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ROBÓTICA INDUSTRIAL

Sensores com
Aplicação em
Robótica

Cristhiano da Costa Herrera - Instituto Federal de São Paulo (IFSP) - Campus Itapetininga - Área Mecânica
SENSORES EM ROBÓTICA

Sensores
Sensores são transdutores, ou seja, conversores de
grandezas físicas em sinais elétricos correspondentes.
A utilização de sensores é essencial em Robótica.
Um robô é equipado com sensores para monitorar a velocidade com que
se move, a posição em que se encontra, a localização de uma peça a ser
manipulada, as dimensões da peça, a aproximação de um ser humano, e o
impacto com um obstáculo.
Por meio de sensorização se garante que o manipulador esta executando
o movimento ativado pelo controlador e que foi definido pela programação.
Há diversos tipos de sensores e, de acordo com a grandeza que se deseja
monitorar, deve-se empregar o mais adequado.
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SENSORES EM ROBÓTICA

As funções dos sensores em robôs podem-se dividir em duas


categorias fundamentais:
 de estado interno;
 de estado externo.
Sensores internos
Que fornecem informação sobre os parâmetros internos do robô, como
por exemplo, a velocidade ou sentido de rotação de um motor, ou o ângulo
de uma junta.
Potenciômetros, codificadores (encoders) e os sensores inerciais
(incluindo acelerômetros, giroscópios, inclinômetros e bússolas), são
exemplos de sensores internos.
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Sensores externos
Que lidam com a observação de aspectos do mundo exterior
ao robô.
Sensores de contato, de proximidade, de força, de distância,
de laser, de ultrassom, de infravermelhos e sensores químicos são
exemplos de sensores externos.

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Sensor de Limite Mecânico


O sensor de limite mecânico é mais conhecido como chave
de fim de curso.
Através dos detectores de limite, detectam-se certas
posições finais de partes das máquinas ou outras unidades de
trabalho.
Ao se escolher tais elementos de introdução de sinais, tem-se em mira, a
carga mecânica, a segurança do acionamento e a precisão do ponto de
comando.

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As chaves de fim de curso podem ser de ação Rápida ou


Proporcional.
Nas de ação rápida, a velocidade de acionamento não tem
importância, pois a um certo ponto do percurso de acionamento,
o contato é instantaneamente acionado.
Nas proporcionais, abrem-se ou fecham-se os contatos a mesma
velocidade com que se efetua o acionamento.
Esse acionamento pode ser feito através de uma peça fixa (pino) ou
móvel (roletes).

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Rolete

Pino

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Existem, porém, outros tipos de roletes que somente


comutam os contatos das chaves se forem acionados num
determinado sentido de direção.

São os chamados
roletes escamoteáveis,
também conhecidos na
indústria como gatilhos.

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Sensor de Limite por Aproximação - Reed Switch


Chave eletrônica semelhante a uma Fim de Curso, que por
não possuir nem contatos nem atuadores mecânicos, apresentam
precisão milimétrica de acionamento.
Podem ser usadas em máquinas/processos em que se exige precisão na
repetição do ponto de acionamento e de deslizamento.
Esse tipo de acionamentos é especialmente vantajoso quando se
necessita de um alto número de ciclos, e quando não há espaço suficiente
para a montagem de chaves Fim de Curso convencionais, ou quando são
solicitados sob condições ambientais adversas (poeira, umidade, etc.).

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O Sensor Magnético Reed Switch é constituído por um bulbo de vidro


em seu interior e duas lâminas flexíveis sensíveis a ação de um campo
magnético.
Em condições normais, as lâminas estão separadas e não conduzem
corrente elétrica, operando dessa forma, como uma chave aberta.
Sob aproximação de um gerador de campo magnético como, por
exemplo um imã, o campo magnético magnetiza as lâminas e gera a atração
entre elas, o que causa o fechamento dos contatos.
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As Lâminas dos Reed Switches são normalmente


constituídas de uma liga de ferro - níquel.
Para se conseguir baixa resistência elétrica entre os
contatos, os mesmos passam por banhos eletrolíticos
rigorosamente controlados. Nesses banhos é depositada uma
liga de Ródio/Rutênio.
O interior da ampola não pode ser preenchido com ar comum, contendo
oxigênio para evitar a oxidação dos contatos entre as lâminas.
Da mesma forma, o vácuo também não é interessante por criar uma
forte pressão não contrabalançada de fora para dentro que tornaria o
dispositivo frágil.
É utilizado então um gás inerte como o Nitrogênio ou Hélio.
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Sensor de Proximidade Indutivo


Este sensor de proximidade incorpora uma bobina
eletromagnética, que é usada para detectar a presença de um
objeto metálico ao seu redor.
Este tipo de sensor ignora a presença de objetos não-
metálicos.
A bobina faz parte de um circuito
oscilador que em condição normal gera
um sinal senoidal. Quando um metal
aproxima-se do campo, absorve a
energia do campo, diminuindo a
amplitude do sinal gerado no oscilador.
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Foto de um Sensor Indutivo

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Sensor de Proximidade Capacitivo


Os sensores de proximidade capacitivos efetuam a
comutação quando qualquer tipo de material corta a face sensível
do sensor (mesmo que não seja metal).
Ex.: vidro, madeira, granulados, líquidos, etc.
Na ausência de material a ser detectado o ar é o material isolante que
define a capacitância do capacitor frontal interno.
Quando um material aproxima-se da face sensora, ou seja do campo
elétrico o dielétrico do meio se altera, alterando também o dielétrico do
capacitor frontal interno do sensor.

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Foto de um Sensor Capacitivo

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Sensor de Proximidade Magnético


Além dos Reed Switches que são acionados por campos
magnéticos temos os sensores de proximidade magnéticos
utilizados principalmente em cilindros para detecção de materiais
ferromagnéticos.

Símbolo:

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Sensor Óptico
Tem como princípio de funcionamento a emissão e recepção
de irradiação infravermelha que detecta qualquer material que
reflita, absorva ou desvie a luz.
São compostos por dois circuitos básicos: um responsável pela emissão
do feixe de luz, denominado transmissor e outro responsável pela recepção
do feixe de luz, denominado receptor.
O transmissor envia o feixe de luz através de um fotodiodo, que emite
flashes, com alta potência e curta duração, para evitar que o receptor
confunda a luz emitida pelo transmissor com a iluminação ambiente.

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O receptor é composto por um fototransistor sensível a luz,


que em conjunto com um filtro sintonizado na mesma
frequência de pulsação dos flashes do transmissor, faz com que o
receptor compreenda somente a luz vinda do transmissor.
Existem três sensores típicos:
 Sistema por barreira;
 Sistema por Difusão;
 Sistema Refletivo.

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Sistema por Barreira


O transmissor e o receptor estão em unidades distintas e
devem ser dispostos um frente ao outro, de modo que o
receptor possa constantemente receber a luz do transmissor.
O acionamento da saída ocorrerá quando o objeto a ser
detectado interromper o feixe de luz.
Para se conseguir máxima eficiência, a luz é modulada ou pulsada a uma
frequência máxima de 1,5khz, frequência que será interpretada por um
receptor óptico sincronizado com essa frequência o que imuniza o sistema de
interferências da recepção luminosa ambiente.
Os sensores devem estar bem alinhados.

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Sistema por Difusão


Neste sistema o transmissor e o receptor são montados na
mesma unidade. Sendo que o acionamento da saída ocorre
quando a objeto a ser detectado entra na região de
sensibilidade e reflete para o receptor o feixe de luz emitido
pelo transmissor.
Os raios infra-vermelhos emitidos pelo transmissor, refletem sobre a
superfície de um objeto e retornam em direção do receptor, a uma distância
determinada (distância de comutação), que provoca o chaveamento
eletrônico, desde que o objeto possua uma superfície não totalmente fosca e
permita a reflexão.

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Sistema Refletivo
Este tipo de sensor, também possui o transmissor e o
receptor no mesmo invólucro, mas a reflexão da luz ocorre
através de um espelho prismático, que deve ser posicionado em
frente do sensor, e a detecção do objeto ocorre quando este
interrompe o feixe de luz refletido pelo espelho.
O espelho possui prismas posicionados lado a lado
em toda a sua superfície, permitindo que uma grande
porção da luz polarizada seja refletida de volta
paralelamente para o sensor, proporcionando uma
grande distância entre o sensor e o espelho.

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Sensor Fotoelétrico com Fibra Óptica


Apresentam a vantagem de detectar objetos com dimensões
reduzidas tais como: terminais, de componentes eletrônicos,
furos de centralização em placas, marcas em materiais de
embalagem, etc.
A fibra ótica consiste em um guia de luz formado por um ou mais fios de
vidro de alta densidade ótica encapados com material de baixa densidade, o
que transforma o conjunto em “condutor” de luz.
A fibra ótica é composta de dois cabos, sendo um o transmissor e o
outro o receptor de luz.
O objeto e detectado quando o feixe de luz e interrompido.

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O cabo é composto por dois condutores,


dos quais um e procedente do transmissor e o
outro do receptor de luz.
A detecção acontece quando o objeto é
aproximado da ponta sensora.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

NIKU, Saeed Benjamin. Introdução à robótica: análise, controle,


aplicações. 2. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2013. 382 p.

COOK, David. Robot building for beginners. 2. ed. Berkeley, CA: Apress;
c2009. xxxiv, 453 p.

CRAIG, John J. Robótica. 3. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2012.
379 p.

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