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Instalações elétricas – 05/11/2023

DPS – Dispositivos de proteção contra surtos

Campus Alto Paraopeba

Prof. Marco Aurélio Seluque Fregonezi


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Instalações elétricas – 05/11/2023

Parte 13 – DPS – Dispositivos de proteção contra surtos

Figura 1. – Informações sobre descargas atmosféricas.

Figura 2. –
https://g1.globo.com/to/tocantins/noticia/2021/12/16/raio-mata-rebanho-com-mais-de-30-cabecas-de-gado-em-
fazenda-no-interior-do-tocantins.ghtml
https://www.canalrural.com.br/noticias/pecuaria/boi/de-cortar-coracao-raio-mata-gado-mato-grosso/
https://www.comprerural.com/raio-mata-cerca-de-3-000-cabecas-de-gado-video/

Figura 3. –
https://www.blogdobg.com.br/video-raio-destroi-parte-da-torre-da-igreja-matriz-de-sao-rafael/
https://g1.globo.com/ce/ceara/noticia/2020/04/18/raio-derruba-estatua-de-15-metros-do-padroeiro-do-ceara-veja-
video.ghtml

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Figura 4. – Quedas de raio durante partidas de futebol.

Figura 5. – Figura de Lichtenberg.

• Norma: ABNT NBR 5419-4:2015 Versão Corrigida: 2018;


• Lightning protecction; proteção contra raios;
• Surge protective device; dispositivo de proteção contra surtos;
• Surto: Descarga atmosférica;
• O DPS opera dentro da instalação predial;
• O surto é desviado para o sistema de aterramento;
• O DPS requer bom aterramento;
• O DPS é ligado entre fase e terra;
• É instalado um DPS para cada fase;
• É instalado um DPS para o neutro se este não é combinado (se não é PEN).

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Figura 6. – Norma ABNT NBR 5419-4.

SPDA: Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas;


• Sistema externo de proteção contra descargas atmosféricas;
• Sistema interno de proteção contra descargas atmosféricas.

Funções do SPDA:
• Interceptar uma descarga atmosférica na estrutura, por meio do sistema de captação;
• Conduzir a corrente da descarga atmosférica para a terra de forma segura, por meio do sis-
tema de descida;
• Dispersar a corrente da descarga atmosférica na terra, por meio do sistema de aterramento.

Tipos de SPDA:
• Ponta de Franklin;
• Gaiola de Faraday;
• Esfera rolante;
• Eletrogeométrico.
• Esfera fictícia.

Figura 7. – Ponta de Franklin.

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Figura 8. – Pára-raio.

Figura 9. – Limites de alcance da proteção por pára-raio.

Figura 10. – Exemplos de SPDA por gaiola de Faraday.

Figura 11. – Sistemas de proteção.

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Figura 12. – Exemplo de SPDA por esfera rolante fictícia.

Classes de SPDA:
• 1: Raio de 20m;
• 2: Raio de 30m;
• 3: Raio de 45m;
• 4: Raio de 60m.

As descargas atmosféricas podem ser de dois tipos:


• Diretas : o raio cai direto na instalação;
• Indiretas: o raio cai nas proximidades da instalação.

Barramento de Equipotencialização Principal – BEP:


• A equipotencialização é o conjunto de medidas empregadas na proteção contra descargas
atmosféricas com o objetivo de reduzir as tensões elétricas causadas por elas;
• O BEP tem o objetivo de possibilitar a interligação de todos os elementos da edificação que
possam ser incluídos na equipotencialização principal;
• Toda instalação elétrica precisa ser aterrada e centralizada no BEP;
• O BEP deve ser instalado próximo ao ponto de entrada da edificação.

Figura 13. – BEP.

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Figura 14. – Conexões no BEP.

Figura 15. – Localização do BEP.

Curvas de DPS´s:
• Primeiro número: Tempo para atingir 100% da corrente de descarga;
• Segundo número: Tempo (total) para reduzir a 50% da corrente máxima;
• Tempo expresso em microssegundos.

Classes de DPS´s:
• Classe I: Impulso de corrente de, pelo menos, 12,5kA – Curva 10/350;
• Classe II: Impulso de corrente de, pelo menos, 5kA – Curva 8/20;
• Classe III: Não destinados a descargas atmosféricas.

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• Classe I: Mais robusto;


• Classe II: Mais rápido;
• Classe I+II: Robusto e rápido.

Figura 16. – A característica da forma de onda de corrente das descargas atmosféricas

Existem três tipos de DPS´s em função da curva de tensão gerada pela falta:
• Tipo 1: Curva 10/350;
• Tipo 2: Curva 8/20;
• Tipo 3: Curva 1,2/50 (não é descarga atmosférica).

Figura 17. – Curva 10/350 (DPS tipo 1).

Figura 18. – Curva 8/20 (DPS tipo 2).

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Classes de DPS´s (catálogo Siemens):


• Classe I: São os dispositivos utilizados na proteção contra os efeitos das descargas diretas e
a instalação do DPS é feita no ponto de entrada da instalação. Estes modelos de DPS´s são
os mais robustos em relação a capacidade de descarga, sendo utilizados em indústrias, imó-
veis comerciais ou imóveis de serviços.
• Classe II: São os dispositivos adequados à proteção contra os efeitos das descargas indiretas,
sendo que a instalação do DPS normalmente é feita no quadro geral de distribuição (QGD).
Estes modelos são os mais empregados em residências e pequenos imóveis comerciais ou
de serviços, na proteção contra descargas indiretas, como complemento ao trabalho dos
modelos classe I, ou ainda na prevenção contra sobretensões de manobra, que podem ocor-
rer de forma intermitente e que podem gerar harmônicos.
• Classe I+II: São os chamados dispositivos combinados. São dispositivos que associam a capa-
cidade de escoamento de um DPS classe I (mais robusto, escoa maior corrente elétrica) e o
nível de proteção de um DPS classe II (mais rápido). Os dois DPS´s são instalados lado-a-lado
(ligação em paralelo). O DPS de classe II é mais fino do que o de classe I.
• Classe I/II: Possuem as mesmas características do DPS classe I+II, porém são destinados para
instalações que exigem uma menor capacidade de escoamento das correntes de surto.
• Classe III: São os dispositivos instalados para uma proteção complementar. São utilizados em
níveis internos de proteção, sendo instalados próximo aos equipamentos para garantir uma
maior proteção. A depender do contexto, podem ser considerados como não pertencentes
à instalação elétrica e pertencentes ao equipamento.

Figura 19. – Surto de origem atmosférica e impulso de manobra.

Figura 20. – O efeito da ação do DPS.

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Existem dois tipos de DPS´s em função da ação elétrica:


• Curtocircuitantes ou comutadores de tensão (default);
• Não curtocircuitantes ou atenuadores de tensão ou supressores de surto.

• Os DPS´s curtocircuitantes têm a função de baixar bruscamente a sua resistência, de um


valor muito alto para um valor muito baixo, na ocasião do aparecimento de um surto de
corrente em seus terminais;
• O surto é desviado para a terra;
• O DPS curtocircuitante age como uma chave NA;
• Em condições normais de operação, ele age como um isolante, separando os condutores de
linha do condutor terra (BEP);
• O mesmo é feito com o neutro (quando usado);
• Em caso de descarga elétrica, o DPS efetua o contato com a terra, de modo que a corrente
de surto é quase toda ela drenada para a terra em acordo com a lei das correntes de Kirchoff
(divisor de corrente);
• O DPS efetua um chaveamento eletrônico.

Os DPS´s curtocircuitantes podem ser de três tipos quanto à sua construção:


• Centelhadores;
• De estado sólido;
• Combinados.

• Os DPS´s centelhadores promovem o curto-circuito à terra em caso de descarga atmosférica


por meio do arco voltaico dentro da câmara de ar ou de gás;
• Um centelhador é produzido por dois eletrodos separados por uma certa distância (gap);
• Durante um surto de tensão, surge um arco elétrico e forma-se um caminho de baixa impe-
dância, para onde é desviada a corrente.
• Os DPS´s centelhadores podem ser de dois tipos, quanto ao dielétrico:
• Centelhadores a gás; GDT: Gas Discharge Tube;
• Centelhadores a ar.

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Figura 21. – DPS centelhador.

Figura 22. – Os tipos de centelhas.

Figura 23. – Centelhador a gás.

• Os protetores de classes II e III são do tipo “limitador de tensão”;


• Esses dispositivos apresentam alta impedância (circuito aberto) quando nenhum surto está
presente, mas reduzem continuamente a impedância com o aumento do surto eletromag-
nético;
• Fazem o fechamento gradual do circuito de desvio para a terra conforme a intensidade do
surto presente em seus terminais.

• Baseados em varistores; (classe II);


• Baseados em diodos zener; (classe III).

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Resistência variável:
• VDR: Voltage Depended Resistor;
• Uma junção PN poderia agir como resistência variável (efeito schottky), porém ela não atua
de maneira rápida o suficiente para escoar uma corrente de surto;
• O varistor é um resistor elétrico que depende da tensão para mudar o valor de sua resistên-
cia (comportamento não ôhmico);
• Quanto maior é a tensão aplicada, menor é a oposição à passagem da corrente elétrica;
• Quanto menor é o valor da tensão, maior é a resistência elétrica;
• A maior vantagem do varistor é o seu tempo de resposta, que é extremamente rápido;
• Um DPS com defeito é incapaz de estabelecer o curto-circuito.

Figura 24. – Elementos internos dos protetores de surto das classes I, II e III; respectivamente.

Opções para varistores:


• ZnO: Óxido de zinco - mais rápido ;
• SiC: Carbeto de silício - mais lento .

Figura 25. – Varistor.

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Figura 26. – Diodo supressor de surto.

Topologias para a instalação do DPS:


• Esquema TN-S;
• Esquema TN-C.

• O fusível também pode efetuar a proteção contra descarga atmosférica;


• O fusível é montado em série com o DPS;
• O fusível é montado a montante do DPS;
• O fusível atende ao ramal dos circuitos e ao ramal dos DPS´s.

Figura 27. – Esquema de aterramento TN-S e TN-C.

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Figura 28. – Exemplos de aplicação de DPS´s TN-S.

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Classe I

Classe II

Classe I+II

Classe III

Figura 29. – As classes de DPS´s unipolares, tripolares e quadripolares.

• Alguns modelos podem incorporar um SPST ou um SPDT para ser usado em um circuito de
sinalização.

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Figura 30. – DPS classe III embutido em TUG (três varistores e um centelhador a gás).

Figura 31. – DPS´s para trilho DIN.

Figura 32. – DPS´s para trilho DIN (2F) e (F+N).

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Figura 33. – DPS´s tripolares classe II.

Figura 34. – DPS tripolar classe I+II.

Figura 35. – DPS quadripolar classe II e DPS quadripolar classe I.

Na figura acima, o DPS de neutro é diferente dos DPS´s das fases:


• Fases: IMAX = 40kA;
• Neutro: IMAX = 25kA.

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Figura 36. – DPS monobloco e modular.

Figura 37. – Varistor interno de um DPS (um varistor e um centelhador a gás).

Figura 38. – Fonte regulada com proteção por varistor.

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Figura 39. – A aparência de um varistor queimado.

Figura 40. – Exemplo de instalação com DPS.

• ZPR´s – Zonas de Proteção contra Raios;


• LPZ – Lightning Protection Zone;
• São divididas, partindo do exterior da edificação para o seu interior, em função da severi-
dade dos efeitos das correntes de surto.

Tipos de zonas:
• Externas: ZPR0A e ZPR0B;
• Internas: ZPR1, ZPR2 e ZPR3.

Tipos de DPS´s em termos de zonas de proteção:


• Tipo 1 – Instalado na fronteira entre as ZPR0B e ZPR1;
• Tipo 2 – Instalado na fronteira entre as ZPR1 e ZPR2;
• Tipo 3 – Instalado na fronteira entre as ZPR2 e ZPR3.

Tipos de DPS´s
• Tipo 1: próximo ao ponto de distribuição da concessionária;
• Tipo 2: nos quadros de distribuição internos;
• Tipo 3: próximo ao equipamento.

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Figura 41. – As zonas de uma instalação predial.

Figura 42. – As zonas de uma instalação predial.

Figura 43. – DPS´s da marca Campler.

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Figura 44. – DPS´s classe III.

Figura 45. – DPS´s classe III.

• Muitos fabricantes de DPS´s classe III deixam os varistores expostos ou usam carcaças trans-
parentes para que o varistor danificado seja identificado;
• A destruição do varistor por motivo de descarga atmosférica não interrompe a alimentação
da carga, dificultando a tomada de providências;
• O usuário deve verificar freqüentemente o estado dos varistores.

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