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FUNDAMENTOS DA

ENFERMAGEM

PARTE I
PROFESSORA PRISCILA LEÃO
BIOSSEGURANCA
• Assepsia: conjunto de medidas utilizadas para impedir a penetração de
microrganismos (contaminação) em local que não os contenha. Processo
que permite afastar os germes patogênicos de um local ou objeto.
• Antissepsia: procedimento que visa o controle de infecção a partir da
aplicação de substâncias microbicidas ou microbiostáticas na pele ou
mucosa, impedindo a proliferação microbiana. Essas substâncias devem ser
de baixa causticidade, hipoalergênicas e passíveis de serem aplicadas em
tecido vivo.
• Antisséptico: produto utilizado para fazer a antissepsia na pele ou mucosa
com a finalidade de reduzir os microrganismos em sua superfície.
• Desinfecção: processo que elimina a maioria dos microrganismos
(exceto os esporos bacterianos), de superfícies inanimadas ou artigos
hospitalares, mediante a aplicação de meios físicos ou químicos. Esta
terminologia pode ser aplicada tanto para artigos e materiais, como
para ambiente
• Esterilização: procedimento utilizado para destruição de todas as
formas de vida microbiana (bactérias vegetativas e esporuladas,
fungos, vírus, esporos), mediante aplicação de agentes físicos e/ou
químicos.
• Infecção: penetração, alojamento e, em geral, multiplicação de um
agente etiológico animado no organismo de um hospedeiro,
produzindo-lhe danos, com ou sem aparecimento de sintomas
clinicamente reconhecíveis.
• Técnicas assépticas: técnicas que se utilizam de um conjunto de
processos, medidas ou meios para impedir a contaminação por
microrganismos, garantindo a assepsia.
EPI
• O Equipamento de Proteção Individual (EPI) é todo
dispositivo ou produto de uso individual utilizado pelo
trabalhador, cuja finalidade é a proteção dos riscos com
potencialidade de ameaçar a segurança e a saúde no
trabalho.
• AVENTAL : O profissional deve
avaliar a necessidade do uso
de avental impermeável
(estrutura impermeável e
gramatura mínima de 50
g/m2) a depender do quadro
clínico do usuário (vômitos,
diarreia, hipersecreção
orotraqueal, sangramento
etc.).Em situações de escassez
de aventais impermeáveis,
admite-se a utilização de
avental de menor gramatura
(no mínimo 30g/m2 ), desde
que o fabricante assegure que
esse produto seja
impermeável. Menor
gramatura (no mínimo
30g/m2 ), desde que o
fabricante assegure que esse
produto seja impermeável.
• GORRO/TOUCA :O gorro ou touca está indicado para a
proteção dos cabelos e da cabeça dos profissionais em
procedimentos com potencial de contaminação por
aerossóis. Deve ser de material descartável e removido
após o uso. O seu descarte deve ser realizado como
resíduo infectante
• ÓCULOS DE PROTEÇÃO ou
PROTETOR DE FACE (face
Shields) Os óculos de proteção
ou protetores faciais, estes
últimos cobrem a frente e os
lados do rosto, devem ser
utilizados quando houver risco
de exposição do profissional a
respingos de sangue, secreções
corporais, excreções etc. Os
óculos de proteção ou
protetores faciais devem ser
exclusivos de cada profissional
responsável pela assistência,
devendo, imediatamente após
o uso, realizar a limpeza
seguida de desinfecção com
álcool líquido a 70%(quando o
material for compatível),
hipoclorito de sódio ou outro
desinfetante, na concentração
recomendada pelo fabricante.
• MÁSCARA FACIAL
O uso de máscaras faz parte de
um pacote abrangente das
medidas de prevenção e
controle que possam limitar a
disseminação de doenças
transmitidas por gotículas e
aerossóis. Há dois tipos de
máscaras destinadas, em geral,
aos profissionais de saúde
apresentadas neste manual, a
citar: máscara cirúrgica e
máscara de proteção respiratória
(tipo N95, N99, N100, PFF2 ou
PFF3).
• MÁSCARA DE PROTEÇÃO
RESPIRATÓRIA Quando o
profissional assistir
pessoas suspeitas ou
confirmadas com
infecções transmitidas por
aerossóis ou realizar
procedimentos com risco
de geração de aerossóis,
deve utilizar a máscara de
proteção respiratória (tipo
N95, N99, N100,PFF2 ou
PFF3).
TIPOS DE PRECAUÇÕES
• Devido à transmissão de diferentes doenças
infectocontagiosas por meio de gotículas, aerossóis e
contato direto com pessoas infectadas ou indireto por meio
de objetos ou superfícies contaminadas, o profissional
deverá estar atento a cada procedimento adotado. Nesse
sentido, as precauções devem ser conhecidas e
implementadas nos ambientes de assistência à saúde e
adotadas em todos os atendimentos, como: precaução
padrão, de contato, para gotículas e para aerossóis.
IMPORTANTE SABER
• A NR-32 tem como finalidade estabelecer as diretrizes
básicas para a implementação de medidas de proteção à
segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de
saúde, bem como daqueles que exercem atividades de
promoção e assistência à saúde em geral. A NR-32 aplica-
se aos ambulatórios médicos e odontológicos, clínicas,
laboratórios de análises clínicas, hospitais, etc.
LAVAGEM DAS MÃOS
• A higienização das mãos consiste em medidas de prevenção e
controle das infecções no serviço de saúde. Apesar de ser uma
medida simples, ela não é colocada em prática de forma adequada
por muitos profissionais. É uma medida individual, simples, usada
para evitar a propagação de infecções no âmbito da assistência à
saúde. O termo higienização, envolve todas as técnicas de
higienização: Lavagem das mãos simples; Antissepsia das mãos;
Fricção antisséptica das mãos; Antissepsia cirúrgica das mãos;
Por que higienizar as mãos?
• Para remover a sujidade, suor, oleosidade, pêlos e células
descamativas.
• Para remover microorganismos patógenos que podem causar
infecções por contato (infecções cruzadas). As mãos estão entre as
principais fontes de transmissão de microorganismos responsáveis
pelas infecções. Quem deve higienizar as mãos? Todos os
profissionais da área de saúde. Quem mantêm contato direto com
o paciente (acompanhantes, visitas, cuidadores). Quem atua na
manipulação de medicamentos, alimentação, materiais
contaminados (para realizar a descontaminação) e materiais estéril.
5 MOMENTOS PARA A HIGIENE DAS
MÃOS
TIPOS DE HIGIENIZAÇÃO DAS
MÃOS – AGUA E SABÃO
TIPOS DE HIGIENIZAÇÃO DAS
MÃOS – PREPARAÇÕES
ALCOÓLICAS
Lavagem
Cirúrgica ou
preparo
pré-operatório
Luvas
• As luvas são amplamente recomendadas aos profissionais de saúde por duas razões
principais, de acordo com a Anvisa (2020):
• Evitar que os microrganismos que estão colonizando a pele das mãos ou estejam
presentes transitoriamente nas mãos do profissional de saúde sejam transmitidos aos
usuários e de um usuário para outro;
• Reduzir o risco de os próprios profissionais de saúde adquirir em infecções dos
usuários. Elas atuam como barreiras dérmicas para reduzir a exposição a sangue,
fluido corpóreo e outros riscos físicos, mecânicos, elétricos e de radiação, fornecendo
proteção contra cortes, dermatites, queimaduras químicas e térmicas. As luvas devem
ser resistentes, anatômicas, flexíveis, pouco permeáveis, oferecer conforto e destreza
ao profissional, além de serem compatíveis como tamanho das mãos de quem as
utiliza. As mais comuns encontradas no mercado são feitas de látex ou silicone
descartáveis. Existem dois tipos de luvas para assistência à saúde.
Luvas de procedimento
Procedimento – usadas para a
realização de procedimentos que
dão acesso ao profissional a material
contaminada. Sendo assim a luva de
procedimento serve para a proteção
do profissional. Um a vez que estas
não são esterilizadas só impedem o
contato da s mãos do profissional,
para que não se contamine. Ex:
trocar fraldas, manipulação de
exsudados, sangue, entre outros.
Luvas
Estéreis
Estéril - usada para realização de
procedimentos assépticos, logo
visa à proteção do cliente.
Sempre que temos por objetivo
a ausência de qualquer
microrganismo usamos luvas
esterilizadas. Ex: curativos
limpos, sonda vesical, entre
outros.
SINAIS VITAIS
• As medidas de temperatura, pulso, pressão arterial (PA), frequência respiratória e
saturação de oxigênio são as mais frequentemente obtidas pelos prestadores de
cuidado da saúde. Como indicadores do estado de saúde, essas medidas indicam a
eficiência das funções circulatória, respiratória, neural e endócrina do corpo.
• Devido à sua importância, são referidas como sinais vitais. A dor, um sintoma subjetivo,
também é um sinal vital frequentemente medido juntamente com os demais sinais
vitais.
SINAIS VITAIS
• Uma alteração dos sinais vitais sinaliza a necessidade
de intervenção médica ou da enfermagem. Os sinais
vitais são um modo eficiente e rápido de monitorar a
condição do cliente ou de identificar problemas e
avaliar a resposta do cliente a uma intervenção.
Quando você aprende as variáveis fisiológicas que
influenciam os sinais vitais e reconhece a relação entre
as alterações dos sinais vitais com outros achados de
uma avaliação física, você pode determinar
precisamente os problemas de saúde do cliente.
QUANDO MEDIR OS SINAIS VITAIS
• Na admissão aos serviços de cuidado da saúde
• Quando avaliar o cliente em visitas de cuidado domiciliar
• No hospital, em esquema de rotina conforme prescrições do prestador de
cuidado da saúde ou os padrões de prática do hospital
• Antes e após um procedimento cirúrgico ou um procedimento diagnóstico
invasivo
• Antes, durante e após uma transfusão de produtos do sangue
• Antes, durante e após a administração de medicamentos ou terapias que
afetam as funções de controle cardiovascular, respiratório ou de
temperatura
• Quando as condições físicas gerais do cliente são alteradas
(p.ex., perda da consciência ou aumento da intensidade da dor)
• Antes e após intervenções de enfermagem que influenciam um
sinal vital (p.ex., antes da deambulação de um cliente
previamente em repouso, ou antes que um cliente realize
exercícios com amplitude de movimentos)
• Quando o cliente informa sintomas inespecíficos de afllição
física (p.ex., sentindo-se “engraçado” ou “diferente”)
Material a ser utilizado

• Bandeja ou Cuba Rim contendo


• 01 Termômetro;
• Bolas de algodão seco;
• Bolas de algodão embebidas no álcool
a 70%;
• Estetoscópio;
• Aparelho PA – Esfigmomanômetro;
• Caneta;
• Papel para anotações dos sinais;
• Relógio;
• Gaze.
TEMPERATURA
• A temperatura do corpo é a diferença entre a quantidade de calor produzido por
processos corporais e a quantidade perdida para o ambiente externo.
• O local de medição de temperatura (oral, retal, membrana timpânica, artéria temporal,
esofágico, artéria pulmonar, axilar ou até mesmo bexiga) é um fator que determina a
temperatura de um paciente. Para os adultos jovens saudáveis, a temperatura oral média
é de 37°C. Na população idosa, a temperatura central varia de 35°C a 36,1°C como
resultado da imunidade diminuída
• Os mecanismos fisiológicos e comportamentais regulam o equilíbrio entre a perda de
calor e o calor produzido, ou termorregulação. Para a temperatura do corpo ficar
constante e dentro de uma faixa aceitável, vários mecanismos mantêm a relação entre a
produção e a perda de calor.
TIPOS DE TERMÔMETRO
TÉCNICA PARA AFERIR
• Lavar as mãos;
• Preparar psicologicamente o paciente;
• Trazer o material para a mesa de cabeceira do paciente;
• Enxugar a axila do paciente com papel higiênico/toalha, colocar o termômetro na parte
côncava da axila, de tal maneiro que o bulbo do termômetro fique em contato direto
com o paciente;
• Pedir o paciente que comprima o braço de encontro ao corpo; se possível, colocando
mão no ombro oposto;
• Deixar o termômetro no local durante 3 a 5 minutos, os quais serão aferidos o pulso e a
respiração;
• Retirar o termômetro, ler a temperatura, realizar a assepsia;
• Anotar.
CLASSIFICAÇÃO DA
TEMPERATURA
• Hipotermia: Temperatura abaixo de 35°C
• Afebril: 36,1°C a 37,2°C
• Febril: (febrícula) 37,3°C a 37,7°C
• Febre: 37,8°C a 38,9°C
• Pirexia: 39°C a 40°C
• Hiperpirexia: acima de 40°C
PADRÕES DE FEBRE
• Sustentada: Uma temperatura corporal constante continuamente
acima de 38°C que tem pouca flutuação
• Intermitente: Picos de febre intercalados com níveis de temperatura
habituais (A temperatura volta ao valor aceitável pelo menos uma
vez a cada 24 horas.)
• Remitente: Picos e quedas de febre sem um retorno a níveis de
temperatura aceitáveis.
• Reincidente: Períodos de episódios febris e períodos com valores de
temperatura aceitáveis (Episódios febris e períodos de normotermia
são com frequência mais longos que 24 horas.)
• Pulso é o limite palpável do fluxo
PULSO sanguíneo em uma artéria periférica.
O sangue flui através do corpo num
Locais de verificação de pulso circuito contínuo. O pulso é um
indicador indireto do estado
circulatório.
• O pulso é a onda de pressão que é
gerada pelo bombeamento de
sangue pelo coração e que se
propaga pelas artérias. Ele pode ser
facilmente medido em locais onde
uma artéria é superficial e pode ser
pressionada contra um osso onde as
artérias são profundas. Os locais
mais comuns são as artérias radial,
carótida e femoral.
• É a sensação de movimento que
sentimos quando o sangue é
bombeado pelo coração através das
artérias.
Frequência cardíaca
• A frequência cardíaca é a quantidade de vezes que o coração bate em um
minuto, e pode ser avaliada utilizando-se diferentes métodos, como o monitor
multiparâmetro, o eletrocardiograma (ECG) ou a palpação do pulso apical.
• A frequência cardíaca normal em repouso varia de acordo com a idade e o
nível de atividade física da pessoa, e geralmente fica entre 60 e 100 bpm.
• O pulso é a onda de pressão que é gerada pelo bombeamento de sangue
pelo coração e que se propaga pelas artérias. Ele pode ser facilmente medido
em locais onde uma artéria é superficial e pode ser pressionada contra um
osso onde as artérias são profundas. Os locais mais comuns são as artérias
radial, carótida e femoral.
• É a sensação de movimento que sentimos quando o sangue é bombeado
pelo coração através das artérias.
RECOMENDAÇÕES
• Podemos avaliar qualquer artéria para a frequência de pulso, mas você
normalmente usa a artéria radial, porque ela é fácil de palpar.
• Quando a condição de um paciente piora de repente, recomenda-se
localizar o sítio da carótida para avaliar o pulso rapidamente. O coração
continua fornecendo sangue através da artéria carótida para o cérebro
tanto tempo quanto possível.
• Quando o débito cardíaco diminui significativamente, os pulsos
periféricos enfraquecem e são difíceis de palpar
RECOMENDAÇÕES
• Evitar verificação do pulso em membros afetados de pacientes neurológicos e
vasculares;

• Não verificar pulso em membro com fistula arteriovenosas;

• Verificar o pulso sem usar o dedo polegar, pois se o fizer contará o próprio pulso e
não o do paciente.
TÉCNICA PARA AFERIR
• Explicar ao paciente o que será
feito;
• Colocar o paciente em posição
confortável (deitado ou sentado), o
braço ao longo do corpo, o pulso
estendido e a palma da mão voltada
para baixo;
• Colocar o dedo indicador, fazendo
leve pressão contra o rádio;
• Ao sentir as pulsações, contá-las
durante 1 minuto;
• Anotar.
TERMINOLOGIA UTILIZADA
Recém- nascidos 120-180 bpm O pulso apresenta as seguintes denominações:
• Normocardia: é regular, ou seja, o período entre
Lactentes 120-160 bpm os batimentos se mantém constante, com volume
perceptível à pressão moderada dos dedos.
Crianças 90-140 bpm • Bradicardia: frequência cardíaca abaixo da
normal;
Adultos 60-100 bpm • Taquicardia: frequência cardíaca acima da normal;
• Filiforme: pulso fino.
• Taquisfigmia: pulso acelerado
• Bradsfigmia: pulsação lenta.
FATORES QUE INFLUENCIAM A
FREQUENCIA DO PULSO
FREQUENCA RESPIRATÓRIA ( FR)
A sobrevivência humana depende da capacidade do oxigênio (O2 ) de
alcançar as células do corpo e do dióxido de carbono (CO2 ) ser removido
das células. A respiração é o mecanismo que o organismo utiliza para a troca
de gases entre a atmosfera e o sangue e o sangue e as células. A respiração
envolve a ventilação (o movimento de gases para dentro e para fora dos
pulmões), a difusão (o movimento de oxigênio e dióxido de carbono entre os
alvéolos e os eritrócitos) e a perfusão (a distribuição de eritrócitos para e a
partir dos capilares pulmonares).
FREQUENCIA RESPIRATORIA
• Observar uma inspiração e
expiração completa quando
se conta a ventilação ou
frequência de respiração. A
variação habitual de
frequência respiratória varia
com a idade.
TÉCNICA PARA
AFERIR VALORES DE ACORDO COM A IDADE

• Lavar as mãos;  Recém-nascido 30 a 60 irpm


• Colocar o paciente deitado  Lactente (6 meses) 30 a 50irpm
confortavelmente;  Pre escolar 25 a 32 irpm
• Colocar os dedos no pulso do paciente  Criança 20 a 30 irpm
como se fosse verificá-lo;  Adolescente 16 a 20 irpm
• Observar os movimentos respiratórios  Adulto 12 a 20 irpm
(inspiração e expiração), contando-os
durante 1 minuto;
• Anotar.
TERMINOLOGIA UTILIZADA

• Bradipnéia - Frequência respiratória abaixo do normal;


• Taquipneia - Frequência respiratória acima do normal;
• Dispnéia - Dificuldade respiratória;
• Ortopnéia - Respiração facilitada em posição vertical;
• Apnéia – Ausência de respiração.
PRESSÃO ARTERIAL
• A pressão arterial avalia a situação de saúde de uma pessoa resulta da
tensão que o sangue exerce sobre as paredes das artérias, depende do
débito cardíaco relacionado à capacidade do coração impulsionar sangue
para as artérias do volume de sangue circulante, da resistência vascular
periférica, determinada pelo lúmen (calibre), elasticidade dos vasos e
viscosidade sanguínea, traduzindo uma força oposta ao fluxo sanguíneo, da
viscosidade do sangue, que significa, em outros termos, sua consistência
resultante das proteínas e células sanguíneas. O controle compreende a
verificação da pressão máxima ou sistólica e da pressão mínima ou
diastólica, registrada em forma de fração ou usando-se a letra x entre a
máxima e a mínima (120/70mmHg ou 120x70mmHg).
• As medições de PA arterial são obtidas diretamente (de modo invasivo) ou
indiretamente (de modo não invasivo). O método direto exige a inserção de
um cateter fino numa artéria. O tubo de condução conecta o cateter com o
equipamento de monitoramento hemodinâmico eletrônico. O monitor exibe
uma forma de onda da pressão arterial constante e a leitura. Por causa do
risco de perda de sangue súbita a partir de uma artéria, o monitoramento
invasivo de PA é utilizado apenas em ambientes de cuidados intensivos. O
método indireto comum exige um esfigmomanômetro e estetoscópio. A
ausculta ou palpação com ausculta é a técnica mais amplamente utilizada.
TECNICA PARA AFERIR
• Explicar o procedimento ao paciente deixá - lo em repouso de 5 a
10minutos, bexiga vazia, verificar se a pessoa não ingeriu bebidas
alcoólicas, café, alimentos, ou fumou até 30 minutos antes da medida.
• Localizar a artéria braquial por palpação.
• Colocar o manguito firmemente cerca de 2 cm a 3 cm acima da fossa
antecubital, centralizando a bolsa de borracha sobre a artéria braquial,
Assim, a largura do manguito a ser utilizado estará na dependência da
circunferência do braço do paciente.
• Manter o braço da pessoa na altura do coração.
• Posicionar os olhos no mesmo nível da coluna de mercúrio ou do
mostrador do manômetro aneróide.
• Palpar o pulso radial e inflar o manguito até seu desaparecimento,
para a estimativa do nível da pressão sistólica, desinflar
rapidamente e aguardar de 15 a 30 segundos antes de inflar
novamente.
• Colocar o estetoscópio nos ouvidos, com a curvatura voltada para
frente.
• Posicionar a campânula do estetoscópio suavemente sobre a artéria
braquial, na fossa antecubital, evitando compressão excessiva.
• Solicitar ao paciente que não fale durante o procedimento de
medição. Inflar rapidamente, de 10 mmHg em 10 mmHg, até o nível
estimado da pressão arterial.
• Proceder à deflação, com velocidade constante inicial de 2 mmHg a 4
mmHg por segundo, evitando congestão venosa e desconforto para
o paciente.
• Determinar a pressão sistólica no momento do aparecimento do
primeiro som (fase I de Korotkoff), que se intensifica com o aumento
da velocidade de deflação.
• Determinar a pressão diastólica no desaparecimento do som (fase V
de Korotkoff), exceto em condições especiais. Auscultar cerca de 20
mmHg a 30 mmHg abaixo do último som para confirmar seu
desaparecimento e depois proceder à deflação rápida e completa.
• Anotar os valores das pressões sistólica e diastólica,
complementando com a posição da pessoa, o tamanho do manguito
e o braço em que foi feita a mensuração;
• O paciente deve ser informado sobre os valores da pressão arterial e
a possível necessidade de acompanhamento.
Korotkoff, um cirurgião russo, descreveu pela primeira vez os sons
ouvidos em uma artéria distal ao manguito de PA quando este era
esvaziado. O primeiro é um som rítmico de afunilamento claro
correspondente à frequência de pulso que aumenta gradualmente em
intensidade. O início do som corresponde à pressão sistólica. Um som
de sopro ou assobio ocorre conforme o manguito continua a esvaziar,
resultando no segundo som. À medida que a artéria distende, há
turbulência no fluxo de sangue. O terceiro som é uma batida mais
nítida e mais intensa. O quarto som torna-se abafado e grave
conforme o manguito é ainda mais esvaziado. Nesse ponto, a pressão
do manguito caiu abaixo da pressão dentro das paredes dos vasos; O
quinto som marca o desaparecimento do som.

Os sons auscultados durante a medição da pressão sanguínea podem


ser diferenciados em cinco fases. Neste exemplo, a pressão
sanguínea é 140/90 mmHg.
TERMINOLOGIA UTILIZADA
• Hipertensão: termo usado para indicar pressão arterial
acima da normal
• Normotensão: Pressão arterial que se encontra normal
• Hipotensão: para indicar pressão arterial abaixo da normal.
• PA convergente: ocorre quando a PA sistólica e diastólica
estão próximas.
• PA divergente: ocorre quando a PA sistólica e diastólica com
valores distantes
CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO
COM O RESULTADO
CLASSIFICAÇÃO PRESSAO ARTERIAL SISTOLICA ( PRSAO ARTERIAL DIASTOLICA (
PAS) PAD)

OTIMO <120 <80


NORMAL 120 ATÉ 129 80 ATÉ 84
PRÉ HIPERTENSO 130 ATE 139 85 ATE 89
HIPERTENSAO ESTAGIO 1 140 ATE 159 90 ATE 99
ESTAGIO 2 160 ATE 179 100 ATE 109
ESTAGIO 3 > 180 >110
HIPERTENSÃO ARTERIAL >140 <90
SISTÓLICA ISOLADA
HIPERTENSÃO ARTERIAL <140 >90
DIASTÓLICA ISOLADA
CONSIDERAÇOES SOBRE O
MANGUITO
Devem ser utilizados manguitos com câmara
inflável (cuff) adequada para a circunferência do
braço de cada pessoa, ou seja, a largura deve ser
de pelo menos 40% do comprimento do braço
(distância entre o olécrano e o acrômio) e o
comprimento, de pelo menos 80% de sua
circunferência
DOR
• Por ser um evento subjetivo, complexo e multidimensional, a
dor deve ser avaliada e mensurada por meio de auto registros.
OBJETIVOS
• Identificar a intensidade e classificar a dor;
• Melhorar a qualidade de vida do paciente;
• Proporcionar conforto ao paciente e controle da dor
TÉCNICA
PERGUNTAS E ABORDAGENS
• Quando iniciou a dor?
• De que forma ela apareceu?
• dor é contínua? Ou intermitente?
• Qual o período do dia em que ela piora?
• Como é a sua dor? Qual é a intensidade da dor?
• Onde dói? Que fatores aliviam a dor?
• Que fatores pioram a dor?
ESCALAS E MENSURAÇÕES

• Escalas unidirecionais: possuem


descritores numéricos (0-10),
verbais (palavras) ou visuais
(imagens) para quantificar a
dimensão sensorial, a
intensidade da dor ou seu alívio.
OXIMETRIA DE PULSO
• É uma modalidade de monitorizarão não invasiva capaz de
medir a saturação do oxigênio no sangue, ou seja, a
porcentagem de oxigênio que está sendo transportado.
• Objetivo: Avaliar de forma contínua o percentual de
hemoglobina saturada de oxigênio no sangue do paciente.
TÉCNICA PARA A REALIZAÇÃO
• Material: Bandeja; Oxímetro; Papel e caneta.
• Escolher o local onde o sensor será instalado (dedo da mão, do pé, ou lobo da orelha);
• O sensor pode ser colocado no sentido longitudinal ou transversal nos dedos. No caso
de sensores com fios separados, colocar um em oposição ao outro;
• Manter a mão monitorizada ao nível do coração para reduzir a pulsação venosa, que
interfere na medida;
• Em caso de monitorização contínua, trocar o sensor de dedo a cada duas horas,
sobretudo em neonatos e idosos;
• Efetuar a leitura da saturimetria após 3 minutos de estabilização do valor;
• Anotar o resultado, registrando também o fluxo de oxigênio usado e o tipo de
dispositivo (máscara nasal, cateter binasal), se for o caso.
MEDIDAS ANTOPOMÉTRICAS

A antropometria é a obtenção das medidas corporais do indivíduo. Nos


serviços de saúde, os principais tipos de medidas são: peso e altura, a qual é
medida por meio do comprimento (para crianças menores de 2 anos) e da
estatura (para crianças maiores de 2 anos, adolescentes e adultos, inclusive
gestantes e idosos).
Um registro preciso da altura e peso do paciente será essencial para calcular
dosagens de medicamentos, anestésicos e agentes de contraste, avaliar o
estado nutricional do paciente e determinar a razão altura-peso.
PESO
Devido ao peso corporal fornecer a melhor visão geral a
respeito do estado dos líquidos corporais, uma
monitorização é importante no caso de pacientes que
estão recebendo medicamentos diuréticos. Um aumento
rápido de peso pode significar uma retenção de líquidos.
Por outro lado, uma diminuição rápida pode caracterizar
uma perda volumosa de líquidos. Por isso, a antropometria
não deve ser entendida como uma simples ação de pesar e
medir, mas, sobretudo, como uma atitude de vigilância das
condições clínicas.
TÉCNICA PARA AFERIR
• Destravar a balança;
• Verificar se a balança está calibrada (a agulha do braço e o fiel devem estar na
mesma linha horizontal). Caso contrário, calibrá-la, girando lentamente o
calibrador;
• Esperar até que a agulha do braço e o fiel estejam nivelados;
• Após o caibramento da balança, ela deve ser travada e só então o adolescente ou
adulto subirá na plataforma para ser pesado;
• Posicionar o adolescente ou adulto de costas para a balança, no centro do
equipamento, com o mínimo de roupa possível, descalço, ereto, com os pés juntos
e os braços estendidos ao longo do corpo. Mantê-lo parado nessa posição;
• Destravar a balança;
• Mover o cursor maior sobre a escala numérica para marcar os quilos;
• Depois mover o cursor menor para marcar os gramas;
• Esperar até que a agulha do braço e o fiel estejam nivelados;
• Travar a balança, evitando assim que sua mola desgaste,
assegurando o bom funcionamento do equipamento;
• Realizar a leitura de frente para o equipamento, a fim de visualizar
melhor os valores apontados pelos cursores;
• Anotar o peso em ficha específica ou prontuário;
• Retornar os cursores ao zero na escala numérica;
MENORES DE 2 ANOS
• As crianças menores de 2 anos devem ser pesadas e medidas sempre
completamente despidas e na presença da mãe ou do responsável, pois estes
devem auxiliar na retirada da roupa da criança e na tomada da medida.
Lembre-se que uma fralda molhada pode representar até 20% do peso de
uma criança.

• A balança pediátrica ou “tipo bebê” é o equipamento apropriado para crianças


menores de 2 anos que ainda não ficam de pé com segurança. É preciso ter
muito cuidado para pesar crianças pequenas, a fim de se evitar acidentes.
Certifique-se de que a balança está apoiada sobre uma superfície plana, lisa e
firme. Forre o prato com uma proteção (papel destacável ou fralda) antes de
calibrar a balança para evitar erros na pesagem.
TECNICA PARA AFERIR
• Destravar a balança.
• Verificar se a balança está calibrada (a agulha do braço e o fiel devem estar na
mesma linha horizontal). Caso contrário, calibrá-la, girando lentamente o
calibrador.
• Esperar até que a agulha do braço e o fiel estejam nivelados.
• Após constatar que a balança está calibrada, ela deve ser travada.
• Despir a criança com o auxílio da mãe ou responsável.
• Colocar a criança sentada ou deitada no centro do prato, de modo a distribuir o
peso igualmente. Destravar a balança, mantendo a criança parada o máximo
possível nessa posição. Orientar a mãe ou responsável a manter-se próximo,
sem tocar na criança, nem no equipamento.
• Mover o cursor maior sobre a escala numérica para marcar os quilos.
• Depois mover o cursor menor para marcar os gramas.
• Esperar até que a agulha do braço e o fiel estejam nivelados.
• Travar a balança, evitando, assim, que sua mola desgaste, assegurando o bom
funcionamento do equipamento.
• Realizar a leitura de frente para o equipamento com os olhos no mesmo nível
da escala para visualizar melhor os valores apontados pelos cursores.
• Anotar o peso no formulário da Vigilância Alimentar e Nutricional/ prontuário.
• Retirar a criança e retornar os cursores ao zero na escala numérica.
• Marcar o peso na Caderneta de Saúde da Criança
• Para o uso de balanças suspensas (tipo
pêndulo), observe que estas devem ser
penduradas em local seguro e em altura que
permita uma boa visualização da escala,
normalmente na altura dos olhos do
profissional de saúde.

• As orientações descritas para o uso da balança


mecânica pediátrica podem ser adaptadas para
a técnica de pesagem com balanças suspensas.
ESTATURA
• O termo “estatura” pode ser utilizado para expressar
tanto o comprimento (medida aferida com o indivíduo
deitado) quanto a altura (medida aferida com o
indivíduo em pé). Adota-se o termo “comprimento” para
a estatura de crianças menores de 2 anos e o termo
“altura” para a estatura de crianças maiores de 2 anos,
adolescentes, adultos, idosos e gestantes.
• O comprimento é a distância que vai da sola (planta) dos
pés descalços, ao topo da cabeça, comprimindo os
cabelos, com a criança deitada em superfície horizontal,
firme e lisa. Deve-se retirar os sapatos da criança. Deve-
se, também, retirar toucas, fivelas ou enfeites de cabelo
que possam interferir na tomada da medida.
TECNICA PARA A REALIZAÇÃO
• Deitar a criança no centro do infantômetro ( régua infantil, ou
estadiometro infantil), descalça e com a cabeça livre de
adereços.
• Manter, com a ajuda da mãe/ responsável: - a cabeça apoiada
firmemente contra a parte fixa do equipamento, com o
pescoço reto e o queixo afastado do peito, no plano de
Frankfurt (margem inferior da abertura do orbital e a margem
superior do meatus auditivo externo deverão ficar em uma
mesma linha horizontal).; - os ombros totalmente em contato
com a superfície de apoio do infantômetro; - os braços
estendidos ao longo do corpo.
• As nádegas e os calcanhares da criança em pleno contato com
a superfície que apóia o infantômetro
• Pressionar, cuidadosamente, os joelhos da criança para baixo,
com uma das mãos, de modo que eles fiquem estendidos.
Juntar os pés, fazendo um ângulo reto com as pernas. Levar a
parte móvel do equipamento até as plantas dos pés, com
cuidado para que não se mexam
AVALIAÇÃO EM MAIORES DE 2 ANOS
A estatura é a medida do indivíduo na posição de pé, encostado
numa parede ou antropômetro vertical

1 - Posicionar a criança, adolescente ou adulto


descalço e com a cabeça livre de adereços, no
centro do equipamento.
2 - Mantê-lo de pé, ereto, com os braços
estendidos ao longo do corpo, com a cabeça
erguida, olhando para um ponto fixo na altura
dos olhos.
3 - A cabeça do indivíduo deve ser posicionada
no plano de Frankfurt (margem inferior da
abertura do orbital e a margem superior do
meato auditivo externo deverão ficar em uma
mesma linha horizontal)
4 - As pernas devem estar paralelas, mas não é necessário que
as partes internas das mesmas estejam encostadas. Os pés
devem formar um ângulo reto com as pernas.
5 -Abaixar a parte móvel do equipamento, fixando-a contra a
cabeça, com pressão suficiente para comprimir o cabelo. Retirar
o indivíduo, quando tiver certeza de que o mesmo não se moveu.
6 - Realizar a leitura da estatura, sem soltar a parte móvel do
equipamento.
7 - Anotar o resultado no formulário da Vigilância Alimentar e
Nutricional - SISVAN e no prontuário.
ÍNDICE DE MASSA CORPOREA (IMC)
Cálculo do Índice de Massa Corpórea (IMC), que
relaciona peso e altura, pela fórmula: peso (em
quilograma) dividido pela altura (em metro)
elevada ao quadrado.
OBSERVAÇÕES

• O IMC vai variar de acordo com a idade, existem tabelas


diferentes para algumas condições, como por exemplo:
homens ou mulheres, idosos, crianças, lactentes e gestantes,
existem outras tabelas com variações numerais. O importante é
saber a adequação do peso daquele individuo considerando
cada situação mensurada.
PERÍMETRO CEFÁLICO
• O perímetro cefálico é descrito como a circunferência
“frontoccipital” correspondendo ao perímetro cefálico máximo.
• A fita deve ser posicionada sobre a proeminência occipital e sobre
o arco das sobrancelhas;
• Fixa-se a cabeça da criança/adulto
• A fita deve ser colocada firmemente ao redor do osso frontal
sobre o sulco supra orbital, passando-a ao redor da cabeça, no
mesmo nível de cada lado, e colocando-a sobre a proeminência
occipital, máxima.
PERÍMETRO TORÁCICO

Essa medição é empregada em crianças e adultos. É uma das medidas


mais utilizadas na infância, período no qual a relação entre Perímetro
Torácico (PT) e Perímetro Cefálico (PC) resultará no indicador PT/PC,
que auxilia na avaliação do diagnóstico nutricional.
• Colocar a pessoa em pé ou sentada. Caso esteja em pé, seus pés devem ficar afastados, fazendo
paralelas com os ombros.
• Mante- la com o tórax despido.
• Afastar os braços do tórax, a fim de facilitar o acesso ao local para ajuste da fita métrica e, logo
depois, retorná-los à posição normal, junto à lateral do corpo.
• Colocar a fita horizontalmente, ao redor da pessoa, no maior diâmetro do tórax, podendo ser
realizado no 5 espaço intercostal, ou como outro ponto de referencia o apêndice xifoide, a
consideração da linha entre os mamilos sofrer alterações, sendo o ponto de um plano
anatômico mis fidedigno.
• Manter-se de frente para a pessoa, segurando o ponto zero da fita métrica em sua mão direita
e, com a mão esquerda, passar a fita por trás da pessoa.
• Verificar se a fita está em posição horizontal em todo o tórax, bem ajustada, mas sem comprimir
o corpo. Para isso, o ideal é ter um assistente.
• Pedir para a pessoa inspirar e em seguida expirar totalmente.
• Anotar o valor da medida no prontuário ou na ficha de registro.
PERÍMETRO ABDOMINAL
• A pessoa deve estar de pé, ereta, abdômen relaxado, braços estendidos ao longo do corpo
e as pernas paralelas, ligeiramente separadas
• A roupa deve ser afastada, de forma que a região da cintura fique despida. A medida não
deve ser feita sobre a roupa ou cinto
• O profissional deve realizar uma marcação pequena a caneta no ponto médio entre a
borda inferior da última costela e o osso do quadril (crista ilíaca), visualizado na frente da
pessoa, do lado direito ou esquerdo. Ponto que corresponde a parte mais estreita da
cintura
• O profissional deve segurar o ponto zero da fita métrica com uma mão e com a outra passar
a fita ao redor da cintura sobre a marcação realizada
• Deve-se verificar se a fita está no mesmo nível em todas as partes da cintura; não deve ficar
larga, nem apertada.
• Pedir à pessoa que inspire e, em seguida, que expire totalmente. Realizar a leitura imediata
antes que a pessoa inspire novamente.
• Anotar a medida no prontuário.
Segundo a Organização Mundial de
Saúde (OMS) é considerado
alterado a medida igual ou
superior a 94 cm em homens e 80
cm em mulheres.
Posicionamento para exames
• Certos exames e procedimentos terapêuticos requerem o
posicionamento da pessoa de forma adequada, permanecendo
coberto, com exceção da área a ser examinada. Tem por
finalidade possibilitar a execução e/ou coleta de material para
exames.
Posição de decúbito dorsal
A pessoa deve ser colocada deitada
de costas, com as pernas
estendidas ou ligeiramente
flexionadas para provocar o
relaxamento dos músculos
abdominais. Os braços devem estar
estendidos ao longo do corpo. É
indicada para a realização de
exame físico.
Decúbito lateral direito e esquerdo
Refere-se à posição deitada de acordo
com o lado assumido em relação ao leito.
Quando possível, é um decúbito de
escolha do paciente

Posição de Fowler
Posicionar a pessoa em decúbito dorsal,
elevar a cabeceira da cama até que o
tronco atinja um ângulo de 45º em
relação à cama. É denominada semi-
Fowler quando a cabeceira está em um
ângulo de 30º. É indicada para
alimentação e em patologias
respiratórias, de um modo geral.
Trendelenburg
O paciente é posicionado em
decúbito dorsal, com o corpo em
um plano inclinado, de forma
que a cabeça fique mais baixa em
relação ao corpo. É indicada para
cirurgias da região pélvica,
estado de choque,
tromboflebites.

Genupeitoral
A pessoa deve ser posicionada
ajoelhada sobre a cama, com os
joelhos afastados, as pernas
estendidas e o peito apoiado sobre a
cama. A cabeça deve estar
lateralizada, apoiada sobre os braços.
O indivíduo é coberto com um lençol
grande. É indicada para os exames
vaginais e retais.
Decubito ventral ou prona
Refere-se à posição deitada com
abdome voltado para o leito. É
indicada para a facilitação da
expansão pulmonar.

Posição Sims
Colocar o indivíduo em decúbito lateral esquerdo, mantendo a cabeça apoiada no
travesseiro. O corpo deve estar ligeiramente inclinado para frente, com o braço
esquerdo esticado para trás, de forma a permitir que parte do peso do corpo se
apoie sobre o peito. O braço direito deve ser posicionado de acordo com a vontade
da pessoa. Os membros inferiores devem estar flexionados, o direito mais que o
esquerdo. Cobrir o indivíduo, expondo apenas a área necessária. É indicada para os
exames vaginais, retais, clister e lavagem intestinal.
Ginecológica
Posicionar o paciente em decúbito dorsal horizontal. Com a perna flexionada
sobre as coxas, a planta dos pés apoiada sobre o colchão e os joelhos bem
afastados. Utilizar lençol, garantindo a necessidade da pessoa. É indicada para
exames e/ou tratamentos da genitália e do reto.

Jackknife
Essa posição recebe diferentes nomes a depender da
literatura. O termo Jackknife é uma palavra inglesa que
significa “canivete”. Isso porque o paciente assume uma
posição num ângulo que lembra a abertura de um
canivete.
Litotômica
Assemelha-se à ginecológica. Colocar
o paciente em decúbito dorsal, com a
cabeça e os ombros ligeiramente
elevados. As coxas devem estar bem
flexionadas sobre o abdome,
afastadas uma da outra, e as pernas
sobre as coxas. Normalmente, para se
colocar o paciente nessa posição,
usam-se suportes para os joelhos
(perneiras). A proteção é a mesma da
posição ginecológica ou com um
lençol especial com perneiras e
abertura no centro. É indicada em
cirurgias ou exames de períneo, reto,
vagina e bexiga.
Posição ereta
A pessoa deve ficar de pé, com o
peso distribuído equitativamente
nos membros inferiores e os pés
ligeiramente afastados. Deve estar
calçado ou sobre chão forrado. É
indicada para exame neurológico.
ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
• MEDICAMENTOS - É toda substância que, introduzida no organismo, vai
atender a uma finalidade terapêutica.
• PREVENTIVA. Ex.: vacinas;
• PALIATIVA. Ex.: analgésico;
• CURATIVA. Ex.: antibiótico;
• SUBSTITUTIVA. Ex.: insulina.
A administração de medicamentos é uma atividade complexa que exige
capacitação técnica, haja vista os riscos de danos envolvendo o paciente. O
uso seguro da administração de medicamentos é condição para a eficácia do
tratamento, exigindo conhecimento, ética e estratégias para redução de
danos no seu manejo, prescrição e administração — princípios básicos de
segurança na administração de medicamentos.
A equipe de enfermagem tem seguido, tradicionalmente, os cinco certos na
administração de medicamentos e, progressivamente, foram acrescentados
outros elementos de conferência configurando-se em os “13 certos na
administração de medicamentos”, uma excelente estratégia que tem impacto na
redução dos erros de medicamentos. Os 13 certos atualmente recomendados
para a aplicação são:
1. Prescrição certa. 8. Orientação certa.
2. Paciente certo. 9. Via de administração certa.
3. Medicamento certo. 10. Horário certo
4. Validade certa. 11. Tempo de administração certo.
5. Forma/ apresentação certa. 12. Ação certa.
6. Dose certa. 13. Registro certo.
7. Compatibilidade certa.
Processo de medicar
A padronização de termos relacionados ao processo de administração de
medicamentos favorece o trabalho da equipe de saúde.
• Droga: substância ou matéria-prima que tenha a finalidade medicamentosa
ou sanitária;
• Medicamento: produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado,
com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico;
• Medicamento genérico: contém o mesmo princípio ativo, na mesma dose e
forma farmacêutica e indicação terapêutica do medicamento de referência.
Apresenta eficácia e segurança equivalentes à do medicamento de
referência;
• Medicamento similar: contém o mesmo princípio ativo, apresenta a mesma
concentração, forma farmacêutica, posologia.
Cuidados gerais no preparo de
medicamentos
• Não conversar durante o preparo de medicamentos.
• A prescrição médica deve ser mantida com o profissional no momento de preparo do medicamento.
• Lavar as mãos antes e após o preparo do medicamento, a fim de minimizar os riscos de contaminação.
• Checar a prescrição médica logo após a administração do medicamento.
• Todo medicamento requer prescrição médica.
• O ideal é que a prescrição seja feita por escrito.
• Todo medicamento deve ter rótulo.
• Todo medicamento deve estar dentro do prazo de validade.
• Não administrar medicamento preparado por outro profissional.
• Informar-se sobre ação, dose e efeitos colaterais dos medicamentos.
• Em situações duvidosas, não administrar o medicamento.
• Manter os medicamentos em condições especiais para uso, como refrigeração e fotossensibilidade.
• Anotar em prontuário qualquer alteração na administração de medicamento, como recusas, reações
alérgicas e efeitos colaterais.
• Seguir protocolos da instituição sobre diluição de medicamentos administrados por via oral ou endovenosa.
• Não misturar na mesma administração medicamentos diferentes, com exceção dos casos prescritos
• Administrar os medicamentos por via oral com água, exceto em casos prescritos pelo médico.
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
As vias de administração podem ser divididas em:
• Via enteral: – oral; – sublingual; – retal.
• Via vaginal.
• Via parenteral: – intravascular: intravenosa e intrarterial; – intramuscular; – subcutânea; –
intradérmica; – intracardíaca.
• Via tópica: – dérmica; – transdérmica; – intraocular.
• Via nasal.
• Via inalatória.
• Via auricular.
• Via intratecal: – peridural; – subaracnoidea.
• Via intraperitônea.
• Via intra-articular.
VIA ORAL (VO)
CONTRA INDICAÇÕES
• A administração de medicamentos
 Pacientes inconscientes.
pela via oral consiste em oferecer o
 Pacientes com dificuldade
medicamento que será deglutido ou de deglutição.
não com auxílio de líquidos. As  Vômito.
formas de apresentação dos  Pacientes em jejum para
fármacos para administração por via cirurgias e exames.
oral são: VANTAGENS DESVANTAGENS
• Comprimidos. Facilidade para administração Paladar desagradável de alguns
medicamentos.
• Cápsulas. Dispensa acompanhamento de Incerteza de dosagem absorvida pelo
profissional qualificado. organismo
• Drágeas. Baixo custo financeiro A ação da droga não é imediata,
necessitando absorção gástrica ou
• Soluções. enteral
Método não invasivo para Dificuldade de fracionamento de
• Suspensão. administração. cápsulas, drágeas e comprimidos.

• Pó.
TECNICA PARA A REALIZAÇÃO
• Identificar o medicamento.
• Colocar o medicamento no copo descartável sem retirar do invólucro.
Orientar o paciente sobre a administração do medicamento.
• Higienizar as mãos.
• Preparar o medicamento, se possível, na frente do paciente ou de seu
acompanhante.
• Deixar o paciente confortável, com a cabeceira elevada.
• Oferecer o medicamento ao paciente, retirando-o do invólucro, com copo
com água para deglutição. Caso não seja possível, auxiliar o paciente,
colocando o medicamento na cavidade oral.
• Observar e certificar-se de que o paciente deglutiu o medicamento. Oferecer
mais líquido, se necessário.
• Deixar o paciente confortável.
• Desprezar o material e manter a unidade em ordem.
• Higienizar as mãos.
• Checar o procedimento em prescrição médica conforme rotina da
instituição.
• Observar continuamente alterações orgânicas que possam estar
relacionadas ao medicamento administrado
VIA
SUBLINGUAL

• A via sublingual consiste em administrar o medicamento diretamente sob a


língua e deixar que sua absorção seja realizada pela mucosa oral. Essa via é
muito utilizada em casos de administração de nitratos em pacientes com
angina pectoris, suspeita de infarto agudo do miocárdio ou para administração
de medicamentos anti-hipertensivos em casos de crises de hipertensão arterial
VANTAGENS DESVANTAGENS
sistêmica.
Facilidade de administração. Número reduzido de medicamentos
disponíveis para administração
Rapidez na absorção. sublingual

Método não invasivo para Utilizada em pacientes conscientes.


administração.
Baixo custo financeiro.
TÉCNICA PARA REALIZAÇÃO
• Higienizar as mãos.
• Identificar o medicamento.
• Colocar o medicamento no copo descartável sem retirar do invólucro.
• Calçar as luvas.
• Orientar o paciente sobre a administração do medicamento.
• Preparar o medicamento, se possível, na frente do paciente ou do seu
acompanhante.
• Deixar o paciente confortável, com a cabeceira elevada.
• Orientar o paciente para elevar a língua; administrar o medicamento sob a
língua do paciente, não oferecendo líquidos que auxiliem na deglutição.
• Observar e certificar-se de que o paciente não deglutiu o medicamento.
• Deixar o paciente confortável
VIA RETAL
• É a via utilizada quando o
paciente não apresenta
condições de deglutir fármacos
ou em casos nos quais é
necessário que o medicamento
não tenha contato com a
circulação ou com o suco gástrico.
O medicamento será introduzido
na região anal do paciente. A
apresentação do medicamento VANTAGENS DESVANTAGENS
será em forma de supositórios ou Absorção irregular e
clister medicamentoso incompleta.
Rápida absorção. Irritação da mucosa retal

Posição desconfortável
para o paciente.
TECNICA PARA REALIZAÇÃO
• Higienizar as mãos.
• Orientar o paciente sobre a administração do medicamento.
• Higienizar as mãos e calçar as luvas.
• Preparar o medicamento, se possível, na frente do paciente ou de seu
acompanhante.
• Posicionar o paciente adequadamente (posição SIMS), deixando-o
confortável.
• Remover a roupa do paciente.
• Afastar com a mão esquerda a prega interglútea e, com a mão direita, introduzir o
medicamento no orifício anal.
• Instruir o paciente a comprimir as nádegas por 3 a 4 minutos e permanecer na mesma
posição por 15 a 20 minutos para absorção do medicamento.
• Fazer ligeira pressão local ocluindo a saída do medicamento.
• Recolocar a roupa no paciente e deixá-lo confortável.
• Retirar a luva.
• Desprezar o material e manter a unidade em ordem.
VIA NASAL
 Via nasal É a instilação de medicamentos diretamente
nas narinas, para obtenção de efeito local e no sistema
respiratório. Via muito utilizada para aplicação de
descongestionantes nasais e broncodilatadores.

TECNICA PARA REALIZAÇÃO


• Orientar.
o paciente.
• Posicionar o paciente com a cabeça para traz, fazendo hiperextensão do
pescoço.
• Instilar a medicação em uma narina de cada vez.
• Solicitar que o paciente aguarde nessa posição aproximada- mente um
minuto.
• Deixar o paciente confortável
VIA OCULAR
• É a administração de medicamentos na conjuntiva
ocular sob forma de colírio ou pomadas, tem como
objetivos: dilatar ou contrair as pupilas, acelerar a
cicatrização, combater a infecção, anestesiar e
lubrificar os olhos.
TECNICA
• Antes de aplicar o medicamento, se necessário, limpar os olhos com uma
gaze umedecida com soro fisiológico, do ângulo interno do olho para o
ângulo externo;
• Sentar ou deitar o cliente e orientá-lo a olhar para cima;
• Afastar a pálpebra inferior puxando para baixo a pele periorbitária, pedir
ao cliente para olhar para cima e instilar as gotas no saco conjuntival
inferior; não deve-se aplicar medicamentos na córnea;
• Seguir o mesmo cuidado na aplicação de pomada colocando uma camada
fina da medicação ao longo da conjuntiva da pálpebra inferior, do ângulo
interno do olho para o externo. Evitar tocar a ponta do tubo no olho do
cliente;
• Solicitar ao cliente para fechar os olhos (1-2 min) para melhor absorção,
limpar, se necessário, o excesso da medicação com gaze e orientar para
permanecer na posição por algum tempo;
• Ocluir o olho quando indicado;
• Aguardar cinco minutos entre a administração de colírios diferentes, caso o
cliente necessite de mais de um medicamento;
• Observar a administração de atropina; não pode atingir o canal lacrimal,
podendo ser colocado um dos dedos sobre o canto interno (ducto lagrimal).
Esta medida comprime o ducto lagrimal evitando reações sistêmicas.
VIA OTOLÓGICA/ AURICULAR
• É a introdução de medicamentos no canal auditivo
externo com a finalidade de prevenir ou tratar processos
inflamatórios e ou infecciosos, facilitar a saída de cerume
e corpos estranhos. O medicamento é absorvido pelos
vasos da mucosa auditiva, seguindo as recomendações
TÉCNICA
• Preparar o material (medicamento, conta-gotas, gazes ou algodão);
• O medicamento deve estar em temperatura ambiente, considerando que
soluções frias causam desconforto e até tonturas;
• Posicionar o cliente, solicitando que o mesmo permaneça deitado ou
sentado com a cabeça inclinada lateralmente, expondo o ouvido afetado;
• Puxar suavemente o pavilhão auricular para baixo e para trás em crianças.
Em clientes adultos o pavilhão auricular deve ser puxado suavemente para
cima e para trás;
• Instilar a medicação sem tocar o conta gotas no conduto auditivo;
• Solicitar ao cliente que permaneça uns 2 minutos na posição.
VIA PARENTERAL
• A via parenteral significa administração de medicamentos ou nutrientes nos tecidos
corporais. Indicada para administração de medicamentos a pacientes inconscientes, com
distúrbios gastrointestinais; nos pacientes impossibilitados de deglutir; quando se espera
uma ação mais rápida da droga ou quando o medicamento pode ser modificado pelo
suco gástrico.
• A absorção do medicamento se dá mais rapidamente e mais completa do que pela via
oral ou intestinal, garantindo níveis elevados do medicamento no sangue e, dessa forma,
podem-se determinar doses mais precisas e prever com maior segurança seus
resultados.

Apresenta-se como desvantagens: dor em função da punção ou por irritação da droga;


rompimento da integridade da pele que é uma das barreiras do corpo contra as infecções;
custo do medicamento, material e profissional técnico especializado. Por ser um método
que muitas vezes causa dor, acaba gerando medo, ansiedade e aversão no cliente
As medicações parenterais são encontradas em frasco e ampolas.
• Empregar técnica asséptica e utilizar medicamentos e materiais
estéreis;
• Certificar-se da validade, integridade e funcionamento de seringa e
agulha;
• Durante o preparo, evitar conversa e manter o conjunto de seringa e
agulha na altura dos olhos, com atenção, ao aspirar o medicamento;
• Retirar todo o conteúdo acima do gargalo da ampola antes de abrir;
• Fazer desinfecção do gargalo com algodão embebido em álcool 70%;
• Proteger os dedos com algodão ao quebrar o gargalo;
• Abrir a embalagem da seringa e adaptar agulha mantendo-a com a capa protetora;
• Introduzir a agulha na ampola e aspirar o conteúdo com a mão dominante. Usar agulha
de maior calibre, sem encostar-se à borda, mantendo o bisel dentro do líquido;
• Expelir o ar que penetrou na seringa;
• trocar por nova agulha antes de aplicar a injeção;
• Proteger a agulha.

• Retirar a tampa metálica e desinfetar a tampa de borracha;


• Preparar a seringa, escolher a agulha de maior calibre;
• Aspirar o diluente adequado, introduzir no frasco, para reconstituição da
medicação, evitando a formação de espuma;
• Colocar ar na seringa, em volume igual ao medicamento a ser aspirado, aspirar
o líquido, retirar o ar contido na seringa;
• Identificar a seringa;
PARTES DA SERINGA

PARTES DA AGULHA
• A escolha do local de aplicação dependerá da via de administração, das condições da
pele do cliente, que deve estar: livre de qualquer sinal de inflamação – hiperemia, calor,
edema e dor, sinais de irritação, paresias, tecido cicatricial e ainda locais com diminuição
ou ausência de sensibilidade.
• Quanto ao material utilizado, as seringas são graduadas de 1mL, 3mL, 5mL, 10mL e
20mL, a escolha depende do volume da medicação a ser aspirada. As agulhas também
são selecionadas de acordo com a via de aplicação, a quantidade do tecido subcutâneo
ou muscular, as características da rede vascular e a medicação a ser aspirada/injetada
TAMANHOS DE SERINGA

TAMANHOS DE AGULHA
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO PARENTERAL EM ADULTOS

Via Locais de Aplicação Volume Máximo Agulha Ângulo da Posição do bisel


agulha

Face central do antebraço. 10x6, 13/4,5 De 10° a 15° Para cima


ID 0,1 ml ou 15x6

- Face externa anterior e


posterior do braço;
- Face anterior lateral da
coxa.
- Parede abdominal. 10x6, 13x4,5
SC Região escapular e 2 ml ou 15x6 90° Para cima
infraescapular.
- Região glútea.
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO PARENTERAL EM ADULTOS

Via Locais de Volume Agulha Ângulo da agulha Posição do bisel


Aplicação Máximo
Ventroglúteo 4 ml 30x7 90° lateralizado
30x8
Deltóide 2/3 ml 25x6 25x7 90° lateralizado
IM 25x8
Dorsoglúteo 5 ml 30x7 30x8 90° lateralizado
Vasto lateral da 2 ml 20 x5,5 90° lateralizado
coxa
EV Prega do
cotovelo.
Veias
longitudinais do JELCO
braço e Ilimitado SCALP
antebraço. 30X7,0 45° Para cima
etc
• Intradérmica ou intracutânea (ID): a administração ocorre em pequena quantidade entre a pele e o tecido
subcutâneo. É uma via de absorção muito lenta, utilizada principalmente na administração da vacina BCG.
O local comumente utilizado é a face anterior do antebraço e o volume máximo é de 0,5 mL. A seringa
mais apropriada é a de 1 mL; a agulha deve ser pequena, fina e com bisel curto (entre 10 e 13 mm de
comprimento, 3,8 e 4,5 dec/mm de calibre) e deve ser introduzida em um ângulo de 5 a 15°, com bisel
direcionado para cima
A solução deve ser introduzida na derme. Por
ser a derme pouco extensível, devemos
tomar cuidado com o volume, administrando
no máximo 0,5 ml, sendo normalmente
administrado 0,1ml. Usada para reações de
hipersensibilidade, como provas de ppd
(tuberculose) e sensibilidade de algumas
alergias. É utilizada para aplicação de BCG,
sendo de uso mundial a aplicação ao nível da
inserção inferior do músculo deltóide. Para as
demais aplicações, em adultos, o local mais
apropriado é a face anterior do antebraço,
devido ser pobre em pelos, com pouca
pigmentação, pouca vascularização e de fácil
acesso para leitura.
TÉCNICA
• Material Seringa de 1 mL; Agulhas (10x5, 15x3 ou 13x4,5);
Bandeja; ✓Algodão.
• Higienizar as mãos;
• Posicionar o braço apoiado e a face ventral voltada para cima;
• Distender a pele, introduzindo a agulha num ângulo de 10º a
15º (paralela à pele) com o bisel voltado para cima;
• A agulha não deve penetrar mais que 2mm, não sendo
necessário aspirar após sua introdução;
• Injetar a solução, observar a formação da pápula, retirar a
agulha, não friccionar a pele para evitar o retorno do líquido;
• Marcar com caneta o ponto onde foi injetada a solução nos
testes alérgicos, e aguardar 15min para a leitura;
• Observar a reação do cliente.
• Subcutânea ou hipodérmica (SC): a administração ocorre na camada subcutânea da pele, promovendo uma
absorção lenta, sendo comumente utilizada para a administração de medicamentos de uso contínuo (p.
ex.: aplicação de insulina, heparina ou enoxaparina). Os locais preferenciais de administração são a face
superior externa do braço, a face anterior da coxa, a região supra e infraumbilical, sendo o volume máximo
para essa via de 1 mL As seringas mais apropriadas são entre 1 e 3 mL e a agulha deve ser pequena, fina e
com bisel curto (entre 13 e 20 mm de comprimento, 4 e 6 dec/mm de calibre) e deve ser introduzida em um
ângulo de 90° em adultos ou de 45° em crianças, adolescentes ou adultos muito magros. Caso seja utilizada
a agulha mais longa, deve-se introduzir em ângulo de 45°, com bisel lateralizado;
Para administrações recorrentes pela via subcutânea, sugere-se realizar revezamento dos locais de aplicação. O
rodízio previne a lipodistrofia, a presença de abscessos e o endurecimento dos tecidos na região. Essa via
também pode ser utilizada para administração por hipodermóclise, opção para reposição de fluidos e
administração quando não há possibilidade de administração por via oral ou rede venosa prejudicada.

Lembrando que caso não há disponibilidade de agulha apropriada, mudaremos o ângulo da aplicação. Caso
haja, manteremos o ângulo de 90°.
TÉCNICA - SUBCUTÂNEA
• Bandeja; Seringa de 1mL= 100UI; Agulha para aspiração; Agulha para administração
13/4,5 ou 13/4,0; Algodão; Álcool 70%.
• Higienizar as mãos; Conferir a prescrição médica e preparar o material; Fazer a
desinfecção da ampola ou frasco;
• Aspirar o líquido e retirar o ar com a agulha protegida;
• Escolher e expor o local da aplicação;
• Pressionar a pele, segurando e mantendo uma prega tendo certeza que está pinçando o
tecido subcutâneo;
• Realizar antissepsia, aguardar secar o local;
• Introduzir a agulha com bisel para cima e ângulo de 90° (agulha curta);
• Levantar a pele, segurando-a e mantendo-a suspensa entre o dedo indicador e polegar,
para clientes muito magros ou caquéticos, introduzindo a agulha em posição paralela à
pele, sob sua dobra, com rapidez e firmeza;
• Soltar a prega e injetar a solução lentamente, se atingir um vaso, retirar a agulha e
introduzir em outro local;
• Observar a formação de uma elevação da pele, correspondente ao volume da solução
injetada;
• Lembrar de não fazer fricção (massagem) no local porque para certos tipos de drogas
como a insulina, a absorção deve ser lenta. E na heparina não massagear, pois provoca
ruptura de pequenos vasos sanguíneos e lesões;
• Desprezar o material descartável em recipiente apropriado e não reencapar a agulha após
o uso;
Intramuscular (IM): a administração ocorre nas camadas musculares, sendo apropriada
para a introdução de agentes terapêuticos irritantes (p. ex.: aquosos ou oleosos) e para
aqueles que necessitam rápida absorção e efeitos mais imediatos A escolha do local de
aplicação deve levar em consideração a idade do paciente, o tipo de medicamento
(aquoso ou oleoso) e o volume a ser administrado. Em terapias que exigem injeções
frequentes, é importante realizar rodízio entre esses locais.
TECNICA - INTRAMUSCULAR
• Posicionar o usuário o mais confortável possível (atentar-se para o risco de síncope, especialmente
naqueles que referirem terem medo de injeção), Localizar o local de administração
REGIÃO DELTÓIDE
• Traçar uma linha aproximadamente 5 cm (3 dedos) abaixo do acrômio, e duas linhas em diagonal que se
encontram na inserção inferior do deltoide ou linha axilar (“Triângulo Invertido imaginário”)
• Realizar antissepsia no local da aplicação com algodão embebido em álcool 70% fazendo movimentos
unidirecional de cima para baixo ou movimentos circulares de dentro para fora (este procedimento está
em desuso no caso de imunobiológico)
• Segure o algodão entre o terceiro e quarto dedos da mão dominante
• Posicione os dedos da mão não dominante, imediatamente acima do local a ser introduzido a agulha e
utilizando os dedos indicador e polegar, firmar o músculo (pessoa eutrófica) ou fazer prega idosos,
edemaciados ou hipotróficos)
• Com a mão dominante introduza a agulha no centro do “Triângulo Invertido imaginário”, com um único
impulso, e o bisel lateralizado e perpendicular à pele ou formando um ângulo reto (90º)
• Depois que a agulha perfurar a pele, mantenha polegar e o dedo indicador da mão dominante firme para
segurar o canhão e o corpo da seringa (sem que haja troca de mão, “mão que pica, mão que fica”!)
• Com a mão não dominante, puxe o êmbolo discretamente até retorno de bolhas de ar (este procedimento
está em desuso para imunobiológicos)
• Observe se há refluxo de sangue. Caso isso não ocorra, injetar a medicação lentamente.

• Caso ocorra o refluxo de sangue, não faça a aplicação. Retire a agulha e reinicie o processo Aguarde
aproximadamente 10 segundos antes de retirar a agulha lentamente
• Pressionar o local com algodão seco ou embebido de álcool
• Solicitar que o usuário mantenha pressionado por alguns segundos para fazer hemostasia
• Ocluir com curativo próprio se disponível
• Orientar ao usuário os cuidados ou possíveis eventos que poderá ocorrer com a aplicação
• Despreze a seringa e a agulha utilizadas na caixa coletora de material perfurocortante
• Faça a higienização das mãos
• Realizar os registros necessários
DORSO GLUTEO
• Lave as mãos; Confira a prescrição médica; Reúna os materiais
• Oriente o cliente sobre o procedimento a ser realizado;
• Posicione o cliente;
• Delimite o ângulo e o quadrante externo;
• Faça a anti-sepsia do local;
• Segure a bola de algodão com a mão esquerda e retire o protetor da agulha;
• Faça a punção, utilizando um ângulo de 90º;
• Puxe o êmbolo, caso não haja sangue, injete o medicamento em velocidade média;
• Retire a agulha e faça compressão no local, utilizando movimentos circulares;
• Despreze a agulha e a seringa em recipientes apropriados para materiais
pérfurocortantes, sem reencapar as agulhas e lave as mãos;
• Faça as anotações que se fizerem necessárias e cheque o horário prescrito.

Quando não devemos utilizar esta via:


• Crianças menores de 2 anos;
• Pessoas que possuem atrofia dos músculos desta região;
• Pessoas que possuem parestesia ou paralisia dos membros inferiores;
• Pessoas que possuem lesões vasculares dos membros inferiores
VASTO LATERAL DA COXA

Posicionar o cliente em decúbito dorsal, lateral ou sentado. Dividir a coxa


lateralmente em três partes, tomando a referência o trocânter maior e a
articulação do joelho. Aplicar no centro do terço médio, na região ântero-lateral.
• Na vacinação de criança, colocar no colo do acompanhante com a perna fletida
(dobrada) e solicitar ajuda na contenção para evitar movimentos bruscos.
• Localizar o terço médio da face externa da coxa.
• Fazer a limpeza da pele com algodão seco.
• Introduzir a agulha em angulo reto (90º) e aspire o local. O
ângulo de introdução da agulha pode ser ajustado conforme
a massa muscular do usuário a ser vacinado.
• Injetar o imunobiológico lentamente.
• Retirar a agulha em movimento único e firme.
• Fazer leve compressão no local com algodão seco.
• Observar a ocorrência de eventos adversos imediatos
VENTROGLUTEA - HOCHSTETTER

• Posicionar o cliente em decúbito dorsal.


• Colocar a palma da mão oposta sobre o trocânter maior (por exemplo,
para o quadril esquerdo, colocar a mão direita e para o quadril direito,
colocar a mão esquerda), com os dedos indicador e médio afastados.
• Colocar o dedo indicador direcionado para a espinha ilíaca ântero-
superior e o dedo médio no sentido da crista ilíaca.
• Administrar a injeção no centro da área triangular formada entre os
dedos.
Intravenosa ou endovenosa (IV ou EV): a administração ocorre diretamente na corrente sanguínea,
promovendo rápida absorção. Os locais de escolha para adultos são as veias periféricas dos membros superiores e para
crianças, os locais comumente utilizados são membros superiores e inferiores, não havendo limite máximo de volume [2].
A escolha do dispositivo e seu calibre dependerão da avaliação do profissional que realizará a punção, considerando
condição venosa, sítio de inserção, perfil de paciente e finalidade/tipo de infusão. Recomenda-se a inserção do
dispositivo de punção em um ângulo de 10 a 30°, com o bisel direcionado para cima.
LOCAIS PARA REALIZAÇÃO
• Veias do dorso da mão – rede venosa dorsal e veias metacarpianas;
• Veias do antebraço – cefálica, antibraquial mediana, radial, cubital ou ulnar;
• Veias do braço;
• Veias da face interna do cotovelo – cefálica, basílica, cefálica mediana,
basílica mediana;
Deve-se evitar veias localizadas em
membros sequelados ou com
cicatrizes extensas.

As veias da perna não são


recomendadas a menos que outros
locais não sejam acessíveis por
causa do perigo da estagnação na
circulação periférica e possíveis
complicações.

As veias do couro cabeludo são


muito utilizadas para crianças, por
causa do seu acesso e facilidade de
evitar deslocamentos da agulha.
TECNICA • Higienizar as mãos;
• Utilizar luvas de procedimentos;
• Material • Iluminar adequadamente o ambiente, favorecendo a
• Bandeja; visualização da veia;
• Selecionar o tipo de cateter e número com base na avaliação
• Seringa de 10 mL ou 20mL; do local de aplicação, o calibre da veia disponível, o tempo de
• Agulha para preparo; uso previsto e volume de infusão;
• Expor a área selecionada, colocar o garrote um pouco acima
• Algodão; da veia escolhida, recomendar ao cliente fechar a mão.
• Álcool 70%; • Realizar a antissepsia com algodão embebido por álcool 70%,
em sentido único, pelo menos duas vezes ou mais se houver
• Luva para procedimentos; sujidades e não tocar o local de punção após a realização da
• Dispositivo intravenoso periférico ou antissepsia;
cateter agulhado comum (scalp) ou • Distender a pele, mantendo a veia fixa com o polegar,
cateter sobre agulha (jelco); introduzir a agulha com bisel para cima (ângulo de 45°/15°) e
mais ou menos 1cm antes do local, aspirar para confirmar a
• Fita adesiva para fixação;
punção da veia através da presença de sangue na seringa;
• Garrote ou fita elástica.
• Realizar a fixação do cateter;
• Abrir o garrote, orientar para o cliente abrir a mão e injetar lentamente o medicamento, observar
reação local (infiltração, dor local) e geral (palidez, sudorese, tremor, náuseas, vômito e outras).
Em caso de coleta de sangue, o membro ficará garroteado enquanto estiver colhendo o sangue;
• Retirar a agulha com movimento único e comprimir o local com algodão seco. Não flexionar para
evitar hematoma;
• Utilizar duas seringas para ministrar dois medicamentos, cada uma com uma droga, só associar
quando não existir interação medicamentosa;
• Puncionar sempre da extremidade distal para proximal em função do retorno venoso;
• Retirar o garrote antes de retirar a agulha;
• Caso não obtenha sucesso na punção, tente mais uma vez ou solicite ajuda de outro profissional.
Para cada tentativa, utilize novo cateter.
• Os medicamentos podem ser infundidos de diferentes formas:
• Em bolus, com pequeno volume de diluente, por um acesso venoso intermitente;
• Infusão em paralelo: associado a uma hidratação em paralelo por um dispositivo em Y, em acesso venoso único;
• Bomba infusora: controle do volume e velocidade de infusão;
• Bomba de seringa: infusão controlada por seringas padronizadas.
SOLUÇÕES ENDOVENOSAS
Solução É uma mistura homogênea composta de duas partes distintas, que são:
Soluto - é a substância a ser dissolvida. Ex.: cloreto de sódio
Solvente - é o liquido no qual o soluto será dissolvido. Ex.: água Expressão das drogas em solução
A quantidade de soluto contida em uma solução pode ser indicada diretamente ou vir expressa em proporção,
porcentagem, p.p.m. e mEq.
a) Diretamente: é expressa a quantidade do soluto em relação a um determinado volume de solvente.
Ex.: Cloranfenicol susp. 150mg/5ml
b) Porcentagem: expressa a quantidade de grama do soluto contida em 100ml do solvente. Ex.: 10% de Cloreto de Potássio -
10g de Kcl em cada 100ml.
c) Proporção: expressa as partes do soluto (g) em relação as partes de solvente (ml). Ex.: Perm. K 1:10.000 ou seja, 1 de
KMn04 para 10.000 ml de água.
d) P.P.m: quer dizer (partes de soluto por um milhão) de partes de solvente. Ex.: Hipoclorito de sódio 10.000 ppm - 10.000g
em 1.000.000 de ml de água.
d) Miliequivalente – mEq: expressam as quantidades de eletrólitos a serem administrados. Não se usa unidades de peso (g,
mg) porque a atividade elétrica dos íons deve ser expressa por mEq. Ex. Cloreto de sódio 20% = 3,4 mEq/ml
UNIDADE HOSPITALAR
• Preparo do leito hospitalar para receber um paciente ou para manter a cama
ocupada limpa

LEITO FECHADO
Consiste no leito que está desocupado, aguardando
para receber um paciente. Deve ser preparado
aproximadamente duas horas após ter sido feita a
limpeza geral permitindo o arejamento do ambiente.
Materiais necessários:
Um lençol; Um virol (lençol de cima); Um traçado ou
forro; Um impermeável; Uma colcha; Luvas de
procedimento (se necessário); Uma toalha de banho e
uma toalha de rosto; Uma fronha; Um cobertor (se
necessário); Hamper; Camisola ou pijama; Material
acessório conforme rotina hospitalar (jarro, copo,
bacias, comadre, papagaio, dentre outros).
LEITO ABERTO Consiste no leito que está sendo ocupado por
um paciente que pode se locomover.
Materiais necessários: Peças de roupas que forem necessárias
para a troca do leito (ver materiais do leito fechado); Luvas de
procedimento; Saco para resíduos.

LEITO DE OPERADO OU COM O PACIENTE É feito para


aguardar o paciente que está na sala de cirurgia ou em
exame, sob anestesia. Têm por finalidade proporcionar
conforto, segurança, prevenir infecções e facilitar a
colocação do paciente no leito.
LIMPEZA NA UNIDADE HOSPITALAR
• A limpeza consiste na remoção das sujidades depositadas nas superfícies inanimadas utilizando-se
meios mecânicos (fricção), físicos (temperatura) ou químicos (saneantes), em um determinado
período de tempo.

• LIMPEZA CONCORRENTE: É o procedimento de limpeza realizado, diariamente, em todas as


unidades dos estabelecimentos de saúde com a finalidade de limpar e organizar o ambiente,
repor os materiais de consumo diário (por exemplo, sabonete líquido, papel higiênico, papel
toalha e outros) e recolher os resíduos, de acordo com a sua classificação.
• LIMPEZA TERMINAL: Trata-se de uma limpeza mais completa, incluindo todas as superfícies
horizontais e verticais, internas e externas. É realizada na unidade do paciente após alta
hospitalar, transferências, óbitos (desocupação do local) ou nas internações de longa duração
(programada). As programadas devem ser realizadas no período máximo de 15 dias quando em
áreas críticas. Em áreas semicríticas e não críticas o período máximo é de 30 dias.
MÉTODOS DE CONFORTO E HIGIENE
• HIGIENE ORAL A manutenção da cavidade oral limpa tem como finalidades a conservação da boca
livre de resíduos alimentares, remoção de partículas de alimentos, evitar halitose, manter a
integridade da mucosa oral e estimular a circulação das gengivas, proporcionar conforto e bem-
estar, prevenir a cárie dentária e gengivite e minimizar a possibilidade de contaminação do trato
respiratório inferior com a microbioma que habita a cavidade oral
• Material
Escova e creme dental; Copo com água, cuba rim e fio dental; Solução dentifrícia; Espátula,
compressas de gazes e luvas de procedimento (utilizados para a realização da higiene oral em
enfermos dependentes).
• Separar e organizar o material;
• Umedecer a cavidade oral e iniciar a escovação dos dentes pela arcada superior, movendo a escova
unilateralmente de cima para baixo, no sentido da gengiva para o dente, em sua porção posterior e a
seguir a porção anterior; os movimentos circulares também são apropriados. Somente na porção da
coroa do dente está indicado o movimento horizontal de idas e vindas.
• Realizar a escovação do palato, bochechas e língua;
• Finalizar oferecendo água limpa para o enxágue, papel toalha para secar a porção externa da boca;
• Guardar o material e reorganizar o ambiente.
• HIGIENE DO COURO • Preparar todo o material necessário, acomodando em local adequado
CABELUDO A manutenção próximo ao leito;
do couro cabeludo e • Posicionar o impermeável de modo a proteger o travesseiro;
cabelos têm as seguintes
• Aproximar a cabeça do enfermo para a margem da cama, protegendo-
finalidades: conservar os a;
cabelos e couro cabeludo
limpos; proporcionar • Com o jarro derramar água cuidadosamente aos cabelos;
conforto e bem-estar; • Escovar os cabelos e a seguir tamponar os ouvidos com bolas de
estimular a circulação do algodão;
couro cabeludo; completar • Molhar a cabeça com água morna e friccionar o couro cabeludo
a higiene corporal. umedecido com xampu;
• Friccionar o couro cabeludo com as pontas dos dedos;
• MATERIAL: Xampu e • Enxaguar a cabeça retirando todo o sabão;
condicionador (opcional);
• Repousar a cabeça sobre o travesseiro forrado com a toalha;
Jarra com água (certificar-se
que a temperatura da água • Retirar a proteção de algodão dos ouvidos;
está adequada); Balde; • Enxugar o couro cabeludo e cabelos com toalha limpa e seca;
Luvas de procedimentos;
Bolas de algodão; Toalha • Pentear os cabelos;
impermeável;; Escova de • Recolher o material utilizado, reorganizando o ambiente;
cabelo e pente. • Proceder à anotação em prontuário.
BANHO EM ASPERSÃO E NO LEITO
• O banho de aspersão é aquele realizado no banheiro com a água sendo
aspergida pelo chuveiro ou irrigada sobre o corpo com o auxílio de vasilhas
menores que acondicionam a água utilizada. A pessoa que será banhada
pode fazê-lo sozinha, acompanhada pela equipe de Enfermagem e/ou
familiares/acompanhantes;
• O banho no leito é aquele realizado em pessoas acamadas; favorece uma
maior interação entre o enfermo e a equipe de Enfermagem, bem como,
proporciona a possibilidade da observação de possíveis alterações físicas de
motricidade e sensibilidade psíquicas e emocionais durante a realização do
procedimento, que quando detectadas precisam ser informadas com
brevidade e obrigatoriamente registradas em prontuário
• MATERIAL TÉCNICA PARA A REALIZAÇÃO
• Biombo; • Preparar todo o material a ser utilizado;
• Sabonete (preferencialmente • Explicar ao enfermo e acompanhante o que será feito;
líquido), xampu, creme • Observar a privacidade do ambiente cercando a cama com
hidratante; biombos ou fechando portas e janelas;
• Jarra com água (certificar-se que • Atentar para a temperatura do ambiente e, se necessário, desligar
a temperatura da água está o ar condicionado
agradável para o banho);
• Soltar as roupas de cama;
• Bacia, cuba rim;
• Calçar luvas de procedimentos
• Compressas de gaze, compressas
de algodão ou luva de banho, • Retirar a roupa do usuário deixando-o protegido com a toalha;
luvas de procedimentos; • Higienizar a face, iniciando pelos olhos partindo do canto interno
• Hastes flexíveis; para o externo; limpar a pele da face, e a seguir descer até o
pescoço. Neste momento fazer a limpeza das orelhas;
• Comadre/papagaio;
• Tesoura para unhas;
• Bolas de algodão;
• Toalha, lençóis limpos e roupa de
uso pessoal
• Repousar a toalha de banho sobre o tórax e descer o lençol protetor até a região pubiana;
• Lavar e enxugar braços e axilas, as mãos devem ser irrigadas com água e limpas com sabão,
sendo submetidas à fricção e ao enxágue;
• Lavar e enxugar o tronco;
• Vestir a bata (pijama ou camisola);
• Repousar a toalha sobre os membros inferiores, lavando e enxugando um por vez;
• Lavar os pés na bacia, semelhante a lavagem das mãos e enxugá-los atentando para a
secagem cuidadosa dos espaços interdigitais;
• Posicionar o enfermo lateralmente, repousando a toalha sobre as costas;
• Lavar e enxugar o dorso, aproveitando o momento para aplicação de massagem de conforto
com creme hidratante;
• Arrumar a cama segundo a técnica;
• Reorganizar o ambiente;
• Realizar anotações em prontuário.
LAVAGEM EXTERNA FEMININA E MASCULINA
MASCULINA
 Protegê-lo com um lençol;
 Quando possível, o prepúcio deve ser retraído, deixando a glande exposta.
Inicia-se a limpeza pelo óstio uretral em movimentos circulares, partindo dele
para a glande e a seguir o corpo do pênis;
 A bolsa escrotal deve ser limpa a seguir, também se atentando para manter o
sentido de cima para baixo;
 A área deve ser seca com cuidado e o prepúcio deve voltar a sua posição original
recobrindo a glande;
 As nádegas e região anal são lavadas da mesma maneira que na lavagem externa
feminina.
LAVAGEM EXTERNA FEMININA
 Posicionar a mulher em decúbito dorsal, com as pernas afastadas e fletidas (posição ginecológica);
 Protegê-la com um lençol;
 Posicionar o impermeável, forrado com a toalha sob os quadris, em seguida posicionar a comadre;
 Irrigar a região com água, partindo do monte de Vênus e grandes lábios;
 Com as bolas de algodão/compressas de gaze aplicar sabonete líquido suavemente;
 Afastar os grandes lábios e higienizar os pequenos lábios e as estruturas internas abrigadas entre os
pequenos lábios com movimentos unidirecionais para baixo, utilizando nova bola de algodão/compressa
de gaze para a outra porção a ser limpa, evitando o retorno do material utilizado;
 O óstio uretral deve ser o 1º a ser limpo, seguido do óstio vaginal. Irrigar novamente com água em
abundância retirando todo o sabão, e a seguir secar com toalha ou compressas de gazes com movimentos
de compressão seguindo a mesma sequência de cima para baixo;
 Posicionar lateralmente a paciente para higienizar nádegas e a região anal

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