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Divisão de Manutenção da

Transmissão

ENSAIOS TERMOGRÁFICOS
MÉTODOS E CRITÉRIOS

Marcos Schroeder Piñeiro / Ramon da Silva Dias


Novembro/2010
Divisão de Manutenção da
Transmissão

OBJETIVO

Apresentar os métodos e critérios utilizados pelas Equipes


de Manutenção da CEEE-GT para realização de inspeções
termográficas e a avaliação dos seus resultados.
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PROCEDIMENTO PARA ACOMPANHAMENTO, AVALIAÇÃO


E CORREÇÃO DAS ANORMALIDADES DETECTADAS
COM O TERMOVISOR
IP-TER. 001

Com o objetivo de padronizar o uso da termografia pelas


equipes manutenção da CEEE-GT foi criada a Instrução de
procedimentos IP – TER.001, sendo sua última revisão
realizada em 2009.
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CRITÉRIOS PARA AS INSPEÇÕES TERMOGRÁFICAS

Periodicidade:

A inspeção termográfica deve ocorrer trimestralmente (rotina)


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Recomendações:

- Deve ser realizada no horário de pico (carga máxima),


independente do horário, sempre que possível;
- Antes de desligamentos programados;
- Acompanhar serviços de Linha Viva, na retirada de pontos
quentes, instalação de Jumper provisório, energização e
desenergização de equipamentos (Ex: Pára raios, TP, TPC
e TC);
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Recomendações:

- Acompanhar desligamentos e/ou manobras que venham


a acrescentar carga a outros equipamentos ou módulos
(Ex.: Módulos de transferência e seccionadoras de By-
pass);
- Na energização de novas instalações e equipamentos.
Ideal que seja realizado durante a energização, uma hora
depois, 24 horas depois e uma semana depois;
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Recomendações:

- No mínimo, uma vez ao ano, programar uma inspeção


termográfica noturna, específica para investigar o corpo isolante
de equipamentos. Realizar a inspeção em noite de temperatura
amena e sem vento. Recomenda-se realizar esta inspeção em
conjunto com a termografia do 4º trimestre.
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Limitações das inspeções:

- Não realizar a inspeção quando a carga for inferior a


50% da nominal ou da máxima dos últimos 3 meses.
Observar módulos que tenham aumento de carga devido à
sazonalidade;
- Nos dias chuvosos, devido ao resfriamento do objeto e a
atenuação da radiação infravermelha incidente no detector
do termovisor;
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Limitações das inspeções:

Nos dias com ventos superiores a 7.0m/s (25km/h).


Apesar de existir fatores de correção para a velocidade do
vento, as medições ficam pouco confiáveis, podendo
inclusive mascarar pequenas anomalias térmicas,
principalmente no corpo isolante de equipamentos.
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Fatores que afetam a precisão da medição:

Reflexão
Quando houver dúvida de que um ponto quente possa
ser um reflexo, deve-se mudar o ângulo de inspeção.
Resistências de aquecimento, dentro de painéis, geram
reflexos e também aquecem a fiação e conexões
próximas a ela, e devem ser desligadas com
antecedência mínima de 30 minutos, caso ocorra
alguma dúvida durante a inspeção.
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Fatores que afetam a precisão da medição:

Emissividade
Na ausência de emissividade informada pelo fabricante
do equipamento a ser inspecionado, deve-se utilizar de um
modo geral o índice de 0,75 para inspeção e relatórios.
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Fatores que afetam a precisão da medição:

Distância
A inspeção realizada na menor distância possível traz
como vantagens:
- Maior intensidade de radiação infravermelha incidente
no detector do termovisor;
- Maior n° de pixels de medição incidindo no objeto
focado pelo termovisor.
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Fatores que afetam a precisão da medição:

Umidade Relativa do Ar
Quanto menor a umidade, menor a atenuação da
radiação infravermelha, melhorando os resultados da
inspeção termográfica.
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Fatores que afetam a precisão da medição:

Vento
A interferência causada pelo vento é diretamente
relacionada com o resfriamento do objeto em observação.
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Fatores que afetam a precisão da medição:

Carga
Utilizar a correção da Temperatura em Função da Carga quando a
inspeção termográfica for realizada fora do horário de pico

∆ tc = Temperatura corrigida
∆ tm = Diferença de temperatura medida
I máx. = Corrente nominal ou máxima
I inst. = Corrente no instante da medição
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CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO DAS ANOMALIAS


TÉRMICAS

Criticidade:

Durante a realização da inspeção termográfica deverá ser


observado a diferença de temperatura entre pontos iguais (∆ T)

Ex. Contato de chave faca fase A com 52,2°C, e fase B (sendo a


mais fria) com 21,1°C ∆ T de 31,1°C.
Considerar pontos iguais em carga, localização, tipo e
aparência externa.
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Anomalias térmicas em conexões e contatos

Estado Temperatura Providencias

-Acompanhar dentro da periodicidade da


Normal ∆ T até 10°C rotina
-Relatório opcional
-Programar prazo máximo de 3 meses
Programação ∆ T entre 10°C e 35°C -Possibilidade de redução da carga
-Gerar relatório

-Programar intervenção com urgência


-Monitorar com maior freqüência
Urgência ∆ T acima de 35°C -Possibilidade de redução da carga
-Instalação de jumper provisório
-Gerar relatório

-Temperatura próxima a -Manobra de emergência e ou redução de


300°C carga
Emergência -Instalação de jumper provisório
-Aquecimento visível
-Derretimento evidente -Gerar relatório
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Anomalias térmicas em Pára raios


Qualquer ∆T, gera relatório para
acompanhamento, porém deve ser observado as
providencias sugeridas na tabela abaixo:

Elevação de temperatura Providências


Estado verificada

Normal ΔT até 2°C Pára-raios bom

Pára-raios suspeito, devem ser realizadas


medições mais freqüentes
Programação ΔT entre 2°C e 10° C

ΔT acima de 10 °C Pára-raios ruim, devem ser retirados de


Urgência operação

ΔT , em relação ao objeto adjacente, ou a outra área no próprio corpo isolante.


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Anomalias térmicas no corpo isolante de TP, TPC, TC e


Bucha de Transformador

Por serem equipamentos de variadas características,


qualquer ∆ T, gera relatório para análise em conjunto com
o setor responsável pela manutenção dos mesmos e
também devem ser reunidos a termografia, os ensaios já
realizados no equipamento em questão.
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Anomalia térmica no corpo isolante de


Disjuntores

Temperatura Providencias
Estado
-Acompanhar dentro da periodicidade da
Normal ∆ T até 5°C rotina
-Relatório opcional
-Programar prazo máximo de 3 meses
Programação ∆ T entre 5°C e 20°C -Possibilidade de redução da carga
-Gerar relatório
-Programar intervenção com urgência
-Monitorar com maior freqüência
Urgência ∆ T acima de 20°C
-Possibilidade de redução da carga
-Gerar relatório

Deve-se ter cuidado especial na inspeção de Disjuntores, observando-se


atentamente a área próxima aos contatos do mesmo, pois a anomalia térmica
é interna e dissipa o calor através do meio isolante e a louça, para depois
ficar visível ao termovisor.
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Anomalia térmica em Bobinas de Bloqueio

Caso não haja duas bobinas iguais em um


módulo, o ΔT deve ter como referência de
comparação, a temperatura ambiente e também
deve ser observadas, variações de temperatura no
próprio corpo.
Estado Temperatura Providencias
-Acompanhar dentro da periodicidade da rotina
Normal ∆ T até 10°C
-Relatório opcional
-Programar prazo máximo de 3 meses
Programação ∆ T entre 10°C e 20°C -Possibilidade de redução da carga
-Gerar relatório
-Programar intervenção com urgência
-Monitorar com maior freqüência
Urgência ∆ T acima de 20°C
-Possibilidade de redução da carga
-Gerar relatório
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Anomalia térmica em Fusíveis

Estado Temperatura Providencias

-Acompanhar dentro da periodicidade da rotina


Normal ∆ T até 10°C -Gerar relatório

-Programar prazo máximo de 3 meses


Programação ∆ T entre 10°C e 20°C -Possibilidade de redução da carga
-Gerar relatório

-Programar intervenção com urgência


-Monitorar com maior freqüência
Urgência ∆ T acima de 20°C -Possibilidade de redução da carga
-Gerar relatório
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CONSIDERAÇÕES A SEREM OBSERVADAS QUANDO


ANALISAR UMA ANOMALIA TÉRMICA

1ª – A importância do módulo para o Sistema


2ª – Histórico de falhas
3ª – Localização da anomalia térmica (risco eminente para o
equipamento com anomalia)
4ª – Possibilidade de instalação de jumper provisório, até a
intervenção corretiva
5ª – Observar o aumento da carga sazonal no módulo em
questão
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ACESSÓRIOS

- Termohigrômetro ( obrigatório )

- Alicate amperímetro de gancho ( pequeno )

- Anemômetro (velocidade do vento)

- Tripé ( acompanhar intervenção da Linha Viva)

- Binóculo (observar anomalias distantes )


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GERENCIAMENTO DAS ROTINAS DE INSPEÇÃO


TERMOGRÁFICA

Em cada Seção de Manutenção deve haver no mínimo


dois (2) profissionais responsáveis pelas rotinas de inspeção,
desde a programação da inspeção até o arquivamento dos
relatórios já executados, mantendo assim a precisão das
informações e seus históricos, fundamentais para a
manutenção executiva.
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ESTRUTURA DA TERMOGRAFIA NA CEEE-GT


- Cada equipe de Manutenção de SE’s possui um Termovisor
- No mínimo dois profissionais treinados por equipe
INSPEÇÃO TRIMESTRAL

DETECTADO ANOMALIA TÉRMICA

GERA RELATÓRIO

ANÁLISE

NORMAL ( acompanhamento ) CRÍTICO

ARQUIVO

PROGRAMAÇÃO DE EXECUÇÃO

SANADA ANOMALIA TÉRMICA

ANÁLISE

ATUALIZAÇÃO DE ARQUIVOS
( HISTÓRICO )
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PADRONIZAÇÃO DOS
RELATÓRIOS:

ESCALA IRON (ferro)


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DETALHE DA BUCHA CAPACITIVA


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CALÇO DO TR Divisão de Manutenção da
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A constante evolução da termografia,


colabora para que esta técnica se
mantenha como uma das principais
ferramentas de inspeção preditiva do
setor elétrico.
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Muito Obrigado

Contatos:
- Marcos Schroeder Piñeiro
Fone: (51) 3027-6243
E-mail: marcossp@ceee.com.br
- Ramon da Silva Dias
Fone: (51) 3382-6505
E-mail: ramond@ceee.com.br

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