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IEA Editora – CENTENE l Passo-a-Passo das Instalações Elétricas Residenciais l Eng. Ricardo Prado Tamietti, M.Sc.
Tabela 2.1
Esquemas de Condutores Vivos
F
F F
U
F F U
U U
F U0 F U
U0 U U0
N F U0
U0 U
N F
U0
N
Tabela 2.2
Tensões Secundárias Disponíveis no Brasil
Sistemas Monofásicos Sistemas Trifásicos Sistemas Trifásicos
a 3 fios a 3 fios a 4 fios
UO / U [V] U [V] UO / U [V]
110 / 220 220 120 / 208
115 / 230 440 127 / 220
127 / 254 220 / 380
254 / 440
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2.3
Resistência e
T odos os materiais oferecem alguma resistência à cir-
culação da corrente elétrica: de pouca a quase ne-
nhuma, nos condutores, a alta, nos isolantes.
A resistência elétrica, designada pela letra R, é a medida
Impedância em ohm [Ω] da oposição que o circuito condutor oferece à
circulação da corrente, sendo expressa por:
onde:
Resistência 2.4
U = tensão, em volt [V];
U I = corrente, em ampère [A].
R=
I
A expressão 2.4 é a interpretação matemática da Lei de
Ohm, que diz:
Quando a instalação é
alimentada diretamente A corrente que flui através de uma resistência é
pela concessionária, é
diretamente proporcional à tensão aplicada e
ela quem impõem os
inversamente proporcional à resistência.
valores das tensões.
Quando a instalação
possui transformador ou Nesta forma simples, a Lei de Ohm se aplica apenas aos
gerador próprio, a circuitos de corrente contínua e aos de corrente alternada
tensão é determinada que contenham somente resistências.
pelo projetista, em Para os circuitos alternados contendo indutores e/ou ca-
função, basicamente,
pacitores, novos parâmetros precisam ser considerados —
das características dos
equipamentos de
tais parâmetros sendo, respectivamente, a indutância e/ou
utilização previstos. a capacitância do circuito, fenômenos que descreveremos
logo adiante.
Em corrente alternada, como vimos, a tensão e, conse-
quentemente, a corrente mudam de polaridade no ritmo es-
tabelecido pela frequência, seguindo um comportamento
senoidal.
Nas resistên-
cias elétricas, as u
senóides da ten- R
i
são e da corren-
te passam pelos ϕ=0 o 180 270
seus pontos no- 0 90 360 0
táveis (máximo,
inflexão e míni-
mo) simultanea-
mente, como Figura 2.4: senóides da tensão e da corrente
mostra a figura nas resistências.
2.4 — diz-se que
estão em fase e representa-se por ϕ = 0.
O ângulo ϕ, denominado ângulo de fase, mede a defasa-
gem entre tensão e corrente em um determinado instante.
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Como mostra-
do na figura 2.6, u
nos circuitos pu- XC
ramente capaci- ϕ= 90o
tivos, a corrente 0 90
180
270
360 0
fica adiantada de i
90° em relação à
tensão, ou seja,
o ângulo de fase
é: ϕ = – 90°. Nos Figura 2.6: senóides da tensão e da corrente
nos capacitores.
circuitos de cor-
rente contínua, os capacitores se comportam como um in-
terruptor aberto.
XL XL X
Z Z
(a1) (b1)
R R
R R R
(a2) (b2)
Z Z
XC (a1) e/ou (a2) XC (b1) ou (b2) X
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2.4
Potência
P otência, como sabemos, é a quantidade de trabalho
executado em um intervalo de tempo. No domínio
elétrico da tensão alternada, usando o circuito da figura 2.8
como exemplo, a potência p absorvida por uma carga é di-
retamente proporcional à tensão instantânea u a que está
submetida e à corrente instantânea i que circula, ou seja:
p = u ⋅ i . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . (c)
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carga
P ≠ 0; Q = 0. dois pontos do circuito, en-
a
lh
Cargas puramente indutivas ou
Pi
tão, pela figura 2.8, uma a-
capacitivas absorvem potência
reativa, isto é: nalogia hidráulica para a po-
P = 0; Q ≠ 0. tência elétrica seria que a pi-
Cargas compostas de resistência lha “bombeia” elétrons atra-
e reatância (indutiva ou capacitiva) Figura 2.8:
vés da carga e esta, ao ser potência absorvida por uma carga.
absorvem potência ativa e alimentada com este “fluxo
reativa, isto é:
P ≠ 0; Q ≠ 0. sob a pressão u”, executa certa quantidade de trabalho.
A potência instantânea p da expressão (c) é formada por
duas parcelas — denominadas potência ativa e reativa —,
ambas vetoriais, cuja soma é chamada de potência apa-
rente, medida em volt.ampère [VA] e designada pela letra
S, ou seja:
→ → →
Potência Aparente = S = P + Q . . . . . . . . . . . . (d)
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Perd
as
Figura 2.9:
perdas na transformação de energia.
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Rendimento 2.14
Potência fornecida P′
η= =
Potência absorvida P
Ao longo deste curso, Para a grande maioria dos equipamentos, a potência in-
sempre que nos dicada pelos fabricantes é a absorvida, o que permite o em-
referirmos à potência de prego das expressões 2.9, 2.10 e 2.11.
um equipamento, Entretanto, para determinados equipamentos, como mo-
estaremos pressupondo tores de indução e reatores de lâmpadas fluorescentes, a
tratar-se da absorvida. potência indicada é a fornecida. Evidentemente, nestes ca-
sos, para se conhecer a potência absorvida, é preciso divi-
dí-la pelo rendimento, como se deduz da expressão 2.14.
Para exemplificar, seja uma luminária, com duas lâmpa-
das fluorescentes de 65W e um reator duplo, cujo fator de
potência é 0,92, inserida em um circuito sob tensão de
220V, pela qual circula uma corrente de 0,72A.
Pela expressão 2.9.(b), a potência absorvida pelo con-
junto é igual a: P = 220 × 0,72 × 0,92 = 145,7 W .
Pelo enunciado, a potência fornecida (um dado de placa
do equipamento) é: 2 × 65 = 130 W .
Em vista disso, pela expressão 2.14, o rendimento obtido
é:
130
η= = 0,89 (em números exatos: 0,8922)
145,7
significando que 11% da energia absorvida é perdida, ou
seja: Perda = 145,7 − 130 = 15,7 W
Alternativamente, como comentamos acima, sendo co-
nhecido o rendimento, a potência absorvida é dada por:
130
P= = 145 ,7 W
0 ,8922