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Curso Online:

Gestão e Auditoria em
Serviços de Saúde
Introdução à Norma Regulamentadora -NR 32...................................................2

Estudo e interpretação da NR-32........................................................................3

Pontos críticos da NR32: Responsabilidades do empregador e dos


empregados.........................................................................................................5

Segregação, manuseio e disposição final dos resíduos dos serviços de


saúde...................................................................................................................7

Segurança e saúde no trabalho em estabelecimentos de saúde......................10

Situações de exposição a riscos: Riscos biológicos; Riscos químicos; Da


radiação ionizante..............................................................................................11

EPC e EPI: acessibilidade e seu uso correto....................................................13

A gravidade dos acidentes com perfuro cortante..............................................16

Referências bibliográficas.................................................................................19

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INTRODUÇÃO À NORMA REGULAMENTADORA - NR 32

A NR 32 dispõe que a responsabilidade é solidária, ou seja, compartilhada


entre contratantes e contratados quanto ao cumprimento das diretrizes.
É importante para a sua efetiva aplicação, a consciência e participação dos
trabalhadores.

A NR 32 abrange as seguintes situações de exposição a riscos para a saúde


do profissional:

• Riscos biológicos;
• Riscos químicos;
• Da radiação ionizante.

A NR 32 abrange ainda a questão da obrigatoriedade da vacinação do


profissional de enfermagem (tétano, hepatite e demais vacinas que estiverem
contidas no PCMSO), com os reforços pertinentes, conforme recomendação do
Ministério da Saúde.

O colaborador deve:

• Realizar o esquema vacinal (Hepatite B, Dupla Adulto e MMR);


• Lavar as mãos antes e após realizar cada procedimento;
• Utilizar EPIs, como luva de procedimentos e sempre usar avental, máscara e
óculos de proteção (quando necessário);
• Realize os procedimentos com tranquilidade;
• Jamais Reencape agulhas;
• Descarte agulhas e lâminas de bisturi em local apropriado – Caixas coletoras

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ESTUDO E INTERPRETAÇÃO DA NR-32

32.1.1 Esta Norma Regulamentadora - NR tem por finalidade estabelecer as


diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança
e à saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde, bem como daqueles que
exercem atividades de promoção e assistência à saúde em geral.

32.1.2 Para fins de aplicação desta NR entende-se por serviços de saúde


qualquer edificação destinada à prestação de assistência à saúde da
população, e todas as ações de promoção, recuperação, assistência, pesquisa
e ensino em saúde em qualquer nível de complexidade.

Um dos principais pontos contidos na NR 32 é a exigência do uso de materiais


perfuro cortantes com dispositivos de segurança para diminuir os acidentes
com risco biológico.

Analisando superficialmente, a impressão é que se refere apenas à segurança


da equipe assistencial, mas na verdade, mostra que é para segurança de um
grupo de trabalhadores muito maior. Isso porque é muito comum à ocorrência
de acidentes com materiais perfuro cortantes com a equipe da higiene e
lavanderia. As pesquisas afirmam que 16% dos acidentes deste tipo
acontecem após o descarte.

Existem também riscos com a equipe de higiene e limpeza, que acontecem


principalmente ao recolherem os sacos de lixo, podendo perfurar-se com
agulhas descartadas incorretamente. Estas deveriam ter sido descartadas nos
coletores de perfuro cortantes e não nos sacos de lixo, pois estes não possuem
nenhuma resistência à punctura.

Para a aplicação correta da NR 32, é essencial que o empregado tenha a


consciência de sua participação através das Comissões Institucionais de
caráter legal e técnico:

 CIPA (instituições privadas);


 SESMT (Serviço Especializado em Engenharia e Segurança do
Trabalho)
 COMSAT‟S (instituições públicas);
 CCIH (Comissão de Controle e Infecção Hospitalar);
 e Semanas Internas de Prevenção de Acidentes de Trabalho.

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32.2.2.2 O PPRA deve ser reavaliado 01 (uma) vez ao ano e:

a) sempre que se produza uma mudança nas condições de trabalho, que possa
alterar a exposição aos agentes biológicos;

b) quando a análise dos acidentes e incidentes assim o determinar.

32.2.2.3 Os documentos que compõem o PPRA deverão estar disponíveis aos


trabalhadores.

32.2.3 Do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO

32.2.3.1 O PCMSO, além do previsto na NR-07, e observando o disposto no


inciso I do item 32.2.2.1, deve contemplar:

a) o reconhecimento e a avaliação dos riscos biológicos;

b) a localização das áreas de risco segundo os parâmetros do item 32.2.2;

c) a relação contendo a identificação nominal dos trabalhadores, sua função, o


local em que desempenham suas atividades e o risco a que estão expostos;

d) a vigilância médica dos trabalhadores potencialmente expostos;

e) o programa de vacinação.

32.2.3.2 Sempre que houver transferência permanente ou ocasional de um


trabalhador para um outro posto de trabalho, que implique em mudança de
risco, esta deve ser comunicada de imediato ao médico coordenador ou
responsável pelo PCMSO.

32.2.3.4 O PCMSO deve estar à disposição dos trabalhadores, bem como da


inspeção do trabalho.

32.2.3.5 Em toda ocorrência de acidente envolvendo riscos biológicos, com ou


sem afastamento do trabalhador, deve ser emitida a Comunicação de Acidente
de Trabalho - CAT.

A NR 32 define os padrões mínimos de segurança que devem ser adotados em


todos os ambientes destinados a saúde, sejam hospitais, ambulatórios,
clinicas, postos de atendimento, dentre outros locais destinados ao
atendimento de pacientes, sendo a primeira norma desenvolvida no Brasil com
o intuito de estabelecer as diretrizes básicas de segurança a serem adotados
nos setores de trabalho.

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PONTOS CRÍTICOS DA NR32

Pontos críticos da NR32: Responsabilidades do empregador e dos empregados

O setor da saúde é um dos setores que possuem os maiores índices de


acidentes de trabalho, além da presença constante de riscos à saúde dos
trabalhadores, tais como os riscos biológicos.

É impossível eliminar totalmente a presença de agentes patológicos, portanto,


os ambientes hospitalares são considerados insalubres. Desta forma, é
essencial a adoção das medidas de controle, coletivas e individuais, além da
adaptação das condições do ambiente de trabalho aos requisitos propostos
pela NR 32.

32.2.4.8 O empregador deve:

a) garantir a conservação e a higienização dos materiais e instrumentos de


trabalho;

b) providenciar recipientes e meios de transporte adequados para materiais


infectantes, fluidos e tecidos orgânicos.

32.2.4.9 O empregador deve assegurar capacitação aos trabalhadores, antes


do início das atividades e de forma continuada, devendo ser ministrada:

a) sempre que ocorra uma mudança das condições de exposição dos


trabalhadores aos agentes biológicos;

b) durante a jornada de trabalho;

c) por profissionais de saúde familiarizados com os riscos inerentes aos


agentes biológicos.

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>> Cabe ao empregado:

a) cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e medicina


do trabalho, inclusive as ordens de serviço expedidas pelo empregador;

b) usar o EPI fornecido pelo empregador;

c) submeter-se aos exames médicos previstos nas Normas Regulamentadoras;

d) colaborar com a empresa na aplicação das Normas Regulamentadoras;

Constitui ato faltoso a recusa injustificada do empregado ao cumprimento do


disposto no item anterior.

O não cumprimento das disposições legais e regulamentares sobre segurança


e medicina do trabalho acarretará ao empregador a aplicação das penalidades
previstas na legislação pertinente.

>> Cabe ao empregador:

a) cumprir as normas regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho;


b) elaborar e divulgar ordens de serviço sobre segurança e saúde no trabalho;
c) informar aos trabalhadores:

os riscos profissionais nos locais de trabalho;

os meios para prevenir e limitar tais riscos e as medidas adotadas pela


empresa;

os resultados dos exames médicos, exames complementares e diagnósticos;

os resultados das avaliações ambientais realizadas nos locais de trabalho;

d) permitir que os trabalhadores acompanhem a fiscalização da aplicação dos


preceitos legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho;
e) determinar os procedimentos que devem ser adotados em caso de acidente
ou doença relacionada ao trabalho.

O cumprimento da legislação referente à prevenção de acidentes de


trabalho no Brasil, prevista na CLT, assim como a observância de todos os
requisitos e detalhamentos sobre o assunto, são obrigatoriedades do
empregador.

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SEGREGAÇÃO, MANUSEIO E DISPOSIÇÃO FINAL DOS RESÍDUOS DOS
SERVIÇOS DE SAÚDE

A saúde é um dos setores que possuem maior risco para os seus


trabalhadores, seja na presença de riscos físicos, químicos, biológicos,
ergonômicos e até mesmo de acidentes. O ambiente hospitalar é o único
ambiente no qual não é possível eliminar totalmente a insalubridade.

Todos os locais que possuam a possibilidade de exposição aos agentes


biológicos devem conter lavatório exclusivo para a higienização das mãos,
provido de água corrente, sabonete líquido, toalha descartável e lixeira provida
de sistema de abertura sem contato.

O empregador deve proibir, nos ambientes destinados a saúde:

Utilização imprópria de pias para atividades diversas;

O uso de adornos ou manuseio de lentes de contato, além do ato de fumar no


ambiente de trabalho;

O consumo ou armazenamento de alimentos e bebidas em locais não


apropriados para este fim;

A utilização de calçados abertos;

Os trabalhadores devem ser instruídos a não deixar o local de trabalho,


portanto os EPIs ou vestimentas destinadas as suas atividades laborais. O
empregador deverá fornecer local apropriado para o fornecimento de
vestimentas limpas, e o depósito das vestimentas usadas.

É de responsabilidade do empregador a higienização das vestimentas


utilizadas nos centros cirúrgicos e obstétricos, serviços de tratamento intensivo,
unidades de pacientes com doenças infectocontagiosas ou quando houver
qualquer contato direto com material orgânico.

32.3.9.4.2 O vestiário deve dispor de:

a) pia e material para lavar e secar as mãos;

b) lava olhos, o qual pode ser substituído por uma ducha tipo higiênica;

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c) chuveiro de emergência;

d) equipamentos de proteção individual e vestimentas para uso e reposição;

e) armários para guarda de pertences;

f) recipientes para descarte de vestimentas usadas.

32.3.9.4.3 Devem ser elaborados manuais de procedimentos relativos a


limpeza, descontaminação e desinfecção de todas as áreas, incluindo
superfícies, instalações, equipamentos, mobiliário, vestimentas, EPI e
materiais.

32.3.9.4.3.1 Os manuais devem estar disponíveis a todos os trabalhadores e à


fiscalização do trabalho.

32.3.9.4.4 Todos os profissionais diretamente envolvidos devem lavar


adequadamente as mãos, antes e após a retirada das luvas.

32.3.9.4.5 A sala de preparo deve ser dotada de Cabine de Segurança


Biológica Classe II B2 e na sua instalação devem ser previstos, no mínimo:

a) suprimento de ar necessário ao seu funcionamento;

b) local e posicionamento, de forma a evitar a formação de turbulência aérea.

De acordo com a ANVISA, os resíduos da saúde são definidos como:

“todos os resíduos resultantes das atividades exercidas pelos geradores de


resíduos de serviços de saúde”

Eles se classificam em:

Grupo A: Resíduos potencialmente infectantes, ou seja, que podem possuir


agentes biológicos e representam um risco de contaminação. Alguns exemplos
são amostras de sangue e tecidos usados em exames.

Grupo B: São os materiais químicos, que podem possuir características como


corrosividade, inflamabilidade, toxicidade. Alguns exemplos são regentes de
laboratório e filmes de raio X.

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Grupo C: São materiais que possuem carga radioativa acima do permitido.

Grupo D: São os resíduos comuns gerados nas atividades diárias do hospital,


desde que não tenham sofrido nenhuma contaminação;

Grupo E: Materiais perfurocortantes, ou seja, todo tipo de objeto ou material


que possa causar cortes ou perfurações, tais como agulhas, bisturis, ampolas
de vidro, etc.

Os RSS devem ser separados de acordo com sua classificação, pois cada
grupo de resíduo deve ser colocado em um recipiente especifico, apropriado
para garantir a segurança dos trabalhadores que farão seu transporte e
disposição final:

Resíduos do Grupo A devem ser descartados em sacos brancos leitosos,


quando sua destinação for a autoclavagem, e em sacos vermelhos quando sua
destinação for a incineração.

Os resíduos do Grupo B devem ser dispostos conforme os requisitos da NBR


7500 e especificações contidas nas suas FISPQS (Ficha de Informação de
Segurança de Produtos Químicos).

Os resíduos do Grupo E possuem coletores específicos para materiais


perfurocortantes, para evitar acidentes durante seu manuseio.

Imagem: gruposalmeron.com.br

Resíduo Classe E – Resíduos Perfurocortantes

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SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM

ESTABELECIMENTOS DE SAÚDE

A qualidade e a segurança do paciente, de profissionais e visitantes nos


ambientes dos serviços de saúde estão intrinsecamente relacionadas ao
controle, às práticas de vigilância, a fiscalização, ao monitoramento e à
prevenção dos riscos.

32.2.2.1 O PPRA, além do previsto na NR-09, na fase de reconhecimento,


deve conter:

I. Identificação dos riscos biológicos mais prováveis, em função da localização


geográfica e da característica do serviço de saúde e seus setores,
considerando:

a) fontes de exposição e reservatórios;

b) vias de transmissão e de entrada;

c) transmissibilidade, patogenicidade e virulência do agente;

d) persistência do agente biológico no ambiente;

e) estudos epidemiológicos ou dados estatísticos;

f) outras informações científicas.

II. Avaliação do local de trabalho e do trabalhador, considerando:

a) a finalidade e descrição do local de trabalho;

b) a organização e procedimentos de trabalho;

c) a possibilidade de exposição;

d) a descrição das atividades e funções de cada local de trabalho;

e) as medidas preventivas aplicáveis e seu acompanhamento.

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SITUAÇÕES DE EXPOSIÇÃO A RISCOS:

RISCOS BIOLÓGICOS; RISCOS QUÍMICOS; DA RADIAÇÃO IONIZANTE

 Os riscos no ambiente laboral podem ser classificados em cinco tipos,


de acordo com a Portaria n0 3.214, do Ministério do Trabalho do Brasil,
de 1978.

Riscos biológicos

Consideram-se como agentes de risco biológico as bactérias, vírus, fungos,


parasitos, entre outros.

32.8.1 Os trabalhadores que realizam a limpeza dos serviços de saúde devem


ser capacitados, inicialmente e de forma continuada, quanto aos princípios de
higiene pessoal, risco biológico, risco químico, sinalização, rotulagem, EPI,
EPC e procedimentos em situações de emergência.

Riscos químicos

Consideram-se agentes de risco químico as substâncias, compostos ou


produtos que possam penetrar no organismo do trabalhador pela via
respiratória, nas formas de poeiras, fumos gases, neblinas, névoas ou vapores,
ou que seja, pela natureza da atividade, de exposição, possam ter contato ou
ser absorvido pelo organismo através da pele ou por ingestão.

32.3.1 Deve ser mantida a rotulagem do fabricante na embalagem original dos


produtos químicos utilizados em serviços de saúde.

32.3.2 Todo recipiente contendo produto químico manipulado ou fracionado


deve ser identificado, de forma legível, por etiqueta com o nome do produto,
composição química, sua concentração, data de envase e de validade, e nome
do responsável pela manipulação ou fracionamento.

32.3.3 É vedado o procedimento de reutilização das embalagens de produtos


químicos.

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Radiações Ionizantes

32.4.1 O atendimento das exigências desta NR, com relação às radiações


ionizantes, não desobriga o empregador de observar as disposições
estabelecidas pelas normas específicas da Comissão Nacional de Energia
Nuclear - CNEN e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA, do
Ministério da Saúde.

32.4.2 É obrigatório manter no local de trabalho e à disposição da inspeção do


trabalho o Plano de Proteção Radiológica - PPR, aprovado pela CNEN, e para
os serviços de radiodiagnóstico aprovado pela Vigilância Sanitária.

32.5.1 Cabe ao empregador capacitar, inicialmente e de forma continuada, os


trabalhadores nos seguintes assuntos:

a) segregação, acondicionamento e transporte dos resíduos;

b) definições, classificação e potencial de risco dos resíduos;

c) sistema de gerenciamento adotado internamente no estabelecimento;

d) formas de reduzir a geração de resíduos;

e) conhecimento das responsabilidades e de tarefas;

f) reconhecimento dos símbolos de identificação das classes de resíduos;

g) conhecimento sobre a utilização dos veículos de coleta;

h) orientações quanto ao uso de Equipamentos de Proteção Individual - EPIs.

32.5.2 Os sacos plásticos utilizados no acondicionamento dos resíduos de


saúde devem atender ao disposto na NBR 9191 e ainda ser:

a) preenchidos até 2/3 de sua capacidade;

b) fechados de tal forma que não se permita o seu derramamento, mesmo que
virados com a abertura para baixo;

c) retirados imediatamente do local de geração após o preenchimento e


fechamento;

d) mantidos íntegros até o tratamento ou a disposição final do resíduo.

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EPC E EPI: ACESSIBILIDADE E SEU USO CORRETO

32.2.4.7 Os Equipamentos de Proteção Individual - EPI, descartáveis ou não,


deverão estar à disposição em número suficiente nos postos de trabalho, de
forma que seja garantido o imediato fornecimento ou reposição.

Eles coletam sangue e analisam. Podem participar de pesquisas de genomas e


até mesmo produzir kits de diagnóstico. Embora atuem também na rede
privada, são essenciais para o Sistema Único de Saúde (SUS). E têm agora,
no momento de pandemia do novo coronavírus, seu trabalho ainda mais
intensificado.

É de fundamental importância do uso de equipamentos de proteção individual e


coletivos e as noções de Biossegurança que devem ser colocadas em prática
agora mais do que nunca, já que, por estarem em contato direto com o vírus
ainda desconhecido, os profissionais de saúde estão expostos ao risco.

Os Kits diagnósticos para o novo coronavírus baseiam-se na detecção do


genoma viral por RT-PCR em tempo real, a partir de amostras coletadas de
nasofaringe – parte nasal da faringe -, ou na detecção de anticorpos por
ensaios sorológicos, a partir de amostras de sangue. Para isso, é fundamental
ter conhecimentos básicos da pipetagem, porque nos kits diagnósticos
utilizamos a micropipeta, que é um instrumento de alta precisão utilizado na
medição e transferência de líquidos. Vale lembrar que os profissionais de
Análises Clínicas aprendem esse conteúdo durante a formação técnica.

Nesse contexto, esses profissionais precisam ter conhecimentos em


Biossegurança para evitar a contaminação. O uso correto dos equipamentos de
proteção individual (EPI) é uma excelente barreira primária de prevenção da
contaminação por microrganismos, incluindo o novo coronavírus, assim como a
higienização das mãos. Na verdade, não basta dar os equipamentos, o
principal é você dar conhecimento para quem vai recebê-los.

32.3.9.4.3 Devem ser elaborados manuais de procedimentos relativos a


limpeza, descontaminação e desinfecção de todas as áreas, incluindo
superfícies, instalações, equipamentos, mobiliário, vestimentas, EPI e
materiais.

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32.3.9.4.7 Além do cumprimento do disposto na legislação vigente, os
Equipamentos de Proteção Individual - EPI devem atender as seguintes
exigências:

a) ser avaliados diariamente quanto ao estado de conservação e segurança;

b) estar armazenados em locais de fácil acesso e em quantidade suficiente


para imediata substituição, segundo as exigências do procedimento ou em
caso de contaminação ou dano.

Equipamentos de Proteção Coletiva (EPCs) são fundamentais para a proteção


da saúde do ambiente e do coletivo de trabalhadores em sua rotina. Eles
devem ser adequadamente instalados e sinalizados. Os principais EPCs são as
capelas de exaustão química, que protegem contra gases e vapores
provenientes da manipulação de substâncias químicas; as cabines de
segurança biológica, adequadas ao trabalho com agentes biológicos; o
chuveiro e lava-olhos, que são utilizados em casos de derramamentos de maior
volume de substâncias químicas; e os extintores de incêndio.

É importante destacar que não basta o fornecimento dos EPIs e EPCs, mas é
necessária a orientação e capacitação do trabalhador para seu uso correto,
bem como a realização da conservação desses equipamentos, pela
manutenção de sua higienização adequada e integridade, e pela realização de
seu descarte correto.

A conscientização da utilização de EPIs e o investimento em segurança do


trabalho ajudam a prevenir acidentes, doenças e controlar os riscos. Assim
sendo, procure ter certeza de que todos os colaboradores possuem
consciência da importância desta etapa do trabalho.

A lista básica de itens de EPIs de Enfermagem:

Luva: EPI básico para proteção contra riscos biológicos e químicos, sendo os
tipos mais resistentes adequados para manipulação de produtos mais
contaminantes.

Touca: protege de forma dupla, tanto contra partículas que possam contaminar
os profissionais quanto da queda de cabelos ou outros componentes em
materiais do trabalho.

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Avental: também chamado como „capote‟, é um EPI muito usado em centro
cirúrgico e ajuda na barreira contra substâncias e deve ser sempre descartável.

Sapatos fechados: o empregador deve fornecer a opção de um EPI para


profissionais de enfermagem que atenda a NR-32, a qual impede uso de
sapatos abertos.

Máscaras: junto com a luva, funcionam como a combinação básica de EPI


para enfermeiros, combatendo acidentes de risco biológico e a contaminação
respiratória.

Óculos: impede exposição dos olhos aos componentes radioativos, químicos e


outros componentes.

Os Equipamentos de Proteção Individual – EPI, descartáveis ou não, deverão


estar à disposição, em número suficiente, nos postos de trabalho, de forma que
seja garantido o imediato fornecimento ou reposição;

Além do cumprimento do disposto na legislação vigente, os Equipamentos de


Proteção Individual– EPI devem atender às seguintes exigências: ser avaliados
diariamente quanto ao estado de conservação e segurança; estar
armazenados em locais de fácil acesso e em quantidade sufi ciente para
imediata substituição; segundo as exigências do procedimento ou em caso de
contaminação ou dano;

Com relação aos quimioterápicos antineoplásicos é vedado: iniciar qualquer


atividade na falta de EPI;

É proibido movimentação de cilindros de gases sem EPIs adequados;

Devem ser elaborados manuais de procedimentos relativos à limpeza,


descontaminação e desinfecção de todas as áreas, incluindo superfícies,
instalações, equipamentos, mobiliário, vestimentas, EPI e materiais.

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A GRAVIDADE DOS ACIDENTES COM PERFURO CORTANTE

Os materiais perfurocortantes são objetos com partes rígidas ou agudas que


possuem fios de corte capazes de perfurar ou cortar, como agulhas, lâminas,
pinças, seringas, vidros, entre outros.

Utilizados por profissionais da área da saúde diariamente, os materiais


perfurocortantes são extremamente necessários. No entanto, é preciso usá-los
com atenção. Isso porque se alguém se perfurar ou se cortar com eles pode se
contaminar com doenças. Por isso, descartá-los e manipulá-los da forma
correta é imprescindível.

32.2.4.14 Os trabalhadores que utilizarem objetos perfurocortantes devem ser


os responsáveis pelo seu descarte.

32.2.4.16 O empregador deve elaborar e implementar Plano de Prevenção de


Riscos de Acidentes com Materiais Perfurocortantes, conforme as diretrizes
estabelecidas no Anexo III desta Norma Regulamentadora.

32.2.4.16.1 As empresas que produzem ou comercializam materiais


perfurocortantes devem disponibilizar, para os trabalhadores dos serviços de
saúde, capacitação sobre a correta utilização do dispositivo de segurança.

De acordo com a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), os


materiais perfurocortantes precisam ser descartados separados do restante do
lixo hospitalar. Para que o descarte seja feito de forma segura, coloque-os em
uma caixa resistente, que não se perfure. Além disso, é importante identificá-la
com o símbolo do risco biológico e com o aviso de que aquele recipiente
contém materiais perfurocortantes.

Os acidentes que envolvem perfurocortantes infelizmente são comuns em


hospitais e clínicas e acontecem, geralmente, em situações onde há o

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manuseio ou descarte inadequado desses materiais sem dispositivos de
segurança.

O primeiro passo que o acidentado deve tomar após a exposição ao material


possivelmente contaminado é lavar a região de maneira hiperativa com água e
sabão.

Em seguida, o profissional deverá reportar o ocorrido ao seu superior imediato


explicando exatamente como se procedeu o acidente. Esse superior deverá
fazer uma notificação ao Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCHI),
que irá estipular quais serão as ações tomadas daquele momento em diante,
como exames a serem feitos. Por ser considerado um acidente de trabalho,
uma comunicação oficial deverá ser encaminhada à Comunicação de Acidente
de Trabalho (CAT).

O profissional acidentado deverá também comentar o ocorrido com o paciente-


fonte e pedir sua autorização para que sejam feitos exames que mostrem se o
mesmo possui doenças transmissíveis pelo sangue. É importante lembrar que
esse paciente não tem obrigatoriedade em consentir com os testes.

32.2.4.16 O empregador deve elaborar e implementar Plano de Prevenção de


Riscos de Acidentes com Materiais Perfuro cortantes, conforme as diretrizes
estabelecidas no Anexo III desta Norma Regulamentadora.

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Agradecemos por escolher a iEstudar.

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Referências Bibliográficas

Responsável Técnico: Dr. Aires Duarte Junior CRM: 36.951. Clinica Ortopedica
Ortocity. NR 32 – Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde.

Disponível em:

https://www.ortocity.com.br/nr-32-seguranca-e-saude-no-trabalho-em-servicos-
de-
saude/#:~:text=A%20NR%2032%20%C3%A9%20uma,trabalhadores%20para
%20o%20trabalho%20seguro.

Guia Trabalhista.NORMA REGULAMENTADORA 32 - NR 32 SEGURANÇA E


SAÚDE NO TRABALHO EM SERVIÇOS DE SAÚDE.

Disponível em:

http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr32.htm

AluSolda.Paulo César.NR 32: principais diretrizes e obrigações do empregador.

Disponível em:

Veja mais em: NR 32 comentada com obrigações da empresa e empregado

https://alusolda.com.br/nr-32-seguranca-e-saude-em-servicos-de-saude

GetWet. Resumo da NR 32 Atualizada em 2020.

Disponível em:

https://www.getwet.com.br/nr-32/

Blog Ocupacional. Saiba sobre as obrigações do empregador.

Disponível em:

https://www.ocupacional.com.br/ocupacional/obrigacoes-empregador/

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Salmeron.Qual a disposição correta de Resíduos do Serviço de Saúde – RSS?

Disponível em:

https://www.gruposalmeron.com.br/residuos-servico-saude-rss/

ANVISA.Temas de serviços de saúde da AR 2017/2020.

Disponível em:

http://portal.anvisa.gov.br/2017-2020/servicos-de-saude

FioCruz.Tipos de Riscos.

Disponível em:

http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/lab_virtual/tipos_de_riscos.html

Entrevista: Mônica Murito.Julia Neves - EPSJV/Fiocruz.“O uso correto dos


equipamentos de proteção individual pelos profissionais de saúde é uma
excelente barreira primária de prevenção da contaminação”

Disponível em:

http://www.epsjv.fiocruz.br/noticias/entrevista/o-uso-correto-dos-equipamentos-
de-protecao-individual-pelos-profissionais-de

PROMETAL EPIS. NR 32 – Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de


Saúde.

Disponível em:

https://www.prometalepis.com.br/blog/50-nr-32-seguranca-e-saude-no-trabalho-
em-servicos-de-saude/

PROMETAL EPIS.Enfermagem: Quais são os EPIs adequados?

Disponível em:

20
https://www.prometalepis.com.br/blog/epis-para-enfermagem/

SOL-MILLENNIUM.O Que São Materiais Perfurocortantes?

Disponível em:

https://sa.sol-m.com/noticias/o-que-sao-materiais-
perfurocortantes/#:~:text=Eventos%20%2F%20Treinamentos-
,O%20Que%20S%C3%A3o%20Materiais%20Perfurocortantes%3F,seringas%
2C%20vidros%2C%20entre%20outros.

SOL-MILLENNIUM.Tive um acidente com perfurocortante: o que fazer?

Disponível em:

https://sa.sol-m.com/noticias/tive-um-acidente-com-perfurocortante-o-que-
fazerr/

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