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CONEXÃO ELÉTRICA

• A conexão elétrica é a união de dois


corpos condutores mantendo as mesmas
características com relação à sua
ampacidade.
• Numa conexão elétrica existem fatores
que devem ser considerados para
garantir a capacidade de corrente
semelhante à dos condutores
associados, destaca-se:
• Resistência do Material;
• Resistência de Contato.
TRANSMISSÃO DE
CALOR
• A passagem de energia térmica de um local para
outro é denominada de transmissão de calor. Essa
variação de temperatura é dada em graus
Centigrados, Kelvin ou Fahrenheit.
• Existem três mecanismos básicos de transmissão de
calor: condução, convecção e radiação.

• Emissividade é a capacidade de um corpo de emitir


ou refletir energia. Um material não possui um valor
de emissividade fixa, pois alguns fatores alteram, tais
como, temperatura, tratamento superficial, entre
outras.
INTRODUÇÃO À TERMOMETRIA
Todo corpo aquecido emite radiações cujas frequências são função da
temperatura. Como não existe trabalho com rendimento 100%, uma parte
da energia é perdida e transformada em calor.
Causas externas podem influenciar o mau desempenho das conexões,
• Ambientais – devido à contaminação, umidade, etc;
• Elétricas – pelo aquecimento, corona, etc;
• Mecânicas – dilatação térmica;
• Vibrações – devido às correntes elétricas nos condutores – normais e
anormais.
Normalmente este mau desempenho se manifesta como
sobreaquecimento e provoca defeito que vai evoluindo e estragando a
conexão aos poucos em função do aumento da temperatura ao longo do
tempo. Isto pode provocar interrupção do sistema e danos às instalações,
como também pode por em risco de vida os operadores e manutentores.
TERMOMETRIA
É o ramo da ciência que trata da medição da temperatura e está dividida em duas áreas com
principio de medição utilizado: Medição de contato e Radiometria.

• Medição de contato: é através do equilíbrio térmico


entre o sensor e o meio medido. Tal equilíbrio é
alcançado principalmente pelos mecanismos da
condução e convecção.

• Radiometria: baseia-se na detecção da radiação


eletromagnética naturalmente emitida pelos corpos
em função da sua temperatura absoluta; enquadra-se
na técnica onde as medições são realizadas por
sensores que não estão em contato físico com o objeto
em estudo. Pode-se ser realizada nas faixas espectrais
do ultravioleta, visível, infravermelho ou micro-ondas,
a técnica da termografia.
Termografia é a técnica de Termovisão é a técnica de ver as imagens Termograma é o resultado da aplicação da
medir, à distância, a térmicas captadas a partir das radiações termografia, ou seja, é formar e reproduzir
temperatura de operação de térmicas constantemente emitidas, absorvidas as imagens visíveis a partir da captação
e reemitidas pelos corpos e objetos. das radiações térmicas emitidas pelas
componentes elétricos.
conexões.

ANÁLISE TERMOGRÁFICA
A análise termográfica é baseada em três conceitos: termografia, termovisão e termograma.
INSTRUMENTOS
TERMOGRÁFICOS
• TERMOVISORES
Também conhecidos como termógrafos, são
instrumentos utilizados para captar e processar as
radiações térmicas, que além de medidores de
temperaturas, também são câmeras equipadas com
sensores especiais que permitem detectar e registrar as
imagens térmicas e transformar as leituras em imagens
de vídeo.
A cada temperatura é associada uma cor de tal forma
que, com o uso de uma escala adequada, podemos
observar imagens coloridas da região analisada e medir
as diferenças de temperatura nas varias pecas e
componentes de uma determinada cena sob foco.
A INSPEÇÃO TERMOGRÁFICA
• Esta técnica não destrutiva possibilita a medição de temperatura, ou observação de padrões
diferenciais de calor através da radiação infravermelha emitida por qualquer corpo, invisível ao
olho humano.
• O objetivo é proporcionar informações relativas à condição operacional do componente,
equipamento ou processo.
• A termografia é amplamente utilizada nas industrias podendo ser usada para detectar todo e
qualquer defeito que gere troca ou perda de calor.
• Na elétrica, a inspeção termográfica é uma técnica normalmente empregada no monitoramento
de:

 Conexões;  Painéis;
 Conectores;  Máquinas;
 Equipamentos elétrico em geral.
INSPEÇÃO TERMOGRÁFICA
VANTAGENS
• Não precisa ter contato com o objeto sob
análise;
• Não interfere na produção.

DEVANTAGENS
• Necessita visualização direta dos
componentes a serem inspecionados;
• Precisa de condições ambientais
adequadas;
• A carga do circuito no momento da
inspeção interfere na inspeção.
FATORES QUE INTERFEREM NA
LEITURA
• As leituras obtidas podem variar em função
de diversos fatores, tais como:
INSPEÇÃO • Emissividade da superfície do material –
varia com o tipo, natureza do material,
TERMOGRÁF recobrimento da peça, oxidação, tinta,
ICA revestimento, acabamento, etc.
• Carga de operação no momento da
medição – a potência dissipada pelo
conector cresce com o aumento da carga;
• Distância;
• Velocidade do vento.
CUIDADOS ESPECIAIS
Alguns cuidados especiais devem ser tomados
durante a inspeção termográfica:
• Calibrar a câmera a partir de um objeto com a
INSPEÇÃO temperatura conhecida;
• O componente sob inspeção devera estar com, pelo
TERMOGRÁ menos, 50% da sua corrente máxima de operação;
FICA • Os componentes recém energizados deverão ser
inspecionando após uma hora de operação;
• Respeitar a distancia máxima recomendada pelo
fabricante, entre a câmera e o objeto;
• Não realizar leitura sob chuva nem com vento com
velocidade superior a 7 m/s.
SEQUÊNCIA DA
INSPEÇÃO
TERMOGRÁFICA
• Executar APR (Análise Preliminar de Riscos) avaliando e
registrando os riscos envolvidos na realização do serviço e as
medidas preventivas que devem ser adotadas;
• Certificar que a carga da instalação a ser instalada esteja
com, no mínimo, 50% de sua carga nominal;
• Medir a temperatura ambiente e a umidade relativa do ar;
• Aferir o termovisor para as condições da instalação;
• Realizar uma inspeção detalhada em toda instalação
observando os componentes de cada equipamento:
CHAVES
SECCIONADORA
e
FUSÍVEIS
• Conexão chave/cabos de
interligação;
• Conjunto contato móvel/contato
fixo;
• Conexão do contato
móvel/conector base da chave.
BARRAMENTOS & CONEXÕES
Conexões dos barramentos.
DISJUNTORES
.
RELIGADORES

• Conexão externa dos terminais


de entrada e saída;
• Corpo do disjuntor;
• Cubículo de controle.
TRANSFORMADORES DE
CORRENTE
.

TRANSFORMADORES DE
POTENCIAL

• Conexão externa dos terminais de


entrada,
• Conexão das buchas;
• Todo o corpo do equipamento;
TRANSFORMADORES DE
POTÊNCIA

• Conexões externas de AT e BT;


• Buchas de AT e BT;
• Tanque principal;
• Radiadores;
• Quadro de comando.
PARA-RAIOS

• Conexões externas;
• Isoladores das três fases.
• Registrar cada ponto quente detectado;
• Registrar imagem isotérmica de um equipamento similar
e adjacente ao equipamento com ponto quente para
estabelecer um parâmetro;
• Levantar, criteriosamente, as características do
SEQUÊNCIA componente afetado para que sejam tomadas as
DA INSPEÇÃO providencias para corrigir o problema com urgência
necessária;
TERMOGRÁFI • Efetuar as anotações complementares e necessárias à
CA elaboração do relatório de inspeção termográfica tais
como:
• Nome da subestação, identificação do local do ponto
quente;
• Data e hora da inspeção, registro da temperatura e
umidade do ar.
A TERMOGRAFIA NA
MANUTENÇÃO PREVENTIVA
• O acompanhamento e a análise da temperatura de operação são
importantes para os equipamentos elétricos, sendo
particularmente recomendado em buchas, chaves seccionadoras,
disjuntores, cabos, muflas, transformadores e acessórios.
• Instalações elétricas – onde está concentrada a maior aplicação
da termografia na área indústria, pelo fato de ser a temperatura
a principal variável detectável no processo de um defeito de uma
instalação elétrica. Uma inspeção termográfica em instalações
elétricas identificará problemas causados pelas relações
corrente/resistência, normalmente provocados por conexões
frouxas, corroídas, oxidadas ou por falhas de componentes. Além
de erros de projetos, falhas em montagens e até falta de
manutenção preventiva podem provocar sobreaquecimento nos
sistemas elétricos.
A TERMOGRAFIA NA
MANUTENÇÃO
PREVENTIVA
• Equipamentos elétricos – em motores, geradores e
transformadores, a termografia deve ser aplicada de
forma correlacionada com outras técnicas.
• Para os diagnósticos de falhas elétricas potenciais, a
termografia parte do principio de que a potência dos
equipamentos que não se transforma em trabalho, de
alguma maneira se transforma em perdas e é dissipada
sob efeito joule.
• Essas análises termográficas são tanto qualitativas
como quantitativas, e permitem ao usuário
acompanhar o envelhecimento do equipamento, bem
como diagnosticar outras falhas decorrentes de curto-
circuito entre espiras, falha parcial de isolação,
refrigeração.
EFEITO JOULE
• Efeito Joule ou lei de Joule é um fenômeno da
física que resulta na transformação de energia
elétrica em energia térmica (calor). Também
conhecido como efeito térmico, ele não
absorve calor, mas sim, produz calor.
• Q = i2.R.t que nada mais é que Potência x
tempo.
• Os elétrons da corrente se agitam, chocam os
átomos dos condutores e os aquecem
liberando calor. Graças aos resistores, que
resistem à passagem da energia, a energia
elétrica é transformada em energia térmica.
A TERMOGRAFIA NA
MANUTENÇÃO PREVENTIVA
• Linhas de transmissão e distribuição – nessas linhas, a
termografia detecta pontos quentes tantos nas
conexões, luvas e conectores, derivações etc. como
também as consequências desses pontos quentes em
isoladores e ate mesmo nas próprias torres e/ou postes.
• Teoricamente o ideal é que as conexões elétricas
deveriam apresentar resistência equivalente menor ou
igual aos condutores conectados e desta forma aquecer
menos. Entretanto, o real é que isso não acontece e
necessita medir o excesso de temperatura entre o
objeto em questão e os condutores a ele ligados.
DIAGNÓSTICO DAS CONDIÇÕES DAS
CONEXÕES
• Os critérios de manutenção variam com os valores de temperatura
entre o objeto e o adjacente. Podemos adotar as recomendações
constantes das tabelas abaixo:
ΔT - em °C PREVIDÊNCIAS DE MANUTENÇÃO

De 0° a 5° Não há necessidade de manutenção

De 6° a 10° Conector Suspeito. Reaperto e Observação

De 11° a 35° Revisão Urgente. Substituição

Acima de 35° Emergência. Reparo ou Troca Imediata


DIAGNÓSTICO DAS CONDIÇÕES DAS
CONEXÕES
• Verificação da temperatura e Providência de Manutenção

ΔT - em °C PREVIDÊNCIAS DE MANUTENÇÃO

<= 15° Manutenção Programada

De 16° a 25° Correção no prazo máximo de quatro meses

De 26° a 35° Correção no prazo máximo de dois meses

De 36° a 50° Correção urgente no prazo máximo de uma semana

Acima de 50° Correção Urgente e imediata


DIAGNÓSTICO DAS CONDIÇÕES DAS
CONEXÕES
• Verificação da temperatura e Providência de Manutenção
Conexões Aparafusadas

ΔT - em °C PREVIDÊNCIAS DE MANUTENÇÃO

<= 15° Manter Observação

De 16° a 25° Correção no prazo máximo de quatro meses

Acima de 25° Correção Urgente e imediata


INTRUÇÕES DE MANUTENÇÃO
• Os procedimentos recomendados para a execução das atividades de
manutenção dos conectores e conexões, em função da diferença de
temperatura entre o Objeto e o Adjacente, são apresentados na
tabela abaixo.

ΔT - em °C PREVIDÊNCIAS DE MANUTENÇÃO

De 0° a 10° Reapertar no Torque certo. Nova leitura após 1h

De 11° a 35° Retirar o Conector, limpar as superficies entre o condutor e o


conector. Aplicar pasta inibidora de oxidação.

Acima de 35° Retirar de operação e substituir. Analisar as causas de


aquecimento.
FIM

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