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ELÉTRICAS ATMOSFÉRICAS
A Importância do Aterramento SPDA nas Instalações Elétricas Industriais.
Engenharia Elétrica
Everaldo
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Introdução
φ A descarga elétrica atmosférica (raio) é um fenômeno da natureza absolutamente
imprevisível e aleatório, tanto em relação às suas características elétricas (intensidade
de corrente, tempo de duração, etc.), como em relação aos efeitos destruidores
decorrentes de sua incidência sobre as edificações.
Eng. Elétrica 3
Descarga Atmosférica
φ Nada em termos práticos pode ser feito para se impedir a "queda" de uma descarga
em determinada região. Não existe "atração" a longas distâncias, sendo os sistemas
prioritariamente receptores.
φAssim sendo, as soluções internacionalmente aplicadas buscam tão somente minimizar
os efeitos destruidores a partir da colocação de pontos preferenciais de captação e
condução segura da descarga para a terra.
φ A implantação e manutenção de sistemas de proteção (para-raios) é normalizada
internacionalmente pela IEC (International Eletrotecnical Comission) e em cada país por
entidades próprias como a ABNT (Brasil), NFPA (Estados Unidos) e BSI (Inglaterra).
Eng. Elétrica 4
Descarga Atmosférica
φ Os raios são produzidos por nuvens e se formam por um complexo processo interno
de atrito entre partículas carregadas.
φ Á medida que o mecanismo de auto
produção de cargas elétricas vai
aumentando, dá-se origem a uma onda
elétrica que parte da base da nuvem em
direção ao solo buscando locais de menor
potencial, ficando sujeita a variáveis
atmosféricas, tais como pressão,
temperatura, etc. Definindo assim uma
trajetória ramificada e aleatória.
Eng. Elétrica 5
Eng. Elétrica 6
Descarga Atmosférica
φ Essa primeira onda caracteriza o choque líder (chamado de condutor por passos) que
define sua posição de queda entre 20 a 100 metros do solo. A partir deste primeiro
estágio o primeiro choque do raio deixa um canal ionizado entre a nuvem e o solo que
dessa forma permitirá a passagem de uma avalanche de cargas com corrente de pico em
torno de 20 KA.
φ Após esse segundo choque violento de cargas passando pelo ar, provoca-se o
aquecimento deste meio até 30.000 °C, provocando a expansão do ar (trovão).
φ Neste processo os elétrons retirados das moléculas de ar, retornam, fazendo com que
a energia absorvida pelos mesmos na emissão, seja devolvida sob a forma de luz
(relâmpago). Na maioria dos casos este mecanismo se repete diversas vezes no mesmo
raio.
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Daniel
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Descarga Atmosférica INCIDÊNCIA DE RAIO NO BRASIL
50 MILHÕES
DE RAIOS CAEM TODOS OS ANOS NO BRASIL POR GÊNERO
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Elementos de um Sistema de Proteção
Descida
φ Recebem as correntes distribuídas pela captação encaminhando-as o rapidamente
para o solo. Para edificações com altura superior a 20 metros têm também a função de
receber descargas laterais, assumindo neste caso também a função de captação.
φ No nível do solo as descidas
deverão ser interligadas com cabo
de cobre nu 50 mm².
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Elementos de um Sistema de Proteção
Anéis de Cintamento
φ Os anéis de cintamento assumem duas importantes funções.
φ A primeira é equalizar os potenciais das descidas minimizando assim o campo elétrico
dentro da edificação.
φ A segunda é receber descargas laterais e
distribuí-las pelas descidas.
φ Sua instalação deverá ser executada com
espaçamento idêntico ao das descidas
interligando todas as descidas horizontalmente.
Eng. Elétrica 12
Elementos de um Sistema de Proteção
Aterramento
φ Recebe as correntes elétricas das descidas e as dissipam no solo.
φ Tem também a função de equalizar os potenciais das descidas e os potenciais no solo,
devendo haver preocupação com locais de frequência de pessoas, minimizando as
tensões de passo nestes locais.
φ Para um bom dimensionamento da malha
de aterramento é imprescindível a execução
prévia de uma prospecção da resistividade de
solo, exceto no caso do sistema estrutural.
Eng. Elétrica 13
Subsistemas
φ Componentes Especiais: são aqueles colocados na estrutura com finalidade explicita de
receber, conduzir ou dispersar a corrente provocada pela descarga atmosférica.
φ Componentes Naturais: São aqueles existentes
na estrutura e que não só podem como devem ser
utilizados no sistema de proteção; esta utilização
não só para ser mais eficiente como mais
econômica, deve ser prevista durante fase de
projeto, se os elementos não forem visíveis e não
havia previsão na fase inicial deve-se evita-los.
Eng. Elétrica 14
Subsistemas
φ Proteção Isolada: são aquelas onde o sistema de proteção é colocado acima e ao lado
da estrutura sem contato com a mesma de forma isolada (mantendo uma distancia
segura) evitando descargas captor – teto e descidas pela estrutura da parede do volume.
φ Proteção Não Isolada: é aquela onde não existe
espaçamento entre o sistema de proteção e a
estrutura do volume protegido, ou seja, colocado
diretamente sobre a estrutura do volume protegido.
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Rodrigo
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Sistemas de Captação
φ Um SPDA é composto essencialmente por três componentes, o elemento captor, os
condutores de baixada e o sistema de terra. Atualmente existe três modelos de para-
raios: Método Franklin, Método Eletrogeométrico e o Método Gaiola de Faraday.
Eng. Elétrica 17
Método Franklin
φ O captador "Franklin" é constituído por uma haste metálica, sendo a extremidade
superior é pontiaguda para tem uma maior poder de acúmulo de cargas. Este sistema é o
mais barato mas o menos eficiente.
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Método Eletrogeométrico
φ Este método delimita o volume de proteção oferecido por captores de um SDPA,
independente de sua posição ser vertical (com hastes), horizontal (com cabos) ou mista.
φ A primeira versão do modelo eletrogeométrico foi desenvolvida em 1945, porém em
1950, com a grande quantidade de descargas atingindo linhas elétricas norte americanas
que o estudo e o desenvolvimento do método se deu e ele passou a ser implantado.
φ Baseado no mecanismo de desenvolvimento das descargas elétricas , o método é o
mais apurado para obtenção do volume de proteção imposto pelo SPDA, por isso, vamos
relembrar um pouco sobre o raio.
φ A forma mais comum de aplicação do modelo eletrogeométrico é o método da esfera
rolante.
Eng. Elétrica 19
Esfera Rolante
Método de Proteção
Classe do Máximo afastamento dos
Raio da esfera rolante – R (m)
SPDA condutores da malha (m)
I 20 5x5
II 30 10 x 10
III 45 15 x 15
IV 60 20 x 20
Fonte: NBR5419:2015
Eng. Elétrica 20
Método Gaiola de Faraday
φ O sistema de proteção por gaiola de Faraday é nomeado como um dos níveis mais alto
de proteção contra descargas atmosféricas e isso se deve à estrutura montada em toda
edificação, porém, tudo exige muita pericia, pois para se implementar uma proteção
elétrica por esse método é preciso que o projeto seja realizado com alto grau de
conhecimento para que após implementado compense o custo investido no sistema.
Eng. Elétrica 21
Método Gaiola de Faraday
Ângulo de proteção (α), em função da altura do captor (h) (ver nota 1) Largura do
e do nível de proteção modulo da malha
h(m) (ver nota 2) (m)
Nível de Proteção R(m) 0 – 20 m 21 – 30 m 31 – 45 m 46 – 60 m 60 m
I 20 25 (A) (A) (A) (B) 5
II 30 35 25 (A) (A) (B) 10
III 45 45 35 25 (A) (B) 10
IV 60 55 45 35 25 (B) 20
Tabela 2 – Posicionamento de Captores Conforme o Nível de Proteção
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Valdir
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Sistemas de Descidas
φ Podem ser compostos por cabos de cobre nu com 16 mm², caso a edificação tenha até
20 m de altura, acima disso devem ser utilizados cabos de cobre nu com 35 mm² ou fitas
de alumínio com 70 mm², com todas as descidas interligadas por anéis a cada 20 m,
conforme determina a norma técnica NBR 5419.
φ Os pilares das estruturas metálicas,
também poderão ser utilizados com descida
natural, desde que a condução elétrica seja
garantida, evitando gastos com cabos de cobre
nu ou fitas de alumínio, e melhorando a
manutenção do sistemas, pois será mais difícil
de sofrer furtos de cabos.
Eng. Elétrica 24
Sistemas de Descidas
φ Devem ser feitas no mínimo duas decidas por edificação, mesmo que seja uma
pequena construção. Quando as edificações com o SPDA for com mais de 40 m de
largura, deve-se instalar diversas descidas do mesmo, para que fique dentro da área a
ser protegida.
Eng. Elétrica 25
Equalização de Potenciais Internos
φ Deverá ser definido uma posição estratégica para
instalação de uma caixa de equalização de potenciais
principal (TAP) que será interligada à malha de
aterramento.
φ No nível dos anéis deverão ser instaladas outras
caixas de equalização secundárias, conectadas às
ferragens estruturais, e interligadas através de um
condutor vertical conectado à caixa de aterramento
principal.
Eng. Elétrica 26
Equalização de Potenciais Internos
φ A ligação da caixa de equalização bem como as
tubulações metálicas poderão ser executadas antes da
execução do contra-piso dos apartamentos localizados
nos níveis dos anéis de cintamento.
φ A amarração das diferentes tubulações metálicas
poderá ser executada por fita perfurada niquelada
(bimetálica) que possibilita a conexão com diferentes
tipos de metais e diâmetros variados, diminuindo
também a indutância do condutor devido à sua
superfície chata.
Eng. Elétrica 27
Matheus
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Sistema de Aterramentos
Toda instalação elétrica de média e baixa tensão para funcionar com desempenho
satisfatório e ser suficientemente segura contra risco de acidentes fatais deve possuir
um sistema de aterramento dimensionado adequadamente para as condições de cada
projeto. Um sistema de aterramento visa:
φ Segurança de atuação da proteção;
φ Proteção das instalações contra descargas atmosféricas;
φ Proteção do indivíduo contra contatos com partes metálicas da instalação
energizada acidentalmente;
φ Uniformização do potencial em toda área do projeto, prevenindo contra lesões
perigosas que possam surgir durante uma falta de fase-terra.
Eng. Elétrica 29
Sistema de Aterramentos
Elementos de Malha de Terra
φ Eletrodos de terra;
φ Condutor de aterramento;
φ Condutor de Proteção.
Sistema de Aterramento
φ Sistema Isolado;
φ Sistema solidamente aterrado;
φ Sistema aterrado por impedância.
Eng. Elétrica 30
Resistividade do Solo
Resistividade (Ohm x m)
φ Para o projeto de um sistema de Natureza dos Solos
Mínima Máxima
aterramento, é de primordial Solos Alagadiços e Pantanosos 0 30
importância o conhecimento prévio Lodo 20 100
das características do solo, Húmus 10 150
Eng. Elétrica 32
Sistema de Aterramentos
φ Podem ser formados pela própria estrutura de aço contida nas fundações, sapatas,
colunas e baldrames das edificações, seja o alicerce de um condomínio, industrias ou de
uma simples residência.
φ A quantidade de metal existentes nas fundações
do concreto armado é alta, e encontra-se
protegida contra a corrosão, devido estar
envolvida no concreto que é hidroscópico e
apresenta alta condutibilidade, comparando ate
mesmo com o solo de maior condutividade nos
projetos de SPDA.
Eng. Elétrica 33
Sistema de Aterramentos
φ Outra forma de obter-se um bom aterramento é a utilização de hastes de alta
camada, ou seja; com 254 micras de cobertura de cobre sobre uma barra de aço de no
mínimo 2,40 m de comprimento por 5/8”, que devem ser estaqueadas ao solo, no mínimo
duas, por determinação normativa e no máximo o numero suficiente para obter uma boa
drenagem das correntes oriundas do subsistema de captação.
φ Para determinar esta medida são utilizados
medidores tipo terrômetro, que simulam a
descarga atmosférica em menor proporção, com
os resultados em mãos comparam-se com a
tensão residual que o solo conseguiu drenar
através do subsistema de aterramento do SPDA.
Eng. Elétrica 34
Sistema de Aterramentos
φ Mais importante que um bom aterramento, com medição ôhmica bem baixa (Medição
da resistividade do solo pelo método dos quatro pontos), é a equalização dos
aterramentos e a instalação do BEP (Barra de Equalização de Potenciais) conforme
determina a norma técnica de instalações de baixa e medias tensões NBR 5410.
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Alãn
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Danos Devido às Descargas Atmosféricas
φ A descarga atmosférica que atinge uma estrutura pode causar danos à própria
estrutura e a seus ocupantes e conteúdo, incluindo falhas dos sistemas internos. Os
danos e falhas podem se estender também às estruturas vizinhas e podem ainda envolver
o ambiente local. A extensão dos danos e falhas na vizinhança depende das
características das estruturas e das características da descarga atmosférica.
Eng. Elétrica 37
Danos Devido às Descargas Atmosféricas
S1: Descargas Atmosféricas na Estrutura;
φ Danos mecânicos imediatos, fogo e/ou explosão;
φ Fogo e/ou explosão iniciado por centelhamento;
φ Danos às pessoas por choque elétrico;
φ Falha ou mau funcionamento de sistemas internos.
Fonte: ABNT NBR 5419
Eng. Elétrica 38
Danos Devido às Descargas Atmosféricas
S2: Descargas Atmosféricas Próximas à Estrutura;
Podem causar:
φ Falha ou mau funcionamento de sistemas internos devido a LEMP.
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Proteção de Estruturas
Critérios básicos para proteção de estruturas
φ Uma proteção ideal para estruturas é envolver completamente a estrutura a ser
protegida por uma blindagem contínua perfeitamente condutora, aterrada e de espessura
adequada, e, além disso, providenciar ligações equipotenciais adequadas para as linhas
elétricas e tubulações metálicas que adentram na estrutura nos pontos de passagem pela
blindagem.
φ Isto impede a penetração da corrente da descarga atmosférica e campo
eletromagnético associado na estrutura a ser protegida e evita efeitos térmicos e
eletrodinâmicos perigosos da corrente assim como centelhamentos e sobretensões
perigosas para os sistemas internos.
Eng. Elétrica 45
Proteção de Estruturas
Na prática, porém, a aplicação de tais medidas para se obter total proteção é
frequentemente inviável. A falta de continuidade da blindagem e/ou sua espessura
inadequada permite a penetração da corrente da descarga atmosférica e seus efeitos
pela blindagem, podendo causar:
φ Danos Físicos e Risco de Vida;
φ Falha Dos Sistemas Internos.
As medidas de proteção, adotadas para reduzir tais danos e perdas relevantes, devem
ser projetadas para um conjunto definido de parâmetros das correntes das descargas
atmosféricas, frente às quais é requerida a proteção, conforme o nível de proteção
contra descargas atmosféricas.
Eng. Elétrica 46
SPDA Interno
φ A função é evitar centelhamento perigoso na estrutura, utilizando a ligação
equipotencial ou a distância de segurança s (e, consequentemente, isolação elétrica),
entre os componentes do SPDA e outros elementos condutores internos à estrutura.
φ Quatro classes de SPDA (I, II, III e IV)
são definidas como um conjunto de regras
de construção, baseadas nos
correspondentes níveis de proteção (NP).
Cada conjunto inclui regras dependentes
do nível de proteção (por exemplo, raio da
esfera rolante, largura da malha etc.) e
regras independentes do nível de
proteção (por exemplo, seções
transversais de cabos, materiais etc.).
Eng. Elétrica 47
Resistividade Superficial do Solo
Onde as resistividades superficiais do solo externo e a do piso interno à estrutura
forem baixas, o risco de vida devido a tensões de passo e toque pode ser reduzido:
φ Externamente à estrutura, por isolação das
partes condutivas expostas, por
equipotencialização no nível do solo por meio de
aterramento com malhas, por avisos de
advertência e por restrições físicas;
φ Internamente à estrutura, por ligação
equipotencial de tubulações e linhas elétricas
que adentram na estrutura, no ponto de entrada.
Eng. Elétrica 48
Proteção Para Reduzir as Falhas
φ Sobretensões devido a descargas atmosféricas na estrutura, resultando de
acoplamento resistivo e indutivo;
φ Sobretensões devido a descargas atmosféricas perto da estrutura, resultando de
acoplamento indutivo;
φ Sobretensões transmitidas por linhas que
adentram a estrutura, devido a descargas
atmosféricas diretas nas linhas ou próximas a
estas;
φ Campo magnético acoplado diretamente
aos aparelhos.
Eng. Elétrica 49
Thiago
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Níveis de Proteção Adotados Pela NBR-5419:2015
Para efeitos da ABNT NBR 5419, são considerados quatro níveis de proteção contra
descargas atmosféricas. Para cada NP, é fixado um conjunto de parâmetros máximos e
mínimos das correntes das descargas atmosféricas.
φ NOTA 1: A proteção contra descargas atmosféricas cujos parâmetros máximos e
mínimos de corrente excedam aqueles correspondentes ao NP I requer medidas de
proteção mais eficientes, as quais recomenda-se que sejam escolhidas e
implementadas para cada caso específico.
φ NOTA 2: A probabilidade de ocorrência
de descargas atmosféricas cujos
parâmetros de correntes estejam fora do
intervalo máximo e mínimo do NP I é
menor que 2 %.
Eng. Elétrica 51
Níveis de Proteção Adotados Pela NBR-5419:2015
φ NOTA 3: Os níveis de proteção contra descargas atmosféricas cujos parâmetros
máximos de corrente sejam menores que aqueles correspondentes ao NP IV permitem
considerar valores de probabilidade de danos maiores que aqueles apresentados na
ABNT NBR 5419-2:2015, Anexo B, embora não quantificados, mas que podem ser úteis
para um ajuste mais adequado das medidas de proteção a fim de se evitar custos
injustificavelmente altos.
Critério de Interceptação NP
Símbolo Unidade I II III IV
Corrente de pico mínima / kA 3 5 10 16
Eng. Elétrica 52
Zonas de Proteção Contra Descarga Atmosférica (ZPR)
As medidas de proteção como SPDA, condutores de blindagem, blindagens magnéticas e
DPS determinam as zonas de proteção contra descargas atmosféricas “raio” (ZPR).
As ZPR a jusante de uma medida de proteção são caracterizadas por uma redução
significativa dos LEMP, em comparação com a ZPR a montante.
A respeito da ameaça de descarga atmosférica, as seguintes ZPR são definidas:
φ ZPR OA: zona onde a ameaça é devido à queda direta e ao campo eletromagnético
total da descarga atmosférica. Os sistemas internos podem estar sujeitos à corrente
total ou parcial da descarga atmosférica;
φ ZPR OB: zona protegida contra queda direta, mas onde a ameaça é o campo
eletromagnético total da descarga atmosférica. Os sistemas internos podem estar
sujeitos à corrente parcial da descarga atmosférica;
Eng. Elétrica 53
Níveis de Proteção Adotados Pela NBR-5419:2015
φ ZPR 1: zona onde a corrente de surto é limitada por uma divisão da corrente da
descarga atmosférica e pela aplicação de interfaces isolantes e/ou DPS na fronteira.
Uma blindagem espacial pode atenuar o campo eletromagnético da descarga
atmosférica;
φ ZPR 2, ..., n: zona onde a corrente de surto pode ser ainda mais limitada por uma
divisão da corrente da descarga atmosférica e pela aplicação de interfaces isolantes
e/ou de DPS adicionais na fronteira. Uma blindagem espacial adicional pode ser
usada para atenuar ainda mais o campo eletromagnético da descarga atmosférica.
NOTA 1 Em geral, quanto maior o número de uma ZPR em particular, tanto menor serão os
parâmetros do meio eletromagnético.
NOTA 2 Para grande parte dos sistemas e aparelhos elétricos e eletrônicos a informação
sobre níveis de suportabilidade pode ser fornecida pelo fabricante.
Eng. Elétrica 54
Descarga atmosférica para a terra
Existem dois tipos básicos de descargas atmosféricas:
φ Descargas atmosféricas descendentes iniciadas por um líder descendente, da nuvem
para a terra;
φ Descargas atmosféricas ascendentes iniciadas por um líder ascendente, de uma
estrutura aterrada para a nuvem.
Na maioria das vezes, as descargas atmosféricas descendentes ocorrem em locais
planos e em estruturas mais baixas, enquanto que, para estruturas mais altas, as
descargas atmosféricas ascendentes tornam-se predominantes. Com a altura real, a
probabilidade de uma descarga atmosférica direta na estrutura aumenta (ABNT NBR
5419-2:2015, Anexo A) e as condições físicas mudam.
Eng. Elétrica 55
Adriano
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Medição de SPDA
φ No Brasil, a medição de SPDA é uma atividade de enorme importância para a
manutenção e a segurança das pessoas e das edificações, sejam elas comerciais ou
residenciais, tendo em vista que o país é um dos mais atingidos por raios em todo o
mundo.
φ Isto significa que as instalações dos
sistemas de proteção contra descarga
elétrica atmosférica devem ser feitas de
forma prioritária nas edificações, uma vez que
o SPDA é indispensável para qualquer pessoa
que deseja preservar a vida e proteger o
patrimônio.
Eng. Elétrica 57
Por Que Fazer a Medição de SPDA
φ O SPDA é o sistema externo que protege tanto a edificação quanto as pessoas que estão
dentro dela de uma descarga elétrica atmosférica, como por exemplo, o raio. Porém, é
necessário aferir a eficiência do sistema e somente é possível com a medição de SPDA.
O processo de medição de SPDA é composto por inúmeros itens, tais como:
φ Eletrodos de terra;
φ Levantamento e análise de risco;
φ Medição ôhmica;
φ Medições de continuidade elétrica;
φ Inspeção visual, que analisa o aterramento e o desgaste de peças;
φ Ensaios;
φ Fotos.
Eng. Elétrica 58
A Importância da Medição Ôhmica SPDA
φ Em decorrência do tempo é comum que sistemas de aterramentos sofram alterações,
por isso, é fundamental manter uma periodicidade quanto a medição ôhmica SPDA para
que a eficácia dos aterramentos seja prolongada. A medição ôhmica SPDA deve ser
realizada mesmo em casos onde não houve alteração nas redes elétricas ou nas
estruturas para que, dessa forma, mantenha o ambiente sempre seguro, com o
funcionamento pleno nos equipamentos de proteção.
φ A fim de garantir uma medição ôhmica
SPDA eficiente, é imprescindível que se contrate
uma empresa com engenheiros qualificados, para
que o resultado das medições seja satisfatório e
confiável.
Eng. Elétrica 59
Quando Executar a Medição de SPDA
A medição de SPDA é o recurso que atesta se o sistema de proteção externo está
dentro dos requisitos exigidos pela norma técnica vigente e funcionando adequadamente.
Isto quer dizer que a medição de SPDA é uma manutenção preventiva e por isso ela deve
ser feita:
φ Segurança de atuação da proteção;
φ Ao longo de sua construção e depois do sistema concluído;
φ Sempre que houver uma mudança no sistema;
φ Quando houver necessidade de reparo após uma descarga elétrica.
Eng. Elétrica 60
Daniel
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Exemplos Práticos de SPDA
Cristo Redentor
φ O Cristo Redentor, eleito uma das maravilhas do mundo, com a altura de 710m acima
do nível do mar, apresenta uma probabilidade enorme de ser atingido por descargas
atmosféricas.
φ Contudo, justifica-se o porquê de caírem cerca de
20 raios por mês na estátua. O monumento já teve
uma sobrancelha, o lábio inferior e recentemente a
ponta de um dos dedos como partes que já foram
atingidas pelos raios.
Eng. Elétrica 62
Exemplos Práticos de SPDA
φ Para isso, a construção conta com um SPDA. Não é uma coroa aquelas hastes na
cabeça da estátua. Fazem parte, na verdade, do seu sistema de proteção.
Eng. Elétrica 63
Thiago
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Conclusão
Eng. Elétrica 65
Integrantes
φ ADRIANO DE JESUS φ MATHEUS MATTOS
φ EVERALDO
Eng. Elétrica 66