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Energia eólica é a transformação da energia do vento em energia útil, tal como na utilização de

aerogeradores para produzir eletricidade, moinhos de vento para produzir energia mecânica ou velas
para impulsionar veleiros. A energia eólica, enquanto alternativa aos combustíveis fósseis, é renovável,
está permanentemente disponível, pode ser produzida em qualquer região, é limpa, não produz gases
de efeito de estufa durante a produção e requer menos terreno.[1] O impacto ambiental é geralmente
menos problemático do que o de outras fontes de energia.

Parcela da produção de energia gerada pelo vento (2018)

Os parques eólicos são conjuntos de centenas de aerogeradores individuais ligados a uma rede de
transmissão de energia elétrica, eles ficam localizados em campos abertos. Os parques eólicos de
pequena dimensão são usados na produção de energia em áreas isoladas. As companhias de produção
elétrica cada vez mais compram o excedente elétrico produzido por aerogeradores domésticos.[2]
Existem também parques eólicos ao largo da costa, uma vez que a força do vento é superior e mais
estável que em terra e o conjunto tem menor impacto visual, embora o custo de manutenção seja
bastante superior. Em 2010, a produção de energia eólica era responsável por mais de 2,5% da
eletricidade consumida à escala global, apresentando taxas de crescimento na ordem dos 25% por ano.
A energia eólica faz parte da infraestrutura elétrica em mais de oitenta países. Em alguns países, como a
Dinamarca, representa mais de um quarto da produção de energia.

A energia do vento é bastante consistente ao longo de intervalos anuais, mas tem variações
significativas em escalas de tempo curtas. À medida que cresce a proporção de energia eólica numa
determinada região, torna-se necessário aumentar a capacidade da rede de modo a absorver os picos
de produção, através do aumento da capacidade de armazenamento, e de recorrer à importação e
exportação de eletricidade para regiões adjacentes quando há menos procura ou a produção eólica é
insuficiente. As previsões meteorológicas auxiliam o ajustamento da rede de acordo com as variações de
produção previstas.[3][4]

História

A bolina sob o barco a vela oferece resistência lateral à ação do vento, permitindo um avanço gradual
através do vento.

A energia eólica tem sido aproveitada desde a antiguidade para mover os barcos impulsionados por
velas ou para fazer funcionar a engrenagem de moinhos, ao mover as suas pás. Nos moinhos de vento a
energia eólica era transformada em energia mecânica, utilizada na moagem de grãos ou para bombear
água. Os moinhos foram usados para fabricação de farinhas e ainda para drenagem de canais, sobretudo
nos Países Baixos.

Ao longo de milhares de anos, a força do vento tem sido aproveitada de inúmeras formas, desde o
impulso de veleiros e barcos à vela, até à ventilação natural de edifícios. A utilização do vento para
produzir energia mecânica surgiu relativamente tarde na Antiguidade. A roda de vento do engenheiro
grego Herão de Alexandria, concebida durante o século I d.C., é o mais antigo registro do uso de uma
ferramenta destinada a captar a força do vento para alimentar uma máquina.
Os primeiros moinhos de vento apareceram na Pérsia desde, pelo menos, o século IX, provavelmente
desde o século VII.[8] O uso de moinhos tornou-se comum no Médio Oriente e na Ásia Central,
chegando mais tarde à para a China e Índia. Por volta do ano 1000, os moinhos eram usados para
bombear água do mar até às salinas na China e na Sicília, e a partir do século XI são já usados
intensivamente na Europa ocidental na moagem de farinha, e na drenagem de terras alagadas para
cultivo ou construção. Os primeiros europeus que vieram à América trouxeram a tecnologia consigo do
Velho Continente. Em 1881, William Thomson propôs o uso da energia eólica na ausência. de carvão.

Energia elétrica

Turbina eólica de Charles Francis Brush em 1888 gerava 12kW.

Em julho de 1887, James Blyth, um engenheiro escocês, construiu uma turbina com pás de tecido no
jardim e aproveitou a eletricidade produzida para carregar acumuladores que usava para iluminar a sua
casa.A sua experiência daria origem em 1891 a uma patente. No inverno de 1888, o inventor norte-
americano Charles Francis Brush produziu eletricidade através de um gerador alimentado a energia
eólica, que fornecia eletricidade à sua residência e laboratório. Na década de 1890, o inventor
dinamarquês Poul la Cour construiu geradores eólicos para produzir eletricidade, que usava para
produzir hidrogénio e oxigénio através de eletrólise, guardando uma mistura dos dois gases para usar
como combustível. La Cour foi o primeiro a descobrir que turbinas que girassem a uma velocidade maior
e com menos pás eram as mais eficientes para produzir eletricidade. Em 1904 fundou a Sociedade dos
Eletricistas Eólicos.

Em meados da década de 1920, algumas empresas começaram a fabricar aerogeradores elétricos de 1-3
quilowatts, os quais tiveram uma ampla aceitação nas regiões rurais da América do Norte. No entanto, a
instalação de redes elétricas públicas durante a década de 1940 e a necessidade de mais energia tornou
estes pequenos geradores obsoletos.[14] Em 1931 o engenheiro francês Georges Darrieus obteve uma
patente para uma turbina eólica que usava aerofólios ao longo de um eixo vertical para criar a rotação.
Desenhou ainda uma turbina de 100 kW, precursora dos geradores horizontais modernos. Em 1956,
Johannes Juul, antigo estudante de la Cour, projeta uma turbina com três pás em Gedser, com 200 kW, e
que viria a influenciar o desenho das turbinas posteriores.

Em 1975 o Departamento de Energia dos Estados Unidos financiou um projeto de desenvolvimento de


turbinas eólicas, gerido pela NASA, com a finalidade de serem incorporadas na rede de distribuição.
Estas turbinas experimentais abriram o caminho para grande parte da tecnologia que é hoje usada.[13]
Desde então, as turbinas têm aumentado significativamente de tamanho, sendo as maiores capazes de
produzir 7,5MW. A potência da turbina é medida em quilowatts (kW) ou megawatts (MW), enquanto
que a energia produzida é medida em quilowatts-hora (kWh) e respetivos múltiplos.[16]

No século XXI foi criado interesse pelo chamado hidrogênio "verde".[17] Denomina-se como hidrogênio
verde aquele produzido com eletricidade gerada por fontes de energias limpas, como a energia eólica-
Potencial

Parque eólico no Texas, Estados Unidos.

O vento é o movimento de ar ao longo da superfície da Terra, sendo afetado por áreas de altas e baixas
pressões atmosféricas. O sol não aquece a superfície de forma regular, dependendo de factores como o
ângulo de incidência dos raios solares, que difere consoante a latitude e a hora, e se o solo é coberto ou
não por vegetação. As grandes massas de água, como os oceanos, aquecem e arrefecem mais
lentamente do que em terra. A energia em forma de calor absorvida pela superfície da Terra é
transferida para a atmosfera e, uma vez que o ar aquecido é menos denso que o ar frio, sobe acima do
ar arrefecido para formar áreas de elevada pressão atmosférica criando diferenciais de pressão. A
rotação da Terra arrasta a atmosfera envolvente, o que provoca turbulência. É a conjugação de todos
estes fenómenos que provoca a alteração constante do padrão de ventos.

A quantidade total de potência que é em termos económicos é viável explorar a partir do vento é
consideravelmente maior que o atual consumo humano de energia a partir de todas as fontes.O
Instituto Max Planck apresentou uma estimativa da quantidade total de energia eólica que existe,
concluindo que possam ser extraídos entre 18 e 68 TW.[21] Uma outra estimativa, desta vez baseada
em medições reais da velocidade do vento, concluiu que possa haver 1 700 TW de energia eólica a uma
altitude de 100 m acima do mar e da terra. Destes, 72 a 170 TW poderiam ser extraídos de forma prática
e economicamente competitiva. Os mesmos autores mais tarde estimaram ser de 80 TW.[22] No
entanto, a investigação na Universidade de Harvard estima uma média de 1 Watt/m² e uma capacidade
de 2–10 MW/km² para parques eólicos de grande dimensão, sugerindo que estas estimativas de
recursos eólicos totais a nível global estejam sobrestimadas por um factor de 4.

Produção de energia elétrica

Componentes de uma turbina eólica: 1-Fundação, 2-Conector à rede elétrica, 3-Torre, 4-Escada, 5-
Controle de orientação (Yaw control), 6-Nacelle, 7-Gerador, 8-Anemômetro, 9-Freio elétrico ou
mecânico, 10-Caixa de velocidades, 11-Lâmina, 12-Controle de orientação (pitch control), 13-Roda.

Na atualidade utiliza-se a energia eólica para mover aerogeradores - grandes turbinas colocadas em
lugares com muito vento. Essas turbinas têm a forma de um catavento ou um moinho que produz com o
movimento da hélice um campo magnético na turbina. Esse movimento, através de um gerador, produz
energia elétrica. Precisam agrupar-se em parques eólicos, concentrações de aerogeradores, necessários
para que a produção de energia se torne rentável, mas podem ser usados isoladamente, para alimentar
localidades remotas e distantes da rede de transmissão. É possível ainda a utilização de aerogeradores
de baixa tensão quando se trata de requisitos limitados de energia elétrica.

A energia eólica pode ser considerada uma das mais promissoras fontes naturais de energia,
principalmente porque é renovável, ou seja, não se esgota, limpa, amplamente distribuída globalmente
e, se utilizada para substituir fontes de combustíveis fósseis, auxilia na redução do efeito estufa. Em
países como o Brasil, que possuem uma grande malha hidrográfica, a energia eólica pode se tornar
importante no futuro, porque ela não consome água, que é um bem cada vez mais escasso e que
também vai ficar cada vez mais controlado. Em países com uma malha hidrográfica pequena, a energia
eólica passa a ter um papel fundamental já nos dias atuais, como talvez a única energia limpa e eficaz
nesses locais. Além da questão ambiental, as turbinas eólicas possuem a vantagem de poderem ser
utilizadas tanto em conexão com redes elétricas como em lugares isolados, não sendo necessário a
implementação de linhas de transmissão para alimentar certas regiões (que possuam aerogeradores).

A tecnologia de instalação da geração eólica pode ser onshore (em terra) ou offshore (marítima), na
tecnologia offshore o custo de instalação é mais elevado comparado com onshore, contudo na offshore
o potencial de geração é maior. Por este motivo a tecnologia offshore é utilizada em países com
pequena extensão territorial ou com pouco espaço disponível para as instalações em terra.

O sistema de geração de energia elétrica pode ser on-grid (interligado à rede) ou off-grid (isolado da
rede). No sistema on-grid a geração de energia é interligada à rede elétrica do Sistema Interligado
Nacional (SIN) o qual é mais utilizado comercialmente. Já no sistema off-grid a geração é isolada da rede
convencional trabalhando de forma autônoma, aplicado em regiões rurais ou marítimas afastadas em
que não é viável traspor linhas de transmissão.

Parque eólico Middelgrunden na Dinamarca.

A produção de energia elétrica através de energia eólica tem várias vantagens das quais podemos
ressaltar as principais. É uma fonte renovável, não emite gases de efeito estufa, gases poluentes e nem
gera resíduos na sua operação, o que a torna uma fonte de energia de baixíssimo impacto ambiental. Os
parques eólicos (ou fazendas eólicas) são compatíveis com os outros usos do terreno como a agricultura
ou pecuária, já que os atuais aerogeradores têm dezenas de metros de altura. O grande potencial eólico
no mundo aliado com a possibilidade de gerar energia em larga escala torna esta fonte a grande
alternativa para diversificar a matriz energética do planeta e reduzir a dependência ao petróleo. Em
2011 na União européia ela já representa 6,3% da matriz energética, e no mundo mais de 3,0% de toda
a energia elétrica. Finalmente, com a tendência de redução nos custo de produção de energia eólica, e
com o aumento da escala de produção, deve se tornar uma das fontes de energia mais barata.[

No entanto, apesar de todos os pontos positivos se não forem feitos estudos de mapeamento, medição
e previsão dos ventos, ela não é uma fonte de energia confiável. Não há muitos dados sobre o regime de
ventos no Brasil, e eles costumam serem aproveitáveis somente durante parte do ano. Além disso, os
parques eólicos produzem poluição sonora e visual. Também podem interferir na rota migratória de
pássaros, e os aerogeradores interferem na paisagem do local. Além disso, todo o equipamento é caro,
o que pode inviabilizar a criação de parques eólicos.[28] Quanto ao impacto visual, gera poluição visual
devido à alteração da paisagem do local, não que as demais fontes não alterem, como para alguns as
pás dos geradores é uma poluição visual, para outros pode ser considerado um atrativo turístico como
uma bela alternativa às demais fontes de energia. Em relação à poluição sonora, apesar de não ter
pesquisas conclusivas indicando impacto na fauna, deve-se ter cuidado para evitar instalação em
corredores de migração de aves ou habitats de reprodução de animais silvestres, e se preciso utilizar
linhas de transmissão subterrâneas. Como qualquer máquina, também exige manutenção interna dos
aerogeradores que deve ser realizada de forma preventiva e constante. A maior desvantagem é a não
regularidade da geração (ou intermitência da geração), pois a geração depende do vento que não são
sempre constantes, e nem sempre há vento quando a eletricidade é necessária. Deste modo, como a
disponibilidade de energia diária varia de um dia para outro, a geração eólica pode ser menos confiável
que as fontes convencionais. Devendo ser alternativa complementar e não substituta na matriz
energética.

Por país

Um aerogerador é um dispositivo que aproveita a energia eólica e a converte em energia elétrica.

Em 2012 a capacidade mundial de geração de energia elétrica através da energia eólica foi de
aproximadamente 282 gigawatts (GW), o suficiente para abastecer as necessidades básicas de dois
países como o Brasil(o Brasil gastou em média 70 gigawatts em janeiro de 2010).[30] Para se ter uma
ideia da magnitude da expansão desse tipo de energia no mundo, em 2008 a capacidade mundial foi de
cerca de 120 GW e, em 2007, 59 GW.

A capacidade de geração de energia eólica no Brasil vem aumentando ano a ano. Em 2008 era de 341
MW, em 2009 passou 606 MW, e em 2010 atingiu o valor de 920 MW. O Brasil responde por cerca da
metade da capacidade instalada na América Latina, mas representa apenas 0,38% do total mundial.[31]

Até 2005 a Alemanha liderava o ranking dos países em produção de energia através de fonte eólica, mas
em 2008 foi ultrapassada pelos EUA.

Desde 2010 a china é o maior produtor de energia eólica. Em 2020 o total da capacidade instalada nesse
país ultrapassava os 288 GW, um aumento de 21% comparado aos 230GW instalados até 2019.[32]

Parque eólico próximo a Caen, França.

Em alguns países, a energia elétrica gerada a partir do vento representa significativa parcela da
demanda. Em 2020, 48% da eletricidade consumida na Dinamarca foi gerada por turbinas eólicas, 25%
em Portugal, 22% na Espanha, 38% na Irlanda e 27% na Alemanha.Globalmente, a energia eólica é
responsável por cerca de 6%da eletricidade gerada. Desde 2011, 83 países usam energia eólica em
escala comercial.

O custo da geração de energia eólica tem caído rapidamente nos últimos anos. Em 2005 o custo da
energia eólica era cerca de um quinto do que custava no final dos anos 1990, e essa queda de custos
deve continuar com a ascensão da tecnologia de produção de grandes aerogeradores. No ano de 2003 a
energia eólica foi a forma de energia que mais cresceu nos Estados Unidos.

Evolução do potencial de energia eólica instalado no mundo de 1996 a 2013


A maioria das formas de geração de eletricidade requerem altíssimos investimentos de capital e baixos
custos de manutenção. Isto é particularmente verdade para o caso da energia eólica, onde os custos
com a construção de cada aerogerador podem alcançar milhões de reais, os custos com manutenção
são baixos e o custo com combustível é zero. Na composição do cálculo de investimento e custo nesta
forma de energia levam-se em conta diversos fatores, como a produção anual estimada, as taxas de
juros, os custos de construção, de manutenção, de localização e os riscos de queda dos geradores.
Sendo assim, os cálculos sobre o real custo de produção da energia eólica diferem muito, de acordo com
a localização de cada usina.

Potência instalada de energia eólica, mundialmente (MW)[32][33][36]

Pos. País 2020

1 China China 281.993

2 Estados Unidos Estados Unidos 117.744

3 Alemanha Alemanha 62.184

4 Índia Índia 38.559

5 Espanha Espanha 27.089

6 Reino Unido Reino Unido 24.665

7 França França 17.382

8 Brasil Brasil 17.198

9 Canadá Canadá 13.577

10 Itália Itália 10.839

11 Suécia Suécia 9.688

12 Austrália Austrália 9.457

13 Turquia Turquia8.832

14 México México 8.128

15 Países Baixos Holanda 6.600

16 Polónia Polônia 6.267

17 Dinamarca Dinamarca 6.235

18 Portugal Portugal 5.239


19 Bélgica Bélgica 4.692

20 República da Irlanda Irlanda 4.300

21 Japão Japão 4.206

22 Grécia Grécia 4.113

23 Noruega Noruega 3.977

24 Áustria Áustria 3.224

25 Roménia Romênia 3.023

26 África do Sul África do Sul 2.636

27 Argentina Argentina 2.624

28 Finlândia Finlândia 2.474

29 Chile Chile 2.149

30 Coreia do Sul Coréia do Sul 1.636

31 Uruguai Uruguai 1.514

32 Tailândia Tailândia 1.507

33 Marrocos Marrocos 1.405

34 Ucrânia Ucrânia1.402

35 Egito Egito 1.375

36 Paquistão Paquistão 1.236

37 Rússia Rússia 945

38 Taiwan Taiwan 854

39 Croácia Croácia 788

40 Nova Zelândia Nova Zelândia 784

41 Bulgária Bulgária 703

42 Vietname Vietnam 600

43 Lituânia Lituânia 539


44 Jordânia Jordânia 515

45 Colômbia Colômbia 510

- África 6.491

- Ásia 332.088

- América do Norte 139.448

- América do Sul 24.493

- América Central e Caribe 1.931

- Oceania 10.295

- Oriente Médio 915

- Europa 207.747

- Eurásia 9.867

- Mundial 733.276

Parque eólico de Osório, Rio Grande do Sul.

O Brasil possui grande potencial em energia eólica. Segundo a Associação Brasileira de Energia Eólica
(ABEEólica), o território brasileiro tem capacidade para gerar até 522 gigawatts na modalidade onshore
(em terra), sem contar as usinas eólicas que podem ser instaladas no mar. A capacidade eólica instalada
vem crescendo em média 2 GW ao ano desde 2013: somou 2,2 GW em 2013, 4,8 GW em 2014, 7,6 GW
em 2015, 10,1 GW em 2016, 12,3 GW em 2017, 14,8 GW em 2018, 15,4 GW em 2019 e 17,2 GW em
2020, o que representa cerca de 3,5% do potencial.

A maior fonte de eletricidade do Brasil são as usinas hidrelétricas. Um estudo indica que o país poderia
substituir a energia térmica pela energia eólica. Isso porque as usinas termoelétricas só são acionadas
durante os períodos de seca, quando os rios ficam mais baixos e as hidrelétricas são insuficientes para
produzir toda a energia consumida. Porém, é justamente nesse período que o regime de ventos no
Nordeste é mais intenso.[40]

O maior centro de geração de energia eólica do país é o complexo eólico Alto Sertão I, situado na Bahia,
com capacidade de gerar até 300 MW,[41] seguido do Parque eólico de Osório, localizado no Rio Grande
do Sul, com a capacidade de gerar até 150 MW e ainda tem o Parque Eólico Cerro Chato com
capacidade de gerar 91 MW localizado em Santana do Livramento - RS.
A previsão é que a participação da fonte de energia eólica na matriz energética brasileira continua
crescendo, como vem acontecendo no resto do mundo, apresentando taxas de crescimento médias de
potência instalada superiores a 20%.[42]

Economia

Um comboio de lâminas de turbina sendo transportadas por Edenfield, no Reino Unido (2008). Peças de
duas lâminas maiores são produzidas e montadas no local, para reduzir a dificuldade de transporte

De acordo com a BusinessGreen, o custo da energia feita por turbinas eólicas atingiram grau de paridade
(ou seja, atingiram equivalência) com o custo da energia de fontes tradicionais em algumas áreas da
Europa no meio da década de 2000 e nos Estados Unidos em torno do mesmo período. Já em 2010, a
queda de preços continua a motivar o nivelado custo baixo e isso vem sugerindo um grau de paridade
generalizado pela Europa e, além disso, também assim será nos Estados Unidos em torno de 2016,
graças a uma esperada redução no capital de custo de aproximadamente 12%. De acordo com a
PolitiFact, é difícil prever se a energia eólica seria viável nos Estados Unidos sem subsídios.

A energia eólica é um capital intensivo, mas não possui custos de combustível. O preço da energia eólica
é, portanto, muito mais estável do que os preços voláteis dos combustíveis fósseis. O custo marginal da
energia eólica, após a construção da estação, é usualmente menos que 1 cent (0,042 centavos de real)
por kW/h.

Entretanto, o custo médio estimado por unidade de energia elétrica deve incorporar o custo de
construção da turbina e sistemas de transmissão, empréstimos, retornos para os investidores (inclusive
os custos de risco), estimativa anual de produção e outros componentes, além disso, a média da
longevidade dos equipamentos projetados, os quais devem estar em excesso após 20 anos. O custo
estimado de energia é altamente dependente dessas presunções, então o custo pode diferenciar-se
substancialmente. Em 2004, o custo da energia eólica era 1/50 do que custava na década de 1980, e
alguns esperavam que essa tendência de queda continuasse na medida que maiores turbinas de vários
megawatts fossem produzidas em massa.[47] Em 2012, o capital de custo para turbinas eólicas baixaram
substancialmente quando comparadas ao período de 2008-2010 mas ainda continuam em maiores
níveis que os de 2002. Num relatório de 2011, a Associação Estadunidense de Energia Eólica afirmou:

O preço da eólica tem caído nos últimos dois anos, numa faixa de 5 até 6 cents por killowatt/hora
recentemente [...] quase 2 cents mais barato do que a energia elétrica proveniente da queima de
carvão, e mais projetos foram financiados por negociamentos de dívidas do que equidade tributária em
estruturas no ano passado, um sinal positivo de que a eólica vem ganhando mais aceitação dos bancos
de Wall Street. [...] Os produtores de equipamentos também podem enviar produtos no mesmo ano que
seus produtos foram requisitado, ao invés de esperar três anos como era o caso em ciclos anteriores,
uma prova clara da maturidade da cadeia de produção. [...] 5,600 MW da nova capacidade instalada
está em construção nos Estados Unidos, mais que o dobro até então em comparação com o mesmo
período em 2010. Trinta e cinco porcento de toda energia gerada construída nos Estados Unidos desde
2005 tem vindo da eólica, mais que as novas plantas de gás natural e carvão combinadas, à medida que
os provedores de energia estão se seduzindo pela eólica como uma proteção conveniente contra
movimentos imprevisíveis dos preços das commodities.

Um relatório da Associação Britânica de Energia Eólica fornece um custo médio de geração em solo da
energia eólica como em torno de 3,2 pence (R$0,20 - R$0,25) por Kw·h (2005).[50] Em 2006, o custo por
unidade de energia produzida foi estimado em 5 a 6 porcento acima do custo para nova geração por
carvão e gás natural nos EUA.[51] Em 2011, estudos comparativos no Reino Unido trouxeram resultados
similares.[52] Entretanto, também em 2011, a energia de turbinas eólicas pode ser mais barata que as
de plantas nucleares e de combustíveis fósseis, também se espera que a energia eólica torne-se a mais
barata no futuro.[53] A presença dessa energia, mesmo que subsidiada, pode reduzir os preços aos
consumidores (€5 bilhões/ano na Alemanha) reduzindo o custo marginal pela minimização do uso de
usinas de pico, que só operam quando há um pico na demanda por eletricidade.

Custo por unidade de energia produzida em 2006 (com o dólar corrigido pela inflação e, após isso,
transformado em real)

Energia a base de:Custo por Mw·h

(Em 2006)

Correção da inflação

(com base no dia 23/11/2019)

Vento $55,80 $71,23 (R$298,92)

Carvão $53,10 $67,78 (R$284,44)

Gás natural $52,50 $67,02 (R$281,25)

Um estudo da União Europeia, em 2012, mostra o custo base da energia eólica terrestre como
equivalente a da com base em carvão, quando subsídios e externalidades são desconsiderados. Embora
a energia eólica ainda tenha muitos subsídios, ela possui um dos menores custos externos, já o carvão (e
os combustíveis fósseis no geral) possui um dos maiores.

Impacto ambiental

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Referências

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A energia eólica avança apesar da crise econômica, 21% de aumento na capacidade global instalada,
Global Wind Energy Council.

Half-year Report 2011, Página da World Wind Energy Association. Arquivado em 11 de novembro de
2011, no Wayback Machine. (
A caixa de engrenagens (gearbox) de um aerogerador é a responsável por multiplicar a rotação do eixo
primário de entrada e transferi-la ao eixo secundário ligado ao gerador. Dessa forma, também é
conhecida como caixa de multiplicação, caixa multiplicadora ou apenas multiplicador.

O rotor e o eixo primário rotacionam em baixas velocidades, entre 15 e 60 rpm, porém com elevado
torque, enquanto o eixo secundário rotaciona entre 1000 e 3000 RPM com baixo torque.

Gerador

O anemômetro é um dispositivo instalado no topo da nacele que mede a intensidade e a velocidade dos
ventos. Seus dados são utilizados para gerar os gráficos da curva de potência das turbinas e realizar
estudos de produção elétrica dos parques. Existem diferentes tipos de anemômetros, os mais
conhecidos são o de copos, moinho de vento, termoelétrico e ultrassônicos.

Biruta

A biruta é um sensor que fica acoplado ao anemômetro e serve para medir a direção dos ventos. Por
isso, também é chamado de sensor de direção. Com base nos dados da biruta, o sistema de controle do
aerogerador altera sua posição para que o rotor e as pás estejam em posição ideal para captação dos
ventos. A direção do vento precisa permanecer perpendicular à torre para que haja maior
aproveitamento.

o maior potencial eólico do país — por exemplo, é responsável pela restrição de importação dos
equipamentos.

Devido aos custos da usina eólica estarem relacionados à logística, fatores como estruturação e
complexidade das áreas no país devem ser estudados a fim de solucionar as adversidades para a sua
instalação.

preço usina eólica e solar

Construção de uma usina solar

O custo da usina solar resultará de fatores como tamanho do terreno e, consequentemente, o valor
máximo de financiamento. Ou seja, se você possui um terreno avaliado em R$ 5 milhões, por exemplo,
sua usina solar custará aproximadamente esse valor, sendo equivalente a 1 MW. Atualmente, podemos
dizer que a média de custo para instalação por megawatt de usinas solares é de R$1,65 milhão.

Deve-se considerar a potência total instalada em um hectare e o custo de aquisição dos painéis
fotovoltaicos, além da compra de inversores de frequência, cabos e demais gastos como o projeto,
licenciamento e outros. Além disso, após realizar o orçamento com os custos relacionados ao projeto de
usina solar, deve-se ter em conta o custo para obter o local onde a ação será realizada, sendo oscilante
de acordo com a região, tamanho e complexidade da área.
Portanto, podemos concluir que o custo médio de uma construção de usina solar fotovoltaica está em
torno de R$ 7,3 milhões, uma vez que o projeto total equivale a 6,51 R$/Wp.

Entenda também quais são os benefícios da energia solar e enriqueça ainda mais seus conhecimentos

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Energia eólica

Energia eólica é a eletricidade gerada pela força do vento. Ela responde por 8,6% da energia produzida
no Brasil, ganhando cada vez mais espaço na matriz elétrica do país.

Aerogeradores em um campo aberto em referência à energia eólica.

A energia eólica é gerada da força dos ventos, que movimentam os aerogeradores.

A energia eólica é um tipo de energia renovável gerada da força dos ventos. A estrutura em que ocorre a
conversão da energia cinética em eletricidade é chamada de aerogerador ou turbina eólica. Trata-se de
uma energia consideravelmente mais barata do que as demais, e que não gera emissão de poluentes na
atmosfera. Por outro lado, as estruturas instaladas causam ruídos e impactam diretamente a fauna
local, podendo levar à morte de pássaros e morcegos.

A adoção da energia eólica vem crescendo no Brasil, que tem como maiores produtores os estados da
Bahia, Rio Grande do Norte e Ceará.

Leia também: Energia hidrelétrica — a principal forma de energia utilizada no Brasil

Resumo sobre energia eólica

É a energia gerada da força dos ventos.

Sua geração acontece no interior dos aerogeradores, grandes estruturas que se assemelham a moinhos.

É considerada limpa, oriunda de uma fonte renovável e comparativamente mais barata do que a energia
gerada por outras fontes.

Por outro lado, as turbinas podem causar a morte de pássaros e morcegos e elevam o grau de ruído nos
ambientes. Além disso, a geração de energia depende diretamente do fenômeno atmosférico dos
ventos, que não são frequentes em todos os lugares nem ocorrem com a mesma intensidade sempre.

Os maiores produtores de energia eólica no Brasil são os estados da Bahia, Rio Grande do Norte e Ceará.

Em escala mundial, destacam-se a China, os Estados Unidos e a Alemanha. O Brasil aparece como 7º
maior em capacidade instalada.
O que é energia eólica?

Energia eólica é o nome que se dá à energia elétrica gerada da força dos ventos. Uma vez que a sua
produção utiliza um recurso natural inesgotável, a eólica é considerada um tipo de energia renovável.

Funcionamento da energia eólica

A energia eólica é produzida pela força dos ventos em um processo de conversão de energia cinética,
proveniente do movimento, em eletricidade. Isso é possível de ser feito por meio das turbinas eólicas ou
aerogeradores, que se assemelham aos moinhos de ventos e formam os parques eólicos, cuja paisagem
já nos é bastante familiar.

A estrutura da turbina é composta por uma torre, pelo rotor e pelas pás. O vento faz com que as pás
girem a uma velocidade que varia de 10 a 25 rotações por minuto (rpm), acionando assim o rotor, a
peça na qual as pás estão conectadas. O movimento do rotor é multiplicado no interior da nacele, a
estrutura retangular que fica posicionada atrás das pás e na qual está conectada a torre da turbina. No
interior da nacele, fica o gerador, responsável pela conversão da energia cinética em energia elétrica.

Seção de uma turbina eólica ou aerogerador. É no interior da nacele que a energia elétrica é gerada.

Uma vez produzida, a eletricidade é conduzida por meio dos dutos, localizados no interior da torre, para
dois transformadores antes de ser enviada à rede, um está conectado à turbina e o outro concentra
toda a energia gerada no parque eólico. Finalmente, a rede de distribuição faz com que a energia eólica
seja distribuída para os consumidores finais.

Vantagens da energia eólica

Uma das principais vantagens da energia eólica é o fato de ela ser gerada de uma fonte renovável, que é
o vento. Além disso, é uma energia considerada limpa por não emitir poluentes diretamente na
atmosfera no seu processo de produção.

Os custos de instalação e manutenção de um parque eólico têm caído progressivamente nos últimos
anos, o que faz com que a energia eólica se torne cada vez mais competitiva nos mercados
internacionais e, futuramente, mais vantajosa economicamente frente a outras, como a energia
hidrelétrica.

Outro ponto que pode ser elencado como uma vantagem da energia eólica é o fato de ela ser, cada vez
mais, utilizada como uma fonte alternativa a energias mais poluentes, a exemplo daquelas derivadas de
combustíveis fósseis, deixando a matriz energética mais “limpa” e sustentável. Em países como o Brasil,
a energia eólica tem sido também acionada para a complementação do fornecimento de energia em
casos de crise energética.
Para além de ser uma alternativa para a geração de energia em grande escala, a energia eólica pode ser
gerada em escala residencial através de miniturbinas instaladas em propriedades particulares, o que
ampliaria o acesso à eletricidade em áreas rurais ou isoladas.

Desvantagens da energia eólica

Assim como outros tipos de energia, a geração de energia eólica apresenta suas desvantagens. Embora
o impacto ambiental seja menor em comparação a outras fontes, as turbinas eólicas representam um
perigo real para animais como os pássaros e morcegos, que muitas vezes se chocam com as turbinas ou
são mortos por voarem em direção às hélices em movimento. Não somente as aves locais são
impactadas por essas estruturas, mas também as espécies migratórias que se deslocam periodicamente.

As turbinas eólicas em constante movimento produzem um ruído elevado, o que pode ser caracterizado
como poluição sonora, causando assim desconforto às populações que vivem nas proximidades dos
parques. Outro aspecto negativo dos parques eólicos é a poluição visual.

Ademais, a geração de energia depende diretamente de um fenômeno natural. Dessa forma, a


instalação dos parques é espacialmente seletiva, e deve ocorrer onde há elevada incidência de ventos —
ou seja, não pode ser feita em qualquer local. A produção é, além disso, irregular, visto que os ventos
não sopram constantemente nem com a mesma intensidade.

Por último, temos que, embora os custos de instalação venham se reduzindo com a maior adesão à
energia eólica, eles ainda se mantêm em um patamar elevado, o que a torna ainda uma opção cara.

Energia eólica no Brasil

O Brasil apresenta um enorme potencial para geração de energia da força dos ventos, o qual equivale
atualmente a mais de três vezes a capacidade instalada no país. Conforme apontam os dados da
Empresa de Pesquisa e Energia (EPE), a energia eólica já responde por 8,6% da matriz elétrica brasileira,
ficando atrás somente das hidrelétricas e da energia gerada da biomassa.

Em função de fatores como o relevo e as condições atmosféricas que condicionam a geração de ventos
intensos o suficiente para movimentação das pás, o maior potencial eólico do Brasil está concentrado na
região Nordeste e na faixa litorânea.

Os estados do Nordeste foram os responsáveis por 85,6% de toda a energia eólica gerada no Brasil em
2020. Para que possamos dimensionar a importância dessa região na produção desse tipo de energia no
país, temos que a região Sul, segunda maior produtora, respondeu por 11,5%.

A Bahia foi, no ano em questão, a maior produtora brasileira de energia eólica, destacando-se a grande
quantidade de novos projetos de instalação e a ampliação de parques eólicos no estado nos últimos
anos. Figuram também entre os maiores produtores nacionais os estados do Rio Grande do Norte e do
Ceará.
Energia eólica no mundo

Parque eólico offshore no mar da China Oriental.

Diferentemente do que vimos para o Brasil, a energia eólica representa ainda uma parcela muito
pequena da matriz energética mundial que é da ordem de 0,9%, conforme apontam os dados da
Agência Internacional de Energia (IEA). No período mais recente, os investimentos no setor passaram
por um aumento seguido de estagnação, o que veio depois de uma fase de oscilações.

O maior produtor mundial hoje de energia eólica é a China, com capacidade instalada de 278.324 MW.
Além dos parques situados no próprio país, a produção chinesa inclui grandes instalações offshore, que
ficam nas águas dos mares. A China é também nesse quesito a maior produtora mundial, tendo
recentemente ultrapassado o Reino Unido.

Os Estados Unidos e a Alemanha são, respectivamente, os segundo e terceiro principais geradores de


energia eólica no mundo. O Brasil figura na lista em sétima colocação, ao lado de países como a Índia,
França, Espanha e também o Reino Unido.

Origem da energia eólica

Desde a Antiguidade, a energia dos ventos tem sido utilizada para a geração de energia cinética, relativa
ao movimento. No entanto, os primeiros passos para a produção de eletricidade foram dados com o
surgimento dos moinhos no século XII, no Oriente Médio, mais precisamente no Afeganistão e no Irã.

Os mecanismos tais quais hoje os conhecemos e que são responsáveis pela geração de energia elétrica
começaram a surgir, entretanto, somente no século XIX. No ano de 1887, teve-se notícia da primeira
turbina eólica de pequena escala, com pás feitas de tecido, destinada à produção de eletricidade, cuja
criação foi atribuída ao engenheiro escocês James Blyth, considerado por isso o pioneiro da energia
eólica.

Um ano mais tarde, em 1888, o engenheiro norte-americano Charles Bush instalou em sua residência
uma grande turbina geradora de energia eólica, sendo muitas vezes atribuída a ele a invenção desse
mecanismo.

referencia

ZAPAROLLI, Domingos. Ventos promissores a caminho: Potencial eólico brasileiro é três vezes maior do
que o do parque nacional de energia elétrica; capacidade atual pode abastecer 22 milhões de
residências. Revista Pesquisa FAPESP, ed. 275, jan. 2019. Disponível aqui.

ABBEÓLICA. Boletim Anual: Dados de 2020. Associação Brasileira de Energia Eólica (ABBEólica), 2021.
Disponível aqui.

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:


GUITARRARA, Paloma. "Energia eólica"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/fisica/energia-eolica.htm. Acesso em 28 de novembro de 2023.

Energia eólica

Energia eólica é produzida por meio da força proveniente dos ventos. Esse tipo de fonte energética
renovável requer um conjunto de condições naturais para a sua produção.

Os aerogeradores na paisagem indicam a presença de usinas eólicas.

Os aerogeradores na paisagem indicam a presença de usinas eólicas.

A energia eólica é uma fonte energética alternativa e renovável, ou seja, utiliza um recurso com
capacidade de regeneração. O vento é um recurso inesgotável. A origem do emprego do vento como
força para as atividades produtivas vem de tempos antigos, e tomou forças nas últimas décadas,
principalmente devido ao aumento da preocupação com a conservação do meio ambiente.

O funcionamento de uma usina eólica está condicionado à constância dos ventos. Sendo assim, tem
como principal vantagem a produção de uma energia barata e limpa, porém apresenta uma grande
dependência das condições da natureza para o seu funcionamento.

Vale dizer que as usinas eólicas são divididas conforme a sua tipologia e que esse tipo de energia ainda é
pouco utilizado em todo o mundo. Já no Brasil, a fonte eólica tem crescido nas últimas duas décadas, em
especial, na região Nordeste do país.

Resumo sobre energia eólica

A energia eólica utiliza a força dos ventos para a produção de energia mecânica e, consequentemente,
de energia elétrica.

A origem da utilização do vento como força para as atividades produtivas é antiga e tomou força nas
últimas décadas.

A energia eólica é considerada limpa e renovável, uma vez que utiliza o vento, um recurso inesgotável
da natureza.

O funcionamento da energia eólica está atrelado a um conjunto de estruturas de engenharia, com


destaque para os aerogeradores, compostos pelo rotor e pelo gerador.

As usinas eólicas são divididas, conforme a sua tipologia, em sistemas isolados, sistemas interligados e
sistemas híbridos.
Uma das principais vantagens da energia eólica é que não há emissão de poluição atmosférica durante a
sua produção.

Por sua vez, as usinas eólicas causam grande poluição sonora, em razão dos ruídos produzidos pelos
aerogeradores.

A energia eólica ainda ocupa um pequeno espaço na matriz energética mundial. Destaca-se a China
como maior produtora mundial dessa fonte energética.

No Brasil, a região Nordeste é o principal polo de produção de energia eólica, com destaque para os
estados de Bahia, Rio Grande do Norte e Ceará.

O que é energia eólica?

A energia eólica é a produzida pelo vento, logo, é uma energia renovável, uma vez que utiliza um
recurso natural inesgotável para a geração energética. O processo de transformação da energia cinética
em energia mecânica, e posteriormente em energia elétrica, dá-se por meio dos aerogeradores, grandes
estruturas compostas por cataventos e geradores, responsáveis pela captação do vento e geração de
energia. Portanto, as usinas de energia eólica compõem um sistema complexo de equipamentos que
necessitam de condições favoráveis para o seu funcionamento, principalmente, a constância dos ventos.

Origem da energia eólica

A energia eólica é utilizada desde tempos muitos antigos por meio de sistemas arcaicos, que
possibilitavam a utilização da força do vento para o beneficiamento de grãos e o bombeamento de água.
A partir da segunda metade do século XX, com o aumento da preocupação da humanidade com o
desenvolvimento sustentável, assim como as recorrentes crises do petróleo, fomentou-se o
aperfeiçoamento da energia eólica.

Esse cenário foi possibilitado ainda pelo desenvolvimento de novas tecnologias na produção e
distribuição desse tipo de energia. Sendo assim, desde a utilização de equipamentos arcaicos até o
desenvolvimento de parques eólicos modernos, a energia eólica passou por profundas transformações,
em especial, do ponto de vista técnico.

Como funciona a energia eólica?

A transformação da energia mecânica produzida pelos ventos em energia elétrica é realizada pelas
turbinas eólicas, também chamadas de aerogeradores. Esses equipamentos funcionam como cataventos
gigantes acionados pela força do vento, a partir da circulação da atmosfera. Sendo assim, a constância, a
velocidade e a direção do vento são fatores primordiais para a instalação de parques eólicos.

Essas variáveis naturais são responsáveis pelo bom funcionamento dos aerogeradores e, por
consequência, pela maior efetividade na produção de energia elétrica. Portanto, os aerogeradores
devem ser construídos com base no estudo da circulação atmosférica de determinada localidade, sendo
orientados para a direção do vento, para haver uma maior captação desse recurso do meio natural.
As usinas eólicas são construídas mediante um conjunto de aerogeradores, que determinam o volume
total produzido pela unidade de energia em razão do número absoluto de turbinas eólicas existentes. Os
aerogeradores são compostos, entre outros, por dois equipamentos principais:

rotor, que é o catavento, ou seja, a estrutura responsável pela captação do vento e a sua transformação
em energia mecânica;

gerador, que realiza a conversão da energia mecânica produzida pelo catavento para a energia elétrica.

Assim, após esse processo, a energia gerada é distribuída por meio das linhas de transmissão para o
consumidor final. A instalação dessas usinas pode ocorrer no solo, sendo chamadas de onshore, e
também por meio de estruturas metálicas dispostas nos oceanos, sendo chamadas de offshore.

Tipos de energia eólica

As usinas eólicas são divididas conforme a tipologia da sua capacidade de geração de energia elétrica e
sua utilização pela sociedade. Sendo assim, há três tipos de sistemas principais, ou seja, instalações
conjuntas de aerogeradores para a produção energética. Esses sistemas são:

Sistemas isolados: são considerados de pequeno porte, uma vez que possuem cobertura geográfica
restrita, sendo utilizados prioritariamente para abastecer pequenas localidades, que, no geral, não
dispõem de outras alternativas energéticas.

Sistemas interligados: são de média e grande magnitude, ou seja, possuem um elevado número
absoluto de aerogeradores. Esses sistemas são empregados para a geração de um grande volume de
energia, que abastece um maior número de consumidores.

Sistemas híbridos: são construídos por meio da conciliação entre duas ou mais fontes de energia. Um
exemplo clássico é uma usina composta por aerogeradores e painéis fotovoltaicos, que produzem
energia eólica e solar em uma mesma unidade. Esses sistemas também são utilizados para abastecer um
maior volume de usuários.

Os sistemas híbridos comportam a produção de duas ou mais fontes de energia, como a eólica e a solar.

Vantagens da energia eólica

A energia eólica é uma fonte renovável, ou seja, utiliza um recurso da natureza com capacidade de
regeneração, nesse caso específico, o vento. Desse modo, é considerada uma fonte alternativa e limpa
de energia. Sendo assim, é um tipo energético que apresenta grandes vantagens, em especial, pelo
diminuto impacto no meio ambiente. A lista abaixo apresenta os principais pontos vantajosos da energia
eólica:
A ausência de emissão de poluentes atmosféricos, como no caso das fontes fósseis de energia, sendo
assim uma fonte de energia não poluente.

A contribuição para a diversificação da matriz energética mundial por meio da diminuição da


dependência de combustíveis fósseis para a geração de energia.

A presença de um elevado custo-benefício, quando comparado às demais fontes de energia, como a


hidráulica.

A geração de emprego e renda nas localidades onde são instaladas os aerogeradores das usinas eólicas.

A possibilidade de mesclagem de fontes de energia em uma mesma usina, como a instalação de


aerogeradores e painéis solares em um mesmo espaço.

Desvantagens da energia eólica

A energia eólica, apesar de considerada uma fonte renovável e limpa de energia, possui pontos
desvantajosos. Ela apresenta impactos ligados à modificação do espaço natural, à alteração das
condições de vida de diversas espécies e à dependência de fatores geográficos. A listagem abaixo
apresenta as principais desvantagens da energia eólica:

A elevada dependência da constância de ventos, fundamentais para o funcionamento e a eficiência dos


aerogeradores.

A produção de poluição sonora em razão do elevado ruído produzido pela movimentação das turbinas
eólicas.

A alteração da paisagem, principalmente por meio da instalação dos aerogeradores, que geram poluição
visual.

O elevado impacto no habitat de aves diversas, que resulta na alteração dos movimentos migratórios e
provoca a mortandade dessas espécies.

A subordinação da instalação dos aerogeradores às características naturais do meio, como o clima, o


relevo e a vegetação.

Energia eólica no mundo

A energia eólica ainda representa uma pequena parte da matriz energética mundial. O investimento em
energias alternativas, como a eólica, ainda é um movimento recente. Ademais, esse tipo de
investimento está concentrado em países desenvolvidos e emergentes, com destaque para China,
Estados Unidos, Alemanha, Brasil e Noruega. Os custos de instalação de unidades geradoras de energia
ainda é bastante elevado e requer tecnologias específicas, condições essas que não são possíveis para
todas as nações.
Atualmente, a China é o principal polo produtor de energia eólica do mundo, concentrando uma boa
parte da produção mundial. Além dessa nação, destacam-se na produção eólica países da América e da
Europa. No caso da América, os principais produtores são Estados Unidos, Brasil e México. Já na Europa,
quase todas as nações investem em energia eólica, que, inclusive, compõe boa parte da matriz elétrica
de vários países, como a Dinamarca.

Energia eólica no Brasil

O Brasil destaca-se no contexto americano como um dos principais produtores de energia eólica do
continente. Porém a capacidade instalada no país ainda é considerada pequena, ainda mais quando
comparada ao potencial que o território brasileiro possui no aproveitamento dos ventos para a
produção de energia.

Mesmo assim, a energia eólica tem aumentado a sua importância ao longo dos últimos anos, já sendo
considerada a segunda fonte renovável mais importante do país, logo atrás da hidráulica. O marco para
esse cenário está atrelado ao Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa),
criado em 2002 e que fomentou a implementação de unidades geradoras de energia eólica no país.

A produção eólica no território brasileiro é bastante concentrada, principalmente nas unidades


federativas da região Nordeste do Brasil. Os estados dessa região, como Bahia, Rio Grande do Norte e
Ceará, reúnem um conjunto de condições geográficas específicas que possibilitam o funcionamento
efetivo das turbinas eólicas, com destaque para a constância dos ventos.

Atualmente, a maior parte dos investimentos em energia eólica no Brasil está concentrada justamente
nessa região. Por sua vez, destaca-se ainda a produção eólica nas regiões Sudeste, em especial no
estado de Minas Gerais, e na região Sul, principalmente no Rio Grande do Sul.

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