ou silicone
descartáveis. Existem dois tipos de luvas para assistência à saúde.
Luvas de procedimento
Procedimento – usadas para a
realização de procedimentos que
dão acesso ao profissional a material
contaminada. Sendo assim a luva de
procedimento serve para a proteção
do profissional. Um a vez que estas
não são esterilizadas só impedem o
contato da s mãos do profissional,
para que não se contamine. Ex:
trocar fraldas, manipulação de
exsudados, sangue, entre outros.
Luvas
Estéreis
Estéril - usada para realização de
procedimentos assépticos, logo
visa à proteção do cliente.
Sempre que temos por objetivo
a ausência de qualquer
microrganismo usamos luvas
esterilizadas. Ex: curativos
limpos, sonda vesical, entre
outros.
SINAIS VITAIS
• As medidas de temperatura, pulso, pressão arterial (PA), frequência respiratória e
saturação de oxigênio são as mais frequentemente obtidas pelos prestadores de
cuidado da saúde. Como indicadores do estado de saúde, essas medidas indicam a
eficiência das funções circulatória, respiratória, neural e endócrina do corpo.
• Devido à sua importância, são referidas como sinais vitais. A dor, um sintoma subjetivo,
também é um sinal vital frequentemente medido juntamente com os demais sinais
vitais.
SINAIS VITAIS
• Uma alteração dos sinais vitais sinaliza a necessidade
de intervenção médica ou da enfermagem. Os sinais
vitais são um modo eficiente e rápido de monitorar a
condição do cliente ou de identificar problemas e
avaliar a resposta do cliente a uma intervenção.
Quando você aprende as variáveis fisiológicas que
influenciam os sinais vitais e reconhece a relação entre
as alterações dos sinais vitais com outros achados de
uma avaliação física, você pode determinar
precisamente os problemas de saúde do cliente.
QUANDO MEDIR OS SINAIS VITAIS
• Na admissão aos serviços de cuidado da saúde
• Quando avaliar o cliente em visitas de cuidado domiciliar
• No hospital, em esquema de rotina conforme prescrições do prestador de
cuidado da saúde ou os padrões de prática do hospital
• Antes e após um procedimento cirúrgico ou um procedimento diagnóstico
invasivo
• Antes, durante e após uma transfusão de produtos do sangue
• Antes, durante e após a administração de medicamentos ou terapias que
afetam as funções de controle cardiovascular, respiratório ou de
temperatura
• Quando as condições físicas gerais do cliente são alteradas
(p.ex., perda da consciência ou aumento da intensidade da dor)
• Antes e após intervenções de enfermagem que influenciam um
sinal vital (p.ex., antes da deambulação de um cliente
previamente em repouso, ou antes que um cliente realize
exercícios com amplitude de movimentos)
• Quando o cliente informa sintomas inespecíficos de afllição
física (p.ex., sentindo-se “engraçado” ou “diferente”)
Material a ser utilizado
• Verificar o pulso sem usar o dedo polegar, pois se o fizer contará o próprio pulso e
não o do paciente.
TÉCNICA PARA AFERIR
• Explicar ao paciente o que será
feito;
• Colocar o paciente em posição
confortável (deitado ou sentado), o
braço ao longo do corpo, o pulso
estendido e a palma da mão voltada
para baixo;
• Colocar o dedo indicador, fazendo
leve pressão contra o rádio;
• Ao sentir as pulsações, contá-las
durante 1 minuto;
• Anotar.
TERMINOLOGIA UTILIZADA
Recém- nascidos 120-180 bpm O pulso apresenta as seguintes denominações:
• Normocardia: é regular, ou seja, o período entre
Lactentes 120-160 bpm os batimentos se mantém constante, com volume
perceptível à pressão moderada dos dedos.
Crianças 90-140 bpm • Bradicardia: frequência cardíaca abaixo da
normal;
Adultos 60-100 bpm • Taquicardia: frequência cardíaca acima da normal;
• Filiforme: pulso fino.
• Taquisfigmia: pulso acelerado
• Bradsfigmia: pulsação lenta.
FATORES QUE INFLUENCIAM A
FREQUENCIA DO PULSO
FREQUENCA RESPIRATÓRIA ( FR)
A sobrevivência humana depende da capacidade do oxigênio (O2 ) de
alcançar as células do corpo e do dióxido de carbono (CO2 ) ser removido
das células. A respiração é o mecanismo que o organismo utiliza para a troca
de gases entre a atmosfera e o sangue e o sangue e as células. A respiração
envolve a ventilação (o movimento de gases para dentro e para fora dos
pulmões), a difusão (o movimento de oxigênio e dióxido de carbono entre os
alvéolos e os eritrócitos) e a perfusão (a distribuição de eritrócitos para e a
partir dos capilares pulmonares).
FREQUENCIA RESPIRATORIA
• Observar uma inspiração e
expiração completa quando
se conta a ventilação ou
frequência de respiração. A
variação habitual de
frequência respiratória varia
com a idade.
TÉCNICA PARA
AFERIR VALORES DE ACORDO COM A IDADE
Posição de Fowler
Posicionar a pessoa em decúbito dorsal,
elevar a cabeceira da cama até que o
tronco atinja um ângulo de 45º em
relação à cama. É denominada semi-
Fowler quando a cabeceira está em um
ângulo de 30º. É indicada para
alimentação e em patologias
respiratórias, de um modo geral.
Trendelenburg
O paciente é posicionado em
decúbito dorsal, com o corpo em
um plano inclinado, de forma
que a cabeça fique mais baixa em
relação ao corpo. É indicada para
cirurgias da região pélvica,
estado de choque,
tromboflebites.
Genupeitoral
A pessoa deve ser posicionada
ajoelhada sobre a cama, com os
joelhos afastados, as pernas
estendidas e o peito apoiado sobre a
cama. A cabeça deve estar
lateralizada, apoiada sobre os braços.
O indivíduo é coberto com um lençol
grande. É indicada para os exames
vaginais e retais.
Decubito ventral ou prona
Refere-se à posição deitada com
abdome voltado para o leito. É
indicada para a facilitação da
expansão pulmonar.
Posição Sims
Colocar o indivíduo em decúbito lateral esquerdo, mantendo a cabeça apoiada no
travesseiro. O corpo deve estar ligeiramente inclinado para frente, com o braço
esquerdo esticado para trás, de forma a permitir que parte do peso do corpo se
apoie sobre o peito. O braço direito deve ser posicionado de acordo com a vontade
da pessoa. Os membros inferiores devem estar flexionados, o direito mais que o
esquerdo. Cobrir o indivíduo, expondo apenas a área necessária. É indicada para os
exames vaginais, retais, clister e lavagem intestinal.
Ginecológica
Posicionar o paciente em decúbito dorsal horizontal. Com a perna flexionada
sobre as coxas, a planta dos pés apoiada sobre o colchão e os joelhos bem
afastados. Utilizar lençol, garantindo a necessidade da pessoa. É indicada para
exames e/ou tratamentos da genitália e do reto.
Jackknife
Essa posição recebe diferentes nomes a depender da
literatura. O termo Jackknife é uma palavra inglesa que
significa “canivete”. Isso porque o paciente assume uma
posição num ângulo que lembra a abertura de um
canivete.
Litotômica
Assemelha-se à ginecológica. Colocar
o paciente em decúbito dorsal, com a
cabeça e os ombros ligeiramente
elevados. As coxas devem estar bem
flexionadas sobre o abdome,
afastadas uma da outra, e as pernas
sobre as coxas. Normalmente, para se
colocar o paciente nessa posição,
usam-se suportes para os joelhos
(perneiras). A proteção é a mesma da
posição ginecológica ou com um
lençol especial com perneiras e
abertura no centro. É indicada em
cirurgias ou exames de períneo, reto,
vagina e bexiga.
Posição ereta
A pessoa deve ficar de pé, com o
peso distribuído equitativamente
nos membros inferiores e os pés
ligeiramente afastados. Deve estar
calçado ou sobre chão forrado. É
indicada para exame neurológico.
ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
• MEDICAMENTOS - É toda substância que, introduzida no organismo, vai
atender a uma finalidade terapêutica.
• PREVENTIVA. Ex.: vacinas;
• PALIATIVA. Ex.: analgésico;
• CURATIVA. Ex.: antibiótico;
• SUBSTITUTIVA. Ex.: insulina.
A administração de medicamentos é uma atividade complexa que exige
capacitação técnica, haja vista os riscos de danos envolvendo o paciente. O
uso seguro da administração de medicamentos é condição para a eficácia do
tratamento, exigindo conhecimento, ética e estratégias para redução de
danos no seu manejo, prescrição e administração — princípios básicos de
segurança na administração de medicamentos.
A equipe de enfermagem tem seguido, tradicionalmente, os cinco certos na
administração de medicamentos e, progressivamente, foram acrescentados
outros elementos de conferência configurando-se em os “13 certos na
administração de medicamentos”, uma excelente estratégia que tem impacto na
redução dos erros de medicamentos. Os 13 certos atualmente recomendados
para a aplicação são:
1. Prescrição certa. 8. Orientação certa.
2. Paciente certo. 9. Via de administração certa.
3. Medicamento certo. 10. Horário certo
4. Validade certa. 11. Tempo de administração certo.
5. Forma/ apresentação certa. 12. Ação certa.
6. Dose certa. 13. Registro certo.
7. Compatibilidade certa.
Processo de medicar
A padronização de termos relacionados ao processo de administração de
medicamentos favorece o trabalho da equipe de saúde.
• Droga: substância ou matéria-prima que tenha a finalidade medicamentosa
ou sanitária;
• Medicamento: produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado,
com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico;
• Medicamento genérico: contém o mesmo princípio ativo, na mesma dose e
forma farmacêutica e indicação terapêutica do medicamento de referência.
Apresenta eficácia e segurança equivalentes à do medicamento de
referência;
• Medicamento similar: contém o mesmo princípio ativo, apresenta a mesma
concentração, forma farmacêutica, posologia.
Cuidados gerais no preparo de
medicamentos
• Não conversar durante o preparo de medicamentos.
• A prescrição médica deve ser mantida com o profissional no momento de preparo do medicamento.
• Lavar as mãos antes e após o preparo do medicamento, a fim de minimizar os riscos de contaminação.
• Checar a prescrição médica logo após a administração do medicamento.
• Todo medicamento requer prescrição médica.
• O ideal é que a prescrição seja feita por escrito.
• Todo medicamento deve ter rótulo.
• Todo medicamento deve estar dentro do prazo de validade.
• Não administrar medicamento preparado por outro profissional.
• Informar-se sobre ação, dose e efeitos colaterais dos medicamentos.
• Em situações duvidosas, não administrar o medicamento.
• Manter os medicamentos em condições especiais para uso, como refrigeração e fotossensibilidade.
• Anotar em prontuário qualquer alteração na administração de medicamento, como recusas, reações
alérgicas e efeitos colaterais.
• Seguir protocolos da instituição sobre diluição de medicamentos administrados por via oral ou endovenosa.
• Não misturar na mesma administração medicamentos diferentes, com exceção dos casos prescritos
• Administrar os medicamentos por via oral com água, exceto em casos prescritos pelo médico.
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
As vias de administração podem ser divididas em:
• Via enteral: – oral; – sublingual; – retal.
• Via vaginal.
• Via parenteral: – intravascular: intravenosa e intrarterial; – intramuscular; – subcutânea; –
intradérmica; – intracardíaca.
• Via tópica: – dérmica; – transdérmica; – intraocular.
• Via nasal.
• Via inalatória.
• Via auricular.
• Via intratecal: – peridural; – subaracnoidea.
• Via intraperitônea.
• Via intra-articular.
VIA ORAL (VO)
CONTRA INDICAÇÕES
• A administração de medicamentos
Pacientes inconscientes.
pela via oral consiste em oferecer o
Pacientes com dificuldade
medicamento que será deglutido ou de deglutição.
não com auxílio de líquidos. As Vômito.
formas de apresentação dos Pacientes em jejum para
fármacos para administração por via cirurgias e exames.
oral são: VANTAGENS DESVANTAGENS
• Comprimidos. Facilidade para administração Paladar desagradável de alguns
medicamentos.
• Cápsulas. Dispensa acompanhamento de Incerteza de dosagem absorvida pelo
profissional qualificado. organismo
• Drágeas. Baixo custo financeiro A ação da droga não é imediata,
necessitando absorção gástrica ou
• Soluções. enteral
Método não invasivo para Dificuldade de fracionamento de
• Suspensão. administração. cápsulas, drágeas e comprimidos.
• Pó.
TECNICA PARA A REALIZAÇÃO
• Identificar o medicamento.
• Colocar o medicamento no copo descartável sem retirar do invólucro.
Orientar o paciente sobre a administração do medicamento.
• Higienizar as mãos.
• Preparar o medicamento, se possível, na frente do paciente ou de seu
acompanhante.
• Deixar o paciente confortável, com a cabeceira elevada.
• Oferecer o medicamento ao paciente, retirando-o do invólucro, com copo
com água para deglutição. Caso não seja possível, auxiliar o paciente,
colocando o medicamento na cavidade oral.
• Observar e certificar-se de que o paciente deglutiu o medicamento. Oferecer
mais líquido, se necessário.
• Deixar o paciente confortável.
• Desprezar o material e manter a unidade em ordem.
• Higienizar as mãos.
• Checar o procedimento em prescrição médica conforme rotina da
instituição.
• Observar continuamente alterações orgânicas que possam estar
relacionadas ao medicamento administrado
VIA
SUBLINGUAL
Posição desconfortável
para o paciente.
TECNICA PARA REALIZAÇÃO
• Higienizar as mãos.
• Orientar o paciente sobre a administração do medicamento.
• Higienizar as mãos e calçar as luvas.
• Preparar o medicamento, se possível, na frente do paciente ou de seu
acompanhante.
• Posicionar o paciente adequadamente (posição SIMS), deixando-o
confortável.
• Remover a roupa do paciente.
• Afastar com a mão esquerda a prega interglútea e, com a mão direita, introduzir o
medicamento no orifício anal.
• Instruir o paciente a comprimir as nádegas por 3 a 4 minutos e permanecer na mesma
posição por 15 a 20 minutos para absorção do medicamento.
• Fazer ligeira pressão local ocluindo a saída do medicamento.
• Recolocar a roupa no paciente e deixá-lo confortável.
• Retirar a luva.
• Desprezar o material e manter a unidade em ordem.
VIA NASAL
Via nasal É a instilação de medicamentos diretamente
nas narinas, para obtenção de efeito local e no sistema
respiratório. Via muito utilizada para aplicação de
descongestionantes nasais e broncodilatadores.
PARTES DA AGULHA
• A escolha do local de aplicação dependerá da via de administração, das condições da
pele do cliente, que deve estar: livre de qualquer sinal de inflamação – hiperemia, calor,
edema e dor, sinais de irritação, paresias, tecido cicatricial e ainda locais com diminuição
ou ausência de sensibilidade.
• Quanto ao material utilizado, as seringas são graduadas de 1mL, 3mL, 5mL, 10mL e
20mL, a escolha depende do volume da medicação a ser aspirada. As agulhas também
são selecionadas de acordo com a via de aplicação, a quantidade do tecido subcutâneo
ou muscular, as características da rede vascular e a medicação a ser aspirada/injetada
TAMANHOS DE SERINGA
TAMANHOS DE AGULHA
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO PARENTERAL EM ADULTOS
Lembrando que caso não há disponibilidade de agulha apropriada, mudaremos o ângulo da aplicação. Caso
haja, manteremos o ângulo de 90°.
TÉCNICA - SUBCUTÂNEA
• Bandeja; Seringa de 1mL= 100UI; Agulha para aspiração; Agulha para administração
13/4,5 ou 13/4,0; Algodão; Álcool 70%.
• Higienizar as mãos; Conferir a prescrição médica e preparar o material; Fazer a
desinfecção da ampola ou frasco;
• Aspirar o líquido e retirar o ar com a agulha protegida;
• Escolher e expor o local da aplicação;
• Pressionar a pele, segurando e mantendo uma prega tendo certeza que está pinçando o
tecido subcutâneo;
• Realizar antissepsia, aguardar secar o local;
• Introduzir a agulha com bisel para cima e ângulo de 90° (agulha curta);
• Levantar a pele, segurando-a e mantendo-a suspensa entre o dedo indicador e polegar,
para clientes muito magros ou caquéticos, introduzindo a agulha em posição paralela à
pele, sob sua dobra, com rapidez e firmeza;
• Soltar a prega e injetar a solução lentamente, se atingir um vaso, retirar a agulha e
introduzir em outro local;
• Observar a formação de uma elevação da pele, correspondente ao volume da solução
injetada;
• Lembrar de não fazer fricção (massagem) no local porque para certos tipos de drogas
como a insulina, a absorção deve ser lenta. E na heparina não massagear, pois provoca
ruptura de pequenos vasos sanguíneos e lesões;
• Desprezar o material descartável em recipiente apropriado e não reencapar a agulha após
o uso;
Intramuscular (IM): a administração ocorre nas camadas musculares, sendo apropriada
para a introdução de agentes terapêuticos irritantes (p. ex.: aquosos ou oleosos) e para
aqueles que necessitam rápida absorção e efeitos mais imediatos A escolha do local de
aplicação deve levar em consideração a idade do paciente, o tipo de medicamento
(aquoso ou oleoso) e o volume a ser administrado. Em terapias que exigem injeções
frequentes, é importante realizar rodízio entre esses locais.
TECNICA - INTRAMUSCULAR
• Posicionar o usuário o mais confortável possível (atentar-se para o risco de síncope, especialmente
naqueles que referirem terem medo de injeção), Localizar o local de administração
REGIÃO DELTÓIDE
• Traçar uma linha aproximadamente 5 cm (3 dedos) abaixo do acrômio, e duas linhas em diagonal que se
encontram na inserção inferior do deltoide ou linha axilar (“Triângulo Invertido imaginário”)
• Realizar antissepsia no local da aplicação com algodão embebido em álcool 70% fazendo movimentos
unidirecional de cima para baixo ou movimentos circulares de dentro para fora (este procedimento está
em desuso no caso de imunobiológico)
• Segure o algodão entre o terceiro e quarto dedos da mão dominante
• Posicione os dedos da mão não dominante, imediatamente acima do local a ser introduzido a agulha e
utilizando os dedos indicador e polegar, firmar o músculo (pessoa eutrófica) ou fazer prega idosos,
edemaciados ou hipotróficos)
• Com a mão dominante introduza a agulha no centro do “Triângulo Invertido imaginário”, com um único
impulso, e o bisel lateralizado e perpendicular à pele ou formando um ângulo reto (90º)
• Depois que a agulha perfurar a pele, mantenha polegar e o dedo indicador da mão dominante firme para
segurar o canhão e o corpo da seringa (sem que haja troca de mão, “mão que pica, mão que fica”!)
• Com a mão não dominante, puxe o êmbolo discretamente até retorno de bolhas de ar (este procedimento
está em desuso para imunobiológicos)
• Observe se há refluxo de sangue. Caso isso não ocorra, injetar a medicação lentamente.
• Caso ocorra o refluxo de sangue, não faça a aplicação. Retire a agulha e reinicie o processo Aguarde
aproximadamente 10 segundos antes de retirar a agulha lentamente
• Pressionar o local com algodão seco ou embebido de álcool
• Solicitar que o usuário mantenha pressionado por alguns segundos para fazer hemostasia
• Ocluir com curativo próprio se disponível
• Orientar ao usuário os cuidados ou possíveis eventos que poderá ocorrer com a aplicação
• Despreze a seringa e a agulha utilizadas na caixa coletora de material perfurocortante
• Faça a higienização das mãos
• Realizar os registros necessários
DORSO GLUTEO
• Lave as mãos; Confira a prescrição médica; Reúna os materiais
• Oriente o cliente sobre o procedimento a ser realizado;
• Posicione o cliente;
• Delimite o ângulo e o quadrante externo;
• Faça a anti-sepsia do local;
• Segure a bola de algodão com a mão esquerda e retire o protetor da agulha;
• Faça a punção, utilizando um ângulo de 90º;
• Puxe o êmbolo, caso não haja sangue, injete o medicamento em velocidade média;
• Retire a agulha e faça compressão no local, utilizando movimentos circulares;
• Despreze a agulha e a seringa em recipientes apropriados para materiais
pérfurocortantes, sem reencapar as agulhas e lave as mãos;
• Faça as anotações que se fizerem necessárias e cheque o horário prescrito.
LEITO FECHADO
Consiste no leito que está desocupado, aguardando
para receber um paciente. Deve ser preparado
aproximadamente duas horas após ter sido feita a
limpeza geral permitindo o arejamento do ambiente.
Materiais necessários:
Um lençol; Um virol (lençol de cima); Um traçado ou
forro; Um impermeável; Uma colcha; Luvas de
procedimento (se necessário); Uma toalha de banho e
uma toalha de rosto; Uma fronha; Um cobertor (se
necessário); Hamper; Camisola ou pijama; Material
acessório conforme rotina hospitalar (jarro, copo,
bacias, comadre, papagaio, dentre outros).
LEITO ABERTO Consiste no leito que está sendo ocupado por
um paciente que pode se locomover.
Materiais necessários: Peças de roupas que forem necessárias
para a troca do leito (ver materiais do leito fechado); Luvas de
procedimento; Saco para resíduos.