TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
2017/02
Faculdade Pitágoras – Unidade Antônio Carlos
GERADOR DE ENERGIA EÓLICA POR EFEITO DE VORTICIDADE
Autor: Jairo Martins Santos
Orientadora: Alfred Gimpel Moreira Pinto
 Introdução
O setor de energia renovável tem recebido muito incentivo
tecnológico e tem avançado cada vez mais com a eficiência
de novos dispositivos desenvolvidos para geração de energia
elétrica. No Brasil em 2015, os recursos hídricos foram
reduzidos devido à estiagem, apesar dos impactos negativos,
por outro lado a participação dos renováveis na geração de
eletricidade saltou de 74,6% para 75,5%, segundo o balanço
energético do ano 2015 disponibilizado pelo “Ministério de
Minas e Energia”.
O setor eólico é promissor devido à alta capacidade de
geração energética, e está instigando grandes empresas a
inovarem no setor, exemplo disso é o anúncio feito pela
empresa espanhola “Vórtex” que promete substituir as atuais
turbinas eólicas por um novo conceito de turbinas
semelhantes a torres.
 Gerador elétrico
Segundo Chapman (2013) a construção dos geradores de
corrente contínua (CC) e os motores CC são as mesmas, o
que difere é apenas o sentido do fluxo de potência.
Na década de 1880 nos Estados Unidos, surgiram os
primeiros sistemas de potência elétrica de corrente contínua,
porém, na década de 1890, através de estudos e testes os
sistemas de corrente alternada começaram a ultrapassar a
corrente continua, por conta dos avanços que aconteciam. A
aplicação em alta faixa de velocidade tornava o motor CC
mais popular, por conta de serem insuperáveis em aplicações
de controle de velocidade. Mesmo com a decadência da
corrente contínua, os motores CC representavam uma fatia
significativa das máquinas elétricas compradas a cada ano
até a década de 1960, porém essa proporção começou a
decair na década de 1960. (CHAPMAN & LASCHUK., 2013,
p. 465)
Figura 1 – Principais componentes de uma máquina CC
Fonte: Chapman (2013)
Engenharia Mecânica
 O que é energia?
Segundo Sampaio e Calçada (2005) o conceito de energia
ainda não foi definido pela física, pois há uma gama de
formas da mesma. Destaca-se ainda que o mais importante
seja compreender que a energia pode se transformar de uma
forma para outra e, que quando mensurado o valor de cada
uma, o total sempre será o mesmo.
Halliday e Resnick (2012) compreende que energia é uma
grandeza escalar associada ao estado de um ou mais
objetos, ou seja, é a capacidade de realizar trabalho com a
liberação da energia contida no estado inicial, sendo a mesma
calculada e associada a uma unidade de medida da física, no
SI (Sistema internacional de medidas) é associada ao Joule
(J) em homenagem a James Prescott Joule, cientista inglês
do século XIX.
 Energia elétrica
Halliday e Resnick (2012) compreende que energia é uma
grandeza escalar associada a um ou mais objetos, ou seja, é
a capacidade de realizar trabalho em relação à energia
contida em um corpo. A energia elétrica, dentre várias é mais
uma forma de realizar trabalho e que desempenha um papel
fundamental na vida.
É importante ressaltar a importância da eletricidade no
cenário do desenvolvimento sustentável, pois sua obtenção
pode vir de fontes renováveis (energia produzida com
recursos naturais, abundantes e que estes são repostos
rapidamente pela natureza, como: rios, sol, ventos e marés.)
que garantem a harmonia entre o homem e a natureza.
(REIS, 2011, p. 3)
 Energia eólica
A energia eólica tem ganhado espaço por ser renovável e
causar poucos impactos ambientais em relação às energias
convencionais. Esse meio de captação tem sido utilizado há
milhares de anos, inicialmente para impulsionar os barcos à
vela. Sua exploração em condições estáticas por meio de
moinhos de ventos iniciou-se há cerca de 3.000 anos. (REIS,
2011, p. 241)
O movimento das massas de ar da atmosfera, produzidos pelo
aquecimento das massas pelo sol e a translação da terra
sobre seu próprio eixo. O principal influenciador na produção
dos ventos é o aquecimento da superfície da terra próximo à
linha do equador, assim, as massas de ar frio dos polos da
terra circulam em direção ao equador para substituir o ar
quente que se eleva para os trópicos e se locomove pela
atmosfera superior até o norte e sul do planeta terra. (REIS,
2011, p. 241)
 Vorticidade
Segundo a dissertação de Beier (2007) um vórtice é um
escoamento de fluido, normalmente turbulento, em forma de
redemoinho ou movimento espiral, no entorno de um eixo,
com linhas de correntes fechadas e distorcidas.
Figura 2 – Vórtice criado pela asa de um avião em
decolagem
Fonte: Site da NASA (2006)
 Empresa espanhola cria torres de produção
de eletricidade
Segundo Caldeira do portal jornalístico GGN (2015) a
empresa “Vórtex Bladless” criou uma turbina com capacidade
de produzir 4 kW de energia por hora. David Suriol um dos
fundadores da empresa relata que não será necessário dar
manutenções constantes, já que as torres não possuem
partes móveis, assim o desgaste é menor se comparado as
atuais torres.
É importante ressaltar que a capacidade de produção dessa
torre é 30% menor que os moinhos atuais, mas Suriol destaca
que a Vórtex Bladless é muito menos custosa e que
representa 40% a menos nos custos de produção de energia,
e mais! Os custos operacionais diminuem em 50%
Figura 9 – Torre eólica da Vórtex Bladless
Fonte: Vórtex Bladless (2015)
 Considerações finais
Com os benefícios apresentados pelas novas torres “Vórtex”,,
conclui-se que esta tecnologia é viável e aplicável para
produção em massa e ampliar o campo de estudo no setor
eólico, já que a sua produção é 40 % menos custosa e os
custos operacionais diminuídos em 50 %.
Os objetivos propostos foram atingidos com êxito, em vista
que o setor eólico é um mercado em desenvolvimento com
grande potencial de crescimento energético e desenvolvimento
tecnológico.
 Referências bibliográficas
• BEIER, M. H. (2007). O Método da Vorticidade em Partículas para estimar
coeficientes aerodinâmicos: uma validação com três pontes brasileiras.
Dissertação (mestrado) Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Escola de
Engenharia, Porto Alegre.
• CHAPMAN, S. J., & LASCHUK., t. A. (2013). Fundamentos de máquinas
elétricas (5º ed.). Porto Alegre: AMGH.
• Empresa de Pesquisa Energética - EPE. (Junho de 2016). Balanço Energético
Nacional - 2016. Relatório síntese/ano base 2015.
• HALLIDAY, D., & RESNICK, R. (2012). Fundamentos de física, volume I. Rio
de Janeiro: LTC.
• REIS, L. B. (2011). Geração de energia elétrica (2. revisada e atualizada ed.).
Barueri: Manole.
• SAMPAIO, J. L., & CALÇADA, C. S. (2005). Física: volume único. São Paulo:
Atual.