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Proteção de Sistemas

Elétricos de Potência

Disciplina: PTR – Proteção de Transformadores


Aula 03 – Módulo 1
PLANO DE ENSINO - CONTEÚDO

1. Módulo 0 – Introdução da Disciplina (1 aula)

2. Módulo 1 – Identificação do equipamento e caracterização das falhas. (2 aulas)

3. Módulo 2 – Funções de proteção principais. (4 aulas)

4. Módulo 3 – Funções de proteção auxiliares. (1 aula)

5. Módulo 4 – Filosofia dos ajustes e requisitos gerais (1 aula)

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Aula 03 – Módulo 1

Módulo 1
Transformadores
Identificação do equipamento e
caracterização das falhas

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O EQUIPAMENTO – SISTEMA DE MONITORAMENTO

 O sistema de monitoração deve medir as seguintes grandezas:

 Corrente nos enrolamentos primário, secundário e terciário.


 Temperaturas do ponto mais quente do enrolamento e do óleo.
 Temperatura ambiente.

 Identificação da situação de operação (regime normal ou emergência) e alerta quando iniciar uma
situação de emergência.

 Disponibilização em tempo real de um conjunto de grandezas específico para cada situação de


operação.

 Armazenamento, com detalhamento dependente da situação de operação, de um conjunto de


grandezas.

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O EQUIPAMENTO – SISTEMA DE MONITORAMENTO

 Diversas ações podem ser tomadas antes de uma falha severa nos transformadores, com auxílio do
sistema de monitoramento:

 Geralmente, os monitores de temperatura dos enrolamentos e do óleo emitem um alarme.


Sendo assim, os operadores podem reduzir a carga do transformador antes do TRIP da
proteção ou de dano no equipamento.

 Relés de detecção de gás (relé Buchholz) podem informar a evolução de gases no óleo. Podem
ser realizados estudos para determinar quais defeitos internos estão ocorrendo no
transformador.

 Relés de pressão podem indicar evolução de gás no óleo.

 Detectores de nível de óleo podem gerar alarmes ou mesmo TRIP no sistema de proteção.

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O EQUIPAMENTO – SISTEMA DE MONITORAMENTO

 O relé de pressão opera quando a pressão do líquido ou gás diminuir ou ultrapassar um valor pré-
ajustado.

 O relé de nível ou de fluxo de gás ou líquido, opera de dois modos, com acúmulo de gás em uma
câmara ou com uma taxa de fluxo passante de líquido ou gás acima de um valor pré-ajustado.

 O relé buchholz, função 63, também conhecido como relé de gás, é o relé que opera com nível de
gás acumulado ou com um fluxo de gás passante acentuado. É um importante relé usado na proteção
de transformadores de potência, cuja função vem designada por:

 63T – Relé Buchholz do transformador;


 63C – Relé Buchholz do comutador do transformador.

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O EQUIPAMENTO – SISTEMA DE MONITORAMENTO

 Os transformadores podem sofrer sobreaquecimento devido a diversos motivos:

 Alta temperatura ambiente.

 Falha do sistema de resfriamento.

 Falta externa com detecção tardia do sistema de proteção.

 Sobrecargas.

 Outra situações anormais de operações, como subfrequência, sobretensão ou corrente de


carga não senoidal (K Factor).

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O EQUIPAMENTO – SISTEMA DE MONITORAMENTO

 Resultados de sobreaquecimento:

 Diminuição de vida útil.

 Falha de isolamento.

 Sobreaquecimento de óleo, causando incêndio.

 Aparecimento de gases no óleo.

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O EQUIPAMENTO – SISTEMA DE MONITORAMENTO

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O EQUIPAMENTO – SISTEMA DE MONITORAMENTO

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O EQUIPAMENTO – FALHAS

 Os transformadores estão sujeitos a basicamente dois tipos de defeitos:

 Curto-circuito nos enrolamentos ou curto-circuito externo (passante);


 Sobreaquecimento;

 A proteção térmica, normalmente dispara alarmes, ativa os ventiladores e em última instância desliga
o transformador. Assim a maior preocupação é a proteção contra curto-circuito interno e a proteção de
retaguarda contra faltas externas.

 Os curtos-circuitos resultam de defeitos de isolamento que, por sua vez, são constituídos por
sobretensões, de origem atmosférica ou manobras, e por sobreaquecimento inadmissível dos
enrolamentos.

 As sobrecargas repetitivas, permanentes ou temporárias, conduzem a um envelhecimento prematuro


dos isolantes dos enrolamentos e, finalmente, a curto-circuito entre espiras, entre fases, etc.

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O EQUIPAMENTO – FALHAS

 Curto-circuito

 Basicamente, grandes transformadores utilizam a proteção diferencial percentual e a proteção


Buchholz (gás) para proteção de curto-circuito interno.

 Transformadores de pequenas e médias potências utilizam relés de sobrecorrente ou fusíveis


para esta finalidade.

 Sobrecarga

 Relés térmicos e imagens térmicas constituem a proteção para sobrecarga.

 A proteção de retaguarda é realizada por relés de sobrecorrente e/ou por fusíveis.

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O EQUIPAMENTO – FALHAS

 Os enrolamentos e o núcleo magnético estão submetidos a diferentes ocorrências durante a


operação do transformador.

 Expansões durante os ciclos de operação.

 Vibração.

 Aquecimento local

 Forças internas causadas por correntes de falta passantes

 Aquecimentos excessivos por sobrecarga ou resfriamento inadequado

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O EQUIPAMENTO – FALHAS

 Os enrolamentos e o núcleo magnético estão submetidos a diferentes ocorrências durante a


operação do transformador.

 Expansões durante os ciclos de operação.

 Vibração.

 Aquecimento local

 Forças internas causadas por correntes de falta passantes

 Aquecimentos excessivos por sobrecarga ou resfriamento inadequado

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ADICIONAL – COMUTADOR DE TAPS

 OLTC – On-load Tap Changer


 LTC – Load Tap Changer
 TAPs Fixos

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ADICIONAL – COMUTADOR AUTOMÁTICO DE TAPS

 Um componente muito importante de um transformador de potência é o comutador sob carga (on-load


tap changer / OLTC). Como o seu nome sugere, um OLTC permite a comutação de derivação (TAP),
consequentemente, regulando a tensão sem interromper a corrente de carga.

 Diferentemente de outros componentes mais estáticos em um transformador, o OLTC consiste em


diversas peças móveis. Fabricantes geralmente recomendam um ciclo de manutenção que depende
principalmente do número total de operações de comutação.

 Os OLTCs mais utilizados são os resistivos, localizados no lado de alta tensão.

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ADICIONAL – COMUTADOR AUTOMÁTICO DE TAPS

 É um dispositivo mecânico que permite variar o número de espiras no enrolamento do transformador.


Ele consegue ajustar a tensão ao sistema em que ele está instalado ou mesmo ajustar a tensão
secundária.

 Comutadores de tap’s (tap changers) muito utilizados em transformadores de distribuição onde é


necessário se fazer ajustes nos níveis de tensão.

 Os reguladores de tensão com comutador de tap’s são constituídos por um autotransformador com
tap’s que podem operar tanto como elevadores de tensão como abaixadores e operam com e sem
carga. Uma vantagem do comutador eletrônico é o tempo de troca de tap’s, que é bastante rápida.

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ADICIONAL – COMUTADOR AUTOMÁTICO DE TAPS

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ADICIONAL – COMUTADOR AUTOMÁTICO DE TAPS

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ADICIONAL – COMUTADOR AUTOMÁTICO DE TAPS

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ADICIONAL – TRANSFORMADOR DE ATERRAMENTO

 Os transformadores de aterramento são aplicados onde o arranjo do sistema elétrico exige que seja
criado um ponto de aterramento do neutro adicional, ou simplesmente criar este ponto quando de sua
inexistência.

 A isolação dos SEP é um dos itens de maior peso no seu custo e geralmente é definida pelas
sobretensões que podem ocorrer nos mesmos, entre as quais são importantes aquelas que ocorrem
durante períodos de falta à terra, que são classificadas como “sobretensões transitórias” e
“sobretensões temporárias”. Ambos os tipos são controlados pelo aterramento do neutro.

 Outro motivo para se adotar sistema solidamente aterrado nos SEP, se prende à facilidade de
detecção da falta fase-terra, uma vez que, com o sistema solidamente aterrado, obtemos baixo valor
da impedância de sequência zero, que é importante fator de controle do valor do curto fase-terra.

 Qualquer transformador de aterramento deve em princípio oferecer um caminho de baixa impedância


para as correntes de sequência zero que circulam durante a falta à terra.

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ADICIONAL – TRANSFORMADOR DE ATERRAMENTO

 Tipos de transformadores de aterramento:

 Conexão estrela com neutro acessível no lado primário e triângulo no lado secundário. O
enrolamento em triângulo é utilizado apenas para compensação das correntes de sequência
zero, não sendo utilizado para cargas. O neutro acessível do lado em estrela é utilizado para
aterramento solido ou através de resistor.

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ADICIONAL – TRANSFORMADOR DE ATERRAMENTO

 Tipos de transformadores de aterramento:

 Conexão denominada “ziguezague”. Esta é uma conexão especial que utiliza um transformador
trifásico, na realidade um reator trifásico, com duas bobinas por fase, conectadas de uma forma
especial, cruzada, que caracteriza o nome do transformador.

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ADICIONAL – TRANSFORMADOR DE ATERRAMENTO

 A potência do transformador de aterramento é definida:

 Pela potência desenvolvida por ele no momento do curto fase-terra denominada “potência
instantânea”

 Em função do tempo de operação desejado para o mesmo (10 segundos, 1 minuto, 5 minutos,
10 minutos, 30 minutos, 1 hora, 2 horas) que conduz a potência denominada “potência de curto
tempo”, “potência de curta duração” ou “potência de carga”.

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ADICIONAL – TRANSFORMADOR DEFASADOR

 São transformadores especializados, geralmente utilizados em sistemas de transmissão, para


controlar o fluxo de potência entre sistemas independentes.

 Atua alterando o ângulo de fase entre a tensão de entrada e a de saída para controlar a potência
ativa.

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ADICIONAL – TRANSFORMADOR DEFASADOR

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FUNÇÕES DE PROTEÇÃO

IEEE C37.91 - 2008

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