CONCEITOS E FUNDAMENTOS DE

GERAÇÃO EÓLICA

MÓDULO I – A GERAÇÃO EÓLICA NO MUNDO

E NO BRASIL
SUMÁRIO

1. Introdução

2. Histórico da Energia Eólica

3. A Geração Eólica no Mundo e no Brasil

4. Energia e Potência contida no vento.

 CAPACIDADE INSTALADA NO SIN

Térmicas
Fonte: BIG – ANEEL, 2014
Energia eólica: fonte de geração de eletricidade com perspectiva de gerar quantidades substanciais
de energia elétrica sem os impactos ambientais provocados por grande parte das fontes
convencionais.

Pesquisas voltadas à geração de eletricidade através do aproveitamento dos ventos vêm sendo
realizadas desde o século XIX (com vários graus de sucesso). Existe hoje uma extensa gama de
turbinas comerciais disponíveis, fabricadas por aproximadamente 30 empresas instaladas ao redor do
mundo.

O custo de uma turbina eólica vem decrescendo desde 1980. A tecnologia continua sendo
aperfeiçoada com o objetivo de baratear os custos e tornar-se mais segura. Assim sendo, espera-se
que em poucos anos, este tipo de geração se torne mais competitiva com as tecnologias
convencionais.

O funcionamento de uma turbina eólica envolve vários campos do conhecimento, incluindo

meteorologia, aerodinâmica, eletricidade, controle, bem como, a engenharia civil, mecânica e
estrutural.

A busca por fontes alternativas de energia tem levado vários países a investirem na transformação
e complemento de seus parques energéticos. As questões ambientais, principalmente no que se
refere aos impactos causados pelas formas tradicionais de geração, têm levado, também, a uma
procura por fontes renováveis de energia.
O consumo de energia elétrica nos últimos tem crescido nas áreas industriais, comerciais e
residenciais. Esse crescimento tem levado os governos de todo o mundo a traçarem uma estratégia de
fornecimento de energia a curto e longo prazo.

As preocupações com o aumento do consumo e as questões ambientais têm justificado um

planejamento mais rigoroso quanto às novas formas de fornecimento de energia. É nesse
contexto que a importância das fontes renováveis tem crescido de modo global.

O uso de fontes alternativas não se limita mais a comunidades isoladas, afastadas da rede elétrica
convencional. Fontes alternativas como: energia solar fotovoltaica, energia de biomassa, pequenas
centrais hidroelétricas – PCH’s, energia eólica, entre outras, têm sido dirigidas, também, aplicações
que visam a complementação energética da rede convencional.

Com potências cada vez maiores, e novas tecnologias aplicadas no desempenho e na

confiabilidade do sistema, as turbinas eólicas têm conquistado importantes espaços na matriz
energética mundial.

O curto espaço de tempo necessário para a instalação e operação imediata, o custo “zero” do seu
combustível, o baixo custo de manutenção, entre outros motivos, são fatores pelos quais a energia
eólica tem consolidado seu espaço entre as demais fontes de energia.
 Utilização da energia eólica antes do século XX
 transporte : barcos a remo e a vela;
 energia mecânica: bombeamento de água, moagem de grãos, drenagem de áreas, etc

200 anos AC............ A partir do séc XII......Meados do séc XIX...... Final do séc XIX.......... Até 1920

Inglaterra/França/Holan-
Pérsia: moinhos da, entre outros:
Mais de 22.000 Início do declínio da Produção de cata-
primitivos (moagem moinhos de eixo
moinhos de vento em energia eólica com o ventos de pequeno
de grãos e horizontal “Holandês”
funcionamento na surgimento da porte para geração
bombeamento de (drenagem de áreas,
Europa. máquina a vapor. de eletricidade.
água; cata-ventos de produção de óleos
eixo vertical). vegetais, fabricação de
papel, serrarias, etc).
 Utilização da energia eólica antes do século XX

 Os primeiros cataventos datam de cerca de 3.700 anos na Babilônia e China,

primeiro para irrigação, depois para moagem de grãos;
 muito rústicos, tinham um rendimento abaixo de 7%;
 com a utilização do vento para navegação o homem descobriu a componente
de sustentação do vento, o que permitiu a construção de cataventos mais
eficientes;
 com as cruzadas os cataventos foram introduzidos na Europa, primeiro
França e depois outros países, com notável desenvolvimento na Holanda;
 com o surgimento da máquina a vapor, o uso de cataventos foi
progressivamente abandonado;
 mesmo assim, nos EUA no século XIX, os cataventos foram muito utilizados
para bombeamento de água, principalmente em fazendas afastadas;
 também na antiga União Soviética foram utilizados cataventos em larga escala
para bombeamento de água, o que há de comum neste dois países é a grande
extensão territorial e muitas áreas afastadas de grandes centros, sem energia
elétrica;
 com o acesso cada vez maior a combustíveis fósseis e o desenvolvimento do
motor de combustão interna, a energia eólica foi caindo em desuso, só
voltando a ter importância nos períodos de guerra e após o primeiro choque do
petróleo;
 mesmo com o acesso fácil a outras fontes de energia, a pesquisa na produção
de energia eólica ainda era desenvolvida, principalmente na Inglaterra, França
e Alemanha;
 após o primeiro choque do petróleo, as pesquisas tomaram um grande pulso
em diversos países. Nos EUA, a Nasa desenvolveu diversos tipos de
aerogeradores;
 com as pesquisas, o tamanho dos aerogeradores aumentou.
Modelo persa dos primeiros cataventos Catavento de pano chinês. Moinho de vento tipo holandês.
Fonte: Wind Energy Explained Fonte: www.telosnet.com/wind/early.html Fonte: Wind Energy Explained

Catavento multipás americano.

Fonte: Wind Energy Explained
 Utilização da Energia Eólica no Século XX
 Aerogeradores de pequeno porte (sistemas isolados).
 Aerogeradores de grande porte (pesquisas e desenvolvimento industrial).

Fonte: Dutra, 2001

 ENERGIA EÓLICA NO MUNDO
EVOLUÇÃO DA CAPACIDADE INSTALADA NO MUNDO

Fonte: GWEC- Global Wind 2013 Report

MERCADO PREVISTO (MUNDO - 2013/2018)

Fonte: GWEC- Global Wind 2013 Report

MERCADO PREVISTO POR REGIÃO (MUNDO - 2013/2018)

Fonte: GWEC- Global Wind 2013 Report

 Capacidade instalada acumulada - 2013 Nova Capacidade instalada - 2013
TOP 10 DO MUNDO

Fonte: GWEC- Global Wind 2013 Report.

CUSTO GLOBAL DAS FONTES DE GERAÇÃO DE ENERGIA (2013)
 ENERGIA EÓLICA NO BRASIL

Fonte: GWEC- Global Wind 2011 Report.

ENERGIA EÓLICA NO BRASIL

Fonte: GWEC- Global Wind 2011 Report.

 ENERGIA EÓLICA NO BRASIL

Fonte: GWEC- Global Wind 2011 Report.

 ENERGIA EÓLICA NO BRASIL
A Matriz Elétrica Brasileira que apresenta uma configuração Renovável-Térmica,
iniciou o mês de Março de 2015 com uma capacidade eólica instalada de 6,2 GW, a
participação dessa fonte na matriz é de 4,6%.

Fonte: www.portalabeeolica.org.br ; site visitado em 11/03/2015

Fonte: www.portalabeeolica.org.br ; site visitado em 11/03/2015
Fonte: www.portalabeeolica.org.br ; site visitado em 11/03/2015
Os parques instalados são subdivididos em três categorias: aptos a
operar, operando em teste e operando comercialmente. A capacidade
instalada no inicio do mês de março de 2015 foi de 6,22 GW.

Fonte: www.portalabeeolica.org.br ; site visitado em 11/03/2015

Os parques em construção são subdivididos em duas categorias: em
construção e contratados e somaram, no mesmo período, 10,18 GW.

Fonte: www.portalabeeolica.org.br ; site visitado em 11/03/2015

A geração verificada somente pelos empreendimentos eólicos em
operação comercial no ponto de conexão está no gráfico abaixo. No
último mês verificou-se um aumento de 143% em relação ao mesmo
mês do ano anterior.

Fonte: www.portalabeeolica.org.br ; site visitado em 11/03/2015

CUSTA DA PRODUÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA
REFERÊNCIA ATLAS ANEEL 2008
 EVOLUÇÃO COMERCIAL DE TURBINAS EÓLICAS
DE GRANDE PORTE

O comércio de turbinas eólicas no mundo se desenvolveu rapidamente em tecnologia e tamanhos desde

1985, sendo que a grande variedades de tipos e modelos disponíveis no mercado não parou de crescer.
PLANTAS OFFSHORE
Atualmente, a grande maioria das turbinas comerciais da classe Megawatt (MW) está
instalada na Alemanha.

A primeira fazenda eólica offshore a operar comercialmente foi a fazenda eólica de

Vindeby, projetada pela concessionária dinamarquesa ELKRAFT, usando 11 turbinas
BONUS de 450 kW e instalada entre 1,5 a 3 km da costa em águas rasas.
Em termos gerais, os aerogeradores ainda não alcançaram seus limites de tamanho, tanto
onshore quanto offshore.

Alemanha: parque inicialmente obsoleto, hoje o mais importante parque industrial de

turbinas eólicas. Houve subsídio governamental, fundamental para expansão do
mercado interno, quanto para o externo.
Estados Unidos: a lei que regulamenta a geração de eletricidade pela iniciativa privada,
denominada PURPA (Puplic Utility Regulatory Purchase Act), além de instituir a compra
de energia pelas companhias de eletricidade, beneficia os investimentos em máquinas
eólicas de geração com incentivos fiscais.
FAZENDAS EÓLICAS OFFSHORE
FAZENDAS EÓLICAS OFFSHORE
Os custos das unidades offshore ainda são elevados se comparados às instalações convencionais
onshore. Novos estudos estão sendo feitos no sentido de baratear os custos das fundações e
cabeamento para ligações à rede.
Aplicações offshore têm sido incentivadas face ao perfil do vento no mar, a exemplo dos resultados de
experiências de VINBDY e TUNO KNOB, que mostraram ganhos surpreendentes, obtendo elevação
de 20% a 30% na produção de energia, logo nos primeiros anos, quando comparados à previsão para
métodos tradicionais de modelamento e análise do perfil de vento.
O mar é a fronteira para o desenvolvimento da energia eólica.