Você está na página 1de 5

Resumo

Veremos a seguir as teorias de exploração e aplicações de uma forma de


energia pouco conhecida, a energia que vem dos mares, chamada de energia
maremotriz, uma forma de energia limpa e sustentável, mas pouco explorada
devido algumas dificuldades que envolvem a obtenção da energia. hoje em dia
as pessoas visam mais a facilidade de se obter a energia do que o bem estar
do ambiente de acordo com a forma que é extraída.Projetos internacionais e
pesquisas que envolvem esse tipo de exploração de energia,prometem ser
revolucionarias e úteis explorando alguns locais no mundo tendo um grande
potencial para se obter essa energia em grande escala sem agredir o meio
ambiente de uma maneira tão agressiva se comparada as outras maneiras
como a hidrelétrica,nuclear,eólica,etc.. Comentaremos a seguir sua obtenção, a
maneira qual a conseguimos, algumas vantagens e desvantagens, e veremos
que o Brasil tem um potencial para aderir essa forma de obtenção de energia.
A energia dos mares
Sabemos que podemos extrair energia dos ventos, do sol e dos mares não é
diferente, dele podemos obter energia que é classificada como uma forma de
energia auto-sustentável, mas ainda é rara é esta em fase experimental,
podemos obter a energia através do aproveitamento do fluxo das marés, da
temperatura dos oceanos, das forças das ondas, e até mesmo das correntes
marítimas esse tipo de obtenção de energia é usada em paises como
Inglaterra, Reino unido e Japão.
Conhecida como energia maremotriz encontramos dois tipos a energia cinética
e a energia potencial.

A energia potencial
É o sistema que aproveita o movimento regular do fluxo do nível do mar
(elevação e abaixamento). Funciona de foram semelhante a uma hidrelétrica,é
construída uma barragem formando-se um reservatório junto ao mar;quando a
maré sobe enche-se o reservatório com as águas passando pelas
turbinas,quando a maré baixa a água passa pelas turbinas em movimento
contrario também gerando energia,as turbinas são diretamente ligadas a um
sistema de conversão de energia mecânica a energia elétrica.existem usinas
maremotrizes em aplicação no Canadá,México,Reino Unido,Estados
Unidos,Austrália,Índia,Coréia.Na França é onde foi construída a primeira usina
maremotriz do mundo, em La Rance, em 1966. No Brasil, temos cidades com
grandes amplitudes de marés, como São Luís - Baía de São Marcos, no
Maranhão - com 6,8 metros e em Tutóia com 5,6 metros. Mas nestas regiões,
infelizmente, a topografia do litoral não favorece a construção econômica de
reservatórios, o que impede seu aproveitamento.
A energia cinética (das ondas)

É formada pelas correntes marítimas, impulsionadas pelos ventos produzem


essa energia pouco densa e difícil de ser explorada, ela pode ser mais bem
explorada em lugares estreitos como o estreito de gilbratar. Os locais que
tendem esse potencial para isso como as correntes do golfo onde poderia ser
instalados diversos geradores mais eles ainda estão em fase experimental,um
projeto Britânico chamado Seaflow procura desenvolver esses geradores
atender em escala comercial. São surpreendentes as especulações sobre o
aproveitamento energético do movimento das ondas: em teoria, se fosse
possível equipar os litorais do planeta com conversores energéticos, as
centrais elétricas existentes poderiam ser desativadas.

Basta pensar que uma onda de 3 metros de altura contém pelo menos 25 kW
de energia por metro de frente.

O difícil, talvez impossível, é transformar eficientemente toda essa energia em


eletricidade — os dispositivos desenhados até hoje são em geral de baixo
rendimento. E não é por falta de idéias — desde 1890, somente na Inglaterra
foram concedidos mais de 350 patentes a dispositivos para aquela finalidade.

A maioria usa o mesmo princípio: a onda pressiona um corpo oco, comprimindo


o ar ou um líquido que move uma turbina ligada a um gerador.

Com esse processo, a central experimental de Kaimei, uma balsa de 80 por 12


metros, equipada com turbinas verticais, funciona desde 1979 em frente da
costa japonesa, produzindo 2 MW de potência.
Na Noruega, cujo litoral é constantemente fustigado por poderosas ondas, foi
construída em 1985 uma minicentral numa ilha perto da cidade de Bergen, na
costa Oeste. Ao contrário do sistema japonês, o equipamento não flutua no
mar, mas está encravado numa escarpa. Produz 0,5 MW, o suficiente para
abastecer uma vila de cinqüenta casas.

Gradientes térmicos verticais


Diferenças de temperatura entre a superfície ensolarada e o fundo escuro são
características permanentes em regiões tropicais. Quem já teve o prazer de ir fundo no
mar durante o verão já sentiu como a água é mais fria lá embaixo. Esse é um gradiente
térmico vertical, que os oceanógrafos chamam de termoclina, pode ser diário quando se
considera as diferenças de temperatura nos primeiros centímetros da água entre o dia e a
noite; pode ser sazonal, ocorrendo apenas durante o verão em regiões temperada, ou
permanente como ocorre nas águas tropicais onde a radiação solar esquenta a superfície
do mar o ano todo, mantendo diferenças térmicas marcantes entre a superfície e o fundo
que podem chegar a 10 graus.

A idéia de energia elétrica extraída a partir de gradientes térmicos no mar foi concebida
na França pelo físico Jacques Arsene d’Arsonval, em 1881. O princípio do sistema
OTEC (Ocean Thermal Energy Conversion) é evaporar amônia com a água quente de
superfície que se expande movimentando turbinas que geram energia elétrica. Em
seguida a amônia é condensada pela água fria bombeada dos níveis abaixo da
termoclina permanente, retornando ao sistema na forma líquida e fechando o ciclo.
Clique para ver as turbinas.

Em 1930 George Claude, discípulo de Arsonval, construiu em Cuba a primeira planta


de geração de energia a partir do gradiente de temperatura, e uma outra no Brasil em
1935. Eram protótipos que foram destruídos pelo mau tempo. Uma nova tentativa foi
feita mais tarde na década de 50 pelos franceses na Costa do Marfim, África. Os custos
operacionais inviabilizaram sua construção e a idéia foi novamente abandonada.
Vantagens
-Não polui;
-É uma energia renovável;
-Baixo custo
Desvantagens
-O fornecimento de energia não é continua;
-Baixo rendimento;
-São necessárias amplitudes de marés superiores a 5m de altura para q possa
ser rentável;
-As instalações não podem interferir no curso marítimo de embarcações e
devem resistir a tempestades e ainda serem sensíveis para receber a energia.
-Destrói habitat natural de diversas espécies de animais.

Dificuldades
É necessário um conjunto de características muitos especiais para que
determinado local seja apropriado para a instalação de uma usina maremotriz.
As condições específicas de determinada região litorânea – como a forma da
costa e o leito marinho, bem como a existência de baías e estuários – pode
provocar grandes variações de nível entre as marés altas e baixas e também
elevadas correntes, que podem ser aproveitadas para a geração de energia
elétrica, diz o relatório publicado pela Consultoria Legislativa da Câmara dos
Deputados.

No Brasil, apesar de certas cidades apresentarem grandes amplitudes de


marés, como São Luís, no Maranhão, com 6,8 metros, e Tutóia, com 5,6
metros, a topografia do litoral não favorece a construção econômica de
reservatórios, o que impede seu aproveitamento. Para se ter uma idéia, na
usina de La Rance, na França, a amplitude da maré é de oito metros, e este é
um dos fatores que justificam o seu aproveitamento e a sua rentabilidade.

Além das necessidades físicas, é preciso analisar a viabilidade econômica um


sistema que lide com o aproveitamento oceânico para a produção de energia.
Para a construção de uma maremotriz, é necessário todo o investimento em
obras feito para a instalação de hidrelétricas – barragens, comportas e turbinas
hidráulicas -, mas levando-se em conta ainda que o aproveitamento da
capacidade instalada é menor, já que depende do ciclo das marés. Além disso,
a água salgada, devido a seu elevado poder de corrosão, exige a utilização de
materiais especiais na construção dos equipamentos, o que encarece
sobremaneira a implantação e a manutenção desse tipo de unidade geradora,
ainda segundo o estudo da Câmara dos Deputados.

Como toda forma de geração de energia, a maremotriz apresenta também


riscos ambientais. Exerce influência sobre a qualidade da água e a cadeia
alimentar de aves, peixes e invertebrados, além de ter efeitos sobre o alcance
das marés, das correntes e da área intermaré. A interferência na vida dos
peixes pode causar impactos econômicos também, já que em muitas regiões
certas espécies representam grande importância para a pesca comercial.

ALGUNS PAÍSES QUE A UTILIZAM

A Holanda, utiliza dos mares para instalação de aero geradores - grandes


turbinas colocadas em lugares de muito vento, que através de um gerador,
produz energia elétrica.
Outros países:
Na Dinamarca esta representa 23% da produção, 6% na Alemanha e cerca de
8% em Portugal (dados de setembro de 2007) e na Espanha. Globalmente, a
geração através de energia eólica mais que quadruplicou entre 1999 e 2005.

Em Portugal há uma central na ilha do Pico nos Açores. A central é do tipo de


coluna de água oscilante, com uma turbina Wells de eixo horizontal que aciona
um gerador elétrico de velocidade variável, com a potência de 400 kW.
- Na Europa foi construída uma central de produção de energia das marés em
La Rance (França), a 10 km da desembocadura do rio Rance no Canal da
Mancha. Neste local a amplitude da maré é de 13 metros. As turbinas da
central funcionam quando enche e quando esvazia o estuário do rio Rance.
Está em funcionamento desde 1966 e produz cerca de 550 GWh anualmente.
- O Centro de Ciência e Tecnologia da Marinha do Japão estuda formas de
obter energia das ondas do mar. Para tanto, começou a testar em julho um
gerador flutuante que atende pelo estranho nome de Baleia Poderosa. É uma
balsa que foi ancorada na entrada de uma baía com sua frente apontada para
a direção das ondas, mede 50 metros de comprimento por 30 de largura e 12
de profundidade, e são dividida internamente em três compartimentos, todos
cheios de ar. Trata-se de um sistema engenhoso que converte a energia das
ondas em energia pneumática. O balanço das ondas faz com que o nível da
água no interior das câmaras suba e desça sem parar, fazendo-as funcionar
como pistões gigantes. Quando o nível do mar sobe, a água comprime o ar que
é afunilado na direção de uma turbina, movendo suas pás e gerando 110 kW
de eletricidade.

Você também pode gostar