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Biossegurança

A estrutura física de um IML e seus equipamentos

O Instituto Médico Legal (IML), conhecido também como Departamento Médico Legal (DML), é
um instituto brasileiro responsável pela realização de exames e elaboração de laudos para
Polícias Científicas de um determinado Estado na área de Medicina Legal e Subordinado à
Superintendência da Polícia Técnico-Científica.

Esse Instituto foi criado com o intuito de fornecer bases técnicas para o julgamento de causas
criminais. Através de exames como necropsias (exame do indivíduo após a morte), exames
histopatológicos, toxicológicos, radiológicos, papiloscópicos, dentre outros. Ao contrário do que
muitos imaginam sobre o IML, a maioria das perícias são realizadas em pessoas vivas.

Por se tratar de um ambiente onde é realizado um número significativo de exames diferentes e por
responsáveis diferentes a estrutura de um IML compreende muito mais do que uma sala de
autópsias (foco desse trabalho). Um perito médico, por exemplo, tem um escritório similar a um
consultório dentro do IML para realizar as perícias em vivos.

A sala de autópsias é o local no IML onde são realizados os exames necroscópicos, sejam eles
em um corpo inteiro ou em partes de um corpo (como os fragmentos de corpos encontrados na
tragédia de Brumadinho), com o intuito de identificação humana, identificação de causa da morte
e elaboração de laudos sobre lesões em casos de morte violenta.

(Imagem retirada da internet)

Na imagem acima podemos identificar facilmente equipamentos usados nesse ambiente como,
por exemplo, a mesa de autópsia, a câmara fria e as balanças.

O arquivo “servicos_de_necropsia_e_servico_de_verificacao_de_bito_1470426942.pdf” trata de


colocações pertinentes aos serviços funerários, de necropsia e de verificação de óbito como a
estrutura física, o descarte de resíduos, o uso de equipamentos de proteção, a limpeza do local e
dos equipamentos, dentre outros. A seguir temos a listagem desses.

Estrutura física:
 Área mínima de 17,00 m² para comportar 1 (uma) mesa de procedimento.
 Espaço mínimo de 1,00 m entre as mesas.
 Espaço suficiente para a circulação dos profissionais.
 A área mínima para embarque e desembarque de carro funerário deve ser de 21,00 m²,
com acesso privativo e distinto do acesso público.
 O acesso à sala de necropsia deve ser restrito apenas aos trabalhadores.
 Paredes, tetos e pisos constituídos de material liso, impermeável e resistente à lavagem e
ao uso de desinfetantes.
 Junção entre o rodapé e o piso que permita a completa limpeza do canto formado.
 O piso deve possuir inclinação suficiente para possibilitar o escoamento da água durante a
lavagem.
 Ralo sifonado, com fecho escamoteável ou grelha que impeça a entrada de vetores.
 Iluminação natural e artificial de acordo com a legislação vigente.
 Reservatório de água com capacidade mínima correspondente ao consumo de dois dias
ou mais.
 Instalações de água fria projetadas, executadas, testadas e mantidas conforme a
legislação vigente.
 Instalações elétricas e equipamentos da sala devem estar protegidos e aterrados.
 Sala de recepção e espera para atendimento ao público, com área mínima de 6,00 m² ou
dimensionada de acordo com a demanda.
 Depósito de Material de Limpeza (DML), área mínima de 2,00 m², equipado com tanque,
dimensão mínima de 1,00 m².
 Câmara fria, área mínima de 8,00 m² com gerador de energia elétrica, higienização
periódica (intervalo deve constar no Procedimento Operacional Padrão-POP).
 Sala de plantonista com área mínima de 6,00 m² com condições de conforto.
 Instalações sanitárias para o público com, pelo menos, uma bacia sanitária e um lavatório
para cada sexo.

Condições sanitárias e de conforto para os trabalhadores:


 Lavatório ou pia com água corrente, exclusiva para higienização das mãos dos
trabalhadores.
 Torneiras que dispensam o contato das mãos.
 Sabonete líquido, toalha descartável, lixeira com sistema de abertura sem contato manual,
preparação alcoólica para a higienização das mãos.
 Instalações sanitárias, vestiários, armários e refeitórios e fornecimento de água potável
para os trabalhadores devem atender legislação vigente.

Mobiliário, instrumentais e máquinas:


 Mesa de procedimentos de aço ou outro material de fácil limpeza, resistente à corrosão e
que não retenha resíduos.
 Fundo da mesa com ligeira inclinação, com fluxo de água corrente contínuo.
 Instrumental compatível com o procedimento realizado.
 Os equipamentos, instrumentos, recipientes, acessórios, utensílios, mobiliário e bancadas
de trabalho devem ser adaptados ao trabalhador, para que a tarefa seja desenvolvida de
modo seguro.
 As serras elétricas utilizadas devem ter mecanismos de proteção contra acidentes.

Procedimentos:
 O médico patologista ou legista deve comunicar à autoridade sanitária local os casos de
doenças transmissíveis de Notificação Compulsória, de acordo com a legislação vigente.
 Após cada procedimento, deve ser realizada a lavagem e desinfecção das mesas,
instrumentais, equipamentos, utensílios e máquinas, de acordo com as boas práticas,
conforme determinação da ANVISA e descritos nos POP. A pia utilizada para este fim deve
ser exclusiva.
 A higienização da sala de procedimentos deve ser realizada no final do dia ou mais vezes,
se necessária

Produtos químicos:
 Se houver a diluição e fracionamento do formaldeído deve possuir capela de segurança
química.

Equipamentos de proteção individual:


 Devem ser fornecidos aos trabalhadores, gratuitamente, as vestimentas adequadas às
atividades desempenhadas e os Equipamentos de Proteção Individual com Certificado de
Aprovação - CA, conforme legislação vigente.
 É de responsabilidade dos empregadores a higienização e manutenção periódica dos EPI
e vestimentas.
 As vestimentas usadas devem ser depositadas em recipiente específico impermeável e
com tampa para serem encaminhadas para sua higienização.
 A higienização das vestimentas deve ser realizada por profissional devidamente
paramentado, obedecendo às normas de segurança.
 Deve possuir local específico destinado à guarda dos EPI.

Materiais Perfurocortantes:
 Todo material perfurocortante deve ser desprezado em recipiente resistente à perfuração e
com tampa de acordo com a legislação vigente.
 Deve conter Plano de Prevenção de Riscos de Acidentes com Materiais Perfurocortantes
de acordo com a legislação vigente.

Resíduos:
 Os resíduos gerados nos serviços de necropsia de cadáveres devem constar no Plano de
Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde – PGRSS e atender a legislação
vigente.
 Os efluentes líquidos gerados devem ser destinados conforme legislação vigente.

Controle qualidade do ar interior:


 Os padrões referenciais de qualidade do ar interior devem atender a legislação vigente.
Transporte de cadáveres:
 O cadáver deve ser colocado em bolsa selada ou impermeável, e dentro da urna funerária
para o transporte, conforme legislação pertinente.
 O transporte deve ser feito em carro funerário específico para tal finalidade, adequado
conforme norma vigente e licenciado pelo Departamento Nacional de Trânsito.

Saúde dos trabalhadores:


 Devem ser executados os Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO
e o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA.
 Deve ser fornecida capacitação inicial e continuada para os trabalhadores.
 Em casos de acidentes ou danos à saúde dos trabalhadores devem ser feitas a
Comunicação de Acidente de Trabalho - CAT, Ficha de Notificação do Sistema de
Informação de Agravos de Notificação – SINAN e, para os servidores públicos estaduais, a
Notificação de Acidente de Trabalho-NAT, conforme legislação vigente.
 O serviço deve possuir Manual de Rotinas dos procedimentos técnicos ou administrativos
(POP), em linguagem acessível e de fácil acesso ao trabalhador.
 Devem possuir fluxo de atendimento médico e de enfermagem de emergência, em caso de
exposição a material biológico, produtos químicos ou outros acidentes.

Sobre os equipamentos necessários e suas aplicações:

Grande parte do instrumental utilizado em necropsia é de aplicação cirúrgica. No Brasil, há


pequenas variações com relação ã utilização de equipamentos e manobras realizadas em
necropsias policiais, porém, o que se observa é que essa variação decorre mais da preferência
dos profissionais envolvidos do que necessariamente de alteração da técnica.

A seguir, apresentamos uma lista do instrumental cirúrgico utilizado em necropsia forense na


maioria dos Institutos Médico-Legais do Brasil.

• Agulha para sutura, triangular, reta, com cerca de 10cm de comprimento.


• Agulha para sutura, triangular, semi-reta, com cerca de 10cm de comprimento.
• Balança para pesar o corpo.
• Balança para pesar órgãos grandes.
• Balança para pesar órgãos pequenos.
• Balança de análise para pesar órgãos muito pequenos, tais como as glândulas paratireóides.
• Bandagem ou tecido de algodão.
• Bisturi abotoado.
• Bisturi descartável.
• Bisturi escalpelo pequeno/grande.
• Bisturi Esmarch.
• Cepo.
• Chaira.
• Cinzel de Hibbs.
• Cisalha de Liston articulada.
• Concha em aço inoxidável com cuba e cabo em peça única, tendo o cabo cerca de 20cm de
comprimento e a concha 100mL de volume.
• Costótomo.
• Enterótomo.
• Escopro.
• Estilete em aço inoxidável.
• Faca de amputação de Collin.
• Faca de Virchow.
• Formão com lâmina em aço inoxidável de 3cm x 10cm.
• Linha crua.
• Machadinha.
• Martelo Hajek.
• Mayon.
• Osteótomo.
• Paquímetro em aço inoxidável para medidas de até 150mm.
• Pedra para afiar lâminas, de dupla face, com no mínimo 20cm de comprimento e no máximo
4cm de largura.
• Pinça de Backhaus, Lorna e Benhard.
• Pinça de Collin para extração de projetis.
• Pinça de dissecção anatômica, em aço inoxidável, com 25cm de comprimento, com bordas
rombas e parte interna serrilhada.
• Pinça de dissecção do tipo dente de rato, em aço inoxidável, com 20cm de comprimento.
• Pinça de dissecção do tipo dente de rato, em aço inoxidável, com 25cm de comprimento, com
bordas rombas e parte interna serrilhada.
• Pinça hemostática de Crile, Kocher e Kelly.
• Pinça para osso.
• Pino de Steinmann.
• Raquítomo.
• Rugina de Farabeuf reta e curva.
• Rugina de Putti.
• Rugina de Robert Jones.
• Serra Mathieu com três lâminas.
• Serras de Weiss, de Collin, de Charriere, de Saterrice ou serra de arco utilizada em construção
civil.
• Serra vibratória.
• Sonda de 1 mm de diâmetro.
• Tentacânula em aço inoxidável, com cerca de 18cm de comprimento.
• Tesoura abotoada.
• Tesoura Mayo curva, em aço inoxidável, com 22cm de comprimento, pontas romba-romba.
• Tesoura Mayo reta, em aço inoxidável, com 17cm de comprimento, pontas finas.
• Tesoura Mayo reta, em aço inoxidável, com 17cm de comprimento, pontas finaromba.
•Tesouras Reyman, Smith, Lister, Esmarch, Seutin, Metzenbaum, (ris e Mayo).
• Trena em aço inoxidável, com 2m de comprimento.

Descrição do instrumental e sua utilização na rotina das dependências das salas de


necropsia do Instituto Médico-Legal Afrânio Peixoto do Estado do Rio de Janeiro.

Por motivos didáticos, dividiremos o instrumental em dois grupos e a necropsia em quatro tempos.
No primeiro grupo do instrumental encontram-se os instrumentos utilizados diretamente na
necropsia e, no segundo grupo, os instrumentos de medidas.

A necropsia, por sua vez, foi dividida em quatro tempos principais:

1. Incisões. 3. Inspeção da cavidade toracoabdominal.


2. Craniotomia. 4. Reconstituição.
Os instrumentais utilizados nas incisões são:

• Cepo: É utilizado para apoiar a cabeça ou o tronco do cadáver.


• Chaira e Pedra para afiar lâminas (de dupla face, com no mínimo 20cm de comprimento e no
máximo 4cm de largura): São instrumentos utilizados para manter afiado o gume das lâminas.
• Bisturis e Facas de Collin e Virchow: São instrumentos destinados a incisão da pele e para a
abertura do tecido subcutâneo e dos tecidos adjacentes. (Bisturi descartável, bisturi do tipo
escalpelo pequeno/grande, faca de amputação de Collin - também pode ser utilizada para cortar
órgãos, faca de Virchow).
• Tesoura de Smith. É uma tesoura robusta utilizada para cortes grosseiros que não requerem
regularidade ou precisão, como cortar vestes e bandagens presentes no cadáver.

O instrumental utilizado na craniotomia compõe-se de:

• Ruginas: são instrumentos utilizados para desgastar o periósteo craniano por atrito ou por
pequenos golpes, deixando os ossos desnudos, permitindo apurar detalhes, bem como facilitar a
ação da serra. (Rugina Lambotte, ruginas de Farabeuf (reta e curva), rugina de Putti, rugina de
Robert Jones).
• Serras: podem ser manuais, elétricas circulares e vibratórias. As primeiras são as mais utilizadas
no trabalho diário e têm a preferência da maioria das técnicas. A serra elétrica circular apresenta o
inconveniente de possibilitar, mais facilmente, a dispersão de aerossóis e de partículas de osso,
comprometendo os níveis de biossegurança. As serras vibratórias são de alto custo e não são
utilizadas em nosso meio.
como meninges e encéfalo. (Serra Mathieu (também conhecida como serra de Farabeuf), serra
vibratória, serras de Weiss, de Collin, de Charriere, de Saterrice ou serra de arco utilizada em
construção civil).
• Cinzel, escopro e martelo de Hajek: São instrumentos utilizados para romper a tábua interna da
caixa craniana e remover a calota após a demarcação da linha de menor resistência pela serra.

Para a inspeção das cavidades torácica e abdominal são utilizados os seguintes


instrumentos:

• Bisturi descartável: São utilizados nos cortes de estruturas, aderências e amostra de materiais
para exames complementares.
• Faca de amputação de Collin: São utilizados nos cortes de estruturas, aderências e amostra de
materiais para exames complementares.
•Costótomo: São instrumentos destinados à retirada do plastrão esternal através de corte na
cartilagem costosternal ou diretamente sobre o osso da costela
• Cisalha de Liston articulada: São instrumentos destinados à retirada do plastrão esternal através
de corte na cartilagem costosternal ou diretamente sobre o osso da costela
• Concha em aço inoxidável com cuba e cabo em peça única, tendo o cabo cerca de 20cm de
comprimento e a concha 100mL de volume: É utilizada para retirar conteúdo líquido das cavidades
e do estômago.
• Enterótomo. É uma tesoura formada por uma ponta protegida por uma espécie de capuz
moldado a partir da própria lâmina e outra ponta romba. A ponta protegida é inserida na luz de
órgãos como intestino, estômago e coração, orientando o corte sem danificar a estrutura interna.
• Pinça de dissecção anatômica, em aço inoxidável, de 25cm de comprimento, com bordas
rombas e a parte interna serrilhada: utilizadas para firmar o material para exposição, corte ou
sutura.
• Pinça de dissecção do tipo dente de rato, em aço inoxidável, com 25cm de comprimento, com
bordas rombas e a parte interna serrilhadas: utilizadas para firmar o material para exposição, corte
ou sutura.
• Pinça hemostática de Crile, Kocher e Kelly: São utilizadas para fechar possíveis lesões em
vísceras, evitando extravasamentos, ou para promover oclusão de órgãos
• Tentacânula em aço inoxidável com cerca de 18cm de comprimento: É uma lâmina sulcada com
uma extremidade dilatada. O sulco é usado para orientar profundamente cortes feitos com bisturi
ou tesoura.
• Pinça de Collin para extração de projetis: utilizada para remover projetis, de modo que os
preserve com segurança.
• Sonda de 1 mm de diâmetro: Sonda utilizada para a exploração de artérias coronárias, condutos
biliares e pancreáticos, ureteres, uretra e tubas uterinas.
• Raquítomo: é utilizado como uma machadinha, para cortar o corpo das vértebras e para se obter
a medula espinal completa.
•Tesoura Mayo: A tesoura Mayo longa é comumente utilizada para corte de fios ou linhas cruas de
fechamento.
•Tesoura Metzenbaum: A tesoura Metzenbaum, muito útil em cirurgias, deve ser utilizada para
cortar tecidos mais delicados, e sua curvatura permite cortes curvilíneos
•Tesoura Iris: As tesouras Iris, por seu tamanho menor e ponta fina, devem ser usadas para corte
de pequenas estruturas ou abertura de estruturas como artérias coronárias, vias biliares,
pancreáticas e pequenas artérias.
•As tesouras com as duas pontas rombas são empregadas para extração das artérias do pescoço
e para dissecações rombas.

(A) Tesoura Mayo longa de 20cm. (B) Tesoura


Metzenbaum de 18cm. (C) Tesoura Mayo curta de (A) Tesoura abotoada de 15cm. (B) Tesoura Iris curva.
15cm (C) Tesoura Iris reta

O material utilizado na reconstituição compõe-se de:

• Pinças anatômicas do tipo dente de rato: Servem para fixar melhor os tecidos a serem
suturados. A pinça do tipo dente de rato é de melhor utilização para a pele.
• Agulhas: As agulhas utilizadas na recomposição do cadáver apresentam as seguintes
características: corpo robusto com aproximadamente 10cm, fundo rombo, corpo reto ou semi-reto
e ponta de reverso cortante. São muito comuns agulhas longas com pontas cortantes, utilizadas
para costurar tecidos ou couro. (Agulha para sutura, triangular, reta, de cerca de 10cm de
comprimento, Agulha para sutura, triangular, semi-reta, de cerca de 10cm de comprimento).
• Linha crua: Preferencialmente, a linha utilizada na sutura de cadáveres é de fibra de cânhamo
devido às vantagens apresentadas, tais como resistência, durabilidade, aderência, disponibilidade
no mercado e preço
• Tesoura de Mayo: Usada para cortar a linha de sutura.
• Bandagem ou tecido de algodão: Usada para envolver o encéfalo, dando-lhe resistência, antes
de reintroduzi-lo no crânio. Outra utilização da bandagem é envolver a cabeça dos cadáveres com
faces traumatizadas, cobrindo as lesões apresentadas.

Instrumentos de Medidas:

• Balança para pesar o corpo.


• Balança para pesar órgãos grandes.
• Balança para pesar órgãos pequenos.
• Balança de análise para pesar órgãos muito pequenos, tais como as glândulas paratireóides.
• Estilete em aço inoxidável (pino de Steinmann): Usado para determinar o trajeto de projetis e
relacionar os orifícios de entrada com os orifícios de saída. Esse estilete geralmente é um pino de
Steinmann liso.
• Paquímetro em aço inoxidável para medidas de até 150mm: Utilizado para medir projetis, bem
como a extensão de lesões de órgãos, tumores, entre outros.
• Trena em aço inoxidável com 2m de comprimento: Usada para aferir a estatura do indivíduo.
• Régua antropométrica.
• Régua milimetrada para fotografia.

Além dos equipamentos já citados anteriormente, podemos destacar a mesa de autópsias e a


câmara fria (conhecida também como geladeira) cujas funções são, respectivamente, servir de
apoio ao corpo necropsiado e conservar os corpos não identificados até que a identificação seja
feita.

Antes de realizer a necropsia o patologista e o técnico, ou auxiliar, devem trocar a roupa e utilizar
os equipamentos de proteção individual, segundo as normas de biossegurança. Utilizam-se calças
e camisas próprias para o procedimento, além de capotes de algodão e impermeável com mangas
longas, luvas de látex, luvas de pano, gorro, máscara, óculos e botas de borracha. Na
indisponibilidade de botas de borracha, são utilizadas sapatilhas que cobrem os calçados.

Cada instituto tem sua própria estrutura organizacional e física. No video encontrado no link
https://www.youtube.com/watch?v=T68MmNJz3qA o coordenador do IML de Caldas Novas - GO
apresentas as dependências do local bem como o que é feito em cada uma delas.

Neste outro video https://www.youtube.com/watch?v=mhRIzPKkyhw apresentado por Lucas


Maciel em sua série “trampo zika” para seu canal no youtube, podemos conhecer os núcleos do
IML da Polícia Técnico Científica de São Paulo.

Em um comparativo dos dois vídeos podemos notar diferenças no que diz respeito à estrutura
física dos IML’s, a principal delas é o tamanho e a diferença dos recursos usados e da tecnologia
empregada. Essas diferenças podem ser explicadas pelo fato de um ser em uma cidade do
interior e outro em uma capital estadual.
Considerações Finais:

Os IML’s são responsáveis pela realização de perícias a fim de elucidar atos delituosos. Sua
estrutura depende muito muito da localização e da demanda de serviços que eles recebem. Os
equipamentos, de uma forma geral, são muitos e usados de forma a obter o melhor resultado nos
exames. Falando especificamente dos equipamentos usados no exame necroscópico, são muitos,
com nomes diferentes, funções semelhantes dentro de um tipo e com pouca tecnologia, o que faz
com que o perito médico legista e seu auxiliar precisem de tamanha atenção em seu manuseio e
utilização.

Referências:

1. Prestes Júnior LCL, Ancillotti RV. Manual de técnicas em Necropsia Médico-Legal. 2ª


Edição. Rio de Janeiro: Rubio, 2019.

2. servicos_de_necropsia_e_servico_de_verificacao_de_bito_1470426942.pdf. (Retirado da
internet em 19 de setembro de 2020).

3. Ebradi, Instituto Médico Legal (IML): Competências e atribuições, 17 de maio de 2019.


“https://www.ebradi.com.br/coluna-ebradi/instituto-medico-legal/ ” (Acesso em 19 de
setembro de 2020).

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