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1.

1 INTRODUÇÃO

Manutenção, derivada do latim manus tenere, que significa “manter o que se


tem”.
Conceituada como senso um conjunto de ações necessárias para manter ou
restaurar uma peça, equipamento, máquina ou sistema de forma a estabelecer
uma condição operável planejado a máxima vida útil.
A manutenção em equipamentos elétricos é uma ferramenta de grande
importância nas industrias, pois é responsável pelo suprimento e
aproveitamento de energia elétrica.
Ao observar os custos envolvidos nas interrupções de processo, surge a
necessidade de implantação de rotinas estratégicas de manutenção.
Sendo assim a principal finalidade é adequar a cada intervalo de tempo, as
condições da instalação e seus equipamentos a um novo período ininterrupto
de funcionamento, permitindo reduzir os custos dos problemas importunos,
que ocasionalmente ocorram durante os períodos de operação normal.
Portanto a estratégia de manutenção em equipamentos elétricos não pode se
envolver em apenas corrigir problemas costumeiros, nas deve buscar uma
melhoria incessante, destinando-se ao aproveitamento máximo dos
equipamentos elétricos.

1.2 PRINCIPAIS ESGTRATÉGICAS DE MANUTENÇÃO APLICADA A


EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS.

A estratégia de manutenção aplicada a sistemas elétricos, não importando a


forma ou om tipo de aplicação pode ser definida como uma soma de
procedimentos que são realizados periodicamente em sistemas elétricos.
Esses procedimentos têm como finalidade manter os equipamentos elétricos
em pleno desempenho, e assegurar que todas a suas funções sejam
executadas de forma eficiente.
Na estratégia da manutenção abordada no trabalho, entre os diferentes tipos
de manutenção, existem três que possuem maior relevância.
• Manutenção corretiva
• Manutenção preventiva
• Manutenção preditiva

1.3 MANUTENÇÃO CORRETIVA


É a primeira forma de manutenção, conhecida pelo ciclo “quebra-conserta”,
ou seja, reparo dos equipamentos elétricos a pós a anomalia. Consiste na
forma mais cara de manutenção elétrica quando considerada do ponto de vista
total do sistema elétrico de potência.
• Baixa utilização anual dos equipamentos elétricos e, portanto, das
cadeias produtivas;
• Diminuição da vida útil dos equipamentos elétricos e instalações;
• Parada para manutenção no sistema em momentos aleatórios e muitas
vezes, intempestivos por corresponderem a períodos de cronograma
apertado.

1.4 Manutenção Preventiva


Em sistemas elétricos compreende em trabalhos executados para precaver,
detectar ou corrigir falhas, obedecendo a um plano previamente elaborado,
baseado em intervalos definidos de tempo.
• Inspeções no sistema elétricos
• Verificação, ajustes e regulagem com periodicidade baixa (diária,
semanal).
• Preservação de especificações e detecção de irregularidades, permitindo
a programação dos reparos pertinentes.
• Detecção de valores diferentes dos esperados, podendo significar
indícios de problemas graves.
• Testes/Ensaios em sistemas elétricos.
• Revisões Gerais em sistemas elétricos.
1.5 Manutenção Preditiva
voltada a sistema elétrico de potência é a atuação realizada com base em
alteração de parâmetro de condições ou desempenho, cujo acompanhamento
obedece a uma sistemática.
A gestão da manutenção preditiva tem como finalidade prevenir falhas nos
equipamentos elétricos através de acompanhamento de parâmetros diversos,
permitindo a operação contínua dos equipamentos elétricos por maior tempo
possível.
• Aumento da vida útil do equipamento elétrico;
• Controle dos matérias elétricos (peças, componentes, partes etc.)
• Diminuição dos custos nos reparos;

1.6 ESTRATÉGIA DE MANUTENÇÃO


A formação de estratégia de manutenção aplicado a um sistema de potência
deve ser planejada e forma a programar as manutenções preventivas e
sistematizar as manutenções elétricas corretivas.

INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

1. OBJETIVO
Manutenção Preventiva das instalações elétricas de baixa tensão
• Este documento tem como abjetivo descrever as atividades e
periodicidade mínimas a serem implementados e detalhados de
maneiras a garantira pleno funcionamento dos equipamentos.

2. Documentação
• Normas técnicas
• NBR 5410;

3- Principais grandezas de controle:


• Corrente: Acompanhando seu comportamento e tomando ações para
que não existam ocorrências indesejáveis na instalação (sobre corrente,
queima, desarme, aquecimentos, dentre outros).
• Tensão: Acompanhando seu comportamento e tomando ações para que
não existam ocorrências indesejáveis na instalação (desequilíbrio de
fase, queda de tensão, falta de fase dentre outros).
• Temperatura: Acompanhando seu comportamento tomando ações para
que não existam ocorrências indesejáveis na instalação (queima,
incêndio, outros);
• Potência: Acompanhando os consumos de energia e seu
comportamento, tomando ações para que não existam ocorrências
indesejáveis na instalação tais como se limitar à ultrapassagem de
demanda, desequilíbrio de fases. Falhas nos sistemas críticos de
alimentação, sobre carga de equipamentos.
• Fator de potência: Acompanhando seu comportamento e tomando
ações para que não existam as ocorrências indesejáveis na instalação
sem se limitar a baixo fator de potência, harmônicos que prejudiquem
desempenho dos equipamentos.
• Condutividade: Acompanhando seu comportamento e tomando ações
para que não existam ocorrências indesejáveis na instalação tais como
aquecimento em dispositivos de contato entre equipamentos.
• Organização: os circuitos, equipamentos, componentes e sistemas
devem ser mantidos em condições que permitam: identificação de
circuitos e condutores, através de anilhas de identificação, organizados
de maneira que seja possível identificar e verificar anormalidade nos
padrões identificados acima.
• Limpeza: os circuitos equipamentos, componentes e sistemas devem ser
mantidos limpos sem acúmulo de poeira ou objetos estranhos aos
sistemas elétricos principalmente de material condutor.
• Segurança: os equipamentos de proteção e manobra devem ter suas
condições de operação preservadas de maneira a não ocorrerem
descargas expondo equipamentos e pessoas a riscos desnecessários.
• Umidade: os ambientes onde se encontram os circuitos, equipamentos,
componentes e sistemas devem ser mantidos e condições de
funcionamento em que a umidade não seja um fator de risco.
4. Atividades:

De maneira a atender ao programa de manutenção preventiva recomenda –se


O Registro periódico das condições de operação do sistema, assim analisar o
desempenho do mesmo ao longo do tempo e desta forma, detectar indícios
que provocarão futuras avarias.

4.1 SEMESTRALMENTE;
Deverão ser verificados as principais grandezas e se necessário tomadas às
ações necessárias para conduzir o sistema.

4.2 TERMOGRAFIA.
Realizar inspeções termográficas e tomar as ações necessárias para a correção
dos problemas.

4.3 Anualmente.
Deverão ser verificados as principais grandezas e se necessários tomadas as
ações necessárias para conduzir o sistema.

4.4 ESCOPO
• Sistema de iluminação
• Quadro de distribuição
• Apertar e verificar terminais
• Verificar a ligação para a terra
• Limpar cuidadosamente o conjunto
• Inspecionar a porcelana quanto a trincas e rachaduras
• Medir a resistência de malhas de terra
• Examinar articulações, pinos e travas
• Inspecionar ligação do Cabo terra e fixação da estrutura
• Verificar intertravamento
• Verificar o estado das facas
• Limpar barramentos e isoladores
• Reapertar fixação e conexões
• Medir isolamento em DC
• Lubrificar contatos
• Examinar e apertar fixações e conexões
• Lubrificar partes móveis
• Testar operação manual e automática
• Inspecionar fiação e conexão dos comandos
• Verificar sinalização

• TRAFO
• Medir tensão entre fases do secundário, verificando o valor obtido está
correto;
• Medir a corrente/fase do secundário, verificando se está coerente com a
potência do Trafo;
• Limpar cuidadosamente o conjunto;
• Verificar sistema de proteção, ruídos e vibrações;
• Medir resistência e isolação das bobinas;
• Examinar buchas e isoladores quanto a rachaduras, indicando
anormalidades;
• Apertar fixação a terra;
• Verificação sinais de oxidação;
• Verificação relação, transformação;

RAMAL DE ENTRADA
• Verificar o estado dos isoladores do ramal aéreo;
• Verificar a isolação das muflas de entrada e saída do ramal subterrâneo;
• Verificar a isolação dos cabos;
• Verificar a presença de umidade nos dutos, secando se necessário;
• Verificar as armações de sustentação das muflas, fixando as que se
encontram soltas;
PAINEL GERAL DE BT
• Limpar contatos das chaves e disjuntores;
• Verificar funcionamento das chaves e disjuntores;
• Apertar fixações e conexões;
• Verificar fiação;
• Verificar fusíveis, lâmpada de sinalização;
• Verificar circuitos de controle, medição e sinalização;
• Verificar a existência de vibração ou ruido anormal;
• Limpar internamente o painel;
• Verificar abafadores (corta-arco);
• Verificar funcionamento dos relés térmicos;
• Verificar aterramento geral e suas conexões;
• Verificar pressão dos contatos (contatores e relés);
• Medir isolamentos para a massa nos cabos de entrada e saída, e entre
fases;
• Verificar contatos dos contatores;
• Simulação de TRIP (desligamento);

BANCO DE CAPACITORES
• Verificar fixação na base e ligações do cabo terra;
• Inspecionar se não há vazamentos;
• Verificar condições das caixas metálicas;
• Verificar se há oxidação no painel e capacitores;
• Medir o valor do fator de potência (reativo);

DISPOSITIVO DE SOBRECORRENTES
• Verificação geral;
• Simulação de TRIP;

5. REGISTRO
• Registro os resultados dos serviços em formulários adequados para a
realização de análise e proposição de melhorias pela engenharia de
manutenção.
• Para orientação geral seguem os formulários de manutenção preventiva
elétrica.

6. CONCLUSÃO
• Todos os serviços de manutenção preventiva devem ser consolidados
em registros de manutenção preventiva e incorporados ao histórico dos
equipamentos.

JOSE EMANUEL ( ELETROTECNICO)

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